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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Cresce o número de cartas endereçadas ao Papa Francisco Correspondências de todo o mundo

Cresce o número de cartas endereçadas ao Papa Francisco Correspondências de todo o mundo SÁBADO, 10 DE AGOSTO DE 2013, 9H54

Algumas cartas o Pontífice faz questão de responder pessoalmente, como no caso do italiano Michele Ferri

Rádio Vaticano

Chegam de todas as partes do mundo, são escritas em todas as línguas e tem um único destinatário: Papa Francisco. São as cartas que chegam aos milhares, todas as semanas, num setor específico da Secretaria de Estado, que procura gerir a enorme quantidade de correspondências escritas por pessoas de todo o mundo. Algumas, como aconteceu com o empreendedor Michele Ferri, irmão de Andrea, proprietário de alguns postos de gasolina morto há dois meses, recebem uma resposta pessoal de Papa Francisco.

A cada dia aumenta o volume de correspondências destinadas ao Papa. Mas, este não é um fenômeno ligado unicamente a Francisco. “Também aos Pontífices precedentes eram endereçadas numerosas cartas. O princípio – informam fontes vaticanas – é procurar, dentro do possível, ler todas as correspondências e respondê-las, levando-se em consideração tratar-se de um fluxo de correspondências sempre mais intenso”.

Na maior parte dos casos “a resposta é enviada em nome do Santo Padre, e assinada por algum colaborador”. Acontece, porém, que algumas vezes o Pontífice é informado das cartas mais significativas ou tocantes e decide responder pessoalmente, colocando-se em contato com o interessado não somente por carta, mas também por telefone.

No caso do italiano Michele Ferri, foi o mais inesperado telefonema que recebeu, na quarta-feira passada. Tão inesperado que inicialmente pensou tratar-se de uma brincadeira.

No entanto, a incredulidade inicial transformou-se em comoção quando Michele, que havia expresso a sua dor no Facebook e depois escreveu uma carta ao Papa Francisco, deu-se conta que do outro lado da linha era verdadeiramente ‘o Papa Francisco’!

Michele, então, partilhou no seu endereço do Facebook o acontecido: ‘Olá Michele, sou o Papa Francisco…’, uma emoção única! “Ele me disse que chorou quando leu a carta que lhe escrevi”, contou Michele

“Mais passa o tempo mais a dor aumenta”, havia escrito Michele na carta partilhada no Facebook, referindo-se ao homicídio do irmão. “Sempre te perdoei em tudo. Desta vez não, Deus, desta vez não te perdôo”, acrescentou. A este ponto, tomou a decisão de escrever uma carta ao Papa, sem nunca imaginar que poderia receber uma resposta direta de Francisco, como aconteceu na última quarta-feira, 7.

Papa recebe família de jovem sacerdote morto há dois meses Nesta quinta-feira

Papa recebe família de jovem sacerdote morto há dois meses Nesta quinta-feira SEXTA-FEIRA, 28 DE FEVEREIRO DE 2014, 11H18

Padre Fabrizio faleceu após dois anos de luta contra um raro tipo de tumor no coração. Sacerdote encontrou-se com o Papa no ano passado

Da Redação, com Rádio Vaticano

Fabrizio Michino


O Papa Francisco recebeu, na Casa Santa Marta, a família do padre Fabrizio de Michino, jovem sacerdote de Nápoles falecido há dois meses. Em outubro passado, muito doente, Padre  Fabrizio encontrou-se com  Papa e concelebrou a Missa matinal.

“Mostramos ao Pontífice a foto de quando Padre Fabrizio esteve na Casa Santa Marta e recebeu a sua bênção”, disse o irmão, Fabio Michino, recebido pelo Papa, nesta quinta-feira, 27.  Fábio conta que a mãe, Carmela Michino, estava muito emocionada e não conseguiu falar.

“O Papa a abraçou e a abençoou; foi um encontro breve, mas significativo e cheio de amor. Nunca nos esqueceremos”, disse ainda Fábio.

Quando se encontrou com o Papa, o jovem sacerdote entregou a ele uma carta contando sobre a sua enfermidade e oferecendo seus sofrimentos “pelo bem da Igreja”. Desde 2010, Fabrizio lutava contra um raro tipo de tumor no coração com metástases no fígado e hiato.

“Nesses anos nada fáceis, nunca perdi a alegria de ser um anunciador do Evangelho. Embora o cansaço, constato que esta força não vem de mim, mas de Deus”, escreveu o sacerdote.

A carta do jovem padre comoveu o Pontífice, que, ao saber de sua morte, convidou os familiares para a Missa em sua casa, a fim de “conhecer a mulher que doou um filho à Igreja”. Foram recebidos pelo Papa,  a mãe do sacerdote, Senhora Carmela; o irmão Fábio; e um amigo da família, Padre Aniello de Luca.

Há um ano, Bento XVI deixava a Sé de Pedro 28 de fevereiro

Há um ano, Bento XVI deixava a Sé de Pedro 28 de fevereiro
POR LILIANE
SEXTA-FEIRA, 28 DE FEVEREIRO DE 2014, 10H23 

“Sou simplesmente um peregrino que inicia a última etapa da sua peregrinação nesta terra”, afirmou Bento XVI momentos antes de deixar a Sé Vacante

Liliane Borges
Da Redação

Há um ano Bento XVI deixava a Sé de Pedro
Momento em que Bento XVI despede-se do fiéis em Castel Gandolfo / Foto: L´Osservatore Romano

Há um ano, o Papa Bento XVI deixava a Sé de Pedro Vacante e retirava-se para uma vida dedicada à oração e à reflexão. Após despedir-se dos membros da Casa Pontifícia, dos colaboradores mais próximos, Ratzinger deixou o Vaticano em direção a Castel Gandolfo, onde permaneceu por alguns meses até mudar-se para o convento Mater Ecclesiae, residência atual.

Com  ritos desconhecidos pelos fiéis, uma vez que há 600 anos nenhum Papa renunciava, Bento XVI entregou o anel de pastor, trocou as vestes papais por um hábito branco e quebrou o selo papal.

O mundo se emocionou com o toque dos sinos no Vaticano que anunciavam exatamente às 20h (horário de Roma) que a Sé de Pedro estava vacante e a Igreja passava a ter um Papa emérito.

Momentos antes, ao se despedir da multidão que estava diante do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, de modo improvisado, o Papa alemão dirigiu breves palavras:

“Obrigado! Obrigado a todos vós!

Queridos amigos, sinto-me feliz por estar convosco, rodeado pela beleza da criação e pela vossa simpatia, que me faz muito bem. Obrigado pela vossa amizade, o vosso afeto! Sabeis que este meu dia é diferente dos anteriores. Já não sou Sumo Pontífice da Igreja Católica: até às oito horas da noite, ainda o sou; depois já não. Sou simplesmente um peregrino que inicia a última etapa da sua peregrinação nesta terra. Mas quero ainda, com o meu coração, o meu amor, com a minha oração, a minha reflexão, com todas as minhas forças interiores, trabalhar para o bem comum, o bem da Igreja e da humanidade. E sinto-me muito apoiado pela vossa simpatia. Unidos ao Senhor, vamos para diante a bem da Igreja e do mundo. Obrigado!

Agora, de todo o coração, dou-vos a minha Benção: “Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo”.

Obrigado! Boa noite! Obrigado a todos vós!”

Após um ano de sua renúncia, o Papa emérito teve pouco aparições públicas, sendo a última delas,  na Celebração do Consistório, no  sábado, 22, na Basílica de São Pedro. Foi a primeira participação de Bento XVI em uma Celebração oficial.

Francisco e Bento XVI
Francisco em visita a Bento XVI no Convento Matter Ecclesia / Foto: L´osservatore Romano

Em uma carta enviada ao teólogo suíço Hans Küng, em janeiro passado, Ratzinger afirma que sua  “única e última tarefa é sustentar com a oração o pontificado de Francisco”. O Próprio Papa Francisco, na entrevista durante o voo de retorno do Brasil em julho passado,  destacou a sua  amizade com  Bento XVI.

“Há uma coisa que qualifica a minha relação com Bento: eu o amo muito. Sempre o amei. Para mim, ele é um homem de Deus, um homem humilde, um homem que reza. Fiquei tão feliz, quando ele foi eleito Papa. Mesmo quando renunciou, foi para mim um exemplo de grandeza!”, concluiu Francisco.

Cristão que não é coerente causa escândalo

Cristão que não é coerente causa escândalo

Queridos irmãos e irmãs, não podemos dar mal testemunhos, pois nós cremos em Cristo e devemos viver coerente com a fé que professamos Nele. O importante é que nossos atos devem se conformar com Cristo, pois Ele é a razão de nosso viver. O mundo é sedento do bem e sabemos que o bem vem de Deus, então as pessoas vendo os nossos bons exemplos que são consequência da nossa fé no Cristo vivo e ressuscitado que está no nosso meio, vão acreditar Nele. O mundo carece de uma visão de ética e de moral, pois elas estão distorcidas na vivência das pessoas. Por causa disso a nossa realidade está cheia da cultura de morte e do descartável. As pessoas, as crianças, os doentes, os idosos, os pobres são marginalizados e muitas vezes ignorados ao nosso redor em que vivemos. Então, precisamos ajudá-los com as nossas mãos cristãs.
Somos filhos da Igreja viva de Cristo e por Ele, nós somos fortalecidos e revigorados, para dar testemunho Dele em nossa vida em ação no mundo. O mundo será melhor porque as pessoas vão conhecer Jesus pela nossa coerência de vida cristã na família, na comunidade, no mundo e em todos os lugares que exigem da nossa ação de salvar, de cuidar e de corrigir o que estiver em nosso alcance. Portanto sejamos protagonistas do amor que transforma os corações das pessoas que nos cercam. ( Jose Benedito Schumann Cunha)

Segue abaixo as palavras do nosso Papa Francisco:
"Se perante este ateu tu dás testemunho de coerência de vida cristã, alguma coisa começará a trabalhar no seu coração"

O cristão incoerente dá escândalo e o escândalo mata. Essas foram palavras do Papa Francisco hoje na missa em Santa Marta. Tomando como primeiro ponto da sua homilia um crisma administrado durante a Missa, o Santo Padre afirmou que quem recebe este sacramento manifesta a sua vontade de ser cristão. Quem pensa como cristão deve agir como cristão e apontou a leitura da Carta de S. Tiago:

“Ouvimos o Apóstolo Tiago que diz a alguns incoerentes, que se envaideciam de serem cristãos, mas exploravam os seus trabalhadores e diz assim: ‘Olhai que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos está a clamar; e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo!’ É forte o Senhor.”

“Quem ouve isto até pode pensar que foi dito por um comunista. Não, disse-o o Apóstolo Tiago! É Palavra do Senhor. É a incoerência. E quando não há coerência cristã e se vive com esta incoerência, faz-se o escândalo. E os cristãos que não são coerentes fazem escândalo.”

Este escândalo de que fala o Papa Francisco começa, desde logo, no tipo de atitude que um cristão deve ter para com os outros: acolher e testemunhar o amor de Deus. E tal como S. Francisco que disse para pregarmos o Evangelho em todo o tempo, se necessário também com as palavras, o Papa Francisco, sem se referir ao “pobrezinho de Assis”, concretizou com um exemplo muito parecido e definidor da atitude de coerência que deve ter um cristão:

“Se tu te encontras – imaginemos – perante um ateu e ele diz-te que não crê em Deus, tu podes ler-lhe toda uma biblioteca, onde diz que Deus existe e mesmo provar que Deus existe, mas ele não terá fé. Mas se perante este ateu tu dás testemunho de coerência de vida cristã, alguma coisa começará a trabalhar no seu coração. Será precisamente o teu testemunho aquilo que o levará a esta inquietude, sobre a qual trabalha o Espírito Santo. É uma graça que todos nós, toda a Igreja deve pedir: ‘Senhor, que sejamos coerentes’.”


Fonte: Aleteia (facebook) 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Papa se solidariza com ucranianos durante Consistório

Papa se solidariza com ucranianos durante Consistório


Os trabalhos do segundo dia do Consistório extraordinário prosseguem nesta sexta-feira, 21, no Vaticano, com a presença do colégio de cardeais. No início da reunião, o papa Francisco dirigiu mensagem de solidariedade aos cardeais ucranianos e fiéis que passam por situações de violência no país. O papa manifestou mais uma vez sua preocupação com os ataques na Ucrânia.

 “Gostaria de enviar uma saudação, não somente pessoal mas em nome de todos, aos cardeais ucranianos – o cardeal Marian Jaworski, emérito de L’viv, e o cardeal Ljubomyr Huzar, emérito arcebispo-mor de Kiev – que nesses dias sofrem muito e enfrentam muitas dificuldades em sua pátria”, disse o papa.

O papa Francisco participa de duas sessões do Consistório na sala Nova do Sínodo, no período da manhã e à tarde. Em um momento de partilha com os cardeais, o papa contou que releu a obra do cardeal alemão, Kasper, sobre a família, a qual definiu como “uma teologia serena”.

“É prazeroso ler teologia serena. Encontrei aquilo que Santo Inácio nos dizia, aquele sensus ecclesiae, o amor à Mãe de Deus”, relatou.

No final da tarde, o papa Francisco receberá a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, no estúdio da Sala Paulo VI. Serão tratados, entre outros assuntos, a realidade da família brasileira.

Hoje, o papa Francisco comemora 13 anos de sua nomeação como cardeal, criado pelo beato João Paulo II, em 2001.

Avaliação

Em coletiva, na quinta-feira, 20, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, falou do início dos trabalhos do Consistório extraordinário. De acordo com o porta-voz, o papa Francisco convida os cardeais a uma reflexão profunda sobre a família que “se encontra hoje numa condição difícil”.

Padre Lombardi citou o texto do cardeal Kasper ressaltando uma perspectiva ampla, que aponta caminho para o Sínodo de outubro. “No centro não se coloca em discussão a doutrina da Igreja, mas uma reflexão nova a partir do Evangelho sobre a família na ordem da criação e da redenção, com um olhar atento também aos problemas da pastoral de hoje”, lembrou padre Lombardi.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Escutar a Palavra de Deus para resistir à tentação, diz Papa

Escutar a Palavra de Deus para resistir à tentação, diz Papa Em homilia TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014, 7H28

Queridos irmãos e irmãs, somos chamados a testemunha a nossa fé com a nossa vida em comunhão com Cristo. Na Igreja, somos chamados a participar ativamente, tanto na escuta da Palavra como vivenciar a partilha de nossa fé com os nossos irmãs e irmãs de caminhada. No dia a dia, temos muitas atribulações e tentações que são vencidas através da escuta atenta da Palavra de Deus proclamada na Igreja e na leitura individual dela. Temos que estar atento para que a tentação não nos aniquile e nem nos perturbe, para isso devemos estar em atitude de vigília e oração intima com Deus da vida. Não somos ilhas na Igreja, mas comunidade viva, que se reúne em assembleia orante e fiel a Deus.
O Papa Francisco, em sua homilia, fala das tentações que são infecções que matam a pessoa e a leva não escutar a Palavra de Deus que orienta e dá vida eterna. Segue alguns tópicos da fala do nosso Papa Francisco. ( Jose Benedito Schumann Cunha)

Em homilia, nesta manhã, Francisco destacou que tentações são infecções que matam e só podem ser vencidas a partir da Palavra de Deus

Da Redação, com Rádio Vaticano

Escutar a Palavra de Deus para resistir à tentação, diz Papa. A Palavra de Jesus é o que nos faz sair da tentação, destacou Francisco

Resistir à sedução das tentações é possível somente quando se escuta a Palavra de Jesus. Esta foi a reflexão do Papa Francisco na homilia realizada, nesta terça-feira, 18, na Casa Santa Marta. Apesar das fraquezas humanas, o Santo Padre lembrou que Cristo sempre dá confiança ao homem e abre para ele um horizonte mais amplo que os limites dele.

Francisco destacou que a tentação se manifesta como uma atração inofensiva, mas acaba por se transformar em uma gaiola. Ele reafirmou o que diz São Tiago na primeira leitura do dia: a verdade é que Deus nunca tenta o homem, cada um é tentado por suas próprias paixões, por suas fraquezas internas.


São três as características da tentação, segundo o Pontífice: a tentação cresce, contamina e se justifica. No ato de crescer e contagiar, ela fecha o homem em um ambiente de onde ele não pode sair com facilidade. Ao cair em tentação, o homem não escuta a Palavra de Deus.

“A tentação nos fecha, tira a nossa capacidade de previsão, fecha todo o horizonte e, assim, leva-nos ao pecado. Quando somos tentados, somente a Palavra de Deus nos salva. Ele sempre está disposto a nos ensinar como sair da tentação. E Jesus é grande não só porque nos faz sair da tentação, mas porque nos dá confiança”.


Essa confiança, segundo afirmou o Papa, é uma grande força quando somos tentados, é uma certeza de que Deus sempre espera pelo homem, abre-lhe horizontes. Em vez disso, acrescentou Francisco, o diabo fecha horizontes. Para não se deixar aprisionar é preciso, segundo o Papa, escutar a Palavra de Jesus. “Essa Palavra nos salvará de cair em pecado no momento da tentação”.

Faz muito bem ao povo este estilo do Papa, diz bispo

Faz muito bem ao povo este estilo do Papa, diz bispo As catequeses de Francisco QUARTA-FEIRA, 19 DE FEVEREIRO DE 2014, 8H55
Dom José Antônio Peruzzo destaca que não pode haver evangelização sem afeto, e Francisco tem um carisma muito grande com o povo

Jéssica Marçal
Da Redação

Faz muito bem ao povo este estilo do Papa, diz bispo
Desde sua primeira catequese, Francisco se mostra muito próximo dos fiéis, em especial das crianças / Foto: Arquivo-Canção Nova Roma

Sorrisos, abraços, uma proximidade verdadeiramente paterna, o encontro do pastor com o seu povo. Assim têm sido as audiências gerais do Papa Francisco na Praça de São Pedro, no Vaticano. Já tradicionais em todos os pontificados, as chamadas catequeses receberam a marca definitiva do papado de Francisco: falas simples, porém sempre profundas e próximas.

Em seu primeiro encontro com os fiéis, no dia 27 de março de 2013, o Santo Padre se destacou por seu carisma e acolhida a todos que foram participar da catequese. Por diversas vezes, ele parou para beijar crianças e fez questão de dar atenção a um jovem portador de deficiência.

Ao iniciar sua reflexão, sobre a Semana Santa, uma fala simples, sem muitas citações a documentos, mas que aqueceu o coração dos fiéis. “Tenho o sentimento de um pai que fala com seu filho, que fala com ternura”, testemunhou o sacerdote palestino Madgi Rashul em entrevista à repórter Mirticelli Medeiros após a primeira catequese de Francisco (veja o vídeo).

De fato, não existe evangelização sem afeto. É o que pensa o bispo de Palmas/Francisco Beltrão (PR), Dom José Antônio Peruzzo, membro da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB. Ele acredita que toda experiência profunda de fé também se torna uma linguagem espontânea, que faz lembrar o modo afetuoso com que Jesus falava ao povo. E Francisco é muito carismático nesse sentido, diz o bispo.

Faz muito bem ao povo este estilo do Papa, diz bispo
Dom José Antônio Peruzzo / Foto: Cúria Diocesana – Palmas-Francisco Beltrão (PR)

“O modo paterno do Papa se dirigir às pessoas, de olhar, de sorrir, essa proximidade natural entre a sua expressão pessoal e a mensagem que ele proclama faz os ouvintes perceberem que anunciar ou falar de Deus ou anunciar Jesus Cristo não é um sistema de pensamentos ou de argumentação, mas de afeição que se torna linguagem de uma fraternidade vivida, praticada e experienciada”, comenta.

Dom Peruzzo explica que para falar do Mistério é preciso comunicar, olhar e se expressar de acordo com o que a ternura humana requer. Nesse sentido, o estilo do Papa Francisco falar aos fiéis tem ajudado a entender que na formação dos católicos não é preciso ir muito longe, mas aceitar a linguagem terna de Deus mediante o estilo simples e humano do Pontífice. Isso cria, segundo ele, um senso de pertença à Igreja.

“Cada um, cada católico sente-se acariciado pelo seu grande pastor. Faz muito bem ao povo este estilo, esta linguagem, este modo de expressar a proximidade de Deus”.

Sobre as catequeses

As tradicionais catequeses do Papa com os fiéis acontecem, todas às quartas-feiras, no Vaticano. Segundo Dom Peruzzo, trata-se de um momento muito rico para que o povo perceba que a missão do Papa não é burocrática, mas sim pastoral, “olhos nos olhos”, mesmo que o Pontífice se dirija sempre a multidões.

Para o bispo, a não-existência dessas audiências gerais tornaria a figura do Papa muito mais metafísica do que paterna. “Estes encontros ilustram, de alguma maneira, a grande família dos seguidores de Jesus Cristo que aceitam o pastoreio daquele que o Senhor escolheu para esta missão”.

E se a catequese é importante para os fiéis, é tão importante quanto para o próprio Papa. Dom Peruzzo diz que esses encontros fazem bem ao Pontífice não só por revelar a afeição do povo por ele, mas também por lembrá-lo da natureza de sua missão.

“Ele (Francisco) gosta de dizer que todo pastor precisa levar em si o cheiro das ovelhas, é a linguagem metafórica que ele gosta de repetir. Pois bem, para qualquer Papa, para qualquer pastor, para qualquer sacerdote ou bispo, a proximidade com a comunidade é a linguagem por excelência de uma fidelidade vivida em termos operativos. Vamos dizer que faz muito bem ao Pontífice que os fiéis estejam lá para lhe falar, para com ele orar, para com ele partilhar a fé”.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

O nosso agir deve se conformar com a vontade de Deus



O nosso agir deve se conformar com a vontade de Deus


Queridos irmãos e irmãs, estamos no 6º Domingo do Tempo comum, a Igreja se reúne diante do altar do Senhor para celebrar a eucaristia e ouvir a Palavra do Senhor. Esse momento deve ser de acolhida e de fraternidade, pois nós formamos uma grande família que tem compromisso com o evangelho de Cristo.
A liturgia desse domingo é rica de ensinamentos para o cristão que quer seguir Jesus. O tema central que vai nortear esse momento é que devemos fazer bem todas as coisas e com um coração generoso. Isso significa que dever ser de todo nosso coração para que o nosso agir seja uma expressão de amor que edifica a nossa pessoa e a dos outros.
16Jesus faz uma critica daqueles que discute sobre as coisas, esquecendo de termos um olhar amoroso pelo outro com justiça. Não devemos policiar os outros, no gesto de investigar, se outro está seguindo os preceitos de Deus. Aqui está o cerne de nossa conduta cristã, o mais importante é a nossa atitude responsável diante do Senhor, buscando fazer a vontade de Deus em nossa vida em comunidade.
No Livro do Eclesiástico nos chama atenção para atitude de confiança no Senhor Deus, pois isso é que faz com que vivamos. Ainda nos lembra que devemos ter um relacionamento sincero, profundo e pessoal com Deus. Esse convite é maravilhoso que Deus faz a cada um de nós. Esse modo de nosso agir diante de Deus em comunidade não é para impressionar os outros, mas ato de gratidão que nós devemos ter no Deus que tudo dá para nós. Isso serve para todas as idades, pois Deus zela cuida e está presente em nossa caminhada no mundo. (cf. Eclo 5,16-21)
Nós não cumprimos a vontade de Deus como um robô programado, mas agimos por sabermos que Deus nos ama e o amor Dele está em nós para amar os outros também.
São Paulo, na sua primeira carta aos Coríntios, nos fala que a sabedoria vem de Deus para nós. É ele, a fonte de todo bem a nós pra que sejamos bons para irradiar o bem a todos. O mundo se torna melhor se nós deixarmos que Deus aja em nós como uma luz que penetra todo nosso ser. Assim, evitaremos semear joio do descompromisso, da vaidade, do orgulho, da inveja e de tudo que amarga as nossas relações interpessoais na comunidade, na família e no mundo. O cristão tem que ser diferente para que esse mundo aprenda o evangelho de Cristo que traz alegria plena a todos. Desse modo, o amor se mostra como sol irradiante que ilumina a todos porque Jesus está em nosso meio. (cf. 1Cor 2,6-10)
O evangelista São Mateus, nos mostra Jesus fazendo uma censura das atitudes daquele povo de ontem e para nós hoje, que não vivem a vontade de Deus em suas vidas e nem são boas testemunhas na família, na sociedade e no mundo. Assim diz o senhor: "Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus!". Jesus dá exemplos claros no que se referem a aplicação da Lei do Senhor. Não adulterar, não matar, não praticar perjúrio, não promover o divorcio, não odiar, , tudo isso Jesus indica que a lei deve ser a do amor que tudo perdoa, que tudo faz para acabar a divergência e promover a paz entre nós. (cf. Mt 5, 17-37)
Devemos ser pessoas que promovam a vida em agir na mansidão, na fraternidade e no bem. Em comunidade, em nossa família e no mundo, vamos evitar as fofocas, as maledicências e tudo que destrói o nosso irmão e irmã de caminhada. Assim, seremos cumpridores da lei de Deus que será impregnada em nosso ser, pois em nosso coração brotará o amor que vem de Deus que agirá em todos. Amém


(Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Papa indica características da identidade cristã

Papa indica características da identidade cristã Homilia de Francisco SEXTA-FEIRA, 14 DE FEVEREIRO DE 2014, 8H31

"Queridos irmãos e irmas, pelo Batismo tornamos discípulos de Cristo para anunciar a boa nova Dele a todos e ainda sermos testemunho do amor de Deus entre nós. É sempre Deus que nos anima e nos faz fortes na fé. Esta fé é a força motriz das nossas ações no mundo, mesmo com tantas dificuldades, nós temos a certeza da graça de Cristo que inunda o nosso ser. Ser cristão no mundo de hoje deve ser agente de transformação da realidade hostil para uma situação nova que leva vida para si e para todos. Não podemos ter a mentalidade do mundo onde permeia a maldade, a esperteza e a indiferença, mas ter a presença de Cristo que nos leva a ser dócil e obediente como ovelha que segue o pastor. 
Nós seguimos Cristo e Ele nos ensina a sermos discípulos alegres que tem a certeza da vida eterna que Jesus trouxe a todos que o segue.Assim, podemos caminhar na confiança que tem alguém que nos protege e nos dá força para vencer todas as adversidades e tentações do mundo, para podermos sempre agradecer, louvar e participar da gloria de Deus já na nossa terra em vista da eternidade com Ele para sempre." ( Jose Benedito Schumann Cunha)

Segue abaixo alguns pontos da homilia do nosso Papa Francisco:
Santo Padre destacou que cristãos são discípulos que caminham sempre como cordeiros e com alegria

Da Redação, com Rádio Vaticano

Papa indica características da identidade cristã. O cristão não está nunca parado, caminha sempre além das dificuldades. É o que afirmou o Papa Francisco, na Missa desta sexta-feira, 14, na Casa Santa Marta. Na festa dos santos patronos da Europa, Cirilo e Metódio, o Santo Padre falou sobre a identidade do discípulo. Ele destacou ainda a necessidade de anunciar o Evangelho com alegria e alertou sobre a tentação de se fazer lobo entre os lobos.

Francisco utilizou as figuras de Cirilo e Metódio para falar da identidade do cristão, destacando que este é “enviado”. Deus, como explicou o Papa, envia os Seus discípulos, pede-lhes que sigam adiante, o que significa que o cristão é um discípulo do Senhor que segue sempre adiante.

“Não se pode pensar em um cristão parado. Um cristão que permanece parado está doente na sua identidade cristã. O cristão é discípulo para caminhar, para seguir. Uma primeira atitude da identidade cristã é caminhar e caminhar, mesmo se houver dificuldades, ir além das dificuldades”.

Um segundo aspecto da identidade do cristão é que ele deve permanecer sempre cordeiro. Segundo o Papa, o cristão é um cordeiro e deve conservar esta identidade, vencendo a tentação de tornar-se lobo. “Porque, às vezes, a tentação nos faz pensar: ‘Mas isso é difícil, estes lobos são espertos e eu serei mais espertos que eles, hein’. Cordeiro. Com a astúcia cristã , mas cordeiro sempre”.

Outra característica da identidade cristã citada pelo Pontífice é o “estilo do cristão”, que é a alegria. Francisco destacou que os cristãos são pessoas que exultam, porque conhecem o Senhor, e a alegria de Jesus está sempre presente, mesmo nas dificuldades da vida. Assim, o Papa disse que não fazem um favor nem a Deus nem à Igreja aqueles cristãos que vivem se lamentando de tudo, tristes, este não é o estilo do discípulo.

“O Senhor, pela intercessão destes dois irmãos santos, patronos da Europa, conceda-nos a graça de viver como cristãos que caminham como cordeiros e com alegria”.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Na catequese, Papa reflete sobre sacramento da Eucaristia Catequeses sobre os sacramentos

Na catequese, Papa reflete sobre sacramento da Eucaristia Catequeses sobre os sacramentos 

QUARTA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2014, 7H48 Francisco enfatizou a importância de ir à Missa aos domingos para receber o Corpo de Cristo que nos salva e une ao Pai

Jéssica Marçal
Da Redação


A Eucaristia foi o foco do Papa Francisco, na audiência geral desta quarta-feira, 5, na Praça São Pedro. O Pontífice segue com o ciclo de catequeses sobre os sacramentos, destacando que a Eucaristia está no coração da iniciação cristã, junto ao batismo e à crisma.

O Papa descreveu o cenário da Missa: o altar, a toalha, a cruz que indica o sacrifício oferecido por Cristo naquele altar. Trata-se de um momento em que Pão e Palavra se tornam um só, como na Última Ceia, quando todas as palavras de Jesus se concentraram em seu gesto de partir o pão e oferecer o cálice. “O gesto de Jesus, na Última Ceia, é de extremo agradecimento ao Pai por Seu amor e Sua misericórdia”.

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O Santo Padre ressaltou ainda que a Celebração da Eucaristia é mais que um simples banquete, constitui a memória do sacrifício de Cristo. E memória é mais que uma simples recordação. “Quer dizer que, cada vez que celebramos esse Sacramento, participamos da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. A Eucaristia constitui o vértice da ação da salvação de Deus”.

Dessa forma, acrescentou o Papa, é possível experimentar, já na terra, a comunhão com o Pai. Ele destacou a grandeza do sacramento da Eucaristia, o que ratifica a importância de ir à Missa aos domingos.

“Nunca agradeceremos demais ao Senhor pelo dom que nos fez com a Eucaristia. É um dom muito grande, por isso é muito importante ir à Missa aos domingos, não somente para rezar, mas para receber a comunhão, este Pão que é o Corpo de Cristo e que nos salva, perdoa, nos une ao Pai. É bonito fazer isso!”

E todo esse caminho de fé começa na primeira comunhão. Por isso, Francisco defendeu a importância de uma boa preparação das crianças para receberem este sacramento, que é o primeiro passo da pertença a Cristo, junto ao batismo e à crisma.

Papa afirma que ser lâmpada acesa é a vocação do cristão

Papa afirma que ser lâmpada acesa é a vocação do cristão Angelus DOMINGO, 9 DE FEVEREIRO DE 2014, 11H10

Papa Francisco destaca que o cristão deve ser sal e luz no mundo, senão sua presença perde a eficácia

Da Redação, com Rádio Vaticano

Querido irmãos e irmãs,

Papa afirma que ser lâmpada acesa é a vocação do cristãoNo Angelus deste domingo, 9, o Papa Francisco meditou sobre o Evangelho deste 5º Domingo do Tempo Comum, no qual Jesus diz aos seus discípulos: “Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo” (Mt 5,13.14).

O Santo Padre destaca que esta frase surpreende, se pensarmos que quando Jesus disse isso, Ele tinha diante de si apenas pescadores, “gente simples”, mas explicou o Pontífice,  “Jesus os olha com os olhos de Deus, e sua afirmação entende-se como consequência das bem-aventuranças, como quem diz: se fordes pobres em espírito, mansos, puros de coração, misericordiosos … sereis o sal da terra e a luz do mundo!”

Francisco destaca que a própria lei judaica prescrevia para colocar um pouco de sal sobre cada oferta apresentada a Deus, como sinal de aliança. E a luz, para Israel, era o símbolo da revelação messiânica que triunfa sobre as trevas do paganismo.

Deste aspecto, o Papa ressalta a missão dos cristãos em relação a todos os homens: “com a fé e a caridade podem orientar, consagrar, fazer fecunda a humanidade”.

“Todos nós os batizados somos discípulos missionários e somos chamados a nos tornarmos no mundo um Evangelho vivo: com uma vida santa daremos ‘sabor’ aos diferentes ambientes e os defenderemos da corrupção, como faz o sal; e levaremos a luz de Cristo com o testemunho de uma caridade genuína. Mas se os cristãos perdem o sabor e se apagam, a sua presença perde a eficácia”, explicou o Santo Padre.

É, pois, muito bela a missão do cristão no mundo, acrescentou espontaneamente o Papa, ser sal e ser luz, sublinhando que o cristão não deve sê-lo apenas de nome. “Como quereis viver, perguntou aos presentes, como lâmpadas apagadas ou como lâmpadas acesas? E concluiu afirmando que “ser lâmpada acesa é a vocação do cristão”.

Após o Angelus, Papa Francisco recordou que nesta terça-feira, 9, Festa de Nossa Senhora de Lourdes, celebra-se o Dia Mundial do Doente. O Pontífice falou que a dignidade da pessoa não termina quando ela está fraca e necessita de ajuda, e explicou qual a postura dos cristãos para com os enfermos.

Roma se prepara para canonizações de JPII e João XXIII 5 milhões de fiéis são aguardados

Roma se prepara para canonizações de JPII e João XXIII 5 milhões de fiéis são aguardados
POR KELEN GALVAN SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2014, 

Roma espera receber mais de cinco milhões de fiéis para as canonizações de João Paulo II e João XXIII no próximo dia 27 de abril

Da Redação, com Rádio Vaticano

Roma se prepara para canonizações de JPII e João XXIII

A prefeitura de Roma começou a preparar, nesta quinta-feira, 6, o esquema de segurança para a chegada dos peregrinos que são esperados para as canonizações de João Paulo II e João XXIII, no próximo dia 27 de abril. Para a ocasião, são esperados mais de cinco milhões de fiéis.

Durante a primeira reunião que se realizou no Capitólio, sede da prefeitura, foi desenvolvido o plano de acolhimento, que será feito em colaboração com um grupo de assessores da Cidade do Estado do Vaticano.

O objetivo fundamental é fazer com que a capital italiana esteja preparada para acolher o fluxo de fiéis que será intenso também nas semanas precedentes às canonizações, em virtude das celebrações da Semana Santa.

O planejamento está sendo feito também com a participação de associações de empresários de turismo e hotelaria.

“Tratou-se da primeira reunião. Temos que compreender mediante uma análise dos dados existentes e da chegada de turistas à capital qual será o melhor módulo organizativo (…) Em síntese, trabalhar muito em sintonia com outras instituições”, declarou Marta Leonori, Assessora de Mobilidade da prefeitura de Roma.

Papa destaca postura dos cristãos para com os enfermos Após o Angelus

Papa destaca postura dos cristãos para com os enfermos Após o Angelus
POR KELEN GALVAN

DOMINGO, 9 DE FEVEREIRO DE 2014, 12H28 Share on facebookShare on g


Dignidade da pessoa nunca se reduz às suas faculdades ou capacidades, e não termina quando a própria pessoa é fraca, deficiente e necessitada de ajuda, explica o Papa Francisco

Da Redação, com Rádio Vaticano

Papa destaca postura dos cristãos para com os enfermosApós o Angelus deste domingo, 9, o Papa Francisco recordou que nesta terça-feira, 11, Festa de Nossa Senhora de Lourdes, celebra-se o Dia Mundial do Doente.

De acordo com o Santo Padre, a data é uma ocasião propícia para colocar as pessoas enfermas no centro da comunidade e “rezar para elas e com elas, ficar perto delas”.

Francisco destacou ainda o “trabalho precioso” dos agentes de saúde que diariamente encontram nos doentes “não apenas corpos marcados pela fragilidade, mas pessoas”, a quem “prestar atenção e dar respostas adequadas”.

“A dignidade da pessoa nunca se reduz às suas faculdades ou capacidades, e não termina quando a própria pessoa é fraca, deficiente e necessitada de ajuda”, disse.

O Santo Padre recordou a realidade de muitas famílias, onde é normal cuidar de quem está doente, mas por vezes as situações podem ser “pesadas”. Muitas pessoas que vivem esta situação escrevem ao Papa, e por isso, ele fez questão de “assegurar uma oração por todas estas famílias, e dizer-lhes: não tenhais medo da fragilidade! Ajudai-vos uns aos outros com amor, e sentireis a presença reconfortante de Deus”.

Francisco ressaltou que ter uma “atitude generosa e cristã para com os doentes é sal da terra e luz do mundo” e, conclui, pedindo à Virgem Maria “que nos ajude a praticá-lo, e obtenha a paz e conforto para todos os que sofrem”.

Papa provoca clamor na praça São Pedro com suas perguntas durante Ângelus

Papa provoca clamor na praça São Pedro com suas perguntas durante Ângelus

"Queridos irmãos e irmas, a liturgia desse domingo nos faz pensar e refletir do nosso papel no mundo de Hoje. Nós sabemos que há muito problemas graves na nossa sociedade moderna, pois muitos passam fome, sofrem exclusão, desamparo, violência de toda ordem, mas se formos cristãos de verdade, as nossas boas obras aos que precisam serão propagadas como luz que ilumina a realidade de morte. Nós somos chamados a ser missionários de Cristo e devemos dar um sabor nos nossos trabalhos pastorais para que a realidade ruim seja transformada em bem e que possamos já ver o Reino de Deus acontecer no nosso meio. Devemos ser íntegros, condenar todo tipo e mal no nosso meio que é a corrupção, o roubo, o descompromisso, a indiferença, a falta de zelo e  de bom desempenho no nosso papel de cristão no mundo. Que as nossas boas obras sejam propagadas para que todos possam dar gloria a Deus." (Jose Benedito Schumann Cunha) Um sentido que se pode dar ao uso do sal e da luz como bem falou o nosso papa na sua alocução do Angelus a seguir:  Papa Francisco destaca que a própria lei judaica prescrevia para colocar um pouco de sal sobre cada oferta apresentada a Deus, como sinal de aliança. E a luz, para Israel, era o símbolo da revelação messiânica que triunfa sobre as trevas do paganismo."

seguem abaixo a noticia tirada do portal www.yahoo.com.br

Cidade do Vaticano, 9 fev (EFE).- O papa Francisco provocou neste domingo um clamor unânime dos fiéis reunidos na Praça de São Pedro para escutar o tradicional Ângelus de cada domingo, fazendo algumas perguntas que provocaram reflexão mais principalmente muitos aplausos por parte dos presentes.
"Quereis viver como uma lâmpada acesa ou apagada?", questionou o papa à metade de sua catequese. O pontífice disse não "escutar bem de cima" (em alusão à janela de onde preside a reza) e, por essa razão, decidiu voltar a perguntar ao finalizar sua alocução dominical até obter de volta um fervoroso "acesa" como resposta.
A pergunta surgiu por causa de seu sermão, no qual lembrou aos fiéis que os discípulos de Jesus eram pescadores, pessoas humildes.
"Todos nós somos discípulos missionários e estamos convocados a conformar um Evangelho vivente no mundo. Com uma vida santa, daremos sabor aos diversos ambientes e lhes defenderemos da corrupção e levaremos a luz de Cristo com um testemunho de caridade genuína", enfatizou.
"Por outro lado, se os cristãos perdem sabor e se apagam, sua presença perde eficácia. Será uma vida sem sentido", contrapôs.
O papa aproveitou para expressar o desejo de que os Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi, na Rússia, sejam "uma festa do esporte e da amizade". Depois, demonstrou preocupação com todas as pessoas que sofrem por causa dos desastres naturais.
"A natureza nos pede que sejamos solidários e cuidadosos com a salvaguarda da criação e a prevenir as consequências mais graves", advertiu.
Além disso, Francisco lembrou que na próxima terça-feira será realizada a Jornada Mundial do Doente, "uma ocasião propicia para colocar as pessoas doentes no centro da comunidade e para rezar por e com eles".
Nesse sentido, o líder religioso se dirigiu às famílias e pediu que elas não desanimem, mesmo sabendo que "cuidar de um doente pode ser um trabalho pesado". EFE

"Que a liturgia de hoje, possamos tirar um lição e ainda mais comprometer com a causa do reino de deus, que é justiça, amor-perdão e misericórdia, para com aqueles que estão a margem da vida, devido a ecasses ou não conhecer o bem, Muitos não sabem que com Deus, nós podemos encontrá-Lo na nossa vida simples e humildes, pois vivendo assim, os valores do evangelho de Cristo que vai  trazer a vida plena. Não precisamos de muitas coisas para viver, mas somente o necessário a nossa sobrevivência para estar sempre aberto a Deus, ganhando graça Dele pela sua presença em nós, na nossa família e em nossa comunidade." (Jose Benedito Schumann Cunha)

sábado, 8 de fevereiro de 2014

CARTA DO PAPA FRANCISCO AOS NOVOS PURPURADOS QUE SERÃO CRIADOS NO CONSISTÓRIO DE 22 DE FEVEREIRO


CARTA DO PAPA FRANCISCO 
AOS NOVOS PURPURADOS QUE SERÃO CRIADOS 
NO CONSISTÓRIO DE 22 DE FEVEREIRO



Amado Irmão!

No dia em que se torna pública a tua designação para fazer parte do Colégio cardinalício, desejo transmitir-te a minha cordial saudação, juntamente com a certeza da minha proximidade e da minha oração. Desejo que, enquanto agregado à Igreja de Roma, revestido das virtudes e dos sentimentos do Senhor Jesus (cf. Rm 13, 14), tu possas ajudar-me com eficácia fraternal no meu serviço à Igreja universal.

O Cardinalato não significa uma promoção, uma honra ou uma decoração; é simplesmente um serviço e exige que se alargue o olhar e se amplie o coração. E, embora pareça um paradoxo, este poder olhar mais longe e amar mais universalmente, com maior intensidade, só se pode adquirir seguindo o mesmo caminho do Senhor: a vereda do abaixamento e da humildade, assumindo a forma do servo (cf. Fl 2, 5-8). É por isso que te peço, por favor, que recebas esta designação com um coração simples e humilde. E, não obstante tu devas fazê-lo com júbilo e alegria, faz com que este sentimento permaneça distante de qualquer expressão de mundanidade, de qualquer festa alheia ao espírito evangélico de austeridade, sobriedade e pobreza.

Portanto, ver-nos-emos, no próximo dia 20 de Fevereiro, quando daremos início aos dois dias de reflexão sobre a família. Permaneço à tua disposição e, por favor, peço-te que rezes e faças rezar por mim.

Jesus te abençoe e a Santa Virgem te proteja.

Fraternalmente,

FRANCISCO

Vaticano, 12 de Janeiro de 2014.

Que as nossas boas ações sejam transformadoras no mundo de hoje

 Que as nossas boas ações sejam transformadoras no mundo de hoje

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 5º Domingo do Tempo Comum, onde a liturgia nos faz refletir mais um discurso de Jesus para nós. A assembleia que se reúne para ser iluminada por Cristo e esta luz que vem Dele deve ser irradiada por nós em todos os lugares.
Nós somos chamados a ser sal da terra e luz do mundo para que haja em nosso meio uma sociedade mais humana e cristã com a nossa coerência de vida.

No livro do profeta Isaias nos mostra que não basta cumprir ritos sem vida e vazios de sentido, mas o que é preciso ter um compromisso concreto que leva o homem ser bom e que viva o amor, desse modo ele será um sinal visível do amor de Deus ao seu povo. Não podemos ser insensíveis aos graves problemas que o mundo passa como a pobreza, a fome, o descaso do sistema de saúde e habitacional, a insegurança, a desvalorização da família e do bom costume. Não podemos sentir que o mal e o erro são normais, mas devemos trabalhar para propagarr o bem em todos os lugares. Devemos ser luz em todos os lugares. (cf. Is 58,7-10)

São Paulo na sua carta a coríntios nos avisa que devemos conscientizar que ser a luz não é se firmar na mentalidade humana da nossa sabedoria que tudo se reduz a imediatismo sem levar  a perspectiva da eternidade em Deus . A salvação do homem e da mulher devem se identificar com Cristo, que é o caminho seguro do ser humano para tornar-se melhor e bom já aqui no mundo. (cf. 1Cor 2,1-5)

No Evangelho de Mateus , Jesus exorta os seus discípulos a serem o "Sal da terra e a luz do mundo" e serve para nós hoje. Porque será que Jesus usou esta expressão de sal para eles e para nós hoje? Isso é simples ,pois nós sabemos que o sal é ingrediente que faz uma grande diferença na nossa alimentação, sem ela a comida fica insonsa, mas quando colocada em dose certa, ele dá sabor e todos gostam. Assim deve ser o cristão na sua ação no mundo, na família, na comunidade, pois sendo uma pessoa que leva harmonia, paz, trabalho partilhado e compromisso para transformar a nossa realidade desigual e de morte para uma situação de bem que leva a vida.

Outra exortação de Jesus para eles e serve para nós hoje, é ser luz do mundo onde as pessoas estão envolvidas em clima de escuridão que leva a morte, ódio, violência, descompromisso, e indiferença aos mais necessitados desse mundo. Precisamos iluminar as realidades ruins para que elas sejam transformadas com as nossas mãos que trabalham para o bem. Devemos ser missionários que trabalham para o bem comum e assim a nossa família, o mundo e a comunidade em que pertencemos, tornam-se ambientes de irmãos e irmãs que constroem o Reino de Deus já aqui na terra. Dessa maneira vamos ser testemunha de Cristo como o próprio Jesus nos fala ao nosso coração ontem, hoje e sempre:  "Assim brilhe a vossa luz diante dos homens... para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o Pai que está no céu". (cf. Mt 5,13-16)
    

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

CNBB divulga nota sobre sistema carcerário do país Comunicado oficial

CNBB divulga nota sobre sistema carcerário do país Comunicado oficial
POR KELEN GALVAN

QUINTA-FEIRA, 6 DE FEVEREIRO DE 2014, 15H27 Share on facebookShare on g
Na nota, a CNBB manifesta repúdio aos episódios de violência ocorridos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas

Da Redação, com CNBB

A presidência da CNBB apresentou uma nota, nesta quinta-feira, 6, sobre o Sistema Carcerário no País. O texto foi divulgado durante uma coletiva de imprensa na sede da instituição.

Participaram da coletiva o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno de Assis, e o secretário-geral, Dom Leonardo Steiner. A nota foi produzida pelo Conselho Episcopal Pastoral (Consep), que esteve reunido de 4 a 6 de fevereiro, em Brasília.

Na nota, os bispos manifestam repúdio aos episódios de violência ocorridos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA). Foram 60 mortes em 2013 e três no último mês de janeiro.

“A falência do nosso sistema prisional é sustentada pela política de encarceramento em massa e comprovada pelas desumanas condições dos presídios, por denúncias de práticas de torturas, por despreparo de agentes penitenciários”, apontam os bispos.

A CNBB também reafirma seu compromisso de contribuir para a promoção de uma cultura de paz. “Fiel à sua missão evangelizadora, ela [a Igreja] continua à disposição para colaborar na busca de soluções que estanquem a violência, assegurem a paz e estabeleça a justiça nos presídios e na sociedade”.

Leia, abaixo, o texto na íntegra:

“Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos que são maltradados, pois também vós tendes um corpo!”(Hb 13,3)

O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília, nos dias 4 a 6 de fevereiro, vem manifestar repúdio aos graves fatos ocorridos neste início de ano no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão, com repercussão mundial. Foram 60 mortes em 2013 e três no último mês de janeiro, algumas com decapitações e esquartejamentos, provocadas pelos próprios presos.

Unimo-nos aos bispos do Maranhão que, em nota, condenaram “o clima de terror e medo vivido na cidade de São Luís”, consequência da violência no Complexo de Pedrinhas. Com eles afirmamos: “A nossa sociedade está se tornando cada vez mais violenta. É nosso parecer que essa violência é resultado de um modelo econômico-social que está sendo construído”.

Esse modelo produz a desigualdade social, uma das maiores causas da violência. Entende-se, assim, que a maior parte da população carcerária seja de pobres, jovens e negros. Combater esta desigualdade é caminho para a segurança a que a população aspira como nos lembra o papa Francisco: “Enquanto não se eliminarem a exclusão e a desigualdade dentro da sociedade e entre os vários povos, será impossível desarraigar a violência” (EG 59).

Não podemos assistir passivamente à violação da dignidade humana como ocorre nos presídios brasileiros e em inúmeras situações de violência que grassa no país. É lamentável que o Estado e a Sociedade só tenham olhos para a situação carcerária quando os presídios são palco de cenas estarrecedoras como as do Maranhão. Nesses casos, soluções emergenciais não enfrentam os problemas nas suas raízes nem levam a reformas estruturais que requer o atual sistema penitenciário.

A falência do nosso sistema prisional é sustentada pela política de encarceramento em massa e comprovada pelas desumanas condições dos presídios, por denúncias de práticas de torturas, por despreparo de agentes penitenciários. Soma-se a isso o fato de que dos mais de 500 mil detentos, cerca de 40% aguardam julgamento da justiça, além dos milhares com penas já vencidas. Como compreender uma situação dessas?

É urgente uma reforma do sistema carcerário que estabeleça metas claras para a solução dos problemas enfrentados pelos presídios, além da criação de um grupo ou programa de monitoramento de implementação destas metas. Levem-se a sério a justiça restaurativa, proposta pela ONU, e a Escola de Perdão e Reconciliação (ESPERE), defendida pela Pastoral Carcerária, como alternativas à política de encarceramento em vigor no país.

Para esse fim devem se unir Executivo, Legislativo e Judiciário, contando sempre com a indispensável participação da sociedade civil.

A Igreja no Brasil tem dado sua contribuição para a afirmação de uma cultura de paz, seja pela realização de três Campanhas da Fraternidade sobre a violência (1983), encarcerados (1997) e segurança pública (2009), seja por meio da atuação da Pastoral Carcerária e de outros grupos de defesa e promoção dos direitos humanos. Fiel à sua missão evangelizadora, ela continua à disposição para colaborar na busca de soluções que estanquem a violência, assegurem a paz e estabeleça a justiça nos presídios e na sociedade.

Que Deus nos ilumine e nos dê sabedoria para juntos trilharmos os caminhos da justiça e da paz!

Brasília, 6 de fevereiro de 2014

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

CNBB envia mensagem aos consagrados do Brasil

CNBB envia mensagem aos consagrados do Brasil
Dia da Vida Consagrada

por Kelen Galvan
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014, 10h12 Modificado: segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014, 10h13


Mensagem aos Institutos Seculares e de Vida Consagrada por ocasião do 18º Dia Mundial da Vida Consagrada

Da Redação, com CNBB
CNBB envia mensagem aos consagrados

Dom Pedro Brito Guimarães, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB (Foto: Canção Nova)

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, Dom Pedro Brito Guimarães, enviou uma mensagem neste domingo, 2, aos Institutos Seculares e de Vida Consagrada por ocasião do 18º Dia Mundial da Vida Consagrada.

No texto, o arcebispo destaca que os consagrados têm a missão de “ajudar os homens e as mulheres do nosso tempo a se encontrar com Jesus e ter a alegria de carregá-lo no coração”. Dom Pedro recorda as palavras do Papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelli Gaudium, na qual disse que a vida consagrada é “um meio privilegiado de evangelização eficaz”.

“Neste dia de feliz comemoração dos vossos estados de vida, façamos votos que todas as comunidades paroquiais ou outras formas de comunidades e diferentes famílias religiosas se reúnam para momentos de oração e fervorosa ação de graças”, desejou o arcebispo.

Leia, abaixo, a mensagem na íntegra:

Mensagem aos Institutos Seculares e de Vida Consagrada

Amados, amadas de Deus
Tenho Sede!

“Despertem o mundo! Sejam testemunhos de uma forma diferente de fazer as coisas, de agir, de viver! É possível viver neste mundo de forma diferente” (Papa Francisco).

Caríssimos irmãos, caríssimas irmãs, em Jesus Cristo, nosso Salvador, membros dos Institutos Seculares e das Sociedades de Vida Apostólica, a nossa Mãe Igreja faz coincidir o dia da Apresentação de Jesus ao Templo com o dia dedicado aos senhores e às senhoras.

As ricas imagens de Simeão, com Jesus nos braços e a da profetisa Ana, que dia e noite servia a Deus no Templo, nos falam da harmonia que deve haver entre o antigo e o novo no coração de cada consagrado(a) a Deus, qualquer que seja o estado de vida. Como não ver nestas imagens a vida e o trabalho de cada um dos senhores e de cada uma das senhoras, membros dos Institutos Seculares e das Sociedades de Vida Apostólica, homens e mulheres que, de maneira livre e espontânea, total e existencial, vivem, mediante os carismas próprios, a radicalidade do seguimento de Jesus. Toda vocação é boa e bonita. Basta vivê-la em plenitude.

Jesus Cristo é apresentado ao mundo como luz e salvação para o povo de Israel que vivia na expectativa da chegada do Messias de Deus. Como Simeão, devemos, como consagrados e consagradas, ter sempre em nossos corações o desejo do encontro com Jesus e de receber dele a plenitude de vida e de sua graça, que somente Ele pode nos oferecer. Ele é a luz que ilumina nossas vidas e aquece nossos corações. É Ele a esperança última dos corações humanos que não querem morrer antes de o encontrar. É Ele o este sinal de contradição para um mundo que prima .. Ele é a espada que traspassará nossos corações, deixando-os indivisos.

A vida, a vocação e a missão de quem se consagrada a Deus, a exemplo de Jesus, deve também ser um farol que ilumina aqueles que vivem na noite do pecado, da ignorância e do desamor. Ajudar os homens e as mulheres do nosso tempo a se encontrar com Jesus e ter a alegria de carregá-lo no coração é a missão primeira de quem se consagra a Deus na doação total.

As pessoas de vida consagrada, vivida plenamente pelos membros dos Institutos Seculares e pelas Sociedades de Vida Apostólica, são chamadas a ser reflexo da bondade, da misericórdia e da compaixão que vem de Deus. Ao refletir a luz de Cristo na vida cotidiana de silêncio, de escondimento e de inserção no tecido da vida social, os senhores e as senhoras irradiam o bom odor de Cristo e são capazes de gritar com vossas vidas o quanto é importante ser sinal do amor oblativo e criativo de Deus por este mesmo mundo que tem dificuldade de fazer as contas com o mistério de Deus. Não são poucos hoje aqueles ou aquelas que vivem suas vidas como se Deus não existisse. A estes devemos com coragem anunciar a boa nova do Reino.

Devemos ser, neste mundo, sal, luz e fermento, pois “a Igreja cresce, não por proselitismo, mas por atração; como Cristo atrai tudo para si, com a força do seu amor, a Igreja atrai quando vive em comunhão, pois, os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou” (DAp 159).

Caros e caras, o papa Francisco, na Evangelli Gaudium, com uma frase lapidar, define muito bem o que os senhores e as senhoras são na e para a Igreja: “os religiosos tem na sua vida consagrada um meio privilegiado de evangelização eficaz. Pelo mais profundo de seu ser, eles situam-se de fato no dinamismo da Igreja, sequiosa do Absoluto de Deus e chamada a santidade. É desta santidade que dão testemunho. Eles encarnam a Igreja desejosa de se entregar ao radicalismo das bem-aventuranças” (EG, 69).

Hoje muito se fala da crise pela qual passa a vida consagrada. É preciso, enfim, nos debruçarmos com atenção sobre esta questão para identificar as razões de tal situação e as possíveis respostas para amenizar os efeitos danosos de tal crise. Mais do que uma crise da vida consagrada enquanto tal, o que está em crise hoje é nossa capacidade de entregar completamente nossa vida a Jesus; o que está em crise são nossas escolhas, o nosso testemunho, a nossa vivência do Evangelho. Diante deste estado de coisas, devemos ritmar  nossos passos no caminho de Jesus, descobrindo que Ele nos dá tudo aquilo que nos faz plenamente felizes. Por Ele, vale a pena deixar tudo e arriscar a vida. Somente Ele pode saciar nossa sede e nossos desejos de paz e de felicidade que se aninham em nosso coração.

Por fim, constatamos com alegria que os Institutos Seculares e as outras formas de vida apostólica vão, aos poucos, encontrando seus lugares na Igreja e no mundo, manifestando a força transformadora do Evangelho de Jesus Cristo. É importante que a vocação e a missão dos senhores e das senhoras sejam cada vez mais valorizadas, estimuladas, visibilizadas e testemunhadas, a fim de que a Igreja seja realmente uma comunidade plena de dons e de carismas.

Neste dia de feliz comemoração dos vossos estados de vida, façamos votos que todas as comunidades paroquiais ou outras formas de comunidades e diferentes famílias religiosas, se reúnam para momentos de oração e fervorosa ação de graças. Vivam este dia que o Senhor fez para os senhores e as senhoras como dia de oração, reflexão, revisão de vida e confraternização.

Aproximamo-nos daquele que é Vida Plena e somente nele encontremos nossa alegria e nossa esperança!

Que o bom Jesus nos carregue em seus braços e ilumine nossas vidas.

Com minha benção!

Dom Pedro Brito Guimarães
Arcebispo Metropolitano de Palmas e
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os
Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Apresentação do Senhor, Ele á luz das nações

Apresentação do Senhor, Ele á luz das nações



Queridos irmãos e irmãs, a Igreja está em festa, celebramos hoje apresentação do Senhor no Templo. Já passados quase 40 dias do Natal do Senhor, a liturgia desse domingo faz a memoria e celebramos o dia em que jesus, levado pela família de Nazaré ao templo para cumprir um preceito. Este preceito não é uma mera tradição, mas fruto de um desejo interno deles para Deus.
Sabemos que Deus concede tudo e nós devemos ser gratos a Ele sempre. O numero 40 é muito simbólico na bíblia e sempre nos leva para um tempo completo da realização das promessas do Senhor. A lei de Moisés declara que todo filho primogênito do sexo masculino, 40 dias depois do nascimento, devia ser levado ao templo de Deus, para ser oferecido para Ele. A mãe devia também se apresentar pra receber a purificação legal. Isto era uma mentalidade da época.
No livro do Profeta Malaquias nos apresenta mensageiro da aliança que entra no templo de Deus para estabelecer um pacto novo e renovador e desse modo oferecer uma oferenda devida e digna.(Ml 3,1-4)
Na carta aos Hebreus nos  afirma que Jesus é o Pontífice, pois é Ele que nos estende a salvação aos através da expiação da sua morte pelos nossos pecados. Somos salvos por Cristo e é por causa Dele que podemos tornar filhos dignos d Deus através da nossa conversão ao projeto de Jesus de nos salvar por inteiro.(Hb 2,14-18)

No Evangelho de São Lucas, Jesus entra pela primeira vez no templo para ser apresentado a Deus pela família de Nazaré. Jesus é levado nos colos da mãe. Vamos refletir esse acontecimento : Primeiro-Maria e Jose leva Jesus ao templo, um recém-nascido para cumprir o preceito da lei. Esse cumprimento nos mostra que Jesus é obediente ao Pai celeste, onde procede tudo como a sua própria família o é. Segundo - Simeão toma o menino nos braços e exorta dizendo: que seus olhos viram a salvação preparada  de nosso Deus ao povo traves daquele menino. O idoso que não perde o otimismo. Terceiro- a profetiza Ana, uma viúva, já idoso serve ao senhor no Templo também é testemunha desse fato. Ele dá o exemplo que devemos nos colocar a serviço de Deus e aos irmãos e por fim A família de Nazaré retorna ao lar com o menino Jesus que crescia em santidade, sabedoria e estatura diante de Deu e dos homens. (Lc 2,22-40)
O Papa Francisco, faz a homilia nesse dia e segue abaixo alguns trechos para a nossa meditação e reflexão: Observemos o que o evangelista Lucas diz deles, como os descreve. De Nossa Senhora e de São José, repete quatro vezes que queriam fazer aquilo que estava prescrito na Lei do Senhor (cfr Lc 2,22.23.24.27). Percebe-se que os pais de Jesus têm a alegria de observar os preceitos de Deus, sim, a alegria de caminhar na Lei do Senhor! São dois esposos novos, recém tiveram a criança e estão animados pelo desejo de cumprir aquilo que está prescrito. Não é um fato exterior, não é para sentir-se com o dever cumprido, não! É um desejo forte, profundo, cheio de alegria. É aquilo que diz o Salmo: “Na observância dos teus ensinamentos eu me alegro… A vossa lei é a minha delícia” (119,14.77).
E o que São Lucas diz dos idosos? Destaca mais de uma vez que eram guiados pelo Espírito Santo. De Simeão afirma que era um homem justo e religioso, que esperava a consolação de Israel, e que “o Espírito Santo estava sobre ele” (2, 25); diz que “o Espírito Santo lhe havia anunciado” que antes de morrer iria ver o Cristo, o Messias (v. 26); e enfim que se dirigiu ao Templo “movido pelo Espírito” (v. 27). De Ana, depois, diz que era uma “profetisa” (v. 36), isso é, inspirada por Deus; e que estava sempre no Templo “servindo Deus com jejum e oração” (v. 37). Em suma, estes dois anciãos são cheios de vida! São cheios de vida porque animados pelo Espírito Santo, dóceis à sua ação, sensíveis aos seus chamados…

Assim, meus irmãos e irmãs, iluminados pela palavra de Deus e pelas palavras do nossa Papa Francisco, podemos dizer que a juventude se entrelaça com os idosos, e desse modo a esperança e otimismo nunca morrem porque confiamos no Senhor. Deus é fiel as suas promessas e caminha conosco, na nossa historia, para que a humanidade  encontre o norte verdadeiro que leva a vida plena. Amém

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha