ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

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domingo, 26 de agosto de 2012

Somente em Deus encontramos o caminho da vida e da verdade, diz papa

Queridos irmãos e irmãs,

A nossa existência tem sentido se estivermos ligados e unidos ao Deus da Vida com todos os nossos irmãos e irmãs de comunidade. O sentido dela é encontrar a verdade Nele. Fomos criados por bondade de Deus. Estamos no mundo para vivermos de acordo com a vontade de Deus. Deus nos quer livres e fazendo o bem. O mal deve ser aniquilado com as nossas boas obras que vão dignificar a nossa natureza humana. O ser humano tem um valor que não pode ser prejudicado e nem ser manipulado pelos poderes da terra. A vida de cada um é preciosa e precisa ser preservada, cuidada e ajudada nas dificuldades existenciais (1).

O santo padre, o papa Bento XVI, durante o Ângelus deste domingo em Castel Gandolfo, ressaltou que “somente em Deus encontramos o caminho da vida, da justiça e da verdade”. Foi o que sublinhou o papa Bento XVI antes do Ângelus deste domingo, 12/08, em Castel Gandolfo. O santo padre explicou que “somente quem é atraído por Deus, quem o escuta e se deixa instruir por Ele pode crer em Jesus e ter a vida em plenitude, a vida eterna”.

“No pensamento judaico”, explicou o santo padre, “era claro que o verdadeiro pão do céu, que nutria Israel, era a Lei, a Palavra de Deus. O povo de Israel reconhecia claramente que a Torá era o dom fundamental e duradouro de Moisés e que o elemento fundamental que o distinguia em relação a outros povos consistia em conhecer a vontade de Deus e, portanto, o caminho certo da vida”. “Agora Jesus”, prosseguiu o papa, “ao se manifestar como o pão do céu, testemunha ser o Verbo de Deus encarnado, através do qual o homem pode fazer da vontade de Deus o seu alimento (cf. Jo 4, 34), que orienta e apoia a sua existência. Duvidar então da divindade de Jesus, como fazem os judeus da passagem evangélica de hoje, significa opor-se à obra de Deus” (2).


Comentando o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, Bento XVI explicou que Jesus quer ajudar os homens apenas saciados a “compreenderem o significado profundo do prodígio que realizou: ‘ao saciar de modo milagroso a sua fome física, os prepara a acolher o anúncio de que Ele é o pão que desceu do céu’ (cf. Jo 6, 41), que satisfaz de modo definitivo”. Também o povo judeu durante o longo caminho no deserto, tinha experimentado um pão que desceu do céu, o maná, que o tinha mantido em vida, até a chegada à Terra Prometida. “Jesus fala de si mesmo como o verdadeiro pão que desceu do céu, capaz de manter em vida não por um momento ou por um pedaço de caminho, mas para sempre”.

“Ele é o alimento que dá a vida eterna”, continuou o papa, “porque é o Filho Unigênito de Deus, que está no seio do Pai, que veio para doar ao homem a vida em plenitude, para introduzir o homem na vida mesma de Deus” (2).

Queridos irmãos e irmãs,

A liturgia desse domingo nos fala desse pão do céu que é capaz de sustentar e nos animar para as jornadas dessas vidas em vista do Bem comum de todos. O ser cristão hoje deve se comprometer com a vida e nada temer com a cultura de morte de alguns.

A palavra do papa Bento XVI nos mostra que o pão da vida é dado por Deus e hoje Jesus se torna o alimento da vida eterna. Aquilo Jesus fez e falou tem atualização no meio de nós. A Palavra de Deus é clara: se queremos chegar ao Pai, devemos crer em Jesus e aderir a Ele plenamente. Estamos na Igreja de Cristo não por interesse de tirar vantagens ou ter posições privilegiadas, mas para estarmos comprometidos com todos, principalmente com os mais pobres, os excluídos e sem voz deste mundo. Ser de Deus é viver na Graça Dele sempre (1).

Amém!

(1) José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
De Cristina (MG)

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

“Maria é Rainha porque está associada de modo único ao seu Filho”


Foi a catequese do santo padre durante audiência geral nesta manhã

CASTEL GANDOLFO, quarta-feira, 22 de agosto de 2012 (ZENIT.org) - Retomamos a seguir o texto da catequese do santo padre, o papa Bento XVI, durante a Audiência Geral, que foi realizada esta manhã, em Castel Gandolfo.

Queridos irmãos e irmãs,

Hoje é a memória litúrgica da Santíssima Virgem Maria invocada com o título: “Rainha”. É uma festa instituída recentemente, ainda que a devoção seja de origem antiga. Foi criada pelo Venerável Pio XII, em 1954, no final do Ano Mariano, definindo a data para o 31 de maio (cf. Carta Encíclica Ad Caeli Reginam, 11 de outubro de 1954: AAS 46 [1954], 625-640).

Nesta ocasião, o papa disse que Maria é Rainha mais do que qualquer outra criatura pela elevação de sua alma e pela excelência dos dons recebidos. Ela nunca deixa de conceder todos os tesouros do seu amor e dos seus cuidados pela humanidade (cf. Discurso em honra de Maria Rainha, 1º de novembro de 1954).

Agora, após a reforma do calendário litúrgico, foi colocada depois de oito dias da solenidade da Assunção para sublinhar a estreita relação entre a realeza de Maria e a sua glorificação em alma e corpo junto ao seu Filho. Na Constituição sobre a Igreja do Concílio Vaticano II, lemos assim: “Maria foi assunta à glória celeste, e exaltada por Deus como Rainha do universo, para que fosse mais plenamente conformada com o seu Filho” (Lumen Gentium, 59).

Ilustração de Anna Anjos
 
Esta é a raiz da festa de hoje: Maria é Rainha porque está associada de modo único com o seu Filho, seja no caminho terreno, seja na glória do Céu. O grande santo da Síria, Efrém, o Sírio, afirma, sobre a realeza de Maria, que deriva da sua maternidade: Ela é Mãe do Senhor, do Rei dos reis (cfr. Is 9, 1-6) e nos mostra Jesus como vida, salvação e nossa esperança. O Servo de Deus Paulo VI lembrava na sua Exortação Apostólica Marialis Cultus: “Na Virgem Maria, tudo é relativo a Cristo e tudo depende dele: por ele Deus Pai, desde toda a eternidade, a escolheu Mãe toda santa e a adornou de dons do Espírito, concedidos a mais ninguém” (n. 25).

Mas agora nos perguntamos: o que significa dizer Maria Rainha? É só um título como outros, a coroa, um ornamento como outros? O que significa isso? O que é esta realeza? Como já indicado, é uma consequência do seu ser unido ao Filho, do seu ser no Céu, ou seja, em comunhão com Deus; Ela participa da responsabilidade de Deus pelo mundo e do amor de Deus pelo mundo.

Há uma ideia vulgar, comum, de rei ou rainha: seria uma pessoa com poder, riqueza. Mas este não é o tipo de realeza de Jesus e Maria. Pensemos no Senhor: a realeza e o ser rei de Cristo está cheio de humildade, serviço, amor: é acima de tudo servir, ajudar, amar. Lembremos que Jesus foi proclamado rei na cruz com esta inscrição escrita por Pilatos: “Rei dos Judeus” (cf. Mc 15, 26).

Naquele momento, na cruz, mostra que é rei; e como é rei? sofrendo conosco, por nós, amando até o fim, e assim governa e cria verdade, amor, justiça. Ou pensemos também em outro momento: na Última Ceia inclina-se para lavar os pés dos seus. Portanto, a realeza de Jesus não tem nada a ver com a dos poderosos da terra. É um rei que serve os seus servos; assim o fez durante toda a sua vida. E o mesmo vale para Maria: é rainha no serviço a Deus, à humanidade, é rainha do amor que vive o dom de si a Deus para entrar no desenho da salvação do homem.

Respondeu ao anjo: Eis aqui a serva do Senhor (cf. Lc 1, 38), e no Magnificat canta: Deus olhou para a humildade da sua serva (cf. Lc 1, 48). Nos ajuda. É Rainha amando-nos, ajudando-nos em cada uma das nossas necessidades; é a nossa irmã, serva humilde. E assim já chegamos ao ponto: como é que Maria exercita essa realeza de serviço e amor?

Cuidando de nós, seus filhos: os filhos que se dirigem a ela na oração, para agradecê-la ou para pedir a sua materna proteção e a sua ajuda celestial, depois de ter perdido o caminho, oprimidos pela dor ou pela angústia por causa das tristes e difíceis vicissitudes da vida. Na serenidade ou na escuridão da existência, nós nos voltamos para Maria confiando-nos à sua contínua intercessão, para que nos possa obter do Filho toda graça e misericórdia necessárias para a nossa peregrinação ao longo das estradas do mundo.

Àquele que governa o mundo e detém os destinos do universo nos dirigimos confiados, por meio da Virgem Maria. Ela, por séculos, é invocada como celestial Rainha dos céus; oito vezes, depois da oração do Santo Terço, é implorada nas ladainhas lauretanas como Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de todos os Santos e das Famílias.

O ritmo dessas antigas invocações, e orações cotidianas como a Salve Rainha, nos ajudam a compreender que a Virgem Santa, como Mãe nossa, junto ao Filho Jesus, na glória do Céu, está conosco sempre, no desenrolar da nossa vida diária.

O título de Rainha é, então, título de confiança, de alegria, de amor. E sabemos que aquela que tem em mãos, em parte, o destino do mundo é boa, nos ama e nos ajuda nas nossas dificuldades.

Caros amigos, a devoção à Nossa Senhora é um elemento importante da vida espiritual. Que na nossa oração não deixemos de dirigir-nos confiados a Ela. Maria não deixará de interceder por nós junto ao seu Filho. Olhando para Ela, imitemos a sua fé, a disponibilidade plena ao projeto de amor de Deus, a generosa acolhida de Jesus.

Aprendamos de Maria a viver. Maria é a Rainha do céu que está perto de Deus, mas é também a mãe que está perto de cada um de nós, que nos ama e escuta a nossa voz.

Obrigado pela atenção

FONTE

COLABORAÇÃO
José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
22-08-2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Maria, mulher fiel e corajosa


A força da mãe que acompanhou Jesus no Calvário

P. Stefano Maria Pio Manelli

ROMA, quarta-feira, 9 de maio, 2012 (ZENIT.org) - A fortaleza é a virtude que brilhou em grau eminente naquela que se manteve fiel e corajosa ao lado do Filho, acompanhando-o até ao Calvário e permanecendo em pé ao lado da cruz.

A fortaleza é a virtude cardeal que supera os obstáculos, mantendo o espírito firme nos sacrifícios e nas provações. É importantíssima na vida espiritual de cada alma, já que a vida de perfeição e de santidade é uma luta constante contra inúmeros inimigos, internos e externos. A fortaleza cristã é força no sacrifício, coragem na luta e fidelidade na perseverança. Com a fortaleza, o cristão domina o medo, refreia a ira, reprime os ressentimentos, se enche de confiança e de paciência na adversidade, mantém-se firme contra a opressão da dor e da morte. A fortaleza demarca o caminho reto do dever sem temeridade e sem desânimo, domando o medo com a audácia, pronta para resistir e para agir, para suportar o ataque inimigo e partir para a ofensiva. No perigo, quando a vida é posta em risco, ela brilha com todo o seu esplendor e, por isso, é a glória dos mártires.

Também desta virtude, como de todas, encontramos em Maria um exemplo e modelo perfeito, que todos devemos admirar e imitar com empenho. Ela é a Virgem poderosa, aquela que esmaga a cabeça da serpente infernal, como lemos na Gênesis (3, 15) e no Apocalipse (12, 9). Já no Antigo Testamento encontramos prefigurada a fortaleza de Maria, como na figura de Judite, que, ousada e brava na luta contra o inimigo Holofernes, salva um povo prestes à desesperada rendição.

Ao cortar corajosamente a cabeça de Holofernes, comandante do exército inimigo, ela prefigura Maria esmagando a cabeça da serpente infernal, salvando com o Filho a raça humana, como co-redentora ao lado do Redentor. Ao lermos na fortaleza de Judite a fortaleza de Maria, vemos escrito que Maria era uma mulher forte, especialmente no Calvário, a ponto de que a história da salvação a apresenta como co-redentora com seu Filho para a salvação de todos os homens. A fortaleza e a pureza, a beleza e a coragem brilharam radiantes em Judite, e, em todas essas virtudes, ela prefigura a “bendita entre as mulheres” (Lc 1, 42), a mulher forte por excelência, a imaculada, a guerreira invencível que esmaga a cabeça do inimigo com seu pé virginal.

 
Ao pensarmos na vida de Maria, como não supormos a grandeza da sua força quando, menina de três anos, consagrou-se para servir a Deus no templo, subindo as escadas com intrepidez admirável? Como foi grande a sua coragem ao fazer um voto de virgindade a Deus, indo contra as leis do mundo judaico! Ao aceitar tornar-se mãe do Redentor, conhecendo os sacrifícios cruéis e heroicos que acompanhariam essa missão! Ao permanecer, intrépida e forte, ao pé da cruz do seu Filho e seu Deus, tornando-se co-redentora da humanidade com ele! A beleza da fortaleza, o exemplo da Virgem Mãe, nos inspiram a santa ambição de tornar-nos mais fortes também, e de dar à virtude infusa da fortaleza a facilidade de um hábito adquirido. Todos podemos e devemos tornar-nos fortes para ir para o céu, lembrando as palavras de Jesus: “O reino dos céus é conquistado pela força, e só os violentos o conquistam” (Mt 11, 12).

Mas quais são os meios para conseguir esta virtude? O primeiro é a oração, intensa e contínua. O segundo é a consideração diligente da paixão de Cristo e da dor de Maria. O terceiro é a educação da vontade, treinando-a para fazer o que nos custa, para perseverar mesmo nas pequenas coisas. Que valor não têm diante de Deus os pequenos sacrifícios de cada dia, a rejeição espontânea de certas satisfações? O quarto e último meio é a vitória sobre as dificuldades atuais. Todos nos encontramos em alguma dificuldade: interna, externa, moral, física... São Boaventura o explica bem, dizendo que “nos acostumamos a suportar pequenos aborrecimentos, porque quem se deixa afetar por males pequenos nunca será capaz de tolerar os maiores”. Se nos rendermos, acabamos recuando e abrindo a porta para novas derrotas.

Mas se estamos determinados a vencer, a vitória é certa e nos abre o caminho para novos triunfos. Vamos começar a trabalhar, portanto, sem demora e sem vacilações. Em vez de dobrar a cabeça, levantemos a testa e peçamos a Nossa Senhora que nos encha de confiança em Deus, certos de que Ele nos dará todas as graças necessárias para combatermos o mal, vencermos as barreiras e conseguirmos a santidade que ele próprio quer de nós.

FONTE

COLABORAÇÃO
José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
11-05-2012


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

“Maria tem um coração alargado como o de Deus”, lembra Bento XVI

Se amamos Deus, devemos também amar Maria, pois ela foi a corajosa que soube dar um sim, sem vacilar, e assumiu todos os riscos. Ela engravidou na força do Espírito Santo depois do seu sim incondicional a Deus. Ela é a serva obediente de Javé. Dessa generosidade, Deus reservou para ela um guardião justo e casto, José, que se tornou um Pai adotivo do Filho de Deus. Maria torna-se mãe e permanece virgem com oferenda agradável a Deus. Ela é a mulher que engradece a natureza humana. Sua bondade, seu amor e sua santidade estão na essência do seu ser sem pecado. Ela é unida a Cristo, tornando-se a mãe da Igreja e corredentora da humanidade com Jesus, nosso Senhor e Salvador (1).

O santo padre, o papa Bento XVI, saudou os cerca de três mil fiéis que compareceram à celebração da Solenidade de Assunção de Nossa Senhora. O papa Bento XVI celebrou, na manhã desta quarta-feira, 15, a Santa Missa na Paróquia Pontifícia de São Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo. Neste dia, a Igreja celebra a Solenidade da Assunção da Virgem Maria. O sumo pontífice lembrou, na homilia, que na Assunção é possível ver que há espaço para o homem em Deus e que Maria, estando unida a Ele, não se distancia, mas participa da presença de Deus e tem um coração grande como o Dele (2).

“Em Deus, há espaço para o homem, e Deus está perto, e Maria, unida a Deus, está muito perto, tem um coração alargado como o coração de Deus”, disse o papa. Ele também destacou outro aspecto, que é o fato de haver espaço no homem para Deus. E esta presença, segundo o pontífice, se realiza na fé. “Na fé abrimos as portas do nosso ser para que Deus entre em nós, para que Deus possa ser a força que dá vida e caminho ao nosso ser”. Bento XVI explicou que a solenidade da Assunção é um convite para louvar a Deus e olhar para a grandeza de Nossa Senhora, “para que conheçamos Deus na face dos seus”. Para explicar o porquê de Maria ser glorificada na assunção ao céu, o papa citou o trecho do Evangelho de São Lucas, em que se vê a raiz da exaltação e do louvor à Maria na expressão de Isabel: “Feliz aquela que acreditou” (Lc 1, 45) [2].

 
“E o Magnificat, este canto ao Deus vivo e operante na história é um hino de fé e de amor, que brota do coração da Virgem. Ela viveu com fidelidade exemplar e guardou no mais íntimo do seu coração as palavras de Deus ao seu povo, as promessas feitas a Abraão, Isaac e Jacó”, destacou Bento XVI. O papa lembrou ainda que Deus aguarda seus filhos, de forma que os fiéis não caminham sozinhos e, indo ao outro mundo, encontram a bondade da Mãe, o Amor eterno. “Deus nos espera: esta é a grande alegria e a grande esperança que nasce exatamente desta festa. Maria nos visita, é a alegria da nossa vida e é a esperança da nossa alegria” (2).

Queridos irmãos e irmãs,

O dia de hoje abre em nós uma esperança do céu. O papa nos ajuda a entender o que Deus faz por nós por amor. Ele nos ama de modo infinito e não nos deixou no mundo da morte e do pecado. Preparou uma criatura, a modelou na graça e a tornou imaculada e mãe de Jesus e nossa. O seu corpo transparecia a presença de Deus e não conheceu o pecado que destrói o ser humano. Ela se tornou a nossa mãe bondosa na presença de Deus que derrama através dela muitas bênçãos para nós. Temos a certeza da sua interseção junto a Deus. Ela sempre nos auxilia com sua maternal proteção. Ter uma mãe celestial é motivo de muita alegria para todos os cristãos, pois sem ela nós estaríamos ainda no vale tenebroso da morte e sem comunhão com Deus (1).

Amém!

(1) José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
15-08-2012

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O pão que alimenta nossa caminhada e missão

Queridos irmãos e irmãs,

Estamos no 19° Domingo do Tempo Comum e celebramos hoje (12/08) o Dia dos Pais. A liturgia nos faz participantes do Reino de Deus. Nós podemos receber o pão da Palavra que nos ilumina e a Eucaristia que nos dá força para sermos missionários e evangelizadores neste mundo. Deus é o Pai que preocupa com o homem e dá o pão pleno que nos dá vida eterna.

No Primeiro Livro de Reis, encontramos a passagem onde o profeta Elias recebe no deserto um “pão do céu” para refazer as forças e continuar a sua missão que Deus lhe confiou (1 Rs 19, 4-8). O contexto bíblico nos mostra a coragem do profeta de acusar o Rei e a Rainha de ser o agente da ruína de Israel. Ele desafiou-os e ainda matará os profetas de Baal, provando que Deus é verdadeiro.

Esses profetas do rei davam sustentação à religião pagã da rainha Jesabel. Isto aconteceu por volta de 450 anos antes de Cristo. Por causa disso, o profeta recebeu ameaça de morte, fazendo com que ele fugisse para o deserto. Lembramos que, no deserto, o Povo de Deus encontrou a fonte da fé em Deus. Lá Deus deu alimento e água ao povo faminto e sedento.

 
Agora, Elias, cansado, abatido e desanimado devido à perseguição, deita debaixo de uma árvore e dorme, esperando a morte.

O nosso Deus é zeloso e não nos deixa só. Manda um anjo e acorda Elias dizendo: “levanta e come”. Ele sente o vigor desse alimento do céu e o faz novamente firme na sua missão sem temer os inimigos. Por quarenta dias e quarenta noites, caminha e chega ao Monte Horebe, lugar do encontro com Deus. Assim, esse pão do céu dado a Elias, nós recebemos em cada Eucaristia que participamos. A condição é estar em comunhão com Deus na fidelidade a Ele, pois Ele é pai bondoso que está sempre ao nosso lado. Na vida é assim: nós caminhamos em desertos do mundo cheios de maldade e decepções que nos fazem recuar, mas nós encontramos a força em Cristo na comunidade Igreja.

São Paulo, na Carta aos Efésios, nos convoca a sermos imitadores de Deus, que é bondade, misericórdia e amor-perdão. Devemos pedir ao Espírito Santo para que ele nos ajude a arrancar do nosso meio a vaidade, os rancores, a prepotência e a colocar, no nosso coração, o amor, a doçura, o serviço e a compreensão com todos (cf. Ef 4, 30; 5, 2).

No Evangelho de São João, prossegue o discurso de Jesus em Cafarnaum, onde Jesus se apresentara como o “Pão” descido do céu para dar vida ao mundo. Isso provoca aos presentes uma reação entre os judeus que murmuravam entre si. É parecido com a murmuração do Povo no deserto. Jesus não desanima e resiste a esta oposição e refirma a bom tom que é “Eu sou o pão descido do céu… Quem come desse pão viverá eternamente”. Isso exige de cada um de nós a fé em Jesus, pois Ele nos fala: “Quem crê tem a vida eterna. Quem dele comer, não morrerá...”. Assim, quando nos alimentamos de Jesus, que é seu corpo e sangue, nós nos reanimamos para a missão e respondemos com firmeza à proposta de Deus a nós (cf. Jo 6, 41-51).

Somos chamados a sermos evangelizadores, sem temer as reações contrárias ao projeto de Deus. Deus é pai e chama a cada pai de hoje a ser firme na fé, correto nas suas ações e não temer de estar ligado a Deus na escuta da sua Palavra e da Eucaristia que dão forção na sua missão. Um bom pai deve se preocupar em dar o melhor para seus filhos. Deve dar o alimento material, mas não se esquecer de dar o alimento espiritual que vem da nossa participação na Igreja e nas pastorais em que estamos engajados.

Que esta liturgia nos ajude a sermos participantes da Igreja, da comunidade, da família e onde estivermos. Dessa maneira, não desanimaremos nunca diante das dificuldades e situações adversas para poder cumprir a missão de cristão e de pai no mundo.

Amém!!!

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
12-08-2012

MAIS CINCO PADRES PARA 
A ARQUIDIOCESE DE MONTES CLAROS

“Momento de grande alegria pra mim e pra toda a Igreja particular de Montes claros”, legendou Julianny Santos nesta foto postada no facebook

“Momento muito emocionante da Ordenação. Parabéns, Fernando, Helton Oliveira, Gilberto, George, Zilmo. Deus os guie sempre!!!”, escreveu como legenda Julianny Santos nesta foto postada no facebook

“Ordenação Sacerdotal do meu querido amigo Helton Oliveira. Tu és sacerdote Eternamente segundo a Ordem do Rei Melquisedeque! Deus o abençoe, Heltinho!”, deseja Julianny Santos nesta foto postada no facebook

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A Fé em Jesus é condição para ter Vida e Graça de Deus


Queridos irmãos e irmãs,

A Liturgia é momento de Ação de Graças por tantos benefícios que Deus nos dá. O coração de Jesus derrama muitas bênçãos em nós, que queremos ser Dele. Ele derrama graça em abundância a cada um de nós.

No Livro do Profeta Jeremias, vemos este advertindo que Deus recomenda ao povo para adorá-Lo no templo e ainda ser fiel na observância dos mandamentos e das leis que Deus ofereceu para que todas as pessoas humanas possam ser livres.

Deus tem esperança que o povo ouça o profeta para se converter e mudar de vida. Assim Deus fala através de Jeremias: “A eles então dirás. Isto diz o Senhor. Se não vos dispuserdes a viver segundo a lei que vos dei, escutai as palavras dos meus servos, os profetas que eu vos tenho enviado com solicitude e para vossa orientação, e que vós não tendes escutado. Farei desta casa uma segunda Silo e farei desta uma cidade amaldiçoada por todos os povos da terra”. 


O profeta não teve medo de falar o que Deus queria dizer, mas a reação é contrária a isso. Eles o prenderam e ainda desejaram matá-lo. Assim, meus irmãos e irmãs, isso acontece com todos que querem ser fiéis a Deus. Muitas vezes, são perseguidos, incompreendidos e ainda podem ser levados à morte.

Devemos sempre ser fiéis a Deus no bem e não misturar com o mal do mundo. Deus nos alerta sempre para corrigir o nosso caminho e voltar para Ele, pois Deus está pronto para nos responder, porque Ele é amor. Com Deus, nós podemos sofrer, mas temos a recompensa Nele, porque Deus é fiel aos justos de coração (cf. Jr 26, 1-9).

O evangelista mostra Jesus Cristo em sua cidade. Lá, ele não foi compreendido porque eles conheciam a vida da sua família que era simples e trabalhadora. Eles não imaginavam de onde vinha a sabedoria de Jesus, pois eles estavam com os olhos humanos que não ultrapassam para a realidade divina.

Jesus já dava sinais messiânicos, pois Ele é o ungido de Deus que veio anunciar a libertação da humanidade. Só pelos olhos da fé é que nós podemos nos aderir a Jesus e comprometer a nossa vida na difusão do Evangelho Dele.

Para Jesus agir tem que se converter a Ele e acreditar que Ele é o Filho de Deus, se não o milagre da vida não acontece em nós. Como o próprio Jesus falou: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!”. Nesse lugar, Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé (cf. Mt 13, 54-58).

Queridos irmãos e irmãs,

Cada um de nós precisamos tomar consciência que, quando estamos com Jesus, muitas maravilhas acontecem na nossa vida. A comunidade é o lugar ideal da presença do amor de Deus para conosco. Aqui temos a Palavra que salva e a Eucaristia que nos dá alimento da vida eterna.

Na mesa, somos acolhidos por Deus, juntamente com todos os nossos irmãos e irmãs de caminhada.

Que esta Liturgia nos permita aderir a Jesus plenamente com a nossa vida comprometida na construção do Reino de Deus já entre nós.

Amém!!!

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
03-08-2012

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