Murro em ponta de faca

O senador

Não conhecia pessoalmente o senador Jefferson Péres e só nos vimos uma vez. Em um corredor do Senado, na CPI do Futebol, em 2000. Ele se aproximou, apertou minha mão e disse, mais ou menos assim: "Menino, isso não vai dar em nada. Você está dando murro em ponta de faca. Mas não faz mal. Gosto de apertar mãos que sangram por esmurrar pontas de faca". Pois é. Foi o que ele passou a vida inteira fazendo. E ainda me chamou de menino... Que falta já faz!

> Juca Kfouri, jornalista, em artigo publicado na segunda-feira, 26 de maio de 2008, no jornal "Folha de São Paulo" (www.folha.com.br)

A informação está com você

No domingo, 18 de maio de 2008, à noite, na reprise do programa de televisão “Rede Mídia”, da Rede Minas, o apresentador José Eduardo Gonçalves entrevistou o jornalista, comentarista econômico da TV Cultura e ex-colunista do jornal “Folha de São Paulo”, Luís Nassif, que observou a necessidade dos jornais impressos, por questões de sobrevivência, destacarem mais a informação e a opinião do leitor, do ouvinte, do telespectador, do internauta, enfim, do receptor da mensagem, da notícia.

Com a criação do rádio, da televisão e sobretudo da internet, a informação não é mais privilégio dos jornais impressos. Estes continuam importantes. Isso é fato. Mas, em virtude da precariedade que é ser jornalista profissional hoje e longe de incentivar a preguiça jornalística, uma saída mais do que inteligente, principalmente para os jornais impressos, é a abertura de espaços para o receptor da mensagem - e muitos e destacados espaços.

O próprio Luís Nassif comentou que o papel do jornalista passa a ser o de um pesquisador, selecionador e organizador desses milhões de informações encontradas na rede mundial de computadores e no mundo. Mal comparando, seria como aquela mensagem do filme “Guerra nas Estrelas” (Star Wars) - “A força está com você”. Claro que “força” aqui não no sentido ditatorial. É a força mística das palavras, do comentário, da criatividade, da pluralidade de opiniões existentes no planeta.

E já que os jornais impressos, como os outros meios de comunicação, devem valorizar a multiplicidade de visões de mundo, sempre resguardadas pela ética, nada mais justo do que assumir uma postura democrática e deixar o receptor da mensagem ter a sua vez.

acesse

> www.luisnassif.com.br
> www.redeminas.mg.gov.br

Rejeitos da Votorantim agravam poluição do Rio São Francisco na barragem de Três Marias

Vale o alerta de Alexandre Gonçalves, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Arquidiocese de Montes Claros, sobre o agravamento da poluição no Rio São Francisco causado ao longo de sucessivos anos pela Votorantim Metais em Três Marias. "Companheiros, hoje, dia 12 de maio, foi publicada uma matéria sobre a poluição do Rio São Francisco em Três Marias causada pela Votorantim Metais. A matéria está disponivel no site da Globo no endereço abaixo".

"Mês passado saíram duas reportagens no "Brasil De Fato" [jornal impresso] sobre os estragos da Votorantim em Minas - Três Marias e Vazante. Mesmo com todas as denúncias e laudos definitivos que comprovam o desastre ambiental e social, a empresa investe em propaganda e não tem nenhuma ação concreta (só planos) até hoje para resolver o problema e indenizar os pescadores. Contrata os melhores especialistas para tentar provar o que não se prova... que ela não é responsável pela matança dos peixes".

para ver o vídeo, acesse
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM826400-7823-MG+POLUICAO+NO+RIO+SAO+FRANCISCO+PREOCUPA+PESCADORES,00.html

Mídia: entre o protagonismo e o serviço

Neste domingo, 04 de maio de 2008, celebra-se o 42º Dia Mundial das Comunicações Sociais e o Santo Padre, o Papa Bento XVI, escreveu carta sobre a data e indicou o tema “Os Meios De Comunicação Social: Na Encruzilhada Entre Protagonismo E Serviço, Buscar A Verdade Para Partilhá-La” para reflexão nas missas dominicais. Um outro documento da Igreja que nos orienta nesse sentido é o livro “Com Maria, Rumo Ao Novo Milênio: A Mãe De Jesus Na Devoção, Na Bíblia E Nos Dogmas”, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Nas páginas 34 e 35, faz-se um relato muito interessante sobre os meios de comunicação social. “Um jornal ou um livro de história procuram mostrar como as coisas aconteceram. Mas eles não apresentam somente os fatos crus. Você já tentou, numa noite, ver os telejornais de vários canais de TV, um após o outro? Verá que dificilmente eles contam os fatos do mesmo jeito. Um canal vai explorar o comentário do âncora, o outro vai dar mais tempo a uma notícia. E há fatos que um destaca e o outro coloca como secundários ou mesmo ignora”.

“Quando passar diante de uma banca de revistas, experimente ainda olhar as manchetes de vários jornais do mesmo dia. Você terá a mesma impressão. Um destacará a política, outro, um acidente de carro, outro ainda, um assalto ou algo violento. Na verdade, não existem somente os fatos. Eles já aparecem interpretados de acordo com o pensamento e a intenção do editor. Um jornal conta, interpretando, os fatos que aconteceram recentemente” (DOC. Rumo Ao Novo Milênio - Número 32).