ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sábado, 30 de maio de 2015

A Trindade, a Comunidade perfeita de Amor



A Trindade, a Comunidade perfeita de Amor


Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando hoje a Solenidade da Santíssima Trindade. Esta festa nos permite vivenciar a intimidade de Deus. Para isso precisamos refletir sobre esse Mistério que se revela a nós como Pai, Filho e Espirito Santo. É uma Comunidade perfeita de Amor

Revendo a história da nossa salvação, vemos o Deus da Aliança. Sabemos que Deus criou tudo e dirige o universo com sabedoria inigualável.  Moisés, já no final de sua vida, resume a Aliança de Deus e suas exigências para o Povo e serve para nós que participamos da Igreja. Somos convidados, como o povo de Israel, de contemplar a historia e ação libertadora de Deus no episodio do Êxodo e de nossa vida. Moisés nos orienta como reconhecer o rosto de Deus. Como que ele Faz isso:

Reconhecemos assim: Deus se revela na comunhão e numa relação familiar com seu povo. É um Deus que vai ao encontro das pessoas e sempre é solidário aos problemas vividos por elas. É um Deus fiel apesar da infidelidade do Povo, mas mesmo assim está sempre próximo. Deus dá mandamentos a eles e a nós também e estes são para ser seguidos porque vem de um Deus que ama muito a todos, pois Ele quer a nossa felicidade e nossa plena realização como pessoa amada por Ele.

No antigo Testamento não tinha pleno conhecimento da Trindade de Deus, mas surgia o entendimento da unicidade e a espiritualidade de Deus com os atributos da onipotência e misericórdia. (cf. Dt 4, 32-34.39-40)

Na carta de São Paulo aos romanos nos mostra Deus próximo de nós e é um Pai que sempre está ao nosso lado. A sua bondade nos fez de filhos adotivos e por isso podemos chamá-Lo de “Abba”, que significa Pai. Assim podemos contar com Ele em todos os momentos de nossa vida. Cabe a nós estar em comunhão com Ele sempre. (cf. Rm 8,14-17)

A missão de Jesus é continuada na missão dos discípulos Dele e de todos nós que somos batizados. Aquele envio de continuar a pregar o seu Evangelho e os que creem seja batizado na Trindade, isto é, em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo.

Assim, o batismo cristão nos insere na comunidade Igreja e nos faz participantes da comunhão trinitária. Isso nos impulsiona para a missão e não podemos jamais ficar parados em nosso mundo particular. Hoje a Igreja ensina através da catequese e nos dá o batismo aos que querem seguir Jesus de perto em comunidade viva de irmãos comprometidos com a causa do Reino de Deus. Queridos irmãos e irmãs, somos chamados a contemplar sempre esse Mistério de Deus em três pessoas, mas em só Deus. (cf. Mt 28,16-20)

Que esta liturgia nos ajude a mergulhar no amor trino de Deus e vivenciá-lo no nosso dia a dia em uma vida cristã autêntica.
Tudo por Jesus nada sem Maria!!!


Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha 31-05-2015

terça-feira, 26 de maio de 2015

O Espirito Santo nos impulsiona para a missão

O Espirito Santo nos impulsiona para a missão

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Queridos irmãos e irmãs, no domingo passado celebramos o Pentecostes, a festa da descida do Espirito Santo no cenáculo, onde estavam os apóstolos e Maria, a mãe de Jesus. Foi um dia memorável, pois eles estavam lá reunidos em oração, obedecendo ao mandato de Cristo que se ascendeu ao céu. 

Começa-se  a Igreja impulsionada pela força do Espirito Santo para a missão de anunciar o projeto de Deus, que é de salvação da humanidade trazido por Cristo. Agora a Igreja tem que anunciar o Evangelho e quem aderir a ele e a Cristo deve ser batizado e viver uma nova vida. 

O pecado que prendia o homem se perde de uma vez a sua força na graça de Cristo vivo e ressuscitado. Somos a Igreja que anuncia a vida e o Reino de Deus que se começa aqui e tem a sua culminância no céu onde Jesus foi preparar uma morada para cada um de nós.

A evangelização e o nosso engajamento na comunidade devem estar sintonizados na acolhida da Palavra de Deus, na Eucaristia e na obediência ao Magistério da Igreja. A beleza da vida está na nossa adesão a Deus de modo pleno para que a graça de Cristo, na força do Espirito Santo, seja em abundancia em nossa vida.

Assim, a luz que vem de Deus, nos sete dons do Espirito Santo, nos dá a certeza de caminhar nos trilhos dos valores evangélicos que são o amor, a pobreza e a obediência em uma vida de comunidade onde todos vivem os seus talentos em favor de todos.

Portanto, a Igreja resplandece de modo maravilhoso nas atitudes dos cristãos que vivem a partilha, o amor, o perdão, a solidariedade e acolhimento de todos, principalmente com os mais desfavorecidos.

Que as alegrias do Pentecostes sejam a nossa força sempre para sermos verdadeiros cristãos e missionários nesse mundo que grita pela vida e pela justiça. Assim seja.
Tudo por Jesus, nada sem Maria!!!

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

domingo, 24 de maio de 2015

O bom velhinho...





por João Renato Diniz Pinto

Insistiram para eu escrever sobre o arcebispo emérito de Montes Claros, dom Geraldo Majela de Castro, nascido João José de Castro, em 24 de junho de 1930, nesta cidade em que ele foi responsável por transformar em sede arquidiocesana, referência para outras igrejas locais católicas (Januária, Janaúba e Paracatu). A tão sonhada consolidação da Província Eclesiástica de Montes Claros e posse do seu primeiro arcebispo aconteceu em 29 de julho de 2001, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida.

A ação da Igreja no Norte Sertanejo de Minas Gerais sempre se deu sem preconceitos, mas, infelizmente, hoje o cenário mudou muito, sobretudo com a entrada de novos movimentos religiosos, das igrejas neopentecostais e da intensificação do comércio religioso como exposição cinematográfica do espetáculo. Deixemos as análises críticas de lado e voltemos ao assunto ao qual fui chamado a escrever: dom Geraldo, ordenado sacerdote pela Ordem Premonstratense em 08 de dezembro de 1953. Sua ordenação episcopal se deu em 08 de setembro de 1982, para ser bispo-coadjutor do bispo do sertão, dom José Alves Trindade (1956-1988), até assumir definitivamente a Diocese em 1º de junho de 1988.

Formei-me em comunicação social, habilitação em jornalismo, em 2003. De formação católica, sempre me interessei pelo trabalho social. A convite do sociólogo Luiz Eduardo de Souza Pinto, passei a integrar, primeiro voluntariamente, a equipe de comunicação da Arquidiocese de Montes Claros. Em uma de minhas matérias iniciais, em uma quarta-feira, 08 de setembro de 2004, informamos: “No dia de seu aniversário episcopal, d. Geraldo revela seu nome e número prediletos”. O título original era pra ser “Oito de Maria”, mas, dom Geraldo não gostou e preferiu a mudança. Naquela data, ele destacou as pessoas e os fatos que marcaram a sua vida nesses anos de ordenação. “Maria vem à frente, indicando paz ao mundo. A nossa Arquidiocese está consagrada ao Sagrado Coração de Maria. Vocês devem se esforçar para, cada vez mais, se parecerem com Maria”. Para ele, o nome ‘Maria’ e o número ‘8’ são especiais em sua vivência cristã. Em 08 de setembro de 1982, houve a sua consagração como bispo-coadjutor. E, em 08 de setembro de 1929, aconteceu o casamento de seus pais. Fatos como esses impulsionam d. Geraldo a prosseguir em sua caminhada.

Outras de minhas matérias iniciais foram sobre a formidável ação social da Pastoral do Menor, tão desvalorizada pela sociedade brasileira. Mexer com adolescente não é fácil. É a fase das crises. Cobri a inauguração do primeiro telecentro comunitário do Norte de Minas, no Bairro Independência, ao lado de dom Geraldo, do padre Antônio Alvimar Souza e de Gil Pereira. Naquele momento, o arcebispo emérito destacou. “Na década de 1980, quando já era bispo, ficava preocupado com este bairro. Não havia ainda o templo e, às vezes a gente celebrava em pequenos salões, às vezes em casas de família, e reunimos algumas lideranças para que pudéssemos construir uma coordenação leiga para o bairro. O pessoal mais antigo ainda se lembra dessa sementinha que Nosso Senhor foi plantando através do trabalho de tantos leigos aqui”.

Participei da 1ª (em 2004) e da 2ª (em 2010) Assembleia Arquidiocesana de Pastoral (AAP). Cobri a criação do Comitê Municipal de Combate à Corrupção Eleitoral e Administrativa, em junho de 2004. Também em 2004 estava nas celebrações pelos 20 anos da Pastoral da Criança de Minas Gerais. Montes Claros foi a primeira cidade do estado a criar essa pastoral para diminuir a taxa de mortalidade infantil através do apoio de dom Geraldo, das religiosas Juliana Philomena Verbist e Venina de Oliveira Tristão, de dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, do padre Marco Ceroni, dentre milhares de outras pessoas.

No primeiro Grito dos Excluídos, ou grito pelos excluídos, do qual tive a oportunidade de documentar, também em 2004, aquele em que se comemorava a sua primeira década de vida e de luta, dom Geraldo explicou que “o Grito nasceu da Bíblia quando, lá no Egito, Jesus disse que ouviu o clamor de seu povo” (...). “Celebramos 10 anos do Grito e muitas vezes não somos compreendidos”. É “uma alternativa de nos reunirmos e criarmos um senso crítico de que a nossa Independência não foi só um encanto”. “O Brasil não é só dos governantes. É do povo!”, afirmava o arcebispo metropolitano ao mencionar a lei de combate à corrupção eleitoral (lei 9.840/1999). “A lei somente será cumprida se todos nós nos esforçarmos. Pela moral, é até pecado vender o voto. Quando vendemos o voto, prejudicamos a construção de uma sociedade do bem”, adiantou-se.

Foram muitos mais textos, transcrições de homilias e até gravações de programas para a televisão. Nesse tempo, de 2004 a 2006, tempo em que convivi mais de perto com dom Geraldo, o que dá para concluir é que as palavras do cinegrafista Paulo Rodrigues o definem melhor: “o bom velhinho”. Cinegrafista da Hipervideoprodutora, da TV Geraes e da InterTV Grande Minas-Globo, Paulo trabalhou com dom Geraldo no “Revista Católica”, programa de televisão independente que foi ao ar na TV Geraes, canal 02 da televisão aberta, de 2004 a 2005. Lembro que foram nove meses exatos. Televisão não é brincadeira. O arcebispo emérito de Montes Claros, dom Geraldo Majela de Castro, gravava vários de seus momentos de fé e concedia a sua benção aos finais dos programas. Foi o cinegrafista Paulo Rodrigues que melhor definiu dom Geraldo: o bom velhinho...  E como o número oito é o seu número predileto, esse número deitado se torna o símbolo do infinito. Que seja infinita a sua vida...                        
                                                                                          
João Renato Diniz Pinto é católico por formação. Estudou jornalismo na Universidade Fumec de 1999 a 2003, ano em que começou a exercer o jornalismo: de 2003 a 2007 no arcebispado de dom Geraldo Majela de Castro e de 2007 a 2013 no arcebispado de dom José Alberto Moura. Editou o jornal “Clarão de Norte” de dezembro de 2008 a julho de 2013. Este artigo foi solicitado pela Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros bem antes do falecimento do arcebispo emérito em 14 de maio.

domingo, 17 de maio de 2015

Quais pecados poderão ser perdoados pelos ‘missionários da misericórdia’?

Quais pecados poderão ser perdoados pelos ‘missionários da misericórdia’?

No Ano da Misericórdia, Papa envia sacerdotes para perdoar pecados reservados à Sé Apostólica

Por Rocío Lancho García

Roma, 11 de Maio de 2015 (ZENIT.org)

Por que um jubileu da Misericórdia? Simplesmente porque a Igreja neste momento de grandes mudanças históricas, é chamada a oferecer sinais mais intensos da presença e proximidade de Deus. Assim, explicou o Santo Padre Francisco em sua homilia no dia em que foi apresentado a Bula do Ano da Misericórdia, que terá início em 08 de dezembro de 2015.

Na semana passada foram divulgados alguns detalhes - calendário, encontros, presença nas redes sociais – deste ano que será tão importante para a Igreja. Um dos gestos concretos desejado pelo Santo Padre é enviar ‘missionários da misericórdia' a quem o Papa dará a autoridade para também perdoar pecados reservados à Sé Apostólica.

Mas quais são esses pecados? Quais as condições para ser perdoado? Por que são reservados à Sé Apostólica? Para responder a essas perguntas, ZENIT conversou com o professor Davide Cito, da Faculdade de Direito Canônico na Universidade da Santa Cruz em Roma.

Quando falamos sobre o perdão dos pecados que são reservados para a Sé Apostólica queremos dizer, referindo-se a terminologia em uso no Código de 1917 a "pecados que envolvem a pena de excomunhão automática cuja remissão é reservada à Sé Apostólica, e, portanto, precisam ser submetidos ao julgamento da Penitenciaria Apostólica para ser absolvido".

Ele explicou que entre esses pecados estão, por exemplo, a profanação das espécies eucarísticas; também o pecado do aborto – acrescenta- implica excomunhão, mas não está reservada à Sé Apostólica, e sim ao bispo ou a seu delegado.

Sobre as "condições" para absolver estes pecados são as mesmas necessárias para pedir a absolvição de outros pecados, ou seja, "o arrependimento e o desejo de recomeçar na vida cristã", diz o professor Cito. A propósito da penitência para esses pecados, ele explicou que depende das condições do penitente e da situação em que esses pecados foram cometidos. "Não está previsto uma penitência especial, mas certamente deve manifestar um sincero desejo de retomar o caminho cristão".

O gesto do Santo Padre, de autorizar estes "missionários da misericórdia" a perdoar esses pecados, ao Padre Cito parece ser um gesto que coloca em prática o que Francisco afirma no ítem 3 da Evangelii gaudium: ‘Como nos faz bem voltar para Ele, quando nos perdemos! Insisto uma vez mais: Deus nunca Se cansa de perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir a sua misericórdia’. Para concluir, ele explicou que "é uma maneira de tocar com as próprias mãos a proximidade da misericórdia de Deus, apesar da gravidade do pecado. E Deus, vem ao encontro mais uma vez”. 

Francisco convida os cristãos do Oriente Médio a imitarem as novas santas palestinas

Francisco convida os cristãos do Oriente Médio a imitarem as novas santas palestinas

No Regia Coeli, o Papa recorda as religiosas canonizadas hoje e pede que sejam inspiração pelo exemplo de compaixão, caridade e reconciliação

Por Redação

Vaticano, 17 de Maio de 2015 (ZENIT.org)

Depois da Santa Missa celebrada na frente da Basílica de São Pedro por ocasião da canonização de quatro religiosas, as duas primeiras santas da Palestina, uma italiana e uma francesa, e antes de rezar o Regina Coeli cantado pelo coro da Capela Sistina, Francisco pronunciou as seguintes palavras:

No final desta celebração, desejo saudar todos vocês que vieram para prestar homenagem às novas Santas, especialmente as Delegações oficiais da Palestina, França, Itália, Israel e Jordânia. Saúdo com afeto os Cardeais, Bispos, sacerdotes, assim como as filhas espirituais das quatro Santas. Através da intercessão delas, o Senhor conceda um novo impulso missionário aos respectivos países de origem. Inspirados por seu exemplo de misericórdia, caridade e reconciliação, os cristãos destas terras olhem com esperança para o futuro, prosseguindo no caminho da solidariedade e da convivência fraterna.

Estendo a minha saudação às famílias, grupos paroquiais, associações e escolas presentes, em particular os crismandos da Arquidiocese de Gênova. Dirijo um pensamento especial aos fiéis da República Checa, reunidos no santuário de Svaty Kopećek, perto de Olomouc, que recordam hoje o vigésimo aniversário da visita de São João Paulo II.

Ontem, em Veneza, foi proclamado Beato o padre Luigi Caburlotto, pároco, educador e fundador das Filhas de São José. Graças sejam dadas a Deus por este Pastor exemplar, que teve uma intensa vida espiritual e apostólica, totalmente dedicada ao bem das almas.

Também gostaria de convidá-los a rezar pelo querido povo do Burundi, que está passando por um momento delicado: que o Senhor ajude a todos a fugir da violência e agir de forma responsável para o bem do país.

Com amor filial nos voltamos agora à Virgem Maria, Mãe da Igreja, Rainha dos Santos e modelo de todos os cristãos.

Regina Caeli ...




PAPA FRANCISCO
Homilia do Papa na canonização de quatro religiosas

Texto completo. Cerimônia de canonização das duas primeiras santas da Palestina, e também de uma freira italiana e uma freira francesa 

Por Redação

Vaticano, 17 de Maio de 2015 (ZENIT.org)

Apresentamos a íntegra da homilia do Papa Francisco na celebração da canonização de quatro novas santas na Praça São Pedro, domingo, 17 de maio.

“Os Atos dos Apóstolos nos apresentaram a Igreja nascente no momento em que elege aqueles que Deus chamou para tomar o lugar de Judas no Colégio Apostólico. Não se trata de assumir um cargo, mas um serviço. E de fato Matias, sobre quem recai a escolha, recebe uma missão que Pedro define assim: “É preciso que um deles se junte a nós para testemunhar Sua ressurreição” – a ressurreição de Cristo.

Com estas palavras ele resume o que significa fazer parte dos Doze: significa ser testemunha da ressurreição de Jesus. O fato que diga “junte-se a nós” faz entender que a missão de anunciar Cristo ressuscitado não é individual: deve ser vivida em modo comunitário, com o Colégio Apostólico e com a comunidade. Os apóstolos fizeram a experiência direta e estupenda da ressurreição; são testemunhas oculares de tal evento.

Graças ao seu respeitável testemunho, muitos acreditaram; e da fé em Cristo ressuscitado nasceram e nascem continuamente as comunidades cristãs. Também nós, hoje, fundamos nossa fé no Senhor ressuscitado, no testemunho dos apóstolos chegado até nós mediante a missão da Igreja. A nossa fé está firmemente ligada ao seu testemunho como a uma corrente ininterrupta desdobrada no decorrer dos séculos não somente pelos sucessores dos Apóstolos, mas por gerações e gerações de cristãos. À imitação dos Apóstolos, de fato, cada discípulo de Cristo é chamado a se tornar testemunha da sua ressurreição, sobretudo naqueles ambientes humanos onde é mais forte o esquecimento de Deus e a perda do homem.

Para que isto se realize, é necessário permanecer em Cristo ressuscitado e em seu amor, como nos recordou a Primeira carta de João:  “Quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele”. Jesus repetiu isto com insistência aos seus discípulos: “Permaneceis em mim...permaneceis no meu amor”. Este é o segredo dos santos: viver em Cristo, unidos a Ele como os ramos à videira, para dar muito fruto. E este fruto não é outra coisa senão o amor.

Este amor resplandece no testemunho da Irmã Joana Emília de Villeneuve, que consagrou a sua vida a Deus e aos pobres, aos doentes, aos encarcerados, aos explorados, tornando-se para eles e para todos sinal concreto do amor misericordioso de Deus.

A relação com Jesus Ressuscitado é o “ambiente” em que vive o cristão e na qual encontra a força para permanecer fiel ao Evangelho, mesmo em meio aos obstáculos e às incompreensões.

“Permanecer no amor”: Isto fez também Irmã Maria Cristina Branco. Ela foi completamente conquistada pelo amor ardente pelo Senhor; e pela oração, pelo encontro coração a coração com Jesus ressuscitado, presente na Eucaristia, recebia a força para suportar os sofrimento e doar-se como pão partido a tantas pessoas afastadas de Deus e famintas de um amor autêntico.

Um aspecto essencial do testemunho a ser dado ao Senhor ressuscitado é a unidade entre vós, seus discípulos, à imagem daquela que subsiste entre Ele e o Pai. Ressoou também hoje no Evangelho a oração de Jesus na vigília da Paixão: “Para que sejam um, assim como nós somos um”. Deste amor eterno entre o Pai e o Filho, que se derrama em nós por meio do Espírito Santo, ganha força a nossa missão e a nossa comunhão fraterna; disto brota sempre novamente a alegria de seguir o Senhor no caminho da sua pobreza, da sua virgindade e da sua obediência; e este mesmo amor chama a cultivar a oração contemplativa.

O experimentou de modo sublime Irmã Maria Baouardy que, humilde e iletrada, soube dar conselhos e explicações teológicas com extrema clareza, fruto do diálogo contínuo com o Espírito Santo. A docilidade ao Espírito a tornou também instrumento de encontro e de comunhão com o mundo muçulmano.

Da mesma forma irmã Maria Alfonsina Danil Ghattas bem entendeu o que significa irradiar o amor de Deus no apostolado, tornando-se testemunha de brandura e de unidade. Ela nos oferece um claro exemplo do quanto seja importante tornarmo-nos uns responsáveis pelos outros, de um viver a serviço do outro.

Permanecer em Deus e no seu amor, para anunciar com a palavra e com a vida a ressurreição de Jesus, testemunhando a unidade entre nós e a caridade para com todos. Isto fizeram as quatro santas hoje proclamadas. O seu luminoso exemplo interpela também a nossa vida cristã: como eu sou testemunha de Cristo ressuscitado? Como permaneço nele, como vivo no seu amor? Sou capaz de semear na família, no ambiente de trabalho, na minha comunidade, a semente daquela unidade que Ele nos deu fazendo-nos participar da vida trinitária?

Voltando para casa, levemos conosco a alegria deste encontro com o Senhor ressuscitado; cultivemos no coração o compromisso para viver no amor de Deus, permanecendo unidos a Ele e entre nós, e seguindo as pegadas destas quatro mulheres, modelos de santidade, que a Igreja convida a imitar.

(Rádio Vaticano)

sábado, 2 de maio de 2015

No ciclo de catequeses sobre família, Papa fala do matrimônio

No ciclo de catequeses sobre família, Papa fala do matrimônio 

Reunido com fiéis na Praça São Pedro, Francisco refletiu sobre o casamento, que hoje em dia é uma realidade distante ou inexistente para muitos jovens

Jéssica Marçal
Da Redação

Francisco fala do matrimônio cristão e destaca a família como obra-prima da sociedade / Foto: Reprodução CTV

A catequese do Papa Francisco, nesta quarta-feira, 29, foi dedicada ao matrimônio. O Santo Padre segue no ciclo de catequeses sobre a família e, desta vez, concentrou-se no casamento, refletindo, por exemplo, sobre a realidade dos jovens que não querem se casar.

Acesse
http://papa.cancaonova.com/catequese-do-papa-francisco-sobre-o-matrimonio-290415/

Francisco mencionou que o primeiro dos sinais prodigiosos de Jesus foi realizado no contexto do matrimônio: o milagre do vinho nas bodas de Caná. “Assim, Jesus nos ensina que a obra-prima da sociedade é a família: o homem e a mulher que se amam! Esta é a obra-prima!”.

Desta época até hoje, muita coisa mudou, disse o Papa, mas esse sinal de Cristo contém uma mensagem sempre válida. O Pontífice reconheceu que os jovens não querem se casar, que em muitos países aumenta o número de separações e diminui o número de filhos. Essas são as primeiras e mais importantes vítimas de uma separação, destacou o Papa, e isso pode ter reflexos futuros.

“Se você experimenta, desde pequeno, que o casamento é um laço ‘por tempo determinado’, inconscientemente para você será assim. Na verdade, muitos jovens são levados a renunciar ao projeto para si mesmo de um laço irrevogável e de uma família duradoura”.

Essa realidade dos jovens que não querem se casar constitui, segundo o Santo Padre, uma das preocupações dos tempos atuais. Ele lembrou que é importante tentar entender o porquê dos jovens agirem assim, de não terem confiança na família.

Para o Papa, as dificuldades financeiras não são o único motivo. Há quem cite como provável causa a emancipação da mulher, mas isso não é um argumento válido, segundo o Pontífice, mas sim uma forma de machismo que sempre quer dominar a mulher.

Na verdade, Francisco disse que quase todos os homens e mulheres gostariam de ter um casamento sólido, mas muitos têm medo de errar e, mesmo sendo cristãos, não pensam no matrimônio sacramental. “Talvez justamente esse medo de errar seja o maior obstáculo para acolher a Palavra de Cristo, que promete a Sua graça à união conjugal e à família”.

“Os cristãos, quando se casam ‘no Senhor’, são transformados em sinal eficaz do amor de Deus. Os cristãos não se casam somente para si: casam-se no Senhor em favor de toda a comunidade, de toda a sociedade”, concluiu Francisco, anunciado que, na catequese da próxima semana, dará continuidade à reflexão sobre a beleza da vocação do matrimônio cristão.

PELOS QUE SOFREM : Conheça as intenções de oração do Papa para o mês de maio

PapaFrancisco

PELOS QUE SOFREM Conheça as intenções de oração do Papa para o mês de maio 

SEXTA-FEIRA, 1 DE MAIO DE 2015, 8H38 MODIFICADO: SEXTA-FEIRA, 1 DE MAIO DE 2015, 8H41
Pelos que sofrem e pelo anúncio de Jesus em locais secularizados. estas são as intenções do Papa para o mês de maio

Da redação

Neste mês de maio, a intenção universal de oração do Papa Francisco será, especialmente, para os que sofrem. O pedido do Santo Padre é para que, rejeitando a cultura da indiferença, cuidemos daqueles que sofrem, em particular  os doentes e os pobres.

Já a intenção pela evangelização será dedicada à disponibilidade para a missão, a fim de que, a intercessão de Maria ajude os cristãos em ambientes secularizados a disporem-se a anunciar Jesus.

Quem está com Jesus, produz muitos frutos de vida!

Quem está com Jesus, produz muitos frutos de vida!

A White Grape Bunch ready for harvest


Queridos irmãos e irmãs em Cristo, estamos celebrando o 5º Domingo da Pascoa, que nos faz entrar em comunhão com Cristo vivo e ressuscitado. Hoje Jesus pede para que permaneçamos com Ele para que possamos produzir muitos frutos de vida para todos. É Jesus que nos dá a salvação que dura para sempre. Para isto é preciso que sejamos fiéis a Ele, cumpramos os seus mandamentos e desse modo tudo que pedirmos a Ele será nos concedido. 

Permanecer significa estar com Ele sempre e ainda ser testemunha Dele em todas as situações de nossa vida. A coragem e a valentia são concretizadas na nossa intimidade com Ele através da sua Palavra e da sua eucaristia que nos alimenta e salva. Não se pode pensar em uma religião descomprometida e acomodada, mas uma religião que leva vida em abundancia aos que mais sofrem em nosso mundo em que vivemos. 

Deus é para nós a fonte que gera vida e devemos ter Nele uma comunhão reciproca onde há comunicação em dialogo frutuoso que traz a verdadeira paz e liberdade. Jesus nos resgatou e quer que todos possam chegar ao céu onde Ele nos espera de braços abertos, mas para isso é preciso ser autênticos cristãos sem menosprezar a sua verdade libertadora.

Jesus se compara ao tronco que fornece a seiva da vida e nós somos os seus galhos onde estiver ligado tem vida e pode produzir frutos de vida. O que podemos fazer para ter vida? É estar sempre ligado a Ele em uma vida de comunidade que traz a multiplicação de dons e serviços. Assim Jesus nos fala: “Este é o seu mandamento: que creiamos no nome do seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, de acordo com o mandamento que Ele nos deu”. Desse modo seremos verdadeiros discípulos de Cristo que faz acontecer o Evangelho vivo em nossas ações no mundo.

A nossa responsabilidade é de implantar o Reino de Deus já para que possamos desejar o céu aqui na terra. Assim, devemos praticar a justiça de Deus, o amor que constrói pontes de vida entre os irmãos no mundo. O mundo conhecerá Cristo se dispormos ser autênticos em nossas atitudes na família, na comunidade e no mundo. 

Paulo após três anos da sua conversão vai a Pedro, em Jerusalém, e assim se integra a comunidade. Lá ele narra como que foi a sua experiência com o ressuscitado. Embora ele antes tinha perseguido a Igreja, mas agora se integra e torna um grande evangelizador. Mesmo com ar de desconfiança e de medos das pessoas da comunidade, ele não se irrita e nem afasta dela. Assim devemos ser, e em todos os momentos devemos estar ligado a Igreja.. (cf At 9,26-31)

Irmãos e irmãs, é na comunidade que devemos exercer a caridade em gestos e vida para dar testemunha da nossa fé em Cristo. Não há religião de aparências e sem compromisso, mas de vivencia dinâmica da fé Nele em uma vida comunitária dinâmica.. (cf. 1Jo, 3,18-24)

Assim, devemos caminhar unidos a Cristo para que circule em nós a seiva da sua vida que gera o amor, o perdão, a partilha, a misericórdia e paz. Desse modo Jesus é a verdadeira  videira e nós os seus ramos. A ceia pascal é perpetuada na eucaristia que se perpetua o testamento. Portanto sejamos portadores de vida e justiça para todos. (cf. Jo 15,1-8)

Tudo por Jesus, nada sem Maria!!

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha