ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 31 de outubro de 2010

Ide a todos os lugares e ensinai tudo o que Jesus nos ensinou

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

O cristão, pelo batismo, recebeu a missão de levar a Boa Nova de Jesus a todos. Por isso, a escolha dos padrinhos é muito importante e também os pais devem ser coerentes na fé que receberam da Igreja através do Batismo, das orientações da Igreja e da Palavra que é proclamada na Igreja nas celebrações eucarísticas.

A Igreja tem a missão dada por Jesus: Ide e ensinai tudo o que vos ensinei. O Magistério tem a obrigação de cuidar do Rebanho do Senhor, dando orientação segura e confirmando todos na Fé em Cristo. Em At 20, 28, podemos ver e conferir: “Cuidai de vós e de todo o rebanho que o Espírito Santo vos confiou como pastores da Igreja de Deus, e que adquiriu pagando com seu sangue”.

A Igreja de Cristo - eu sou Igreja - deve estender-se a todas as regiões; entra na história dos homens ao mesmo tempo em que transcende o próprio tempo e os confins dos povos. Jesus aceita a Cruz, morre por amor a nós e nela temos redenção e salvação no sangue derramado. "Per crucem ad lucem" [lema de dom José Mauro Pereira Bastos, primeiro bispo diocesano de Janaúba, e que viveu de 1955 a 2006]... Pela cruz atinjas a luz...

No mundo, a Igreja caminha, passa e sofre as tentações e as grandes provas. Nisso ela é fortalecida pela graça de Deus que não a deixa sozinha, porque Jesus prometeu ficar com ela até a consumação dos séculos. O pecado da fraqueza humana não sobrepõe a graça de Deus dada à Igreja para que ela seja fiel esposa do Senhor que é sempre fiel a ela. Ela é assistida e renovada pela força do Espírito Santo. Seguindo Jesus com a cruz, vamos atingir a Luz que está em Deus para sempre.

Assim, todos os discípulos de Cristo, perseverando na oração e no louvor de Deus, ofereçam-se também a si mesmo como hóstia viva, santa, agradável a Deus (Cf. Rm 12, 1). Podemos notar o que diz. “Agora, irmãos, pela misericórdia de Deus, eu vos exorto a vos oferecerdes como sacrifício vivo, santo e aceitável: seja este o vosso culto espiritual”.

Somos chamados a ser santos como está escrito. “Antes, santificai a Cristo, o Senhor, em vossos corações, estando sempre prontos a dar razão da vossa esperança a todos aqueles que vo-lo pede” (Cf. l Pd 3, 15). Assim, cada cristão deve reconhecer internamente a santidade de Cristo como Senhor, aderindo plenamente. Se alguém vos pede explicação de vossa fé, estais dispostos a defendê-la.

Os fieis cristãos, pelo Batismo, recebem uma grande missão, em virtude do seu sacerdócio régio. Têm também parte na oblação da Eucaristia e exercem o mesmo sacerdócio na recepção dos sacramentos, na oração e na ação de graças, através do testemunho duma vida santa, da abnegação e da caridade operante.

Na Eucaristia que recebemos em cada missa, somos agraciados pela sua graça que nos santifica. No sacrifício que participamos, tornamo-nos dignos de ser filhos de Deus. Cada um recebe muitos dons que devem ser partilhados como missionários da Palavra e da Eucaristia que traz vida para todos e dignidade humana.

Somos missionários por mandato de Cristo. Como Jesus foi enviado pelo Pai para nós, assim também o Filho enviou os discípulos e nós também (Cf. Jo 20, 21). Então, nesta passagem, há confirmação da missionariedade de cada cristão como o próprio. Jesus repetiu: a paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, eu vos envio. Em Mateus, Jesus diz: “Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a observar tudo aquilo que vos mandei. E eis que eu estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos” (Mt 28, 18-20).

Deus nos capacita para missão. Ele vai nos dar a força que é o Espírito Santo, como nos exorta em At 1, 8. “Mas recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, na Judeia, na Samaria e até os confins do mundo”. São Paulo, o grande missionário nos diz em bom tom: “Ai de mim se não evangelizar!” (1 Cor 9, 16).

Somos impelidos e enviados pela força do Espírito Santo. “Do Oriente ao Ocidente, o meu nome é grande entre as nações e em todos os lugares é oferecido ao meu nome um sacrifício e uma oblação pura”. Portanto, a Igreja Católica Apostólica Romana continua a sua missão de evangelizar em toda parte, formando um Povo que faz parte do Corpo como membros vivos, cuja cabeça é Cristo, Nosso Senhor.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa

Texto pensado, produzido e escrito em 29 de outubro de 2010

sábado, 30 de outubro de 2010

As mulheres têm papel importante na Igreja de Cristo

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A mulher tem um grande papel na família, porque ela é que gera o filho, cuida dele com carinho no período da gestação e ainda prepara a chegada da criança. Ela se prepara emocionalmente e também, quando tem condição para isso, arruma a casa para que o novo ser seja acolhido com amor. O gesto da mãe se assemelha aos cuidados da Mãe do Céu. Com ternura e bondade, ela manifesta o Grande Amor do Deus da Vida.

O papa Bento XVI dedicou a sua catequese do dia 01/09/2010, correspondente ao ciclo de escritores da Idade Média, a Santa Hildegarda de Bingen, escritora e profetisa alemã. O pontífice quis apresentar esta mulher escritora que viveu há quase mil anos e voltará a falar dela na semana que vem, segundo antecipou aos peregrinos presentes na Praça de Castel Gandolfo.

Ao começar a catequese de hoje, o papa quis manifestar o "agradecimento da Igreja" ao "valioso papel que as mulheres desempenharam e desempenham" dentro dela. Citando a “Mulieris dignitatem”, de João Paulo II (1978-2005), sublinhou a importância do "gênio feminino", assim como dos "carismas" e de "todas as vitórias que a Igreja deve à sua fé, esperança e caridade".



Sobre Hildegarda de Bingen (1098-1179), o papa quis destacar sua grande cultura, seu espírito místico e seu dom de governo, que "fala com grande atualidade também a nós". Esta santa fala hoje, "com sua corajosa capacidade de discernir os sinais dos tempos, com o seu amor pela criação, sua medicina, sua poesia, sua música, que hoje está sendo reconstruída, seu amor a Cristo e à sua Igreja, que também sofria naquela época, ferida pelos pecados dos sacerdotes e leigos, e tão amada como o Corpo de Cristo".

Desde criança, Hildegarda foi consagrada pelos seus pais ao serviço a Deus, sob os cuidados da professora Judith Spanheim, retirada no Convento Beneditino de São Disibodo, onde, apesar de albergar uma comunidade masculina, foi se fundando, com o tempo, uma congregação beneditina feminina.

Quando a Madre Judith faleceu, Hildegarda a substituiu à frente da comunidade. "O estilo com o qual ela exercia o ministério da autoridade é exemplar para toda a comunidade religiosa: isso acabou sendo um grande estímulo para a prática do bem, tanto que, segundo os testemunhos da época, a madre e as filhas espirituais competiam em amar-se e servir-se mutuamente", destacou o papa.

Outro dos aspectos da vida da santa que Bento XVI quis salientar foi sua experiência mística. Hildegarda teve revelações místicas desde pequena e, "como sempre acontece na vida dos verdadeiros místicos, Hildegarda também queria submeter à autoridade de pessoas sábias a origem de suas visões, temendo que fossem o resultado de ilusões e que não fossem de Deus".

De fato, "ela então buscou a pessoa que, na sua época, gozava da máxima estima na Igreja: São Bernardo de Claraval", sobre quem o papa falou em sua catequese de 21 de outubro do ano passado. 1 Finalmente, o Papa Eugênio III “autorizou a mística a escrever suas visões e a falar em público. Desde então, o prestígio espiritual de Hildegarda cresceu cada vez mais, de modo que seus contemporâneos atribuíram-lhe o título de ‘profetisa teutônica”.

“E isso, caros amigos, é o selo de uma autêntica experiência do Espírito Santo, fonte de todo o carisma: a pessoa depositária de dons sobrenaturais não se exalta jamais, não os exibe e, sobretudo, mostra total obediência à autoridade eclesial”, concluiu.

A palavra do papa nos alerta que nós não precisamos exibir as nossas qualidades e nem ficarmos orgulhosos pelos serviços executados na Igreja, na sociedade e na família. Nós cristãos devemos nos deixar ser guiados pela ação do Espírito Santo em nós. Devemos ser dóceis a Ele e ser obedientes ao Magistério para não ter perigo de errar e levar os outros ao erro. Hoje, mais do que nunca, precisamos de cristãos autênticos, corajosos e profetas para dizerem e proclamarem que a vida é importante e promovê-la é essencial, orientando as mães novas, as crianças, os adolescentes e os jovens para que não entrem no jogo do prazer fácil, dos vícios e da irresponsabilidade. Todos devem defender a vida em todas as fases da existência humana.


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa

Texto pensado, produzido e escrito em 29 de outubro de 2010

FONTE BASE DO TEXTO
notícia lida e utilizada como referência no site www.zenit.org em 03 de setembro de 2010

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Uma oportunidade traz vida

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Conta-se... Uma determinada pessoa já estava cansada de procurar emprego... Ela saiu com o filho, que estava com muita fome. Saindo, avistaram uma padaria aberta e pediram algum alimento em troca de serviços. O dono daquele comércio sentiu compaixão e viu a necessidade daquele homem que estava com fome também, mas pedia alimento não para ele, mas para o filho que ficou sentado na outra calçada.

Então dono da padaria, que se chamava Amaro, fala para Agenor que traga o seu filho Humberto, pois ele daria não pão, mas dois pratos feitos. A fome era tanta que os dois agradeceram a Deus e a bondade do senhor Amaro. Logo senhor Agenor começou a chorar. Era choro de gratidão e de preocupação porque lembrou da mulher que ficara em casa somente com um bocado de fubá. Então o dono da padaria fala pra ele: porque choras, se você e seu filho já estão se alimentando?

Agenor fala de sua vida e de seus sofrimentos. Estava desempregado a mais de dois anos. Fazia bico e nem isso já estava conseguindo. Tinha deixado a mulher com uma bocado de fubá. O dono da padaria fala com firmeza a ele dizendo: você quer trabalhar comigo; estou precisando mesmo de alguém como o senhor que tem história de vida.

Ele volta para casa radiante e conta para a esposa. Para surpresa, tinha chegado uma boa cesta básica. No dia seguinte, cedinho, ele já estava no trabalho. O patrão o incentivou a estudar à noite. Alguns anos mais tarde, tornou-se um grande profissional e o seu filho crescia estudando. Muitos anos depois, ele sai daquela empresa e monta um escritório. Seu filho cresce, estuda e torna-se um bom nutricionista. Foi trabalhar em um restaurante que o pai construiu pra ele.

Passaram-se anos. Os dois, antes patrão e empregado, encontraram-se. Amaro e Agenor conversaram bastante. Agenor sempre grato ao que Amaro fez. Então o primeiro comentou. “Olha, eu tenho muito serviço, mas nunca esqueço dos que mais precisam. Sempre ajudo e promovo as pessoas. Uma oportunidade traz vida”, afirmou Agenor ao senhor Amaro. “Se não houvesse aquela ajuda do senhor, eu não teria estudado e nem meu filho seria nutricionista do meu restaurante que fundei”, confessou.

Os dois se abraçaram e se rejubilaram pelas maravilhas que uma ação boa pode trazer a uma pessoa necessitada. Deus é assim: ele sempre vem em nosso socorro nas horas que precisamos d’Ele. Não podemos perder a fé. Deus é fiel sempre. Os dois ficaram tão amigos que morreram no mesmo dia, na mesma hora, e com a mesma idade - 82 anos.

O filho de Agenor colocou o nome da casa que seu pai fundou como a “Casa do Caminho” e mandou escrever bem na frente dela: “Um dia, eu tive fome e você me alimentou. Um dia, eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia, acordei sozinho e você me deu Deus e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!!!” (texto feito a partir de um conto recebido de e-mail de autor desconhecido com título “Pai, tô com fome...").


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 28 de outubro de 2010

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Olhar de Jesus que salva...

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A liturgia nos aproxima de Deus e dos irmãos e irmãs de comunidade no olhar de Jesus que salva a pessoa por inteiro. Na sociedade atual, as pessoas muitas vezes têm o olhar negativo das pessoas e se traduzem na exclusão que aponta os defeitos da pessoa humana. A liturgia nos mostra que o olhar de Deus é diferente.

No livro da Sabedoria, nós vemos o olhar de Deus, isto é, "os olhos de Deus são diferentes dos nossos" (Cf. Sb 11, 22; 12, 2). Nesse livro, é narrado o espanto causado devido à ação de Deus no castigo sobre os egípcios. Dá a impressão de que foi um castigo moderado e benevolente da parte de Deus. Mas Deus tem as suas razoes para agir assim: Deus tem paciência porque Ele tem poder. O agir do homem encontra em Deus misericórdia. Deus é bom e tolerante, porque Ele ama o que criou. Deus olha o homem por inteiro. Deus não quer a morte do pecador, mas a sua conversão para a vida de graça.

Por isso: podemos ver que "Deus fecha os olhos" diante do pecado do homem, a fim de convidá-lo ao arrependimento e assim traz uma vida nova e digna a ele. Deus tem predileção especial pelo homem e por tudo que Ele criou. Não há interesse em castigar o homem porque Deus é amor. Os males que acontecem em nossa vida não são "castigos de Deus". Tudo que acontece tem um sentido para que a pessoa se converta e ponha o pé na realidade humana e pecadora que necessita de cura e mudança.

Desse modo, o ser humano volta à via correta pelos caminhos da vida em Deus. Essa imagem do verdadeiro amor e da misericórdia de Deus deve nos selar e transparecer em gestos para com os nossos irmãos e todos que estão marginalizados e escravizados pelo pecado.

Na Carta ao Timóteo, vemos o Olhar de São Paulo (Cf. 2 Tm 1, 11-22). O Apóstolo Paulo nos lembra que Deus é o autor e o protagonista na salvação do homem. Deus está sempre em toda a nossa história humana. Deus age na nossa história e nos leva à plenitude da graça que vem do seu amor infinito por nós.

É Ele quem nos anima e nos dá forças ao longo da caminhada. É Ele quem nos espera no final do caminho para nos dar a vida plena. A salvação não é um privilégio e vitória nossa, mas um Dom de Deus que está à disposição para a conversão de cada cristão e cristã no mundo.

No Evangelho de Lucas, vemos o Olhar de Jesus no encontro com Zaqueu (Cf. Lc 19, 1-10). Zaqueu era um homem publicano, cobrador de impostos, era um ladrão que roubava o povo e o explorava na cobrança de impostos indevidos. Ele era um homem baixo, não tinha valor nenhum e era desprezado na comunidade dos que se achavam certos [certinhos...]. Ele procurava "Ver Jesus".

O "Ver" tem um significado teológico que não é curiosidade de encontrar Jesus, mas uma busca de algo novo que é capaz de preencher o interior da pessoa que procura. É uma vontade intensa de descobrir o valor do "Reino", um desejo imenso de inserir na Comunidade de Salvação que Jesus anunciava para todos. Jesus estava rodeado pelos seus discípulos e seguidores. Pela sua insignificância, Zaqueu dava a impressão de que era difícil chegar até Jesus.

O "subir num sicômoro" simbolizou a vontade grande de Ver Jesus e de poder ser notado pelo Cristo. Esta atitude podia correr risco de não ser aceita pelas pessoas que seguiam o mestre. Jesus age de modo inusitado: sai da multidão e vai ao encontro de Zaqueu que estava em cima da árvore. Jesus valorizou a atitude daquele homem que quer a salvação e uma conversão de vida. Ele está sedento de uma vida melhor com os outros.

Jesus larga um pouco aquela multidão que o seguia e solidariza-se com o "pecador". Ergue os olhos e vê o "pequeno" no alto daquela árvore, mas o chama pelo nome: Zaqueu ("puro"). Jesus se autoconvida e diz aquele homem: "Desce depressa, porque hoje preciso ficar em tua casa". Jesus não quer ficar para ser servido, mas quer servir e levar a semente da vida ao coração da pessoa que germina para uma vida de graça e justiça. Tudo vai levar para a vida plena.

A atitude de Jesus provoca uma reboliço nas pessoas que murmuram escandalizadas, dizendo: "Foi hospedar na casa de um pecador". Zaqueu acolhe Jesus com muita alegria. Prepara um grande jantar, isto é, um "banquete” para um hóspede ilustre. Na sua casa, emocionado com aquela visita, ele faz um discurso que marca a sua transformação. Está disposto a repartir os seus bens com os pobres e restituir quatro vezes mais o que tinha roubado. Zaqueu encontrou sentido para a sua vida porque conseguiu Ver Cristo como Ele é. Ele acolheu Jesus em sua casa e em seu coração. Jesus diz: "Hoje entrou a salvação nesta casa...”.

Por causa da acolhida de Jesus e do coração de Zaqueu que acolhe o Autor da Vida, sua vida se transforma. Agora ele não precisa mais de dinheiro injusto porque a maior riqueza ele a encontrou que é Jesus Cristo, o Senhor da Vida. Somos chamados a Ver Jesus sempre, pois Ele quer transformar a nossa vida de pecado para a vida da graça que faz acontecer o Reino de Deus entre nós como a justiça para todos, a vida preservada e os direitos humanos garantidos para todos.

Amém!

Sed misereris omnium, quia omnia potes; et dissimulas peccata hominum propter paenitentiam (Sb 11, 23)


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 27 de outubro de 2010

PALESTRA DO PROFESSOR LUIZ MARINS É HOJE EM MONTES CLAROS

Palestra do professor Luiz Marins é nesta quinta-feira, 28 de outubro de 2010, às 19h, no Automóvel Clube. Leve um quilo de alimento não-perecível no Sindcomércio (Rua Presidente Vargas, 28, sala 202, Centro de Montes Claros) e troque por um ingresso [informação do jornalista Attilio Faggi Junior]

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Papa explica missão do comunicador católico

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Pelo Batismo, somos convidados a sermos apóstolos de Cristo, isto é, ser mensageiros da sua Palavra para que todos possam encontrar a verdade e fazer um juízo de valor de todos os fatos e acontecimentos na nossa vida, na nossa sociedade, na nossa família e na nossa Igreja.

Portanto, é mister dizer que, à Fé, se chega apenas pela força da notícia dada, pela forma utilizada pelo transmissor e pela credibilidade que ele inspira, como já dizia o papa Paulo VI, no Evangelli Nuntiandi, 41: Necessitamos de testemunhos, pois quando se ouvem os mestres é porque eles testemunham em ações as suas convicções. São Paulo diz na Carta aos Romanos: como vão crer se lá ninguém fora enviado para proclamar a Palavra de Deus? E é por isso que ele diz também.. ai de mim se eu não anunciar o Evangelho! (1 Cor 9, 16) - A Igreja e Comunicação Social: uma Leitura Pastoral Evangelizadora, monografia de conclusão de curso de bacharelado de Teologia de José Benedito Schumann Cunha).

O papa Bento XVI encontra-se com os participantes do Congresso sobre a Imprensa Católica, que reuniu comunicadores de 85 países. Bento XVI recebeu em audiência os participantes do Congresso sobre a Imprensa Católica na Sala Clementina, no Palácio Apostólico Vaticano. No total, mais de 200 comunicadores católicos de 85 países se encontraram com o Pontífice (notícia tirada do site www.cancaonova.com em 07/10/2010).

“A vossa missão, queridos comunicadores da imprensa católica, é a de ajudar o homem contemporâneo a orientar-se para Cristo, único Salvador, e a manter acesa no mundo a chama da esperança, para viver dignamente o hoje e construir adequadamente o futuro”, explicou o papa. O encontro aconteceu na manhã desta quinta-feira (07/10). O evento foi promovido pelo Pontifício Conselho das Comunicações Sociais e começou na segunda-feira (04/10).

O santo padre convidou os comunicadores a renovar a escolha pessoal por Cristo, “buscando aqueles recursos espirituais que a mentalidade mundana subvaloriza, embora sejam preciosos, na verdade, indispensáveis” (notícia tirada do site www.cancaonova.com em 07/10/2010).

O bispo de Roma falou sobre as profundas transformações interiores pelas quais os meios de comunicação têm passado, especialmente a questão do desenvolvimento de sempre novas tecnologias e o risco de noticiar fatos apenas para provocar o espetáculo, e não profundas reflexões. “A busca da verdade deve ser perseguida pelos jornalistas católicos com mente e coração apaixonados, mas também com o profissionalismo de comunicadores competentes e dotados de meios adequados e eficazes. Isso se torna ainda mais importante no atual momento histórico, que exige da própria figura do jornalista, enquanto mediador dos fluxos de informação, mudanças profundas”, afirmou (notícia tirada do site www.cancaonova.com em 07/10/2010).

Nesse contexto, a imprensa católica seria chamada a expressar suas potencialidades e dar as razões de sua missão de seguir a estrada mestra da verdade. “A Igreja dispõe de um elemento facilitador, considerando que a fé cristã tem em comum com a comunicação uma estrutura fundamental: o fato que o meio e a mensagem coincidem; de fato, o Filho de Deus, o verbo encarnado é, ao mesmo tempo, mensagem de salvação e meio através do qual a salvação se realiza” (notícia tirada do site www.cancaonova.com em 07/10/2010).

Por fim, Bento XVI alertou que o desafio comunicativo exige um grande compromisso por parte da Igreja. “Os cristãos não podem ignorar a crise de fé que afeta a sociedade, ou simplesmente confiar que o patrimônio de valores transmitidos ao longo dos séculos passados possa continuar a inspirar e plasmar o futuro da família humana. A ideia de viver ‘como se Deus não existisse’ mostrou-se deletéria: o mundo tem necessidade, mais do que tudo, de viver ‘como se Deus existisse’, ainda que não tenha a força de acreditar, sob a pena de que isso produza somente um ‘humanismo desumano’” (notícia tirada do site www.cancaonova.com em 07/10/2010).

Com estas palavras seguras do nosso papa, podemos refletir a respeito do papel do comunicador católico. Este tem a responsabilidade de dar a verdadeira informação, procurando a verdadeira fonte, para que não haja manipulação e desvio da verdade. Não se pode ter preconceito diante da informação, pois pode ocorrer o risco de levar uma informação deturpada por interesses de pessoas inescrupulosas que querem destruir a imagem ou pensamento de uma pessoa.

Jesus já deu o norte dizendo que a verdade vos libertará (Cf. Jo 8, 31-32) e buscai o Reino de Deus e a sua justiça e tudo será dado em acréscimo (Cf. Mt 6, 33). Portanto, somos chamados a unir as pessoas e não dividi-las.


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 07 de outubro de 2010

ACESSE
www.cancaonova.com

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Com nossos acertos e erros, nós aprendemos...

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A vida humana é um processo contínuo de crescimento e que cada pessoa tem um ritmo. Esse ritmo depende da história de vida de cada um. Assim é também nas nossas atividades de trabalho, política, familiar, social e religiosa. Não podemos dizer que a nossa atuação é excelente e que não tem nada a ver com o passado. Todos somos responsáveis nos seus devidos tempos. Na democracia, aprendemos com os acertos e os erros. Não podemos desfazer de ninguém, pois cada um colabora de acordo com a realidade de cada tempo.

O Brasil, desde o seu descobrimento até agora, passou e passa por um processo de crescimento e amadurecimento. Somos uma República nova ainda e, nesse período de desenvolvimento do pensamento, os políticos e a sociedade contemporânea vão se misturando com a realidade da vida do povo.

A democracia é um exercício livre, mas tem a influência do poder econômico. O Brasil passou por vários momentos difíceis: crises econômicas com altas taxas de inflação que atingiam a todos e especialmente os mais pobres. E também tivemos as crises institucionais que tolheram a liberdade de cada cidadão [ditadura militar].

Com a democratização, temos a Constituição, a Lei máxima do País que nos faz ser soberano e livre. Cabe a cada um, principalmente aos políticos, defender a Constituição e procurar o bem comum a todos. Fazer acontecer a justiça para todos é essencial.

Uma nação é livre na medida em se que respeita os direitos humanos e se busque políticas públicas a favor da pessoa humana, como educação de qualidade, saúde digna para todos, trabalhos com salários bem remunerados e combate à violência e a toda forma de injustiça.

Na eleição, somos todos iguais. No pleito eleitoral, podemos livremente, conscientes e bem informados, dar o nosso voto. O voto é importante. Por isso precisamos entender que “a democracia é uma conquista de todos. Nela podemos, pela consciência, escolher livremente e dá o nosso voto. Este não é apenas um gesto voluntário da pessoa cidadã, mas tem uma importância muito grande, porque nós delegamos a alguns o direito e o dever de fazer leis justas e defender o bem comum de todos. Cada poder tem o seu papel importante” (ver artigo “O Voto é importante” postado no blog www.modestaspropostas.blogspot.com em 30-08-2010).

“Cada eleitor deve ter a consciência em votar naqueles que podem fazer a diferença no mundo, construindo a justiça social, defender a vida desde a concepção até a morte, procurar o bem comum de todos e promover a paz. A política é uma oportunidade de prevalecer o bem e oportunidade para todos, tirando os privilégios e permitindo que todos tenham vez e voz na sociedade e em todo lugar. Assim estamos exercendo a cidadania nos direitos e deveres” (ver artigo “O voto é importante” postado no blog www.modestaspropostas.blogspot.com em 30-08-2010).


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 06 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Réquiem de Verdi

“Um grito a Deus diante da morte” (Bento XVI)

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

No dia 19/10 último, no Vaticano, teve um concerto para o papa. A música nos inspira e nos eleva o nosso espírito para Deus. A vida humana é marcada da esperança na ressurreição que trouxe Jesus Cristo. A nossa vida é escondida na verdadeira vida que vem de Deus. O ser humano não pode duvidar desta certeza da vitória da vida sobre a morte. A morte é passageira e esta verdade deve nortear a nossa vida na beleza da música que suaviza a brevidade desta vida na terra.

“Um momento de verdadeira beleza, capaz de elevar o espírito”. Foi dessa forma que Bento XVI avaliou a “excelente” interpretação do Réquiem de Verdi, no último sábado à tarde no Vaticano, pelo maestro Enoch Zu Guttenberg na direção do Coral de Neubeuern e da orquestra Klang-Verwaltung. O papa se dirigiu à assembleia depois do concerto, em alemão e italiano, para agradecer ao diretor da orquestra e aos músicos, e para se referir aos sentimentos expressados nesta extraordinária obra de Giuseppe Verdi, que chegou a se definir como “um pouco ateu” (www.zenit.org em 23-10-2010).

O Pontífice, no entanto, vê nesta obra “um grande apelo ao Pai eterno, na tentativa de superar o grito de desespero diante da morte”. Verdi expressa “todo um leque de sentimentos humanos diante da morte”, observou. O papa recordou que Verdi (1813-1901) compôs esta Missa de Réquiem em 1873, por ocasião da morte do escritor Alessandro Manzoni, a quem Verdi admirava e por quem tinha uma espécie de veneração. “No espírito de grande compositor”, explicou o papa, esta obra deveria ser o cume, o momento final da sua produção musical” (www.zenit.org em 23-10-2010).

“Não era somente uma homenagem a um grande escritor, mas também a resposta a uma exigência artística interior e espiritual que a confrontação com a estatura humana e cristã de Manzoni havia suscitado nele”. Para o pontífice, a Missa de Verdi reflete uma visão trágica dos destinos humanos, sobretudo quando se trata da realidade ineludível da morte e da questão fundamental da transcendência, em um gênero musical em que o artista já não deve se preocupar em por em cena.

“Livre dos elementos da cena, Verdi exprime, somente com as palavras da liturgia católica e com a música, o leque de sentimentos humanos diante do final da vida, a angústia do homem frente à sua fragilidade natural, o sentimento de rebelião diante da morte, o desconcerto no limiar da eternidade” (www.zenit.org em 23-10-2010).

Em seu discurso, o papa citou uma carta de Verdi ao editor musical Ricordi, na qual o músico se definiu como “um pouco ateu”. Mas quando escreve esta Missa, destacou Bento XVI, é como “um grande apelo ao Pai, em uma tentativa de superar o grito de desespero diante da morte, para reencontrar a aspiração à vida que se torna oração silenciosa e do coração: Libera me Domine”. Verdi descreve também, segundo o Papa, “o drama espiritual” do homem frente a Deus, a quem aspira no mais profundo de si mesmo e unicamente em quem pode encontrar a paz e o repouso.

Neste sentido, Bento XVI citou a famosa frase das “Confissões” de Santo Agostinho. “Nosso coração está inquieto enquanto não descansa em Ti” (www.zenit.org em 23-10-2010). A qualidade das vozes e da técnica vocal, do coral e dos solistas, foi um dos pontos fortes desta interpretação musical, sob a batuta de um diretor de orquestra de renome insuperável, cujo talento está acompanhado de sensibilidade e temperamento (www.zenit.org em 23-10-2010).

Estas palavras sábias do nosso papa Bento XVI nos fazem transcender o nosso espírito, em gratidão a Deus. Ele é fundamento de nosso existir. A nossa existência nos aproxima do Deus da Vida que nos dá sempre o bem e nos dá a certeza que devemos estar em comunhão com Deus e com todos. A humanidade se transforma na medida em que valoriza o dom da vida e consola na morte por causa da vitória de Cristo sobre esta última estância da nossa existência no mundo. Viva a vida, de modo que a fé na Ressurreição de Cristo nos alimente a esperança que salva e, no amor, que provem de Deus.


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 23 de outubro de 2010

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A vida é dom e direito; e Deus é o Senhor da Vida

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Deus é o autor da vida e deu todas as condições para que ela se desenvolva e cresça. Mas a ganância, os interesses egoístas e hedonistas, o materialismo e o egoísmo não permitem que a vida de inocentes venha ao mundo. A sociedade [capitalista] é marcada muitas vezes pela cultura da morte e nós não podemos acomodar e nos acharmos que é natural a prática desta violência ao nascituro. Devemos proteger a vida em todos os seus estágios.

“A vida do homem provém de Deus, é Seu dom, é imagem e figura d’Ele, participação do Seu Sopro Vital. Desta vida, portanto, Deus é o único Senhor: o homem não pode dispor dela” (João Paulo II na encíclica Evagelium Vitae, 39). A Comunidade Canção Nova trouxe recentemente uma série de reportagens com o título “Vida: direito de todos”.

Ela traz até você a palavra da Igreja na voz de Dom Benedito Beni dos Santos, pastor e bispo da Diocese de Lorena, para falar da dignidade e do valor da vida humana. Nenhuma pessoa, instituição ou legislação têm o direito sobre a vida de um ser, sobretudo aquele que ainda não nasceu.

“Só Deus é o Senhor da vida. Não existe nada que justifique a prática do aborto, porque o aborto é a destruição de uma vida inocente. A vida é, antes de tudo, um dom fundamental, sem este dom, nós não podemos receber nenhum outro”, explica o bispo de Lorena. Perguntado sobre a questão da legalização do aborto no Brasil, dom Beni disse que “legalizar o aborto é legalizar o crime” e, lembrando as palavras de João Paulo II, por ocasião de uma de suas visitas à sua terra natal, a Polônia, o bispo disse.

“Ai da nação que mata os seus próprios filhos, porque, legalizando o aborto, nós teremos o próprio povo matando seus filhos. Isto é uma aberração, é um absurdo, um crime diante da humanidade e diante de Deus”, acrescentou o prelado e continuou. “Legalizar o aborto, como uma questão de saúde pública, é uma contradição. Nós temos direito ao corpo no sentido de cuidar dele, mas ninguém tem o direito de destrui-lo. Por outro lado, nós sabemos que a criança em gestação não é parte do corpo da mulher, é uma nova vida que surge em seu seio e, portanto, um novo ser de direitos que a própria mãe precisa respeitar. De modo algum a criança é um membro do corpo da mãe”, explica dom Beni.

A voz do bispo de Lorena e o pronunciamento do nosso saudoso João Paulo II (1978-2005) nos leva a pensar e a refletir sobre a responsabilidade que temos com a vida. Não podemos deixar a morte ser primazia na nossa sociedade [capitalista?]. Devemos educar bem as crianças, as famílias e a sociedade [capitalista?] para a vida e promovê-la em todos os estágios. Devemos fazer a corrente do bem. Ter uma vida na simplicidade, seguir os passos de Cristo, procurar viver conforme a vontade de Deus.

São Paulo a Timóteo nos exorta dizendo. “Sabe, porém, o seguinte: nos últimos dias sobrevirão momentos dificieis. Os homens serão egoístas, gananciosos, jactanciosos, soberbos, blasfemos, rebeldes com os pais, ingratos, iníquos, sem afeto, implacáveis, mentirosos, incontinentes, crueis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres do que de Deus, guardarão as aparências da piedade, negando-lhe, entretanto o poder. Afasta-te também destes” (2 Tm 3, 1-5).

Assim, devemos estar prontos em ser autênticos cristãos, defendendo a vida, o bem, a justiça, a paz, a partilha e a solidariedade. Devemos ter um coração dócil e misericordioso, estendendo mão aos que mais precisam e dando ajuda às mulheres indefesas para que a vida seja vitoriosa sempre. Devemos ser de Cristo sempre.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 08 de outubro de 2010

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Eleição é momento de participação popular...

[QUE ESTA PARTICIPAÇÃO SE ESTENDA TAMBÉM A TODO PERÍODO NÃO-ELEITORAL]

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A eleição é um momento muito especial. O povo, com a sua consciência livre, escolhe os seus candidatos para que a democracia funcione de modo pleno. Os escolhidos e os vitoriosos têm uma grande responsabilidade de fazer leis justas, executar as leis e propostas que visam o bem comum da nação, do estado e da cidade. Cada pleito é a demonstração de civismo e nacionalidade.

Os partidos e as suas propostas são propagados, e depois de eleitos, devem se conciliar para o bem de todos. Devem buscar na reflexão e no discernimento a sabedoria de dirigir o público e estimular o privado para o desenvolvimento sustentável que leva em conta a pessoa humana e o mundo ambiental e planetário.

A nação é feita por todos que a compõem. Cada um, de acordo com suas responsabilidades, deve fazer bem as suas tarefas. Acreditamos na corrente do bem que se propaga de modo que todos se sintam responsáveis pela paz e justiça. “Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo que ele escolheu para sua herança” (Sl 33, 12).

Isso mesmo: feliz é a nação que tem o Senhor como Deus de todas as coisas, pois cada um de nós, pessoas cidadãs, sintamo-nos comprometidos com tudo que leva ao bem a todos sem excluir ninguém.

Se cada um fizer bem a sua missão e melhor, o mundo se transforma, a sociedade se renova e a vida torna-se vitoriosa. Deus abençoe a todos e que as nações sejam soberanas no sufrágio de cada voto do cidadão e da cidadã. Viva a democracia! Não existem derrotados, nem vencedores. Após o resultado do pleito cívico e democrático, o que restará será a nação, o estado e o município como um todo, pensando no bem estar de todos, isto é, das crianças, dos jovens, dos adultos e das pessoas idosas. Todos eles sendo valorizados nos seus direitos mais fundamentais, que são vida digna, segurança, saúde e educação de qualidade, moradia, transporte, etc...


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 17 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Virulência eleitoral

por Mara Narciso

A falta de ética da campanha de José Serra no segundo turno, associada aos e-mails criminosos espalhados pela internet dão a senha de até onde a virulência eleitoral pode chegar. São sérias as invencionices de todos os matizes que tentam colar em Dilma Rousseff e no PT. Isso enfraquece a nossa jovem democracia.

A agressividade dos que apóiam Serra está incomodando os eleitores indiferentes com a política, e afastando os mais sensíveis. Para conseguir o poder, o grupo de Serra está cometendo crimes eleitorais. O abuso precisa ser coibido. Falam o que querem. Jogam a pedra e escondem a mão. A grande mídia, agressiva, caso pudesse, instalaria Serra no Planalto pela força das letras e falas, junto com a internet, onde sobram grosserias da mais baixa estirpe.

O medo de Regina Duarte, de tempos atrás, diante da possibilidade de um governo Lula, é fichinha. Estou apavorada com a falta de civilidade de pessoas que, por preconceito, denigrem Dilma, e ainda colocam Lula no jogo, dizendo que o PSDB não conversaria com governos que apedrejam mulheres. Mas se acabam de apedrejar! A lógica dos pessedistas é ilógica. No vale tudo pela volta ao topo, não titubeiam em caluniar, depreciar, esvaziar, xingar, inverter.

José Serra, que também foi perseguido pela ditadura, e tem uma bela trajetória, deveria impedir seus correligionários de tratar, da maneira como tratam, a luta de Dilma pela volta à democracia, sua prisão e sua tortura. Até a doença e tratamento de Dilma são deformados em textos apócrifos e soltos de forma irresponsável pelo mundo virtual afora. Onde fica a decência dessa campanha?

Santificar Serra, colocando nele feitos alheios não é ético. E em cima disso falam da falta de ética do PT como se fossem políticos do mais puro sangue. O PT tem seus méritos e seus pecados, mas não pode aceitar a difamação como arma. O PSDB tem a sua história, suas glórias. Então as use. As estratégias envolvidas numa campanha não buscam uma conversa amigável, mas os adversários precisam se tratar com civilidade, como oponentes e não como inimigos. É preciso propiciar uma disputa limpa, insuflando os méritos reais de cada um, com anúncios ou denúncias de fatos verdadeiros e comprovados. E com responsabilidade.

Satanizar Dilma, colocando nela pecados dos outros é imoral. Também não se decidiram se Dilma é autoritária, ditadora, guerrilheira, monstruosa, mulher voluntariosa ou se é uma criatura, uma marionete, uma invencionice de Lula. Decidam-se, marqueteiros do PSDB! Os eleitores inocentes estão confusos, e o risco é aumentar a indiferença e frieza, ampliando as abstenções e os votos nulos e brancos.

Não passo de uma ingênua ex-militante política, mas o momento é solene. A disputa acirrada é uma guerra. A democracia brasileira é jovem, mas já foi testada em outros pleitos. Vamos evitar o que há de ruim numa campanha política: o estímulo a intolerância. E que a lei possa alcançar os desobedientes.


Mara Narciso é médica e jornalista
09 de outubro de 2010

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A Igreja é sinal da presença do Amor entre nós. A Igreja é um corpo vivo que tem Jesus como cabeça e nós os seus membros. Este corpo deve funcionar em harmonia e com singeleza no serviço desinteressado aos que mais precisam. Nada fica sem ação, tudo se faz no dinamismo da vida em abundância.

O papa Bento XVI fez a primeira meditação desta segunda-feira [11 de outubro de 2010], no Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio. O santo padre iniciou a reflexão recordando que, há exatos 48 anos, o papa João XXIII abria o Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), consagrando os trabalhos "ao Coração Materno de Nossa Senhora".

Assim, também hoje, festa da Maternidade Divina de Maria, "também nós desejamos confiar este Sínodo, com todos os problemas, com todos os desafios, com todas as esperanças, ao coração materno de Nossa Senhora, da Mãe de Deus" (artigo tirado de www.cancaonova.com) .

“Uma mulher é Mãe de Deus” (Theotókos). “Como é possível?”, refletiu Bento XVI. “Deus não permaneceu em si: saiu de si, uniu-se de tal modo, tão radicalmente com este homem, Jesus, que este homem, Jesus, é Deus, e se falamos d'Ele, podemos sempre também falar de Deus. Não nasceu somente um homem que tinha a ver com Deus, mas n'Ele nasceu Deus sobre a terra. Deus saiu de si. Mas podemos também dizer o contrário: Deus nos atraiu para si mesmo, de tal forma que não estivéssemos mais fora de Deus, mas no seu íntimo, na intimidade de Deus mesmo”, explicou (artigo tirado de www.cancaonova.com).

Bento XVI recordou ainda que o Concílio Vaticano II iniciou com o ícone da “Theotókos” (Mãe de Deus) e, ao final, o papa Paulo VI reconhece à mesma Nossa Senhora o título de “Mater Ecclesiae” (Mãe da Igreja). “Porque Cristo não nasceu como um indivíduo entre os outros. Nasceu para criar um corpo: nasceu para atrair todos a si e em si” (Cf. Jo 12). “(...) Ele é a Cabeça de um grande Corpo. Onde nasce Cristo, inicia o movimento da recapitulação, inicia o movimento do chamado, da construção do seu corpo, da santa Igreja. A Mãe de Theós, a Mãe de Deus, é Mãe da Igreja, porque é Mãe d'Aquele que veio para reunir-nos todos no seu Corpo ressuscitado”, destacou (artigo tirado de www.cancaonova.com).

“E assim da Igreja fiel, com Maria no centro, nasce a Igreja, o Corpo de Cristo. Esse dúplice nascimento é o único nascimento do Christus totus, do Cristo que abraça o mundo e nós todos”, afirmou Bento XVI. “Tendo em conta este nexo entre Theotókos e Mater Ecclesiae, o nosso olhar dirige-se ao último livro da Sagrada Escritura, o Apocalipse, onde, no capítulo 12, aparece exatamente essa síntese. A mulher vestida de sol, com doze estrelas sobre a cabeça e lua sob os pés, dá a luz. E dá a luz com um grito de dor, dá a luz com grande dor. Aqui o mistério mariano é o mistério de Belém alargado ao mistério cósmico. Cristo nasce sempre de novo em todas as gerações e, assim, assume, recolhe a humanidade em si mesmo”, ressaltou (artigo tirado de www.cancaonova.com).

Assim, seguindo o raciocínio do nosso papa Bento XVI, ficarmos firmes na Igreja, comprometidos com ela no mundo, na família, na comunidade e na sociedade contemporânea para que ela seja o sinal do amor pleno de Deus entre nós. Somos a Igreja que tem a Mãe que zela, cuida, protege e anima os seus filhos para ficarem fieis a Jesus Cristo.

Não se pode ter vida sem a vida de Cristo que vem da sua Palavra que salva e do seu corpo que nos alimenta e nos fortalece para sermos discípulos da vida que faz a diferença no mundo. Somos de Cristo e devemos agir como tal. Isto é, sendo coerentes na fé, no amor, na fraternidade, na justiça, na defesa da vida e na partilha. Na mesa, há sempre pão porque Deus nos sacia sempre.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 11 de outubro de 2010

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Quem é de Cristo segue e vive o que ele fala

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A liturgia nos faz próximos de Deus e dos irmãos. Em cada celebração, nós somos transformados por Cristo e caem todas as máscaras que nós temos, que são as hipocrisias, o pecado, a auto-suficiência, o egoísmo, a ingratidão, a imoralidade e toda espécie de mal ou convivência e consentimento com a maldade reinante. Quem vai dar o rumo para a nossa vida é Cristo e a Palavra de Deus, que é a Bíblia. Ela é a luz que ilumina a caminhada dos que querem seguir Cristo.

Há exigência para o seguimento de Cristo. Melhor servir a Deus do que a outros. Não podemos ficar impassíveis com as migalhas que os poderosos nos dão, que nos deixam escravos e dependentes. Deus nos dá o pão da liberdade e do compromisso com todos. Estamos sempre tendo uma luz em nossa caminhada cristã, que é Cristo.

No Livro da Sabedoria nos é mostrado que só em Deus é possível encontrar a felicidade verdadeira e o sentido da vida. Deus nos dá tudo sem exigir nada, e nem fica nos lembrando a todo o momento de alguma “obrigação”, mas nos assiste com a sua graça que nos santifica e nos faz novas pessoas (Cf. Sb 9, 13-19).

São Paulo aplica as consequências do seguimento de Jesus: intercede em favor de um escravo fugitivo, Onésimo, junto a seu "dono", Filêmon (Fm 9b-10.12.17). Que segue Jesus tem que ser livre para testemunhá Lo em todas as circunstâncias. Temos que dar razão à nossa fé. Acreditamos em Cristo porque Ele é Deus e nada n’Ele tem má intenção.

O Evangelista Lucas nos mostra o caminho do discípulo que quer segui-Lo. Vemos Jesus, que estava a caminho de Jerusalém. Lá Ele sofreria a maior injustiça que a humanidade podia fazer. Os poderosos, insensíveis, iriam matar Jesus na cruz, que era o castigo para o maior bandido. Jesus só tinha amor aos homens e às mulheres. Uma grande multidão seguia Jesus, entusiasmado pela sua pessoa,

Ele não era populista e nem demagogo, e não fazia promessas fáceis que enganavam o povo. E não precisava de marketing e nem de marqueteiros para atrair pessoas a qualquer preço. Jesus sabia que, entre aquele povo, estavam os bons, os desejosos da boa palavra, que buscavam sinceramente o Messias, os curiosos em satisfazer o desejo de novidade, os interesseiros na esperança de participar da glória e da fama; e os inimigos à espreita de uma ocasião para acusá-lo e condená-lo.

Jesus era sincero e não tinha medo de perder os simpatizantes e aponta três condições para segui-lo, e isso serve para hoje. DESAPEGO afetivo - aos familiares e até a própria vida -, "Quem não 'odeia' o seu pai, sua mãe... até a própria vida, não pode ser meu discípulo...”... ODIAR significa aqui: não priorizar os sagrados laços familiares, aos valores do Reino. É amar a Deus sobre todas as coisas. DISPONIBILIDADE - em carregar a Cruz -, "Quem não carrega a sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo..."... A CRUZ é a imagem que melhor sintetiza toda a vida de Cristo. O "Discípulo" é convidado a imitar o Mestre.

Como tem gente hoje que quer seguir Jesus sem a cruz. Quer vida fácil e só pensa em si mesmo. RENÚNCIA aos bens materiais - "Quem não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo”. Vivendo em função deles, não sobra espaço para Deus (Cf. Lc 14, 25-33). A matéria nos deixa escravo e nós não temos tempo para Deus e nem para os irmãos. Somos frágeis e seguimos qualquer onda do mundo contemporâneo.

Se está bom pra mim, que importa se haja injustiça para o meu irmão pobre, doente, idoso e criança indefesa, tanto na família, como no ventre à mercê de assassinos que praticam a morte e o aborto. Não podemos ficar contente e nem satisfeitos com a realidade, que parece boa para nós, mas, na realidade, há muita tristeza, falta de saúde, de respeito à vida e à liberdade.

Deus não pode coabitar com a injustiça, com a corrupção, com o abuso de poder, com a tirania, com a cultura da morte. Deus nos quer livres para poder possuir o Reino d’Ele que é de todos nós.


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 03 de outubro de 2010

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A fé nos impulsiona para a missão

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Queridos irmãos e irmãs em Cristo...

Cada liturgia que participamos, estamos alimentando a nossa fé através da Palavra de Deus, da Eucaristia e nos fortalecendo como cristãos ao lado dos nossos irmãos de caminhada.

Neste mundo tão complexo e desigual, muitas vezes na nossa vida surgem momentos de desânimo, de descrença e falta de paciência. Há crise no nosso interior que questiona tudo e todos e até sentimos fracos na fé. Com tantos desafios, muitas vezes nos sentimos sós, inconformados e nos perguntamos a nós mesmos: será que vale a pena pregar e acreditar no Evangelho? Será que o mundo pode mudar?

Então, nessa hora de dúvida e desânimo, nós devemos recorrer à Palavra de Deus que nos orienta no bem e nos dá força para a missão de anunciar e fazer acontecer já no meio de nós o Reino de Deus. No Livro de Habacuc, nós encontramos as palavras do Profeta Habacuc que narra a sua experiência de fé.

O contexto da época em que ele vivia era marcado por grande violência e corrupção, que estavam no meio do povo. Para o profeta, isso é angustiante. Deixa-o impaciente com a situação e clama ao Senhor dizendo, indagando, exclamando: “Até quando, Senhor?!”. Mas Deus é atento. Quando tudo parece perdido, Ele age de modo poderoso arrancando o mal vigente e intervindo para que o bem seja restaurado no mundo.

Assim o Senhor Deus exorta o profeta para não desanimar. Ele intervirá no momento certo e assim o “justo viverá por sua fé” (Cf. Hab 1, 2-3.2,2-4). Assim, olhando a nossa realidade, marcada também por grandes problemas e maldades, nós devemos clamar a Deus e não perder a fé de ver um mundo mais cristão e humano.

Sejamos justos na graça de Deus no mundo, na família e na comunidade que participamos, pois Deus sempre vem ao nosso socorro, nos salvando e nos libertando do mal. O Apóstolo Paulo convida e estimula Timóteo, que estava cansado e preocupado pelas adversidades reinantes na sua época, onde Paulo estava preso, e os apóstolos, morrendo, então Paulo na sua Carta, exorta-o dizendo: "Reaviva o DOM DE DEUS que recebeste" (Cf. 2 Tm 1, 6-8.13-14).

Isso serve para nós hoje. Que possamos reavivar em nós a nossa fé que recebemos no Batismo, e encorajando-nos para anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo, de todas as formas, em todos os lugares e culturas. O Evangelista Lucas nos mostra Jesus que afirma que a fé remove os obstáculos (Cf. Lc 17, 5-10). Ele e seus apóstolos estão a caminho de Jerusalém e, diante da desafiadora proposta de Cristo, os faz vacilarem e os induz a voltar e desistirem da missão.

Com esta preocupação de cada um deles, então eles vão e pedem a Jesus para que aumente a fé neles. Jesus os exorta: se vocês tiverem a fé do tamanho de uma semente de mostarda, que é a menor das sementes, poderiam fazer muitas coisas extraordinárias. Isto serve para nós hoje. Se a nossa fé em Cristo for sempre revitalizada através da oração, da escuta da Palavra e da participação da Eucaristia, nós faremos muitas coisas boas e justas no mundo.

Assim, a partilha, a solidariedade e a fraternidade vão acontecer no meio de nós e, com a nossa convicção da ação do Deus da vida em nós, a cultura da morte e do egoísmo desaparecerão, e a vida reflorescerá em todos os lugares, e nos tornará defensores dos indefesos que estão no ventre da mãe, até a morte natural das pessoas.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 1º de outubro de 2010

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A gratidão a Deus é sinal de amor a Ele

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A liturgia é um momento muito especial que temos, porque podemos louvar, agradecer e bendizer a Deus, que tudo de bom nos dá durante a nossa trajetória na terra rumo à morada definitiva no céu. Nós podemos sentir e vivenciar esse Deus que caminha na nossa história, juntamente como todos os irmãos e irmãs de caminhada.

A sociedade [capitalista] é marcada muitas vezes de interesses egoístas. Tudo parece comércio e, se temos dinheiro, tudo se compara e se paga. Por causa disso, a solidariedade e o amor gratuito parece desvalorizados. A liturgia nos apresenta qual é o pensamento de Deus na realidade vivida dos povos. No segundo Livro dos Reis, o profeta Eliseu, o homem de Deus, cura o leproso Naaman. Ele era o general sírio. Apresenta-se ao profeta para ser curado.

Eliseu, sem acolhê-lo, manda lavar-se sete vezes no Rio Jordão. O general humilhado está decidido a desistir e voltar para a sua terra... Mas, a comitiva insiste e ele obedece... e fica curado... Reconhecido, proclama sua fé no Deus de Israel e, como sinal de sua gratidão, leva consigo de Israel um pouco de terra, a fim de cultuar na própria terra o Deus verdadeiro (Cf. 2 Rs 5, 14-17). Para sermos curados, precisamos ser humildes e acreditarmos na ação de Deus, pois Ele é fiel e nos dá a graça que precisamos.

O apóstolo São Paulo, em meio aos sofrimentos e privações da prisão, agradece a Deus pelos favores recebidos, chegando a afirmar assim ele: “Estou algemado como um prisioneiro”. Mas, a Palavra de Deus não pode ser algemada (Cf. 2 Tm 2, 8-13). Não podemos deixar a missão de levar a boa notícia de Jesus a todos por causa dos obstáculos e maldades do mundo. Quem vai dar força para a missão é Cristo na força do Espírito Santo. A nossa alegria, a nossa gratidão e nossa esperança está em Cristo que nos anima sempre.

O Evangelista Lucas narra para nós a cura dos 10 leprosos. Eles eram discriminados, tinham que morar fora e não podiam ter contatos com os outros para não deixarem os sãos impuros tanto no corpo como nas relações religiosas. Sabendo que Jesus estava passando perto e ouvindo a manifestação do povo, eles gritam a Jesus de longe: "Jesus, mestre, tem compaixão de nós...".

Jesus se "compadece" e os manda se apresentarem aos sacerdotes, que eram os responsáveis para comprovar a cura e liberar a reintegração na Comunidade. Assim os 10 obedecem e, "no caminho", se veem curados, mas só um volta para agradecer... E era um samaritano, considerado estrangeiro e desprezado pelos judeus... Então, Cristo questiona: "Não foram 10 os curados? Onde estão os outros nove?" E, de modo categórico, Jesus fala: "Levanta-te e vai... TUA FÉ te salvou" (Cf. Lc 17, 11-19).

Todos que têm fé são curados. É uma caminhada que brota do nosso interior para fora. Não é uma fé intimista, mas cheio de confiança no Deus da Vida. Não podemos enganar, achando que as estruturas resolvem e nos vão dar segurança como fizeram os outros nove, mas é Cristo que tem o selo da nossa liberdade, porque Ele nos cura por inteiro. Somos livres porque temos um Deus que caminha conosco juntamente com todos os irmãos e irmãs que ajudam a construir já um Reino de Justiça, Amor, Partilha e Fraternidade para todos.

Amém!

“Et ait illi: ‘Surge, vade; fides tua te salvum fecit’.” (Lc 17, 19)


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 10 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quem escuta o missionário está escutando a Jesus

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Queridos irmãos e irmãs e Cristo

A liturgia nos anima a fazer a opção por Cristo na vida e na missão. A palavra de Deus nos impulsiona para a missão e nos dá força e coragem para combater a cultura da morte. Hoje começa a Semana da Vida e que ela seja respeitada e dignificada sempre e que possamos dizer não ao aborto e a toda forma de morte violência aos indefesos do mundo [ou seja, todos nós].

Antífona de hoje: Deus cercou-a de cuidados e a instruiu, guardou-a como a pupila dos seus olhos. Ele abriu suas asas como a águia e em cima dos seus ombros a levou. E só Ele, o Senhor, foi o seu guia (Dt 32, 10ss). Hoje é dia de Santa Terezinha, a padroeira da Missão. As suas rosas de amor devem irradiar em nós uma opção para anunciar a boa nova em todos os lugares.

O livro de Jó nos mostra que Deus o reconduz a realidade da ação de Deus no mundo. Tudo foi feito por Deus e Ele deu os seus limites. O homem é incapaz de descobrir os mistérios das coisas e da natureza. Muita coisa fica encoberta na penumbra, sem explicação. Então Deus o adverte como poderia perceber o mistério do mal. Cabe a Jó o silêncio meditativo e reflexão no encontro com Deus. Nisso reside a sabedoria.

Diante do mistério, nós devemos ser humildes para entendê-lo. Hoje há essa dificuldade, pois muitas vezes nós somos relativistas e utilitaristas e assim o mistério de Deus fica sem sentido. Cabe a nós, que queremos seguir Cristo, deixá-lo entrar na nossa vida, pois Ele nos mostra o Pai ama a todos, sem distinção, e ressuscita os seus filhos para o amor pleno (Cf. Jo 38, 1.12-21; 40, 3-5).

O Evangelista Lucas nos mostra que, se não acolhemos o mensageiro, desprezamos Deus. Como é belo o modo de Jesus agir. Ele era transparente e sincero e passava isso aos seus discípulos que foram enviados em missão. Jesus respeitava o homem na sua liberdade. Jesus quer seguidores livres para optar pela proposta do Reino. É uma a proposta que deve ser anunciada pelos evangelizadores: a adesão das pessoas devem ser consciente e livre para assumir toda consequência dessa decisão por Cristo (Cf. Lc 10, 13-16).

Algumas cidades se fecharam à pregação de Jesus Cristo. Este destaca algumas delas: Corozaim, Betsaida e Cafarnaum. Estas cidades não aderiram e nem se mostraram capazes de dar ouvido aos ensinamentos do Mestre. Os milagres que ocorreram nelas teriam sido suficientes para converter até mesmo cidades pagãs, motivando-as a fazer penitência, pois ali estava o Salvador do Mundo, o Nosso Senhor Jesus Cristo anunciando o Reino Deus que é amor e justiça para todos.

Jesus lamenta a não escuta e acatamento das suas propostas, recusando ao convite d’Ele para conversão e mudança de vida. Jesus nos fala que quem ouve o missionário, ouve Ele mesmo, e quem o recusa, está recusando o próprio Cristo. Por isso, o missionário e a missionária devem ser pessoas de Deus.

É na oração, na escuta da Palavra e na participação da Eucaristia que nos fazemos coerentes na Fé em Cristo, que nos salva e nos liberta sempre.

Que Santa Terezinha nos ajude intercedendo a Deus Pai por nós para que possamos viver o amor de Deus e que ele seja derramado em nosso coração. Assim, nós rejuvenescemos no seguimento de Cristo, abraçando a causa do Reino. Que Deus seja tudo em todos e que o mundo seja diferente: mais humano e fraterno na família, na sociedade e na Igreja.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 1º de outubro de 2010

domingo, 3 de outubro de 2010

Salve a Democracia e a Vitória de um Povo Livre e Soberano

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

“O que mais me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons” (Martin Luther King)

Com esse pensamento desse grande líder estadunidense, podemos fazer uma reflexão como deve ser a atitude do cristão diante de tanta injustiça e de propostas de leis que contrariam a Lei Natural de Deus. Cada cristão deve ser coerente na fé e na atitude. Não podemos ficar calados diante de ações más das pessoas que não permitem que a vida e a justiça aconteçam.

Muitos jovens estão marginalizados e sem rumo devido ao consumismo, ao materialismo e à cultura do prazer e das coisas fáceis. Eles precisam de uma educação de qualidade e trabalho bem remunerado. Que eles possam ver coerências no agir das pessoas e que a ética e a moralidade sejam a bandeira sublime de uma nação que quer ser prospera e desenvolvida.

O individualismo tem demonstrado na sua ação que produz na sociedade o indiferentismo pela causa dos pobres e oprimidos. A política é arte de fazer o bem para todos e que a busca da justiça seja para os que não têm vez e nem voz no mundo.

A democracia é a chance para que cada cidadão busque o interesse coletivo e não o individual, escolhendo pessoas que sejam coerentes no bem, no amor ao próximo, na defesa da vida e da justiça para todos. O ato de votar é sagrado e ele deve ser livre e consciente. Tudo deve concorrer para que cada pessoa seja bem informada e que ela faça o bom juízo de tudo para que o seu voto seja um bem para todos.

Que em cada pleito possamos aprender e medir as consequências de cada eleição e aprender com os acertos e erros da ação política e que nunca desanimemos para que haja desenvolvimento e respeito à vida humana e planetária no mundo e na nossa sociedade.

Salve a democracia e a vitória de um povo livre e soberano.


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 1º de outubro de 2010

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O recomeço é sempre bom para voltar a Deus

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A pessoa humana é sempre convidada a recomeçar o caminho do bem e a fazer novas as coisas para que o mundo seja agraciado pela justiça, pela paz e pelo bem comum. O recomeço tem que ter um objetivo bem definido e estar em comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs. As nossas falhas, as nossas quedas e também as nossas omissões de praticar o bem e, se arrependermos deles e ter coragem de mudar para melhor, serão motivo de crescimento e amadurecimento.

Não precisamos voltar a nascer de novo, mas é uma volta ao interior, desfazendo todas as armadilhas do pecado que desfigura a pessoa humana, pois na terra nascemos uma só vez e, depois da nossa morte, ressuscitaremos em Cristo para a eternidade na glória de Deus.

Desse modo, “todas as pessoas, em todos os âmbitos da Igreja neste tempo, que aproveitam essas situações de crise, de conflito, com humildade, irão justamente amadurecer e crescer”, afirma Frei Raniero.

Cada pessoa deve aprender a tirar lição do erro cometido para auto-avaliar-se e assim prosseguir na caminhada como pessoa de Deus, praticando o bem sempre e buscar a santidade que é a vontade de Deus para nós. “Sede santo, como vosso Pai celeste é santo. Sede santo porque Eu sou santo” (Cf. Lv 11, 44).

Devemos fazer o bem sempre e não praticar o mal. O mal não está só nas nossas ações maléficas, mas também, quando não fazemos o bem, quando podemos fazê-lo ao irmão e a irmã que precisa da nossa ajuda. Devemos ter coragem de avaliar as nossas atitudes na luz da Palavra de Deus e pedir a graça de Cristo para nos santificar e perseverar no bem.

Cada dia é uma oportunidade de recomeçar e contemplar a bondade de Deus no mundo. Desse modo, vamos combater as ideologias que são contrárias à vida, à liberdade e que as nossas relações humanas e sociais sejam cristianizadas e que possamos formar uma grande família de Deus até a concretização do Reino de Deus no céu, quando todos nós estaremos reunidos para sempre com Ele, com os anjos e santos.

Amém!

Ou como gosta de dizer o bispo emérito da Diocese de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, no final, seja rico ou seja pobre, todos estaremos juntinhos, juntinhos...

“Ego enim sum Dominus Deus vester; sanctificamini et sancti estote, quoniam et ego sanctus sum. Ne polluatis animas vestras in omni reptili, quod movetur super terram.” (Lv 11, 44)

“Pois eu sou o Senhor vosso Deus; santificar-vos-eis, portanto, para serdes santos, pois eu sou santo; não vos torneis vós mesmos impuros com todos esses animais que pululam e se agitam sobre a terra.” (Cf. Lv 11, 44)


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 18 de setembro de 2010