ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

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sábado, 30 de junho de 2012

Solenidade do Nascimento de São João Batista


A Igreja, na voz do papa Bento XVI, tem uma missão de levar a todos a mensagem genuína de Cristo, sem nenhuma distorção ou interesse individual. Esta missão foi recebida por Cristo na fé de Pedro e nós a acolhemos com a fé que recebemos dela pelo Batismo. Somos chamados a anunciar Cristo a todos, sem medo e com a unção do Espírito Santo, e na medida que sentimos atraídos por Jesus e aderimos a Ele, com coragem através de uma vida de coerência de fé (1).

Queridos irmãos e irmãs!!!

Hoje, 24 de junho, celebramos a Solenidade do Nascimento de São João Batista. Com exceção da Virgem Maria, o Batista é o único santo que a liturgia celebra o nascimento, e falo porque está intimamente ligado ao mistério da Encarnação do Filho de Deus. Desde o ventre materno, de fato, João é precursor de Jesus: a sua concepção milagrosa é anunciada a Maria pelo Anjo como sinal de que “nada é impossível para Deus” (Lc 1, 37), seis meses antes do grande milagre que nos dá a salvação, a união de Deus com o homem por obra do Espírito Santo.

Os quatro Evangelhos dão muita importância à figura de João, o Batista, como profeta que conclui o Antigo Testamento e inaugura o Novo, indicando em Jesus de Nazaré o Messias, o Consagrado do Senhor. De fato, o mesmo Jesus falará de João nestes termos: “Este é aquele de quem está escrito: eis que envio o meu mensageiro diante de ti,/na sua frente ele vai preparar o caminho. Em verdade eu vos digo que, entre os nascidos de mulher, não há ninguém maior que João, o Batista; mas o menor no Reino dos Céus é maior do que ele” (Mt 11, 10-11) [2].

O pai de João, Zacarias, marido de Isabel, parente de Maria, era sacerdote do culto do Antigo Testamento (AT). Ele não acreditou rapidamente no anúncio de uma paternidade já inesperada e por isso ficou mudo até o dia da circuncisão da criança, que ele e a esposa deram o nome indicado por Deus, ou seja, João, que significa “o Senhor agracia”.

Animado pelo Espírito Santo, Zacarias falou assim da missão do filho: “E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo/porque irá diante do Senhor para preparar-lhe o caminho,/para dar ao seu povo o conhecimento da salvação/no perdão dos seus pecados” (Lc 1, 76-77).

Tudo isso aconteceu 30 anos depois, quando João começou a batizar no rio Jordão, chamando o povo para se preparar, com aquele gesto de penitência, para a iminente vinda do Messias, que Deus tinha revelado durante a sua estada no deserto da Judeia. Por isso ele foi chamado “Batista”, ou seja, “Batizador” (cf. Mt 3, 1-6) [2].

 
Quando um dia, de Nazaré, o próprio Jesus veio para ser batizado, João recusou-se a princípio, mas depois consentiu, e viu o Espírito Santo repousar sobre Jesus e ouviu a voz do Pai Celestial que o proclamava seu Filho (cf. Mt 3, 13-17). Mas a missão do Batista ainda não estava completa: pouco tempo depois, lhe foi pedido preceder a Jesus também na morte violenta: João foi decapitado na prisão do rei Herodes, e assim deu testemunho em plenitude do Cordeiro de Deus, que antes do que qualquer outro tinha reconhecido e indicado publicamente (2).

Queridos amigos e amigas,

A Virgem Maria ajudou a idosa parente Isabel a levar adiante a gravidez de João. Que ela ajude a todos a seguirem Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que o Batista anunciou com grande humildade e ardor profético (2).

As palavras do nosso papa e o Evangelho daquele domingo nos fazem refletir sobre a importância de João Batista na missão de Jesus. Ele foi morto de morte violenta como foi também a de Jesus, consequência das suas missões. A de João foi ser o percussor de Jesus, pediu a todos a conversão e mudança de vida. Nós somos agraciados por Deus.

Temos esse grande santo que colaborou com o plano de Jesus para nos salvar do pecado que escraviza e mata. A Igreja tem a missão profética de anunciar a verdade que leva à vida eterna e ainda denunciar todas as manobras de destruir a vida e o direito de nascer e de morrer de morte natural. Não podemos ser omissos e nos calar diante da cultura da morte. Não podemos virar as costas para as crianças indefesas que gritam por vida e justiça. Que a voz da vida seja propaga em todos os cantos da nossa terra (1).

Amém!

(1) José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
24-06-2012



sexta-feira, 29 de junho de 2012

João, o precursor, é escolhido por Deus

A liturgia nos faz vivenciar o amor Deus por nós e é sempre Deus que chama pessoas para colaborarem com a missão de anunciar a justiça, a bondade e o amor de Deus para toda a humanidade.

A Igreja celebrou no domingo passado (24/06) hoje a importantíssima Festa do Nascimento de João Batista, pelo seu papel social fundamental no projeto de salvação de Cristo. É bom salientar que é o único santo que se comemora o dia de seu nascimento e não o da morte. As leituras bíblicas nos ajudam a termos uma compreensão melhor da missão de João Batista, o primo de Jesus. Deus nunca nos abandona.

O livro de Isaías nos fala do servo do Senhor que é chamado por Deus desde o ventre da sua mãe e que tem a missão de “levar a luz e a salvação a todas as nações”. Nós nos habituamos que este servo prefigura Jesus Cristo, mas podemos nos remeter também a João Batista, que foi escolhido por Deus já desde o ventre de Isabel para ser precursor de Jesus, preparando o caminho do salvador. O batismo nos habilita também para a missão de ser luz e levar a luz aos outros (cf. Is 49, 1-6).

No Livro dos Atos dos Apóstolos, temos Paulo que mostra para nós como Deus preparou seu povo para a vinda do Messias e como João Batista cumpriu fielmente sua missão de precursor. Deus está na nossa história e nos quer unidos a Ele e aos irmãos. Devemos ser missionários de Cristo, anunciando que quem está com Cristo anda na luz e as trevas do erro passam longe dele (cf. At 13, 22-26).

O Evangelho de Lucas narra o nascimento do precursor, o nosso João Batista, no projeto de salvação de nosso Deus que está no Cristo. Um novo tempo começa em Jesus, pois o tempo da promessa, da espera inicia para sempre a salvação prometida. Deus sempre é fiel e cumpre tudo que foi predito no Antigo Testamento (AT).

Aqui podemos deparar em três situações distintas: uma é o nascimento do menino de mãe que era considerada estéril e o pai estava mudo. Isto pode nos dizer que da mãe nasce um menino perfeito e o silêncio de Zacarias significa a última palavra profética, a aliança amiga, pois agora vai selar uma aliança nova eterna em Jesus que será apontado como cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo por João Batista.

Segunda é o nome dado pelo pai: esta criança vai ter o nome de João que mostra a sua qualidade, o seu destino e missão. “João” significa “o Senhor manifestou a sua bondade”.

Terceira situação é que João permanece no deserto numa vida simples, austera e humilde. Vai ser a voz que clama no deserto e prepara o caminho do Senhor que vem salvar a humanidade. Deus é bom e sempre estende a sua mão a humanidade para resgatá-la (cf. Lc 1, 57-66.80).

Que esta liturgia nos faça ver e tomar iniciativa da nossa missão de cristãos de levar a todos a bondade e amor de Deus que salva a todos os pecadores convertidos. Sendo assim, podemos ver a Luz de Cristo entre nós no Reino que ajudamos a construir na solidariedade, na partilha, no amor e na paz entre todos.

Amém!

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
24-06-2012

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A Igreja de Cristo tem duas colunas de fé


A liturgia nos coloca dentro do mistério de salvação de Cristo e durante todo o ano litúrgico. Nós temos momentos celebrativos da nossa história de salvação pelo nosso Deus da vida. Nessa trajetória, comemoramos a memória de muitos santos e mártires que deram razão da sua fé em Cristo numa vida de busca da verdade e santidade.


A Igreja celebra com muita alegria a Festa de São Pedro e São Paulo que foram exemplos de fieis servidores de Cristo com ardoroso serviço ao projeto libertador de Deus. Eles souberam testemunhar com a vida a fé que tinham em Cristo. Oxalá, se todos nos dispusermos a seguir Cristo, dando testemunho Dele com a nossa vida também.

Pedro, para nós, é a rocha onde fundamenta a Igreja de Cristo, tornando-se pastor das comunidades cristãs, e São Paulo foi o grande missionário que levou a Palavra de Deus a todos os lugares que não conheciam o projeto salvífico de Deus em Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Hoje as leituras bíblicas narram estas figuras importantes da Igreja, pois são colunas de fé da nossa Igreja.

No Livro dos Atos dos Apóstolos, encontramos Pedro que foi preso pelo rei Herodes para agradar os judeus. Eles consideraram Pedro como alguém perigoso. Por isso foi guardado na prisão e vigiado por homens. Mas Deus o liberta. Há oposição e morte aos discípulos, mas não conseguem calar os seus testemunhos. A oração da Igreja se solidariza com Pedro e ora pela sua libertação e, desse modo, Deus os atende. Nós sabemos que, quando estamos unidos em oração, tudo pode acontecer de bom pela força de nosso Deus que é sempre fiel a nós. Deus nunca nos deixa só e acompanha a Igreja nesse peregrinar no mundo, mostrando a sua justiça, bondade e misericórdia por todos nós (cf. At 12, 1-11).

São Paulo, na Segunda Carta a Timóteo, se encontra preso e sabe que vai ser condenado à morte. Então ele se lembra da sua vida dedicada ao Evangelho que foi propagado em toda parte. Sabe que combateu o bom combate e foi digno dele, pois não se acovardou em nenhum momento. A sua fé estava em Cristo e Nele a conservou, sendo vitorioso. Ele reconheceu que Jesus estava sempre com ele e a glória de Deus deve ser dada sempre com a vida coerente de fé.

Sabe que a morte não é perda, mas ocasião de libertação definitiva para Deus. Devemos espelhar nesse missionário que foi valente, soube ser ardoroso e entusiasta pela causa de Cristo e do seu reino. O reino de Deus é para todos que aderirem a Cristo, com coragem e fé, para trabalhar na difusão da boa notícia que Jesus trouxe à humanidade. Somos salvos e libertos em Cristo, que é a razão da nossa vida e da nossa fé (cf. 2 Tm 4, 6-8.17-18).

O evangelista Mateus nos mostra a beleza da confissão de fé de Pedro em Cristo. Por isso recebe o primado da Igreja. Cristo é centro da história, pois Ele é o filho do Deus que tem para nós um grande presente que é a vida eterna para todos. A Igreja é fundada na rocha da fé de Pedro. Isso nos dá firmeza, coragem e testemunho para nós. A Igreja tem um guia seguro que está na profissão de fé de Pedro.

Por isso Jesus diz a ele: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. Dessa adesão de Pedro nasce a Igreja e que hoje tem na sua direção o nosso papa Bento XVI. Ele dirige a Igreja com firmeza da doutrina e nos ensina na Palavra de Deus que liberta, tendo o cuidado de uma mãe que zela com carinho todos os seus filhos que querem estar com ela (cf. Mt 16, 13-19).

Queridos irmãos e irmãs...

Nós celebramos esta festa com muita alegria e gratidão a Deus, pois eles são figuras que nos ensinam a sermos missionários de Cristo com coragem e testemunho de vida.

Que a liturgia nos ajude a sermos mais fieis a Deus e à Igreja, tornando-nos dóceis e receptivos da mensagem de vida e fé que ela nos traz a cada dia da nossa vida na participação viva na Igreja.

Viva São Pedro e São Paulo!

Viva o papa!

Amém!

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
26-06-2012

terça-feira, 26 de junho de 2012

Movimentos brasileiros programam realizar marcha para lutar pelo maior direito de todos: a própria vida


POR Maria Emília Marega 

Por que uma Marcha pela Vida no Brasil? Quem está organizando? Para responder a essa e outras perguntas a Agência de Notícias Zenit, o Mundo Visto de Roma, conversou com a professora do Instituto de Biologia da Universidade de Brasília (UnB), Lenise Garcia. Ela ainda integra a Comissão de Bioética da Arquidiocese de Brasília (DF) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), além de presidir o Movimento “Brasil Sem Aborto”.

Por que uma Marcha pela Vida no Brasil?

Porque são muitas as ameaças concretas de implementação do aborto em nosso país, às quais precisamos reagir. E porque a população do Brasil é a favor da vida, mas nem sempre se mobiliza para manifestar isso, e é importante que as autoridades percebam os desejos e convicções do povo brasileiro.

Quais são os objetivos que vocês pretendem alcançar?

Acelerar a tramitação e chegar à aprovação do projeto de lei 478/2007, chamado Estatuto do Nascituro, que explicita os direitos da criança ainda não nascida. Além disso, colocar a nossa opinião contra outros projetos em tramitação ou que vão começar a tramitar e que vão contra a sua dignidade.

Quais são as ameaças para as mulheres e quais os projetos legislativos que mais preocupam?

Está sendo proposta uma reforma do Código Penal Brasileiro. Para isso, uma comissão de juristas está concluindo uma pré-proposta que será apresentada ao Senado, e que traz mudanças significativas que liberam o aborto em diversas condições, e também a eutanásia. Por exemplo, autoriza o aborto até a 12ª semana caso o médico considere que a mulher não tem condições psicológicas de ser mãe. Além disso, o Ministério da Saúde está financiando estudos de uma política de “redução de danos” que passaria pelo aconselhamento à mulher, que a oriente sobre os melhores modos de abortar na ilegalidade. Como pode o Estado ser cúmplice de um crime? Para justificar a iniciativa, inflam-se os números de mortes maternas ligadas ao aborto clandestino, quando os próprios dados oficiais indicam que não passam de 100 por ano e estão em declínio.

Mãe amamenta seu bebê durante audiência pública do Brejo dos Crioulos de São João da Ponte, Varzelândia e Verdelândia no dia 26 de novembro de 2008 às 14 horas e 09 minutos, na Câmara Municipal de Montes Claros, Norte de Minas Gerais, Sudeste do Brasil

Quem está organizando a Marcha?

O Movimento Nacional da Cidadania pela Vida “Brasil Sem Aborto”, que é um movimento suprapartidário e supra-religioso, que reúne as diversas entidades e iniciativas que lutam em favor da vida no Brasil. Esta já é a 5ª Marcha em Brasília (DF) e tem havido também manifestações em vários Estados nos últimos anos.

Quem irá participar? Outras associações, grupos...

Como o Movimento “Brasil Sem Aborto” não é propriamente uma associação ou entidade, podemos considerar que todos os participantes estão sob o mesmo guarda-chuva. De qualquer modo, temos representatividade das principais organizações religiosas, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Federação Espírita Brasileira (FEB), Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp), Legião da Boa Vontade (LBV) e também de entidades civis, como a Rede Brasileira do Terceiro Setor (Rebrates).

Quantas pessoas vocês esperam?

Acho difícil fazer previsões, mas, em manifestações anteriores, temos tido entre 10 e 20 mil pessoas.

Vocês estão em contato e contam com o apoio ou a participação de representantes dos movimentos europeus e de outros lugares do mundo?

Temos contato com vários movimentos internacionais, mas não propriamente uma participação deles. Trocamos informações pela internet, e já tivemos importantes contribuições técnicas, por exemplo, nos debates sobre o uso de células-tronco embrionárias e sobre o aborto do anencéfalo, no Supremo Tribunal Federal.  Estamos prevendo intensificar essas interações.

De que maneira os outros movimentos pela vida podem colaborar com o direito, a justiça de vocês?

Penso que podemos ter estudos conjuntos, e também aprender uns com a experiência dos outros. Compreender melhor, de forma conjunta, as implicações da política internacional e as pressões que sofremos de fora.

A Rio+20 altera alguma coisa no cenário mundial em favor da vida?

Há muito tempo os movimentos pró-vida denunciam a pressão internacional para que o aborto seja aprovado no Brasil e em outros países, contra as convicções de suas populações. Essa pressão ficou evidente durante a Conferência Rio+20. Ela não se reduz ao debate de ideias, mas se expressa no grande financiamento de entidades estrangeiras a grupos que defendem a legalização do aborto. Esses grupos dizem falar em nome das mulheres, mas o fato é que a mulher brasileira valoriza a vida desde o seu início, ama a maternidade, e não vê contradição entre defender os seus direitos e os dos seus filhos. Felizmente o termo “direitos reprodutivos”, eufemismo para significar o aborto, ficou fora do documento final. Se o grande objetivo do desenvolvimento sustentado é preservar o direito das gerações futuras, como incluir a possibilidade de tirar-lhes o maior dos direitos, a própria vida?

FONTE DESTA ENTREVISTA

ENVIADA POR
José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
25-06-2012