ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 30 de novembro de 2014

Somos "corruptos" como Babilônia ou "distraídos" como Jerusalém?

Somos "corruptos" como Babilônia ou "distraídos" como Jerusalém?

Durante a Missa em Santa Marta, o Papa exorta os cristãos a não se deixarem levar pela depressão e a não se assustarem com os pagãos

Por Luca Marcolivio

ROMA, 27 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Entregar-se à depressão não condiz com o cristão, disse o Papa Francisco nesta manhã durante a celebração da Missa na Casa Santa Marta. Ele também mencionou a "corrupção" e a "distração" como fenômenos que afastam de Deus.

O Santo Padre foi inspirado pelas leituras de hoje (Ap 18,1-2.21-23.19,1-3.9ª e Lc 21,20-28) que se referem, respectivamente, à Babilônia e à Jerusalém, culminando no fim dos tempos.

Ambas as cidades estão destinadas à ruína, por que não "aceitaram o Senhor". A queda é por razões diferentes: Babilônia é "o símbolo do mal, do pecado",  se acha "dona do mundo e de si mesma", portanto é vítima da sua própria corrupção, que tira a "força para reagir" .

A corrupção, explicou o Papa, “dá um pouco de felicidade, dá poder e também faz você se sentir satisfeito com si mesmo: não deixa espaço para o Senhor, para a conversão".

E hoje a corrupção aparece em todos os níveis: não só a corrupção "econômica", mas também a corrupção do "espírito pagão" e do "espírito mundano". A forma mais grave de corrupção, acrescentou o Papa, é "o espírito da mundanidade."

A "cultura corrupta" do nosso tempo "faz com que sintamos aqui como se estivéssemos no Paraíso: plenos, abundantes". A Babilônia, portanto, é o símbolo de toda "sociedade, toda cultura, toda pessoa distante de Deus, distante também do amor ao próximo, que acaba por apodrecer”.

Diferentemente de Jerusalém, que não caiu na  corrupção, mas na "distração". É "a esposa do Senhor, mas não percebe a visita do Esposo", não se dá conta de que o Senhor está vindo para salvá-la e o faz chorar.

Jerusalém não sentia a "necessidade da salvação", pois tinha o suficiente: "as escrituras dos profetas" e de “Moisés”. "O Senhor batia à porta, mas não havia disponibilidade para recebê-lo, ouvi-lo, para deixar-se salvar por Ele."

Cada um de nós deve questionar-se para saber de onde é cidadão: da "Babilônia corrupta e autossuficiente" ou da Jerusalém "distraída". No entanto, disse o Papa, "a mensagem da Igreja nestes dias não acaba na destruição: em ambos os textos, há uma promessa de esperança."

Jesus exorta a não deixar-se "assustar pelos pagãos", que "têm o seu tempo. Devemos “ampará-los com paciência, como fez o Senhor com a sua paixão”.

No final, mesmo com todos os " nossos pecados" e "nossa história", pensamos "no banquete que gratuitamente nos será dado" e "levantamos a cabeça".

Mesmo diante de "muitos povos, cidades e pessoas que sofrem, muitas guerras, tanto ódio, tanta inveja, mundanismo espiritual e corrupção ", a palavra de ordem do Papa Francisco é:" Nada de depressão: esperança!"

Mas o reino da corrupção, da distração ruirá. Peçamos ao Senhor "a graça de estarmos preparados para o banquete que nos espera, sempre com a cabeça erguida”. 

Quanto mais nos deixarmos guiar humildemente pelo Espírito do Senhor, tanto mais superaremos as incompreensões

Quanto mais nos deixarmos guiar humildemente pelo Espírito do Senhor, tanto mais superaremos as incompreensões

Homilia do Papa na Catedral Católica do Espírito Santo, Sábado, 29 de Novembro

Por Redacao

ISTAMBUL, 30 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Apresentamos a Homilia do Santo Padre pronunciada na Catedral Católica do Espírito Santo, Istambul, sábado, 29 de Novembro de 2014.

No Evangelho, ao homem sedento de salvação, Jesus apresenta-Se como a fonte onde saciar a sede, a rocha da qual o Pai faz brotar rios de água viva para todos os que crêem n'Ele (cf. Jo 7, 38). Com esta profecia, proclamada publicamente em Jerusalém, Jesus preanuncia o dom do Espírito Santo que os seus discípulos hão-de receber após a sua glorificação, isto é, depois da sua morte e ressurreição (cf. v. 39).

O Espírito Santo é a alma da Igreja. Ele dá a vida, suscita os diversos carismas que enriquecem o povo de Deus e sobretudo cria a unidade entre os crentes: de muitos faz um único corpo, o corpo de Cristo. Toda a vida e missão da Igreja dependem do Espírito Santo; Ele tudo realiza.

A própria profissão de fé, como nos recorda São Paulo na primeira Leitura de hoje, só é possível porque sugerida pelo Espírito Santo: «Ninguém pode dizer: “Jesus é Senhor”, senão pelo Espírito Santo» (1 Cor 12, 3b). Quando rezamos, fazemo-lo porque o Espírito Santo suscita em nós a oração no coração. Quando rompemos o círculo do nosso egoísmo, saímos de nós mesmos e nos aproximamos dos outros para encontrá-los, escutá-los, ajudá-los, foi o Espírito de Deus que nos impeliu. Quando descobrimos em nós uma capacidade inusual de perdoar, de amar a quem não gosta de nós, foi o Espírito que Se empossou de nós. Quando deixamos de lado as palavras de conveniência e nos dirigimos aos irmãos com aquela ternura que aquece o coração, fomos de certeza tocados pelo Espírito Santo.

É verdade! O Espírito Santo suscita os diversos carismas na Igreja; à primeira vista, isto parece criar desordem, mas na realidade, sob a sua guia, constitui uma imensa riqueza, porque o Espírito Santo é o Espírito de unidade, que não significa uniformidade. Só o Espírito Santo pode suscitar a diversidade, a multiplicidade e, ao mesmo tempo, realizar a unidade. Quando somos nós a querer fazer a diversidade e fechamo-nos nos nossos particularismos e exclusivismos, trazemos a divisão; e quando somos nós a querer fazer a unidade de acordo com os nossos projectos humanos, acabamos por trazer a uniformidade e a homologação. Se, pelo contrário, nos deixamos guiar pelo Espírito, a riqueza, a variedade, a diversidade não se tornam jamais conflito, porque Ele nos impele a viver a variedade na comunhão da Igreja.

A multidão dos membros e dos carismas tem o seu princípio harmonizador no Espírito de Cristo, que o Pai enviou, e continua a enviar, para realizar a unidade entre os crentes. O Espírito Santo faz a unidade da Igreja: unidade na fé, unidade na caridade, unidade na coesão interior. A Igreja e as Igrejas são chamadas a deixarem-se guiar pelo Espírito Santo, colocando-se numa atitude de abertura, docilidade e obediência. É Ele que faz a harmonia na Igreja. Vem-me à mente uma afirmação muito bela de São Basílio Magno: «Ipse harmonia est – Ele próprio é a harmonia».

Trata-se de uma visão de esperança, mas ao mesmo tempo fadigosa, pois em nós está sempre presente a tentação de opor resistência ao Espírito Santo, porque perturba, porque revolve, faz caminhar, impele a Igreja a avançar. E é sempre mais fácil e confortável acomodar-se nas próprias posições estáticas e inalteradas. Na realidade, a Igreja mostra-se fiel ao Espírito Santo na medida em que põe de lado a pretensão de O regular e domesticar. E a Igreja mostra-se fiel ao Espírito Santo também quando afasta a tentação de olhar para si mesma. E nós, cristãos, tornamo-nos autênticos discípulos missionários, capazes de interpelar as consciências, se abandonarmos um estilo defensivo para nos deixamos conduzir pelo Espírito. Ele é frescor, criatividade, novidade.

As nossas defesas podem manifestar-se com a excessiva fixação nas nossas ideias, nas nossas forças – mas assim resvalamos no pelagianismo – ou então com uma atitude de ambição e vaidade. Estes mecanismos defensivos impedem-nos de compreender verdadeiramente os outros e abrir-nos a um diálogo sincero com eles. Mas a Igreja, nascida do Pentecostes, recebe em herança o fogo do Espírito Santo, que não enche tanto a mente de ideias, como sobretudo faz arder o coração; é investida pelo vento do Espírito, que não transmite um poder, mas habilita para um serviço de amor, uma linguagem que cada um é capaz de compreender.

No nosso caminho de fé e de vida fraterna, quanto mais nos deixarmos guiar humildemente pelo Espírito do Senhor, tanto mais superaremos as incompreensões, as divisões e as controvérsias, tornando-nos sinal credível de unidade e de paz; sinal credível de que o Senhor nosso ressuscitou, está vivo.

Com esta jubilosa certeza, abraço a todos vós, queridos irmãos e irmãs: o Patriarca Siro-Católico, o Presidente da Conferência Episcopal, o Vigário Apostólico D. Pelâtre, os outros Bispos e Exarcas, os presbíteros e os diáconos, as pessoas consagradas e os fiéis leigos, pertencentes às várias comunidades e aos diversos ritos da Igreja Católica. Desejo saudar, com afecto fraterno, o Patriarca de Constantinopla, Sua Santidade Bartolomeu I, o Metropolita Siro-Ortodoxo, o Vigário Patriarcal Arménio Apostólico e os responsáveis das Comunidades Protestantes, que quiseram rezar connosco durante esta celebração. Exprimo-lhes a minha gratidão por este gesto fraterno. Um pensamento afectuoso dirijo ao Patriarca Arménio Apostólico Mesrob II, assegurando-lhe a minha oração.

Irmãos e irmãs, voltemos o nosso pensamento para a Virgem Maria, a Santa Mãe de Deus. Unidos a Ela, que no Cenáculo rezou com os Apóstolos à espera do Pentecostes, peçamos ao Senhor que envie o seu Santo Espírito aos nossos corações e nos torne testemunhas do seu Evangelho em todo o mundo. Amen!

Preparai-vos para a vinda do Senhor

Preparai-vos para a vinda do Senhor


Queridos irmãos e irmãs, estamos iniciando mais um ano novo litúrgico onde a Igreja caminha na esperança da vinda do Senhor e na preparação para celebrar a memoria do Natal de Jesus. O pecado nos fez estéril na fé e na comunhão com Deus, mas o amor Dele por nós ultrapassa o aniquilamento do ser humano e propõe um projeto de salvação que se culmina com Cristo. A misericórdia e o amor de Deus por nós deram a todos a capacidade de conversão e mudança de vida para podermos chegar a eternidade com Deus.

Nós vivemos na expectativa  da 2º vinda de Cristo quando terminar o tempo que Deus determinou e também vamos preparar a nossa casa, a nossa Igreja e o nosso coração para festejar bem o Natal de Jesus.

As leituras bíblicas desse domingo nos mostram como que devemos viver esse tempo do Advento, isto é ser vigilantes para acolher bem o Senhor que vem.

No livro de Isaias nos mostra uma suplica ardorosa ao Deus da vida para mandar um Salvador. É oração muito bonita, pois o Povo estava retornando do exilio, desanimado e indiferente a Aliança de Deus. Então o profeta quer ressuscitar no coração do povo a esperança na vida e na salvação.  Nós temos um Pai que cuida e zela por nós. Ele nos modela de acordo com a sua vontade, o importante é nós deixarmos ser modelado por Ele. (cf. Is 63,16b-17.19b;64,2b-7)

O Salmo compara o povo a uma vinha que está devastada, e que necessita da força restauradora do Senhor para viver e louvar o seu nome com todo vigor. (cf. Sl 80)

São Paulo na carta aos coríntios nos pede para esperar o Senhor que vem, dando testemunho com os dons que Deus dá a cada um. Isso pode nos dizer que são dádivas e carismas que se mostram nos presentes que damos uns aos outros. A caridade é o dom mais sublime que temos e deve estar a serviço dos que mais precisam de ajuda humanitária.

São Marcos, no seu evangelho, nos mostra uma exortação à vigilância constante nesse mundo para preparar bem a vinda do Senhor. São os últimos acontecimentos dos tempos finais. Deus fez tudo de bom ao homem e deixou-nos a administrar os dons e as dadivas nesse mundo com justiça, com solidariedade, com partilha, com amor, com misericórdia e perdão para que quando Ele vier poder retribuir com sua justiça a todos pelo bem que fizermos. (cf. Mc 13,33-37)

Assim, esta liturgia nos ajude a sermos vigilantes no bem e preparar com zelo e maestria as coisas de tal maneira quando o Senhor vier encontrem um mundo melhor e de verdadeira convivência de irmãos e irmãs. Amém

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!


(Jose Benedito Schumann Cunha – Bacharel em teologia e Filosofo)

Papa Francisco e líder da Igreja Ortodoxa defendem reunificação

Papa Francisco e líder da Igreja Ortodoxa defendem reunificação
 30/11/2014  09h44 - Atualizado às 10h21


O papa Francisco e o patriarca Bartolomeu se cumprimentam durante a festividade de Santo André na igreja de São Jorge, em Istambul

O papa Francisco e o patriarca Bartolomeu, líder da Igreja Ortodoxa, firmaram uma declaração conjunta que confirma a intenção dos dois de caminhar rumo à reunificação das duas instituições, separadas há mil anos.

A declaração foi dada durante o último dia da visita do pontífice à Turquia. Em Istambul, Francisco participou da festividade de Santo André, patrono dos ortodoxos e que personifica o vínculo com a igreja de Roma, pois era irmão de São Pedro, considerado o primeiro papa.

O papa assegurou que a Igreja Católica "não pretende impor nenhuma exigência, exceto a profissão de fé comum" e que os ritos e tradições dos ortodoxos seriam mantidos. "Não se trata de submissão nem de absorção, mas sim da aceitação de todos os dons que Deus tem dado a cada um".

Sedat Suna/Efe
O papa Francisco e o patriarca Bartolomeu se cumprimentam durante a festividade de Santo André na igreja de São Jorge, em Istambul
O papa Francisco e o patriarca Bartolomeu se cumprimentam durante a festividade de Santo André
O princípio do respeito mútuo também foi destacado por Bartolomeu, que desejou prosseguir com o diálogo "para retirar os obstáculos acumulados durante um milênio."

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, explicou no sábado que a questão da soberania do papado não seria abordada neste encontro e que o tema será analisado por uma comissão teológica formada pelas duas igrejas.

A ideia de subordinação ao papa é questionada pelos ortodoxos e foi o principal motivo da separação, ocorrida em 1054. A igreja Ortodoxa, cuja sede fica em Istambul, tem hoje cerca de 300 milhões de fiéis, contra 1 bilhão de católicos.

ORIENTE MÉDIO

Os dois líderes pediram que a comunidade internacional dê uma resposta apropriada aos ataques contra cristãos no Oriente Médio.

"Não podemos nos resignar a um Oriente Médio sem cristãos, que professam o nome de Jesus ali durante dois mil anos. Muitos de nossos irmãos e irmãs estão sendo perseguidos e expulsos com violência de onde vivem. Parece que se perdeu o valor da vida humana", diz a declaração conjunta.

O papa também condenou o ataque a uma mesquita na Nigéria, realizado na sexta e que deixou mais de cem mortos. Ele qualificou o ato como "um pecado extremamente grave contra Deus."

sábado, 29 de novembro de 2014

Papa participa de oração ecumênica com Patriarca Bartolomeu I

Papa participa de oração ecumênica com Patriarca Bartolomeu I
por Kelen Galvan

Os líderes da Igreja Católica Romana e da Igreja Ortodoxa, respectivamente, Papa Francisco e Patriarca Bartolomeu I, participam juntos de oração ecumênica

Kelen Galvan
Da redação

Dando continuidade aos compromissos de sua viagem à Turquia, após presidir a Santa Missa, neste sábado, 29, o Papa Francisco participou de um momento de oração ecumênica na Sede do Patriarcado de Constantinopla.

Papa Francisco e o Patriarca Bartolomeu I se reuniram na Igreja Patriarcal de São Jorge, e após momentos de oração, tanto o representante da Igreja Católica, quanto o da Igreja Ortodoxa pronunciaram seus discursos.

discurso_patriarcaBartolomeu I foi o primeiro a discursar, e em suas palavras destacou que a visita do Papa à Turquia, é uma continuação do gesto de seus antecessores, Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI. Ele disse ainda que a visita demonstra a vontade de Francisco e também a da Igreja Romana em continuar o firme “caminho fraternal” com a Igreja Ortodoxa, para o restabelecimento da plena comunhão entre as duas Igrejas.

Em seu discurso, Francisco também falou de sua gratidão a Deus pela oportunidade de rezar juntamente com o Patriarca de Constantinopla e com “esta Igreja irmã”.

“Sinto que a nossa alegria é maior porque a fonte está mais além, não está em nós, não está no nosso compromisso e nos nossos esforços – que também existem, como de dever –, mas está na comum entrega à fidelidade de Deus, que lança as bases para a reconstrução do seu templo que é a Igreja”, afirmou o Papa.

Acesse
.: Na íntegra, discurso de Francisco
.: Programação da viagem
.: Todas as notícias sobre a viagem do Papa à Turquia

O Santo Padre recordou ainda a Festa de Santo André, patrono do Patriarcado Ecumênico, que será celebrada neste domingo, 30. Francisco destacou que tanto André, quanto seu irmão de sangue Pedro, foram transformados em irmãos na fé e na caridade a partir do encontro com Cristo Ressuscitado.

discurso_papaE sobre a relação entre a Igreja Católica e a Ortodoxa, Francisco complementou: “Que grande graça, Santidade, poder ser irmãos na esperança do Senhor Ressuscitado! Que grande graça – e que grande responsabilidade – poder caminhar juntos nesta esperança, sustentados pela intercessão dos Santos irmãos Apóstolos André e Pedro! E saber que esta esperança comum não desilude, porque está fundada, não sobre nós e as nossas pobres forças, mas sobre a fidelidade de Deus”.

Após os discursos, o Papa e o Patriarca rezaram o Pai Nosso e, em seguida, deram aos presentes sua Bênção.

A viagem do Papa à Turquia prossegue neste domingo, 30, com a Divina Liturgia e a Bênção Ecumênica. Os momentos serão transmitidos ao vivo pela TV Canção Nova a partir das 5h15 (horário de Brasília).

Milhares de cidades unem-se contra a pena de morte

Milhares de cidades unem-se contra a pena de morte QUINTA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2014, 13H45 

Queridos irmãos e irmãs, independente do que somos, nós devemos defender a vida em todos os instantes e ainda promover a vida na justiça. Não podemos jamais ser juizes da morte, pois todos tem o direito a vida. O delito e algo grave devem ser julgados com equidade e justiça, colocando todas as hipoteses e investigaçoes da culpa do individuo que infrigiu a lei ou uma conduta moral vigente e punir com penas que sirvam para a sua correção e posterior rezbilitá-lo para a sociedade. Sabemos que há muitos fratores que desencadeiam a violencia, o odio e o mal, mas isto não pode jamais ser pretexto para a pena de morte. Como a sociedade, muitas vezes são miopes diante de fatos que muitas vezes não não nitidos para que pratique a justiça e sabemos que houve muitos erros de condenação, trazendo danos a um preso que foi julgado por provas não consistentes, mas pseudo suficiente para que a pessoa ficasse reclusa por muitos e depois é descoberto o verda


A Jornada Internacional de Cidades pela Vida acontece a 12 anos e proporciona ações com atividades educativas para a sensibilização dos cidadãos

Da redação, com Rádio Vaticano

Neste domingo, 30, acontece a Jornada Internacional de Cidades pela Vida – Cidades contra a pena de morte. O evento vai reunir mais de 1,9 mil cidades de todo o planeta na maior mobilização abolicionista internacional.

A iniciativa foi lançada em 2002 pela Comunidade de Santo Egídio e a data foi escolhida porque recorda a primeira abolição da pena capital, a do “Grão-Ducado da Toscana”, no dia 30 de novembro de 1786.

Nos cinco continentes, as cidades promovem atividades de caráter educativo, cerimônias que envolvem monumentos ou praças-símbolo e ações para a sensibilização dos cidadãos. Em Roma, por exemplo, acendem-se as luzes do Coliseu e se organizam manifestações em vários pontos turísticos e históricos.

A ideia é estabelecer um diálogo com a sociedade civil e envolver os administradores locais de modo a assegurar que a abolição da pena de morte e a renúncia à violência sejam um valor identitário da cidade que adere e de sua cidadania.

No último dia 21, a grande maioria dos países apoiou a resolução da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), para instituir uma moratória das execuções em vista da abolição global da pena de morte: 114 dos 193 Estados-membros votaram, em Nova York, a favor da resolução, que será examinada em dezembro pela Assembleia Geral, em sessão plenária, para a definitiva aprovação.

De 2007 até hoje já foram apresentadas quatro resoluções pedindo uma moratória mundial sobre a pena de morte. O apoio dos Estados membros da ONU tem sido cada vez mais amplo.

A situação no mundo

A pena de morte está abolida em quase todos os países da União Europeia e da Oceania. Na América do Norte, foi abolida no Canadá e no México e em alguns estados dos Estados Unidos.

Na América do Sul, o Brasil, o Chile e o Peru ainda mantêm a pena de morte legal em Cortes Militares, ou seja, em guerras ou em casos de traição ao Estado.

A Guatemala e a maior parte do Caribe, da Ásia e da África ainda têm a pena de morte legalizada e a utilizam em diversos casos. Em outros países, como a Rússia, a pena de morte é legal, mas na prática, não é aplicada.

Por que chamamos a Virgem Maria de Nossa Senhora?

Por que chamamos a Virgem Maria de Nossa Senhora?


Por que chamar Maria de Nossa Senhora - 940x500


Rainha dos Anjos, Rainha dos Santos, Rainha dos Apóstolos, Rainha dos Mártires…

O título de Senhor e Senhora, desde os primeiros séculos do Cristianismo, eram usados para os senhores de escravos, muito comum naquele tempo. Dentro desse contexto, a Virgem Maria disse ao anjo: “Eis aqui a escrava do Senhor” (Lc 1, 38).

Por que chamar Maria de Nossa Senhora 

Mas “Jesus é o Senhor”, como disse São Paulo (Fl 2,11); é o Rei dos Reis; e Sua Mãe é Rainha por consequência. Por isso, a Igreja entendeu que deveria chama-lá de Senhora. Os súditos do Rei eram também servos da Rainha. Ora, se somos súditos de Jesus, o somos também de Maria. A Ladainha Lauretana chama a Virgem Maria de Rainha dos Anjos, Rainha dos Santos, Rainha dos Apóstolos, Rainha dos Mártires, Rainha dos Confessores, Rainha da Virgens, Rainha dos Profetas. Ora, toda Rainha é Senhora em seu reino.

A Virgem Maria é aquela “cheia do Espírito Santo”, como a saudou sua prima Santa Isabel, que em alta voz disse: “Bendita és tu entre as mulheres” (Lc 1,42). Ela é “a filha predileta de Deus”, diz o Concílio Vaticano II (LG n. 53), “aquela que, na Santa Igreja, ocupa o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto de nós” (Lumen Gentium, n. 54).

São Bernardo, doutor da Igreja, o apaixonado cantor da Virgem Maria, no Sermão 47 diz: “Ave Maria, cheia de graça, porque é agradável a Deus, aos anjos e aos homens. Aos homens, por causa de sua fecundidade; aos anjos, por sua virgindade; a Deus por sua humildade. Ela mesma atesta que Deus olhou para ela porque viu sua humildade”.

São Tomas de Aquino afirmou: “A bem-aventurada Virgem Maria, pelo fato de ser Mãe de Deus, tem uma espécie de dignidade infinita por causa do bem infinito que é Deus”. Ela é Senhora!

“A graça que adornou a Santíssima Virgem sobrepujou não só a de cada um em particular, mas a de todos os santos reunidos”, afirma Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja. Por isso ela cantou no Magnificat: “Desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo…” (Lc 1,42). Ela é Senhora!

Maria é um “espelho especialíssimo de Deus”, diz São Tomás de Aquino: “Os outros santos são exemplos de virtudes particulares: um foi humilde, outro casto, outro misericordioso, e assim nos são oferecidos como exemplos de uma virtude. Mas a bem-aventurada Virgem é exemplo de todas as virtudes”, diz o santo.

São Bernardo e Santo Antônio, doutores da Igreja, afirmam que, “para ser eleita e destinada à dignidade de Mãe de Deus, devia a Santíssima Virgem possuir uma perfeição tão grande e consumada que nela excedesse todas as outras criaturas”. Ela é Nossa Senhora!

“Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado” (Mt 23,12). Repetiu várias vezes o Senhor. Logo que Deus determinou fazer-se Homem para redimir o homem decaído e assim manifestar ao mundo Sua misericórdia infinita, certamente buscava entre todas as mulheres aquela que fosse a mais santa e humilde para ser Sua Mãe. Como diz o Livro dos Cânticos: “Há um sem número de virgens (a meu serviço), mas uma só é a minha pomba, a minha eleita” (Ct 6, 8-9).

Foi por sua imensa humildade que Deus tanto exaltou Maria e a fez Sua Mãe, Rainha e Senhora nossa. E a própria Virgem diz no seu canto: “porque olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1,48).

Foi essa “humildade” profunda e real que tanto encantou o coração de Deus, fez com que a elegesse a “bendita entre as mulheres”, Sua Mãe, nossa Mãe e Senhora.

fonte: www.cancaonova.com

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Conheça o jovem surfista carioca que pode ser beatificado

Conheça o jovem surfista carioca que pode ser beatificado SEXTA-FEIRA, 1 DE NOVEMBRO DE 2013, 9H58 


No dia em que a Igreja celebra a Solenidade de Todos os Santos, o Canção Nova em Foco conversa com Maria Nazareth, mãe de Guido Schäffer, um jovem médico, surfista e seminarista, cujo processo de beatificação será aberto oficialmente em maio do próximo ano.

“O amor dele por Deus e pelas pessoas é que me leva a pensar que ele foi uma criatura santa”, conta Nazareth. Ela lembra que, na vida de Guido, desde pequeno, sempre houve uma linha condutora: o desejo de salvar. Quando era criança quis ser salva-vidas, depois médico, e mais tarde, sacerdote. “Ele entendeu que era necessária a salvação da alma antes que a do corpo”.
.: Ouça íntegra da entrevista


O jovem, que já tem fama de santidade, levava uma vida normal. Segundo a mãe, foi uma criança que gostava de brincadeiras, esportes, de ir à praia e à escola. Ela recorda que Guido era consciente dos seus deveres. Namorou, viajou, formou-se em medicina e estava com a data do casamento praticamente marcada, quando sentiu que sua vocação era mais do que ser médico e uma pessoa dedicada aos irmãos.
“O Senhor o chamava para águas mais profundas, para uma vida de dedicação maior a Cristo, e ele então terminou tudo, para seguir o sacerdócio”.

Quando morreu, em maio de 2009, com 34 anos, estava no último ano do seminário. Guido foi vítima de uma contusão na nuca que gerou desmaio e afogamento enquanto surfava, na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
As pessoas próximas ao jovem testemunham que ele aproveitava as oportunidades para evangelizar, tanto no meio dos jovens como exercendo a medicina. “Aproveitava enquanto estava surfando para falar de Jesus aos colegas. Ele levou muitos para a Igreja”, conta sua mãe.

Como médico atuou em obras de caridade. “Temos relatos de curas inexplicáveis, de conversões, de moradores de rua que decidiram lutar contra os vícios”, relata sua página oficial na internet: guidoschaffer.com.br.

Sua mãe recorda que a Missa de corpo presente foi de grande consolação. Presidida por Dom Orani João Tempesta e pelos bispos auxiliares do Rio de Janeiro, reuniu mais de 1.700 pessoas. “Eu acho que a partir dessa Missa, as pessoas começaram a querer saber coisas dele e a falar, rezar, pedir graças e alcançar graças”.

Para Nazareth, a vida do filho é um exemplo de que a santidade é possível nos dias de hoje. “Ele deixa essa mensagem para os jovens: amem a Deus, busquem a Deus, n’Ele está a resposta de tudo”.
Sobre a dor da perda ela diz que é muito grande, e que dor e saudade a acompanharão sempre; mas, ao mesmo tempo, destaca a consolação de saber que a vida dele ajudou tantas pessoas. “Ele [Guido] está junto de nós na comunhão dos santos. Eu tenho absoluta certeza de que, um dia, estaremos juntos por toda a eternidade louvando o nosso Deus”.
Na entrevista, Nazareth conta ainda testemunhos de pessoas que mudaram de vida com a ajuda de Guido, fala sobre o apostolado dele, as circunstâncias de sua morte e explica de que maneira a educação dada por ela e por seu marido contribuíram para a  trajetória de seu filho.

Vaticano apresenta carta do Papa para Ano da Vida Consagrada

Vaticano apresenta carta do Papa para Ano da Vida Consagrada SEXTA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2014, 9H54 

Em carta apostólica, Francisco indica objetivos e expectativas para o Ano da Vida Consagrada, que diz respeito a toda a Igreja

Jéssica Marçal
Da Redação

A Sala de Imprensa da Santa Sé publicou nesta sexta-feira, 28, a carta apostólica do Papa Francisco a todos os consagrados por ocasião do Ano da Vida Consagrada, que começa oficialmente neste domingo, 30.

Francisco espera dos consagrados o que vem pedindo a toda a Igreja: cultura do encontro / Foto: Arquivo
Francisco espera dos consagrados o que vem pedindo a toda a Igreja: cultura do encontro / Foto: Arquivo
A mensagem do Papa com indicações para esse Ano é inspirada nas palavras de João Paulo II apresentada à Igreja no início do terceiro milênio com a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Vita consecrata:

“Vocês não têm somente uma gloriosa história para recordar e contar, mas uma grande história para construir! Olhem para o futuro, no qual o Espírito vos projeta para fazer convosco ainda grandes coisas”, escreveu o Pontífice, agora santo, no documento.

Francisco indica três objetivos para o Ano da Vida Consagrada: olhar para o passado com gratidão, viver o presente com paixão e abraçar o futuro com esperança.

O que o Papa espera

Entre as expectativas, estão a confirmação de que Deus pode encher a vida de alegria. O Papa também espera que os consagrados “despertem o mundo”, já que o que caracteriza a vida consagrada é a profecia, e que prevaleça a “espiritualidade da comunhão”

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O Santo Padre também espera dos consagrados aquilo que vem pedindo a toda a Igreja: sair de si mesmo e ir às periferias existenciais, pois “há uma humanidade inteira que espera”. Ele também pede que os consagrados se perguntem o que Deus e a humanidade de hoje pedem.

“Os mosteiros e os grupos de orientação contemplativa poderiam se encontrar entre si, ou se ligarem de diferentes formas para trocar experiências sobre vida de oração, sobre como crescer na comunhão com toda a Igreja, sobre como apoiar os cristãos perseguidos, sobre como acolher e acompanhar quantos estão em busca de uma vida espiritual mais intensa ou precisam de um apoio moral ou material”, escreve Francisco.

Mensagem a toda a Igreja

A carta do Papa se dirige, além dos consagrados, aos leigos que partilham com eles ideais, espírito e missão. O Pontífice reconhece que, em torno de cada família religiosa, está presente a “família carismática”, que compreende cristãos leigos que, em sua condição laical, se sentem chamados a participar dessa realidade.

Francisco recorda que o Ano da Vida Consagrada não diz respeito somente às pessoas consagradas, mas a toda a Igreja. O povo cristão é convidado a ter consciência do dom que é a presença dos consagrados e partilhar com eles dificuldades e alegrias.

“Grato desde agora a todos vocês pelos dons de graça e de luz com os quais o Senhor nos enriquecerá, acompanho todos vocês com a Benção Apostólica”, conclui o Papa.

O Ano da Vida Consagrada foi anunciado pelo Papa Francisco no dia 29 de novembro. Com início nesse primeiro domingo do Advento, o Ano se estende até a festa da Apresentação de Jesus no templo, que será no dia 2 de fevereiro de 2016.

Vaticano apresenta carta do Papa para Ano da Vida

Vaticano apresenta carta do Papa para Ano da Vida Consagrada

Em carta apostólica, Francisco indica objetivos e expectativas para o Ano da Vida Consagrada, que diz respeito a toda a Igreja
Jéssica Marçal
Da Redação
A Sala de Imprensa da Santa Sé publicou nesta sexta-feira, 28, a carta apostólica do Papa Francisco a todos os consagrados por ocasião do Ano da Vida Consagrada, que começa oficialmente neste domingo, 30.
Francisco espera dos consagrados o que vem pedindo a toda a Igreja: cultura do encontro / Foto: Arquivo
Francisco espera dos consagrados o que vem pedindo a toda a Igreja: cultura do encontro / Foto: Arquivo
A mensagem do Papa com indicações para esse Ano é inspirada nas palavras de João Paulo II apresentada à Igreja no início do terceiro milênio com a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Vita consecrata:
“Vocês não têm somente uma gloriosa história para recordar e contar, mas uma grande história para construir! Olhem para o futuro, no qual o Espírito vos projeta para fazer convosco ainda grandes coisas”, escreveu o Pontífice, agora santo, no documento.
Francisco indica três objetivos para o Ano da Vida Consagrada: olhar para o passado com gratidão, viver o presente com paixão e abraçar o futuro com esperança.
O que o Papa espera
Entre as expectativas, estão a confirmação de que Deus pode encher a vida de alegria. O Papa também espera que os consagrados “despertem o mundo”, já que o que caracteriza a vida consagrada é a profecia, e que prevaleça a “espiritualidade da comunhão”
O Santo Padre também espera dos consagrados aquilo que vem pedindo a toda a Igreja: sair de si mesmo e ir às periferias existenciais, pois “há uma humanidade inteira que espera”. Ele também pede que os consagrados se perguntem o que Deus e a humanidade de hoje pedem.
“Os mosteiros e os grupos de orientação contemplativa poderiam se encontrar entre si, ou se ligarem de diferentes formas para trocar experiências sobre vida de oração, sobre como crescer na comunhão com toda a Igreja, sobre como apoiar os cristãos perseguidos, sobre como acolher e acompanhar quantos estão em busca de uma vida espiritual mais intensa ou precisam de um apoio moral ou material”, escreve Francisco.
Mensagem a toda a Igreja
A carta do Papa se dirige, além dos consagrados, aos leigos que partilham com eles ideais, espírito e missão. O Pontífice reconhece que, em torno de cada família religiosa, está presente a “família carismática”, que compreende cristãos leigos que, em sua condição laical, se sentem chamados a participar dessa realidade.
Francisco recorda que o Ano da Vida Consagrada não diz respeito somente às pessoas consagradas, mas a toda a Igreja. O povo cristão é convidado a ter consciência do dom que é a presença dos consagrados e partilhar com eles dificuldades e alegrias.
“Grato desde agora a todos vocês pelos dons de graça e de luz com os quais o Senhor nos enriquecerá, acompanho todos vocês com a Benção Apostólica”, conclui o Papa.
O Ano da Vida Consagrada foi anunciado pelo Papa Francisco no dia 29 de novembro de 2013. Com início nesse primeiro domingo do Advento, o Ano se estende até a festa da Apresentação de Jesus no templo, que será no dia 2 de fevereiro de 2016.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Abertura oficial do Ano da Vida Consagrada será neste domingo

Abertura oficial do Ano da Vida Consagrada será neste domingo 



Ao convocar Ano da Vida Consagrada, Papa Francisco quis que esse ano significasse uma retomada na Igreja, afirma Cardeal Braz de Aviz

Kelen Galvan e Monique Coutinho
Da redação, com Rádio Vaticano

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Cardeal João Braz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica
O Ano da Vida Consagrada, convocado pelo Papa Francisco, começa neste domingo, 30, primeiro do Advento, e prossegue até 2 de fevereiro de 2016, data em que a Igreja celebra o Dia do Consagrado.

Devido à  viagem do Santo Padre à Turquia, neste final de semana, a abertura oficial deste período ficará a cargo do Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal João Braz de Aviz, que presidirá uma Missa Solene na manhã de domingo.

A celebração será realizada na Basílica de São Pedro, no Vaticano, às 10h (hora local – 7h de Brasília). Na noite de sábado, haverá uma Vigília de Oração na Basílica de Santa Maria Maior, presidida pelo secretário da Congregação, Dom José Rodríguez Carballo.

De acordo com Dom João Braz, ao convocar o Ano da Vida Consagrada, o Papa Francisco quis que esse ano significasse uma retomada de toda vida consagrada na Igreja.

Ele recorda que a vida consagrada sempre esteve presente na Igreja, desde os primeiros séculos, sempre trazendo uma contribuição particular de algum carisma ou de um fundador ou fundadora.

vida_consagradaO Cardeal enfatiza que esse é um período para olhar a vida consagrada no passado tendo uma “memória agradecida” por sua presença em toda história da Igreja.

“Não parar nas coisas que são negativas, dificuldades ou até digamos tropeços que nós tivemos, mas ficar com o lado positivo, com aquilo que foi a construção destes homens e mulheres que são, digamos, ‘homens de fronteira’, ‘mulheres de fronteira’ que enfrentaram situações de missionariedade muito bonitas, situações humanas muito bonitas, para estar perto do homem e da mulher no seu tempo, e hoje também”, destacou Dom João.

Dentre os principais eventos programados para o Ano da Vida Consagrada, estão:

- 22 a 24/01/2015 – Encontro Ecumênico com os consagrados e consagradas de outras Igrejas (durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos);
– 8 a 11/04/2015 – Encontro com os formadores e formadoras para aprofundar os critérios de uma espiritualidade da comunhão;
– 18 a 21/11/2015 – Encontro para a Vida Monástica – Serão convidados os presidentes das Federações de todas as Ordens. Na mesma data haverá o Encontro para as Sociedades de Vida Apostólica e para a Ordo Virginum;
– 28/01 a 01/02/2016 – Simpósio Teológico sobre a Vida Consagrada;
– 02/02/2016- Encerramento oficial.

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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Empresários reunidos no Vaticano discutem crise econômica

MuFUNDAÇÃO CENTESIMUS ANNUS Empresários reunidos no Vaticano discutem crise econômica QUINTA-FEIRA, 8 DE MAIO DE 2014, 15H15 MODIFICADO: QUINTA-FEIRA, 8 DE MAIO DE 2014, 15H34


Para o secretário da Fundação Centesimus Annus, é necessário ter uma visão mais ética das atividades e relações humanas, mesmo em tempos difíceis

Da Redação, com Rádio Vaticano
O Secretário-geral da Fundação Centesimus Annus – Pro Pontifice, Massimo Gattamelata, pediu coragem para “mudar pontos de vista” ao abrir a conferência internacional, nesta quinta-feira, 8. O encontro que tem como tema “A boa sociedade e o futuro do trabalho: podem a solidariedade e a fraternidade fazer parte das decisões de negócios?”, reúne empresários e membros da Fundação.

“Neste momento difícil, quando mais e mais pessoas perdem seus empregos, provocando novas desigualdades sociais, precisamos de uma perspectiva que abra um novo horizonte”, comentou Gattamelata. Esse novo horizonte, detalhou o Secretário-geral da fundação, pode ser representado por três elementos: a criatividade, o amor à comunidade e a praticidade.

Gattalemelata recordou declarações do Papa Francisco durante discurso  dirigido à fundação em maio do ano passado.“Devemos retornar para a centralidade do ser humano, para uma visão mais ética das atividades e das relações humanas, sem medo de perder alguma coisa”, disse, na ocasião, o Santo Padre, citado por Gattalemata.

Para o Secretário-geral da Fundação, o trabalho não pode mais ser considerado um fim em si mesmo, mas, sim, um instrumento de participação na obra criadora de Deus.

A Centesimus Annus foi criada em 1993 pelo Papa João Paulo II. O nome da fundação é o mesmo de uma encíclica escrita pelo Pontífice polonês. Trata-se de uma organização sem fins lucrativos, com objetivo de, entre outras coisas, aproximar a sociedade empresarial da doutrina social cristã.

Lei garante detecção precoce do câncer de próstata pelo SUS

Lei garante detecção precoce do câncer de próstata pelo SUS QUARTA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2014, 14H34


A lei obriga as unidades de saúde da rede pública a fazer exames de detecção precoce do câncer de próstata

Agência Brasil

Foi publicada nesta quarta-feira, 26, no Diário Oficial da União, a Lei 13.045, que garante a detecção precoce do câncer de próstata pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Com a publicação, as unidades de saúde da rede pública são obrigadas a fazer exames de detecção precoce do câncer de próstata sempre que, a critério médico, o procedimento for considerado necessário.

A lei prevê a sensibilização de profissionais de saúde por meio da capacitação e da reciclagem em relação aos novos avanços nos campos da prevenção e da detecção precoce da doença.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens, seguido pelo câncer de pele não melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total.

Ainda segundo o Inca, a doença é considerada um câncer da terceira idade, já que aproximadamente três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Na fase inicial, a evolução é silenciosa.

Muitos pacientes não apresentam sintomas ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite). Já na fase avançada, o câncer de próstata pode provocar dor óssea, sintomas urinários, infecção generalizada e insuficiência renal.

A estimativa é que, neste ano, 68.800 novos casos de câncer de próstata sejam registrados no Brasil.

Francisco pede orações por sua viagem à Turquia

Francisco pede orações por sua viagem à Turquia




Papa visita a Turquia de 28 a 30 de novembro; caráter principal da viagem é ecumênico

Rádio Vaticano

francisco_viagem turquia. No final da catequese desta quarta-feira, 26, o Papa Francisco recordou sua viagem à Turquia, de sexta-feira, 28, até domingo, 30, por ocasião da festa de Santo André. Ele pediu que o fiéis rezem pelo êxito da visita.

“Convido todos a rezarem para que esta visita de Pedro ao irmão André produza frutos de paz, sincero diálogo entre as religiões e concórdia na nação turca.”

O Papa Francisco será o quarto Pontífice a visitar a Turquia e a motivação desta sua sexta viagem apostólica é, sobretudo, ecumênica. Tradicionalmente, no dia 29 de junho, por ocasião da Festa dos Apóstolos Pedro e Paulo, o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla envia uma delegação ao Vaticano. A Santa Sé retribui o gesto na festa litúrgica de Santo André (30 de novembro), irmão de São Pedro e Padroeiro do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.

Além do encontro com o Patriarca Bartolomeu I, em Istambul, o Papa Francisco se reunirá com as autoridades turcas em Ankara, visitará o mausoléu de Ataturk (fundador e primeiro Presidente da República Turca), a Mesquita Azul e a Catedral latina do Espírito Santo. Também está previsto um encontro com o Grão-Rabino da Turquia. Com o Patriarca Bartolomeu, Francisco assinará um “Declaração Conjunta”.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Papa pede Igreja pobre e que não se vanglorie de si mesma

Papa pede Igreja pobre e que não se vanglorie de si mesma SEGUNDA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2014, 8H31 MODIFICADO: SEGUNDA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2014, 

Francisco diz que a Igreja é fiel a Cristo quando é pobre e humilde / Foto; L'Osservatore Romano

Na Missa de hoje, Francisco voltou a pedir que a Igreja seja pobre; ela precisar brilhar não com luz própria, mas com a luz de Cristo

Da Redação, com Rádio Vaticano

Na Missa desta segunda-feira, 24, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco voltou a pedir uma Igreja pobre, que não se vanglorie de si mesma. Ele explicou que, quando a Igreja é humilde e pobre, então é fiel a Cristo; do contrário, é tentada a brilhar com luz própria em vez de doar ao mundo a luz de Deus.

As reflexões do Papa partiram do Evangelho do dia, que retrata as ofertas oferecidas ao Templo por pessoas ricas e por uma viúva. Trata-se de duas atitudes diferentes: doar muito e publicamente, ostentando a riqueza; e doar o pouco que se tem, atraindo a atenção apenas de Deus. Segundo o Papa, são duas tendências sempre presentes na história da Igreja: aquela que é tentada à vaidade e a outra que é pobre.

Francisco associou a figura da Igreja à da viúva, já que a essa espera a volta do seu Esposo. A viúva não era importante, seu nome não aparecia nos jornais, não brilhava com luz própria. “A grande virtude da Igreja deve ser de não brilhar com luz própria, mas sim com a luz que vem do seu Esposo. E nos séculos, quando a Igreja quis ter luz própria, errou”.

O Papa reconheceu que, algumas vezes, Deus pode pedir que a Igreja tenha um pouco de luz própria, mas isso se entende pelo fato de que, se a missão dela é iluminar a humanidade, a luz doada deve ser unicamente aquela recebida de Cristo com humildade.

“Todos os serviços que nós fazemos na Igreja são para nos ajudar nisso, a receber aquela luz. E um serviço sem essa luz não é bom: faz com que a Igreja se torne rica e poderosa ou que procure o poder ou erre o caminho, como aconteceu tantas vezes na história e como acontece nas nossas vidas, quando nós queremos ter outra luz que não é aquela do Senhor: uma luz própria”.

Quando a Igreja é fiel à esperança e ao seu Esposo, ela fica alegre de receber essa luz, reiterou o Papa. Fica feliz em ser, nesse sentido, “viúva” à espera, como a lua, do sol que virá.

“Quando a Igreja é humilde, quando é pobre, mesmo confessa as suas misérias – pois todos nós as temos – ela é fiel. A Igreja diz: ‘Eu sou escura, mas a luz vem dali!’, e isso nos faz tão bem. (…) Tudo para o Senhor e para o próximo. Humildes. Sem nos vangloriarmos de ter luz própria, procurando sempre a luz que vem do Senhor”.

fonte: www.cancaonova.com

domingo, 23 de novembro de 2014

Francisco. "A Igreja reconhece Jesus no rosto do próximo"

Francisco. "A Igreja reconhece Jesus no rosto do próximo"

O Papa aos participantes do VII Congresso Mundial para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes

Por Sergio Mora

ROMA, 21 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - O Santo Padre Francisco se dirigiu nesta sexta-feira aos participantes do VII Congresso Mundial da pastoral da migração, evento organizado pelo Pontifício Conselhor para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.

A conferência na Pontifícia Universidade Urbaniana, em Roma, que começou na segunda-feira 17 e termina hoje, teve como tema "Cooperação e desenvolvimento na pastoral das migrações”, e buscou dar “respostas adequadas ao fenômeno da migração econômica e promover o potencial social que os povos em movimento trazem para a Igreja e toda a comunidade”.

"A Igreja, além de ser uma comunidade de fieis que reconhece Jesus Cristo no rosto do próximo, é mãe sem fronteiras e sem limites”. Este foi o pensamento exposto pelo Santo Padre. E acrescentou que a Igreja: “É mãe de todos e se esforça por alimentar a cultura da acolhida e da solidariedade, onde ninguém é inútil, está fora de lugar, ou é descartável”.

Em seu discurso o Papa recorda que, apesar dos fatos registrados, “às vezes dolorosos até dramáticos” a emigração “ainda é uma aspiração à esperança. Especialmente nas áreas deprimidas do planeta, onde a falta de trabalho impede a realização de uma existência digna para os indivíduos e para as suas famílias”.

"Este congresso -- considerou o Santo Padre – colocou em foco as dinâmicas da cooperação e do desenvolvimento na pastoral dos migrantes”. E foi analisado “os fatores que causam a migrações, especialmente as desigualdades, a pobreza, o crescimento demográfico, a crescente necessidade de ocupação em alguns setores do mercado de trabalho, as calamidades causadas pelas mudanças climáticas, as guerras e as perseguições, e o desejo das novas gerações de mover-se para encontrar novas oportunidades.

Recordou que as migrações de um lado dão vantagens aos países que acolhem, com mão de obra e “não raramente limitando também os vazios criados pela crise demográfica”. Enquanto isso, os países dos quais partem os migrantes, “têm benefício por causa do dinheiro enviado que cobre as necessidades das famílias que ficaram na pátria”.

"Os migrantes, enfim – destaca o Santo Padre – podem realizar o desejo de um futuro melhor para si e para as próprias famílias”.

O Papa reconhece, entretanto, que esses benefícios são acompanhados "também por alguns problemas", como a fuga de ‘cérebros’ dos países de emigração e a fragilidade das crianças e jovens que crescem sem um pai e uma mãe, ou sem ambos, e o “perigo de ruptura dos matrimônios devido à ausência prolongada”. E nas nações que os recebem estão as “dificuldades de inserção no tecido urbano, já problemáticos”.

Dirigindo-se ao presentes, o Santo Padre elogiou que a reflexão deste Congresso tenha “ido além”, para entender “o cuidado da Igreja na relação entre cooperação, desenvolvimento e migrações”.

Recordou que a comunidade cristã encontra-se comprometida em “acolher os imigrantes e compartilhar com eles o dom de Deus” e que “acompanham os migrantes ao longo de toda a viagem”, com especial atenção “às suas exigências espirituais através da catequese, a liturgia e a celebração dos sacramentos”.

"Infelizmente os imigrantes muitas vezes vivem situações de decepção, de necessidade e de solidão" e disse que eles se encontram, muitas vezes, entre a “erradicação" e a "integração". E aqui a Igreja – disse – tem que ser lugar de esperança, com programas vários, voz em defesa dos direitos dos migrantes, e assistência também material, sem exclusões, de modo que cada um seja tratado como Filho de Deus. 

Papa destaca que a missão é tarefa de todo cristão

Papa destaca que a missão é tarefa de todo cristão SÁBADO, 22 DE NOVEMBRO DE 2014, 8H09 MODIFICADO: SÁBADO, 22 DE NOVEMBRO DE 2014, 

Ao receber grupo de missionários italianos, Francisco pediu que o espírito missionário seja mantido sempre vivo
Papa destaca que Igreja missionária está sempre em saída rumo aos mais necessitados / Foto: Arquivo


Jéssica Marçal
Da Redação

Papa destaca que Igreja missionária está sempre em saída rumo aos mais necessitados / Foto: Arquivo
Papa destaca que Igreja missionária está sempre em saída rumo aos mais necessitados / Foto: Arquivo
Um encorajamento à missão pautando-se pelas reflexões da Exortação Apostólica Evangelii gaudium. Assim o Papa Francisco recebeu em audiência na manhã deste sábado, 22, os participantes do Congresso Missionário Nacional da Igreja na Itália. Francisco enfatizou que a missão é tarefa de todos os cristãos e nunca deve perder o sonho da paz.

Esse primeiro documento do pontificado de Francisco – a Evangelii gaudium – fala de uma “Igreja em saída”. O Papa mencionou a Exortação para ressaltar que uma Igreja missionária só pode estar “em saída”, sem medo de encontrar, descobrir as novidades e falar da alegria do Evangelho a todos. Ele enfatizou que os missionários nunca renunciam ao sonho de paz, mesmo quando vivem dificuldades e perseguições.

A Igreja na Itália tem feito muito nesse caminho missionário, enviando padres, religiosas e até leigos para missões na Amazônia, na África e em outras partes do mundo. O Papa voltou a citar em seu discurso o que o cardeal brasileiro Cláudio Hummes lhe disse uma vez: “Quando vou à Amazônia, vou ao cemitério e vejo os túmulos dos missionários. Há tantos. E eu penso: ‘Mas esses podem ser canonizados agora’”.

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Francisco pediu empenho apaixonado para manter sempre vivo este espírito missionário que, segundo ele, não é só para alguns. “Vejo com alegria junto aos bispos e padres tantos leigos. A missão é tarefa de todos os cristãos, não somente de alguns (…) A nossa vocação cristã nos pede para sermos portadores deste espírito missionário para que aconteça uma verdadeira ‘conversão missionária’ de toda a Igreja, como desejei na Evangelii gaudium”.

O Santo Padre defendeu ainda que as crianças devem receber uma catequese missionária. É preciso seguir com esperança, disse, gastando a vida por Deus e pelo próximo, a partir dos pobres, que são os companheiros de viagem de uma Igreja em saída e indicam as periferias onde o Evangelho precisa ser proclamado e vivido.

“Sair é não permanecer indiferente à miséria, à guerra, à violência das nossas cidades, ao abandono dos idosos, ao anonimato de tanta gente necessitada. Sair e não tolerar que nas nossas cidades cristãs existam crianças que não sabem fazer o sinal da cruz”.

No final do discurso, o Papa deixou um encorajamento à missão. “Que o Senhor faça crescer em vocês a paixão pela missão e possa tornar-vos testemunhas do seu amor e da sua misericórdia”