ALVORADA

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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A Igreja fica temporariamente sem o seu pastor



Ficheiro:Cathedrapetri+gloria.jpgA Igreja sente, a partir de agora, a falta de seu pastor que dirige a Igreja de Cristo. Nesse momento nós ficamos em oração e vigília para que Deus encaminhe um novo papa, sucessor de Pedro que possa guiar, com serenidade, a Igreja nesses tempos difíceis. Sabemos que a Igreja é instituição divina e sempre é assistida pelo Espirito Santo. Apesar dos erros humanos de alguns cristãos não apagam o brilho da Igreja no mundo. Ela é querida por Deus. O mundo passa por ondas que querem abalar a fé, mas quando temos a presença de Deus na nossa vida e na nossa comunidade de fé, tudo concorre para o bem dela. O amor de Deus transborda em todos os lugares onde está a Igreja de Cristo. O papa emérito Bento XVI soube guiar com coragem esta Igreja e sabe que com a graça de Deus será um grande homem de oração pela nossa Igreja (Jose Benedito Schumann Cunha)

A Sé Apostólica está vacante. Às 20h de Roma (16h em Brasília) a Igreja entrou no período de vacância. A partir de agora, Bento XVI , o Papa emérito, não é mais o Pontífice da Igreja Católica e o trono de Pedro está vazio. Em Castel Gandolfo, o momento foi simbolizado pelo som das badaladas dos sinos e o fechamento da porta da residência pontifícia. Os fiéis presentes gritavam “Viva o Papa”, enquanto se fechavam as portas. (www.cancaonova.com)

Outra ação marcante foi a ausência da Guarda Suíça: os oficiais recuaram as armas e deixaram a proteção do Papa. A segurança do local onde está Bento XVI será feita, a partir de agora, por uma guarda italiana. A página oficial do Vaticano na internet foi alterada também às 16h. No lugar da imagem de Bento XVI está agora escrito: “Apostolica Sedes Vacans” – A Sé Apostólica está vacante. (www.cancaonova.com)

Padre Francisco Fernandez, brasileiro residente em Roma, relata o clima entre os religiosos nesse momento: “Aqui em nossa casa (Colégio Sacerdotal João Paulo II), há um clima de serenidade e aparente normalidade. Cada um, se interrogado pessoalmente, falará de um certo aperto no coração. Não é fácil para nós padres vermos a partida de um Papa de tamanha grandeza. Bento XVI nos deixa escrita uma página de Evangelho vivido. Talvez a palavra que melhor expresse o momento seja, de fato, aquela mais usada pelo Santo Padre esses dias: obrigado!” Nos próximos dias os cardeais se reunirão para definir a data do Conclave. (www.cancaonova.com)

Assim, nós ficamos com coração apertado devido a saída desse papa que soube conduzir os cristãos católicos e a todos a palavra de Cristo que traz a paz, a unidade, a fraternidade e diálogo. Jesus sempre está conosco e não nos deixa só em nenhum momento. Ele que deu esse mandato a Pedro e a todos os seus sucessores de guiar a sua Igreja e apascentar o seu rebanho que agora fica temporariamente sem o pastor e vazio a cadeira de Pedro. Cabe a nós unir, com toda a Igreja, na oração de confiança em Deus para que seja escolhido um novo papa de acordo com o coração de Deus para enfrentar os desafios do momento presente e continuar nos confirmando na fé em Cristo, no seu magistério, onde podemos trilhar seguros rumos a eternidade, construindo o Reino já no nosso meio. Que haja um só coração em oração na fé, na esperança e na verdadeira caridade amém ( Jose Benedito Schumann Cunha)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Amar a Igreja significa ter a coragem de fazer opções difíceis, diz Bento XVI

Amar a Igreja significa ter a coragem de fazer opções difíceis, diz Bento XVI

Última Catequese de Bento XVI

Nesta quarta-feira, 27, Bento XVI fez a última Catequese de seu Pontificado
Jéssica Marçal
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
Última Catequese de Bento XVI
Bento XVI se despede dos fiéis presentes na Praça São Pedro no Vaticano (Foto: Clarissa Oliveira / CN Roma)
O Papa Bento XVI realizou, na manhã desta quarta-feira, 27, a última Catequese de seu Pontificado. Uma multidão de fiéis compareceu à Praça São Pedro, no Vaticano, para acompanhar de perto a última atividade pública do Santo Padre.
Bento XVI enfatizou que amar a Igreja é também ter a coragem de fazer opções difíceis, visando sempre ao bem da Igreja, e não de si mesmo. Ele agradeceu aos fiéis pelo afeto de todos e, sobretudo, a Deus, que guia e faz crescer a Igreja.
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.: NA ÍNTEGRA: Última Catequese de Bento XVI

“Obrigado de coração! Estou realmente tocado e vejo a Igreja viva. Penso que devemos agradecer também ao Criador, pelo clima belo que nos dá ainda no inverno. Como o apóstolo Paulo, no texto bíblico escutado, também eu sinto, no meu coração, o dever de agradecer sobretudo a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, que semeia a Sua Palavra e assim alimenta a fé no Seu povo. Neste momento, a minha alma se expande para abraçar toda a Igreja no mundo”.
Bento XVI também destacou que leva consigo todos em oração, um presente de Deus, confiando tudo e todos ao Senhor. Em especial, neste momento, ele disse que há em si uma grande confiança, porque ele sabe, e todos sabem, que a Palavra de verdade do Evangelho é a força da Igreja, é a sua vida.
“O Evangelho purifica e renova, traz frutos, onde quer que a comunidade de crentes o escute, e acolha a graça de Deus na verdade e viva na caridade. Esta é a minha confiança, esta é a minha alegria”.
O Santo Padre recordou ainda o dia em que assumiu o pontificado, em 19 de abril de 2005. Ele disse que, nesses oito anos de pontificado, sempre sentiu que, na barca, está o Senhor. “Sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas do Senhor”.
Ele reconheceu que um Papa não está sozinho na condução da barca de Pedro, embora lhe caiba a primeira responsabilidade. “O Senhor colocou ao meu lado muitas pessoas que me ajudaram e sustentaram. Porém, sentindo que minhas forças tinham diminuído, pedi a Deus com insistência que me iluminasse com a Sua luz para tomar a decisão mais justa; não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei este passo com plena consciência da sua gravidade e inovação, mas com uma profunda serenidade de espírito”.
O Papa lembrou ainda o Ano da Fé, uma iniciativa que ele instituiu com o objetivo de reforçar a fé em Deus, tendo em vista um contexto que parece colocá-Lo sempre mais em segundo plano.”Gostaria de convidar todos a renovar a firme confiança no Senhor, a confiar-nos como crianças nos braços de Deus, certo de que estes braços nos sustentam sempre e são aquilo que nos permite caminhar cada dia, mesmo no cansaço”.
Bento XVI deixa o Ministério Petrino, nesta quinta-feira, 28, às 20h (horário de Roma, 16h em Brasília), e passará um período em Castel Gandolfo até a eleição do novo Pontífice.

fonte: www.cancaonova.com
colaboração Jose Benedito Schumann Cunha

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Calúnia e desinformação não afetarão a fé e a esperança

Editorial do Diretor da Rádio Vaticana
Por Federico Lombardi, SJ

CIDADE DO VATICANO, 24 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) - A caminhada da Igreja nas últimas semanas de pontificado do Papa Bento XVI, até a eleição do novo Papa, através da "Sé Vacante" e do Conclave, é muito desafiadora, dada a novidade da situação. Não temos - e nos alegramos por isso – que carregar a dor pela morte de um Papa amado, mas não nos foi poupada uma outra prova: aquela do multiplicar-se das pressões e das considerações estranhas ao espírito com o qual a Igreja gostaria de viver este tempo de espera e de preparação.

Não faltam aqueles que procuram aproveitar do momento de surpresa e desorientação dos espíritos fracos para semear confusão e desacreditar a Igreja e o seu governo, usando instrumentos antigos - como a maledicência, a desinformação, às vezes a calúnia - ou fazendo pressões inaceitáveis para condicionar o exercício do dever de voto de um ou de outro membro do Colégio dos Cardeais, considerados indesejáveis ​​por um motivo ou outro.

Na maioria dos casos, aqueles que se colocam como juiz, fazendo pesados ​​julgamentos morais, não têm de fato nenhuma autoridade para fazê-lo. Quem tem em mente em primeiro lugar dinheiro, sexo e poder, e está acostumado a ler com estes parâmetros as diferentes realidades, não é capaz de ver outra coisa nem mesmo na Igreja, porque o seu olhar não sabe fixar-se no alto ou descer em profundidade para acolher as dimensões e as motivações espirituais da existência. O resultado é uma descrição profundamente injusta da Igreja e de muitos dos seus homens.

Mas tudo isso não vai mudar a atitude dos crentes, não afetará a fé e a esperança com que olham para o Senhor que prometeu acompanhar a sua Igreja. Nós queremos, como indicado na tradição e na lei da Igreja, este este seja um momento de reflexão sincera sobre as expectativas espirituais do mundo e sobre a fidelidade da Igreja ao Evangelho, de oração para a assistência do Espírito, de proximidade ao Colégio dos cardeais que se prepara para o difícil serviço do discernimento e da escolha que lhe é pedido e pelo qual motivo principalmente existe.

Nisso nos acompanha em primeiro lugar o exemplo e a retidão espiritual do Papa Bento, que quis dedicar à oração do começo da Quaresma este último percurso do seu Pontificado. Um caminho penitencial de conversão para a alegria da Páscoa. Assim estamos vivendo e o viveremos: conversão e esperança.
* Texto retirado do site italiano da Rádio Vaticano e traduzido ao português por ZENIT
colaboração Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

domingo, 24 de fevereiro de 2013

A paz é possível em um coração que ama



Queridos irmãos e irmãs, a paz é fruto de um coração que ama. Deus nos fez para o amor, pois Ele é o puro amor. Deus ama infinitamente o homem e tudo que existe no mundo. O seu amor é tão grande que deu seu filho único e foi no amor de doação total que Jesus se entregou a morte numa obediência ao Pai na cruz. Essa cruz é sinal de encontro de todos os povos. A cruz de Cristo derruba a prepotência das ordens injustas que destrói a dignidade humana.

As pessoas devem buscar a paz e ajustiça em todas as relações humanas, mas para isso deve viver o amor que transcende todas as barreiras do individualismo e do egoísmo. Assim o amor traz a união e fraternidades aos povos. A Igreja sempre é favor da paz. As maldades humanas na historia não calam a justiça e a paz, mas deve estar ligado ao amor e ao perdão. Isso deve ter ressonância numa vida de intimidade com Deus que está em cada rosto humano. Somos criados a imagem de Deus e por isso todos têm dignidade.
Há mais de quinze séculos que na Igreja Católica ressoa o ensinamento de Agostinho de Hipona, segundo o qual a paz, a ser conseguida com a colaboração de todos, consiste na tranquillitas ordinis, na tranquilidade da ordem (cf. De civitate Dei, 19, 13). (mensagem do dia Mundial papa Beato João Pulo II no dia 02-01-2002).

A violência, o ódio e o rancor devem ser substituídos pela paz, pelo amor e perdão. Assim seremos conhecidos como promotores da paz. O céu e a terra se aproximam nas pessoas de boa vontade que querem a paz entre todos.
 
Então vamos trilhar no caminho da paz em todos os lugares em que estivermos situados no mundo, assim dizia o Beato João Paulo II: “A paz exige quatro condições essenciais: verdade, justiça, amor e liberdade” 

Desse modo, podemos estar firmes nas nossas convicções cristãs que nos libertam integralmente, pois só em Cristo encontramos a verdadeira liberdade de filhos e filhas de Deus sem misturar com as ideologias materialistas e individualistas do mundo que separam as pessoas umas das outras. Que o Senhor seja a nossa luz que leva os nossos passos para a verdaeira paz
 
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

Bento XVI reza o último Angelus de seu pontificado

Bento XVI reza o último Angelus de seu pontificado
Jéssica Marçal
Da Redação
Em seu último Angelus Bento XVI destaca importância da oraçãoO Papa Bento XVI rezou neste domingo, 24, o último Angelus de seu pontificado. Acompanhado por fiéis de várias partes do mundo na Praça São Pedro, o Santo Padre, que encerra o seu pontificado nesta quinta-feira, 28, agradeceu a todos pelas orações a ele dirigidas e o afeto que os fiéis têm manifestado.
Bento XVI comentou o Evangelho do dia (Lc 9,28b-36), que fala sobre a Transfiguração do Senhor. Ele lembrou que o evangelista Lucas dá especial atenção ao fato de que Jesus se transfigurou enquanto rezava. A partir disso, o Santo Padre disse que esta passagem traz um ensinamento muito importante: o primado da oração, sem a qual todo o empenho do apostolado e da caridade se reduz ao ativismo.
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.: NA ÍNTEGRA – Palavras do Papa antes do Angelus
.: Todas as notícias sobre a renúncia de Bento XVI
“Na Quaresma aprendemos a dar o tempo certo à oração, pessoal e comunitária, que dá fôlego à nossa vida espiritual. Além disso, a oração não é um isolar-se do mundo e das suas contradições, como no Tabor queria fazer Pedro, mas a oração reconduz ao caminho, à ação”.
O Santo Padre enfatizou ainda que sente esta Palavra de Deus particularmente dirigida a ele, neste momento de sua vida. Ele disse que o Senhor o chama para “subir o monte”, para dedicar-se mais à oração e à meditação, o que não significa abandonar a Igreja. “…se Deus me pede isto é para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual tenho buscado fazer até agora, mas de modo mais adequado à minha idade e às minhas forças”, disse.
Por fim, o Pontífice invocou a intercessão da Virgem Maria, para que auxilie todos os fiéis a seguir sempre Jesus, “na oração e nas obras de caridade”.
Após a oração mariana, Bento XVI dirigu saudações aos peregrinos de diversos idiomas, entre eles os de língua portuguesa. “Queridos peregrinos de língua portuguesa que viestes rezar comigo o Angelus: obrigado pela vossa presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações com que me estais acompanhando nestes dias. Que o bom Deus vos cumule de todas as bênçãos”.

fonte:www.cancaonova.com
colaboração: Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

Vamos ao Monte para encontrar com Deus e voltar para ação missionaria



Queridos irmãos e irmãs, celebramos hoje o 2º domingo do tempo da quaresma, este é o momento especial para irmos ao Monte ter um encontro com o Senhor que transfigura, mostrando a sua divindade e nos ajuda a fortalecer a nossa fé no Cristo vivo no nosso meio. Nada é dificil no mundo se estivermos ligados ao Senhor, fazendo a sua vontade.
Nesse tempo somos chamados a dar uma atenção especial aos jovens e acolhe-los na comunidade de fé. A Igreja é a mesma, mas o modo de fazer o encontro com eles deve ter um rosto admirável de Cristo que abraça a todos que vem até Ele. A Igreja é constituída de um povo que quer justiça e paz para todos numa comunidade cristã fraterna.

No livro do gênesis encontramos a fé admirável de ABRAÃO. Ele já era idoso e sem filhos e sem a terra sonhada, tudo parece que já está no fim. Deus vai ao seu encontro e promete uma terra nova e uma descendência numerosa. A sua resposta a essa promessa de Deus é confiança e parte. Ele está confiante nas mãos de Deus. Oxalá se todos fossem assim, confiar mais em Deus do que em nossas ideias e ações puramente humanas. Deus tem um plano para nós também é só deixarmos ser guiado por Ele e nada ficará sem sentido e terá a concretização em Deus. (cf. Gn 15,5-12.17-18)

O apostolo São Paulo na sua carta aos filipenses mostra sua FÉ na transfiguração da sua vida mortal, embora houvesse muita coisa não boa na comunidade que atrapalhava, muitas vezes, ver o rosto real de Cristo no meio dela. Nós não podemos permitir que Deus encaixe em nosso modelo de vida, mas que que Ele seja o transformador da nossa vã visão de mundo para uma realidade de vida em abundancia para todos. São Paulo nos diz "Ele transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorificado". Isso nos leva a uma constante vida de oração e conversão a Deus, pois só Ele é o principio e o fim da nossa existência no mundo e ainda nos leva a eternidade com Ele para sempre. (cf. Fl 3,17-4,1)
 
O evangelista Lucas nos mostra o episodio da transfiguração do Senhor aos apóstolos que Ele levou a monte. Os apóstolos viram a divindade do senhor que dá a matiz para fé deles no Cristo que depois sofrerá e morrerá na cruz como um condenado. A cruz não esconde a divindade de Jesus, pois nela o amor supremo de Deus doa totalmente a humanidade. Ela nos levará ao sepulcro que ficará para sempre vazio, pois Jesus ressuscita e vive. (cf. Lc 9,28b-36)

O contexto era que Jesus estava a caminho de Jerusalém onde sofrerá o martírio. O primeiro anúncio da sua paixão provocou nos apóstolos uma angustia e um crise de fé, pois eles tinham achado que encontrou em Jesus o Messias triunfante que viria com poder para aniquilar a realidade injusta da época com o domínio dos romanos. Agora a montanha, lugar do encontro de oração com Deus, Jesus leva Tiago, João e Pedro nesse lugar e eles viram a glória do Senhor. O antigo testamento é representado na figura de Moises e Elias e agora com Jesus que vai selar a definitiva e nova aliança de Deus conosco para sempre.

Um lugar abençoado, onde tudo é bom, mas é preciso que volte a planície para continuar a missão de Jesus que deveria passa pela cruz. A certeza desse acontecimento deve provocar em nós uma resposta de escuta e de obediência que nos leva ação evangelizadora no mundo de hoje. Um voz de lá recua por todos os séculos que é: "Este é o meu filho amado, escutai-o".

Queridos irmãos e irmãs, que esta liturgia nos ajude a sair do comodismo de uma religião intimista e individualista para uma religião de partilha, de doação de vida, de solidariedade e de dialogo para com todos. Que sejamos balsamos regeneradores na nossa Igreja e que busquemos a unidade na fé em Cristo para sempre.

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha



sábado, 23 de fevereiro de 2013

A multiplicação dos pães mata fome dos famintos que procuram Jesus


Queridos irmãos e irmãs, se olharmos a Bíblia vemos que o Deus está ao lado dos pobres e oprimidos, das viúvas e dos órfãos. A riqueza material é muitas vezes um dos motivos que afastamos de Deus e dos irmãos que sofrem porque apegamos a matéria e ao poder que ela encerra. Há muitas passagens da bíblia que nos fala do desprendimento e da confiança em Deus. Deus nunca vai nos deixar passando necessidade e sempre vem em nosso socorro, não para ter muito, mas o suficiente para viver nesta vida em busca da Eternidade. Jesus nos ensina o desprendimento que nos leva a segui-lo fielmente.Deus nos chama ao compromisso de matar a fome dos famintos. Não podemos omitir

Quando Jesus pede ao moço rico que vendesse tudo e desse para os pobres e que terá um tesouro no céu, depois vem e segue-me (cf. Mt 19,16-22), Ele estava dando uma resposta a uma pergunta dele que foi: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna?" A resposta de Jesus a ele o deixou triste, pois ele era muito rico. Nós podemos concluir que quando seguimos Jesus vamos ter cosias que são partilhadas por todos e ninguém fica fora do banquete da vida, mas se somos apegados a matéria, então não enxergamos a fome dos nossos irmãos que ficam excluídos do mundo. Se soubermos usar os nossos bens vamos ter o suficiente para viver e repartir com os outros que mais precisam nesse mundo.

O próprio Jesus nos fala: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e as riquezas. Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto a vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?  Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado a sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles.  Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir?  (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso.  Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.  Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”.(Mt 6,24-34)

              São muitas as mensagens de Jesus dadas naquele tempo onde muitos estavam excluídos dos privilégios dos poderosos e que valem para hoje. Jesus dava esperança ao povo sofrido sedento de pão material e também de Deus. Certa vez uma multidão ficou ouvindo Jesus, a sua mensagem libertadora que restaura o homem para Deus e ficando tarde os apóstolos pediram a Jesus que o povo fosse embora para suas casas ou algum lugar para comprar alguma coisa de comer, mas Jesus surpreende-os nesta logica humana e material que eles tinham e deu a seguinte ordem: "Não precisam ir; dai-lhes vós de comer.". Os apóstolos com cinco pães e dois peixes dado por um garoto levaram a Jesus e assim Ele fez a multiplicação dos pães que saciaram a multidão. Assim, irmãos e irmãs, A Igreja deve ser o lugar da partilha para todos e não acúmulos de alguns privilegiados. Quando há partilha há sempre sobra e ninguém fica privado. (cf. Jo 4,1-14)
 
Na comunidade dos primeiros cristãos foi assim como podemos ver: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. (At 2,42-47)

Desse modo irmãos e irmãs, somos chamados a ser Igreja do pão partilhado e que não haja acumulo e desperdício de bens entre nós cristãos e trabalhemos para que haja partilha dos nossos bens entre os que mais sofrem de privação de saúde, de alimento, de moradia, de segurança e de justiça, tudo isso nos ajuda a ver o rosto de Cristo vivo e ressuscitado em nosso meio. Amém.

Primeiro Mandamento: אָנֹכִי יהוה אֱלֹהֶיךָ, אֲשֶׁר הוֹצֵאתִיךָ מֵאֶרֶץ מִצְרַיִם מִבֵּית עֲבָדִים: לֹא-יִהְיֶה לְךָ אֱלֹהִים אֲחֵרִים, עַל-פָּנָי. (Eu sou o Eterno teu Deus que te tirou da terra do Egito, da casa da escravidão. Não terás outros deuses diante de Mim)

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha