ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Vítima de perseguição facista e nazista é considerada mártir pelo Vaticano

De origem italiana, jornalista Odoardo Focherini agora é mártir, de acordo com decreto do papa Bento XVI;  Odoardo doou sua vida para socorrer judeus e morreu em campo de concentração nazista

Deus é glorificado na vida dos mártires e santos. A Igreja é ornada por esses homens e mulheres corajosas que dão testemunhos da sua fé em atos concretos no Cristo defendendo os mais necessitados. Como próprio Jesus fala, o melhor amigo é aquele que dá a vida por seus amigos.

O cristão é aquele que vive a sua fé em Jesus ajudando a todos. Não procura regalias e nem conforto, e sempre está disposto a dar vida pelos outros. O mundo seria ótimo se cada um assumisse realmente Jesus na sua vida. Quando vemos pessoas como Odoardo e muitos outros, sentimos a alegria de estar em comunhão com Deus ate no martírio. A Igreja católica não procura honraria e privilégio, e está sempre disposta a anunciar Jesus, as suas verdades e propagar a justiça e a paz. O sangue dos mártires renovam a Igreja de Cristo (1).

DE MADRID, ESPANHA
17 de maio de 2012, às 13h e 45min 
DA ACI

Odoardo Focherini era um jornalista italiano, pai de sete filhos e líder da Ação Católica que foi assassinado pelos nazistas aos 37 anos, depois de salvar numerosos judeus durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Este leigo foi declarado mártir no dia 10 de maio através de um decreto aprovado pelo papa Bento XVI.

Focherini foi um ardoroso católico que, desde muito jovem, se opôs ao fascismo, inspirado pela encíclica “Non abbiamobisogno” (“Não temos necessidade”), de Pio XI, conforme informa o site católico espanhol Religiónem Libertad (2).


Aos 19 anos, Focherini fundou os escoteiros católicos em Carpi, sua cidade natal, chegando a ser chefe do movimento escoteiro em sua diocese e um dos referentes em toda a Itália. Aos 23 anos se casou com Maria Marchesi, com quem teve sete filhos e aos 27 foi presidente da Ação Católica na Itália, em uma época em que as associações fascistas competiam por captar os jovens. O que o tornou mártir guarda relação com sua luta por salvar judeus da perseguição pelas leis raciais da época. Em 1943, com 36 anos, organizou uma rede para enviar à Suíça a mais de cem judeus, e conseguiu que eles escapassem do fascismo italiano. Ao ano seguinte foi preso pelos nazistas em um hospital enquanto atendia um judeu doente (2).

Transladaram-no ao campo de concentração de Hersbruck, onde as condições eram muito difíceis. Nesse lugar, uma ferida na perna, que ninguém atendeu, ocasionou uma septicemia, que custou-lhe a vida em 1944, aos 37 anos. Antes de morrer, ditou a seu amigo a seguinte carta: “Meus sete filhos... Quereria vê-los antes de morrer... Não obstante, aceita, oh, Senhor, também este sacrifício, e protege-os Tu, junto à minha mulher, os meus pais, e todos meus seres queridos. Declaro morrer na mais pura fé católica, apostólica, romana e na plena submissão à vontade de Deus, oferecendo minha vida em holocausto por minha diocese, pela Ação Católica, pelo papa e pelo retorno da paz ao mundo” (2).

“Peço que digam à minha esposa que sempre fui-lhe fiel, que sempre pensei nela e que sempre a amei intensamente”. Em sua memória, a União das Comunidades Judias da Itália outorgou uma medalha de ouro em 1955 e o Instituto Comemorativo dos Mártires e dos Heróis YadVashem de Jerusalém o proclamou Justo entre as Nações (2).

Esse novo mártir nos ajuda a compreender e amar a nossa Igreja. Oxalá que este mundo escutasse a voz de Cristo que clama nos injustiçados, nos pobres, nos desvalidos, nos excluídos do sistema de saúde, de educação e de moradia. A vida seria mais fácil se houvesse entre nós despojamento e abertura para a caridade que dignifica o homem. Ninguém passaria necessidade se houvesse a partilha e a solidariedade e vivêssemos mais na simplicidade e das coisas necessárias. Que a morte dos santos e mártires nos encorajem na luta para o bem comum. Tudo por Jesus nada sem Maria (1).

Amém!

(1) Reflexão do Bacharel em Teologia, José Benedito Schumann Cunha
(2) Notícia recebida via o e-mail diocese@arquidiamantina.org.br em 21-05-2012

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Informação e liberdade: o futuro das redes sociais


A China é hoje o maior mercado de internet do mundo. Existem mais de 221 milhões de blogs, 181 milhões de blogueiros e 235 milhões de usuários de redes sociais, segundo informações da Red Ant (organização inglesa especializada em análise de internet e redes sociais).

O cenário da mídia social é complexo, vasto e sempre em mudança. Também, progressivamente, as redes sociais estão se tornando parte crucial da vida do povo chinês, sendo um dos poucos meios que saltam as barreiras impostas pela censura do governo à informação.

Atualmente, existem milhões de cadastrados nas diversas redes sociais chinesas. O Sina Weibo é o maior microblogging do país. Seus usuários são executivos entre 20 e 30 anos de idade e 48% dos usuários acessam o microblog em seus telefones celulares, segundo dados da Fundação Centro Unitário para a Cooperação Missionária na China (Fondazione Cum). O Weibo.com - que é uma cópia do Twitter -, tem mais de 200 milhões de inscritos, mais do que toda a população brasileira.

O governo chinês nomeou 700 censores para administrar o microblog. Como o alfabeto chinês é baseado em ideogramas, e cada ideograma tem um ou vários significados, a quantidade de informações em 140 caracteres é muito superior ao do alfabeto latino, na qual um conjunto de letras define um significado apenas, fazendo assim com que os chineses consigam transpor a barreira da censura no país com um elevado fluxo de informações.

Segundo o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Clóvis Andrade de Melo, o impacto das redes sociais na humanidade está mudando as relações interpessoais. “As redes sociais são um caminho sem volta. É um espaço dinâmico de convívio social. A censura só aumenta o desejo por conhecimento, pois, quem tem a informação, tem o poder em suas mãos. Por isso a China tem em sua política o bloqueio parcial da informação que, na minha opinião, é uma política equivocada”, explicou.

Não somente o Twitter é clonado, como no caso do site Weibo, as outras redes sociais também o são, como o Facebook, Blogger, Google+, LinkedIn, Instagram, Flickr, Youtube, além dos famosos motores de buscas, como o Google, Bing, Yahoo. A lei chinesa quanto à utilização das redes sociais para fins políticos e críticas sociais é bastante rigorosa.

Um dos casos mais representativos é o de Chen Wei, 42 anos, que em dezembro passado foi condenado a nove anos de prisão por quatro artigos publicados em seu blog. A acusação é de “incitação à subversão contra o poder do Estado” [como ocorria no Brasil na Ditadura Militar (1964-1985) e ocorre hoje disfarçadamente; ou você acredita que existe liberdade de imprensa no Brasil e no mundo? Liberdade de imprensa ou de empresa?].

Na verdade, Chen foi detido em fevereiro de 2011 por querer “promover a Primavera Árabe” na China, inspirada nas revoltas [para abrir mercados] no Oriente Médio.

Para o jesuíta e integrante do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, padre Antônio Spadaro, profundo estudioso das mídias sociais, as redes sociais não são um meio de comunicação, mas o lugar da comunicação. “Não podemos pensar a rede como um instrumento, mas sim um lugar que nos permite existirmos no mundo digital”, considera o padre Spadaro em sua palestra em Brasília (DF) no último dia 19 de maio, no Seminário para Jovens Comunicadores promovido pela CNBB.

Ainda de acordo com o padre Spadaro, hoje nenhuma mensagem passa se ela não for transmitida através de uma relação. “Comunicar não significa transmitir, mas relacionar-se. É justamente por isso que muitos canais de televisão estão morrendo, pois, os únicos canais que sobreviverão serão aqueles que criarem a capacidade de interagirem com o público. A lógica das redes sociais nos faz compreender que o conteúdo oferecido está sempre ligado a pessoa que o oferece, não existindo assim comunicação neutra, ela sempre será parcial”, explicou.

No Brasil

As redes sociais fazem o maior sucesso em terras tupiniquins. Pesquisas apontam que um em cada três brasileiros está conectado a internet, o que equivale a 70 milhões de pessoas. O brasileiro gasta, em média, 23 horas e 12 minutos ao mês com internet. Entre os conectados, 79% utilizam as redes sociais, ou seja, 55 milhões de pessoas. Só para ter ideia do crescimento das redes sociais no país, somente em 2008, o Twitter cresceu 1382%.

O Episcopado brasileiro também faz parte das estatísticas e se utiliza das novas ferramentas para a evangelização. Seja na pessoa do cardeal, arcebispo e bispo, quanto de uma arquidiocese, diocese ou prelazia, as redes sociais são parte integrante da comunicação social moderna. As redes mais usadas são o Facebook e o Twitter.

Um dos bispos mais atuantes é o cardeal e arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer. “Saúdo a todos vocês, que ajudam a anunciar, também aqui no mundo digital, que ‘Deus habita esta cidade’! Se Jesus pregasse o Evangelho hoje, usaria também a imprensa escrita, o rádio, a TV, a internet, o Twitter. Dê uma chance a Ele!”, postou o arcebispo em sua estreia na mídia social.

Visão do papa

“Verdade, proclamação e autenticidade da vida na era digital”. Esse foi o título da mensagem do papa Bento XVI para o 45º Dia Mundial das Comunicações, no ano de 2011. O papa enalteceu pontos positivos da utilização das redes sociais, como a promoção do diálogo, mas alertou para algumas condições. “Entrar no ciberespaço pode ser sinal de uma busca autêntica de encontros pessoais com os outros, desde que as pessoas estejam atentas e evitem perigos como o de se inserir em uma espécie de existência paralela ou de o exposição excessiva ao mundo virtual”.

No dia 28 de junho de 2011, o papa estreou no Twitter. Segundo o próprio sumo pontífice, o objetivo foi divulgar o lançamento de um portal de notícias do Vaticano, o News.va. “Queridos amigos, acabei de lançar o News.va. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Com minhas orações e bênçãos. Bento XVI”, foi o primeiro post do sumo sacerdote, na rede social.

FONTE DESTA NOTÍCIA

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Só com Cristo a humanidade descobre o sentido da existência, diz papa


Queridos irmãos e irmãs,

Nós cristãos encontramos sentido da nossa vida e da nossa existência em Jesus. A vida é um dom precioso que precisamos defender e proteger. Há muitos que defendem o aborto e a eutanásia, alegando uma liberdade de tirar a vida dos inocentes e indefesos. Estamos numa sociedade do eu e do ter que não leva em conta a pessoa humana que é agredida nos seus direitos fundamentais que são a vida, a moradia digna, a saúde de qualidade e a educação sem discriminação. Precisamos levar a todos o Cristo que é o caminho, a verdade e a vida que nos leva à eternidade com o nosso Deus. O mundo sempre segue a contramão da historia da vida do homem, pois vive o imediatismo e o presente, sem levar em consideração que, no futuro, nós vamos envelhecer e ficar doentes, e precisaremos de ajuda humana e solidária (1).

O santo padre, o papa Bento XVI, recebeu, em audiência, os diretores nacionais das Pontifícias Obras Missionárias (POM). Para o papa Bento XVI, a evangelização é sempre uma questão urgente e, nestes tempos, impulsiona a Igreja a operar com passos ainda mais largos pelos caminhos do mundo, para levar cada homem ao conhecimento de Cristo.

“Somente na Verdade, de fato, que é o próprio Cristo, a humanidade poderá descobrir o sentido da existência, encontrar a salvação e crescer na justiça e na paz. Cada homem e cada povo têm o direito de receber o Evangelho da verdade”, salientou o papa ao encontrar-se com os diretores nacionais das POM, na manhã desta sexta-feira (11/05), no Vaticano (2).

O sumo pontífice destacou que percorrer as estradas do mundo para proclamar o Evangelho a todos os povos da terra e guiá-los ao encontro com o Senhor exige que o anunciador tenha um relacionamento pessoal e cotidiano com Cristo, o conheça e o ame profundamente. “É necessário invocar a luz e a força do Espírito Santo, e empenhar-se com decisão e generosidade para inaugurar, neste sentido, ‘uma nova época de anúncio do Evangelho, porque, depois de 2000 anos, uma grande parte da família humana ainda não reconhece Cristo, mas também porque a situação na qual a Igreja e o mundo se encontram apresenta particulares desafios à fé religiosa’”, comentou Bento XVI lembrando palavras de João Paulo II (2).

O santo padre recordou ainda que, nesta fase de mudanças econômicas, culturais e políticas, o ser humano deve se sentir muitas vezes sozinho, em meio à angústia e ao desespero, e mesmo assim, os mensageiros do Evangelho, apesar de anunciadores de esperança e paz, continuam a ser perseguidos como Jesus Cristo. Mas, mesmo com os problemas e a trágica realidade da perseguição, a Igreja não se desencoraja, permanece fiel ao mandamento de seu Senhor. “A mensagem de Cristo, hoje como ontem, não pode adequar-se à lógica deste mundo, porque é a profecia e a libertação, é semente de uma humanidade nova que cresce e só no fim dos tempos haverá sua plena realização”, enfatizou o papa (2).

As palavras do papa Bento XVI nos faz pensar na nossa responsabilidade cristã diante de um mundo hostil a Deus e aos homens. Jesus é o mesmo ontem e hoje, e será sempre. Ele não veio ao mundo para nos atrapalhar nas nossas escolhas, mas veio para mostrar que, quando optamos por Ele, vamos encontrar a verdadeira mensagem que nos dignifica e nos dá vida plena. Queremos ser livres e esta liberdade é quando podemos fazer escolhas.

Se ouvirmos a voz de Deus que nos chama a ter comunhão com Ele e com todos, então ressurgimos como pessoa nova que resplandece à imagem Dele no mundo. O Evangelho é a boa notícia que traz vida em abundância para todos. Então por que ficarmos procurando outros caminhos que nos esvaziam e nos deixam frustrados como pessoa humana? O que nos impede de seguir Jesus doador de vida e paz? Que cada uma faça sua boa escolha e esta está ao nosso alcance que é Jesus, nosso Senhor (1).

Amém!!!

(1)        José Benedito Schumann Cunha, bacharel em Teologia
(2)        www.cancaonova.com - 13-05-2012

sábado, 26 de maio de 2012

O Espírito Santo anima a Igreja para o testemunho


Neste domingo, celebramos com muita alegria a Festa do Pentecostes. Fazemos a memória do Dom do Espírito Santo, após o Tempo Pascal, que vem até os apóstolos com Maria no Cenáculo, onde estavam reunidos em oração. A Igreja nasce na força do Espírito Santo e nos faz corajosos e fortes no testemunho do Cristo Ressuscitado que trouxe a salvação à humanidade.

Sabemos que a Festa de Pentecostes era uma festa muito antiga dos judeus e celebravam após 50 dias a Páscoa. O Povo de Deus se reunia e agradecia pela colheita feita, mas, depois, esse povo celebrava a alegria da libertação do Egito. Após 50 dias da libertação e após o acolhimento da lei no Monte Sinai e a formação do povo, sendo que este acontecimento foi marcado por uma teofania através de trovoes, relâmpagos, trombeta, etc, Deus está com seu povo que anualmente agradece a Deus pelas suas maravilhas feitas no Êxodo, isto é, sai da terra que eram escravos e vai para a terra onde pode ser livre e adorar a Deus, sem nenhum obstáculo.

No Livro dos Atos dos Apóstolos, nos é narrado o Pentecostes cristão. Eles estavam reunidos em oração com Maria no cenáculo, quando o Espírito Santo vem em forma de línguas de fogo e os enche de alegria, força e ânimo para a missão de evangelizar. É a nova aliança perpetuada por Cristo para sempre. Assim formamos o novo Povo de Deus que marcha para o céu construindo já o Reino de Deus visível na terra. Os cristãos são os membros do novo povo que tem o Deus da Vida e que nos leva a caminhos seguros, tramados na justiça, no amor, na partilha, na solidariedade. 


O acontecimento de Pentecostes foi também marcado com trovões e uma ventania. Isso nos remete ao Sinai da antiga aliança (cf. At. 2, 1-11). São Paulo nos fala que, quando falamos que Jesus é o Senhor, isso acontece por causa da ação do Espírito Santo em nós. Cada um recebe dons espirituais, mas só que o Espírito Santo é o mesmo. Os dons recebidos não são para divisão e orgulho, mas uma forma de colocarmos nas mãos do Senhor para que Ele opere maravilhas na nossa vida e na dos outros.

Tudo acontece para o bem comum. Não há exclusividade entre nós. Somos agora todos irmãos e irmãs em Cristo. Assim podemos repetir: “Na verdade, todos nós, judeus e gregos, escravos e homens livres, fomos batizados num só Espírito, para constituirmos um só Corpo. E a todos nos foi dado a beber um único Espírito” (1 Cor 12, 13).

Agora há compreensão na fala. Todos entendem a mensagem. Já não existe confusão e nem divisão ou dispersão, como houve no episódio da Torre de Babel narrada em Gn 11. Deus
se revela no amor. Por que ficarmos em discussões que levam à divisão, se já temos Cristo e o Espírito Santo que confirmam a Palavra de Deus a nós?

A Igreja vive o Pentecostes na medida em que leva e anuncia a mensagem de Cristo a todos, sem medo, na força do Espírito Santo. O Evangelho mostra Jesus dando aos discípulos o dom do Espírito Santo, a força que dá vida e que une as pessoas.

Somos a Igreja do pão partilhado, do perdão, da palavra que salva e do calor do Espírito Santo que nos impulsiona para a missão evangelizadora. Aqui encontramos a coragem e o destemor que faz com que cada cristão assuma a sua cruz, a sua responsabilidade para transformar a realidade de pecado e morte para a realidade da graça e vida (cf. Jo 20, 19-23).

Assim, queridos irmãos e irmãs, a nossa linguagem deve ser de amor para com todos. É urgente ser mais caridosos, fraternos e procurar a unidade, com todos. Não podemos ficar procurando prestígio e honrarias, porque somos servo de Cristo, missionário do Evangelho da Vida. Nada pode ser pior no mundo se não assumimos a nossa fé em Cristo no nosso agir de cristão.

Que a Igreja seja um sol que ilumina a todos que nela cheguem e possam sentir acolhidos e amados por todos.

Amém!!!

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
25-05-2012

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A beleza de sermos amigos, filhos de Deus


Cada vez que sentimos aproximados de Deus, tornamo-nos mais felizes e sentimos a beleza de estarmos juntos do Deus que é Pai. O amor do Pai nos ajuda a viver esta filiação que ganhamos com a vida de Cristo que morreu e ressuscitou para nos dar esse grande presente.

Deus é pai de todos e, com a força do Espírito, chamamos Deus de Pai. Nós estamos sempre com Deus, pois Ele é presente em nossa vida. Deus nunca nos deixa só e ainda nos assiste com a sua graça. Jesus nos ensinou o caminho de chegar a Deus-Pai. A Igreja é mãe e mestra, e nos ensina docilmente que Deus é Pai na oração universal do Pai Nosso (1).

O santo padre, o papa Bento XVI, durante a Audiência-Geral de quarta-feira (23/05), em sua habitual catequese, refletiu sobre a importância de chamar Pai a Deus, como Cristo na Cruz que diz: Abbá, Pai! O santo padre recordou que “o Espírito Santo nos ensina a tratar Deus, na oração, com os termos afetuosos de ‘Abbá, Pai!’, como fez Jesus”.Citando São Paulo, afirmou que é o “Espírito que clama em nós ‘Abbá, Pai!’ e “faz-nos sentir numa relação de profunda confiança com Deus, como a de uma criança com seu pai” (2).

“Hoje muitos não se dão conta da grandeza e da consolação profunda contidas na palavra ‘Pai’, dita por nós a Deus na oração”. E continuou. “O Espírito Santo ilumina o nosso espírito, unindo-nos à relação filial de Jesus com o Pai e sempre em união com toda a Igreja”. Bento XVI recordou que, desde o princípio, a Igreja “assumiu esta invocação, de modo particular, na oração do Pai Nosso”.

Quando rezamos ao Pai, nunca estamos sozinhos. É a Igreja que sustenta a nossa invocação, porque a nossa invocação é invocação da Igreja. Ao final, o santo padre destacou a importância de “provar, na nossa oração, a beleza de sermos amigos, filhos de Deus, de poder invocá-lo com a confiança de uma criança que se dirige aos pais que a amam.

Abramos a nossa oração à ação do Espírito Santo para que nós gritemos a Deus “Abbá! Pai” e para que a nossa oração transforme, converta constantemente o nosso pensar, o nosso agir para torná-lo sempre mais conforme àquele do Filho Unigênito, Jesus Cristo (2).

Após a catequese, Bento XVI dirigiu a seguinte saudação aos peregrinos de Língua Portuguesa. “Queridos peregrinos de Língua Portuguesa: sede bem-vindos! Saúdo, de modo particular, os brasileiros do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, bem como as Irmãs Franciscanas de São José. Com a proximidade da solenidade de Pentecostes, procurai, a exemplo de Nossa Senhora, estar abertos à ação do Espírito Santo na vossa oração, de tal modo que o vosso pensar e agir se conformem sempre mais com os do seu Filho Jesus Cristo. De coração vos abençoo a vós e às vossas famílias! (2).


As palavras do nosso papa nos ajudam a ter esta experiência de filho com seu Pai. Na oração, conseguimos a intimidade com Deus. Deus nos sonda e nos coloca no seu coração paterno no amor que Ele tem por nós no seu Filho. Jesus é a certeza de encontrar Deus, pois Ele nos revelou a sua face amorosa e misericordiosa por nós pecadores.

Somos acariciados pelo Deus da Vida e pela certeza que temos em Deus porque Ele está presente em todas as nossas situações de vida. Ele sabe os nossos passos, sabe onde vamos, sabe quando descansamos, sabe os nossos pensamentos e tudo que passa em nós (cf. Sl 138). Tudo tem a marca presencial de Deus. O amor Dele nos conforta e nos anima para a caminhada com todos na luta por justiça, amor, perdão e misericórdia por todos (1).

Amém!!!

(1) Reflexão de José Benedito Schumann Cunha, teólogo
23-05-2012