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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

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sábado, 30 de novembro de 2013

Vaticano: Novo documento do Papa apresenta «manual» para homilias

Vaticano: Novo documento do Papa apresenta «manual» para homilias
Francisco aconselha padres a usarem linguagem positiva e compreensível, a partir da mensagem bíblica



Cidade do Vaticano, 26 out 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco apresenta hoje um “itinerário de preparação da homilia” para os padres católicos, aos quais pede que usem uma linguagem “positiva e compreensível”, que vá ao encontro das “necessidades da comunidade a que se destina”.

“A homilia não pode ser um espetáculo de divertimento, não corresponde à lógica dos recursos mediáticos, mas deve dar fervor e significado à celebração” da missa, afirma, na exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho, em português), o primeiro texto do género no atual pontificado, que se iniciou a 13 de março.

Francisco sublinha que a pregação não pode ser “puramente moralista ou doutrinadora” e alerta também para as intervenções que se transformam “numa lição de exegese”.

“Isto exige do evangelizador certas atitudes que ajudam a acolher melhor o anúncio: proximidade, abertura ao diálogo, paciência, acolhimento cordial que não condena”, aconselha.

Francisco recorda que a homilia é um género específico, já que se trata de uma pregação no quadro duma celebração litúrgica, e que “por conseguinte, deve ser breve e evitar que se pareça com uma conferência ou uma lição”.

“Uma boa homilia, como me dizia um antigo professor, deve conter «uma ideia, um sentimento, uma imagem»”, precisa.

O Papa refere-se, por outro lado, aos temas que são escolhidos, e pede que os padres anunciem “o amor salvífico de Deus como prévio à obrigação moral e religiosa, que não imponha a verdade mas faça apelo à liberdade, que seja pautado pela alegria, o estímulo, a vitalidade e uma integralidade harmoniosa que não reduza a pregação a poucas doutrinas, por vezes mais filosóficas que evangélicas”.

Caso contrário, as homilias não estariam “propriamente a anunciar o Evangelho”, mas algumas “acentuações doutrinais ou morais, que derivam de certas opções ideológicas”.

Francisco deixa reparos a quantos “sonham” com uma “doutrina monolítica defendida sem nuances por todos” e recorda que “a fé conserva sempre um aspeto de cruz, certa obscuridade que não tira firmeza à sua adesão”.

O Papa diz ainda aos sacerdotes que o confessionário “não deve ser uma câmara de tortura” e lembra o valor da “pregação informal que se pode realizar durante uma conversa”.

“Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho”, precisa.

Fonte: Agência Eclesia

Significados do Advento! Novo tempo litúrgico começa neste domingo

Significados do Advento! Novo tempo litúrgico começa neste domingo

Dom Edson de Castro Homem
Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro


Arquidiciocese do RJDom Edson de Castro Homem, Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro
Abre-se o Advento, tempo da vinda e da chegada de Jesus. A Igreja inicia o ano litúrgico. Retoma a esperança de Israel, alimentada pelos profetas, que abasteciam a expectativa messiânica. Mensagem atualíssima em linguagem a ser compreendida.

A primeira semana nos faz olhar o futuro: o Senhor retornará. No domingo inaugural, sua volta é proposta no Evangelho de Mateus, através do discurso escatológico (24, 37- 44), isto é, referente aos últimos acontecimentos. 

Quando Ele virá novamente? Ninguém sabe, exceto o Pai. A afirmação do desconhecimento desautoriza acreditar em pessoas que, vez por outra, surgem, determinando o fim dos tempos, a conclusão da história, a destruição do mundo ou a vinda do Filho do Homem. Todos enganadores. Curioso é que há sempre gente que se deixa (ou gosta?) de ser enganada.

Coisa certa do discurso: Ele voltará e está próximo. Tal proximidade não é imediata ou a ser datada, pois para Deus “um dia é como mil anos e mil anos como um dia” (2 Pd 3, 8). Daí decorre a certeza da imprevisibilidade. Virá como um ladrão e na hora em que não pensarmos. Portanto, são inúteis os prognósticos e podem levar a fé ao descrédito ao se confundir o certo pelo duvidoso.

Mesmo guerras, revoluções, epidemias e intempéries, desvelando a finitude humana e a precariedade natural, não indicam o fim com precisão. No entanto, é comum e compreensível dizer diante de calamidades, sobretudo morais: “é o fim do mundo”. Sabemos, porém, que não é o fim total, mas parcial. Apenas para quem foi atingido. As experiências trágicas ou traumatizantes, todavia, sinalizam para a conclusão definitiva, no desejo de recuperação imediata e abrangente.

O discurso sobre o retorno do Senhor faz parte do Credo. Compõe a profissão de nossa fé católica e apostólica. Também em relação ao sentido último: a vitória da vida sobre a morte. Daí a ressurreição final e universal. A vitória da justiça sobre a injustiça. Daí o juízo final e universal. Prêmio e castigo para uns e outros. O fim é renovação. Não simples destruição. O como também não é sabido.

Por mais que possa parecer-nos linguagem simbólica demais ou mítica, ainda que na justa medida, carregam dentro de si o desejo íntimo e natural do espírito humano pelo triunfo da vida e do bem. Deus não frustrará tal desejo. Virá ao seu encontro, para além da precariedade de toda linguagem. É o que nos cabe esperar. Pelo advento do Cristo glorioso, aguardamos a novidade da transformação.

Coisa certa do discurso é ainda o que fazer agora. Prático e criativo, não é receituário. Do futuro, encaminha-nos ao presente em construção, na liberdade, possível de erros. Convoca à prontidão, à vigilância, à preparação. 

À prática perseverante, serena e alegre da fé, muitas vezes corajosa em meio às incompreensões e às perseguições até o martírio. À prática do amor e suas implicações, não declaratório apenas, mas efetivo, na justiça e no perdão. À prática da esperança, segura e firme qual âncora para a chegada ao porto seguro. Às práticas das virtudes humanas para bons e estáveis relacionamentos. 

Em suma, à vida de santidade no crescimento da graça, pela vivência dos sacramentos. À existência em Cristo nos estados de vida e nas profissões.

O tema do retorno do Senhor não só nos projeta para realidades futuras. Faz-nos responsáveis pelo tempo presente, o advento de Cristo na história e na vida das pessoas. Ele também vem nos acontecimentos e, especialmente, nos pobres. Aguarda-nos com suas surpresas. Já está entre nós.

O Advento é mais considerado em relação ao Natal. É o caminho imediato e mais fácil para preparar as festas natalinas. 

A criatividade pastoral desperta as energias que os festejos contêm. Estão enraizadas no nosso substrato católico cultural. Se assim não fosse, não teria sentido algum celebrar o Natal. O que nos cabe fazer devido ao sentido? Oferecermos Jesus, especialmente às novas gerações. Facilitarmos sua presença na sociedade. Jesus Cristo é sempre muito bem vindo.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

CNBB divulga mensagem para Dia da Consciência Negra

CNBB divulga mensagem para Dia da Consciência Negra


Da Redação, com CNBB


Nesta quarta-feira, 20, o Brasil recorda o Dia da Consciência Negra. Para colaborar com a reflexão nesta data, a Pastoral Afro-brasileira da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma mensagem. 

No texto, a pastoral recorda os desafios e a luta contra a escravidão moderna, em prol da cidadania dos afrodescendentes.

Leia a mensagem na íntegra:

Aos poucos os eventos gaúchos atraíram a atenção da mídia nacional e de grupos negros de outros Estados, que também passaram a adotar o 20 de novembro. Finalmente, em 1978, o Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial adotou a data, batizando-a de Dia Nacional da Consciência Negra. Mais recentemente os poderes públicos abraçaram a ideia, dando origem ao feriado, celebrado em muitas cidades do País.

Em uma dissertação de mestrado apresentada no programa de pós-graduação em história da PUC de Porto Alegre, o jornalista negro Deivison Moacir Cezar de Campos sugere que os rapazes do Palmares foram subversivos. Porque fizeram um contraponto ao discurso oficial do regime militar, que exaltava as igualdades proporcionadas pela democracia racial e via no debate sobre o tema um fator de distúrbio. 

“Eles buscavam o reconhecimento das diferenças étnicas e das condições desiguais de acesso à cidadania e a integração socioeconômica”, diz a tese. E mais: “Colocaram-se contra o oficialismo ao defenderem a substituição de 13 de Maio, o Dia das Raças, pelo 20 de Novembro, Dia do Negro; ao proporem uma revisão da historiografia; ao afirmarem um herói não reconhecido.”

Hoje, muitas conquistas das comunidades negras estão presentes em nossa sociedade. Existem desafios que vamos enfrentando com participação de grupos organizados ou não. 

A Pastoral Afro-brasileira, presente em todo o Brasil, celebra mas também está empenhada em enfrentar os desafios presentes no mundo.  A Escravidão hoje atinge 29 milhões de trabalhadores em todo o mundo. Um relatório recém-divulgado pela fundação Walk Free aponta que 29 milhões de pessoas no mundo ainda trabalham sob o regime de escravidão.

Para o cientista político Leonardo Sakamoto, que é coordenador da ONG Repórter Brasil e membro da Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, a escravidão ocorre quando a dignidade ou a liberdade são aviltadas. Condição degradante é aquela que rompe o limite da dignidade. São negadas a essas pessoas condições mínimas mais fundamentais, colocando em risco a saúde e a vida.

A Mauritânia ocupa o primeiro lugar do ranking de escravidão global, que analisou 162 países e leva em consideração o casamento infantil e os níveis de tráfico humano. Haiti, Paquistão e Índia vêm em seguida. 

No Brasil, 125 anos após a abolição da escravatura, milhares de pessoas ainda são submetidas a trabalhos em situação degradante. No entanto, há avanço na erradicação da prática. A primeira política de contenção do trabalho escravo é de 1995 e, de lá para cá, 45 mil pessoas foram libertadas de locais onde havia exploração desumana da mão de obra. Tramita no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda Constitucional para endurecer a lei. É a PEC do Trabalho Escravo e prevê o confisco de imóveis em que o trabalho escravo for encontrado e sua destinação para reforma agrária ou para o uso habitacional urbano.

Lucrativa, a escravidão moderna movimenta mais de US$ 32 bilhões, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Estimativas da OIT também apontam que há 5,5 milhões de crianças escravas no mundo.

Como muito bem falou o Papa João Paulo II, aos afro-americanos, em 1992, em Santo Domingo: "A estima e o cultivo dos vossos valores Afro-americanos, enriquecerão infalivelmente a Igreja."

Em outras palavras, a novidade que a Igreja quer e merece é a inclusão em sua Ação Evangelizadora, das riquezas culturais e espirituais que emanam do Patrimônio africano e afro-descendente.

O processo de Cidadania do povo negro é uma dimensão essencial da vida e da Missão da Nossa Igreja Católica Apostólica Romana. A Igreja Católica no Brasil, fiel à missão de Jesus Cristo, está presente nesses importantes acontecimentos por meio de seus representantes e de suas orações. Exorta a todo o Povo de Deus a colocar-se a serviço da vida e da esperança, "acolher, com abertura de espírito as justas reivindicações de movimentos - indígenas, da consciência negra, das mulheres e outros - (...) e empenhar-se na defesa das diferenças culturais, com especial atenção às populações afro-brasileiras e indígenas" (CNBB, Doc. 65, nº 59).

domingo, 10 de novembro de 2013

Ele é o Deus de cada um de nós!

Ele é o Deus de cada um de nós!

Palavras do Papa Francisco durante o Angelus

ROMA, 10 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Publicamos a seguir as palavras do Papa pronunciadas aos fieis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, hoje às 12hs durante a tradicional oração do Angelus.

Caros irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho deste domingo nos apresenta Jesus com os saduceus, que negavam a ressurreição. E é justamente sobre este tema que eles fazem uma pergunta a Jesus, para coloca-lo em dificuldade e ridicularizar a fé na ressurreição dos mortos. Partem de um caso imaginário: “Uma mulher teve sete maridos, mortos um depois do outro”, e perguntam a Jesus: “De quem será esposa esta mulher depois da sua morte?”. Jesus, sempre humilde e paciente, primeiramente responde que a vida depois da morte não tem os mesmos parâmetros daquela terrena. A vida eterna é uma outra vida, em uma outra dimensão onde, entre outras coisas, não existirá mais o matrimônio, que está ligado à nossa existência neste mundo. Os ressuscitados – disse Jesus – serão como os anjos, e viverão em um estado diferente, que agora não podemos experimentar e nem sequer imaginar. E assim explica Jesus.

Mas, depois, Jesus, por assim dizer, passa ao contra ataque. E o faz citando a Sagrada Escritura, com uma simplicidade e uma originalidade que nos deixam cheios de admiração pelo nosso Mestre, o único Mestre! A prova da ressurreição, Jesus a encontra no episódio de Moisés e da sarça ardente (cf. Ex 3, 1-6), lá onde Deus se revela como o Deus de Abrão, de Isaque e de Jacó. O nome de Deus está ligado aos nomes dos homens e das mulheres com os quais Ele se liga, e esta ligação é mais forte do que a morte. E nós podemos falar também da relação de Deus conosco, com cada um de nós: Ele é o nosso Deus! Ele é o Deus de cada um de nós! Como se Ele tivesse o nosso nome. Ele gosta de dizer, e esta é a aliança. Eis porque Jesus afirma: “Deus não é dos mortos, mas dos vivos; porque todos vivem por ele” (Lc 20, 38). E esta é a ligação decisiva, a aliança fundamental, a aliança com Jesus: Ele mesmo é a Aliança, Ele mesmo é a Vida e a Ressurreição, porque com o seu amor crucificado venceu a morte. Em Jesus Deus nos dá a vida eterna, a dá a todos, e todos, graças a Ele têm a esperança de uma vida ainda mais verdadeira do que esta. A vida que Deus nos prepara não é um simples embelezamento desta atual: essa supera a nossa imaginação, porque Deus nos surpreende continuamente com o seu amor e com a sua misericórdia.

Portanto, o que acontecerá é justamente o contrário do que esperavam os fariseus. Não é esta vida que é referência para a vida eterna, para a outra vida, aquela que nos espera, mas é a eternidade – aquela vida – que ilumina e dá esperança à vida eterna de cada um de nós! Se olhamos somente com olhos humanos, somos levados a dizer que o caminho do homem vai da vida à morte. Isso se vê! Mas somente é assim se o olhamos com olhos humanos. Jesus muda esta perspectiva e afirma que a nossa peregrinação vai da morte à vida: a vida plena! Nós estamos em caminho, em peregrinação em direção à vida plena, e aquela vida plena é aquela que nos ilumina no nosso caminho! Portanto, a morte está atrás, nas costas, não diante de nós. Diante de nós está o Deus dos vivos, o Deus da aliança, o Deus que traz o meu nome, o nosso nome, como Ele disse: “eu sou o Deus com o meu nome, com o teu nome, com o teu nome..., com o nosso nome. Deus dos vivos!... Eis a derrota definitiva do pecado e da morte, o começo de um novo tempo de alegria e de luz sem fim. Mas já nessa terra, na oração, nos Sacramentos, na fraternidade, nós encontramos Jesus e o seu amor, e assim podemos degustar algo da vida ressuscitada. A experiência que fazemos do seu amor e da sua fidelidade acende como um fogo no nosso coração e aumenta a nossa fé na ressurreição. De fato, se Deus é fiel e ama, não pode sê-lo por tempo limitado: a fidelidade é eterna, não pode mudar. O amor de Deus é eterno, não pode mudar! Não é ao mesmo tempo limitado: é para sempre! É para seguir adianta! Ele é fiel para sempre e Ele nos espera, cada um de nós, acompanha a cada um de nós com esta fidelidade eterna.

(Tradução Thácio Siqueira)

Rezemos pelas crianças e jovens que recebem de seus pais pão sujo

Rezemos pelas crianças e jovens que recebem de seus pais pão sujo

Na missa em Santa Marta, o Papa denuncia o perigo do mundanismo e reza pelos jovens que recebem de seus pais bens provenientes de subornos e corrupção, mas estão famintos "de dignidade"

Por Salvatore Cernuzio

ROMA, 08 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Junto com misericórdia, nos lábios do Papa Francisco há sempre uma outra palavra: mundanismo. O Papa continua sua incansável denúncia dos perigos de viver conforme “os valores do mundo", com um estilo de vida "que é tão agradável ao diabo". Também hoje, na missa em Santa Marta, reiterou: "O mundanismo é o inimigo". E a partir do Evangelho de hoje sobre a parábola do administrador desonesto, ressaltou que por causa deste espírito do mundo, a alma humana está contaminada ao ponto dos pais transmitirem aos filhos “sujeira" e “corrupção”, em vez de fazer o bem.

Foi para eles o pensamento do Santo Padre: jovens cheios de presentes caros, que frequentam ambientes sofisticados, sem saber que isto é resultado de suborno e práticas desonestas. Recebem continuamente esse "pão sujo" -disse o Papa- esses meninos e meninas "têm fome", fome de dignidade, pois – destacou– "o trabalho desonesto tira a dignidade".

Tudo isso, de acordo com Francisco, mostra "como atua o mundanismo e como é perigoso". É por isso que Jesus "orava ao Pai para que seus discípulos não caíssem no mundanismo". Mesmo o administrador do Evangelho de hoje, é nada mais do que uma vítima do encanto deste espírito corrupto do mundo.

Alguém - disse o Papa – poderia questionar: "Mas este homem fez o que todo mundo faz!”. Nem todos, destacou o Papa: "Alguns diretores, administradores de empresa, gestores públicos, alguns administradores do governo...”. No final, "nem são tantos". Muitos são aqueles que, por vezes, deixam poluir a alma e o coração pela "atitude do caminho mais curto, mais cômodo para ganhar-se a vida”.

Francisco, em seguida, retornou à parábola de hoje, e lembrou que o patrão elogiou o administrador desonesto, por sua astúcia. “Ha sim, este é um louvor 'às luvas'!" - observou- notando que "o hábito das 'luvas' é um hábito mundano e altamente pecaminoso". Isso -continuou ele- "não é de Deus", porque "Deus nos mandou trazer o pão para casa com o nosso trabalho honesto".

Mesmo o administrador do Evangelho, representante de muitos administradores mencionados acima, trouxe para casa o pão. Um pão sujo! "E os seus filhos - disse o Papa - talvez educados em colégios caros, talvez criados em ambientes cultos, receberam dos pais comida suja, porque seus pais, trazendo pão sujo para casa, perderam sua dignidade!".

Suborno e corrupção são "pecados graves"- disse Bergoglio-. Mas isso, na consciência geral, é conhecido. O que se subestima é que esses pecados são "como drogas", porque - disse o Papa – "talvez comece com um pequeno suborno", e isso cria uma dependência que leva ao abuso e à morte... da dignidade e da alma...

Paralelamente a esta "astúcia mundana", existe uma "astúcia cristã”, vivendo honestamente. O próprio Cristo -disse o Santo Padre- nos exorta asermos “astutos como as serpentes mas simples como as pombas”. “Colocar junto estas duas dimensões éuma graçado Espirito Santo”,que bem como todas as graças,é um “dom que devemos pedir ao Senhor”.

O Papa, no final da homilia, dirigiu uma oração profunda a Deus pelas “crianças e jovens que recebem de seus pais pão sujo" e, portanto, estão "famintos de dignidade".

O risco -disse o Bispo de Roma- é acabar como aquele homem do Evangelho de Lucas "que tinha tantos celeiros, tantos silos cheios e não sabia o que fazer"; a quem o Senhor na mesma noite pede a vida. Estas pobres pessoas que perderam a dignidade na prática de subornos -concluiu o Papa- não levam consigo o dinheiro que ganham, mas a falta de dignidade! Rezemos por elas".

Nós temos Deus vivo e presente

Nós temos Deus vivo e presente


Queridos irmãos e irmãs, estamos no 32º domingo do Tempo Comum. Este domingo é o penúltimo do ano litúrgico que já está quase no seu final. É sempre bom lembrar das verdades que nunca perdem sentido e valor. Uma delas é que cremos na ressurreição dos mortos, pois o nosso Deus é dos vivos.
A liturgia bíblica nos coloca nesta verdade que não pode ser negada por ninguém. Sabemos que os primeiros não falam claramente sobre a ressurreição dos mortos, mas um tempo mais tarde essa verdade começou-se a falar em Israel como um despertar daqueles que estão dormindo no pó da terra. Já é uma tomada de consciência da nossa finitude que remete para a vida eterna. Não nascemos somente para morrer, mas para ter vida. Aproxima-se o final do ano litúrgico.

No segundo livro dos Macabeus encontramos a primeira profissão de fé na ressurreição dos mortos. O contexto era que com a perseguição do Rei Antioco houve muitos mortos e esses eram pessoas justas, portanto não se pode crer que as pessoas morrem e ficam por isso. Por causa disso, reascende nos corações das pessoas a esperança da ressurreição. Com um decreto do rei que mandava violar as práticas religiosas dos antepassados, encontramos uma família com sete filhos macabeus.

Embora, todos eram obrigados a violar as pratica da religião, mas então eles desobedeceram, preferindo enfrentar as torturas e a própria morte e desse modo foram fieis a Lei de Deus. Esse belo testemunho deles nos encorajam para manter fieis a Deus em qualquer circunstancia da nossa vida. Assim eles proferiram: Um deles, tomando a palavra em nome de todos, falou assim: "Estamos prontos a morrer, antes de violar as leis de nossos pais"; "Tu, ó malvado, nos tiras desta vida presente. Mas o Rei do universo nos  ressuscitará para uma vida eterna, a nós que morremos por suas leis"; "Do céu recebi estes membros... no céu espero recebê-los de novo..." e "Prefiro ser morto pelos homens,  tendo em vista a esperança dada por Deus, que um dia nos ressuscitará. Para ti, porém, ó Rei, não haverá ressurreição para a vida".   (cf. 2Mac 7,1-2.9-14)

Na carta de São Paulo aos tessalonicenses nos fala que o Senhor nos confirme em toda boa ação e palavra. Que se deve orar para todos que são missionários da Palavra  para que a a palavra de Deus seja glorificada em todos os lugares. Que sejamos livres de todos os homens maus e sem fé para que sejamos sempre seguros, pois Deus é fiel e nos protegerá de todo mal. A nossa esperança deve estar firme em Cristo.

No Evangelho, Jesus fala claramente da Ressurreição, afirmando que "Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos". (cf. Lc 20,27-38)
Embora a ideia de ressurreição era imperfeita no tempo de Jesus, pois alguns saduceus não acreditavam na ressurreição. Assim ales inventaram uma historia para colocar Jesus em prova e fizeram uma pergunta capciosa que visava ridicularizar a doutrina da ressurreição e da vida futura: Uma mulher viúva sem filhos... casou com 7 maridos sucessivamente ...  Com quem ficará na vida futura?

Jesus responde: que a vida nova é bem diferente daquilo que vivemos, pois as pessoas não estarão sujeito as leis da carne, por isso será desnecessário o matrimonio para conservação da espécie como acontece no nosso mundo. Jesus ainda fala que Deus se manifestou a Moises muito tempo depois no episodio da sarça ardente, dizendo que era  Deus de Abrão, Deus de Isaac e Deus de Jacó, isto nos que dizer que eles estão em Deus, então Deus não é dos mortos e sim dos vivos.

Portanto, eles não estão mortos, mas vivem atualmente em Deus.  Logo se Abraão, Isaac e Jacó estão vivos, podemos falar de Ressurreição com muita precisão.
A Ressurreição é a esperança que dá sentido a toda a caminhada do cristão. A fé cristã torna a esperança da ressurreição uma certeza absoluta, pois Cristo ressuscitou e quem se identifica com Cristo, na vida de fé na comunidade, nascerá com ele para a vida nova e definitiva.
A nossa vida presente deve ser uma caminhada calma e segura, confiante na esperança, alegre na fé, em direção a essa nova realidade que nos espera.
Que esta liturgia nos ajude a sermos melhores e mudarmos a vida que temos para estar em Deus sempre. Que mudamos o nosso agir e confiamos na vida plena que Deus dará a cada um de nós.

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Coletiva traz questões preocupantes sobre a família

Coletiva traz questões preocupantes sobre a família

Elisa Ventura
Canção Nova Notícias, SP


“A família não é uma questão católica e sim humana”. A afirmação foi feita pelo presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 6, em São Paulo, sobre o Sínodo dos Bispos no ano que vem. 

Reportagem de Elisa Ventura



Na coletiva, Dom Vincenzo falou sobre temas polêmicos como a união de homossexuais, crianças adotadas por essas pessoas e a situação dos casais em segunda união. 

O representante vaticano disse ainda que o Sínodo tratará de todos os assuntos pertinentes à família, mas enfatizou que existem causas menos polêmicas, porém, mais sérias e preocupantes. 

"Eu estou mais preocupado com os idosos abandonados, com as crianças não criadas e educadas, com os problemas que nascem das famílias com um só filho, pois estes filhos, quando nós dizemos irmão, irmã, já não compreendem. Não faz sentido. Estes são problemas importantes a serem tratados", afirmou. 

Na última terça-feira, 5, o Vaticano divulgou um documento preparatório para o Sínodos dos Bispos  com um questionário com 38 perguntas a ser entregue aos agentes pastorais. A Igreja quer entender as famílias com base nesses questionamentos. 

"A Igreja justamente quer ouvir a situação, a realidade das famílias. E a Igreja muda permanecendo a mesma. Muitas vezes muda para ser mais ela mesma. Então, as mudanças, muitas vezes, são necessárias para que a Igreja realmente vá ao essencial da sua missão, até mesmo da sua fé e convicções. Por isso, as reflexões do Sínodo são muito importantes para que também sobre a realidade da família se possa ter uma percepção mais objetiva, realista, sobre a situação das famílias e também da missão que a igreja tem em relação às famílias", explicou o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, também presente na coletiva. 

Dom Vincenzo reforçou o peso da família para a Igreja e para a sociedade. Ele acrescentou que uma das maiores preocupações do Papa Francisco é com as famílias com doentes, as que vivem na miséria e as que passam por diversas dificuldades. 

O arcebispo italiano destacou ainda que a família é a base da sociedade e que, se ela está em crise, a sociedade também está. 

Segundo ele, o objetivo, como pediu o Sumo Pontífice, é ir ao encontro das famílias marginalizadas. 

Presidente do Irã agradece ao Papa por esforços em prol da paz

Presidente do Irã agradece ao Papa por esforços em prol da paz


Da Redação, com Agência Fides


O presidente do Irã, Hassan Rohani, agradeceu ao Papa Francisco pelos esforços em prol da paz e a luta contra o radicalismo. A mensagem foi enviada por intermédio do Núncio Apostólico no Irã, Dom Leo Boccardi, durante encontro ocorrido nesta semana.

Rohani publicou uma foto do encontro em sua conta no twitter, escrevendo que o Islã e o Cristianismo precisam, mais do que nunca, de diálogo. “Como base dos conflitos entre religiões está principalmente a ignorância e a falta de compreensão mútua”, destacou. 

O líder político e religioso observou que, de acordo com a doutrina de suas respectivas religiões, o Vaticano e Irã têm "inimigos comuns", como o terrorismo e o extremismo, e "objetivos semelhantes", como derrotar a injustiça e a pobreza no mundo. 

O presidente iraniano agradeceu ao Santo Padre pela saudação enviada ao povo iraniano, na esperança de que "os dois países possam trabalhar juntos para acabar com a violência e o radicalismo no mundo". 

O núncio apostólico que assumiu o cargo no último domingo, 3, afirmou ser sua missão "estreitar as relações bilaterais entre a Santa Sé e a República Islâmica". Ele expressou o desejo de que os dois países possam trabalhar juntos para combater as crises regionais no Oriente Médio, particularmente o atual conflito na Síria.

Francisco é exemplo de comunicação audaciosa e eficaz, diz bispo

Francisco é exemplo de comunicação audaciosa e eficaz, diz bispo


Da Redação, com Rádio Vaticano


Termina nesta sexta-feira, 8, em Recife, o Curso de Comunicação para bispos. O evento, que teve início no último dia 4, é uma iniciativa da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, da CNBB. Os bispos se reuniram para debater os desafios da evangelização no contexto da cultura gerada pelas novas tecnologias.

O Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais e conferencista, Dom Claudio Maria Celli, abordou a “Comunicação e evangelização na era digital”. O Arcebispo citou o Papa Francisco como exemplo de uma comunicação audaciosa e eficaz. “O Papa captou profundamente esse conceito. Ele comunica de forma simples e direta. Por meio dos seus gestos, ele dá esperança a muita gente”, observou. 

Dom Celli falou ainda da importância da interação por meio da comunicação com outras culturas. “Vivemos numa sociedade multicultural e multirreligiosa e é preciso manter um diálogo profundo e respeitoso com o outro, pois ele também pode enriquecer o meu caminho”, disse.  

O curso ofereceu aos bispos painéis voltados ao diálogo e revisão de teorias comunicacionais da era digital na cultura da evangelização. Foram oferecidos laboratórios práticos em  técnicas de produção em jornal, impresso e online, programas de rádio, internet e mídias sociais digitais. 

Participam do evento o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, Dom Dimas Lara Barbosa, o diretor da revista jesuíta “Civiltà Cattolica”, padre Antonio Spadaro, e o anfitrião e Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, entre outras autoridades.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Sínodo da família vai discutir sobre casais de segunda união

Sínodo da família vai discutir sobre casais de segunda união

Da Redação, com Boletim da Santa Sé



Canção Nova RomaPadre Lombardi acompanhado pelos secretário geral, relator geral e secretário especial do próximo Sìnodo
Uma coletiva de imprensa no Vaticano, nesta terça-feira, 5, apresentou o documento de preparação para a 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos. Entre os temas a serem abordados na reunião estará a questão dos casais de segundo união.

Acesse

Para atender os jornalistas, estiveram presentes o Secretário geral dessa próxima assembleia, Dom Lorenzo Baldisseri; o relator geral, Cardeal Péter Erdő, arcebispo de Esztergom-Budapest, Hungria, e o secretário especial, Dom Bruno Forte. 

Dom Lorenzo explicou que a temática se insere em um itinerário de duas etapas. A primeira é propriamente a Assembleia Geral Extraordinária de 2014, que busca colher testemunhos e propostas dos bispos para anunciar e viver o Evangelho na família. A segunda é a Assembleia Geral Ordinária, prevista para 2015, com o objetivo de buscar diretrizes operacionais para a pastoral da pessoa humana e da família. 

O secretário geral lembrou que foi feito um convite às dioceses para difundir o documento preparatório a fim de obter dados concretos e reais sobre a temática sinodal. Ele informou que já está prevista uma segunda reunião do Conselho da Secretaria para o mês de fevereiro para analisar as respostas, que devem ser enviadas até fim de janeiro de 2014. 

O relator Geral, Cardeal Péter Erdő, destacou alguns pontos de ordem pastoral e canônica, apresentados pelo Documento preparatório. Entre eles, a importância de preparar bem aqueles que se encaminham para o matrimônio. A questão dos casais de segunda união também foi abordada, apontando o cuidado que a Igreja tem para não haver marginalização. O assunto será tratado de modo minucioso durante o Sínodo, destacou o Cardeal. 

“Atenção, acolhida  e misericórdia constituem o estilo que o Papa Francisco testemunha”, destacou o secretário especial, Dom Bruno Forte. Segundo ele, este estilo acompanhará todo o trabalho da Assembleia Extraordinária. “O convite que surge (da Assembleia) é colocar-se em escuta dos problemas e das expectativas que hoje vivem tantas famílias, manifestando a elas a proximidade e de modo credível a Misericórdia de Deus”, concluiu o secretário. 

A 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos será realizada no Vaticano de 5 a 19 de outubro de 2014. O tema é “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Maria , a mulher extraordinária

Maria , a mulher extraordinária

Maria é mulher que soube ouvir voz de Deus. Outro personagem singular, que não devemos esquecer é José , pois ele aceitou ser o pai adotivo de Jesus e guardião de Maria. Ele é o homem trabalhador e simples, mas cheio de Deus, que não vacilou de estar ao lado de Maria e do menino Deus nos momentos mais cruciais da historia. Estava desde o início com a mãe de Deus. Na manjedoura, foi o consolo e apoio, na fuga para o Egito foi o que deu coragem e força a eles. Jose retorna com Maria e Jesus, fixando residência em Nazaré e lá criou Jesus na companhia de Maria.
Maria, esta mulher soube, em todos os momentos, ser o alento e doçura na esperança  em Deus. Ela esteve com Jesus em todos os seus acontecimentos. Ela é a mulher presente sem nunca vacilar. Ela é modelo de mulher que escuta a Palavra de Deus, um exemplo de mãe presente na vida de Cristo e exemplo de firmeza na fé.
A Igreja é feliz porque tem José como padroeiro da Igreja e Maria como sua mãe. José é sempre lembrado por todos, pois teve um papel importante na nossa historia da salvação trazida por Cristo.
Ser de Deus é deixar-se ser tocado pela singeleza das verdades evangélicas que se traduzem na obediência da vontade divina para a humanidade. Deus quer nos salvar sempre e é por isso que no seu plano de salvação, a família de Nazaré se torna importante para todos.
Não se pode jamais deixar de valorizar Maria, José em vista de Cristo que é o nosso único Salvador.
Que cada um de nós possa ser grato a Deus e procurar vivenciar o mistério da salvação trazida por Jesus como dadiva preciosa. Somos salvos no amor derramado na cruz por Jesus a nós.
Tudo por Jesus nada sem Maria!

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha


domingo, 3 de novembro de 2013

CATEQUESE DO PAPA DIA 30-10-2013

CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje gostaria de falar de uma realidade muito bela da nossa fé, ou seja, da “comunhão dos santos”. O Catecismo da Igreja Católica nos recorda que com esta expressão se entendem duas realidades: a comunhão nas coisas santas e a comunhão entre as pessoas santas (n. 948). Concentro-me no segundo significado: trata-se de uma verdade entre as mais consoladoras da nossa fé, pois nos recorda que não estamos sozinhos, mas existe uma comunhão de vida entre todos aqueles que pertencem a Cristo. Uma comunhão que nasce da fé; de fato, o termo “santos” refere-se àqueles que acreditam no Senhor Jesus e estão incorporados a Ele na Igreja mediante o Batismo. Por isto, os primeiros cristãos eram chamados também “os santos” (cfr At 9,13.32.41; Rm 8,27; 1 Cor 6,1).

1. O Evangelho de João mostra que, antes da sua Paixão, Jesus rezou ao Pai pela comunhão entre os discípulos, com estas palavras: “Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste” (17, 21). A Igreja, em sua verdade mais profunda, é comunhão com Deus, familiaridade com Deus, comunhão de amor com Cristo e com o Pai no Espírito Santo, que se prolonga em uma comunhão fraterna. Esta relação entre Jesus e o Pai é a “matriz” do vínculo entre nós cristãos: se estamos intimamente inseridos nesta “matriz”, nesta fornalha ardente de amor que é a Trindade, então podemos nos tornar verdadeiramente um só coração e uma só alma entre nós, porque o amor de Deus queima os nossos egoísmos, os nossos preconceitos, as nossas divisões interiores e exteriores. O amor de Deus queima também os nossos pecados

2. Se há este enraizamento na fonte do Amor, que é Deus, então se verifica também o movimento recíproco: dos irmãos a Deus; a experiência da comunhão fraterna me conduz à comunhão com Deus.  Estar unidos entre nós nos leva a estar unidos com Deus, leva-nos a esta ligação com Deus que é o nosso Pai. Este é o segundo aspecto da comunhão dos santos que gostaria de destacar: a nossa fé precisa do apoio dos outros, especialmente nos momentos difíceis. Se nós estamos unidos a fé se torna forte. Quanto é belo apoiar-nos uns aos outros na aventura maravilhosa da fé! Digo isto porque a tendência a se fechar no privado influenciou também o âmbito religioso, de forma que muitas vezes é difícil pedir a ajuda espiritual de quantos partilham conosco a experiência cristã. Quem de todos nós não experimentou inseguranças, perdas e ainda dúvidas no caminho da fé? Todos experimentamos isto, também eu: faz parte do caminho da fé, faz parte da nossa vida. Tudo isso não deve nos surpreender, porque somos seres humanos, marcados por fragilidades e limites; todos somos frágeis, todos temos limites. Todavia, nestes momentos de dificuldade é necessário confiar na ajuda de Deus, mediante a oração filial e, ao mesmo tempo, é importante encontrar a coragem e a humildade de abrir-se aos outros, para pedir ajuda, para pedir para nos darem uma mão. Quantas vezes fizemos isto e então saímos do problema e encontramos Deus uma outra vez! Nesta comunhão – comunhão quer dizer comum-união – somos uma grande família, onde todos os componentes se ajudam e se apoiam entre eles.

3. E chegamos a outro aspecto: a comunhão dos santos vai além da vida terrena, vai além da morte e dura para sempre. Esta união entre nós vai além e continua na outra vida; é uma união espiritual que nasce do Batismo e não vem separada da morte, mas, graças a Cristo ressuscitado, é destinada a encontrar a sua plenitude na vida eterna. Há um vínculo profundo e indissolúvel entre quantos são ainda peregrinos neste mundo – entre nós – e aqueles que atravessaram o limiar da morte para entrar na eternidade. Todos os batizados aqui na terra, as almas do Purgatório e todos os beatos que estão já no Paraíso formam uma só grande família. Esta comunhão entre terra e céu se realiza especialmente na oração de intercessão.

Queridos amigos, temos esta beleza! É uma realidade nossa, de todos, que nos faz irmãos, que nos acompanha no caminho da vida e nos faz encontrar-nos de novo no céu. Sigamos por este caminho com confiança, com alegria. Um cristão deve ser alegre, com a alegria de ter tantos irmãos batizados que caminham com ele; apoiado pela ajuda dos irmãos e das irmãs que fazem esta estrada para ir para o céu; e também com a ajuda dos irmãos e das irmãs que estão no céu e rezam a Jesus por nós. Avante por este caminho com alegria!

A salvação é possível



A salvação é possível

Queridos irmãos e irmãs, a salvação de Deus para nós é possível porque Deus nos ama. A iniciativa é de Deus sempre. Jesus caminha para Jerusalém, uma multidão acompanha Jesus e quer estar perto Dele. Uma pessoa, de estatura pequena queria vê-Lo também, mas a sua estatura e a condição de cobrador de impostos o impediam. Mesmo com essas dificuldades, ele sobe a uma arvore e fica espiando Jesus, mas algo surpreendente acontece, Jesus para enfrente à arvore e se auto convida pra jantar na casa dele. Ele desce e prepara um jantar e Jesus vai. A presença de Jesus transforma aquele lugar e as pessoas de lá, Zaqueu reconhece pecador e ladrão, então ele muda de vida e promete devolver o que roubou as pessoas e uma parte da riqueza dará aos pobres. Jesus diz a salvação entrou nesta casa. Isso mesmo quando mudamos com gestos concretos de vida, a salvação se instala em nossa vida. O mundo torna-se humano e cristão com as nossas atitudes coerentes, praticando o bem.( Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

Segue abaixo o ângelus do nosso Papa Francisco:

ANGELUS-Praça São Pedro – Vaticano Domingo, 3 de novembro de 2013 - Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de Lucas deste domingo nos mostra Jesus que, em seu caminho rumo a Jerusalém, entra na cidade de Jericó. Esta é a última etapa de uma viagem que resume em si o sentido de toda a vida de Jesus, dedicada a procurar e salvar as ovelhas perdidas da casa de Israel. Mas quanto mais no caminho aproxima-se da meta, mais em torno de Jesus forma-se um círculo de hostilidade.

No entanto, em Jericó, acontece um dos eventos mais alegres narrados por São Lucas: a conversão de Zaqueu. Este homem é uma ovelha perdida, é desprezado, é um “excomungado”, porque é um publicano, antes, é o chefe dos cobradores de impostos da cidade, amigo dos odiados ocupantes romanos, é um ladrão e um explorador. Bela figura, não é? É assim.

Impedido de aproximar-se de Jesus, provavelmente por motivo de sua má fama, e sendo baixo de estatura, Zaqueu sobe em uma árvore para poder ver o Mestre que passa. Este gesto exterior, um pouco ridículo, exprime, porém, o ato interior do homem que procura colocar-se sobre a multidão para ter um contato com Jesus. O próprio Zaqueu não sabe o sentido profundo de seu gesto; não sabe por que faz isto, mas o faz; nem sequer ousa esperar que possa ser superada a distância que o separa do Senhor; conforma-se em vê-Lo somente de passagem. Mas Jesus, quando chega próximo àquela árvore, chama-o pelo nome: “Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa” (Lc 19, 5). Aquele homem baixo de estatura, rejeitado por todos e distante de Jesus é como perdido no anonimato; mas Jesus chama-o, e aquele nome Zaqueu, naquelas línguas daquele tempo, tem um belo significado cheio de alusões: “Zaqueu” de fato quer dizer “Deus recorda”. É belo: “Deus recorda”.

E Jesus vai àquela casa de Zaqueu, suscitando as críticas de todo o povo de Jericó. Porque também naquele tempo se fofocava muito, né? E o povo dizia: “Mas como? Com todas as bravas pessoas que há na cidade, vai hospedar-se justamente na casa de um publicano?” Sim, porque ele estava perdido; e Jesus diz: “Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão” (Lc 19, 9). Na casa de Zaqueu, a partir daquele dia, entrou a alegria, entrou a paz, entrou a salvação, entrou Jesus.

Não existe profissão ou condição social, não há pecado ou crime de qualquer gênero que possa cancelar da memória e do coração de Deus um filho sequer. “Deus recorda”, sempre, não esquece nenhum daqueles que criou; Ele é Pai, sempre à espera vigilante e amorosa de ver renascer no coração do filho o desejo de retornar à casa. E quando reconhece este desejo, mesmo que simplesmente manifestado, e tantas vezes quase inconsciente, imediatamente põe-se a seu lado, e com o seu perdão lhe torna mais leve o caminho da conversão e do retorno. Mas olhemos para Zaqueu hoje na árvore: é ridículo, mas é um gesto de salvação. E eu digo a você: se você tem um peso na consciência, se você tem vergonha de tantas coisas que cometeu, pare um pouco, não se desespere, pense que Um te espera, porque nunca deixou de se lembrar de você, de pensar em você. E este é o teu Pai, é Deus, é Jesus que te espera! Suba, como fez Zaqueu; sai sobre a árvore da vontade de ser perdoado. Eu te asseguro que não te decepcionarás. Jesus é misericordioso e nunca se cansa de perdoar. Lembre-se bem, sim? Assim é Jesus.

Irmãos e irmãs, deixemo-nos também nós sermos chamados pelo nome por Jesus! No fundo do coração, escutemos a sua voz que nos diz: “Hoje devo parar na tua casa; eu quero parar na tua casa e no teu coração”, isso é, na tua vida. E vamos acolhê-Lo com alegria: Ele pode mudar-nos, pode transformar o nosso coração de pedra em coração de carne, pode livrar-nos do egoísmo e fazer da nossa vida um dom de amor. Jesus pode fazê-lo. Deixe-se olhar por Jesus.


As palavras do nosso Papa Francisco nos animam para acolher a misericórdia de Deus e o seu perdão através da nossa mudança de vida. Somos amados por Deus e Ele sempre vem visitar o nosso coração para transformá-lo em algo novo com vitalidade no Cristo que tudo se muda para o bem perene. Jesus sempre vem até nós para fazer uma revolução no amor que tudo constrói. As pontes da amizade se instauram e a fraternidade se alastra em todos os cantos da terra. Vale a pena ser de Deus. O reino de Deus é para todos, cabe a nós recebe-lo em nossa vida em comunhão com Deus e com todos os Irmãos de caminhada. O céu será a nossa morada definitiva.( Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

Papa convoca Consistório para a criação de novos cardeais

Papa convoca Consistório para a criação de novos cardeais

Dias antes do Consistório, o Papa se reunirá com o Colégio dos Cardeais e convocará uma terceira reunião do Conselho dos oito Cardeais

Por Redacao

CIDADE DO VATICANO, 31 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Papa Francisco convocou para 22 de fevereiro de 2014, Festa da Cátedra de São Pedro, um consistório para a criação de novos cardeais. O anúncio foi feito pelo próprio Papa na reunião do "Conselho dos Cardeais” que teve lugar entre 1 e 3 de outubro e na sucessiva reunião do Conselho do Sínodo, em 7 e 8 de Outubro.

Ao confirmar a notícia, o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi disse hoje que: "Papa Francisco resolveu informar a tempo sua decisão de convocar um consistório em fevereiro, a fim de facilitar a programação de outras reuniões que deverão participar cardeais de diferentes partes do mundo”.

“É possível prever - disse o porta-voz do Vaticano - que o Papa pretende preceder ao Consistório, como em outras ocasiões fizeram seus antecessores, uma reunião do Colégio Cardinalício". Antes desta reunião, agendada para 17-18 fevereiro, será realizada a terceira reunião do "Conselho dos Cardeais", enquanto após o Consistório (24) terá lugar a reunião do Conselho do Sínodo. "Também a próxima reunião do Conselho dos Cardeais – informou Lombardi – por problemas econômicos e organizacionais da Santa Sé, será prevista no calendário, como em outros anos, no mês de fevereiro, provavelmente na semana precedente”. 

Os santos não são "super-homens" e ser santo não é "privilégio de poucos"

Os santos não são "super-homens" e ser santo não é "privilégio de poucos"

Queridos irmãos e irmãs, ao celebrar o dia de todos os santos e os que já precederam a nós no céu, são motivos de esperança e uma alegria que se funde na fé que temos em Cristo. Apesar que o mundo está descrente das realidades do céu e vivem como que a realidade da vida fosse somente aqui na terra, mas a verdade é que somos passageiros e alguém nos preenche por completo e dá sentido as nossas vidas. Essa verdade é Deus, pois somente Ele é que dá razão a nossa vida. Somos dignificados por Deus em Cristo e e Ele que nos dá a graça santificante para eternidade. O santos e santas que já estão no céu são a certeza para nós que Jesus nos dá a salvação que nunca acaba. Cabe a nós seguirmos Jesus na sua Palavra e no seu exemplo de bom Pastor que deu a vida por nós para que possamos ser aptos a rumar para o seu Reino que é eterno. ( Bacharel em Teólogo Jose Benedito Schumann Cunha)


 Os santos não são "super-homens" e ser santo não é "privilégio de poucos"

Durante o Angelus por causa da celebração de Todos os Santos, o Papa Francisco lembra que o objetivo da nossa vida não é morte mas o Paraíso

ROMA, 01 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Às 12 horas de hoje, Solenidade de Todos os Santos, o Papa Francisco apareceu na janela do seu escritório no Palácio Apostólico Vaticano para recitar o Angelus com os fieis e os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro. Publicamos abaixo as palavras do Papa antes e depois da oração mariana:

***

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

a festa de Todos os Santos, que hoje celebramos , nos lembra que o objetivo da nossa existência não é a morte, é o Paraíso! Isto foi escrito pelo apóstolo João: "O que seremos ainda não se manifestou. Sabemos que por ocasião desta manifestação seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é” (1 Jo 3, 2). Os santos, os amigos de Deus, nos garantem que esta promessa não decepciona. Em sua existência terrena, de fato, viveram em profunda comunhão com Deus. No rosto dos irmãos menores e desprezados viram o rosto de Deus, e agora o contemplam face a face na sua beleza gloriosa.

Os santos não são super-homens, nem nasceram perfeitos. São como nós, como cada um de nós, são pessoas que antes de chegar à glória viveram uma vida normal, com alegrias e tristezas, lutas e esperanças. Mas o que foi que mudou as suas vidas? Quando conheceram o amor de Deus, seguiram-no com todo o coração, sem condições e hipocrisias; consumiram as suas vidas no serviço dos outros, suportaram sofrimentos e adversidades sem odiar e respondendo o mal com o bem, difundindo alegria e paz. Esta é a vida dos Santos: pessoas que por amor a Deus  não lhe colocaram restrições nas próprias vidas; não foram hipócritas; gastaram as suas vidas no serviço dos outros para servir o próximo; sofreram muitas dificuldades, mas sem odiar. Os Santos nunca odiaram. Compreendam bem isso: o amor é de Deus, mas o ódio vem de quem? O ódio não vem de Deus, mas do diabo! E os santos se afastaram do diabo; Os Santos são homens e mulheres que têm a alegria no coração e a transmitem aos outros. Nunca odiar, mas servir os outros, os mais necessitados; orar e viver na alegria; esse é o caminho da santidade!

Ser santos não é um privilégio de poucos, como se alguém tivesse recebido uma grande herança; todos nós no Batismo temos a herança de poder tornar-nos santos. A santidade é uma vocação de todos. Todos, portanto, somos chamados a percorrer o caminho da santidade, e este caminho tem um nome, um rosto: o rosto de Jesus Cristo. Ele nos ensina a sermos santos. Ele nos mostra o caminho do Evangelho: o das Bem-aventuranças (cf. Mt 5, 1-12). O Reino dos Céus, na verdade, é para aqueles que não depositam sua confiança nas coisas, mas no amor de Deus; para aqueles que têm um coração simples, humilde, não presumem que são justos e não julgam os outros, aqueles que sabem sofrer com quem sofre e alegrar-se com quem se alegra, não são violentos mas misericordiosos e buscam ser artífices de reconciliação e de paz. O Santo, a Santa é artífice de reconciliação e de paz; sempre ajuda as pessoas a se reconciliarem e sempre contribui para que haja a paz. E assim, a santidade é bela; é um belo caminho!

Hoje, nesta festa, os santos nos dão uma mensagem. Nos dizem: confiem no Senhor, porque o Senhor não decepciona! Nunca decepciona, é sempre um bom amigo ao nosso lado. Com o seu testemunho os Santos nos encorajam a não termos medo de nadar contra a corrente ou de sermos mal interpretados e ridicularizados quando falamos Dele e do Evangelho; nos mostram com as suas vidas que aqueles que permanecem fieis a Deus e à sua Palavra experimenta já nessa terra o conforto do seu amor e depois “cem vezes mais” na eternidade. Isso é o que esperamos e pedimos ao Senhor pelos nossos irmãos e irmãs defuntas. Com sabedoria a Igreja colocou muito próximas a festa de Todos os Santos e a Comemoração de todos os fieis defuntos. À nossa oração de louvor a Deus e de veneração aos espíritos bem aventurados une-se à oração de sufrágio por todos aqueles que nos precederam na passagem desse mundo à vida eterna.


Confiemos a nossa oração à intercessão de Maria, Rainha de todos os Santos.

sábado, 2 de novembro de 2013

Conheça o jovem surfista carioca que pode ser beatificado

Conheça o jovem surfista carioca que pode ser beatificado

Luciane Marins e Padre Roger Araújo
Da Redação



guidoschaffer.com.br / surffotoGuido Schäffer. Seu processo de beatificação será aberto oficialmente em maio de 2014
No dia em que a Igreja celebra a Solenidade de Todos os Santos, o Canção Nova em Foco conversa com Maria Nazareth, mãe de Guido Schäffer, um jovem médico, surfista e seminarista, cujo processo de beatificação será aberto oficialmente em maio do próximo ano.

“O amor dele por Deus e pelas pessoas é que me leva a pensar que ele foi uma criatura santa”, conta Nazareth. Ela lembra que, na vida de Guido, desde pequeno, sempre houve uma linha condutora: o desejo de salvar. Quando era criança quis ser salva-vidas, depois médico, e mais tarde, sacerdote. "Ele entendeu que era necessária a salvação da alma antes que a do corpo".

O jovem, que já tem fama de santidade, levava uma vida normal. Segundo a mãe, foi uma criança que gostava de brincadeiras, esportes, de ir à praia e à escola. Ela recorda que Guido era consciente dos seus deveres. Namorou, viajou, formou-se em medicina e estava com a data do casamento praticamente marcada, quando sentiu que sua vocação era mais do que ser médico e uma pessoa dedicada aos irmãos. "O Senhor o chamava para águas mais profundas, para uma vida de dedicação maior a Cristo, e ele então terminou tudo, para seguir o sacerdócio".

Quando morreu, em maio de 2009, com 34 anos, estava no último ano do seminário. Guido foi vítima de uma contusão na nuca que gerou desmaio e afogamento enquanto surfava, na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

As pessoas próximas ao jovem testemunham que ele aproveitava as oportunidades para evangelizar, tanto no meio dos jovens como exercendo a medicina. "Aproveitava enquanto estava surfando para falar de Jesus aos colegas. Ele levou muitos para a Igreja”, conta sua mãe.

Como médico atuou em obras de caridade. “Temos relatos de curas inexplicáveis, de conversões, de moradores de rua que decidiram lutar contra os vícios”, relata sua página oficial na internet: guidoschaffer.com.br.

Sua mãe recorda que a Missa de corpo presente foi de grande consolação. Presidida por Dom Orani João Tempesta e pelos bispos auxiliares do Rio de Janeiro, reuniu mais de 1.700 pessoas. "Eu acho que a partir dessa Missa, as pessoas começaram a querer saber coisas dele e a falar, rezar, pedir graças e alcançar graças".

Para Nazareth, a vida do filho é um exemplo de que a santidade é possível nos dias de hoje. "Ele deixa essa mensagem para os jovens: amem a Deus, busquem a Deus, n'Ele está a resposta de tudo".

Sobre a dor da perda ela diz que é muito grande, e que dor e saudade a acompanharão sempre; mas, ao mesmo tempo, destaca a consolação de saber que a vida dele ajudou tantas pessoas. "Ele [Guido] está junto de nós na comunhão dos santos. Eu tenho absoluta certeza de que, um dia, estaremos juntos por toda a eternidade louvando o nosso Deus”.

Na entrevista, Nazareth conta ainda testemunhos de pessoas que mudaram de vida com a ajuda de Guido, fala sobre o apostolado dele, as circunstâncias de sua morte e explica de que maneira a educação dada por ela e por seu marido contribuíram para a trajetória de seu filho

www.cancaonova.com

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Solenidade de Todos os Santos

Homilia do Papa Francisco na Solenidade de Todos os Santos – 01/11/2013 Na íntegra SEXTA-FEIRA, 1 DE NOVEMBRO DE 2013


Hoje a Igreja celebra a solenidade de todos os santos. Esses santos são todos que nas suas jornadas terrenas seguiram Jesus e viveram coerentemente a Palavra de Deus. Muitas vezes tiveram que dar razão a fé em Cristo que eles tinham com sacrifício, sofrimento e até a morte. Pelo Batismo somos chamados por Deus a santidade, que é seguir mais de perto a vontade de Deus. Esta vontade é estar em comunhão com Ele e com todos os irmãos na obediência aos mandamentos e vivendo no amor e no bem. O céu é um lugar bonito onde há o amor pleno que vem de Deus. (Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha)
Todos são salvos em Cristo e Ele nos leva ao Pai pelas suas mãos que cuida e zela por nós. Celebrar a santidade é reconhecer que este dom vem de Deus a todos nós. A nossa vida é transformada pelo sangue derramado de Cristo na cruz e isto nos purifica e nos habilita para estar a frente Dele, louvando e bendizendo a Deus para sempre. Nós vamos caminhando na esperança e no amor de Deus. Há uma eternidade que nos espera e lá é o lugar onde o sol do amor nos alimentará para sempre, pois Deus nos envia sempre Cristo porque nos ama muito e quer a nossa salvação. Vale a pena ser de Deus. (Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

Santa Missa celebrada pelo Papa Francisco no Cemitério Verano de Roma


Boletim da Santa Sé

Neste momento, antes do pôr do sol, neste Cemitério, nos reunimos e pensamos no nosso futuro, pensamos em todos aqueles que já partiram, todos aqueles que nos precederam na vida e estão com o Senhor. É tão bonita esta visão do céu que nós ouvimos na primeira leitura (cf. Ap 7,2-4.9-14).  Senhor Deus a beleza, a bondade, a verdade, a ternura, o amor total, aquilo que nos espera e aqueles que nos precederam, que morreram no Senhor e estão lá. Proclamam que foram santos, não pelas suas obras, fizeram obras boas, mas foram salvos pelos Senhor, a salvação pertence ao nosso Deus, é Ele que nos salva, é Ele que nos leva, como um Pai, pela mão, no final da nossa vida. Precisamente naquele Céu onde estão nossos antepassados.

Um dos anciãos faz uma pergunta: quem são esses vestidos de branco, esses justos, esses santos, que estão no céu? São aqueles que vêm de uma grande tribulação e lavaram suas vestes, tornando-as cândidas no sangue do Cordeiro. Somente entraram no céu, graças ao sangue do Cordeiro, graças ao sangue de Cristo. É o sangue de Cristo que nos justificou, que abriu as portas do Céu, e se hoje recordamos esses nossos irmãos que nos precederam na vida, que estão no Céu, é porque eles foram lavados pelo sangue de Cristo. Essa é nossa esperança. A esperança do sangue de Cristo. Essa esperança não dá desilusão. Esperamos na vida, como o Senhor. Ele não cria nenhuma desilusão, não nos dá desilusão, jamais.

João dizia aos seus apóstolos e seus discípulos: veja que grande amor Ele deu, o Pai, para sermos chamados filhos de Deus (cf. 1 Jo 3, 1-3). Por isso, o mundo não nos conhece, somos filhos de Deus, mas o que seremos ainda não nos foi revelado, é muito mais. Quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos como Ele é. Ver Deus, ser semelhante a Deus, essa é a nossa esperança. E hoje, no dia de todos os santos, antes do dia dos mortos, é necessário pensar um pouco na esperança. Essa esperança que nos acompanha na vida.

Os primeiros cristãos falam da esperança e a pintavam como uma âncora, como se a vida fosse a âncora naquela margem, onde todos nós, andando, indo, segurando a corda. É uma belíssima imagem, essa esperança. O coração ancorado lá, onde estão os nossos antepassados, os santos, onde se encontra Jesus, onde está Deus. Esta é a esperança, esta é a esperança que não cria desilusão.

Hoje e amanhã são dias de esperança. A esperança é como o fermento que faz ampliar a alma, mas também existem momentos difíceis na vida, mas com a esperança a alma vai avante, avante. Olha, olha aquilo que te espera! Hoje é um dia de esperança, os nossos irmãos e irmãs estão na presença de Deus, também nós, estaremos ali por graça do Senhor, se nós caminharmos na estrada de Jesus.

E conclui o apóstolo: cada um que tem essa esperança n’Ele purifica a sim mesmo. Também a esperança nos purifica, nos faz ir mais depressa. Nesse pré pôr do sol, cada um de nós pode pensar no pôr do sol de cada um, no meu, no seu, no nosso. Todos nós termos esse pôr do sol, mas eu olho para ele com esperança? Olho com aquela alegria de ser recebido pelo Senhor? Esse é o olhar cristão, isso nos dá paz. Hoje é dia de alegria, mas de uma alegria serena, tranquila, alegria da paz.

Vamos pensar no pôr do sol de tantos irmãos que nos precederam, o nosso pôr do sol que virá, vamos pensar no nosso coração, e vamos nos perguntar: onde está ancorado o meu coração? Se ele não está ancorado bem, vamos ancorá-lo lá, lá em cima sabendo que a esperança não nos dá desilusão, porque o Senhor Jesus jamais irá nos desiludir.

As palavras do nosso Papa Francisco, que são fundamentadas na Palavra de Deus, elas são nortes orientadores para as nossas vidas de cristãos. A morte já não nos dá medo porque Jesus nos libertou com o seu sangue purificador. Podemos olhar para o céu onde vai ser a morada eterna de cada um de nós. Nós temos esperança do céu na medida em que vamos vivendo os valores do Reino de Deus que são o amor, a fé e a esperança. O amor nos ajuda a sermos solidários aos que mais precisam sem nenhuma discriminação, a fé que nos alimenta para prosseguir a nossa jornada na terra rumo ao céu e a esperança nos fortalece porque Jesus é sempre fiel a nós. O amor de Jesus nos abarca por completo e somos felizes porque temos ele em nossa vida de comunidade, de família e de sociedade. Somos novas criaturas em Cristo sempre. Amém (Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

Não devemos ter medo de exercer nossa cidadania



POR José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com
www.modestaspropostas.blogspot.com

   Nós devemos ser cristãos em todas as situações e nos indignarmos diante as injustiças praticadas em nosso país. A cidadania acontece quando sabemos exercer os nossos deveres para ter nossos direitos garantidos. Estamos na democracia. Elegemos nossos representantes para fazer leis que sejam a favor do bem comum e não para alguns privilegiados.
   Infelizmente, ainda acontece no nosso mundo, muitos trabalhadores desgastam a vida inteira nas fábricas, nos hospitais, nas escolas, nas limpezas de nossas cidades, nas periferias de nossos municípios, nos serviços públicos mal remunerados, ganhando salários baixos e, quando aposentam, os salários reduzem mais ainda [aposentar para qualquer pessoa será uma dádiva nestes tempos pós-modernos], enquanto que alguns privilegiados, com pouco tempo de serviço ou idade, vão ser beneficiados com salários altos, sem nenhuma redução.
   Se puderem ter salários bons para eles porque o salário-mínimo não ultrapassa a faixa de R$ 1.000? Esta pergunta deve ter resposta para nós porque são milhões que vão estar bem abaixo dos tetos de alta remuneração. Que o tratamento dado às pessoas deve ser justo para todos e que os homens públicos busquem uma politica de valorização dos salários mais realista daqueles que estão contribuindo para que a nação produza os bens de consumo para o seu povo e para o mundo.
   Só haverá uma nação justa se se buscar atender as necessidades básicas da pessoa humana que são moradia digna e saúde de qualidade para todos, educação que promove a pessoa e segurança que garante o ir e o vir de cada pessoa.
   Esperamos que, em cada eleição, as pessoas pensem melhor e reflitam nas pessoas que querem ser eleitas para trabalhar em prol do povo. Há necessidade de reforma tributária justa, de política voltada para o bem da população como um todo e funcionamento de toda a sociedade em prol do bem comum que vise o progresso para todos.
   Nestas últimas décadas de nosso país já houve uma recuperação nos salários baixos e na qualidade de vida do nosso  povo mais pobre, mas devemos fazer mais: que as riquezas da nação sejam bem divididas para que todos desfrutem do seu desenvolvimento. Que não haja migalhas entre nós, mas uma justa promoção humana, quando a pessoa é respeitada em seus direitos fundamentais.
   A Igreja católica nos fala, no seu catecismo, em relação a cada um de nós, a cada autoridade e a cada nação. É dever dos cidadãos colaborar com os poderes civis para o bem da sociedade, num espírito de verdade, de justiça, de solidariedade e de liberdade. O amor e o serviço da pátria derivam do dever da gratidão e da ordem da caridade. A submissão às autoridades legítimas e o serviço do bem comum exigem dos cidadãos que cumpram o seu papel na vida da comunidade política (CIC n. 2239).
   Ainda a Igreja nos orienta quanto ao dever da política e dos políticos: o exercício da autoridade visa tornar manifesta uma justa hierarquia de valores, a fim de facilitar o exercício da liberdade e da responsabilidade de todos. Os superiores exerçam a justiça distributiva com sabedoria, tendo em conta as necessidades e a contribuição de cada qual e em vista da concórdia e da paz. Estarão atentos a que regras e disposições que tomam não induzam em tentação, opondo o interesse pessoal ao da comunidade (24) [CIC n. 2236].
   Os poderes políticos são obrigados a respeitar os direitos fundamentais da pessoa humana. Administrarão a justiça como humanidade, respeitando o direito de cada qual, nomeadamente das famílias e dos deserdados. Os direitos políticos inerentes à cidadania podem e devem ser reconhecidos conforme as exigências do bem comum. Não podem ser suspensos pelos poderes públicos sem  motivo legítimo. O exercício dos direitos políticos orienta-se para o bem comum da nação e da comunidade humana (CIC n. 2.237).
   Que todos possam trabalhar juntos em prol do bem e, quando estiverem lutando para que a justiça, o dever e o direito sejam concretizados entre nós , sejamos pacíficos e usemos a força dos argumentos e do diálogo para que encontremos solução adequada, justa e sábia para todos.
   Para quem gosta de acessar a internet e curtir filmes, sugiro este vídeo para reflexão. Clique no link http://www.youtube.com/watch?v=ETve9WC7hXc e veja o vídeo. Até a nossa próxima coluna! Amém!

Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

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