ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Maria, mãe dos sacerdotes

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Estamos próximos da celebração da Festa da Nossa Padroeira do Brasil - Nossa Senhora Aparecida. Em toda parte do Brasil existe comunidade dedicada a Nossa Senhora Aparecida. Nós estamos no Ano Sacerdotal e Maria é a mãe dos sacerdotes. Sabemos que o grande Sacerdote é Cristo. Existe uma relação profundamente enraizada no mistério da Encarnação. Deus, amando muito o mundo, enviou o seu Filho Jesus para salvar o mundo.

Deus envia, contempla o mundo com os olhos humanos e pede licença a uma mulher que estava aberta à graça. Deus respeitou a liberdade do ser humano e precisou do sim de Maria. Quando Deus decidiu se tornar homem no seu Filho, ele precisava do "sim" de uma criatura livre. Deus não age contra a nossa liberdade. E sucede uma coisa verdadeiramente extraordinária: Deus se faz dependente da liberdade, do "sim" de uma criatura, espera este "sim".

São Bernardo de Claraval, em uma de suas homilias, explicou, de modo comovente, este momento decisivo da história universal, quando o céu, a terra e o próprio Deus esperam a palavra desta criatura - Papa Bento XVI em 12 de agosto de 2009. O verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1, 14-16).

Deus é fiel e cumpriu a promessa feita a Abraão. Deus enviou o seu filho amado (Mc 1, 11). Cremos e professamos que Jesus nasceu da Virgem Maria em um determinado tempo histórico. Pelo Espírito Santo, podemos professar que Jesus é o Senhor, Filho de Deus. E nós somos chamados a anunciar Cristo que deixou a Igreja pela fé de Pedro. Jesus Cristo foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria.

Com a encarnação, a vida de Jesus, o sacrifício do Cristo e o sacerdócio caminham juntos e Maria está presente nesse grande mistério. Maria fica de pé na crucificação de Jesus. Ela contempla a cena dolorosamente. Ela se doa também a Deus entregando o seu filho. Jesus olha sua mãe e entrega-a a João Evangelista, sinal de que todos somos chamados a ser filhos dela e discípulos de Jesus.

Com Maria, em particular, todos nos tornamos filhos seus. A partir do Evangelho de João, quando Maria é levada para a casa do Evangelista, ela então se torna mãe de todos nós por vontade do próprio Cristo. Maria tem uma predileção aos sacerdotes.

“Maria os prefere, de fato, por duas razões: porque eles são mais parecidos com Jesus, amor supremo de seu coração, e também porque, como Ele, estão envolvidos na missão de proclamar, testemunhar e dar Cristo ao mundo. Pela própria identificação e conformação sacramental a Jesus, Filho de Deus e Filho de Maria, cada sacerdote pode e deve sentir-se realmente filho amado desta suprema e humilde Mãe" - Papa Bento XVI em 12 de agosto de 2009.

O Santo Cura d'Ars dizia: "Jesus Cristo, depois de ter-nos dado tudo que podia dar, quer ainda tonar-nos herdeiros daquilo que ele tinha de mais precioso, sua Santa Mãe". Que cada pessoa tenha a firme convicção de que Maria, chamada no Brasil de a Mãe Aparecida, cuida de cada um de nós, em especial, também dos sacerdotes. Que sejamos então sempre firmes na fé na alegria, na tristeza, na dor e no sofrimento, porque, por Maria, estamos sempre com Jesus. Amém!

Nossa Senhora Aparecida: rogai por nós!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Seguir de perto Jesus é ir mais além...

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Certa vez, um jovem, chegando perto, ajoelhou-se diante de Jesus e lhe fez uma pergunta: Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna? (Cf. Mc 10, 17). Esta pergunta nós fazemos a Ele também em oração. Lá, no Evangelho de Marcos, Jesus responde ao jovem: Você me chama de Bom, pois só Deus é BOM (Cf. Mc 10, 18). Desta resposta de Jesus, podemos concluir que Jesus é reconhecido pelo jovem que Ele é Deus.

Então Jesus ainda pergunta se ele conhece os mandamentos de Deus e o jovem prontamente responde que sim. Desde criança, já os observa e os vive. O conhecimento dos mandamentos de Deus corresponde em obedecer e pô-los em prática. A observância deles traz vida para si e para os outros, porque vivencia o amor, a justiça, a partilha e o respeito.

Mas, para Jesus, é preciso um passo a mais, ir além, ser despojado e tonar-se servidor dos outros. Jesus o quer entre os doze e dá uma opção: vende tudo e dá aos pobres e depois vem e segue-me como os demais. Mas ele não quis, porque ele é apegado, porque é muito rico.

Quem segue mais de perto Jesus não precisa preocupar com o amanhã. Deus providenciará tudo. Isto pode ser verificado quando Pedro interpela Jesus dizendo: nós largamos tudo, família, irmãos, amigos, casa e lhe seguimos. É uma atitude natural, até para os dias de hoje, quando temos muitas coisas que aparentemente nos dão segurança e nos deixam paralisados para o serviço dos mais necessitados materialmente e espiritualmente.

Mas o que vai nos encorajar para o serviço do Evangelho e o que encorajou os apóstolos foi o que o Senhor Jesus afirmou: "Em verdade, eu vos digo... quem tiver deixado casas, irmãos irmãs, mãe, pai, filhos, campos por causa de mim e do Evangelho receberá cem vezes mais agora, durante esta vida - casa, irmãos, irmãs, mãe, filhos e campos com perseguições - e no futuro, a vida eterna” (Cf. Mc 10, 28-30).

Assim, podemos ser missionários do Senhor na certeza que Ele é fiel e está conosco sempre.

In corde Jesu et Mariae persemper!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

domingo, 27 de setembro de 2009

Deus não é monopólio de ninguém

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Diz o Evangelho em Mc 9, 38-41 que João, um dos apóstolos de Jesus, foi dizer a Ele que viu um homem expulsar demônios em nome d'Ele. Também disse a Jesus que o proibiu, pois ele não seguia os discípulos. Então Jesus disse: não proibais, pois ninguém faz milagre em meu nome para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós é a nosso favor, disse Jesus.

Ao ouvirmos esta passagem escrita por São Marcos da palavra que vem do Nosso Senhor, ela nos faz pensar um pouco. Nós não somos donos de Deus. Ele é para todos. Com a vinda de Cristo e através do poder do nome d'Ele, mudanças e maravilhas acontecem na vida das pessoas. O passo para acontecer isso é acreditar que Jesus é senhor para a Glória de Deus Pai.

O que fazer diante de tantas adversidades que há no mundo então? Jesus nos ensina que quem agir solidariamente com o próximo é de Cristo e não ficará sem recompensa no Reino dos Céus. O mundo precisa de verdadeiros discípulos missionários que tenham convicção da Palavra de Cristo que salva e dá vida plena.

Desse modo, o mundo não vai ser o mesmo porque seremos cristãos autênticos no serviço aos mais necessitados de ajuda material e espiritual.

In corde Jesu et Mariae persemper!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O que dizem os outros de mim

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Jesus pergunta o que dizem os outros de Mim aos seus discípulos. Mas esta pergunta não é para saber o Ibope que Ele tem, mas é uma verificação se a sua mensagem salvadora e restauradora está sortindo efeito no homem e na mulher. Pois, a mensagem de Cristo é a novidade que transforma, muda, renova o ser humano por inteiro. Jesus quer saber também a opinião dos seus seguidores. Isto é, o que eles pensam d'Ele também.

Então Pedro faz uma profissão de fé dizendo que Ele é o Messias prometido. Então Jesus mostra como é o Messias, pois Ele vai sofrer muito e morrer na cruz, sinal de amor e doação à humanidade. Os discípulos não entendem isso e nem Pedro. Jesus o repreende e até pede que se afaste d'Ele, pois esta não é a vontade de Deus para Jesus (Cf. Mc).

Ele será obediente aos planos do Pai até o fim. É o servo sofredor profetizado por Isaías (Is 50, 5-9). Deus quer que cada um assuma sua cruz, renuncie a si mesmo e siga Jesus (Cf. Mc 8, 34-35). Renunciar significa não se apegar a uma vida fácil, presa excessivamente a bens materiais, sem compromisso com os mais fracos, com os sem vez e nem voz.

Seguir Jesus é praticar as obras sem nenhum interesse, desgastar-se pelo outro. Ter uma Fé que se torne visível nas boas obras (Cf. Tg 2, 14-18). Cada vez que o bem é feito é Deus sendo louvado e o mundo se tornando mais humano.


In corde Jesu et Mariae persemper!

No Coração de Jesus e Maria para sempre!

José Benedito Schumann Cunha é teólogo. Tem 52 anos. É engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Independentes em Cristo

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Para seguir Jesus, temos que ser livres e independentes e não presos às amarras que este mundo faz conosco. A verdade de Cristo nos liberta e salva (Cf. Jo 8, 32). Infelizmente, muitas vezes neste mundo somos cercados de hipocrisias, preconceitos, normas ultrapassadas, ritualismos, falta de compaixão e de solidariedade.

As pessoas procuram segurança em tantas coisas, trabalham para si, acumulam bens e dizem para si: agora posso ficar tranquila porque tenho muita coisa, salário bom, casa excelente e muitas propriedades. Para muitas pessoas, isso é segurança, mas Jesus já alerta que não adianta achar que isso dá estabilidade e segurança, pois, de uma hora para a outra, você irá para a eternidade (Cf. Lc 12, 13-21).

Qual lição que Jesus nos aponta? Jesus nos ensina que, para cada dia, bastam os problemas humanos (Cf. Mt 6, 34). Por isso, trabalhe pelo seu sustento, tenha o necessário para viver e ajude as outras pessoas que são menos favorecidas pela vida por causa da injustiça, traduzida pelo salário pequeno, pela falta de educação pública de qualidade e de moradia digna para todos, saneamento básico precário, saúde pública ineficiente, vida subumana. Buscai o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será acrescentado (Cf. Mt 6, 33).

Maria, auxilium christianorum, ora pro nobis!


José Benedito Schumann Cunha é teólogo. Tem 52 anos. É engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O discurso que vale

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maicon_ptavares@hotmail.com
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

“Vida em Primeiro Lugar: a Força da Transformação está na Organização Popular” - Foi lindo ver as Pastorais Sociais da Arquidiocese de Montes Claros unidas fazendo o 15º Grito dos Excluídos, 16ª edição em Montes Claros, Norte de Minas Gerais, Sudeste do Brasil. Com muita força, indignação e oração, as Pastorais Sociais Arquidiocesanas e demais movimentos populares caminharam e cantaram no dia Sete de Setembro deste 2009, “seguindo a canção”, enaltecendo que "somos todos iguais braços dados ou não", como ensina a bela música (1968) de Geraldo Vandré.

Mas, infelizmente, em toda a história do Grito dos Excluídos, na sexta maior cidade de Minas Gerais, nunca ocorreu uma tentativa de opressão tão grande por parte de policiais militares, civis, guardas municipais, estes últimos principalmente, a mando, é claro, do poder público municipal. Em 2008, as Pastorais Sociais também sofreram repressão parecida, o que é comum em eventos populares que objetivam ser um contraponto ao discurso oficial.

Os administradores dos bens públicos sempre se utilizam da maldade para agredir o Povo de Deus, que está nesta difícil estrada da vida. Acordou às 6h de uma segunda-feira chuvosa, feriado nacional, para celebrar ecumenicamente o que Jesus Cristo pregava há mais de dois mil anos - “Que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10, 10).

Este Povo de Deus, guerreiro, tentava “gritar por um mundo melhor”. Estavam presentes nesta manifestação o Arcebispo Metropolitano de Montes Claros, Dom José Alberto Moura, o Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Montes Claros, Frei Ari Piedade da Silva, o Vigário da Paróquia Nossa Senhora de Montes Claros e Beato José de Anchieta, Padre Luiz Arnaldo Sefrin, o Pároco da Paróquia Nossa Senhora Rosa Mística de MOC, Cônego Oswaldo Gonçalves Vieira, o Frei José Inácio Vieira (Frei Zezinho), além de outros sacerdotes, religiosos e religiosas, seminaristas, educadores e educadoras, psicólogos e psicólogas, assistentes sociais e muita gente de luta com vontade de fazer “um outro Brasil possível” através da organização e de uma efetiva participação popular.

No entanto, quem participou do Grito dos Excluídos deste ano e do Desfile da Independência em MOC, é observador e tem um mínimo de sensibilidade humana pôde perceber a profunda tristeza, misturada com indignação, no olhar de Sônia Gomes, moradora do Bairro Nossa Senhora de Fátima em MOC, assistente social, coordenadora e animadora das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) na Arquidiocese de Montes Claros, e liderança do Grito e das Assembleias Populares (APs).

Em todo momento, os manifestantes, que estiveram ali nas avenidas João Luiz de Almeida (a da Câmara Municipal) e Deputado Esteves Rodrigues (Sanitária), quiseram apenas pensar diferente do discurso oficial. No entanto, mesmo com a embromação das autoridades policiais, que prometiam dar passagem para os manifestantes e descumpriam o acordo, mais uma edição do Grito não terminou em pizza, como acontece nos conchavos do atual cenário político brasileiro.

Enfrentando uma forte corrente de segurança armada, de jipes que compunham um bloco do Desfile da Independência e de cavaleiros que marchavam com as bandeiras do Brasil, de Minas Gerais e do Município de Montes Claros, o tema nacional do 15º Grito dos Excluídos percorreu toda a Avenida Sanitária até chegar às proximidades da Pizzaria Papaula. Lá os manifestantes conscientizaram a população da ilegalidade do aumento da passagem do transporte coletivo urbano em MOC, da falta de assistência às poucas comunidades rurais do município, do péssimo planejamento urbano de bairros montes-clarenses, dentre outros reclames populares locais.

Com reduzido espaço na mídia grande, o Grito dos Excluídos é uma iniciativa das Pastorais Sociais e dos movimentos populares em denunciar o que angustia a alma humana, como a imensa desigualdade social que “teima” em permanecer em nosso país, apesar da ascensão da "nova classe média” surgida no Brasil e enfatizada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em seu discurso do último domingo, 06 de setembro de 2009, e que foi retransmitido em cadeia nacional de rádio e televisão. O Grito acontece desde 1995 no Brasil e sua primeira edição mobilizou 170 cidades do país. Em MOC, manifestantes organizaram ato em 1994 para pedir por melhores condições de vida no Major Prates, hoje um dos maiores bairros do município norte-mineiro.


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista, voluntário da Pastoral da Criança da Paróquia Santa Rita de Cássia de Montes Claros e missionário da Pastoral da Comunicação Arquidiocesana

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A quem iremos nós

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Muitos discípulos que seguiam Jesus acharam duro os ensinamentos do Mestre e, por causa disso, abandonaram-no. Então Jesus voltou aos Doze e perguntou: vocês também não querem ir embora? Então Pedro diz: "a quem iremos, Senhor? Só tu tens palavras de vida Eterna" (Cf. Jo 6, 60-69). Ao soar estas palavras de Pedro em nossos ouvidos, elas nos fazem refletir que, diante de Jesus Cristo, devemos tomar posição: ou sigamos Ele em tudo ou ficamos fora, alienados.

Percebe-se que o mundo hoje é cercado muitas vezes de poder, de tirar vantagens em tudo, de egoísmos, da ganância, da falta de compromisso ao bem comum, etc. Mas, mesmo com todos estes contra-valores, muitos seguem e vivem os verdadeiros ensinamentos de Jesus. Quantas pessoas doam a sua vida a serviço do outro e também servem ao Senhor com alegria? Muitas. Tenham certeza disso.

Devemos ter coragem de fazer como Josué: mesmo que vocês não queiram seguir Deus, "eu e nossa família serviremos ao Senhor" (Cf. Js 24, 1-2.2, 15-18). Hoje somos convidados a seguir Jesus com a Igreja, dirigida pelo nosso querido Papa Bento XVI, que é sucessor de Pedro. Este nos diz com segurança, com uma resposta sempre firme e nova à sã doutrina e nos faz respondermos sempre a quem iremos, se só Jesus tem palavra de vida eterna.

É isto que nos faz sermos Católicos convictos na Fé em Cristo transmitida por todos que conduzem o rebanho para a Casa do Senhor.

Maria, auxilium christianorum, ora pro nobis!


José Benedito Schumann Cunha é teólogo. Tem 52 anos. É engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A partilha é sinal de amor

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Deus, desde a eternidade, é puro amor. O Pai, o Filho e o Espírito Santo, três pessoas distintas num só Deus. Desde sempre, a Trindade é amor. Deus cria o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. Permite a eles uma comunhão Consigo. Mas eles não souberam vivenciar esta comunhão: desobedeceram a Ordem Divina e perderam a condição verdadeira da sua existência. Pecaram e diminuíram a sua dignidade de filhos de Deus.

Deus é Amor e quer salvar o ser humano, e assim partilha a História da Salvação com a humanidade. O Seu Amor é tão grande que envia um anjo e pede permissão a Maria. Esta mulher deixa o autor da vida fazer morada entre nós. Aí está um gesto de doação, de verdadeira partilha. O "Agir de Maria" e o "Agir de Cristo" se confundem porque são Gestos de Amor.

Jesus no ensina que a verdadeira partilha é ter um coração compassivo, generoso e doador de vida. A Vida se torna Plena em Cristo quando nos entregamos de modo total na Cruz. Pela cruz, chega-se à Luz da Ressurreição. Assim somos mais que vencedores, porque Cristo é tudo em todos.

Maria, auxilium christianorum, ora pro nobis!


José Benedito Schumann Cunha é teólogo. Tem 52 anos. É engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia.