ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 31 de agosto de 2014

"É triste descobrir que os cristãos já não são o sal da terra"

"É triste descobrir que os cristãos já não são o sal da terra"

"Queridos irmãos e irmãs em Cristo, nós fazemos parte da Igreja e ela nos convoca para sermos coerentes do sim do nosso batismo. O mundo será melhor se cada um de nós fizermos bem a nossa parte e sermos sal e luz no mundo. O cristão tem assistência do Espirito Santo que o santifica e o impulsiona para evangelizar o mundo, que muitas vezes, nos apresenta hostil, violento e injusto. A nossa ação não pode ser diminuída diante das cruzes da vida que devemos enfrentar no nosso cotidiano. Jesus quer o nosso sim sem rodeio e acreditar plenamente nele, pois Ele é o caminho, a verdade e a vida que nos leva a salvação. Nós temos as ferramentas uteis ao nosso apostolado, mesmo diante dos sofrimentos, angustias e decepções  que enfrentamos na nossa vocação de ser cristão no mundo. Estamos no mundo, mas não precisamos ser dele no aspecto do individualismo, do materialismo e do comodismo, que não coloca no centro Cristo nos irmãos e irmãs sofredores e desprezados da nossa sociedade moderna. Que cada um de nós seja porta voz viva do evangelho da alegria que Cristo trouxe a cada um de nós." (Jose Benedito Schumann Cunha)



As palavras do Papa Francisco durante o Ângelus Por Redacao

ROMA, 31 de Agosto de 2014 (www.zenit.org) - Publicamos aqui a tradução de ZENIT das palavras que o Papa pronunciou hoje às 12h durante a oração do Angelus na Praça de São Pedro.

***

[Antes do Angelus]

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

No itinerário dominical com o Evangelho de Mateus, hoje chegamos ao ponto crucial em que Jesus, depois de ter verificado que Pedro e os outros onze tinham acreditado nele como Messias e Filho de Deus , “começou a explicar [lhes] que tinha que ir à Jerusalém e sofrer muito..., ser morto e ressuscitar ao terceiro dia" (16, 21).

É um momento crítico no qual emerge o contraste entre o modo de pensar de Jesus e aquele dos discípulos. Pedro até mesmo se sente no dever de reprovar o Mestre, porque não pode atribuir ao Messias um fim tão vergonhoso. Então Jesus, por sua vez, repreende severamente Pedro, coloca-o de volta “na linha”, porque não pensa “como Deus, mas como os homens” (v 23) e sem perceber faz a tarefa de Satanás, o tentador.

Sobre este ponto insiste, na liturgia deste domingo, também o apóstolo Paulo, que, escrevendo aos cristãos de Roma, lhes diz: "Não vos conformeis com este mundo - não entreis nos padrões deste mundo -, mas deixai-vos transformar renovando o vosso  modo de pensar, para poder discernir a vontade de Deus” (Rm 12,2).

Na verdade, nós cristãos vivemos no mundo, totalmente inseridos na realidade social e cultural do nosso tempo, e com razão; mas isso traz o risco de que nos tornemos "mundanos", o risco de que "o sal perca o sabor", como diria Jesus (cf. Mt 5,13), ou seja, que o cristão se torne aguado, perca a novidade que lhe vem do Senhor e do Espírito Santo. Em vez disso, deveria ser o contrário: quando nos cristãos permanece via a força do Evangelho, essa pode transformar “os critérios de juízo, os valores determinantes, os pontos de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida” (Paulo VI, Exortação Apostólica Evangelii nuntiandi, 19).

É triste encontrar cristãos "aguados", que parecem vinho diluído, e não se sabe se são cristãos ou mundanos, como o vinho diluído que não se sabe se é vinho ou água! É triste isso. É triste encontrar cristãos que não são mais o sal da terra, e sabemos que quando o sal perde o seu sabor, não serve mais para nada. O seu sal perdeu o sabor porque se entregou ao espírito do mundo, ou seja, se tornou mundano.

Portanto, é necessário renovar-se continuamente com a seiva do Evangelho. E como é possível pode fazer isso na prática? Antes de mais nada, lendo e meditando o Evangelho a cada dia, para que a palavra de Jesus esteja sempre presente na nossa vida. Lembrem-se: sempre será de ajuda levar o Evangelho com vocês: um pequeno Evangelho, no bolso, na bolsa, e ler uma passagem durante o dia. Mas sempre com o Evangelho, porque é levar a Palavra de Jesus, e poder lê-la. Também participando da Missa dominical, onde encontramos o Senhor na comunidade, escutamos a sua palavra e recebemos a Eucaristia que nos une a Ele e entre nós; e depois são muito importantes para a renovação espiritual as jornadas de retiro e de exercícios espirituais.

Evangelho, Eucaristia e oração. Não se esqueça: Evangelho, Eucaristia, oração. Graças a esses dons do Senhor podemos conformar-nos não ao mundo, mas a Cristo, e seguir o seu caminho, o caminho do “perder a própria vida” para reencontrá-la (v 25). "Perdê-la", no sentido de doá-la, oferecê-la por amor, e no amor - e isso envolve o sacrifício, até mesmo a cruz - para recebê-la novamente purificada, livre do egoísmo e da hipoteca da morte, cheia de eternidade.

A Virgem Maria nos precede sempre nesta jornada; deixemo-nos guiar e acompanhar por ela.

[Depois da oração do Angelus]

Queridos irmãos e irmãs,

Amanhã se celebra na Itália a Jornada pela custódia da criação, promovida pela Conferência Episcopal. O tema deste ano é muito importante: "Educar para cuidar da criação, para a saúde dos nossos países e das nossas cidades". Espero que se reforce o compromisso de todos, instituições, associações e cidadãos, para que seja salvaguardada a vida e a saúde das pessoas e também respeitando o meio ambiente e a natureza.

Saúdo todos os peregrinos da Itália e de outros países, especialmente os peregrinos de Santiago do Chile, Pistoia, San Giovanni Bianco e Albano Santo Alexander (Bergamo); os jovens de Modena, Bassano del Grappa e Ravenna; o grande grupo de motociclistas da Polícia e da banda da Polícia. Seria bom, finalmente, ouvi-la tocar...

Uma saudação especial vai para os parlamentares católicos, reunidos para o quinto encontro internacional, e incentivo-os a viver o delicado papel de representantes do povo de acordo com os valores evangélicos.

Ontem, recebi uma grande família de Mirabella Imbaccari, que me trouxe saudações de todo o país. Agradeço a todos pelo amor deste país. Saúdo os participantes da "Scholas": continuem em seu compromisso com as crianças e os jovens, trabalhando na educação, no esporte e na cultura; e desejo-vos um bom jogo amanhã, no Estádio Olímpico!

Posso ver daqui os jovens que pertencem ao sindicato dos plásticos. Seja fieis ao vosso lema: é muito perigoso andar sozinho nos campos e na vida. Sempre andem juntos.

Desejo-vos um bom domingo, peço-vos que orem por mim, e bom almoço. Nos vemos!

fonte: www.zenit.org 

Cristão sem consistência pode tornar-se mundano, alerta Papa

Cristão sem consistência pode tornar-se mundano, alerta Papa



No Angelus, Papa Francisco explica o caminho para que o cristão não se torne mundano, mas seja renovado continuamente pelo Senhor

Da redação, com Rádio Vaticano

No Angelus deste domingo, 31, o Papa Francisco comentou o Evangelho de hoje (cf. Mt 16, 21-27) que relata o ponto crucial em que Jesus, depois de ter verificado que Pedro e os outros 11 tinham acreditado nEle como Messias e Filho de Deus, “começou a mostrar a seus discípulos que era necessário que Ele fosse a Jerusalém e sofresse muito…, fosse morto e ressuscitasse ao terceiro dia”.

Um momento crítico de aparente contraste entre a maneira de pensar de Jesus e seus discípulos, afirma o Papa. A passagem mostra ainda que Pedro se sente obrigado a repreender o Mestre, porque não pode ser atribuído ao Messias um fim tão vergonhoso. Por sua vez, Jesus repreende severamente Pedro, porque ele não pensa “segundo Deus, mas segundo os homens”.

Sobre esse aspecto, a segunda de leitura de hoje (cf. Rm 12, 1-2) insiste que “também o apóstolo Paulo, escrevendo aos cristãos de Roma, diz a eles: ‘Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus’”.

O Santo Padre disse que os cristãos vivem em um mundo totalmente integrado na realidade social e cultural, “e é certo assim. Mas isso traz o risco de nos transformarmos em ‘mundanos’, o risco de que ‘o sal perca o sabor’”.

Francisco explicou que se isso acontece, significa que o cristão não tem consistência e perdeu a “carga da novidade” que lhe vem do Senhor e o Espírito Santo. “Deveria ser o contrário: quando os cristãos permanecem vivos na força do Evangelho, ele pode transformar ‘os critérios de juízo, os valores determinantes, os pontos de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida’”, enfatizou.

Para exemplificar essa realidade, o Papa usou a imagem do vinho e da água. “É triste encontrar cristãos sem consistência, que parecem vinho aguado e não se sabe se são cristãos ou mundanos, como o vinho aguado que não se sabe se é vinho ou água. É triste isso”.

Para evitar isso, o Papa ensina que é preciso renovar-se continuamente, atingindo a seiva do Evangelho. “Como se pode fazer isso na prática? Antes de mais nada, lendo e meditando o Evangelho todos os dias, para que a Palavra de Jesus esteja sempre presente na nossa vida; além disso, participando da Missa dominical, onde encontramos o Senhor na comunidade, escutando a sua Palavra e recebendo a Eucaristia que nos une a Ele e entre nós; e, ainda, são muito importantes para a renovação espiritual, os dias de retiro e de exercícios espirituais”.

“Evangelho, Eucaristia e oração”, reforçou o Santo Padre. “Graças a esses dons do Senhor, podemos nos conformar não ao mundo, mas a Cristo, e segui-lo sobre sua estrada, a estrada do ‘perder a própria vida’ para reencontrá-la”.

‘Perdê-la’ no sentido de doá-la, oferecê-la por amor e no amor, explicou Francisco. Isso quer dizer, “o sacrifício, a cruz – para recebê-la novamente purificada, livre do egoísmo e da dívida da morte, cheia de eternidade”.
fonte: www.cancaonova.com 

sábado, 30 de agosto de 2014

O mundo será melhor se seguíssemos Jesus

O mundo será melhor se seguíssemos Jesus


Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 22º Domingo do Tempo Comum e a liturgia nos convida a seguirmos Jesus na dimensão da “loura da Cruz Dele”. Ao olharmos a historia da salvação da humanidade, constatamos que todos os seguidores da Palavra de Deus e de Jesus, tiveram que dar razão a sua fé em Deus, passando por dificuldades, sofrimentos e martírios. Não há religião verdadeira se não houver a cruz da vida que liberta e nos salva das situações que escravizam o nosso viver no mundo. Hoje se celebra o dia do catequista e que a missão de cada um deles como porta voz de Deus no mundo seja encorajada na cruz de Cristo, sinal de vida e libertação para todos.

Hoje deparamos com dois exemplos na bíblia o de Jeremias e o Pedro, que diante de obstáculos quase recusaram a cruz do serviço da missão deles, mas quando se fortaleceram na fé em Deus tornaram-se  fiéis ao chamado da missão de Deus que eles tinham que fazer. Eles passaram por muitas provações e as venceram, e isso nos ajuda a tomarmos consciência que não haverá religião da facilidade para nós.

No livro do Profeta Jeremias, temos a beleza da vocação de Jeremias que foi chamado para ser porta voz de Deus aos que não o conhecem para que convertam para o bem. Ele reconhece que foi seduzido por Deus e se pôs a disposição de sua vida a serviço de Deus para que o mundo se modificasse se edificasse e ainda destruir tudo aquilo que não está nos planos de Deus. Ele sentiu em sua vida de missão sofrimento, solidão e a perseguição. Teve momento que queria largar tudo e ficar no comodismo que não faz nada para ajudar, mas ele não desistiu e nos deu um testemunho dizendo: "Senti dentro de mim um fogo ardente a me penetrar!..."

Hoje somos chamados a ser profeta da verdade, da ética, da justiça, da inclusão, da denuncia do que é errado e ainda construir uma civilização do bem onde a sinceridade e a fidelidade a Deus sejam a marca principal a ser irradiada a todos que nos cercam. Nós também passamos por momentos de dificuldades, de perseguições, de incompreensões e de  injustiça por causa da missão de evangelizadores no mundo hostil a palavra de Deus e da vida plena para todos. É nesta hora que encontramos ânimos em Deus que tudo fez e faz para a nossa verdadeira libertação. A palavra de Deus é fiel e a Igreja é a segurança e sinal da salvação trazida por Cristo, pois ela é a guardiã da fé que é transmitida pelo magistério e pelos missionários de Cristo no mundo. (cf. Jr 20,7-9)

Na carta de Paulo há exortação a todos para que cada um de nós colocarmos a nossa vida a serviço de Deus, que é levar as pessoas à justiça, à fraternidade, à inclusão de todos, à partilha, à solidariedade e à paz, para que o mundo seja mais humano e cristão. A verdadeira religião se traduz nesses parâmetros e eles agradam a Deus. Não há religião do intimismo e individualismo, mas uma Igreja do pão partilhado e da Palavra que edifica a todos. Não há privilegiado na Igreja, mas todos são chamados a ser irmãos e irmãs de todos. (cf. Rm 12,1-2)

No Evangelho de Mateus, vemos que Jesus anuncia aos seus discípulos da sua paixão e da cruz que Ele experimentará. É uma realidade de difícil de entender naquele e para esse tempo, onde todos querem uma Igreja light sem sacrifício e serviço aos outros, principalmente os mais pobres e necessitados desse mundo. Como Pedro muitos também rejeitam esta realidade que Jesus não deixa de dizer, mas Jesus repreende Pedro e também a cada um de nós. Quem interessa uma religião descompromissada no seguimento de Jesus é Satanás como próprio Jesus disse: "Afasta-se de mim, Satanás... não pensas as coisas de Deus...” E acrescenta: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua CRUZ e me siga". Portanto, não há caminho da salvação sem a cruz, pois ela nos santifica e nos edifica para o bem. (cf. Mt 16,21-27)

Que esta liturgia nos ajude a entender a missão de cada vocacionado e todos são chamados a anunciar Jesus que é caminho, verdade e vida, pois sem Jesus não há bons seguidores e nem santos. A Igreja, que tem a cabeça em Cristo se torna completa com seus membros que são e que se santificam no seguimento Dele no mundo. Tudo por Jesus nada sem Maria!


(Jose Benedito Schumann Cunha - Bacharel em Teologia e graduado em Filosofia)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A família de um presidenciável: lições de generosidade e fé

A família de um presidenciável: lições de generosidade e fé

Queridos irmãos e irmãs, a fé em Cristo e vivida na comunidade Igreja tornam-se lampadas acesas para fortalecimento da convicções religiosas dadas pela própria Igreja. Sabemos que a Igreja é mãe e mestra,e ela nos orienta para os valores da família que nunca perde o seu brilho. O testemunho dos familiares de Eduardo deram a mundo que quando se tem fé em um Deus que dá sentido a exitância humana e até nos momentos de sofrimentos se encontram forças para suportar e voltar caminhar para frente sem esquecer  o legado daquele que traduziu a sua vida pautada na coerência de vida cristã. O Brasil sai fortalecido e a família se engrandece nos seus valores mais preciosos que Deus selou no mundo. A família é querida por Deus. ( Jose Benedito Schumann Cunha)

Discreta em virtude da atividade política de seu pai, essa família vem, agora, ao conhecimento de toda a nação e mostra que ser numerosa é algo possível também no mundo de hoje, quando amparada pela fé.

Por André Parreira

SãO PAULO, 19 de Agosto de 2014 (Zenit.org) - Muitas lições podemos tirar da uma tragédia como a que ocorreu com o presidenciável Eduardo Campos e sua equipe. Mas, quero apenas comentar e agradecer à esta família pelo belo exemplo que deram ao povo brasileiro. Discreta em virtude da atividade política de seu pai, essa família vem, agora, ao conhecimento de toda a nação e mostra que ser numerosa é algo possível também no mundo de hoje, quando amparada pela fé.

À medida que as imagens exibiam a família logo após o desastre, muitas pessoas se mostravam admiradas positivamente e se comoviam pelo fato de terem 5 filhos. Mas não é só isso, também o exemplo de fé me chama a atenção.

Numa sociedade onde se casar jovem parece ser coisa de gente sem instrução e sem perspectivas,  Eduardo e Renata mostram o contrário, em sintonia com a Igreja que vê o contínuo adiamento do casamento como um estilo de vida que desvaloriza a dimensão humana, com desastrosas consequências para a família[1] . Se casaram ainda jovens para construírem uma vida juntos, o que tem mais profundidade de se apenas juntarem duas vidas já construídas.  

A abertura à vida foi nítida, mesmo numa sociedade onde parece que somente tem muitos filhos quem não sabe evitá-los. O Papa Francisco, há dois meses, criticou a cultura do bem-estar que faz pensar ser melhor não ter filhos para poder ter uma casa de campo e ficar tranquilo e até disse que há quem troque ter filhos por ter cachorrinhos e gatos. Assim, muitos casais que criam barreiras e colocam em patamar superior aos filhos a carreira, o patrimônio, seus títulos acadêmicos ou simplesmente as noites de sono. 

A família Campos faz parte de uma minoria no mundo atual. Os pais foram generosos. E a generosidade não se refere apenas à questão financeira, mas também a repartir o tempo, os finais de semana, as noites de sono e a abrir mão de tantas outras coisas em favor de se colaborar com Deus na obra da criação.  No caminho inverso, hoje, criam-se tantas necessidades, frutos da mentalidade consumista que levam à conclusão que não se é possível mais ter filhos

E com 23 anos de matrimônio receberam com alegria o quinto filho. Este, nascido em janeiro de 2014, diagnosticado no ventre com síndrome de Down, foi acolhido com a expressão de um de seus irmãos, reforçada pelo seu pai no Facebook:  “Como disse seu irmão, você chegou na família certa! Agora, todos nós vamos crescer com muito amor, sempre ao seu lado”. E acrescentou sobre o nome escolhido para o menino: "Tem o nome do bisavô e de São Miguel Arcanjo. Seu significado em hebraico ("Quem será como Deus?"), lembra da nossa humildade diante do Senhor."

Nestes dias de sofrimento, à espera do cadáver de seu pai, a família se amparou também na fé. Duas missas foram celebradas em sua casa, além da missa de corpo presente com uma multidão no dia de seu enterro. E mesmo na dor, como certeza de fé e em um momento no qual muitos católicos diriam "não ter cabeça para isso", a mãe Renata fez questão que seu filho de oito anos fizesse a primeira Eucaristia. Isso com o apoio espiritual de um sacerdote que já era conhecido da família e há tempos os atendia em confissões e aconselhamentos. 

Eduardo usava medalhas que expressavam sua fé e que foram encontradas nos escombros do acidente. Ainda que com alguma mesclagem de superstição (um trevo de quatro folhas no meio das medalhas),  predominavam imagens de Nossa Senhora e de São Francisco.  Simplicidade franciscana refletida no seu túmulo, em uma área popular do cemitério.

Reforço que não faço julgamento de sua eficiência como político, profissional ou qualquer outro panorama que não seja a simples reflexão de ver nesta família um contraponto à cultura predominante. Quero apenas refletir que viver em uma bela família é possível para todos, seja qual for a classe social ou a profissão. O projeto de Deus é para todos e, na fé, ele se concretiza.

Também agradeço a este casal, Eduardo e Renata, que fortalece o coro do qual fazemos parte minha esposa e eu. Não são raras as vezes que comentários e olhares nos fazem parecer ter vindo de outro planeta por termos seis filhos (por enquanto) e buscarmos educá-los na fé católica e na simplicidade! Até mesmo pessoas próximas e de "fé" não conseguem disfarçar o espanto sempre que comunicamos, com alegria, mais uma gravidez. Influenciadas por uma cultura que tem medo dos filhos, ainda não abriram os olhos para a beleza de se dizer sim ao chamado de Deus para serem generosos cooperadores Dele na criação da vida. 

André Parreira (alparreira@gmail.com), da diocese de São João del-Rei-MG, é autor de livros sobre a preparação para o Matrimônio e responsável no Brasil pelo DVD "Sim, Aceito!", lançado em parceria com a Pastoral Familiar da CNBB. Empresário, casado e pai de 6 filhos, colabora na formação de jovens e casais e é colunista colaborador de ZENIT.

[1] Preparação para o sacramento do Matrimônio, parágrafo 12,

http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/family/documents/rc_pc_family_doc_13051996_preparation-for-marriage_po.html

domingo, 24 de agosto de 2014

Papa Francisco faz apelo em prol da Ucrânia

Papa Francisco faz apelo em prol da Ucrânia

DOMINGO, 24 DE AGOSTO DE 2014, 8H33 MODIFICADO: DOMINGO, 24 DE AGOSTO DE 2014, 8H40 


Queridos irmãos e irmas, não podemos calar diante da maldade do mundo e é por isso que nós cristãos rezamos para que haja paz e tolerância dos povos. Se não houver entendimento entre as pessoas, a nossa humanidade se empobrece e fica longe de set promotor da vida e justiça no mundo. Não se pode ter justiça com uso das forças autoritárias, pois elas maculam a paz verdadeira. Embora somos diferentes e tem ideias contrárias, devido o modo de entender e compreender a religião, a politica, a cultura de cada nação, mas a unidade se faz também na pluralidade quando procuramos o dialogo sincero sem diminuir ninguém. A Igreja se faz presente nas situações de horror para ser o balsamo que regenera o ser humano, pois o Cristo que acreditamos é príncipe da paz e está no nosso meio para nos encorajar na luta do bem. Que as nações aprendam a ser parceiras uma das outras, quebrando o individualizamo, o ódio  e a intolerância para caminhar na harmonia de uma humanidade feliz e próspera até um dia estar com Deus para sempre. (Jose Benedito Schumann Cunha)

Colocando como intenção a Ucrânia, Santo Padre rezou uma ‘Ave Maria’ com os fiéis reunidos na Praça São Pedro

Jéssica Marçal
Da Redação

Francisco pediu que fiéis rezem pela Ucrânia, que vive em situação de conflito /

O Papa Francisco voltou a rezar pela paz na Ucrânia. Angelus deste domingo, 24, 24, ele pediu orações pelo país que celebra hoje a festa nacional, porém ainda vive em situação de conflito, o que ameaça a paz.

“O meu pensamento vai hoje de forma especial à amada terra da Ucrânia, cuja festa nacional acontece hoje, a todos os seus filhos e filhas, aos seus desejos de paz e serenidade, ameaçados por uma situação de conflito que não indica se acalmar, gerando tanto sofrimento entre a população civil”, disse o Papa.

O Santo Padre contou que recebeu uma carta de um bispo relatando toda esta dor do povo ucraniano. Então ele confiou a Jesus e a Nossa Senhora toda a nação, rezando sobretudo pelas vítimas, familiares e todos os que sofrem.

“Rezemos juntos à Nossa Senhora por esta amada terra da Ucrânia no dia da festa nacional: Ave Maria…. Maria, Rainha da Paz, rogai por nós!”.

fonte: www.cancaonova.com 

sábado, 23 de agosto de 2014

Papa envia ajuda financeira às minorias religiosas iraquianas

Papa envia ajuda financeira às minorias religiosas iraquianas
SÁBADO, 23 DE AGOSTO DE 2014, 10H17 


Uma parte desta doação foi levada pelo Cardeal Fernando Filoni, que esteve em missão especial no país

Da redação, com News.va

O Papa Francisco enviou uma ajuda de um milhão de dólares aos cristãos e outras minorias religiosas iraquianas que tiveram que deixar suas casas em fuga dos milicianos do Estado Islâmico. Uma parte desta doação foi levada pelo Cardeal Fernando Filoni, que esteve em missão especial no país.

O próprio cardeal revelou a notícia em entrevista à CNS, agência católica de notícias dos EUA. Dom Fernando visitou Erbil de 12 a 20 de agosto, e na volta, teve um encontro com o Papa para ilustrar a sua missão. Ele disse que levou consigo apenas um décimo da ajuda e que 75% do dinheiro foi entregue aos católicos e 25% à comunidade dos ‘yazidis’.

Em entrevistas a jornais italianos, o cardeal sugeriu uma missão de ‘capacetes azuis’ da ONU para proteger os refugiados cristãos forçados a abandonar suas casas. Dom Fernando também falou sobre a ameaça das organizações terroristas islâmicas: “Estes grupos atuam mostrando-se bem equipados com armas e dinheiro. A questão é ‘como é possível que este movimento de recursos tenha passado despercebido a quem devia controlar?’”

Onde está Cristo está a sua Igreja

Onde está Cristo está a sua Igreja


Queridos irmãos e irmãs em Cristo, a liturgia desse 21º Domingo do Tempo Comum nos apresenta dois temas de real importância para nós cristãos, que é Cristo e a sua  Igreja. A Igreja tem o fundamento em Cristo que estabeleceu na fé de Pedro e ela prevalece há quase dois mil anos entre nós. A Igreja foi fundamental nos alicerces da civilização ocidental em que vivemos. Graça a ela temos muitas escolas e universidades, descobertas cientificas com ética cristã, hospitais, asilos, orfanatos, sanatórios etc. Ela está no mundo e tem a garantia do selo de Cristo que nunca a deixa só.

No livro do Profeta Isaias, temos claro da pessoa que se tornava ministro da casa com recebimento da chave do Palácio Real. Esta pessoa era Eleaquim e podemos dizer que na pessoa dele temos a figura de Pedro, que recebe de Cristo o poder das chaves da Igreja, tornando-se o primeiro papa e hoje esta pessoa está representada no Papa Francisco. Isso é importante para nós entendermos a Igreja que está descrita no evangelho de hoje, pois Jesus dá esse poder a ela de dirigir, governar e orientar o Povo de Deus na sã doutrina. Assim, A Igreja é guardiã da Palavra de Deus. (cf. Is 22,19-23)

Na carta de São Paulo aos romanos podemos ter o contato e contemplar a Riqueza, a Sabedoria e a ciência de Deus na historia de salvação da humanidade em Cristo, o único mediador, mas que deixou a Igreja para ser seu intercessor, pois onde ela liga será ligado e onde se desliga será desligado. Deus quer e deseja que o homem conheça o seu projeto de salvação, mas a exigência é crer e aderir a Ele com fidelidade e espirito de serviço. (cf. Rm 11,33-36)

No Evangelho de Mateus, nós deparamos Jesus que entrega as chaves da Igreja após a adesão da confissão dos apóstolos quando reconhece que Jesus é o Messias, o filho de Deus que vem trazer a salvação para todos. Agora temos a nitidez de dizer que a Igreja é a comunidade de pessoas que tem a fé em Cristo e ela se faz na pessoa de Pedro. Temos nesse evangelho o aspecto cristológico e eclesiológico da Igreja.

O primeiro é o reconhecimento de todos em Cristo e na confissão de fé Nele; e o segundo é a Igreja que se faz comunidade viva na profissão de fé de Pedro em Cristo quando ele diz: Tu és o Cristo, o Filho de Deus Vivo. Portanto, com essa clareza e postura de Pedro diante de uma indagação de Cristo que pergunta quem era Ele para eles, e desse modo, Pedro e seus sucessores receberam a dignidade de governar a Igreja e confirma-la na fé em Cristo. (cf. Mt 16,13-20)

É isso que vemos hoje, a Igreja está nas mãos do nosso Papa Francisco, sucessor de Pedro, que está confirmando a nossa fé em Jesus. A Igreja caminha na unidade e promove todos para ouvir a Palavra de Cristo e celebrar a Eucaristia

Que esta liturgia nos ajude a sermos membros ativos da Igreja e sermos fiéis a ela, obedecendo os seus ensinamentos , na voz do seu Magistério, para que caminhemos sem medo de errar e ficarmos seguros na doutrina de Cristo para alcançarmos a verdadeira liberdade e vida que se culminarão no céu.

Tudo por Jesus nada sem Maria!

Jose Benedito Schumann Cunha ( Bacharel em Teologia e graduado em Filosofia)

domingo, 17 de agosto de 2014

Papa Francisco se encontra com bispos da Ásia

Papa Francisco se encontra com bispos da Ásia

DOMINGO, 17 DE AGOSTO DE 2014

Papa durante encontro com bispos da Ásia / Foto: Rádio Vaticano

Santo Padre destacou importância do diálogo na missão da Igreja e advertiu  sobre as tentações que ameaçam a identidade cristã

Jéssica Marçal
Da Redação

Papa durante encontro com bispos da Ásia / Foto: Rádio Vaticano


Ter consciência da identidade cristã e a capacidade de empatia são elementos essenciais para o diálogo, tão importante para a missão da Igreja. Esse foi o centro do discurso do Papa Francisco no encontro com os bispos da Ásia neste domingo, 17. O Pontífice, que segue sua viagem à Coreia do Sul, lançou o olhar sobre a missão da Igreja no continente asiático, advertindo os bispos sobre as tentações do mundo.

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O Santo Padre destacou que, para que o diálogo aconteça, é essencial, estar consciente da identidade cristã e ter a capacidade de empatia, ou seja, de abrir a mente e o coração para a pessoa com quem se fala.

Porém, Francisco admite que estas não são tarefas fáceis, tendo em vista as tentações do mundo. O Papa elencou três delas: o relativismo, a superficialidade e a aparente segurança que se esconde em respostas fáceis.

O relativismo, segundo ele, obscurece o esplendor da verdade, enfraquece qualquer identidade. A superficialidade constitui uma tendência de se deixar levar por distrações em vez de se dedicar ao que realmente interessa. Já com relação à aparente segurança que se esconde em respostas fáceis, o Papa lembrou que a fé não se concentra em si mesma, mas procura fazer-se compreender, faz nascer o testemunho.

“Resumindo, é a fé viva em Cristo que constitui a nossa identidade mais profunda. É dela que parte o nosso diálogo e é esta fé que somos chamados a partilhar, de modo sincero, honesto e sem presunção, por meio do diálogo da vida quotidiana, do diálogo da caridade e em todas as ocasiões mais formais que possam surgir”.

O Santo Padre se concentrou ainda em outro elemento da identidade cristã: a fecundidade, que é a capacidade de produzir frutos de justiça, bondade e paz. Nesse ponto, Francisco perguntou aos bispos se os programas de pastoral realmente estão refletindo essa identidade cristã.

Concluindo seu discurso, Francisco falou da capacidade de empatia, cujo desafio é não se limitar a ouvir o que os outros falam, mas abrir mente e coração para suas experiências, dificuldades, aspirações. Essa capacidade possibilita o verdadeiro diálogo humano, o que Francisco espera que aconteça nos países do continente asiático.

“Num tal espírito de abertura aos outros, espero firmemente que os países do vosso Continente, com os quais a Santa Sé ainda não tem plenas relações, não hesitarão em promover um diálogo para benefício de todos”.

Neste domingo, 17, às 20h30, acompanhe na TV Canção Nova um programa especial com o resumo da viagem do Papa à Coreia do Sul.

sábado, 16 de agosto de 2014

Papa aos consagrados: Testemunhar alegria de sentir-se amado por Deus

Papa aos consagrados: Testemunhar alegria de sentir-se amado por Deus

SÁBADO, 16 DE AGOSTO DE 2014, 11H27


Em discurso às comunidades religiosas, Papa explicou que é o testemunho alegre dos  cristãos que irão atrair os homens e mulheres para Cristo

religiosas

Kelen Galvan
Da redação

religiosasNeste sábado, 16, o Papa Francisco encontrou-se com as comunidades religiosas da Coreia do Sul. Cerca de cinco mil religiosos e religiosas reuniram-se com o Santo Padre no Centro de Treinamentos “School of Love”, na cidade de Kkottongnae, a 90km de Seul.

Devido ao atraso no programa papal, a Celebração das Vésperas não foi realizada, mas o Papa manteve seu discurso.

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O Santo Padre destacou a grande variedade de carismas e atividades apostólicas ali representadas que, enriquecem “de forma maravilhosa, a vida da Igreja na Coreia e para além dela”.

Recordando as palavras do salmo “Minha carne e meu coração desfalecem; rochedo do meu coração e minha porção é Deus para sempre!” (Sl 73, 26), o Papa disse que este trecho faz pensar na própria vida.

Francisco explicou que a alegria não se expressa da mesma forma em todos os momentos da vida, principalmente nos de grande dificuldade. Entretanto, ela sempre permanece como um feixe de luz que nasce da certeza de sentir-se infinitamente amado.

“A firme certeza de ser amados por Deus está no centro da vossa vocação: ser para os outros um sinal tangível da presença do Reino de Deus, uma antecipação das alegrias eternas do céu”, enfatizou.

O Pontífice destacou ainda que é com esse testemunho alegre que os cristãos irão atrair homens e mulheres para Cristo. Uma alegria, que segundo ele, é um dom que se alimenta de uma vida de oração, da meditação da Palavra de Deus, da celebração dos Sacramentos e da vida comunitária.

“Quando faltam estas coisas, aparecerão as fraquezas e dificuldades que obscurecem a alegria conhecida tão intimamente no início do nosso caminho”, disse.

Vida comunitária

O Papa explicou que tanto os carismas mais contemplativos, quanto os mais ativos, são chamados ao mesmo desafio: tornar-se especialistas na misericórdia divina precisamente através da vida em comunidade.

Francisco disse que, por experiência própria, a vida comunitária nem sempre é fácil. Contudo, é um terreno providencial para “a formação do coração”.

“Não é realista esperar que não haja conflitos: surgirão incompreensões e será preciso enfrentá-las. Mas, apesar destas dificuldades, é na vida comunitária que somos chamados a crescer na misericórdia, na paciência e na caridade perfeita”.

Obediência, pobreza e castidade

O Pontífice afirmou que a vivência da castidade, pobreza e obediência serão um testemunho jubiloso do amor de Deus, na medida em que os consagrados permanecerem firmes sobre “a rocha da Sua misericórdia”.

E destacou que isso é verificado especialmente no que se refere à obediência religiosa. “Uma obediência madura e generosa exige que adirais na oração a Cristo, o qual, assumindo a forma de servo, aprendeu a obediência por meio do sofrimento. Não há atalhos: Deus quer os nossos corações por inteiro, e isso significa que temos de nos ‘desapegar’ e ‘sair de nós mesmos’ sempre mais”.

Sobre a castidade, Francisco explicou que ela exprime a doação exclusiva de si mesmo ao amor de Deus e afirmou que é de conhecimento de todos que essa vivência requer um exigente empenho pessoal. Entretanto, as tentações neste campo requerem confiança humilde em Deus, vigilância e perseverança.

O Santo Padre disse ainda que é através do conselho evangélico da pobreza, que os religiosos serão capazes de reconhecer a misericórdia de Deus não só como fonte de fortaleza, mas também como um tesouro.

E exortou que a pobreza deve encontrar expressão concreta no estilo de vida dos consagrados, tanto de forma pessoal como comunitária. “Penso de modo particular na necessidade de evitar todas as coisas que vos possam distrair e causar confusão e escândalo nos outros. Na vida consagrada, a pobreza tanto é um ‘muro’ como uma ‘mãe’: um ‘muro’ porque protege a vida consagrada, e uma ‘mãe’ porque a ajuda a crescer e a conduz pelo justo caminho”.

Dom da vida consagrada

O Papa pediu ainda aos religiosos e religiosas para, com grande humildade, fazer tudo o que puderem para demonstrar que a vida consagrada é um dom precioso para a Igreja e para o mundo.

“Não o guardeis só para vós mesmos; partilhai-o, levando Cristo a todos os cantos deste amado país. Deixai que a vossa alegria continue a encontrar expressão nos vossos esforços por atrair e cultivar vocações, reconhecendo que todos vós colaborais para formar os homens e mulheres consagrados de amanhã”.

E concluiu seu discurso, confiando às comunidades religiosas presentes o zelo pela Igreja na Coreia e no desejo de contribuir para a missão de proclamar o Evangelho e edificar o povo na unidade, santidade e amor.

Neste domingo, 17, às 20h30, acompanhe na TV Canção Nova um programa especial com o resumo da viagem do Papa à Coreia do Sul.

Papa visita portadores de deficiência e reza por crianças abortadas

Papa visita portadores de deficiência e reza por crianças abortadas

SÁBADO, 16 DE AGOSTO DE 2014, 10H17 MODIFICADO: SÁBADO, 16 DE AGOSTO DE 2014, 10H20 

Queridos irmãos e irmãs, nós cristãos devemos ser defensores da vida, principalmente os beneficentes e os que estão nos ventres maternos. A vida é um dom maravilhoso que Deus deu as suas criaturas, desde o homem até a natureza que deslumbra os nossos olhos com as suas matizes que nenhum artista consegue fazer igual. Mesmo quando o homem transgride as sua orientações e cai no pecado, trazendo morte e sofrimento a ele, Deus vem em socorro do homem decaído e prepara um plano de salvação que traz nova oportunidade de vida em comunião com Ele e com todo universo. 
As crianças perseguidas, maltratadas, exploradas e mortas pelo aborto ou pela injustiça do mundo que é marcado pelo individualismo e materialismo, devem ser protegidas e favorecidas com politica publica justa e verdadeira para sua verdadeira promoção de vida. (Jose Benedito Schumann Cunha

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A Casa da Esperança, com cerca de 150 pacientes e 50 crianças com deficiência, recebeu a visita do Papa Francisco neste sábado

Da redação, com Agência Ecclesia


Papa reza em silêncio no ‘jardim das crianças abortadas’ / Foto: Agência Ecclesia

O Papa visitou neste sábado, 16, um centro de recuperação para pessoas com deficiência na localidade coreana de Kkottongnae, instituição fundada pelo padre Oh Woong Jin.

Após uma Missa que reuniu cerca de 800 mil pessoas em Seul, Francisco seguiu de helicóptero para a ‘House of Hope’ (Casa da Esperança), 130 quilômetros ao sul da capital sul-coreana, onde foi recebido pelo referido sacerdote, o bispo de Cheongju, D. Gabriel Chang Bong-hun e autoridades locais, para além de milhares de pessoas.

O Papa, que entrou descalço no local em sinal de respeito, cumprimentou um a um os cerca de 150 pacientes adultos e 50 crianças com deficiência, vindas de outro centro, e mais de 70 profissionais da instituição.

As crianças apresentaram a Francisco uma pequena coreografia e ofereceram-lhe alguns trabalhos manuais, além de um colar de flores; o Pontífice argentino retribuiu com a oferta de um mosaico da Natividade de Nossa Senhora.

Após deixar o local, o Papa parou para uma oração em silêncio no ‘jardim das crianças abortadas’, na presença de uma representação de ativistas pró-vida e de um missionário, Lee Gu-won, que não tem braços nem pernas.

Neste domingo, 17, às 20h30, acompanhe na TV Canção Nova um programa especial com o resumo da viagem do Papa à Coreia do Sul.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Papa pede que cristãos combatam o materialismo em 1ª missa na Ásia

Papa pede que cristãos combatam o materialismo em 1ª missa na Ásia

Estádio onde missa foi celebrada ficou repleto de fiéis na Coreia do Sul (Foto: Vincenzo Pinto/AFP)

Celebração reuniu cerca de 50 mil pessoas em estádio na Coreia do Sul.
Religioso se reunirá com jovens e participará de beatificação no sábado.
Da EFE


Papa Francisco fala aos fiéis durante a missa na Coreia do Sul (Foto: Vincenzo Pinto/AFP)
Papa Francisco fala aos fiéis durante a missa na
Coreia do Sul (Foto: Vincenzo Pinto/AFP)

O Papa Francisco pediu nesta sexta-feira (15) que os cristãos "combatam o encantamento do materialismo e rejeitem os modelos econômicos desumanos" na missa da Assunção da Virgem Maria, a primeira cerimônia pública oficial pelo pontífice na visita à Coreia do Sul.
Francisco convidou os jovens "a combater o encantamento de um materialismo que afoga os autênticos valores espirituais e culturais, assim como o espírito da concorrência desenfreada, que gera egoísmo e luta".

"Que também rejeitem os modelos econômicos desumanos que encontram novas formas de pobreza e marginalização dos trabalhadores", afirmou Francisco na cerimônia assistida por 50 mil pessoas no estádio da Copa do Mundo de Daejeon, a cerca de 150 quilômetros ao sul de Seul.
Na missa de 15 de agosto, dia em que a Coreia comemora o aniversário da independência do Império Japonês, o papa disse ter esperança de que os jovens do país se transformem em "uma generosa força de renovação espiritual em todos os níveis da sociedade".

"A esperança oferecida pelo Evangelho é o antídoto para o espírito de desesperança que parece crescer como um câncer na sociedade, que no exterior é próspera, mas que frequentemente vive a experiência da tristeza interior e o vazio", disse o pontífice.

"A quantos de nossos jovens esta desesperança fez pagar um tributo', completou.
Participaram da cerimônia 30 parentes de vítimas do naufrágio da balsa Sewol, a maior tragédia em décadas no país que em abril deixou 304 mortos. Dez deles foram recebidos minutos antes da cerimônia por Francisco, que quis falar pessoalmente palavras de consolo e dar seus pêsames, informou a organização.

Em uma forte crítica ao modelo de sociedade competitiva que ganha cada vez mais espaço na Ásia, do Japão a Cingapura, de Taiwan até a Coreia, e inclusive a China, o líder da Igreja Católica advertiu sobre "a cultura da morte que desvaloriza a imagem de Deus, o Deus da vida, e viola a dignidade de cada homem, mulher e criança", em uma referência ao suicídio, ao aborto e à eutanásia.

Na tarde desta sexta o pontífice se reunirá com representantes de jovens católicos do continente que participam da Jornada da Juventude Asiática (JJA).

No sábado (16) o papa participará da beatificação de 124 mártires sul-coreanos na emblemática praça de Gwanghwamun da capital, em um evento que pode atrair até um milhão de pessoas, estimaram as autoridades.

A visita iniciada nesta quinta-feira (13) pelo pontífice argentino à Coreia do Sul, onde vivem 5,4 milhões de católicos, é considerada histórica por ser a primeira de um papa ao país em 25 anos.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Quem é essa Mulher? Ela é a preferida de Deus

Quem é essa Mulher? Ela é a preferida de Deus

por José Benedito Schumann Cunha

jbscteologo@gmail.com


Queridos irmãos e queridas irmãs no Amor de Deus e na Graça de Cristo... Hoje é um dia muito especial para todos nós, pois celebramos a Festa da Assunção de Nossa Senhora. Isso é um dogma de fé que deve ser considerado como verdade absoluta. Quem declarou esse dogma foi o papa Pio XII em 1950. Assim foi declarado. "É dogma revelado por Deus que a Imaculada Mãe de Deus, a Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celestial".

Se for ver a história da Igreja, vemos que esta FESTA da Assunção é bem mais antiga. No início, era a Festa da "Dormição" de Maria (não se fala de morte) e da transferência de seu corpo para o paraíso. Mas a Igreja de Jerusalém já fazia nessa época uma procissão ao túmulo de Maria.

No Livro do Apocalipse, vemos Maria, e podemos, sem duvida, tê-la como imagem da Igreja. Ela é a Mãe da Igreja, que é gerada na dor de uma realidade nova para a humanidade, pois ela estava em pé diante da cruz redentora de Cristo, que vence o mal com sua morte.

A figura da mulher coroada com 12 estrelas na cabeça representa a comunidade das 12 tribos de Israel. Agora, para nós, essa Mulher é Maria, a mãe do Messias, que vem trazer Jesus em nosso coração. (Cf. Ap 11, 19a; 12, 1-10ab). E como Maria participa na vitória de Cristo sobre o mal, de modo admirável, ela é corredentora, pois ela nos leva a Jesus.

Na Primeira Carta aos Coríntios, Maria, é  a nova Eva e Jesus é o novo Adão. Maria é a mulher singular, pois é um sinal para todos de esperança que renova a humanidade. Ela é mãe do Redentor que traz dignidade a todos e nos habilita para o seu Reino de amor, justiça e paz. Se pensarmos bem, a Assunção é a certeza da nossa Ressurreição e isso é para todos que aderem a Cristo em uma vida de comunidade onde tudo se faz serviço aos irmãos e irmãs de caminhada de fé no Cristo vivo, principalmente os que mais precisam. (Cf. 1 Cor 15, 20-27).

O evangelista Lucas nos mostra Maria, a Mãe de todos que creem e querem seguir Jesus, o seu filho amado, pois ela creu nas palavras do anjo referente à sua maternidade divina. Ela é Cheia do Espírito Santo, e proclama com fé a Deus que vem salvar a humanidade toda. Maria pronuncia palavras de fé e de esperança no Deus da vida, agora todas as gerações a chamarão de bem-aventurada, pois creu na Palavra do Senhor! Nós devemos deixar Deus conduzir a nossa vida e ter Maria, nossa Senhora, a mãe do Senhor como auxiliadora que nos leva a Jesus sempre.

Assim, Maria é sinal da bondade de Deus para com a humanidade que quer seguir os passos de Cristo. Ela é a humilde serva de Deus que faz a vontade de Deus na sua vida e nos dá um grande presente que é seu Filho para salvar a humanidade toda. Esse presente é para todos que querem seguir coerentemente o Evangelho de Cristo que gera no nosso coração ao mor que constrói ponte de fraternidade, de solidariedade, de amor, de partilha, de justiça que traz a paz  e de perdão que regenera a todos. Tudo por Jesus nada sem Maria (Cf. Lc 1, 39-56).


Amém!

CNBB emite nota pelo falecimento de Eduardo Campos

CNBB emite nota pelo falecimento de Eduardo Campos
por Jéssica Marçal

QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014, 9H47 MODIFICADO: QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014, 11H12 

Cardeal Damasceno assina a nota e diz que o acontecimento “torna mais pobre o cenário político do país”

Da Redação, com CNBB

Arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Raymundo Damasceno Assis, emitiu uma nota de condolências por ocasião da morte de Eduardo Campos, nesta quarta-feira, 13. Campos era o candidato à presidência da República pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e faleceu em um acidente aéreo em Santos (SP), junto com outros tripulantes da aeronave.

Para o cardeal, “esse acontecimento trágico torna mais pobre o cenário político do país”. No dia 12 de junho, quando era pré-candidato à presidência, Eduardo Campos visitou a sede da CNBB, em Brasília, e recebeu da presidência o subsídio “Pensando o Brasil – desafios diante das eleições 2014”.

Na ocasião, Campos considerou os assuntos apresentados pelo episcopado “importantes”. “Com certeza vão contribuir para a reflexão que nós estamos fazendo e para o nosso programa de governo”, sinalizou.

Confira a íntegra da nota:

NOTA DE CONDOLÊNCIAS DA CNBB PELO FALECIMENTO DO DR. EDUARDO CAMPOS

Em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – e em meu próprio, consternados pela triste notícia do falecimento do Governador do Estado de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Dr. Eduardo Henrique Acioly Campos, e colaboradores, vitimados pela queda da aeronave que os transportava, na tarde de hoje, 13 de agosto, expressamos nossos sinceros sentimentos de pesar à sua esposa, Srª. Renata Campos, e filhos, aos familiares e amigos, à candidata a Vice-Presidente, Srª. Marina Silva, ao Partido Socialista Brasileiro, ao atual Governador, Dr. João Lyra Soares Neto, e aos entes queridos das outras vítimas.

Esse acontecimento trágico torna mais pobre o cenário político do país, pois ceifou a vida de um homem público, cristão autêntico, esposo e pai exemplar, que fez da “política uma missão, um serviço à sociedade brasileira” e, “por esse chamado”, conforme afirmou em visita ao Presidente da CNBB, “candidatou-se à Presidência da República”.

Renovando nossa fé na Ressurreição prometida por Jesus, elevamos nossas preces pelo descanso eterno do Dr. Eduardo e das outras vítimas, pelo conforto de todos os que sofrem com essa irreparável perda.

“Brilhe para eles, Senhor, a vossa luz”!

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Canção Nova faz cobertura especial da visita do Papa à Coreia

Canção Nova faz cobertura especial da visita do Papa à Coreia

QUARTA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2014, 16H55 MODIFICADO: QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014, 8H24 

Transmissões ao vivo e programa especial fazem parte da cobertura especial da terceira viagem internacional do Papa Francisco

Kelen Galvan
Da redação

papa_coreia1A partir desta quinta-feira, 14, a TV Canção Nova transmite AO VIVO os principais eventos da visita do Papa Francisco à Coreia do Sul. A terceira viagem internacional do Pontífice começou nesta quarta-feira, 13, e prossegue até segunda, 18.

Entre os compromissos do Santo Padre no país, estão sua participação na VI Jornada da Juventude Asiática e a beatificação dos primeiros 124 mártires coreanos.

Além das transmissões, o Jornalismo Canção Nova prepara um programa especial para o domingo, às 20h30, com o resumo de todas as atividades do Papa na Coreia.

O programa especial contará com a participação de comentaristas para analisar o significado desta visita para a Igreja e para os cristãos do país. Logo em seguida, haverá a última transmissão ao vivo do Papa na Coreia.

O site papa.cancaonova.com também fará a cobertura completa desta viagem do Papa Francisco, com a publicação de seus discursos e homilias na íntegra.

- Veja os horários das transmissões ao vivo (horário de Brasília):

Ás 22h30 desta quinta-feira, 14, será transmitida a Missa na Solenidade da Assunção de Nossa Senhora no Worl Cup Stadium de Daejeon.

Na sexta-feira, 15, haverá duas transmissões: A primeira, às 5h30, será o encontro do Papa com os jovens da Ásia no Santuário de Solmoe. E mais tarde, às 22h, a Santa Missa de beatificação de Paul Yun Ji-Chung e 123 companheiros mártires na Porta de Gwanghwamun a Seoul.

No domingo, 17, além do programa especial às 20h30, também haverá duas transmissões ao vivo. Ás 4h30, o Santo Padre preside a Santa Missa de Conclusão da VI Jornada da Juventude Asiática no Castelo de Haemi.

E às 21h45, a Missa de encerramento da visita do Papa ao país, que terá como intenção principal a paz e reconciliação. A celebração será na Catedral de Myeong-dong.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Papa Francisco: "se o 666 é o diabo, o 99,9 é Jesus"

Papa Francisco: "se o 666 é o diabo, o 99,9 é Jesus"

Conversa telefônica do Papa com dois sacerdotes de uma das rádios paroquiais mais pobres da Argentina

Por Redacao

ROMA, 08 de Agosto de 2014 (Zenit.org) - Nesta sexta-feira o Papa Francisco concedeu uma entrevista por telefone aos sacerdotes Joaquin Giangreco e Juan Ignacio Liébana, que foi transmitida ao vivo pela rádio local de Campo Gallo e Huachana, duas paróquias localizadas cerca de 200 quilômetros da capital de Santiago del Estero, na província de mesmo nome, uma das mais pobres da Argentina.

"Tenho vocês dentro do meu coração. O trabalho que vocês fazem, me faz feliz. Por isso começo com uma forte saudação e a minha benção”, disse-lhes o Santo Padre.

Perguntado pelos sacerdotes sobre a religiosidade popular e a sua cultura disse: “Tenho uma grande convicção de que o nosso povo nunca erra e só adora a Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. E junto com esta adoração a Deus, sabe que Jesus deixou nossa Mãe, a Virgem, para que cuidasse de nós. Nosso povo não a adora, a ama e a honra. Como todos nós que queremos e honramos nossa mãe, sabe que Ela cuida de nós e que está no céu. E nosso povo, adorando a Deus, que é o único que deve ser adorado, e Jesus Cristo, que é o único que deve ser adorado, também se deixa cuidar pela Mãe. Nosso povo não é órfão, tem mãe e é uma das coisas mais bonitas da devoção à Virgem, que não é adoração, mas sim carinho de um filho pela sua mãe. E este povo se reúne para adorar a Deus e para recordar a sua mãe. Este é o núcleo da piedade popular da américa latina. Um filho sem mãe tem a alma mutilada. Um povo sem mãe é um povo órfão, órfão de solidão, de secura, talvez de ideias, sem a ternura que só uma mãe dá. Por isso, seguimos sempre as duas coisas na piedade popular: a adoração a Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo, e a Ele somente se adora, e o carinho e o respeito e veneração que não é adoração à Nossa Mãe, porque nós não somos órfãos, temos mãe.

Em uma linguagem muito coloquial, estes dois sacerdotes conversaram com o Santo Padre. O conheciam há muito tempo e um deles foi ordenado por Bergoglio.

"Cada um – continuou o Pontífice – tem um papel, cada um tem um trabalho para fazer, uma vocação. Deus chamou vocês dois para ir embora, deixar as suas famílias, a cidade de Buenos Aires que é tão linda, e foram acompanhar este povo. Junto com vocês tem muita gente que não está morando lá, e que, à distância, quer estar com vocês. Agradeço essas pessoas”.

"A Igreja – continuou o Santo Padre – se mantém de pé com a piedade dos fieis. Pela oração, pela missa, pela eucaristia. Essas pessoas que vão à missa, que recebem a eucaristia pedindo por vocês, é a que lhes sustenta, e a paróquia. A eles vai o meu primeiro agradecimento. Também àqueles que se privam de algum bem, de algum dinheiro para dá-lo a vocês. Para eles o meu carinho também. Não importa o quanto ajudam, importa que ajudam, porque mimam vocês e se perguntam: Como eu posso acompanhar estes dois padres que estão tão distantes de Buenos Aires? E também de outras cidades de onde recebem ajuda. A esses homens e mulheres envio uma grande saudação e a minha gratidão. E de maneira especial quero mencionar dois tipos de pessoas que são as que Jesus olha com mais carinho: as avós e os avôs, e as crianças. Quantas avós e avôs rezam por vocês, quantas crianças rezam por vocês e apoiam o trabalho do seu povo. Envio-lhes um grande abraço, junto com a minha benção”.

No diálogo retransmitido por vários meios locais e colocado no youtube, onde se sente o som um pouco metálico de uma pequena rádio, o Papa destacou a importância da Igreja como instituição.

"O peregrino – disse o Papa Francisco – é uma imagem do que é a Igreja, porque a Igreja é peregrina. Jesus fundou uma igreja em caminho, uma igreja peregrina. Quando a Igreja está quieta, deixa de ser Igreja e vira uma associação civil. Nossa Igreja é uma Igreja com dupla saída: com a adoração a Deus e a oração; e outra saída rumo aos irmãos, para ajudá-los, acompanhá-los e fazer as obras de misericórdia que Jesus nos ensinou, e que estão no capítulo 25 de São Mateus. O peregrino que visita um templo para a glória de Deus e adorar a Deus, e para venerar e honrar a Mãe, esse peregrino tem a vocação de caminhar, que tem a Igreja. Que a nossa Igreja nunca se canse de caminhar porque no caminho encontramos esse sentido que Deus quer do seu povo: um povo a caminho”.

Porque "quando uma comunidade cristã ainda quieta é como uma água estagnada, que é a primeira a ser corrompida. Quando uma comunidade não peregrina, não só a pé, mas com o coração, e não tem um coração peregrino para além de si mesma, seja para adorar a Deus ou para ajudar os seus irmãos, essa Igreja está moribunda e tem que ser ressuscitada rápido. Por isso que aqueles que estão trabalhando para construir uma casa de Deus, que é um lugar de peregrinação, saibam que isso é um símbolo da Igreja que caminha. E essa peregrinação que fazem uma vez por ano ali, é uma peregrinação que tem que fazer todos os dias na vida cotidiana. Uma peregrinação a Deus para adorá-lo, uma peregrinação à Nossa Senhora, para venerá-la e amá-la, e rumo aos mais necessitados do nosso povo”.

Em resposta a outras preocupações de um dos sacerdotes, o Papa convidou a evitar críticas destrutivas.

"Trabalhar pela unidade sempre vai ser importante. Sempre vai existir diferenças, brigas, a questão é não deixa-las crescer. Fazer que as coisas se resolvam entre irmãos. É preciso conversar sim, mas com Deus. Não precisa tirar o couro do outro. O que mais destrói a Igreja, os povos e a Nação é a crítica destrutiva. Ou seja, ficar tirando o couro um do outro. Isso não é cristão”.

Questionado sobre a falta de sacerdotes na diocese de Añatuya disse:

"Como disse Jesus, rezem para que Deus envie pastores para a messe. O coração de Deus não é indiferente às orações de seu povo. Orem para que o Senhor envie pastores. E eu diria aos jovens que se sentem o chamado de Jesus, que não tenham medo. Que vejam todo o bem que podem fazer, todo o consolo que podem dar, toda a mensagem cristã que podem transmitir e não tenham medo. A vida é para ser arriscada, não para ser guardada. Jesus disse, quem cuida muito da sua vida acaba perdendo-a. A vida é para ser dada. E assim se é fecundo. Se alguém sente que Deus lhe pede para dar a vida no sacerdócio, que não tenha medo. É necessário apostar em coisas grandes e não pequenas coisinhas. E se sente que Jesus o chama para formar uma família, que seja uma família cristã, grande, linda, com muitos filhos que levem a fé adiante”.

O Santo Padre concluiu com uma bênção e repetiu o lema da rádio que diz: "se o 666 é o diabo, o 99,9 é Jesus" e lembrou-lhes "simplesmente isto: Jesus é muito bom. Jesus nos ama. Deus nos ama. Deus nos espera sempre. Deus não se cansa de perdoar-nos. Só que devemos ser humildes e pedir perdão, para que possamos seguir em frente. Deus nos criou para que sejamos felizes. E Ele está conosco. Quando passamos momentos difíceis, de cruz, de dor, Ele passou primeiro e nos compreende de coração. Peço ao Senhor para que todos os que estão ouvindo sejam muito abençoados por Ele, lhes dê força, vontade de viver, e a coragem de não deixar-se roubar a esperança e especialmente lhes dê uma carícia e lhes faça sorrir, e que a benção de Deus todo poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo desça sobre todos e cada um de vocês e permaneça para sempre".

"A resposta confiante e pronta ao chamado do Senhor realiza coisas extraordinárias"

"A resposta confiante e pronta ao chamado do Senhor realiza coisas extraordinárias"

As palavras do Papa Francisco durante o Angelus neste domingo

Queridos irmãos e irmãs, quando estamos com Jesus e respondemos de todo coração ao seu chamado, nós encontraremos o verdadeiro sentido de nossa jornada no mundo. Pela graça de Deus fomos chamados para sermos seus discípulos através do batismo. Esse sacramento nos habilitou a sermos filhos de Deus e esta dignidade não nos  pode ser tirada por ninguém. Quando afastamos de Deus, nós mergulhamos no mar de angustia e de apreensão devido as adversidades que o mundo nos oferece, mas quando aceitamos a sua presença em nossa vida, tudo muda em nosso redor. Esta mudança surge em nosso coração e uma esperança que salva e liberta todos os cativos. 

A glória de Deus enche todos os espaços da terra e a paz verdadeira acontece na intimidade do ser humano. Nenhuma tempestade é capaz de abalar o nosso ânimo e ainda nos fortalece para enfrentá-la. Jesus acalma o nosso ser e agitação do mar de nossa vida; e ainda faz com que prossigamos nesta jornada da vida rumo ao céu, construindo já um lugar de paz, amor, fraternidade, solidariedade e ajuda mutua entre nós.(Bacharel em Teologia e graduado em Filosofia)

CIDADE DO VATICANO, 10 de Agosto de 2014 (Zenit.org) -

Publicamos a seguir as palavras que o Papa Francisco disse hoje às 12h, durante a recitação da oração do Angelus, aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro no Vaticano.
[Antes do Angelus]

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de hoje nos apresenta a história de Jesus caminhando sobre as águas do lago (cf. Mt 14,22-33). Depois da multiplicação dos pães e dos peixes, Ele convida os seus discípulos a entrar no barco e a ir na sua frente para o outro lado, enquanto ele se despede da multidão, e depois retira-se sozinho para rezar na montanha até tarde da noite. Enquanto isso, há uma forte tempestade no lago, e bem no meio da tempestade Jesus alcança o barco com os discípulos, caminhando sobre as águas. Quando eles o veem, assustados, pensam que é um fantasma, mas Ele os acalma: "Coragem, sou eu, não temais" (v. 27). Pedro, com seu zelo típico, pediu-lhe uma prova: "Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo sobre as águas"; e Jesus disse: "Vem!" (vv. 28-29). Pedro desce do barco e começa a andar sobre as águas; mas o vento bate forte e ele começa a afundar. Em seguida, grita: "Senhor, salva-me!" (v. 30), e Jesus estende a mão e o levanta.

Esta história é um belo ícone da fé do apóstolo Pedro. Na voz de Jesus dizendo-lhe: "Vem!", ele reconhece o eco do primeiro encontro na margem daquele mesmo lago, e rapidamente, mais uma vez, deixa o barco e vai para o Mestre. E caminha sobre a água! A resposta confiante e pronta ao chamado do Senhor realiza sempre coisas extraordinárias. Mas Jesus mesmo nos disse que somos capazes de fazer milagres com a nossa fé, a fé Nele, a fé na sua palavra, a fé na sua voz. Em vez disso, Pedro começa a afundar quando tira o olhar de Jesus e se deixa envolver pela adversidade que o circunda. Mas o Senhor está sempre ali, e quando Pedro o invoca, Jesus o salva do perigo. No personagem de Pedro, com os seus ímpetos e as suas fraquezas, se descreve a nossa fé: sempre frágil e pobre, inquieta e, porém, vitoriosa, a fé do cristão caminha rumo ao Senhor ressuscitado, em meio às tempestades e aos perigos do mundo.

É também muito importante a cena final. "Assim que ele entrou no barco, o vento cessou. Os que estavam no barco ajoelharam-se diante dele, dizendo: "Verdadeiramente tu és o Filho de Deus!" (vv. 32-33). No barco, estavam todos os discípulos, unidos pela experiência da fraqueza, da dúvida, do medo, da "pouca fé". Mas quando Jesus sobre no barco, o tempo muda rapidamente: Todos se sentem unidos na fé n’Ele. Todos pequenos e assustados, se tornam grandes quando se ajoelham e reconhecem no seu mestre o Filho de Deus. Quantas vezes também nos acontece o mesmo! Sem Jesus, distantes de Jesus, nos sentimos com medo e inadequados a ponto de pensar que não vamos conseguir. Falta a fé! Mas, Jesus está sempre conosco, escondido talvez, mas presente e pronto para nos sustentar.

Esta é uma imagem eficaz da Igreja: um barco que tem que enfrentar as tempestades e às vezes parece à beira de ser afundado. O que a salva não são as qualidades e a coragem dos seus homens, mas a fé, que permite caminhar também na escuridão, no meio das dificuldades. A fé nos dá a certeza da presença de Jesus sempre ao lado, da sua mão que nos segura para vencer o perigo. Todos nós estamos naquele barco, e aqui nos sentimos seguros apesar das nossas limitações e as nossas fraquezas. Estamos seguros principalmente quando sabemos colocar-nos de joelhos e adorar a Jesus, o único Senhor da nossa vida. Maria, nossa Senhora, sempre nos convida a isso. Nos dirigimos a ela confiantes.

[Depois do Angelus]

Queridos irmãos e irmãs,

Nos deixa incrédulos e desanimados as notícias que nos chegam do Iraque: milhares de pessoas, entre as quais tantos cristãos, expulsas de suas casas de forma brutal; crianças mortas de sede e fome durante a fuga; mulheres sequestradas; pessoas massacradas; violências de todo tipo; destruição por todas partes; destruição de casas, de patrimônios religiosos, históricos e culturais. Tudo isso ofende gravemente a Deus e ofende gravemente a humanidade. Não se leva o ódio no nome de Deus! Não se faz a guerra em nome de Deus! Todos nós, pensando nesta situação, nestas pessoas, façamos silêncio agora e rezemos.

(silêncio)

Agradeço aqueles que, com coragem, estão levando alívio para estes irmãos e irmãs, e confio que uma solução política eficaz a nível internacional e local possa parar com estes crimes e restabelecer o direito. Para melhor garantir a minha proximidade àqueles povos queridos, nomeei o meu enviado pessoal ao Iraque, o Cardeal Fernando Filoni, que amanhã partirá de Roma.

Também em Gaza, após uma trégua, recomeçou a guerra, que faz vítimas inocentes, crianças... e só faz piorar o conflito entre israelenses e palestinos.

Rezemos juntos ao Deus da paz, por intercessão da Virgem Maria: Dê a paz, Senhor, aos nossos dias, e faça-nos construtores da justiça e da paz. Maria, Rainha da Paz, rogai por nós.

Rezemos também pelas vítimas do vírus "Ebola" e por todos aqueles que estão lutando para pará-lo.

Saúdo todos os peregrinos e romanos, em particular os jovens de Verona, Cazzago San Martino, e Sarmeola Mestrino, e as jovens escoteiras de Treviso.

A partir da próxima quarta-feira até segunda-feira, 18, estarei fazendo uma viagem apostólica à Coréia: por favor, me acompanhem com a oração, eu preciso delas! Obrigado. E desejo a todos um bom domingo e um bom almoço. Até logo.

domingo, 10 de agosto de 2014

Papa recorda drama em Gaza e no Iraque e reza pela paz

Papa recorda drama em Gaza e no Iraque e reza pela paz


por Jéssica Marçal

DOMINGO, 10 DE AGOSTO DE 2014, 8H32 MODIFICADO: DOMINGO, 10 DE AGOSTO DE 2014, 8H34 

“Não se leva ódio em nome de Deus”, disse Francisco que voltou a pedir paz em Gaza e no Iraque

Jéssica Marçal
Da Redação

Francisco faz momento de silêncio e reza pela paz em Gaza e no Iraque 

"Queridos irmãos e irmãs, não podemos concordar e nem ficar omissos diante da guerra que se alastra em muitas partes do mundo. Por isso, não podemos jamais acomodar ou acostumar com as guerras e com os  ódios do ser humano contra qualquer que seja. Devemos pedir a Deus para que cesse o ódio e a vingança dos povos e que dê o lugar para o amor, a paz e fraternidade. 

Não fomos criados  para a morte e nem para promoção da morte em todos os nives. Somos pessoas que nascem para ter a experiencia da vida e que todos tenham direito dela. Para isso, devemos ser promotores  da justiça social, da união entre os povos e da tolerância religiosa, politica e racial que atrais as pessoas para viverem como uma grande família universal. 

Que as diferenças sejam respeitadas e que as pessoas possam sentir a beleza de estar juntos e vivendo uma sociedade onde todos tem vez e voz. Que as alegrias das pessoas diferentes sejam somadas com todos e que as matizes sejam prenuncio de uma realidade onde todos sintam irmaos e irmas. Nada de divisão e exclusão das pessoas em nosso meio.

Que a vida seja defendida e que os interesses pessoais sejam colocados em segundo plano para que prevaleçam o coletivo onde todos Ganham. Portanto, sejam embaixadores e promotores da pz com todos." (Jose Benedito Schumann Cunha)

Papa Francisco voltou a recordar neste domingo, 10, o drama vivido atualmente no Iraque e na Faixa de Gaza. Após rezar a oração mariana do Angelus com os fiéis na Praça São Pedro, o Papa pediu paz.

Francisco falou da situação que se vive no Iraque: milhares de pessoas, muitas delas cristãs, expulsas de suas casas de forma brutal; crianças mortas de sede e de fome durante a fuga, mulheres sequestradas, violência de todo tipo, destruição por toda parte.

“Tudo isso ofende gravemente Deus e a humanidade. Não se leva ódio em nome de Deus! Não se faz guerra em nome de Deus! Nós todos, pensando nessa situação, nesse povo, façamos silêncio agora e rezemos”, disse o Papa, sendo acompanhado pelos fiéis em um momento de oração.

O Pontífice agradeceu todos que estão prestando socorro às pessoas afetadas e disse estar confiante de que uma eficaz solução política em nível internacional e local possa parar estes crimes. Como forma de expressar sua proximidade às vítimas, na sexta-feira, 8, ele nomeou um enviado pessoal para o Iraque, o Cardeal Fernando Filoni, que deixa Roma nesta segunda-feira, 11.

O Santo Padre não deixou de mencionar a situação na Faixa Gaza. Após uma trégua de três dias, a guerra foi retomada. Segundo o Papa, a guerra faz vítimas inocentes e só piora o conflito entre israelenses e palestinos. “Rezemos juntos ao Deus da paz, por intercessão da Virgem Maria: dai a paz, Senhor, aos nossos dias e nos torne artífices de justiça e de paz. Maria, Rainha da Paz, rogai por nós”.

Finalizado seus apelos, o Papa rezou também pelas vítimas do vírus ebola e por todos os que estão trabalhando para acabar com as infecções. Ele pediu orações pela viagem que fará a Coreia do Sul nesta semana, de 13 a 18 de agosto. “Por favor, acompanhem-me com a oração!”

fonte: www. cancaonova.com 

Carta para Pedro

POR Mara Narciso
Montes Claros, 7 de agosto de 2014
 
Não tenha medo, meu querido amigo Pedro. Um menino de dez anos aprende logo a falar Inglês, maravilhosamente e sem sotaque. É natural que tenha receio do desconhecido. Antes de você nascer, o lugar para o qual você está indo vem sendo preparado para recebê-lo. Os que lhe esperam são o seu tio e a esposa dele. Seu pai disse que, ainda na barriga da sua mãe, já havia essa combinação. Na longa espera, a sua segunda mãe vinha se sentindo como se estivesse grávida. E só para os últimos preparativos, já se vai quase um ano. Agora é hora de nascer. E queremos que nasça como um príncipe, para um destino de luz e realizações.
Sei da sua capacidade de aprender, do seu espírito curioso e do monte de perguntas que gosta fazer. E não se esquece do que aprendeu. Não se deixe levar pela insegurança. Atrás da sua pessoa tem uma estrutura de carinho e amor. A sua nova mãe tem um coração grande. Ela escolheu cada detalhe do seu quarto e da casa, pensando na melhor forma de agradá-lo. É só usar tudo, sejam coisas, sejam sentimentos com bastante cuidado. Vai receber um amor tão gostoso que acabará se habituando ao país.
Não se aflija com as dificuldades. A sua vida até aqui, foi uma colcha de retalhos de caras e lugares. E em cada um deles as regras mudavam e quem mandava impunha pelo menos uma coisa aparentemente absurda. Sei que pede respostas convincentes. Então me lembro dos seus porquês. E dos resmungos incompletos aos seus questionamentos. “Porque sim”. E você se queixou: “mas isso não é uma resposta”. Há quem ache que manifeste irritação, mas sei que tenta negociar com seu irmão mais novo e nem sempre consegue. Então, revida. Peço que não invente justificativas e evite ser agressivo.
Não deixe as obrigações para depois. Seja manso, calmo e paciente. Converse sempre. Explique e peça explicações para os fatos. Dá melhor resultado. Será preciso negociar com adultos. Eu gosto de você, desde que o conheci, há 18 meses (no Carnaval do Bairro Morada do Parque. Lembra-se? Dia desses, me perguntou sobre isso). Eu gosto de você, por que sim. Sei que vai reclamar que isso não é uma resposta. Pode não ser, mas é amor.
Numa das nossas viagens, você ficava vendo filmes, ou jogando videogame, depois do almoço. Àqueles almoços que não tinham hora, pois na praia as regras são frouxas, se é que existem. Largou o filme e veio me perguntar por que eu não largava os livros. Eu disse que da mesma maneira que você se divertia vendo filmes, o mesmo se dava comigo com os livros. De lá para cá, noto que anda gostando mais deles, e espero que este gosto aumente mais.
A sua curiosidade exige uma resposta completa. E muitas perguntas eu lhe respondi. Penso que foram do seu agrado. A maneira que falo é a mesma que eu falava com meu filho: sem pressa, parando, dando atenção para ouvi-lo e entendê-lo. O que você me diz tem a maior importância. Eu valorizo a sua opinião. Eu aprendo com você. Na sua curta vida, já passou por tristezas e dores grandes. Lembra-se do formigueiro? Foi uma dor tão forte que aqueles bichinhos assassinos lhe causaram. Tive muita raiva daquelas formigas. Corremos com água, álcool e gelo, para salvá-lo. As lágrimas pingavam na sua barriga. Quando passou, logo dava risadas, contando piadas e nos fazendo rir.
A história do umbigo também rendeu uma conversa comprida. E você ficou pensando em como foi estar na barriga da sua mãe, aquela “gata”, de olhos cor de mel. Ela é alguém que vai ficar feliz por você estar melhor aí do que aqui, mas com aquela saudade dolorida que as mães sentem. São tantas coisas que você quer saber. Palavrinhas desconhecidas são perguntadas. Reparo sua habilidade com as máquinas e os números. Brincamos com eles e você me dava banhos, com a facilidade de fazer cálculos de cabeça. E o mar? Eu vi que está praticamente nadando e quase surfando. Algumas aulas e já vai fazer.
O seu pai lhe adora e elogia a sua inteligência. Mais do que nós, vai sofrer de saudades. Eu não falo por falar, não faço isso. Quando eu digo, pode acreditar. Sei que vai superar as dificuldades, desenvolver novos talentos, e crescer forte no país mais adiantado do mundo. Vamos ver você brilhar.
O mundo é grande, mas a internet tratou de fazê-lo encolher. E mesmo fora daquilo que seus olhos alcançam, estamos aqui. A qualquer hora podemos falar e escrever. Foi preciso cortar o cordão umbilical, e o resultado deste corte será conforme o que você fizer. Estamos torcendo pela harmonia em sua vida. Siga as novas regras, não deixe para depois, obedeça, seja um bom menino. Gostaria que não engordasse. E quando a saudade apertar, chore, mas não lamente. Esta é a sua oportunidade de crescer bem. Envio beijos com a certeza de que você será tudo aquilo que quiser.