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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Padre comenta exemplo de paz e diplomacia dado pelo Papa

Padre comenta exemplo de paz e diplomacia dado pelo Papa 

Sacerdote comenta o “Evangelho da Reconciliação”, destacando exemplo de paz e diplomacia dado pelo Santo Padre

Padre João Carlos Almeida, scj
Teólogo e educador

padre Joaozinho Evangelho da Reconciliação

O comentário desse padre é muito bom, pois faz ver que a Igreja guiada pelo Papa Francisco tem nos dado muita lição de amor e compreensão aos que nos cercam. Queridos irmãos e irmas, o cristão é chamado a ser pessoa da reconciliação e levar Cristo vivo a todos os lugares. O mundo precisa de mensageiro da paz e que seja um exemplo reconciliador. O amandamento de Cristo é atualíssimo, pois o amor é ordem que ser faz urgente no mundo. As divisões são superadas onde existe o amor e o perdão. Cada um de nós devemos espelhar em Cristo e viver a autenticidade do cristianismo. Não podemos jamais pensar em nós mesmo, pois isso nos empobrece como pessoa. Se doarmos a nossa vida a quem precisa nós estamos ganhando mais vida. Feliz ano novo a todos. (Jose Benedito Schumann Cunha)

No dia 23 de maio de 2013 o Papa Francisco escreveu no Twitter:

Tenho levado o Evangelho da reconciliação e do amor aos ambientes onde vivo e trabalho?

Era uma sexta-feira do tempo pascal. O Papa vive intensamente a mística de ligar a fé com a vida, a liturgia com o dia-a-dia, a missa com a missão. Aos poucos ficaria muito claro que a celebração eucarística diária, logo pela manhã, é o momento alto do seu dia. Neste dia, por exemplo, certamente o evangelho de João 15,12-17 o inspirou: “Amai-vos uns aos outros”.

O Evangelho lido e meditado diariamente dá o tom para todos os seus afazeres, decisões e até mesmo orienta suas palavras. A breve homilia feita diariamente na Casa Santa Marta foi ganhando a atenção de todo o mundo. Até mesmo a imprensa secular começou a repercutir aquelas breves frases que têm o poder de destruir muros e construir pontes.

O Papa é também chamado de Pontífice, ou seja, alguém que tem a missão de construir pontes entre as pessoas, as culturas, as religiões, os cristãos e até mesmo da humanidade com Deus. Este é o sentido da mensagem que ele publicou neste dia. Devemos ter nos lábios e nas atitudes uma boa notícia de reconciliação. Ele tem moral para fazer esta proposta. Ao final de 2014 o Papa ganharia as manchetes como protagonistas da improvável reconciliação entre Estados Unidos e Cuba. Tentou também reconciliar o ocidente com o oriente, judeus e palestinos, idosos e jovens, homens e mulheres, leigos e clérigos. Seu jeito de viver o equilíbrio entre o vigor e a ternura o torna um profeta da paz.

Paz na Bíblia é mais do que ausência de conflitos. O shalom que Jesus tanto pregou significa viver a harmonia e a reconciliação com Deus, com a natureza, com os outros e consigo mesmo. É ser uma pessoa íntegra e integrada. Mas não é isso que vemos em nosso fragmentado mundo moderno. Reivindicamos as liberdades individuais e acabamos escravos de um egoísmo narcisista que tem como efeito colateral uma tremenda solidão. Outro efeito é a falta de cuidado com o jardim que Deus plantou desde as nossas origens. A natureza tem sido estuprada violentamente por queimadas irresponsáveis. Paradoxalmente amamos de modo saturado nossos gatos e cães mas esquecemos da vida em extinção. É comum levar o cãozinho no petshop e ver crianças pelas ruas, de pé no chão. Aqueles trinta reais alimentariam uma criança pobre por três dias.

Toda esta realidade está clara diante dos olhos da diplomacia do Papa Francisco. Ele transmite uma severa paz. Severa porque não cala a denúncia de tudo o que impede a reconciliação. Ele sabe que o apego aos bens produz injustiça e exclusão. Pior que isso é o apego ao cargo ou ao prestígio. Suas palavras são duras quando se dirige a líderes religiosos que fazem questão de ser cultuados. Chama isso de doença. E é mesmo. O poder pode corromper e tornar as pessoas medíocres e incapazes de exercer sua missão de humildade e serviço.

Podemos seguir o exemplo de Francisco e construir pontes de reconciliação com nossos familiares e amigos. Alguns podem estar do outro lado do muro da política, da cultura ou da religião. Por que não dar o primeiro passo?

domingo, 28 de dezembro de 2014

Papa pede coerência cristã e reza pela liberdade religiosa

Papa pede coerência cristã e reza pela liberdade religiosa SEXTA-FEIRA, 26 DE DEZEMBRO DE 2014, 9H55

Na oração do Angelus, Santo Padre destacou exemplo de Santo Estêvão, que deu testemunho de Cristo, e pediu que fiéis sejam coerentes com a fé que professam

Jéssica Marçal
Da Redação

Francsico reza o Angelus pedindo que os fiéis sejam coerentes com a fé cristã / Foto: Reprodução CTV
Francisco reza o Angelus pedindo que os fiéis sejam coerentes com a fé cristã / Foto: Reprodução CTV
O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus nesta sexta-feira, 26, festa de Santo Estêvão, primeiro mártir da Igreja. Ao enfatizar o exemplo de caridade do santo, Francisco pediu que os fiéis tenham a coerência de viver como cristãos, e não se dizerem cristãos mas viverem como pagãos. Ele também rezou pelos que são discriminados por darem testemunho de Cristo e pediu que seja reconhecida a liberdade religiosa de cada um.

Confira
http://papa.cancaonova.com/angelus-com-o-papa-francisco-261214/

O Santo Padre lembrou que, para acolher Jesus verdadeiramente, o caminho é aquele indicado pelo http://liturgia.cancaonova.com/liturgia/santo-estevao-o-primeiro-martir-sexta-feira-26122014/, em que Jesus diz a seus discípulos: “sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo”. Trata-se, disse o Papa, de dar testemunho de Jesus na humildade, no serviço silencioso, sem medo de seguir contracorrente e de pagar pessoalmente por isso.

“Se nem todos foram chamados, como Santo Estêvão, a derramar o próprio sangue, a cada cristão, porém, é pedido ser coerente em cada circunstância com a fé que professa. É a coerência cristã, uma graça que devemos pedir ao Senhor, ser coerente, viver como cristão e não dizer ‘sou cristão’ e viver como pagão’”.

Francisco pediu orações por todos os que são discriminados por darem testemunho de Cristo. Ele disse que essas pessoas que levam sua cruz com amor entram no mistério do Natal e estão no coração de Cristo e da Igreja.

O Santo Padre aproveitou para rezar também pela liberdade religiosa de cada um. “Rezemos para que, graças ao sacrifício destes mártires de hoje, se reforcem em cada parte do mundo o empenho para reconhecer e assegurar concretamente a liberdade religiosa, que é um direito inalienável de cada pessoa humana”.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Porta-voz do Vaticano faz balanço do ano do Papa Francisco

Porta-voz do Vaticano faz balanço do ano do Papa Francisco SÁBADO, 27 DE DEZEMBRO DE 2014

Viagens internacionais e eventos como a canonização de dois Papas e o Sínodo da Família marcaram o ano de Francisco; padre Lombardi comenta

Da Redação, com Rádio Vaticano

O ano de 2014 foi intenso para o Papa Francisco, a começar pelo fato de ter realizado cinco viagens internacionais. O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, fez um balanço desse ano, que foi praticamente o segundo do pontificado de Francisco.

“Cultura do encontro” foi o termo utilizado por padre Lombardi para caracterizar este ano de 2014 do Santo Padre. Ele explicou que o Papa tem este modo de se dirigir aos outros como pessoa que encontra pessoas, o que fica evidente, por exemplo, no relacionamento com grandes personalidades, como com o Patriarca Bartolomeu.  “Isso me parece algo muito precioso, muito importante e muito característico do Papa Francisco”, disse.

Viagens internacionais

Francisco cumprimentou padre e freira que deram testemunho dos tempos de perseguição comunista / Foto: Montagem-Reprodução CTV
Na Albânia, Papa cumprimentou padre e freira que deram testemunho dos tempos de perseguição comunista / Foto: Montagem-Reprodução CTV
Só neste ano que passou, Francisco visitou cinco países: Terra Santa, Coreia do Sul, Albânia, França (Estrasburgo, para uma visita de um dia ao Parlamento Europeu e ao Conselho da Europa) e Turquia. Padre Lombardi destacou o caráter ecumênico que revestiu algumas dessas viagens, como o que aconteceu em Jerusalém e depois em Constantinopla com o Patriarca Bartolomeu.

Outro aspecto importante, segundo o sacerdote, é a fronteira da Ásia: Francisco visitou a Coreia e, dentro de poucos dias, de 12 a 19 de janeiro de 2015, vai para as Filipinas e Sri Lanka. Trata-se de uma renovada atenção da Igreja para esta região, que representa uma das grandes fronteiras da Igreja atual.

Padre Lombardi não deixou de mencionar a dimensão europeia. A viagem à Albânia foi breve, mas significativa pelo fato do Papa desejar partir das periferias para chegar ao coração de um continente. Tão breve quanto foi a visita a Estrasburgo, quando o Pontífice pôde fazer um discurso articulado a toda a Europa.

“Um ponto particular que gostaria de recordar dessas viagens é a dimensão do martírio: seja na Coreia, onde a história da Igreja é caracterizada pelo martírio, seja na Albânia, onde o martírio nos tempos recentes, sob o comunismo, foi fortíssimo, seja no Oriente Médio, onde o martírio é também uma realidade atual pelos tantos problemas que acontecem. O Papa encontra esta realidade e nos recorda a atualidade dessa dimensão na vida da Igreja de todos os povos e tempos, também do nosso”.

Reforma da Igreja

Padre Lombardi explicou que, desde o início de seu Pontificado, Francisco colocou em prática um projeto de reforma da Cúria Romana. Mas esta é apenas uma parte de um projeto maior que o Pontífice formulou na Exortação Apostólica Evangelii gaudium: o projeto de uma Igreja em saída, da Igreja missionária, da Igreja empenhada na evangelização, da qual a Cúria Romana é uma serva, um instrumento para ajudar a Igreja na sua missão.

“O que me parece muito importante notar é que, para o Papa, o coração de toda reforma é interior: as reformas partem do coração (…) Os discursos que ele fez antes do Natal, seja à Cúria seja aos funcionários vaticanos, o discurso que ele fez no término do Sínodo nos dizem muito claramente como ele governa a Igreja também com o discernimento espiritual para curar em profundidade as nossas atitudes, tornar-nos mais radicalmente fiéis ao Evangelho e, com isto, depois, poderemos também exercitar melhor todo o nosso serviço, toda a nossa atividade de evangelização ou de serviço eclesial”.

Sínodo da Família

Papa Francisco durante discurso na assembleia sinodal / Foto: Arquivo-L'Osservatore Romano
Papa Francisco durante discurso na assembleia sinodal / Foto: Arquivo-L’Osservatore Romano
Um evento importante para os católicos em 2014 foi a 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que foi a primeira de duas etapas do Sínodo da Família, cuja conclusão será em 2015. Para padre Lombardi, foi um dos grandes “empreendimentos” pastorais e eclesiais colocados em caminho por Francisco, talvez o principal, no sentido que toca verdadeiramente a vida de todos.

“É um empreendimento muito corajoso, porque o Papa colocou na mesa temas também difíceis, delicados; porém, é algo do qual realmente havia necessidade”.

Cristãos perseguidos

Esta é uma questão que, juntamente à paz, à justiça, aos pobres e à escravidão moderna, é particularmente estimada pelo Papa. Padre Lombardi recorda que, desde o início de seu pontificado, Francisco quis se lembrar dos pobres e das periferias e é possível vê-lo fazendo isso continuamente. “Diria que o Papa fez justamente uma mobilização da Igreja, das pessoas de boa vontade, sobre estas fronteiras”.

Nesse ano, a situação dramática no Oriente Médio chamou a atenção, um contexto em que muitas pessoas – cristãos ou não – precisaram abandonar suas casas e viver como refugiadas. Tal situação foi tema de vários apelos do Papa, que dois dias antes do Natal enviou uma carta aos cristãos no Oriente Médio, lembrou ainda o sacerdote.

Diálogo inter-religioso

Padre Lombardi acredita que o diálogo inter-religioso está entre os pontos importantes do pontificado de Francisco em 2014. Esta é uma dimensão que esteve em evidência tanto na viagem à Abânia quanto à Turquia.

“Parece-me que o Papa está muito consciente também da situação do Islã no mundo moderno e procura encontrar os caminhos para uma relação construtiva, também no diálogo”.

Canonização dos Papas

Ao mencionar a canonização de João Paulo II e João XXIII, bem como a beatificação de Paulo VI, padre Lombardi indicou como denominador comum desses eventos a atualidade do Concílio Vaticano II, que esteve no centro da vida e do ministério desses três Papas.

“Estes dois eventos – canonização e beatificação – marcam também a inserção do pontificado de Francisco na esteira dos seus predecessores, no grande quadro do Concílio Vaticano II e da sua atuação no nosso tempo”.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Mensagem de Natal do Papa Francisco e Benção Urbi et Orbi Quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Mensagem de Natal do Papa Francisco - 


Boletim da Santa Sé


Mensagem de Natal do Papa Francisco e Benção Urbi et Orbi
Quarta-feira, 25 de dezembro de 2013


«Glória a Deus nas alturas

e paz na terra aos homens do seu agrado» (Lc 2, 14).

Queridos irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, bom dia e feliz Natal!

Faço meu o cântico dos anjos que apareceram aos pastores de Belém, na noite em que nasceu Jesus. Um cântico que une céu e terra, dirigindo ao céu o louvor e a glória e, à terra dos homens, votos de paz.

Convido todos a unirem-se a este cântico: este cântico é para todo o homem e mulher que vela na noite, que tem esperança num mundo melhor, que cuida dos outros procurando humildemente cumprir o seu dever.

Glória a Deus.

A primeira coisa que o Natal nos chama a fazer é isto: dar glória a Deus, porque Ele é bom, é fiel, é misericordioso. Neste dia, desejo a todos que possam reconhecer o verdadeiro rosto de Deus, o Pai que nos deu Jesus. Desejo a todos que possam sentir que Deus está perto, possam estar na sua presença, amá-Lo, adorá-Lo.

Possa cada um de nós dar glória a Deus sobretudo com a vida, com uma vida gasta por amor d’Ele e dos irmãos.

Paz aos homens.

A verdadeira paz – como sabemos – não é um equilíbrio entre forças contrárias; não é uma bela «fachada», por trás da qual há contrastes e divisões. A paz é um compromisso de todos os dias, mas a paz é artesanal, realiza-se a partir do dom de Deus, da graça que Ele nos deu em Jesus Cristo.

Vendo o Menino no presépio, Menino de paz, pensamos nas crianças que são as vítimas mais frágeis das guerras, mas pensamos também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes… As guerras dilaceram e ferem tantas vidas!

Muitas dilacerou, nos últimos tempos, o conflito na Síria, fomentando ódio e vingança. Continuemos a pedir ao Senhor que poupe novos sofrimentos ao amado povo sírio, e as partes em conflito ponham fim a toda a violência e assegurem o acesso à ajuda humanitária. Vimos como é poderosa a oração! E fico contente sabendo que hoje também se unem a esta nossa súplica pela paz na Síria crentes de diversas confissões religiosas. Nunca percamos a coragem da oração! A coragem de dizer: Senhor, dai a vossa paz à Síria e ao mundo inteiro. E convido também os não crentes a desejarem a paz, com o seu anelo, aquele anelo que alarga o coração: todos unidos, ou com a oração ou com o desejo. Mas todos, pela paz.

Ó Deus Menino, dai paz à República Centro-Africana, frequentemente esquecida dos homens. Mas Vós, Senhor, não esqueceis ninguém e quereis levar a paz também àquela terra, dilacerada por uma espiral de violência e miséria, onde muitas pessoas estão sem casa, sem água nem comida, sem o mínimo para viver. Favorecei a concórdia no Sudão do Sul, onde as tensões actuais já provocaram demasiadas vítimas e ameaçam a convivência pacífica naquele jovem Estado.

Vós, ó Príncipe da Paz, convertei por todo o lado o coração dos violentos, para que deponham as armas e se empreenda o caminho do diálogo. Olhai a Nigéria, dilacerada por contínuos ataques que não poupam inocentes nem indefesos. Abençoai a Terra que escolhestes para vir ao mundo e fazei chegar a um desfecho feliz as negociações de paz entre Israelitas e Palestinianos. Curai as chagas do amado Iraque, ferido ainda frequentemente por atentados.

Vós, Senhor da vida, protegei todos aqueles que são perseguidos por causa do vosso nome. Dai esperança e conforto aos deslocados e refugiados, especialmente no Corno de África e no leste da República Democrática do Congo. Fazei que os emigrantes em busca duma vida digna encontrem acolhimento e ajuda. Que nunca mais aconteçam tragédias como aquelas a que assistimos este ano, com numerosos mortos em Lampedusa.

Ó Menino de Belém, tocai o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que se dêem conta da gravidade deste crime contra a humanidade. Voltai o vosso olhar para as inúmeras crianças que são raptadas, feridas e mortas nos conflitos armados e para quantas são transformadas em soldados, privadas da sua infância.

Senhor do céu e da terra, olhai para este nosso planeta, que a ganância e a ambição dos homens exploram muitas vezes indiscriminadamente. Assisti e protegei quantos são vítimas de calamidades naturais, especialmente o querido povo filipino, gravemente atingido pelo recente tufão.

Queridos irmãos e irmãs, hoje, neste mundo, nesta humanidade, nasceu o Salvador, que é Cristo Senhor. Detenhamo-nos diante do Menino de Belém. Deixemos que o nosso coração se comova: não tenhamos medo disso. Não tenhamos medo que o nosso coração se comova! Precisamos que o nosso coração se comova. Deixemo-lo abrasar-se pela ternura de Deus; precisamos das suas carícias. As carícias de Deus não fazem feridas: as carícias de Deus dão-nos paz e força. Precisamos das suas carícias. Deus é grande no amor; a Ele, o louvor e a glória pelos séculos! Deus é paz: peçamos-Lhe que nos ajude a construí-la cada dia na nossa vida, nas nossas famílias, nas nossas cidades e nações, no mundo inteiro. Deixemo-nos comover pela bondade de Deus.

PALAVRAS DE FELICITAÇÕES DO PAPA PELO NATAL

A vós, queridos irmãos e irmãs, vindos de todo o mundo e reunidos nesta Praça, e a quantos estão em ligação connosco nos diversos países através dos meios de comunicação, dirijo os meus votos de um Natal Feliz!

Neste dia, iluminado pela esperança evangélica que provém da gruta humilde de Belém, invoco os dons natalícios da alegria e da paz para todos: para as crianças e os idosos, para os jovens e as famílias, para os pobres e os marginalizados. Nascido para nós, Jesus conforte quantos suportam a prova da doença e da tribulação; sustente aqueles que se dedicam ao serviço dos irmãos mais necessitados. Feliz Natal para todos!

Na Missa do Natal, Papa fala da ternura de Deus

Na Missa do Natal, Papa fala da ternura de Deus 


Francisco convidou fiéis a refletirem sobre o modo como acolhem a ternura de Deus, que aceita a miséria humana e se enamora por sua pequenez

Jéssica Marçal
Da Redação 


Deixar-se acolher pela ternura de Deus e, assim, saber enfrentar a vida com bondade e mansidão. Essa foi a mensagem deixada pelo Papa Francisco em sua homilia na Missa do Natal do Senhor, celebrada nesta quarta-feira, 24, na Basílica Vaticana. O Santo Padre se concentrou na luz que Jesus é para o mundo e que livra o homem de toda escuridão.

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“A presença do Senhor no meio do seu povo cancela o peso da derrota e a tristeza da escravidão e restabelece o júbilo e a alegria”, disse o Papa, recordando que, mesmo com violências, guerras, ódio e prepotência ao longo dos séculos, Deus soube esperar, pois é Pai e sua paciente fidelidade é mais forte que as trevas e a corrupção.

“Nisto consiste o anúncio da noite de Natal. Deus não conhece a explosão de ira nem a impaciência; permanece lá, como o pai da parábola do filho pródigo, à espera de vislumbrar ao longe o regresso do filho perdido”.

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Retomando a cena do nascimento de Jesus, Francisco explicou que a mensagem que todos esperavam na época era a ternura de Deus, que aceita a miséria humana e se enamora por sua pequenez. Dessa forma, essa noite de Natal é um convite para que cada um reflita sobre o modo como acolhe a ternura de Deus em sua vida.

“Deixo-me alcançar por Ele, deixo-me abraçar, ou impeço-Lhe de aproximar-Se? ‘Oh não, eu procuro o Senhor!’– poderíamos replicar. Porém a coisa mais importante não é procurá-Lo, mas deixar que seja Ele a encontrar-me e cobrir-me amorosamente das suas carícias. Esta é a pergunta que o Menino nos coloca com a sua mera presença: permito a Deus que me queira bem?”.

Francisco destacou que é grande a necessidade que o mundo tem hoje de ternura e a resposta do cristão não pode ser diferente daquela que Deus dá à pequenez do homem. “A vida deve ser enfrentada com bondade, com mansidão. Quando nos damos conta de que Deus Se enamorou da nossa pequenez, de que Ele mesmo Se faz pequeno para melhor nos encontrar, não podemos deixar de Lhe abrir o nosso coração”.

Na conclusão da homilia, o Papa convidou os fiéis a contemplarem o presépio. Ele lembrou que quem viu a “grande luz” foram pessoas simples, dispostas a acolher o dom de Deus, e não os arrogantes. “Olhemos o presépio e façamos este pedido à Virgem Mãe: ‘Ó Maria, mostrai-nos Jesus!’”.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Papa Francisco: "Quando a Igreja acredita que pode tomar conta das consciências das pessoas, a Igreja é estéril"

Papa Francisco: "Quando a Igreja acredita que pode tomar conta das consciências das pessoas, a Igreja é estéril"

Queridos irmãos e irmãs, devemos ser Igreja geradora de vida. Isso acontece quando estamos ligados a Cristo e a Igreja. O mundo é recriado com Cristo que vem até nós no Natal. O nosso coração se transforma na medida em que cremos Nele. Não devemos temer as adversidades e nem os obstáculos quando estamos com Cristo e com a comunidade Cristã. Deus nos encoraja para trabalhar na construção do seu Reino definitivo em nosso meio. Jesus nos enche da graça e O Espirito Santo nos dá força e coragem para lutar para o bem entre nós. A vida vem de Deus e a esterilidade se desfaz na fé em Cristo que é a luz que ilumina a nossa vida.( Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

Durante a última homilia do ano na casa santa Marta o Papa reflete sobre o Natal como sinal de fecundidade e de nova criação

Por Redacao

ROMA, 19 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) - Na sua última missa matutina do ano, o Papa disse que a Igreja deve ser mãe e não empresária. 

As leituras do dia (Jz 13,2-7.24-25; Lc 1,5-25), destacou o Papa, falam de dois dramas ligados à esterilidade, vencidos com o nascimento de Sansão e de João o Batista.

“Da esterilidade, o Senhor é capaz de recomeçar uma nova descendência, uma nova vida. E é esta a mensagem de hoje. Quando a humanidade acaba, não pode prosseguir, chega a graça e chega o Filho, trazendo a Salvação. E aquela Criação ‘esgotada’ deixa lugar à nova criação…” 

“Nós esperamos Aquele que é capaz de recriar todas as coisas, de fazer novas todas as coisas. Aguardamos a novidade de Deus”. Isto é Natal! “A novidade de Deus que refaz, de modo maravilhoso, todas as coisas”. Francisco ressaltou que seja a esposa de Manoá, mãe de Sansão, como Isabel, tiveram filhos graças à ação do Espírito do Senhor.

Qual seria então a mensagem destas leituras? – questionou o Papa.  “Abramo-nos ao Espírito de Deus – respondeu. Nós, sozinhos, não conseguimos; é ele que pode fazê-lo”: 

“Isso me faz pensar também na nossa mãe Igreja; nas muitas esterilidades que a nossa mãe Igreja tem: quando, pelo peso da esperança nos Mandamentos, aquele pelagianismo que todos nós trazemos nos ossos, se torna estéril. Acredita ser capaz de parir… não, não pode! A Igreja é mãe, e se torna mãe somente quando se abre à novidade de Deus, à força do Espírito. Quando diz a si mesma: ‘Eu faço tudo, mas acabei, não vou mais fazer‘, vem o Espírito”.

Esta constatação levou o Papa a uma reflexão sobre as esterilidades na Igreja e a abertura à fecundidade na fé:

“E também hoje é um dia para rezar pela nossa mãe Igreja, por tantas esterilidades no povo de Deus. Esterilidade de egoísmos, de poder…. Quando a Igreja acredita que pode tudo, que pode tomar conta das consciências das pessoas, de percorrer o caminho dos fariseus, dos saduceus, o caminho da hipocrisia, eh, a Igreja é estéril. Rezar. Que este Natal faça a nossa Igreja aberta ao dom de Deus, que se deixe surpreender pelo Espírito Santo e seja uma Igreja que faça filhos, uma Igreja mãe. Mãe. Muitas vezes eu penso que a Igreja em alguns lugares é mais empresária do que mãe”

“Olhando para esta história de esterilidade do povo de Deus e tantas histórias na História da Igreja que fazem a Igreja estéril – concluiu o Papa – peçamos ao Senhor, hoje, olhando para o Presépio”, a graça “da fecundidade da Igreja. Que antes de tudo, a Igreja seja mãe, como Maria”.

Jesus está em nosso meio

Jesus está em nosso meio


Queridos irmãos e irmãs, hoje estamos celebrando nesta noite o Natal do Senhor, uma luz brilhou e Ele está no nosso meio. Deus ama a humanidade e Ele não nos deixa a deriva e nem perdido nesse mundo. Ele não deixa que a morte e o sofrimento nos abatem, mas faz uma proposta de vida e liberdade para todos.

As trevas da Noite são iluminadas e queremos celebrar o nascimento desse menino que veio até nós para ser Luz das nações  e de todos os Povos.

No livro de Isaias nos fala da chegada de “um menino, Ele é da descendência de David. Vai ser um tempo de alegria, de felicidade e de paz sem fim. O período de Isaias (732 a. C), o povo da Galiléia, isto é, a região de Zabulon e de Naftali “andava nas trevas da morte” devido a opressão e a violência do Império assírio. Nesse contexto surge uma “luz”: “ menino” será enviado até nós por Deus para resgatar o trono de David para que haja a paz, a justiça e o direito para todos. Essa profecia alimentou a esperança do povo de Deus que estava sofrendo a opressão e falta de liberdade(cf. Is 9,1-6) .

A humanidade é libertada sempre por Deus da vida. Mesmo hoje com tanta cultura de morte em nossos meio, nós temos a esperança que Deus sempre vai intervir na hora certa. O Natal de Jesus para nós significa que o Reino de Deus já está entre nós e precisamos ter coragem de fazer acontecê-lo de fato entre nós. Devemos quebrar  o muro do egoísmo, do materialismo, da individualidade e da injustiça contra os pobres, os excluídos, os marginalizados de nossa sociedade atual.

Na carta a Tito, nos lembra das razões pelas quais devemos viver uma vida cristã autêntica e comprometida. Isso vai gerar em nosso meio a verdadeira comunidade cristã que reflete a luz de Cristo para todos. Não podemos jamais ficar disfarçando a nossa fé em uma vida não comprometida com os que mais precisam de nós. A comunidade cristã é reflexo da fé que temos em Cristo, pois se estivermos com Ele, então vamos ser autênticos cristãos na nossa realidade de vida. (cf. Tt 2,1-14)


O Evangelho de Lucas narra em bom tom  para todos, a promessa profetizada em Isaias se realiza e sinal é : um menino recém-nascido em Belém, envolto em faixas e deitado numa manjedoura. (cf. Lc 2,1-14) Lucas descreve, dando-nos todos os dados teológicos, geográficos e históricos. Isso se torna uma verdade incontestável para nós. Agora temo um menino Deus entre nós. Belém é o lugar onde nasce o Messias esperado da descendência de Davi. É um Deus conosco. Deus nasce pobre e na simplicidade para nos ensinar que devemos ter um coração de pobre, isto é disponível a todos sem reserva e uma vida de simplicidade, isto é sem ostentação para não ultrajar ninguém. 

A nossa casa deve ser aberta, acolhedora e temente a Deus para que todos vejam a luz de Jesus que brilha em nossas casas. Essa luz faz com que todos possam enxergar a verdadeira realidade que constrói o Reino de Deus sem a cegueira da culta da morte que nos rodeia. O menino abre os abraços e nos chegamos a Ele querendo estar com Ele sempre. Queremos nesta noite vivenciar a presença Dele em nosso meio como os pastores que viram a luz e foram até a gruta de Belém onde estava Jesus. Vamos também perceber que Jesus está em nosso meio com braços abertos, convidando-nos para estar com Ele diante de todos que precisam de vida e libertação. Feliz Natal a Todos. Viva Jesus Cristo, e Viva Maria que permitiu a vida do Cristo e a sua vinda em nosso Meio. Amem!!!


(Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

Papa Francisco: estar atento ao Senhor que passa nesse natal

Papa Francisco: estar atento ao Senhor que passa nesse natal

Palavras pronunciadas pelo Papa Francisco no Angelus desse domingo

Por Redacao

ROMA, 21 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) - Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje, quarto e último domingo do Advento, a liturgia quer nos preparar para o Natal que já está às portas nos convidando a meditar o relato do anúncio do Anjo a Maria. O arcanjo Gabriel revela à Virgem a vontade do Senhor de que ela se torne a mãe do seu Filho unigênito: “Conceberás um filho, lhe dará à luz e o chamará Jesus. Será grande e será chamado Filho do Altíssimo” (Lc 1, 31, 32). Fixemos o olhar sobre esta simples jovem de Nazaré, no momento em que se torna disponível à mensagem divina com o seu “sim”; colhamos dois aspectos essenciais de sua atitude, que é para nós modelo de como se preparar para o Natal.

Antes de tudo, a sua fé, a sua atitude de fé, que consiste em escutar a Palavra de Deus para se abandonar a esta Palavra com plena disponibilidade de mente e de coração. Respondendo ao Anjo, Maria disse: “Eis a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a sua palavra” (v. 38). No seu “eis aqui” cheio de fé, Maria não sabe por quais estradas deverá se aventurar, quais dores deverá sofrer, quais riscos deverá enfrentar. Mas é consciente de que é o Senhor a pedir e ela confia totalmente Nele e se abandona ao seu amor. Esta é a fé de Maria!

Um outro aspecto é a capacidade da Mãe de Cristo de reconhecer o tempo de Deus. Maria é aquela que tornou possível a encarnação do Filho de Deus, “a revelação do mistério, envolto no silêncio por séculos eternos” (Rm 16, 25). Tornou possível a encarnação do Verbo graças justamente ao seu “sim” humilde e corajoso. Maria nos ensina a colher o momento favorável em que Jesus passa na nossa vida e pede uma resposta pronta e generosa. E Jesus passa. De fato, o mistério do nascimento de Jesus em Belém, que ocorre historicamente há mais de dois mil anos, tem lugar, como evento espiritual, no “hoje” da Liturgia. O Verbo, que encontrou morada no ventre virginal de Maria, na celebração do Natal vem bater novamente à porta do coração de cada cristão: passa e bate. Cada um de nós é chamado a responder, como Maria, com um “sim” pessoal e sincero, colocando-se plenamente à disposição de Deus e da sua misericórdia, do seu amor. Quantas vezes Jesus passa na nossa vida e quantas vezes nos manda um anjo e quantas vezes não percebemos, porque estamos presos, imersos nos nossos pensamentos, nos nossos negócios e, até mesmo, nesses dias, nos nossos preparativos de Natal, de forma a não percebermos Ele que passa e bate à porta do nosso coração, pedindo acolhimento, pedindo um “sim”, como aquele de Maria. Um santo dizia: “Tenho temor que o Senhor passe”. Vocês sabem por que ele tinha temor? Temor de não perceber e O deixar passar. Quando nós sentimos no nosso coração: “Gostaria de ser melhor… Estou arrependido disso que fiz…” É justamente o Senhor que bate. Ele te faz sentir isso: a vontade de ser melhor, a vontade de permanecer mais próximo aos outros, a Deus. Se você sente isso, pare. É o Senhor ali! E vai fazer uma oração, talvez vá à confissão, a limpar um pouco… isso faz bem. Mas se lembrem bem: se sente esta vontade de melhorar, é Ele que bate: não O deixe passar!

No mistério do Natal, próximo a Maria está a silenciosa presença de São José, como é representado em cada presépio – também naquele que vocês podem admirar aqui na Praça São Pedro. O exemplo de Maria e de José é, para todos nós, um convite a acolher com total abertura de alma Jesus, que por amor se fez nosso irmão. Ele vem para trazer ao mundo o dom da paz: “Sobre a terra paz aos homens, que ele ama” (Lc 2, 14), como anunciaram em coro os anjos aos pastores. O presente precioso do Natal é a paz, e Cristo é a nossa verdadeira paz. E Cristo bate aos nossos corações para nos dar a paz, a paz da alma. Abramos as portas a Cristo!

Confiemo-nos à intercessão de nossa Mãe e de São José, para viver um Natal realmente cristão, livres de toda mundanidade, prontos para acolher o Salvador, o Deus-conosco.

Tradução: Jéssica Marçal/Canção Nova Notícias

Papa alerta Cúria sobre “doenças” e pede exame de consciência

Papa alerta Cúria sobre “doenças” e pede exame de consciência SEGUNDA-FEIRA, 22 DE DEZEMBRO DE 2014

Queridos irmãos e irmãs, somos uma Igreja que deve ser transparente, autentica e seguidora de Cristo. Jesus é o pastor que nos conduz e devemos ouvir a sua voz sempre para não se perder. Ao celebrar o Natal do Senhor e necessário fazer do nosso coração uma manjedora de disponibilidade e acolhida ao Senhor que vem a até nós. Devemos aproveitar esse tempo para revigorar as virtudes cristãs e o conselhos evangélicos que são pobreza castidade e obediência. O que dá vigor a nossa ação cristã e pastoral é a ligação que devemos ter com Cristo, pois Ele é a cabeça que tudo comanda. Assim, seremos luzeiros que ilumina as trevas do mundo para que tudo seja transformado em bem e vida para todos. (Jose Benedito Schumann Cunha)

Ao listar tentações que podem atingir tanto a Cúria Romana quando cada cristão, Francisco pediu exame de consciência como preparação ao Natal

Jéssica Marçal
Da Redação

Francisco alerta a Cúria Romana sobre tentações às quais ela está suscetível / Foto: Reprodução CTV
Francisco alerta a Cúria Romana sobre tentações às quais ela está suscetível / Foto: Reprodução CTV
O Papa Francisco reuniu-se na manhã desta segunda-feira, 22, com a Cúria Romana, para os tradicionais votos de fim de ano. Ele falou do perigo de algumas doenças que podem afetar tanto a Cúria quanto cada cristão, propondo, assim, um exame de consciência a fim de preparar o coração para o Natal. Ele também enfatizou que o Espírito Santo é capaz de curar toda enfermidade.

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A imagem sobre a qual o Pontífice se concentrou em seu discurso foi a do Corpo de Jesus, comparando a Cúria a um pequeno modelo da Igreja, ou seja, um corpo que procura ser mais vivo, mais harmonioso e unido em si mesmo e em Cristo.

O Santo Padre reconheceu a complexidade da Cúria Romana que, justamente por sua dinamicidade,  não pode viver sem o relacionamento vital com Cristo. Um membro da Cúria que não se alimenta disso acaba se tornando um burocrata, um ramo que murcha e morre lentamente, disse.

“A oração cotidiana, a participação assídua nos Sacramentos, de modo particular na Eucaristia e na reconciliação, o contato cotidiano com a palavra de Deus e a espiritualidade traduzida em caridade vivida são alimento vital para cada um de nós”, indicou.

Francisco lembrou que a Cúria é chamada a melhorar constantemente e a crescer em comunhão, santidade e sabedoria para realizar sua missão. Porém, como todo corpo, ela também está exposta a algumas doenças, que enfraquecem o serviço a Deus.

O Santo Padre fez um “catálogo” dessas doenças que podem afetar a Cúria, elencando 15 itens:

1 – sentir-se imortal, imune ou até mesmo indispensável, negligenciando os controles necessários e habituais. “Uma Cúria que não faz autocrítica, que não se atualiza é um corpo enfermo”. É o “complexo dos eleitos, do narcisismo”

2 – a doença do “martalismo” (que vem de Marta), da ocupação excessiva, os que trabalham sem usufruirem do melhor. A falta de repouso leva ao stress e à agitação

3 – a doença do “empedramento” mental e espiritual, isso é, daqueles que têm coração de pedra. Quando se perde a serenidade interior, a vivacidade e a audácia e nos escondemos atrás de papeis, deixando de ser “homens de Deus”

4 – planejamento excessivo e funcionalismo, tornando o apóstolo um contador ou comercialista. “Quando o Apóstolo planifica tudo minuciosamente e pensa que assim as coisas progridem torna-se num contabilista”. É a tentação de querer pilotar o Espírito Santo

5 – má coordenação, sem harmonia entre as partes do “corpo”.

6 – “Alzheimer espiritual”, ou seja, o esquecimento da história da Salvação, da história com o Senhor, do “primeiro amor”

7- rivalidade e orgulho, quando a aparência, as cores das vestes e insígnias de honra tornam-se o objetivo primário da vida. “Leva-nos a ser falsos e a viver um falso misticismo”

8– esquizofrenia existencial, que é a doença dos que vivem uma vida dupla, fruto da hipocrisia típica do medíocre e do progressivo vazio espiritual que licenciaturas ou títulos acadêmicos não podem preencher

9 – fofocas, murmurações e mexericos. “É a doença dos velhacos que não tendo a coragem de falar diretamente falam pelas costas. Defendamo-nos do terrorismo dos mexericos”

10 – a doença de divinizar os chefes, que é a daqueles que cortejam os superiores esperando obter sua benevolência. “Vivem o serviço pensando unicamente àquilo que devem obter e não ao que devem dar”. Pode acontecer também aos superiores

11- indiferença para com os outros. “Quando se esconde o que se sabe. Quando por ciúme sente-se alegria em ver a queda dos outros em vez de o ajudar a levantar”

12 – doença da “cara fúnebre”, de pessoas carrancudas que pensam que para serem sérias é preciso pintar a face de melancolia, de severidade e tratar os outros com rigidez, dureza e arrogância. “O apóstolo deve esforçar-se por ser uma pessoa cortês, serena, entusiasta e alegre e que transmite alegria…”. “Como faz bem uma boa dose de são humorismo”

13 – a doença do acumular, quando o apóstolo procura preencher um vazio existencial no seu coração acumulando bens materiais, não por necessidade, mas para se sentir seguro

14 – doença dos círculos fechados, onde a pertença ao grupinho se torna mais forte que aquela ao Corpo e, em algumas situações, ao próprio Cristo

15 – a doença do lucro mundano, do exibicionismo. “Quando o apóstolo transforma o seu serviço em poder e o seu poder em mercadoria para obter lucros mundanos ou mais poder”.

“Irmãos, tais doenças e tentações são naturalmente um perigo para cada cristão e para cada cúria, comunidade, congregação, paróquia, movimento eclesial…e podem atingir seja em nível individual seja comunitário”, disse o Papa, lembrando que apenas o Espírito Santo é capaz de curar toda enfermidade.

domingo, 7 de dezembro de 2014

"As mulheres teólogas? São como as cerejas no bolo...

"As mulheres teólogas? São como as cerejas no bolo...

O Papa se encontra com a Comissão Teológica Internacional e convida os membros à escuta, ao pluralismo e a deixar espaço às mulheres, porque, em virtude do gênio feminino, podem trazer novas contribuições à teologia

Por Salvatore Cernuzio

ROMA, 05 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) - Escuta, internacionalidade, pluralismo e uma maior presença das mulheres. O Papa Francisco reuniu-se esta manhã com os membros da Comissão Teológica Internacional, durante a sessão plenária, e ofereceu-lhes sugestões para continuar a melhorar o trabalho.

Um trabalho realizado há 50 anos, quando, pouco depois do Concílio Vaticano II – recordou o Papa - o Sínodo dos Bispos propôs a criação de um organismo que pudesse enriquecer a Santa Sé com as reflexões de teólogos provenientes de várias partes do mundo.

Se os 27 documentos publicados são testemunho deste compromisso e ponto de referência para o debate teológico, a Comissão é chamada agora a dar um salto adiante, diz o Papa. Permanece a missão principal, ou seja, “servir a Igreja”; isso, porém “pressupõe não só habilidades intelectuais", mas também "disposições espirituais".

Em particular, entre estes, Bergoglio salienta a importância da escuta. Porque - explica - "o teólogo é acima de tudo um crente que ouve a Palavra do Deus vivo e a acolhe no coração e na mente”. E, ao mesmo tempo, ele “deve colocar-se humildemente à escuta do que o Espírito diz às Igrejas, por meio das diferente manifestações da fé vivida pelo povo de Deus”.

De fato – e o recorda também o recente documento da Comissão sobre o sensus fidei na vida da Igreja – o teólogo, junto com todo o povo cristão, “abre os olhos e os ouvidos para os sinais dos tempos”.

Nessa luz, o Papa Francisco destaca “a maior presença de mulheres” no campo da teologia. Elas são um pouco “como as cerejas do bolo”, diz espontaneamente. E citando a Evangelii Gaudium, recorda que "a Igreja reconhece a contribuição fundamental da mulher na sociedade, com uma sensibilidade, uma intuição e certas capacidades únicas que são geralmente mais próprias das mulheres que dos homens". Em virtude de seu "gênio feminino", então, as mulheres teólogas "oferecem novas contribuições para a reflexão teológica", porque podem detectar "certos aspectos inexplorados do insondável mistério de Cristo”.

O Papa recorda também outra característica da Comissão: o seu carácter internacional, "que reflete a catolicidade da Igreja”. Atenção, porém – adverte – porque “a diversidade dos pontos de vista deve enriquecer a catolicidade”, mas “mas sem prejudicar a unidade”. Essa – continua –decorre da referência comum dos teólogos "a única fé em Cristo" e se alimenta "da diversidade dos dons do Espírito Santo".

A partir desse fundamento, e "em um saudável pluralismo", portanto, as abordagens teológicas desenvolvidas em diferentes contextos culturais e com métodos diferentes, não podem "ignorar-se reciprocamente”. A esperança do Santo Padre é, portanto, que o trabalho da Comissão seja testemunho de tal crescimento e também testemunho do Espirito Santo porque “é Ele que faz a unidade”.

O ícone de tudo isso - disse o Pontífice - é a Virgem Imaculada, "mestra da autêntica teologia”, que dá “testemunho privilegiada dos grandes eventos da história da salvação, guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração". "Sob a orientação do Espírito Santo e com todos os recursos de seu gênio feminino, ela não deixou de entrar sempre mais em toda a verdade”. E, dia após dia, progrediu “na inteligência da fé, graças também ao trabalho paciente dos teólogos e das teólogas”.

Portanto, a Ela e à sua materna oração, Francisco confia todos os teólogos da Comissão, de modo que "a nossa caridade cresça sempre mais em conhecimento e em pleno discernimento”. Assim, conclui a audiência, pedindo aos presentes rezarem juntos uma Ave-Maria.

No Angelus, Papa pede testemunhos da misericórdia de Deus

No Angelus, Papa pede testemunhos da misericórdia de Deus DOMINGO, 7 DE DEZEMBRO DE 2014, 9H35 



No segundo domingo do Advento, Francisco falou de esperança, destacando que Deus consola o seu povo com ternura

Jéssica Marçal
Da Redação

angelus papa_misericordia de Deus

Francisco lembra aos fiéis que Deus consola o seu povo com solicitude e ternura /

No Angelus deste domingo, 7, Papa Francisco concentrou sua reflexão no consolo de Deus para com o seu povo. O Pontífice enfatizou que o Advento é um tempo de alegria pela espera do nascimento de Jesus, de forma que tristeza e medo dão lugar à alegria.

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A mensagem de esperança aparece na liturgia do dia, retirada do livro do profeta Isaías. O profeta se dirige às pessoas que passaram por situações difíceis para dizer que, com a vinda do Senhor, chega o tempo da consolação.

Francisco explicou que Deus consola o seu povo com a solicitude e ternura de um pastor que cuida do seu rebanho. Por isso Isaías convida a difundir essa mensagem de esperança entre o povo. Porém, o Pontífice recordou que não é possível ser mensageiro da consolação de Deus sem que a própria pessoa experimente a alegria de ser consolado e amado por Ele.

O Santo Padre pediu que os fiéis deixem ressoar no coração o convite de Isaías nesse tempo do Advento. “Hoje é preciso pessoas que sejam testemunhas da misericórdia e da ternura do Senhor, que sacudam os resignados, reanimem os desanimados, acendam o fogo da esperança”.

Muitas pessoas precisam desse testemunho de consolação, disse o Papa, citando como exemplo os que são escravos do dinheiro, do poder, do sucesso e da mundanidade. A consolação deles é uma maquiagem, e não o verdadeiro consolo que vem de Deus.

“A mensagem de Isaías, que ressoa nesse segundo domingo do Advento, é um bálsamo sobre as nossas feridas e um estímulo a preparar com empenho o caminho do Senhor. O profeta fala hoje ao nosso coração para nos dizer que Deus esquece os nossos pecados e nos consola”, finalizou.

Papa Francisco concede entrevista a jornal argentino

Papa Francisco concede entrevista a jornal argentino DOMINGO, 7 DE DEZEMBRO DE 2014, 12H08


Santo Padre conversou com jornalista e abordou temas como o Sínodo da Família, Reforma da Cúria e o seu “ser Papa”

Da Redação, com Rádio Vaticano

papa franciscoO Papa Francisco concedeu entrevista ao jornal argentino “La Nacion”, publicada neste domingo, 7. Falando à jornalista Elisabetta Piqué, o Pontífice abordou temas que vão desde o Sínodo da Família até a Reforma da Cúria; do Instituto para as Obras de Religião (IOR) até sua vida na Casa Santa Marta.

O Sínodo não é um parlamento, mas um espaço aberto protegido pelo Espírito Santo, disse o Papa ao responder perguntas sobre o Sínodo da Família. Ele considerou que é “simplificatório” dizer que os padres sinodais estão divididos em dois setores, um contra o outro, e reiterou a importância de falar claramente e escutar com humildade.

Com relação às posições do Sínodo sobre uniões homossexuais, o Papa esclareceu que ninguém falou de união homossexual, mas sim de famílias que têm um filho ou uma filha homossexual e de como é possível ajudar tais famílias.

Em seu discurso final no Sínodo, o Papa disse que não tocou nenhum ponto da doutrina da Igreja sobre matrimônio. No caso dos divorciados que se casam novamente, ele reconheceu que há muitas questões pastorais. Ele citou as diversas limitações vividas por essas pessoas na Igreja, como não poder ser padrinho de Batismo, de forma que até parece que elas foram excomungadas, mas não foram.

Francisco disse que é preciso mudar um pouco as coisas. E a quem falou de confusão, respondeu: “continuamente pronuncio discursos, homilias e este é o Magistério”. Isto, comentou, “é aquilo que eu penso, não aquilo que os jornais dizem que eu pense”, “Evangelii gaudium é muito clara”.

Cúria Romana

Francisco não deixou de responder perguntas sobre a reforma da Cúria, afirmando que esse é um processo lento e ele pensa que não estará concluído em 2015. Ele explicou que uma das propostas em discussão é o agrupamento dos dicastérios dos Leigos e da Família e Justiça e Paz.

De resto, o Papa reiterou que a reforma que mais tem no coração é aquela espiritual, a reforma do coração. Ele contou que, para o Natal, está preparando um discurso aos membros da Cúria e um para os trabalhadores do Vaticano com as famílias, que encontrará na Sala Paulo VI.

O Pontífice disse não ser preocupado pelas divergências que emergem na reforma da Cúria Romana e recordou que esse processo foi decidido pelos cardeais nas Congregações Gerais que precederam o Conclave. Tanto o IOR quanto a reforma econômica estão indo bem, disse.

Ser Papa

Francisco falou do seu “ser Papa”, contando que, quando foi eleito no Conclave, disse a si mesmo: “Jorge, não mude, continua a ser você mesmo porque mudar na tua idade é ridículo”.

Sobre saúde, ele afirmou que tem alguns mal-estar próprios da idade, mas está nas mãos de Deus e até agora pode ter um ritmo de trabalho mais ou menos bom. Brincando, ele disse que Deus lhe deu um “sano dote de inconsciência”.

Sobre as próximas viagens apostólicas, disse que talvez irá para a Argentina em 2016, enquanto em 2015 está no programa uma visita a três países da América Latina e África.

Tendo em vista as próximas eleições na Argentina, o Pontífice disse que não receberá políticos argentinos, para não interferir. Porém, afirmou que, neste momento, a quebra do sistema democrático, da Constituição, seria um erro para o país.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Nós devemos preparar o caminho para o Senhor da vida

Nós devemos preparar o caminho para o Senhor da vida


Queridos irmãos e irmãs em Cristo, estamos celebrando o 2º Domingo do Advento e devemos preparar-se para receber o Senhor da Vida que traz salvação a todos. É um tempo de graça e de benção que vem de Deus a todos que o procuram com o coração convertido a Ele. Devemos abrir os nosso ouvidos para as vozes proféticas de Isaias e de João Batista que pedem a nossa conversão para a vinda do Senhor.

As Leituras bíblicas da Liturgia desse domingo nos convidam a preparar o Caminho e ele deve estar em conformidade com a vontade de Deus.

No livro do profeta Isaias que vem consolar os exilados na Babilônia devido a varias transgressões do Povo de Deus a Aliança que Ele fez de modo admirável. Deus é fiel. Então o profeta anuncia o perdão de Deus a eles e mostra um novo caminho de vida e salvação que Ele propõe ao Povo com o regresso do povo à pátria. . (cf. Is 40,1-5.9-11) Isso quer dizer que vai ter um novo Êxodo em uma nova caminhada espiritual. Assim, terão novamente uma nova experiência do amor e da bondade de Deus a esse povo que Ele tanto ama. Isso traz comunhão e uma aliança nova. Qual é o sinal de isso para o Povo? Vai surgir um mensageiro à frente para levar a boa nova noticia a todos de Jerusalém e de Judá.

Na segunda carta de Pedro nos exorta para a parusia, que é a segunda vinda do Senhor. Para isso devemos estar vigilantes no bem e sempre fazendo a vontade Deus aqui na terra. Como que podemos fazer isso? Simplesmente fazendo e vivenciando os ensinamentos de Jesus para que aconteça já entre nós as transformações no mundo na construção do Reino de Deus, que é de justiça, de amor, de paz, de perdão, de misericórdia e partilha de bens na solidariedade com os nossos irmãos e irmãs sofredores desse mundo. (cf. 2Pd 3,8-14)

O nosso futuro se faz na nossa ação do presente e selado de modo maravilhoso por Cristo na segunda vida Dele.

O evangelista Marcos nos mostra João Batista que aponta o caminho para acolher aquele que vem, isto é o Messias libertador. Como que visualizaremos esse caminho que João Batista aponta? Notaremos se convertemos de coração a Deus e procuremos fazer as obras boas. João foi o mensageiro previsto em Isaias e agora ele nos dá a direção para reconhecer o Messias. Assim ele diz: “No meio de vós está… Eis o Cordeiro de Deus...". Jesus mais tarde dá testemunho dele dizendo: "É mais que um profeta… o maior dos nascidos de mulher..." O deserto em que João pregava significa o lugar que podemos encontrar-se e fazer as mudanças de vida.  (cf. Mc 1,1-8)

Que esta liturgia nos ajude a preparar a nossa vida e a dos outros para que haja o encontro com o Senhor que traz vida e libertação para todos. Que os nossos corações sejam embelezados de pureza como as nossas casas na espera de Jesus que nasce de braços abertos, dando-nos graça e bênçãos para as nossas vidas. Amém!!!

Tudo por Jesus nada sem Maria! Feliz Nata a todos!


(Jose Benedito Schumann Cunha – bacharel em teologia e graduado em Filosofia)

Papa envia mensagem contra o tráfico de pessoas

Papa envia mensagem contra o tráfico de pessoas 


“Jamais devemos esquecer e tão pouco ignorar o sofrimento de tantos homens, mulheres e crianças”, disse o Papa Francisco

Da redação, Rádio Vaticano

O Papa Francisco enviou uma Mensagem aos participantes da II Conferência Internacional do Grupo Santa Marta pela luta contra o tráfico de seres humanos, que se iniciou nesta sexta-feira, 5, em Londres, Inglaterra, e será encerrada neste sábado, 6,

Na sua breve mensagem, lida aos participantes, na tarde de ontem, por dom Marcelo Sanchez Sorondo, Chanceler das Academias Pontifícias das Ciências e das Ciências Sociais, o Santo Padre expressa profunda gratidão a todos os presentes pela “determinação na luta contra este mal e pelo esforço de levar em frente o trabalho iniciado na Conferência, realizada no Vaticano, no mês de abril deste ano”.

O Papa Francisco ressalta os “esforços para promover o diálogo sobre os meios legais adotados para combater o tráfico de seres humanos e sobre a assistência daqueles que padecem pela escravidão”. “Jamais devemos esquecer e tão pouco ignorar o sofrimento de tantos homens, mulheres e crianças, cuja dignidade humana é violada através desta exploração”, observa o Papa.

No final da sua Mensagem, o Papa Francisco agradece ao Ministro do Interior britânico, ao Comissário da Polícia metropolitana de Londres e à Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales pela promoção desta Conferência internacional. Por fim, o Papa reafirma que “a Igreja permanece firme no seu esforço de combater o tráfico de seres humanos e de sustentar as vítimas desta chaga social”.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Símbolos natalinos começam a ser colocados na Praça São Pedro nesta quinta-feira

Praça São Pedro recebe presépio e árvore de Natal de 25m 




Símbolos natalinos começam a ser colocados na Praça São Pedro nesta quinta-feira

Da Redação, com Agência Ecclesia

Queridos irmãos e irmãs, celebrar este tempo de natal é vivenciar a alegria de saber que Deus veio morar entre nós. Esse amor divino pela humanidade, culminou-se em Jesus, nosso salvador e redentor. Somos salvos pela misericórdia de Deus e absorvemos em nós a graça de ser salva. Deus nos chama para a vida plena que se faz na obediência da sua vontade e de uma vida voltada ao serviço dos mais necessitados. Se cada vez formos coerentes em nossa ação cristã. o mundo se torna melhor cheio de justiça de Deus. Que esse período seja momento de revisão de vida, de preparação e de conversão ao projeto de Deus que quer que todos estejam em comunhão com Ele. (Jose Benedito Schumann Cunha

A Praça São Pedro, no Vaticano, começa a ser enfeitada nesta quinta-feira, 4, com uma árvore de Natal com 25 metros de altura proveniente da região italiana de Calábria, a cerca de 500 quilômetros de Roma.

De acordo com informações da Santa Sé, a árvore é um pinheiro branco que vai ser iluminado no dia 19 de dezembro, às 16h30.

Nessa ocasião, o Papa Francisco irá receber em audiência as delegações doadoras da árvore de natal e do presépio. Este último é providenciado pela região de Veneto, do norte de Itália.

A recriação do nascimento de Jesus, que será montada pela fundação Arena de Verona, vai ser constituída por cerca de vinte personagens esculpidos em terracota (tipo de argila utilizado em cerâmica e construção) e em tamanho natural.

Todos os anos, a árvore que enfeita a Praça São Pedro para as celebrações de Natal tem sido oferecida por várias regiões da Itália ou por localidades de vários países, como aconteceu em 2011, ano em que o pinheiro natalício foi da Ucrânia. Trata-se de um costume introduzido pelo Papa João Paulo II (1920-2005) em 1982.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Igreja não seja museu ou ONG, diz Papa aos bispos da Suíça

Igreja não seja museu ou ONG, diz Papa aos bispos da Suíça

Francisco recebeu bispos da Suíça em visita ad limina; ele voltou a defender que a Igreja não pode ser somente uma ONG

Da Redação, com Rádio Vaticano

Papa reunido com os bispos da Suíça nesta segunda-feira, 1º / Foto: L'Osservatore Romano
Papa reunido com os bispos da Suíça nesta segunda-feira, 1º / Foto: L’Osservatore Romano
Que a Igreja na Suíça seja sinal visível do Corpo de Cristo e de seu povo e não somente uma bela organização, uma ONG. Essas foram palavras do Papa Francisco no discurso entregue aos bispos do país recebidos em visita ad Limina nesta segunda-feira, 1º.

Francisco recordou a coexistência cultural e religiosa que marca a Suíça, sede de instituições internacionais importantes para a paz, o trabalho, a ciência e o ecumenismo. Embora muitos habitantes mantenham-se afastados da fé, a maioria reconhece o papel positivo dos católicos e protestantes no âmbito social.

O país também tem belas igrejas e mosteiros, como a Abadia de São Maurício, mas sem uma fé viva em Cristo ressuscitado, pouco a pouco elas se tornarão um museu, disse o Papa. “Todas as louváveis obras e instituições perderão o seu espírito, deixando somente ambientes vazios e pessoas abandonadas”.

Francisco destacou que os bispos têm como missão apascentar o rebanho, caminhando segundo as circunstâncias adiante, no centro e atrás, porque o povo de Deus não pode subsistir sem os seus pastores, bispos e padres. Ele encorajou os bispos suíços a dar uma resposta clara e comum aos problemas da sociedade em um momento em que muitos, mesmo na Igreja, são tentados a se afastar da real dimensão do Evangelho.

“Cabe a nós, portanto, apresentar esta mensagem completa e torná-la acessível a todos, sem obscurecer a beleza do Evangelho, também àqueles que encontram dificuldades na vida cotidiana ou buscam um sentido à própria existência ou se afastaram da Igreja”.

O Santo Padre enfatizou ainda que o testemunho dos cristãos e das paróquias pode iluminar o caminho dessas pessoas que se deixam seduzir por formas de pensar que negam a dimensão transcendente do homem. “Deste modo, a Igreja Suíça pode ser ela própria e não somente uma bela organização, uma outra ONG”