ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Seção de jornal chama doação católica de esmola

por João Renato Diniz Pinto
diniz_pinto@hotmail.com

A edição de quarta-feira, 14 de outubro de 2009, do “Jornal de Notícias” (Editoria “Nacional/página 03) informa na Seção “Últimas Notícias” que “Igrejas Evangélicas arrecadam no Brasil 1 bilhão de reais, por mês (mais do que os 680 milhões de reais da Igreja Católica)”.

Na nota, recorta-se a realidade religiosa nacional e noticia-se o seguinte. “Pesquisa feita pelo Instituto Análise com mil pessoas em 70 cidades brasileiras mostra que as igrejas evangélicas no Brasil recolhem, por mês, um 1 bilhão e 32 milhões de reais. A Igreja Católica, que tem mais adeptos, arrecada menos: são 680 milhões e 545 mil reais em doações. Entre os evangélicos, a pesquisa mostra que as igrejas que mais recolhem são as pentecostais, como a Assembleia de Deus, e neopentecostais, como a Universal do Reino de Deus. O estudo revela que seus cofres engordam mensalmente com doações que chegam a quase 600 milhões de reais. Cada fiel doa em média 31 reais - mais que o dobro das esmolas que os católicos deixam nas suas paróquias (14 reais). A pesquisa mostra também que o número de católicos no Brasil continua em queda”.

Ao fazer uma análise mais crítica dessa informação, pode-se orientar o pensamento para o Programa “Bolsa-Família”, do Governo Federal, que tem a proposta de beneficiar famílias carentes com R$ 15 por filho na escola. Sem entrar no mérito se o Programa cumpre totalmente o seu trabalho, ao voltar os olhos para a nota do “Jornal de Notícias”, qualquer ser humano minimamente capacitado chegará à conclusão de que se os R$ 14 que cada católico oferece à sua paróquia são “esmolas”, os R$ 15 do “Bolsa-Família” também é uma “esmola”. Mas, em função da miserabilidade do Brasil, essas “esmolas”, com todos os seus problemas, ainda ajudam a desenvolver pequenas economias de milhares de municípios brasileiros. Essas mesmas “esmolas” colaboram para que o sistema financeiro não vá à lona. É a pessoa mais pobre que tem a ousadia (ou a necessidade de sobrevivência a faz ter essa coragem) de tomar empréstimos dos bancos dos aposentados e outros genéricos que se espalharam como um vírus por este país afora.

A nota do “Jornal de Notícias” conclui que o número de católicos prossegue declinante no Brasil. Em um universo de mil pessoas, em uma nação com quase 200 milhões de seres humanos miscigenados culturalmente, é muito forçoso fazer tal afirmação. O mais próximo da verdade é que os católicos são mais “desleixados” e livres para agir no decorrer da vida, enquanto que também se verifica no país um vertiginoso aumento no número de ateus e no ceticismo dos brasileiros quanto a um futuro melhor. Tudo em virtude do aumento da corrupção em todas as áreas humanas, sobretudo a política e a educação. Enquanto isso, a maioria das religiões só cumpre o seu papel de conforto espiritual, ao invés de denunciar as deformações do sistema capitalista que continua se reproduzindo livremente, seja na mais simples comunidade rural ou no mais desenvolvido centro urbano.


João Renato Diniz Pinto, 30 anos, é cozinheiro formado pela Faculdade de Ciências Humanas (FCH) do então Centro Universitário Fumec. Já sabe fazer café, chá e lavar vasilhas, enquanto torce para o Clube Atlético Mineiro ser Campeão Brasileiro de 2009 e para que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja a sua decisão que desobriga a formação plena do profissional de Jornalismo para o exercício desta atividade de comunicação.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

DNJ é comemorado com festa em MOC

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Na tarde do último domingo, 25 de outubro de 2009, aconteceu uma grande festa das juventudes montes-clarenses em comemoração ao Dia Nacional da Juventude (DNJ), no Ginásio Darcy Ribeiro. O evento foi organizado pelo Setor Juventude da Arquidiocese de Montes Claros. A festa foi marcada pela Celebração Eucarística presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Montes Claros, Dom José Alberto Moura, e concelebrada pelo então Coordenador Arquidiocesano do Setor Juventude, Padre Fernando Andrade, pelo Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de MOC, Frei Ari Piedade da Silva, pelo Vigário da Paróquia Nossa Senhora de Montes Claros e Beato José de Anchieta, Padre Luiz Arnaldo Sefrin, e pelo Diácono Gledson Eduardo de Miranda Assis.

O DNJ também teve o apoio do Serviço de Animação Vocacional (SAV) Arquidiocesano e do Centro Marista de Juventude (CMJ). A festa contou com a participação da cantora Bárbara Lopes e do cantor Jean Carlos Estradeiro, além da presença dos ministérios de Música “Pastoral Universitária” e “Herdeiros”. Estavam presentes ao evento aproximadamente 300 jovens, como os das Comunidades de Vida e Aliança e os do Priorado Nossa Senhora Aparecida e São Norberto de MOC, a exemplo de Erlândio Alves.

A Equipe Arquidiocesana do Setor Juventude e a Irmã Elizabeth Dias Almeida confirmaram a satisfação com o DNJ 2009 e acreditam que, no próximo ano, a festa terá um impulso incrível, a ponto de mobilizar multidões. O professor Glauber Santos, de 27 anos, crê que o novo coordenador do Setor Juventude, o Diácono Gledson, fará “um trabalho magnífico no organismo”. A festa se encerrou por volta das 23h, e com tranquilidade.


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista e missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Para superintendente regional de Ensino, mundo ainda está em crise

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

No último sábado, 24 de outubro de 2009, a Pastoral da Criança da Comunidade São Pedro e São Paulo da Paróquia Santa Rita de Cássia de Montes Claros comemorou o Dia das Crianças com um delicioso almoço. As famílias ficaram encantadas com o acolhimento dos agentes que trabalharam para que o evento acontecesse com sucesso. A superintendente regional de Ensino, Salete Nether, esteve presente no almoço e conversou com as famílias sobre o mundo pós-moderno no qual vivemos.

Ela observou a importância do trabalho desenvolvido pela Pastoral, uma vez que o mundo está em crise e as crianças atendidas pelo organismo de ação social precisam de um algo a mais, ou seja, de um amor solidário. “Olhando para estas centenas de crianças, coloco-me a imaginar como será o futuro delas daqui a 20 anos”, pensou Salete, que estava acompanhada da diretora educacional, Solange, que não se inquietou um só segundo, a ponto de “colocar a mão na massa” e ajudar a equipe na arrumação do ambiente após o almoço.

O coordenador da Pastoral da Criança Paroquial, Maicon Deivison Pinto Tavares, garantiu que esta festa se tornará tradicional no organismo, que está a cada dia mais animado no serviço social para levar dignidade de vida a muitas famílias. O evento se encerrou com muita paz e alegria. As famílias, ao se despedirem, agradeceram a Maicon Tavares pelo lindo trabalho realizado e a professora Salete pelas lindas palavras. As lideranças também louvaram a humildade e o carinho dispensado a elas.


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista e missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros.

sábado, 24 de outubro de 2009

Acolher é comunicar

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Muitas vezes, em nossas caminhadas de Igreja, não nos sentimos felizes por falta de um acolhimento do próximo. Muitas pessoas deixam de ir à Igreja porque lá não encontram alguém comunicativo. E saem de lá reclamando que a "igreja não é acolhedora". Nós temos que viver cada dia como se fosse o último da nossa vida. Não podemos esperar o acolhimento do outro, mas podemos acolher o outro através de uma simples comunicação, ou seja, através de um "bom dia", "boa tarde", "boa noite" ou até mesmo desejar a "A Paz do Senhor" para aquela pessoa que está ao nosso lado.

Temos mesmo é que parar de esperar o outro. Nunca se sabe se esse outro espera o mesmo de nós. Eu, particularmente, não fico nada chateado com a arrogância do meu próximo. Não deixem de ir às celebrações eucarísticas por causa da "cara fechada" ou do "autoritarismo" do outro. Este deveria dar exemplo de boa conduta. Somos humanos e falhos. Acredito que a comunicação é a chave para o acolhimento. Desde 2006, participava da missa na minha paróquia todos os dias.

Pensava que rezar era ser Igreja e hoje, através de uma boa comunicação, sei e vivencio a verdadeira Igreja, inculturada socialmente e em seus mais diversos problemas. Por isso, muitas vezes, opto por ir em uma reunião de organização popular a ir em uma celebração eucarística. Essa é minha decisão e minha espiritualidade neste momento. Com certeza, para muitas pessoas, orar é essencial, o que concordo. Contudo, sugiro que o ser humano reze com a mente e o coração abertos. Concentrar-se apenas em orações pode fazer a alma humana perder o sentido de realidade.


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista e missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Ver...

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

O Evangelista Marcos mostra no seu Evangelho a caminhada de Jesus para Jerusalém. Nesse lugar, ele sofre, morre e ressuscita. Os discípulos de Jesus precisam ver e entender os acontecimentos que iam ocorrer com Jesus. Na estrada, um cego estava sentado e, ao ouvir o alvoroço, clama a Jesus dizendo: Filho de Davi! Tem piedade de mim! Então Jesus para, compadece com a cena e chama por ele. O cego joga o manto com moedas fora e vai ao encontro do Senhor.

Por causa de Jesus, o manto e o dinheiro que davam segurança à sua vida não eram mais preciosos. Então Jesus pergunta a ele o que está querendo. Imediatamente, o cego responde: Senhor, que eu veja! Jesus afirma: vai... a tua fé te curou. Assim, esse cego enxerga e também se deixa iluminar por Cristo e segue os seus caminhos e a sua filosofia de vida (Cf. Mc 10, 46-52).

Hoje, os nossos pecados ofuscam a nossa verdadeira visão do mundo. Eles não nos deixam ver as boas obras que existem no nosso meio e as outras que deixamos de fazer. Os nossos olhos se abrem quando cremos em Cristo, que é realmente o Nosso Senhor e Salvador. A sua cruz foi a demonstração maior do amor de Deus por nós. O sangue de Cristo derramado nos cura e nos faz ver. A graça é dada a todos e pela fé em Cristo somos salvos.

Assim reconhecemos que, a cada pecado que cometemos, crucificamos Jesus novamente. Com o nosso arrependimento, o coração de cada pessoa rejuvenesce na Cruz de Jesus. O cego do Evangelho, após a cura feita por Jesus, não fica parado. Ele aceita Jesus e segue os passos de Jesus, testemunhando-o que Cristo é verdadeiramente Deus. Seguindo Jesus, chegamos ao Pai no Espírito Santo que nos santifica.

O mundo se transforma, fica cristianizado na força da Palavra de Cristo, na partilha dos irmãos, na solidariedade dos povos e na vivência de comunidade em uma só alma e em um só coração. A luz sempre ilumina a humanidade na presença do Deus Amor-Doação.

In corde Jesu et Mariae, per semper!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sem medo da missão

por Eilane Carvalho da Silva

Todos nós nascemos já predestinados a seguir um caminho, a realizar uma missão. Durante a nossa vida surgem vários sinais que podem nos levar a compreender qual é a vocação a qual somos chamados. Temos então o dever de descobrir e assumir a nossa missão, lembrando que, seguindo-a, estaremos seguindo não qualquer pessoa, mas sim o próprio Jesus Cristo, modelo de vida e obediência para todos nós.

Então fica esta mensagem. Não tenham medo das dificuldades ou obstáculos que possam surgir no decorrer da nossa missão. Tenham sempre em mente a importância de que a missão é nossa. O nosso empenho será para a melhoria do ambiente social em que nos encontramos.


Eilane Carvalho da Silva, 20 anos, nasceu em Várzea do Poço, Bahia. Mas, uma grande parte da sua vida, ela morou em Manguinhas, também na Bahia. É aspirante da Congregação das Irmãs Mercedárias Missionárias do Brasil na Paróquia Senhor Bom Jesus de Juramento.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Mês Missionário

por Maicon Deivison Pinto Tavares

Eu estava sentindo saudades de conversar com vocês. Este blog tem como objetivo abrir espaço para todos falarem o que acham necessário para evitar o fim da história e por isso eu, como missionário da Pastoral da Comunicação Arquidiocesana, venho hoje convidar todos vocês, independentemente de religião, para rezar com muita fé neste mês missionário para que a libertação entre na casa de muitos, assim como entra na casa de Zaqueu. Como seres humanos, temos que procurar fazer a experiência contínua de amar o próximo, mesmo sendo esse próximo um pobre reprimido, pois sabemos que, antes de fazermos a nossa opção preferencial pelos pobres, o próprio Jesus a fez. Prova maior que a Santíssima Trindade ama os pobres.

E lembrar que a mãe de Jesus era mulher de um simples carpinteiro. Deus se manifesta nas coisas menores. Temos que tomar o seu exemplo e, assim como ele, amar, indo inteiramente em direção ao outro para somar forças e tentar, através de uma organização popular transformar, todo tipo de repressão e exclusão da pessoa humana, que tem por direito a vida plena.

Neste mês missionário, temos que refletir bem se estamos sendo verdadeiramente discípulos-missionários de Jesus Cristo, amando e respeitando as limitações do próximo e sempre procurando unir a ele na causa mais justa, que é a da melhoria de vida.


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista e missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros. O seu e-mail é maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br.

domingo, 4 de outubro de 2009

A família que Deus quer

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Ao lermos os primeiros capítulos do Livro do Gênesis que narram a criação do mundo, da natureza, da luz, da água, dos animais, dos peixes e répteis, enfim, de tudo o que foi criado por Deus e Ele disse que era bom todas as coisas, pensamos que, como tudo estava pronto, Deus cria o homem, mas como ele estava só, triste, então o Criador cria a mulher a partir do homem para que nenhum seja superior ao outro, tornando assim o homem e a mulher uma unidade.

Deus faz o homem e a mulher à sua imagem e semelhança e que eles fiquem em comunhão entre eles e com Deus. Assim o homem e a mulher se completam para se ajudarem e para se amarem. Então eles se tornam uma só carne (Cf. Gn 1-2, 18-24). Em Hb 2, 9-11, recordamos sempre do Amor de Deus pela humanidade. Jesus, vindo ao mundo, solidarizou-se com cada um de nós, homens e mulheres. Ele partilhou da nossa humanidade, sofreu, deixou-se morrer na cruz para nos ensinar que a verdadeira vida está no amor-doação até as últimas consequências.

Assim cada família constituída pelo sacramento do matrimônio, que é o selo de Deus na união entre masculino e feminino, deve testemunhar o amor-doação, assumindo toda a responsabilidade de compromisso, entrega e doação, como é o Amor de Deus pela humanidade. Quando Jesus é perguntado por alguns fariseus sobre o divórcio permitido pela Lei de Moisés, em certos casos, Ele responde: Moisés permitiu por causa da dureza do vosso coração, mas, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher.

E ainda disse: por isso o homem deixará seu pai e sua mãe, encontrará uma esposa e os dois serão uma só carne. Portanto, o que Deus une, o homem não separa. Com esse ensinamento, podemos concluir que o homem e a mulher fazem uma aliança de amor e mergulham no grande amor que é Deus (Cf. Mc 10, 2-9). Cada vez então que o casal se ama e se completa, os laços de união se tornam firmes e indissolúveis. Dessa maneira, a família é querida por Deus e firmada em Cristo.

Na família, os filhos são as bênçãos que Deus dá ao casal. Os pais devem cuidar deles, educá-los e também não deve esquecer de levá-los a Jesus, que quer abençoá-los sempre como o próprio Jesus pede: “Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais porque o Reino de Deus é dos que são como elas. Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhe as mãos” (Cf. Mc 10, 14-16).

Que a graça de Deus seja derramada a todos.


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

sábado, 3 de outubro de 2009

A Palavra de Deus é séria

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Devemos ter muito cuidado ao ler a Palavra de Deus, pois, por ignorância, podemos fazer interpretação errônea e causar sério dano a si e aos outros. Assim precisamos estudá-la de modo sério para fazer uma interpretação segura. São Pedro nos alerta que "nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação" (2 Pd 1, 21). Jesus ensinava muitas vezes através de parábolas para as pessoas e a outros seres humanos revelava os mistérios do Reino de Deus, isto é, aos seus apóstolos que seriam depois os primeiros responsáveis pela transmissão da mensagem genuína da Palavra de Deus (Cf. Mt 13, 10-13).

Desde os tempos mais remotos, os apóstolos eram pessoas apropriadas para transmitir a mensagem de Deus ao Povo e a esse cabia ouvir em assembleia. Podemos chamar essas pessoas autorizadas de Magistério. Moisés, Josué, profetas e outros que tinham a incumbência de levar a Palavra de Deus ao Povo, dando conhecer a vontade de Deus. O Povo de Deus ouvia e refletia no seu coração. Jesus, antes de ir para o Céu, deu uma ordem aos seu apóstolos para ensinar ao povo tudo o que Ele ensinou. E quem acreditasse nos ensinamentos transmitidos estavam batizados na Trindade Santa (Pai, Filho e Espírito Santo).

Hoje, nós temos os sucessores dos Apóstolos para ensinar o Povo. Esses são preparados na Teologia e na Graça de Deus para que a palavra ensinada não seja deturpada e nem manipulada, porque a verdade de Cristo que ouvimos nos liberta e salva. Então, a sã doutrina deve vir da Igreja, isto é, do Magistério, para não cairmos no erro de abandonarmos a verdadeira fé. Ela vem pelo ouvido, pelo olho, pela letra (Cf. 2 Cor 3, 6).

Cabe aos que crêem, que formam o Povo de Deus, ouvirem esta Palavra. Nós, o povo de Deus, devemos estar atentos a ouvir a Palavra de Deus por meio do Magistério e das pessoas que o Magistério autorizam para não nos enganarmos, como já exorta Provérbios 26, 9: "Assim, como o espinheiro está na mão do bêbado, está a parábola na boca dos ignorantes".

A Bíblia, Palavra de Deus, anima toda a humanidade. Portanto sejamos ouvintes da Palavra de Deus transmitida pela Igreja e praticantes das suas orientações. Desse maneira, o mundo e as estruturas da sociedade contemporânea podem ser transformadas pela força da harmonia e da paz, sem violência e sem divisão.

Que a Graça de Deus seja derramada a todos.


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia