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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Papa enfatiza testemunho dos mártires e cristãos perseguidos

Papa enfatiza testemunho dos mártires e cristãos perseguidos


Queridos irmãos e irmãs, a Igreja de Cristo é ornada pelos santos, santas, mártires e grandes testemunhos de vidas que se consomem a favor do evangelho de Cristo, difundindo a mensagem salvadora Dele com convicção e caridade a mundo de hoje. Cada semente de cristãos que sucumbem na terra são verdadeiras arvores robustecidas na fé que tudo dá sentido a vida de cada pessoa que querem seguir Jesus com autenticidade e amor a Deus. A Igreja não á abrigo de acomodados e nem de pessoas que querem somente usufruir de benefícios para si, mas é ser a Igreja do serviço aos necessitados, é ser a Igreja do pão partilhado no suor do trabalho de justiça, misericórdia, de perdão, de amor e solidariedade na construção do Reino de Deus já no nosso meio. A Historia da nossa Igreja Católica é rica em pessoas que souberam seguir Jesus, muitas vezes dando a vida para que outros tenham vida. Nós não somos Igreja da facilidade e de individualismo, mas uma Igreja que se faz presente na coerência de vida comunitária, onde todos tem vez e voz. E tudo se faz na humildade e serviço sem buscar privilégios e regalias. É a Igreja do seguimento de Cristo com a sua cruz, mas segue na esperança da ressurreição trazida por Cristo a todos que o aderirem de coração e alma. ( Jose Benedito Schumann Cunha)

Francisco destacou que o testemunho e o sangue dos mártires também fazem crescer a Igreja

Da Redação, com Rádio Vaticano


Papa destaca que o testemunho dos mártires faz a Igreja crescer Rádio Vaticano

Há mais cristãos perseguidos hoje que nos primeiros séculos, disse o Papa Francisco na Missa celebrada, nesta segunda-feira, 30, dia em que se faz memória dos santos protomártires da Igreja romana. Francisco destacou o testemunho dados pelos mártires e recordou tantos cristãos perseguidos pelo mundo.

A oração, no início da Missa, recorda que Deus fecundou com o sangue dos mártires os primeiros brotos da Igreja de Roma. Na homilia, o Papa falou do crescimento de uma planta, em que a semente cresce e germina. Essa semente é a Palavra de Deus que cresce e se torna Reino do Senhor, torna-se Igreja graças à força do Espírito Santo e ao testemunho dos cristãos.

“Sabemos que não há crescimento sem o Espírito Santo. É Ele quem faz a Igreja crescer, é Ele quem convoca a comunidade. Mas também é necessário o testemunho dos cristãos. E quando o testemunho chega ao fim, quando as circunstâncias históricas pedem um testemunho forte, ali estão os mártires, os maiores testemunhos. E a Igreja é regada pelo sangue deles”.

Segundo Francisco, esta é a beleza do martírio. Começa com o testemunho, dia após dia, e pode terminar como Jesus, o primeiro mártir, o primeiro testemunho, o testemunho fiel. E para que este seja verdadeiro, ressaltou o Papa, deve ser incondicional e decidido.

O Santo Padre pensou também nos mártires de hoje, tantas pessoas que dão a vida pela fé, cristãos que são perseguidos. Ele mencionou como exemplo a situação no Oriente Médio, onde cristãos devem fugir das perseguições ou acabam sendo mortos por seus perseguidores.

“Hoje, há mais testemunhos, mais mártires na Igreja que nos primeiros séculos. Nesta Missa, fazendo memória aos nossos gloriosos antepassados, aqui em Roma, pensemos também nos nossos irmãos que vivem perseguidos, que sofrem e que com o seu sangue fazem crescer a semente de tantas igrejas pequenas que nascem. Rezemos por eles e também por nós”.

"Fazer um caminho solitário é muito difícil, senão impossível"

"Fazer um caminho solitário é muito difícil, senão impossível"

O responsável do Movimento Comunhão e Libertação no Brasil, Marco Montrasi, discorre, em entrevista concedida a ZENIT, sobre a novidade evangelizadora trazida pelo carisma fundado pelo sacerdote italiano dom Giussani.

Por Thácio Siqueira

BRASíLIA, 23 de Junho de 2014 (Zenit.org) - Um carisma que “chegou ao Brasil no início dos anos 60 graças à paixão missionária que se acendeu em muitos jovens que tinham visto em Dom Giussani essa mesma ardente paixão para que Cristo fosse conhecido como a resposta mais adequada ao desejo do coração”. Assim descreve Marco Montrasi, em entrevista a ZENIT, o movimento Comunhão e Libertação no Brasil.

Hoje o movimento se encontra em Belo Horizonte, Macapá, São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Brasília, Salvador, Florianópolis, Aracaju, Belém e em várias outras localidades de Norte a Sul do país, num total de aproximadamente 45 cidades.

A raiz do carisma – como diz Montrasi - encontra-se na “experiência que fizeram aqueles primeiros dois que encontraram Cristo, ‘João e André’”. Até mesmo porque “os desafios são cada vez mais provocadores, e só é possível testemunhar com a própria vida mudada. As palavras e os discursos são cada vez mais ineficazes”, afirma.

Em uma época histórica também marcada por escândalos de fundadores, também marcada pelo amadurecimento na fé dos diversos carismas e movimentos, que já não procuram saber quem “tem razão”, mas “como viver” o cristianismo, Marco Montrasi afirma que “Nós somos frágeis e podemos errar, mas se tivermos certeza de que é o Espirito Santo que conduz poderemos sempre ficar fiéis e não desistir mesmo diante dos erros e das dificuldades”.

Sobre isso, diz àquelas pessoas que sofreram e sofrem o escurecimento da fé, por causa dos defeitos dos homens de Igreja: “O problema não é errar ou acertar, mas caminhar rumo à meta e levantar quando caímos. Quem acha que nunca vai cair, ou quem não quer seguir alguém que possa vir a errar deverá fazer um caminho solitário, e isso é muito difícil, senão impossível. Que tenhamos sempre alguém para seguir! Alguém que nos ajude quando tropeçarmos, para seguir adiante”.

Acompanhe a entrevista completa:

***

ZENIT- Comunhão e Libertação é um movimento conhecido no Brasil?

Marco Montrasi: A experiência de CL chegou ao Brasil no início dos anos 60 graças à paixão missionária que se acendeu em muitos jovens que tinham visto em Dom Giussani essa mesma ardente paixão para que Cristo fosse conhecido como a resposta mais adequada ao desejo do coração. Em 1960, a amizade com o bispo de Macapá, Dom Aristide Pirovano, e com o empresário Marcello Candia possibilitou a Dom Giussani que viesse ao Brasil pela primeira vez também com o objetivo de conhecer eventuais lugares aonde enviar os jovens de CL em missão. Em 1961, o encontro com o jovem Marco Aurélio Velloso (então líder da União dos Estudantes Católicos de Belo Horizonte), em Milão, possibilitou uma troca consistente de experiências e culminou com a vinda de alguns jovens de CL ao Brasil para um período mais estável de colaboração, a partir de 1962, trabalhando em uma escola. Já em 1964 havia jovens de CL presentes em Macapá, Belo Horizonte e São Paulo, em estreita comunicação com Dom Giussani que os acompanhava cuidadosamente. Desde aqueles anos o Movimento de CL cresceu e se difundiu, e hoje estamos presentes em Belo Horizonte, Macapá, São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Brasília, Salvador, Florianópolis, Aracaju, Belém e em várias outras localidades de Norte a Sul do país, num total de aproximadamente 45 cidades.

ZENIT- Como você definiria o seu carisma?

Marco Montrasi: O nosso carisma tem um alicerce, um ponto que está na sua origem não em sentido apenas histórico, mas na origem por ser o que nos gera hoje no presente e sempre nos desafia: a experiência que fizeram aqueles primeiros dois que encontraram Cristo, “João e André”. Aquele encontro dos primeiros dois apóstolos com Cristo foi algo inesperado e totalmente correspondente ao desejo do coração deles, ao desejo de infinito deles. Por isso, depois daquele instante, a vida não foi mais a mesma.

Há um trecho de Dom Giussani, que padre Julián Carrón (atual presidente da Fraternidade de Comunhão Libertação) tem citado muito nesse período que diz: “O mais belo pensamento ao qual me entrego há tantos meses é imaginar o primeiro sobressalto no coração que Madalena sentiu. E esse sobressalto no coração não foi: ‘Vou largar todos os meus amantes’, mas o apaixonar-se por Cristo. E para Zaqueu, o primeiro sobressalto no coração não foi: ‘Vou devolver todo o dinheiro’, mas a descoberta apaixonada daquele Homem. Que Deus tenha se tornado um de nós, um companheiro, é a gratuidade absoluta, tanto é verdade que se chama graça”.

Poder identificar-se com essa experiência, ver que é possível viver assim, que aquele Olhar que encontrou Madalena está presente e testemunhá-lo a todos, pelas estradas da vida, é isto o que buscamos viver.

ZENIT- Qual a principal área de atuação de CL aqui em solo nacional: política, educação, paróquias...?

Marco Montrasi: O Movimento nasceu com Dom Giussani na Itália nos anos 50. E nasceu sem um projeto, como ele sempre quis salientar. Certa vez ele disse: “Eu não apenas nunca pretendi ‘fundar’ nada, como considero que a genialidade do movimento que vi nascer é ter sentido a urgência de proclamar a necessidade de um retorno aos aspectos elementares do cristianismo, ou, em outras palavras, a paixão pelo fato cristão enquanto tal, em seus elementos originais, e nada mais”. O Movimento nasceu porque ele quis entrar nas salas de aula de uma escola pública e alguns jovens começaram a ficar contagiados por uma febre de vida que o encontro com Cristo, através daquele homem, fez explodir. Então, nós não temos áreas de atuação específicas mas todos os lugares onde cada um vive e trabalha são ocasião para viver e, portanto, para comunicar o encontro que fizemos. Todos nós estamos preocupados em viver, isto é, em verificar o quanto o encontro com Cristo é tão real hoje a ponto de gerar uma presença original, uma alegria e um desejo de construir enfrentando todas as circunstâncias. Porque os desafios são cada vez mais provocadores, e só é possível testemunhar com a própria vida mudada. As palavras e os discursos são cada vez mais ineficazes.

ZENIT- Como CL vive o seu carisma dentro do imenso universo de carismas da Igreja?

Marco Montrasi: O ponto é aprofundar a nossa origem, redescobri-la. Mesmo porque só assim um carisma pode ser sempre novo, pois as circunstâncias mudam e provocam você a responder hoje. E, através desse caminho, estar abertos para aprender caminhando com os outros. Com a JMJ no ano passado nos aproximamos mais de outros movimentos. Como disse o Papa, o cristão é um homem com um “pensamento incompleto”. Isto é belíssimo e precisamos entender bem o que significa. Não é falta de certezas, ao contrário, é estarmos certos de um relacionamento, de um vínculo, é como sentir um cabo de aço que está bem preso nas pontas, não está solto. É assim o vínculo que Cristo estabeleceu comigo! 

E com isso poder entrar até o fundo de tudo sem já saber antes de que se trata e ao que aquela circunstância pode me levar a viver e a entender. Os homens que já sabem tudo são aqueles que aos nossos olhos aparecem chatos e pouco interessantes. Abertos ao Mistério, que sempre nos surpreende, e considerar sempre que o outro pode nos ensinar algo: é assim que queremos caminhar dentro da Igreja com os outros carismas e com todos os homens que encontrarmos. Me parece que o Papa está nos indicando essa estrada.

ZENIT- Quem se aproxima dos escritos de Luigi Giussani se dá conta da profundidade, até mesmo existencial, dos seus escritos. Por onde começar a ler para conhecer e se aprofundar nessa espiritualidade?

Marco Montrasi: É verdade que mesmo depois da sua morte Dom Giussani ainda encontra muitas pessoas através dos seus escritos. É impressionante ver como as pessoas nos lugares mais impensáveis chegam a encontrar Dom Giussani. Recentemente me contaram de uma amiga que encontrou um livro dele numa livraria de Aracaju e, marcada profundamente pelas palavras que leu, começou a buscar na internet onde encontrar alguém do Movimento para poder aprofundar aquelas coisas. Agora, ela está participando da vida da comunidade. Isso que acontece é uma verdadeira graça para nós. Primeiro porque mostra algo que está vivo e que é muito maior do que nós; depois porque nos tira da mordomia e do óbvio que facilmente invadem o nosso coração. Pois assim precisamos decidir continuamente se ficar no nosso comodismo, no “já sabido”, ou se seguir Ele presente através dessas pessoas que chegam com um brilho nos olhos e nos dizem: “Vocês se dão conta daquilo que encontraram e que carregam?”. 

Os textos que fundamentam a nossa catequese e que lemos e meditamos fazem parte de um “percurso” e são O senso religioso, Na origem da pretensão cristã e Por que a Igreja.

ZENIT- Comunhão e Libertação oferece uma formação personalizada aos seus membros, como direção espiritual, acompanhamento pessoal? Como é que uma pessoa pode participar?

Marco Montrasi: Temos um instrumento privilegiado que se chama Escola de Comunidade.  Ela é um instrumento educativo de desenvolvimento (como consciência e afeição) da experiência do encontro feito com o carisma. Consiste na leitura e na meditação pessoal de um texto proposto a todo o Movimento, seguida de encontros comunitários. O trabalho é concebido exatamente como uma escola: primeiramente, é preciso a vontade de aprender; em segundo lugar, são pedidas a seriedade e a sinceridade de uma comparação com a própria experiência para poder comunicar o que o Mistério de Deus opera em si, isto é, para testemunhar a própria mudança. Os textos indicados são, normalmente, os do fundador, Dom Luigi Giussani, ou mesmo os do seu sucessor, padre Julián Carrón. A participação é livre e proposta nos ambientes de estudo e de trabalho. Os encontros acontecem, em geral, com regularidade semanal. 

Outro importante gesto educativo é a caritativa, que tem o objetivo de ajudar a entender que a lei última da existência é a caridade, a gratuidade. As diversas formas de atividade caritativa (reforço escolar, assistência a doentes e idosos, centros de acolhida, distribuição de alimentos, etc.) são vividas como ocasião para testemunhar aquilo que se tem de mais caro e para perceber – compartilhando as necessidades das pessoas – a real urgência de cada uma delas.

Depois, cada um, dentro dessa companhia, procura livremente relacionamentos com quem mais o ajuda a caminhar e a perceber essa vida nova que Cristo gera. Sobre isso quero dizer uma outra coisa que aprendi e aprendo: no Movimento há pessoas que têm uma responsabilidade nas várias cidades onde estamos presentes, e o que estamos aprendendo é que ter uma responsabilidade, quando lhe é confiada, não é para que você seja seguido pelos outros, não é para você dirigir, mas, em primeiro lugar, é uma possibilidade para você aprender a seguir. Seguir é desejar fazer a experiência de quem o Senhor nos mostra, é desejar ver onde está acontecendo a presença de Cristo que muda e gera pessoas vivas de modo que todos possamos segui-las e olhá-las. E muitas vezes essas “presenças” a serem seguidas são os últimos que chegaram.

ZENIT- Os bispos, o clero, também podem se alimentar desse carisma a fim de se fortalecerem no seu ministério?

Marco Montrasi: Como disse antes, a proposta do Movimento é para todos. Muitos bispos ou padres ficaram agradecidos pelo encontro com o carisma de CL e continuam seguindo e acompanhando o Movimento. Temos um encontro anual (um curso de exercícios espirituais) com pe. Julián Carrón, em setembro, aberto a todos os padres do Brasil e demais países da América Latina, que é uma grande ocasião de encontro para conhecer mais o nosso carisma e verificar o caminho feito durante o ano. 

ZENIT- O Papa Francisco está tocando de forma especial os fiéis. O que, em especial, esse Papa contribui para os movimentos, ou mais especificamente, para CL?

Marco Montrasi: Tudo aquilo que o Papa está falando é para nós. Por isso queremos segui-lo com tudo de nós mesmos. Eu, quando encontro meus amigos, sempre cito algum trecho de uma homilia ou de um discurso dele que me marcou especialmente. Por exemplo, quando ele disse que o cristão é um homem com o pensamento incompleto: “Ser jesuíta significa ser uma pessoa de pensamento incompleto, aberto, porque pensa sempre mirando no horizonte que é a glória de Deus, que nos surpreende sempre”; ou quando disse que é preciso “procurar Deus para encontrá-lo, e encontrá-lo para procurá-lo e achá-lo ainda e sempre. É esta inquietude que dá paz ao coração de um jesuíta, uma inquietude apostólica, que não nos deixa jamais cansar de anunciar o querigma, de evangelizar com coragem. Sem inquietude, somos estéreis”. Ele disse isso para os jesuítas mas eu comecei a pedir o mesmo para mim. Porque quero cada vez mais aprender isso que ele falou e acho que isso vale também para CL e para todos os movimentos.

Outra coisa que me marcou profundamente foi quando na missa pela canonização de São José de Anchieta ele falou que “é mais fácil acreditar num fantasma do que em Cristo vivo! É mais fácil ir ter com um necromante que nos prediz o futuro, que nos lê as cartas, do que ter confiança na esperança de um Cristo vencedor, de um Cristo que venceu a morte! É mais fácil uma ideia, uma imaginação, do que a docilidade a este Senhor que ressuscita da morte e só Deus sabe para que nos convida!”. Sabe-se lá ao que Ele vai te convidar hoje!

Isso também é para todos nós. Podemos ser do Movimento, ser católicos bem praticantes dentro da Igreja, observar todos os mandamentos, mas estarmos fechados a como Ele quer se manifestar hoje. Porque nós não sabemos como Ele irá se manifestar, e se não estivermos abertos, atentos e com sede, podemos não nos dar conta de onde Ele está agora; podemos, como disse o Papa, não perceber que Ele já saiu do túmulo e continuarmos ainda lá, chorando.

ZENIT: Também gostaria de fazer-lhe duas perguntinhas extras. Sinta-se livre para respondê-las, assim como as primeiras: Não sei se é correto dizer que a "Primavera da Igreja" também trouxe um "inverno" de anti-testemunhos e escândalos, já seja de fundadores pecadores, já seja de movimentos que só fizeram tirar a esperança do coração de muitos fieis que neles confiaram com toda a alma. O que você, que é responsável de um movimento, diria a uma dessas pessoas sem esperança?

Marco Montrasi: Diria que a Igreja é santa e pecadora. E que é Cristo que a faz caminhar. Ter e fortalecer essa esperança é fundamental. Nós somos frágeis e podemos errar, mas se tivermos certeza de que é o Espirito Santo que conduz poderemos sempre ficar fiéis e não desistir mesmo diante dos erros e das dificuldades. Outra coisa é seguir e obedecer. Quanto mais seguirmos o Papa e os bispos, e o modo como Ele nos encontrará nos vários carismas que suscita e suscitará, mais poderemos ter a certeza de que chegaremos a nossa meta. O problema não é errar ou acertar, mas caminhar rumo à meta e levantar quando caímos. Quem acha que nunca vai cair, ou quem não quer seguir alguém que possa vir a errar deverá fazer um caminho solitário, e isso é muito difícil, senão impossível. Que tenhamos sempre alguém para seguir! Alguém que nos ajude quando tropeçarmos, para seguir adiante. O Papa é a maior graça que temos agora porque ele sempre nos lembra que somos todos pecadores, todos. Mas existe um caminho de misericórdia, no qual é possível caminhar com esperança rumo ao nosso Destino.

ZENIT- Em Pentecostes o Espírito Santo uniu toda a Igreja. Nesse contexto, você estaria de acordo com que um movimento não é um fim em si mesmo, e que, portanto, nenhum movimento deveria se colocar como o centro da Igreja e da Evangelização, mas somente como um meio para alcançar a Cristo? Não será esse um ponto que faltaria ainda para unir todos os movimentos em uma só Igreja?

Marco Montrasi: Com certeza estou de acordo que cada movimento ou associação não é um fim em si mesmo. Acho que estamos num tempo no qual estamos percebendo que a pergunta a ser respondida não é “quem tem razão?”, mas “Como se faz para viver?”. Isso também foi objeto do nosso trabalho nestes meses. Estamos como na época do Evangelho em que não se conhecia quem era Cristo, mas se podia encontrá-Lo pelo caminho. E assim os homens mudavam e mudaram o mundo. Hoje também não se conhece mais quem é Cristo, fala-se muito o nome dEle mas poucos O conhecem. O homem está numa busca desesperada e não sabe mais de quê. Por isso se agarra a tudo o que lhe é oferecido, muitas vezes a baixo preço. Todos nós que fizemos esse encontro, todos nós dentro da Igreja, seremos cada vez mais uma só coisa se estivermos comovidos pela descoberta de Cristo presente hoje, e, assim, sairemos a anunciá-Lo, cada um seguindo o caminho encontrado, e nisso nos encontraremos juntos.

A conquista do hexa não será, obviamente, a garantia de que o povo brasileiro se tornará campeão.

A conquista do hexa não será, obviamente, a garantia de que o povo brasileiro se tornará campeão.



Reflexões de dom Dom Wamor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte

Por Dom Walmor Oliveira de Azevedo

BELO HORIZONTE, 27 de Junho de 2014 (Zenit.org) - O futebol do Brasil é o único que se fez representar em todas as Copas do Mundo e, nesta história, pela primeira vez, o povo brasileiro tem a oportunidade de dar um tratamento diferente ao megaevento esportivo, justamente quando é realizado aqui. Em outras ocasiões, comentava-se o risco de manipulação governamental em proveito próprio e de interesses partidários. Mas, neste Mundial de 2014, cresce a esperança de que a sociedade avançará em suas análises políticas e avaliações de impactos sociais. Nesse exercício, devem ser incluídas as reflexões sobre gastos bilionários em detrimento de necessidades básicas urgentes na infraestrutura. Também é importante saber separar a euforia do torcedor das avaliações sobre os políticos e a política partidária. Afinal, a conquista do hexa não será, obviamente, a garantia de que o povo brasileiro se tornará campeão.

A competitividade esportiva, além do divertimento e do entusiasmo da festa, por sua força educativa própria, é metáfora rica com indicações para o comportamento cidadão que almeja uma condição campeã. Há, pois, sinalização concreta de amadurecimento popular nessa etapa nova dos desdobramentos políticos e sociais no Brasil. A Copa do Mundo tem data fixada para acabar e, evidentemente, a vitória brasileira será motivo de alegria para o povo. Contudo, não garante os mais significativos avanços na busca das vitórias necessárias e urgentes, quando se considera os enormes desafios a serem vencidos para mudar cenários desoladores que mancham a pátria amada.

Terminada a Copa, o povo brasileiro tem ainda um longo caminho a percorrer em busca de sua indispensável condição campeã no tratamento dos pobres, na superação da exclusão social vergonhosa, na grande concentração das riquezas e do dinheiro nas mãos de uma minoria, entre outros desafios. Encontrar um novo modo de se fazer política no Brasil, de maneira mais civilizada, lúcida, propositiva, sem demagogias, em diálogo com a população, também é meta a ser alcançada. E esse caminho não será percorrido sem que a sociedade brasileira paute suas ações a partir de inequívoca reciprocidade, baseada em  princípios e valores que reconhecem o bem moral como condição indispensável para a estruturação da vida social e política.

Percebe-se que a batalha é grande. A corrupção endêmica que tempera funcionamentos institucionais, governamentais, condutas individuais, precisa de um tratamento extremamente incidente. As eleições de 2014 precisam ser marcadas pelo exercício cidadão de buscar corrigir os rumos do país. Na contramão desse caminho, a oportunidade de mudanças mais profundas será entregue de “mão beijada” aos produtores de uma política inócua. É fundamental uma reeducação a partir do gosto pela verdade, capaz de promover uma grande mudança cultural. Deste modo, será possível até mesmo o enfrentamento da postura irônica de considerar serem politicamente corretas as falsas posturas, que objetivam captar a simpatia do cidadão para se alcançar certos objetivos e, em seguida, após conquistá-los, ignorar completamente os anseios do povo.

Gostar da verdade ainda é um enorme desafio na configuração da sociedade.  Trata-se de imprescindível condição para se formar um tecido cultural mais consistente e, consequentemente, uma capacidade para lidar de modo mais nobre com a liberdade e com a justiça. Só a plena verdade sobre o homem, vivida no tratamento da vida cotidiana, permite a superação de uma visão distorcida do que é justo, abrindo o horizonte daqueles que estão nas cortes, instâncias governamentais, nos diversos campos profissionais, nas relações familiares e interpessoais, para a solidariedade e o amor.

Os elogios à receptividade brasileira aos visitantes estrangeiros é o sinal de que as praças esportivas, embora chamadas de “arenas”, as ruas e todos os lugares devem ser espaços de acolhida, ambientes para o intercâmbio civilizado e construtivo. Permanecerá o desafio de, terminado o Mundial, conservar no coração do povo brasileiro essa abertura para o encontro, impulsionando um caminho novo de solidariedades e revisões profundas das desigualdades. Enquanto não se conseguir eliminar a exclusão social, vergonhosa entre nós, não se vencerá a violência crescente. O sistema social em que vivemos é injusto na sua raiz. É indispensável continuar a luta contra a idolatria do dinheiro e outros males para que a cultura da vida com seus valores e tradições seja salva. Com ou sem o hexa, conta é que seja o povo brasileiro campeão.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

"Os jovens devem ser informados sobre a beleza do matrimônio"

"Os jovens devem ser informados sobre a beleza do matrimônio"


O Cardeal Lorenzo Baldisseri explica os desafios do próximo Sínodo Extraordinário sobre a família, a partir de uma pastoral adequada com os casais homossexuais e divorciados novamente casados

Por Luca Marcolivio

ROMA, 26 de Junho de 2014 (Zenit.org) - Para restituir aos cristãos a beleza da família, a Igreja deve, em primeiro lugar, voltar a ter credibilidade. Dialogando com os jornalistas, no final da coletiva de imprensa de apresentação do Instrumentum Laboris para o próximo Sínodo Extraordinário dos Bispos sobre o tema Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização (05-19 outubro), o cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário do Sínodo dos Bispos, esclareceu alguns aspectos a respeito de um evento tão esperado quanto amplamente debatido.

O cardeal deixou claro, em primeiro lugar, que os escândalos de pedofilia, em particular, que envolveram a Igreja na última década, apesar de terem sido particularmente enfatizados pela mídia, foram em grande parte "reconhecidos" e minaram a credibilidade da Igreja, fazendo-a "intervir de uma maneira muito decidida”.

Não é possível, no entanto, pensar que "bispos e padres sejam anjos", e que eles também não possam “pecar”. Ao contrário do que acontece em "outros ambientes", no entanto, na Igreja, o pecado é detectado e "podemos nos arrepender", admitindo que existem algumas "maçãs podres".

O Cardeal Baldisseri recordou que participarão do Sínodo Extraordinário 23 auditores leigos, dos quais 7 casais de cônjuges, um dos quais dará o seu próprio testemunho durante as sessões sinodais.

Um dos objetivos do Sínodo será o de fornecer uma pastoral mais orgânica e universal a respeito dos divorciados e das mães solteiras, harmonizando os programas das várias conferências episcopais.

ZENIT: Eminência, qual é o problema de fundo na pastoral dos divorciados recasados? O modelo das "segundas núpcias” praticado pelas igrejas ortodoxas é uma opção viável?

Cardeal Baldisseri: O Instrumentum laboris distingue em primeiro lugar entre categorias: os simples separados, os divorciados e os divorciados recasados. Os separados vivem a sua condição matrimonial de modo ainda válido e, portanto, a sua posição é legítima. É diferente, no entanto, o caso do divórcio, que envolve um ato civil não reconhecido pela Igreja. No caso dos recasados civilmente, se acrescenta a nova união. O documento publicado hoje, portanto, ajudará a pôr em prática uma pastoral. Poderia, de fato, acontecer que um sacerdote não muito instruído pensasse que a pessoa divorciada estivesse nas mesmas condições que uma recasada. O Sínodo servirá, então, para curar pastoralmente estes aspectos e os padres sinodais terão que refletir sobre este fenômeno tão difundido no Ocidente.

Quanto ao "modelo ortodoxo", ele é sugerido como proposta no Instrumentum laboris e os padres sinodais discutirão também isso.

ZENIT: Até que ponto a Igreja, através do Sínodo, poderá incentivar com credibilidade os jovens para que redescubram a beleza do matrimônio?

Cardeal Baldisseri: Eu acredito que o Sínodo vai ajudar muito neste sentido, a partir do momento em que, na sociedade ocidental, especialmente através da mídia, destacamos apenas alguns aspectos, enquanto outros - igualmente importantes, ou talvez ainda mais importantes - são colocados na sombra. Poucos são os que falam dos jovens que querem se casar ou da beleza do matrimônio. É um tema que não “faz notícia” ou não é realçado. No Instrumentum laboris o conceito é bem explicado, tanto no que se refere às oportunidades que o casamento oferece, quanto em termos de aspectos críticos, mas sempre à procura de soluções.

ZENIT: Em que deve consistir o "cuidado pastoral" para os casais homossexuais,  desejado no documento?

Cardeal Baldisseri: O cuidado pastoral abrange todos, portanto, até os casais do mesmo sexo. Até hoje parecia ser um tabu ou um problema. O que fazer? Estamos falando de pessoas humanas... Se são cristãos, batizados e vivem em uma família, porque deveriam ser discriminados? Devem ser aceitos, também nas paróquias. Eu acho que se trata de uma atenuação de uma situação um pouco pesada que se criou por razões históricas. Também as pessoas que se encontram nesta situação devem ser acolhidas, acompanhadas, terem o seu lugar na Igreja e viver como as outras.

ZENIT: O Instrumentum laboris menciona também a catequese matrimonial (ou de sacramentos da iniciação cristã na presença dos filhos) como possibilidade de reaproximação à fé cristã e à Igreja. Como pode acontecer isso?

Cardeal Baldisseri: Se uma família vive o matrimônio de forma cristã, oferece também uma educação aos filhos. Infelizmente, encontramos também famíias divididas, nas quais os filhos são as principais vítimas: são situações em que a Igreja é chamada, deve lidar com essas situações e entender como fazê-las caminhar de forma cristã. É frequente que famílias desunidas se distanciem da Igreja ou que também nunca tenham tido contato com a Igreja. Mas talvez um dia, por várias razões, possam aproximar-se da Igreja e descobrir que existem vários caminhos para poder viver bem e de forma cristã. É preciso encontrar, também aqui, um estilo novo, na perspectiva indicada pelo Papa Francisco, não por acaso definido por alguns, “pároco do mundo”. (Trad.TS)

Espanha: médicos católicos pedem continuidade da defesa dos bebês ainda não nascidos

Espanha: médicos católicos pedem continuidade da defesa dos bebês ainda não nascidos


Queridos irmãos e irmas, o cristão nunca pode concordar com a cultura da morte que elina os indefesos , os mais pobres, os doentes e idosos, pois somos seguidores de Cristo, o senhor que nos dá a vida em abundancia. Nada pode justificar o aborto, a eutanásia, os martírios, a violência, o ódio e tudo que aniquila o direito humano. A vida é um dom de Deus e nós temos o dever de defendê-la e conservá-la. No mundo atual temos correntes materialistas e individualistas que esquecem do outro e ainda não dão direito aos que devem nascer. Tudo deve ser defendido como o planeta, a natureza, os animais, mas a vida humana deve ter primazia na defesa dos direitos humanos. Assim, se quisermos ser de Cristo e viver com autenticidade na justiça e retidão, devemos ser defensores da vida, sendo apostolo da vida em todos os estágios. Que a vida sempre vença a morte e que a primavera da vida seja propagada em todos os cantos do mundo. ( Jose Benedito Schumann Cunha)

Comunicado da FIAMC sobre o anteprojeto espanhol de Lei Orgânica de Proteção dos Direitos do Concebido e da Mulher Grávida

Por Redacao

ROMA, 25 de Junho de 2014 (Zenit.org) - A Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos (FIAMC) é contrária à mudança da reforma da lei que limita o aborto, "por considerá-la um passo atrás em comparação com a reforma inicial anunciada pelo ministro da Justiça". Por este motivo, os médicos lançaram um comunicado em que expressam uma série de razões para o seu desacordo quanto ao novo anúncio.

Eles explicam, em primeiro lugar, que a Lei Orgânica espanhola de Proteção dos Direitos do Concebido e da Mulher Grávida, tal como anunciada em dezembro do ano passado, "implica uma melhora quanto à lei de 2010, porque volta a considerar o aborto como um delito e retira a sua consideração como direito". Mas "a malformação do feto não pode ser considerada como uma premissa válida para se abortar, porque significa um grave atentado contra as pessoas com deficiências".

A FIAMC aborda ainda a problemática das pressões mercantilistas e ideológicas em favor do aborto e afirma que "foi transferida para a população a ‘necessidade’ do aborto, mas esta ‘necessidade’ não existe, como se verifica em vários países onde o aborto é proibido ou muito restrito".

Os médicos católicos afirmam que "o aborto pode ter graves consequências psicológicas para a mãe". Segundo vários estudos, "observa-se em muitas mulheres que abortaram um estado depressivo e desordens psicológicas diversas", o que é conhecido como “síndrome pós-aborto”. Eles advertem que, embora estes efeitos prejudiciais para a saúde psíquica da mãe não sejam levados em consideração, "eles podem chegar a ser muito traumáticos".

O comunicado indica que em países como a Espanha, com boa assistência obstétrica, "a proibição do aborto não elevaria a mortalidade materna, como às vezes se alega, mas sim ajudaria muitas mulheres a escolherem outras vias de solução para o ‘problema’ de uma gravidez não desejada". A gravidez indesejada, na Espanha, "está muito ligada à incultura da contracepção e da regulação natural da fertilidade", complementam.

Por fim, os médicos da FIAMC reasseguram, com base na própria experiência internacional científica e assistencial durante 60 anos, a tese da não necessidade de uma lei do aborto.

A FIAMC é a Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos, nascida do Secretariado Internacional das Sociedades Nacionais de Médicos Católicos, criada em 1966 e formada por cerca de oitenta associações médicas profissionais dos cinco continentes.

Governo de São Paulo institui o Dia da Aliança de Amor

Governo de São Paulo institui o Dia da Aliança de Amor

Lei promulgada em 18 de junho de 2014

Por Redacao

SãO PAULO, 23 de Junho de 2014 (Zenit.org) - “Fica instituído o ‘Dia da Aliança de Amor’, a ser comemorado, anualmente, em 18 de outubro, no Estado de São Paulo.” Assim publica o texto da Lei nº 15.462, assinada pelo Governador Geraldo Alckmin, no Diário Oficial do Estado, 20 de junho.

Com isso, a Aliança de Amor, ato de fundação da Obra Internacional de Schoenstatt, é reconhecida em seu alto significado para a cultura paulista, pois reza a constituição estadual, em sua emenda 4094: “A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de fatos relevantes para a cultura estadual.” E justifica: “Um povo indiferente e ignorante quanto à compreensão de suas raízes culturais pouco pode pretender em termos de um desenvolvimento global harmônico e integrado."

A deputada estadual Rita Passos, em seu projeto de lei, justifica a influência do Movimento Apostólico de Schoenstatt na cultura paulista por meio de milhares de famílias que recebem a visita da Mãe e Rainha. A Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt, na qual há “verdadeiros missionários, numa autêntica campanha de evangelização integrada aos objetivos e projetos de suas dioceses e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB.” Cita ainda a influência do Santuário de Schoenstatt, em Atibaia/SP, “Centro de peregrinação e oração é considerado um local sagrado, visitado por milhares de pessoas de todo o país, que vêm agradecer, pedir graças ou simplesmente conhecer, pois se trata de um lugar ‘onde é bom estar’.”

A votação favorável dos demais deputados e a aprovação pelo governador são o reconhecimento da verdade apresentada, realmente a influência positiva da Aliança de Amor, que completa cem anos, se sobressai na cultura paulista.

Assim, acrescenta-se oficialmente uma data comemorativa para todo o Estado que contém mais de 21% da população brasileira, mais de 43,6 milhões de pessoas.  Celebrar essa data é uma grande contribuição para o presente o futuro, pois é celebrar um fato, com suas informações e contribuições, que influencia a história e a cultura de todo do Brasil.

Possa a Aliança de Amor exercer sempre mais influência em todo o país, a fim de que nossa cultura seja reconhecida também como uma cultura da aliança, na qual somos irmanados em busca do bem.

Vale lembrar que em alguns municípios essa data também é celebrada oficialmente pelos órgãos públicos, como em Londrina/PR, neste ano de 2014, e a cidade de Confins/MG tem o 18 de outubro como feriado municipal, devido a influência da Aliança de Amor de Schoenstatt em sua população local.

Apresentado no Vaticano o instrumentum laboris para o Sínodo da Família

Apresentado no Vaticano o instrumentum laboris para o Sínodo da Família

Cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário do Sínodo, explica o documento de trabalho

Por Rocio Lancho García

CIDADE DO VATICANO, 26 de Junho de 2014 (Zenit.org) - Foi feita hoje na Sala de Imprensa do Vaticano a apresentação à mídia do “instrumentum laboris” da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá de 5 a 19 de outubro de 2014 com o título "Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização". O cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário geral do Sínodo dos Bispos, foi o encarregado de explicar cada uma das partes do documento.

O “instrumentum laboris” é o resultado da pesquisa promovida pelo Documento Preparatório, que incluía um questionário com 39 perguntas enviado a todas as dioceses do mundo. O questionário "foi acolhido de maneira positiva e teve ampla resposta, tanto do povo de Deus quanto da opinião pública em geral", declarou o cardeal.  Foram realizadas ainda três reuniões do Conselho de Secretaria e duas reuniões interdicasteriais, além da difusão da oração do papa pelo Sínodo da Família, das intervenções do secretário geral em diversas ocasiões e de conferências e simpósios.

O texto tem três partes, coerentes com as temáticas do Documento Preparatório.  A primeira, explicou Baldisseri, é dedicada ao Evangelho da família, ao plano de Deus, à lei natural e à vocação da pessoa de Cristo. "O escasso conhecimento dos ensinamentos da Igreja exige dos trabalhadores pastorais mais preparação e compromisso para favorecer a compreensão por parte dos fiéis, que vivem em contextos culturais e sociais diferentes".

A segunda parte aborda os desafios pastorais inerentes à família, como a crise da fé, as situações críticas internas, as pressões externas e outras problemáticas. "Compete à responsabilidade dos pastores a preparação para o matrimônio, hoje cada vez mais necessária, para que os noivos amadureçam a sua escolha como uma adesão pastoral de fé ao Senhor, para construir a família sobre bases sólidas", observa o purpurado.

Ele acrescenta que são consideradas de forma particular as situações pastorais difíceis, "que têm a ver com os casais que vivem juntos, os separados, os divorciados, os divorciados que voltaram a se casar, seus filhos, as mães adolescentes, os que estão em irregularidade canônica e os que pedem o matrimônio sem ser crentes ou praticantes". O secretário do sínodo afirma que é urgente permitir que as pessoas feridas sejam sanadas e se reconciliem, encontrando nova confiança e serenidade. Por isso, "é necessária uma pastoral capaz de oferecer a misericórdia que Deus concede a todos sem medida".

Quanto aos casais que convivem sem terem recebido o sacramento matrimonial, ele acrescenta: "A Igreja sente o dever de acompanhar esses casais na confiança para assumirem uma responsabilidade, como a do matrimônio, que não é grande demais para eles". Quanto à "questão dos divorciados que voltaram a se casar, que vivem com sofrimento a condição irregular na Igreja, esta oferece um conhecimento real da sua situação e se sente interpelada a encontrar soluções compatíveis com os seus ensinamentos, que levem a uma vida serena e reconciliada". A este propósito, existe a exigência de simplificar e acelerar os procedimentos judiciais de nulidade matrimonial. O cardeal também destaca a importância dos cursos de formação para o matrimônio, que devem melhorar, e do acompanhamento posterior do casal. Ele menciona ainda as uniões entre pessoas do mesmo sexo, situação que também demanda o cuidado pastoral da Igreja.

A terceira parte do documento apresenta "as temáticas relativas à abertura à vida, como o conhecimento e as dificuldades na recepção do magistério, as sugestões pastorais, a práxis sacramental e a promoção de uma mentalidade aberta à vida".  Sobre a responsabilidade educativa dos pais, “existe a dificuldade de transmitir a fé aos filhos, que se concretiza na iniciação cristã”.

O purpurado comentou também que o tema da próxima Assembleia Geral Ordinária de 2015 é "Jesus Cristo revela o mistério e a vocação da família".

O “instrumentum laboris” é entregue aos membros de direito da Assembleia Sinodal para que, até a realização da Assembleia Geral, o texto seja estudado e avaliado pelas respectivas Conferências Episcopais, a fim de se chegar à apresentação que cada presidente fará durante a assembleia como contribuição específica aos trabalhos sinodais.

O purpurado observa que o documente dá uma visão da realidade familiar no contexto atual, que representa o início de uma reflexão profunda cujo desenvolvimento se realizará em duas etapas, previstas pela Assembleia Geral Extraordinária (2014) e pela Ordinária (2015), estreitamente unidas pelo tema da família à luz do Evangelho de Cristo. Deste modo, os resultados da Assembleia Extraordinária serão utilizados para a preparação do “instrumentum laboris” da Assembleia Ordinária, depois da qual será publicado o documento final, submetido à aprovação do Santo Padre.

Baldisseri informou, para encerrar, que no domingo 28 de setembro haverá uma jornada de oração pelo sínodo, assim como adoração eucarística cotidiana durante os trabalhos sinodais, na Capela Salus Populi Romani da basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

O “instrumentum laboris” pode ser lido no seguinte link:

http://www.vatican.va/roman_curia/synod/documents/rc_synod_doc_20140626_instrumentum-laboris-familia_po.html

Encontro com a Palavra pode transformar a vida, diz Papa

Encontro com a Palavra pode transformar a vida, diz Papa

Francisco destacou como os dois santos apóstolos da Igreja souberam se deixar transformar pelo amor e misericórdia de Deus

Jéssica Marçal
Da Redação


Francisco fala aos fiéis antes do Angelus deste domingo, 29

O exemplo de São Pedro e São Paulo, que se deixaram transformar pela misericórdia de Deus, foi o centro da reflexão do Papa Francisco antes do Angelus deste domingo, 29. No dia em que se celebra esses dois principais patronos de Roma, o Santo Padre recordou que essa festa traz alegria porque enfatiza a misericórdia de Deus para com o homem.

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Os dois apóstolos foram chamados por Jesus e responderam a esse chamado oferecendo toda a sua vida, explicou o Papa. Embora ambos fosse pecadores – Simão havia renegado Jesus e Saulo perseguia os cristãos – eles acolheram o amor de Deus e se deixaram transformar por ele. Trata-se de uma graça que pode acontecer também com o homem de hoje.

“Também nós, se por acaso caíssemos nos pecados mais graves e na noite mais escura. Deus é sempre capaz de nos transformar, como transformou Pedro e Paulo; transformar o nosso coração e nos perdoar de tudo, transformando assim a nossa escuridão de pecado em uma aurora de luz”.

O Santo Padre citou alguns exemplos dos testemunhos dados por esses dois santos apóstolos. Pedro ensina a olhar para os pobres com olhar de fé. Paulo colocou toda a sua existência a serviço do Evangelho.

“Também para nós o encontro com a Palavra de Cristo é capaz de transformar completamente a nossa vida. Não é possível escutar esta Palavra e permanecer parados no próprio lugar, permanecer bloqueados nos próprios hábitos. Essa nos impele a vencer o egoísmo que temos no coração para seguir decididamente aquele Mestre que deu a vida por seus amigos”.

O Pontífice destacou que Deus quer encher o homem com a sua graça, como fez com Pedro e Paulo. Ele pediu a intercessão de Maria para que o homem saiba acolher essa graça com coração aberto e apara apoiá-lo nas provações, a fim de que dar testemunho de Jesus e do seu Evangelho.

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fonte: www.cancaonova.com 

Papa: comunistas 'roubaram' bandeira da pobreza da Igreja

Papa: comunistas 'roubaram' bandeira da pobreza da Igreja


Queridos irmãos e irmãs, A Igreja Católica sempre foi guardiã do Evangelho de Cristo e ainda dispensador das graças Dele a todos que aderem a mensagem de Salvação do nosso Deus. A historia da Igreja, através dos seculos demonstrou coerência em seus trabalhos missionários em todo o mundo. A cruz de Cristo está em todos os continentes e a presença da Igreja é sempre marcada pela sua ação educativa, caritativa a favor dos mais necessitados. Muitos doentes, excluídos do mundo, foram assistidos pela Igreja em hospitais como as nossas santas casas de misericórdia. Nós que somos cristão não podemos jamais cruzar os nossos braços diante do mal que assola o mundo, mas ser porta voz da esperança a todos, principalmente aos mais necessitados. Não pode haver verdadeira caridade se houver interesses individuais de poder e de manipulação dos outros, mas sim um serviço despojado aos que precisam, seguindo assim o exemplo de Cristo que veio ao mundo se entregando totalmente a humanidade, salvando-a na cruz. Se todos ouvissem e seguissem o Cristo, com certeza esse mundo seria diferente e teria as matizes do amor que constrói uma sociedade mais justa que visa o bem comum de todos. (Jose Benedito Schumann Cunha)

O papa Francisco afirmou que os comunistas roubaram da Igreja Católica a causa ou "a bandeira dos pobres", que em sua opinião "é cristã" já que se situa no centro do Evangelho há 20 séculos. "Os comunistas nos roubaram a bandeira. A bandeira dos pobres é cristã (...). Os comunistas dizem que tudo isso (luta contra a pobreza) é algo comunista. Sim, claro, como não? Mas 20 séculos depois (da escritura do Evangelho). Quando eles falam, nós poderíamos responder: 'Mas se vocês forem cristãos!'", disse.

A declaração foi dada pelo pontífice em entrevista publicada neste domingo pelo jornal italiano "Il Messaggero", na qual aborda temas como a política, a queda da natalidade na Europa, o papel da mulher na Igreja Católica e a exploração infantil.

O papa lembrou seus anos em Buenos Aires e disse ter sentido "dor" quando lhe advertiram que havia meninas de 12 anos que se prostituiam em suas ruas. "Me informei e efetivamente era assim. Me doeu. Mas me doeu mais ver como carros grandes dirigidos por idosos paravam frente às meninas para pagar 15 pesos que usavam para comprar droga. Para mim esses idosos também são pedófilos", afirmou.

O papa Francisco também se mostrou preocupado com a queda da natalidade na Europa, um continente que, segundo sua opinião, parece ter se "cansado de ser mãe e hoje prefere ser avó". "O outro dia estava lendo uma estatística sobre as prioridades de compra da população em nível mundial. Alimentos, roupas e remédios eram seguidos por cosméticos e despesas com animais", contou.

A estatística fez o papa dizer que a queda da natalidade e a alta na manutenção de animais de estimação acontece porque "a relação afetiva com os animais é mais fácil e majoritariamente programável" já que "não são livres", enquanto ter um filho é "algo complexo".

Por outro lado, Francisco reconheceu que o papel da mulher -"a coisa mais bela que Deus fez"- na Igreja não ocupa o lugar que é correspondente a ela, mas enfatizou que Igreja está trabalhando sobre a teologia da mulher. Bergoglio, além disso, voltou a assinalar a decadência atual da política, "arruinada" pela corrupção e os escândalos econômicos.

"A corrupção, infelizmente, é um fenômeno mundial. Há chefes de Estado presos por isso. Refletido muito, cheguei à conclusão de que muitos males aumentam, sobretudo, em épocas de mudança", referiu.

fonte:www.terra.com.br 

sábado, 28 de junho de 2014

O primado e o apostolo dos gentios

O primado e o apostolo dos gentios


Queridos irmãos e irmãs, celebramos hoje a solenidade de dois grandes apóstolos, colunas da Igreja de Cristo. A Igreja teve esses dois, Pedro e Paulo, que marcaram a primeira comunidade fundada por Cristo. Eles foram e são exemplos para nós que queremos ser cristãos, seguindo os passos do Mestre. Sabemos que Pedro foi escolhido por Cristo para ser o primeiro Papa que confirma os seus companheiros na fé e Paulo, chamado tardio por Cristo ressuscitado para ser missionário Dele em toda parte do mundo, divulgando a mensagem salvadora Dele a toda humanidade.

A liturgia de hoje nos coloca dentro da importância dos dois para toda a Igreja. Vemos no livro dos Atos dos Apóstolos, Pedro preso pelas autoridades religiosas da época. Isso aconteceu para agradar os judeus e tinha uma data para morrer. O testemunho de Pedro sobre Jesus gerou oposição e perseguição. Aqui vemos a Igreja unida em oração para libertação dele na prisão. Isso é solidariedade e Deus atende e liberta Pedro de modo admirável. Nós não podemos temer os que nos perseguem por causa de Cristo e devemos estar fortalecidos na eucaristia e com Maria que sempre está ao nosso lado, encorajando-nos para Jesus Cristo. (cf. At 12,1-11)

Na segunda carta de São Paulo a Timóteo, vemos Paulo preso preste a morrer. Isso no ano de 67. Ele dá testemunho eloquente, escrevendo o seu testamento espiritual de sua vida na missão de evangelizador, pois o evangelho de Cristo foi difundido por ele a toda parte do mundo. Essa atitude dele deve ser uma mola motora de nossa ação pastoral. Nós somos chamados a ser discípulo de Cristo, sem temor e levando o evangelho de Cristo que salva a humanidade. Nós devemos dizer ao fim de nossos trabalhos cristão no mundo como Paulo mesmo disse: "Estou pronto... chegou a minha hora... combati o bom combate... terminei a corrida... conservei a fé... E agora aguardo o prêmio dos justos. O Senhor esteve comigo... a ele GLÓRIA..." Esse belo testemunho nos anima pra sermos autênticos cristãos, transformado a nossa realidade de sombra para de luz com Cristo nas nossas comunidades, na nossa família e no mundo. (cf. 2Tm 4,6-8.17-18)

No Evangelho de Mateus, vemos Cristo conferindo a PEDRO o Primado sobre a Igreja. Essa verdade é dita por Cristo como uma grande catequese da missão de Pedro no primado da Igreja e nos leva a nossa Igreja de hoje na pessoa do Papa Francisco. Jesus quer que nós sabemos quem é Ele e Pedro diz em bom tom que Ele é o Cristo, o Filho de Deus. Esta verdade que Pedro entendeu e compreendeu, deu-lhe a primazia de ser o confirmador da fé dos companheiros após a Ascensão de Cristo. Jesus não é apenas um homem bom e justo, mas é o Filho de Deus e salvador. Jesus nos mostra a importância da Igreja na fé de Pedro, pois é ela que vai ter a missão no mundo de divulgar a mensagem genuína Dele no mundo. A Igreja está fundamentada na Rocha que é Cristo e se faz presente no mundo pela fé de Pedro e de todos que  têm Nele. 

Assim foi com Pedro e os discípulos, mas somos hoje chamados  a dar continuidade da obra da Igreja, divulgando o Evangelho de Cristo por toda parte. Jesus está com ela e nada poderá detê-la. Que a Igreja seja sempre fortalecida pelos testemunhos dessas duas colunas de fé e de todos os santos e santos que não desanimaram de ser porta voz do evangelho, entregando muitas vezes as suas vidas em nome de Cristo. E nós devemos ser de Cristo com firmeza na fé e na coragem quando vier as tribulações, sofrimentos, perseguições e martírios por causa do Evangelho de Jesus. Tudo por Jesus nada sem Maria. (cf. Mt 16,13-19)


Jose Benedito Schumann Cunha – (graduado em Filosofia e em Teologia)

terça-feira, 24 de junho de 2014

PADRE FRANCÊS REVOLUCIONA A FORMA DE CONVERTER OS FIÉIS E TRAZER OS CATÓLICOS À IGREJA NOVAMENTE

PADRE FRANCÊS REVOLUCIONA A FORMA DE CONVERTER OS FIÉIS E TRAZER OS CATÓLICOS À IGREJA NOVAMENTE

22 fevereiro, 2013

“Levar a Deus todas as almas que seja possível”. O padre Michel Marie Zanotti Sorkine tomou esta frase a sério, e é o seu principal o objetivo como sacerdote.
É o que está a fazer depois de ter transformado uma igreja a ponto de fechar e de ser demolida na paróquia com mais vida de Marselha. O mérito é ainda maior dado que o templo está no bairro com uma enorme presença de muçulmanos numa cidade em que menos de 1% da população é católica praticante.
Foi um músico de sucesso
A chave para este sacerdote que antes foi músico de êxito em cabarés de Paris e Montecarlo é a “presença”, tornar Deus presente no mundo de hoje. As portas da sua igreja estão abertas de par em par o dia inteiro e veste de batina porque “todos, cristãos ou não, têm direito a ver um sacerdote fora da igreja”.
Na Missa: de 50 a 700 assistentes
O balanço é impressionante. Quando em 2004 chegou à paróquia de S. Vicente de Paulo no centro de Marselha a igreja estava fechada durante a semana e a única missa dominical era celebrada na cripta para apenas 50 pessoas. Segundo o que conta, a primeira coisa que fez foi abrir a igreja todos os dias e celebrar no altar-mor. Agora a igreja fica aberta quase todo o dia e é preciso ir buscar cadeiras para receber todos os fiéis. Mais de 700 todos os domingos, e mais ainda nas grandes festas. Converteu-se num fenômeno de massas não só em Marselha mas em toda a França, com reportagens nos meios de comunicação de todo o país, atraídos pela quantidade de conversões.
Um novo “Cura de Ars” numa Marselha agnóstica
Uma das iniciativas principais do padre Zanotti Sorkine para revitalizar a fé da paróquia e conseguir a afluência de pessoas de todas as idades e condições sociais é a confissão. Antes da abertura do templo às 8h00 da manhã já há gente à espera à porta para poder receber este sacramento ou para pedir conselho a este sacerdote francês.
Os fregueses contam que o padre Michel Marie está boa parte do dia no confessionário, muitas vezes até depois das onze da noite. E se não está lá, anda pelos corredores ou na sacristia consciente da necessidade de que os padres estejam sempre visíveis e próximos, para ir em ajuda de todo aquele que precisa.
A igreja sempre aberta
(France Keyser/Myop pour le JDD)Outra das suas originalidades mais características é a ter a igreja permanentemente aberta. Isto gerou críticas de outros padres da diocese mas ele assegura que a missão da paróquia é “permitir e facilitar o encontro do homem com Deus” e o padre não pode ser um obstáculo para que isso aconteça.
O templo deve favorecer a relação com Deus
Numa entrevista a uma televisão disse estar convencido de que “se hoje em dia a igreja não está aberta é porque de certa maneira não temos nada a propor, que tudo o que oferecemos já acabou. No nosso caso em que a igreja está aberta todo o dia, há gente que vem, praticamente nunca tivemos roubos, há gente que reza e garanto que a igreja se transforma em instrumento extraordinário que favorece o encontro entre a alma e Deus”.
Foi a última oportunidade para salvar a paróquia
O bispo mandou-o para esta paróquia como último recurso para a salvar, e fê-lo de modo literal quando lhe disse que abrisse as portas. “Há cinco portas sempre abertas e todo o mundo pode ver a beleza da casa de Deus“. 90.000 carros e milhares de transeuntes passam e vêem a igreja aberta e com os padres à vista. Este é o seu método: a presença de Deus e da sua gente no mundo secularizado.
A importância da liturgia e da limpeza
E aqui está outro ponto chave para este sacerdote. Assim que tomou posse, com a ajuda de um grupo de leigos renovou a paróquia, limpou-a e deixou-a resplandecente. Para ele este é outro motivo que levou as pessoas a voltarem à igreja: “Como é podemos querer que as pessoas acreditem que Cristo vive num lugar se esse lugar não estiver impecável? É impossível.”
Por isso, as toalhas do altar e do sacrário têm um branco imaculado. “É o pormenor que faz a diferença. Com o trabalho bem feito damos conta do amor que manifestamos às pessoas e às coisas”. De maneira taxativa assegura:  ”Estou convicto que quando se entra numa igreja onde não está tudo impecável, é impossível acreditar na presença gloriosa de Jesus”.
A liturgia torna-se o ponto central do seu ministério e muitas pessoas sentiram-se atraídas a esta igreja pela riqueza da Eucaristia. “Esta é a beleza que conduz a Deus“, afirma.
As missas estão sempre cheias e incluem procissões solenes, incenso, cânticos bem cantados… Tudo ao detalhe. “Tenho um cuidado especial com a celebração da Missa para mostrar o significado do sacrifício eucarístico e a realidade da sua Presença”. “A vida espiritual não é concebível sem a adoração do Santíssimo Sacramento e sem um ardente amor a Maria”, por isso introduziu a adoração e o terço diário, rezado por estudantes e jovens.
Os sermões são também muito aguardados e, inclusive, os paroquianos põem-nos online. Há sempre uma referência à conversão, para a salvação do homem. Na sua opinião, a falta desta mensagem na Igreja de hoje “é talvez uma das principais causas de indiferença religiosa que vivemos no mundo contemporâneo”. Acima de tudo clareza na mensagem evangélica. Por issoprevine quanto à frase tão gasta de que “vamos todos para o céu”. Para ele esta é uma “música que nos pode enganar”, pois é preciso lutar, a começar pelo padre, para chegar até ao Paraíso.
O padre da batina
Se alguma coisa distingue este sacerdote alto num bairro de maioria muçulmana é a batina, que veste sempre, e o terço nas mãos. Para ele é primordial que o padre ser descoberto pelas pessoas. “Todos os homens, a começar por aquela pessoa que entra numa igreja, tem direito de se encontrar com um sacerdote. O serviço que oferecemos é tão essencial para a salvação que o ver-nos deve ser tangível e eficaz para permitir esse encontro”.
Deste modo, para o padre Michel o sacerdote é sacerdote 24 horas por dia. “O serviço deve ser permanente. Que pensaríamos de um marido que a caminho do escritório de manhã tirasse a aliança?”.
Neste aspecto é muito insistente: “Quanto àqueles que dizem que o traje cria uma distância, é porque não conhecem o coração dos pobres para quem o que se vê diz mais do que o que se diz”.
Por último, lembra um pormenor relevante. Os regimes comunistas a primeira coisa que faziam era eliminar o traje eclesiástico sabendo a importância que tem para a comunicação da fé. “Isto deve fazer pensar a Igreja de França”, acrescenta.
No entanto, a sua missão não se realiza apenas no interior do templo. É uma personalidade conhecida em todo o bairro, também pelos muçulmanos. Toma o café da manhã nos cafés do bairro, aí conversa e com os fiéis e com pessoas que não praticam. Ele chama a isso a sua pequena capela. Assim conseguiu já que muitos vizinhos sejam agora assíduos da paróquia, e tenham convertido esta igreja de São Vicente de Paula numa paróquia totalmente ressuscitada.
Uma vida peculiar: cantor em cabarés
A vida do padre Michel Marie foi agitada. Nasceu em 1959 e tem origem russa, italiana e da Córsega. Aos 13 anos perdeu a mãe, o que lhe causou uma “fractura devastadora” que o levou a unir-se ainda mais a Nossa Senhora.
Com um grande talento musical, apagou a perda da mãe com a música. Em 1977 depois de ter sido convidado a tocar no café Paris, de Montecarlo, mudou-se para a capital onde começou a sua carreira de compositor e cantor em cabarés. No entanto, o apelo de Deus foi mais forte e em 1988 entrou na ordem dominicana por devoção a S. Domingos. Esteve com eles quatro anos, e perante o fascínio por S. Maximiliano Kolbe passou pela ordem franciscana, onde permaneceu quatro anos.
Foi em 1999 quando foi ordenado sacerdote para a diocese de Marselha com quase quarenta anos. Além da música, que agora dedica a Deus, também é escritor de êxito, tendo publicado já seis livros, e ainda poeta.

Papa destaca vocações de João Batista, modelo para o cristão

Papa destaca vocações de João Batista, modelo para o cristão

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando a Solenidade da Natividade de João Batista, primo de Jesus que teve a missão de Deus anunciar e prepara a chegada de Cristo no projeto de Salvação de Deus. Ele é o profeta que fecha o antigo e dá o inicio do novo testamento, pois agora a lei é converter, aceitar a misericórdia de Deus e ser portador de uma boa noticia. Deus salva e manda pessoas a anunciar esse acontecimento para que volte para o Deus da vida. O exemplo de João Batista nos faz pensar nas nossas ações pastorais para que não pensemos que somos importantes e nem que a obra que fazemos é nossa, pois que age é Deus e a sua graça nos impulsiona para ser missionário da sua palavra em gestos, atitudes e coerência de vida. Quem quer ser de Deus deve assumir o seu pale sem arrogância e procurar ser humilde servidor que leva Jesus a todos. Desse modo, o mundo se transforma porque nós nos transformamos na graça de Cristo que é transmitida pela Igreja. Viva São João Batista.(Jose Benedito Schumann Cunha)


Santo Padre disse que o cristão deve saber preparar o caminho para o Senhor, discernir quem é Ele e diminuir-se para que Ele cresça

Da Redação, com Rádio Vaticano



Papa Francisco reflete sobre as vocações de São João Batista, cuja solenidade do nascimento é celebrada hoje pela Igreja / 

Um cristão não anuncia a si mesmo, mas o Senhor. Este foi o ensinamento do Papa Francisco, na Missa celebrada nesta terça-feira, 24, na Casa Santa Marta, dia em que a Igreja celebra a solenidade do nascimento de São João Batista. O Santo Padre se concentrou nas três vocações do maior entre os profetas: preparar, discernir e diminuir.

Preparar a vinda do Senhor, discernir quem é Ele e diminuir-se para que Ele cresça. Essas foram as três atitudes que Francisco indicou em relação a João Batista, modelo sempre atual para os cristãos. O Papa ressaltou que João preparava o caminho para Jesus sem tomar nada para si; suas palavras chegavam ao coração. “Talvez, tenha tido a tentação de acreditar que fosse importante, mas não caiu nessa tentação”.

A segunda vocação do profeta foi distinguir, entre tantas pessoas boas, quem era o Senhor. O Espírito Santo lhe fez essa revelação e ele teve a coragem de anunciar: ‘Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo’.

A terceira vocação de João Batista de que o Papa falou foi a de diminuir. A vida do profeta reduziu-se, diminui-se para que o Senhor crescesse. Essa foi, segundo o Pontífice, a etapa mais difícil de João, porque o Senhor tinha um estilo que ele não tinha imaginado. Tanto que, no cárcere, ele sofreu a escuridão da cela e do coração.

“A humilhação de João é dupla: a humilhação da sua morte, como preço de um capricho, mas também humilhação da escuridão da alma. João, que soube esperar Jesus, que soube discerni-Lo, agora O vê distante. Aquela promessa se afastou. E termina sozinho, na escuridão, na humilhação. Termina sozinho, porque se aniquilou para que o Senhor crescesse.”

Francisco acrescentou que, mesmo vendo sua humilhação, João Batista estava com o coração em paz. Ele concluiu dizendo que essas são também as três vocações de um homem, de um cristão.

“Um cristão não anuncia a si mesmo, anuncia outro, prepara o caminho para outro: o Senhor. Um cristão deve saber discernir, deve conhecer como discernir a verdade daquilo que parece verdade e não é: homem de discernimento. E um cristão deve ser homem que saiba se diminuir para que o Senhor cresça no coração e na alma dos outros”.