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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sábado, 31 de outubro de 2015

“Deus perdoa como Pai, não como empregado de tribunal”



Na missa matutina, o Papa fala da compaixão de Deus pelo homem, que é muito diferente da piedade, e explica que um bom sacerdote é aquele que está envolvido em todos os problemas humanos


Roma, 30 de Outubro de 2015 (ZENIT.org) Salvatore Cernuzio | 392 visitas


Mais uma vez a misericórdia está na homilia do Papa em Santa Marta. “Compaixão” é a palavra chave da reflexão matutina do Pontífice, toda em espanhol, na qual recorda que “Deus nos perdoa como Pai, e não como um funcionário do tribunal, que lê uma sentença e diz: “’absolvido por falta de provas’”. Deus, afirma Francisco, “nos perdoa de dentro. Perdoa porque se colocou no coração desta pessoa”. Porque “Deus tem compaixão”: “tem compaixão para com cada um de nós, tem compaixão da humanidade e enviou seu Filho para curá-la, para regenerá-la”, para “renová-la”.

Mas essa compaixão "não é ter pena", diz o Santo Padre, "uma coisa não tem nada a ver com a outra”. Eu “posso ter pena de um cachorro que está morrendo”, mas a compaixão de Deus é outra coisa: é “entrar no problema, colocar-se na situação do outro, com o coração de Pai”. É a mesma compaixão que tem o pai da parábola do Filho Pródigo – “figura de Deus que perdoa” – quando vê chegar o seu filho de longe. A mesma compaixão de Jesus quando “curava as pessoas”: não como um “curandeiro”, mas “como sinal da compaixão de Deus, para salvá-la, para recolocar a ovelha perdida no seu lugar, o dinheiro perdido daquela senhora na carteira”.

"Deus tem compaixão", comentou Bergoglio, "Deus coloca o seu coração de Pai, coloca o seu coração para cada um de nós". E enviou Jesus para “levar a alegre notícia, para livrar aqueles que se sentem oprimidos”. Jesus “é enviado pelo Pai para entrar em cada um de nós, libertando-nos dos nossos pecados, dos nossos males e para carrega-los”.

"Isso é o que faz um sacerdote”, explica o Pontífice: “comover-se, comprometer-se na vida das pessoas, porque um sacerdote é um sacerdote, como Jesus é sacerdote. Quantas vezes – e depois temos que confessar-nos – criticamos aqueles padres que não se preocupam pelo que acontece nas suas congregações. Não. Não é um bom sacerdote! Um bom sacerdote é aquele que está envolvido em “todos os problemas humanos”.

Neste sentido, no final de sua homilia, o Papa Francisco centrou-se no serviço oferecido à Igreja pelo Card. Javier Lozano Barragan, que participou da celebração, por ocasião da comemoração de seus 60 anos de sacerdócio. Em particular, o Santo Padre recorda com gratidão o compromisso do cardeal no dicastério para os Trabalhadores Sanitários, “no serviço que a Igreja dá aos doentes”. “Agradeçamos a Deus por estes 60 anos de sacerdócio”, conclui, “da compaixão de Deus a hoje existe uma linha e este é um presente que o Senhor dá” ao cardeal Barragán: “Poder viver assim por 60 anos”. 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Sínodo: um caminho que levará as famílias a serem missionárias

Sínodo: um caminho que levará as famílias a serem missionárias

'Queridos irmãos e irmãs, qunado nós falamos de familia queremos remeter na ideia de um casal com seus filhos e esta é querida por Deus, pois ela é fruto do amor que gera e produz frutos. Deus é o fundamento e irradia o amor que toma conta do casal para que seja sinal no mundo como gerador de vida que povoa a terra. É a fertilidade que gera vida e traz a alegria do convivio fraterno e hamonioso entre o casal. Como as pessoas estão sitadas no mundo que está em mudanças profundas e ideolgias que batem na convivencia do casal podem trazer confusão e enfraquecimento do conceito da familia. Mas isto não é motivo de desanimarmos e sim encorajarmos na missão de engrandecer o papel da familia na sociedada em que vivemos." 

"O caminho que se deva percorrer para fortalecer os laços familiares é estar com Senhor vivo e ressuscitado que anda conosco dando-nos força, coragem e graça. Esta graça quebra toda a fraqueza e dificuldade que a familia passa no mundo a fim de que ela seja uma luz para todas as outras familis que querem construir um lar justo, fraterno e cheio de dialogo. Que as pessoas possam descobrir no discipulado do dia a dia da grandeza da familia se espelhando na verdaeira familia de Nazaré. Amém" (Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

Um sínodo emblemático que abre a ternura da Igreja para todos aqueles feridos, não apenas para as famílias


Roma, 23 de Outubro de 2015 (ZENIT.org) Sergio Mora | 614 visitas


Neste sábado acontecerá a última assembleia do Sínodo. Hoje, o cardeal Peter Erdo apresentou o esboço do documento final, explicando o espírito sinodal sem entrar especificamente no texto. O cardeal Baldiserri recordou que foram analisadas 1355 propostas nos três estágios do sínodo para alcançar esse resultado. Os Padres Sinodais também discutiram a 'consciência e a lei moral’, com base no texto distribuído aos cardeais. O diretor da Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, não entrou em detalhes porque trata-se de um tópico do projeto que não é público.

Ontem à tarde, o Papa Francisco anunciou a criação de um novo Dicastério que unirá dois pontifícios conselhos, o dos leigos e o da família com a Pontifícia Academia para a Vida.

Para falar sobre o desenvolvimento do Sínodo dos Bispos sobre a família, que começou em 4 de outubro no Vaticano, estiveram presentes hoje na sala de imprensa da Santa Sé, o Cardeal Peter Turkson presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz; Cardeal Gérald Lacroix, Arcebispo de Quebec; e o salesiano Dom Lucas Van Looy, Bispo da diocese de Gent Bélgica.

Ficou muito claro que o Sínodo está percorrendo um caminho conjunto e espera-se que as famílias sejam missionárias.

O Cardeal Turkson referindo-se ao caminho sinodal, reiterou que é um caminho conjunto e recordou quando, em Assis, o Papa Bento XVI disse: "todos juntos em busca da verdade". O Cardeal afirmou que todos os testemunhos, dos auditores e dos padres sinodais, as palavras do Santo Padre, o contato com a realidade da sociedade tem um valor inestimável.

Ele considera que este Sínodo é um marco para a Igreja, porque o casamento é um sacramento, precedido pelo batismo que por sua vez é um sacramento do discipulado. E acrescentou que "o casamento seja de discípulos que caminham com o Senhor", porque "não bastam as forças naturais”... "é preciso a graça do Senhor e se negligenciarmos isso essa incapacidade aparece”.

O Cardeal também destacou que o documento final "não será um documento ‘aguado’" para obter um consenso, porque "no Sínodo tentamos apreciar o ponto de vista dos outros mesmo que não seja o meu. Eu procuro soluções, não apenas para mim, mas também para os bispos de todos os continentes".

Portanto, ele não vê nenhuma barreira, mas diversos pontos de vista. Na África "as etapas para o casamento não são as mesmas que na Europa". Ou seja, o Sínodo foi uma "experiência muito enriquecedora”.

O Cardeal canadense Lacroix considera "o documento final desta manhã importante”, bem como a "a experiência sinodal".

"Nosso trabalho não é um texto legislativo", afirmou Lacroix, mas uma experiência que precisava ser transmitida ao Santo Padre.

"Deus te ama como você é, mas não se conforma", indicou como ideia, propondo como chave para entender este Sínodo, os peregrinos de Emaús. Outra preocupação dos Padres sinodais foi: "como expressar alegria diante dessas famílias feridas", lembrando que "não há famílias perfeitas".

Ele destacou que algumas famílias feridas, com a palavra dos casados ​​e divorciados, também participaram das consultas antes do Sínodo

Dom Lucas Van Looy bispo da diocese belga de Gent, mostrou sua preocupação -antes de partir para Roma para a Sínodo- pelas famílias de migrantes que chegam do Oriente Médio, como vivem as famílias nesses grandes campos de refugiados, destacando que todas estas questões fizeram parte do Sínodo.

Ele também indicou que nessas três semanas de escuta "entendemos melhor a palavra misericórdia, difícil para o mundo atual". Foram semanas que fizeram entender que é necessário integrar e acompanhar as pessoas, assim como o conceito de ‘sinodalidade’, "conceito que é mais do que uma palavra". Ele brincou que está pensando em como vai traduzir para o flamingo a palavra ‘sinodalidade’. Por isso, ele considera que "o Sínodo está dando às famílias uma tarefa de evangelização". Entre os temas está também a questão do jovem que vê Deus muito distante e como acompanha-lo no matrimônio.

Ele observou ainda que "a grande riqueza", a grande diversidade do Sínodo, "reflete-se na cor dos rostos dos bispos".

"A palavra que permanece – concluiu o Bispo - é a palavra "ternura". Ele disse na sala que a Igreja existe para todas as situações, não apenas para as famílias feridas". E essa ternura "poderia ser o início de uma nova época para a Igreja".

domingo, 25 de outubro de 2015

O papa anuncia um novo dicastério para leigos, família e vida

O papa anuncia um novo dicastério para leigos, família e vida

Atuais Conselhos Pontifícios serão fundidos e coordenados com a Academia Pontifícia para a Vida


Cidade do Vaticano, 23 de Outubro de 2015 (ZENIT.org) Redação | 598 visitas


Os Conselhos Pontifícios para os Leigos e para a Família serão fundidos num novo e único dicastério, anunciou o papa Francisco no início da congregação geral desta tarde de sexta-feira (horário de Roma) do Sínodo dos Bispos.

"Tomei a decisão de instituir um novo dicastério com competência sobre os leigos, a família e a vida, que substituirá o Conselho Pontifício para os Leigos e o Conselho Pontifício para a Família, e ao qual será ligada a Pontifícia Academia para a Vida".

O papa disse que criou "uma comissão especial para elaborar um texto delineando canonicamente as competências do novo dicastério, a ser apresentado para discussão do Conselho de Cardeais em dezembro".

"Uma fé que não sabe radicar-se na vida das pessoas, permanece árida"

Papa: "Uma fé que não sabe radicar-se na vida das pessoas, permanece árida"

Homilia do Papa Francisco na Santa Missa de encerramento da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos


Cidade do Vaticano, 25 de Outubro de 2015 (ZENIT.org) Redação | 778 visitas


Apresentamos a homilia do Papa Francisco na Santa Missa de encerramento da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. Domingo do Tempo Comum, 25 de outubro de 2015.

As três leituras deste domingo apresentam-nos a compaixão de Deus, a sua paternidade, que se revela definitivamente em Jesus.

O profeta Jeremias, em pleno desastre nacional, enquanto o povo é deportado pelos inimigos, anuncia que «o Senhor salvou o seu povo, o resto de Israel» (31, 7). E por que o fez? Porque Ele é Pai (cf. 31, 9); e, como Pai, cuida dos seus filhos, acompanha-os ao longo do caminho, sustenta «o cego e o coxo, a mulher grávida e a que deu à luz» (31, 8). A sua paternidade abre-lhes um caminho desimpedido, um caminho de consolação depois de tantas lágrimas e tantas amarguras. Se o povo permanecer fiel, se perseverar na busca de Deus mesmo em terra estrangeira, Deus mudará o seu cativeiro em liberdade, a sua solidão em comunhão: e aquilo que o povo semeia hoje em lágrimas, recolhê-lo-á amanhã com alegria (cf. Sal 125, 6).

Com o Salmo, também nós manifestámos a alegria que é fruto da salvação do Senhor: «A nossa boca encheu-se de sorrisos e a nossa língua de canções» (125, 2). O crente é uma pessoa que experimentou na sua vida a acção salvífica de Deus. E nós, pastores, experimentamos o que significa semear com fadiga, por vezes em lágrimas, e alegrar-se pela graça duma colheita que sempre ultrapassa as nossas forças e as nossas capacidades.

O trecho da Carta aos Hebreus apresentou-nos a compaixão de Jesus. Também Ele «Se revestiu de fraqueza» (cf. 5, 2), para sentir compaixão por aqueles que estão na ignorância e no erro. Jesus é o Sumo Sacerdote grande, santo, inocente, mas ao mesmo tempo é o Sumo Sacerdote que tomou parte nas nossas fraquezas e foi provado em tudo como nós, excepto no pecado (cf. 4, 15). Por isso, é o mediador da nova e definitiva aliança, que nos dá a salvação.

O Evangelho de hoje liga-se directamente à primeira Leitura: como o povo de Israel foi libertado graças à paternidade de Deus, assim Bartimeu foi libertado graças à compaixão de Jesus. Jesus acaba de sair de Jericó. Mas Ele, apesar de ter apenas iniciado o caminho mais importante, o caminho para Jerusalém, detém-Se ainda para responder ao grito de Bartimeu. Deixa-Se comover pelo seu pedido, interessa-Se pela sua situação. Não Se contenta em dar-lhe uma esmola, mas quer encontrá-lo pessoalmente. Não lhe dá instruções nem respostas, mas faz uma pergunta: «Que queres que te faça?» (Mc 10, 51). Poderia parecer uma pergunta inútil: que poderia um cego desejar senão a vista? E todavia, com esta pergunta feita «face a face», directa mas respeitosa, Jesus manifesta que quer escutar as nossas necessidades. Deseja um diálogo com cada um de nós, feito de vida, de situações reais, que nada exclua diante de Deus. Depois da cura, o Senhor diz àquele homem: «A tua fé te salvou» (10, 52). É belo ver como Cristo admira a fé de Bartimeu, confiando nele. Ele acredita em nós, mais de quanto acreditamos nós em nós mesmos.

Há um detalhe interessante. Jesus pede aos seus discípulos que vão chamar Bartimeu. Estes dirigem-se ao cego usando duas palavras, que só Jesus utiliza no resto do Evangelho. Primeiro, dizem-lhe «coragem!», uma palavra que significa, literalmente, «tem confiança, faz-te ânimo!» É que só o encontro com Jesus dá ao homem a força para enfrentar as situações mais graves. A segunda palavra é «levanta-te!», como Jesus dissera a tantos doentes, tomando-os pela mão e curando-os. Os seus limitam-se a repetir as palavras encorajadoras e libertadoras de Jesus, conduzindo directamente a Ele sem fazer sermões. A isto são chamados os discípulos de Jesus, também hoje, especialmente hoje: pôr o homem em contacto com a Misericórdia compassiva que salva. Quando o grito da humanidade se torna, como o de Bartimeu, ainda mais forte, não há outra resposta senão adoptar as palavras de Jesus e, sobretudo, imitar o seu coração. As situações de miséria e de conflitos são para Deus ocasiões de misericórdia. Hoje é tempo de misericórdia!

Mas há algumas tentações para quem segue Jesus. O Evangelho de hoje põe em evidência pelo menos duas. Nenhum dos discípulos pára, como faz Jesus. Continuam a caminhar, avançam como se nada fosse. Se Bartimeu é cego, eles são surdos: o seu problema não é problema deles. Pode ser o nosso risco: face aos contínuos problemas, o melhor é continuar para diante, sem se deixar perturbar. Desta maneira, como aqueles discípulos, estamos com Jesus, mas não pensamos como Jesus. Está-se no seu grupo, mas perde-se a abertura do coração, perdem-se a admiração, a gratidão e o entusiasmo e corre-se o risco de tornar-se «consuetudinários da graça». Podemos falar d’Ele e trabalhar para Ele, mas viver longe do seu coração, que Se inclina para quem está ferido. Esta é a tentação duma «espiritualidade da miragem»: podemos caminhar através dos desertos da humanidade não vendo aquilo que realmente existe, mas o que nós gostaríamos de ver; somos capazes de construir visões do mundo, mas não aceitamos aquilo que o Senhor nos coloca diante de olhos. Uma fé que não sabe radicar-se na vida das pessoas, permanece árida e, em vez de oásis, cria outros desertos.

Há uma segunda tentação: cair numa «fé de tabela». Podemos caminhar com o povo de Deus, mas temos já a nossa tabela de marcha, onde tudo está previsto: sabemos aonde ir e quanto tempo gastar; todos devem respeitar os nossos ritmos e qualquer inconveniente perturba-nos. Corremos o risco de nos tornarmos como «muitos» do Evangelho que perdem a paciência e repreendem Bartimeu. Pouco antes repreenderam as crianças (cf. 10, 13), agora o mendigo cego: quem incomoda ou não está à altura há que excluí-lo. Jesus, pelo contrário, quer incluir, sobretudo quem está relegado para a margem e grita por Ele. Estes, como Bartimeu, têm fé, porque saber-se necessitado de salvação é a melhor maneira para encontrar Jesus.

E, no fim, Bartimeu põe-se a seguir Jesus ao longo da estrada (cf. 10, 52). Não só recupera a vista, mas une-se à comunidade daqueles que caminham com Jesus. Queridos Irmãos sinodais, nós caminhámos juntos. Agradeço-vos pela estrada que compartilhámos tendo o olhar fixo no Senhor e nos irmãos, à procura das sendas que o Evangelho indica, no nosso tempo, para anunciar o mistério de amor da família. Continuemos pelo caminho que o Senhor deseja. Peçamos-Lhe um olhar são e salvo, que saiba irradiar luz, porque recorda o esplendor que o iluminou. Sem nos deixarmos jamais ofuscar pelo pessimismo e pelo pecado, procuremos e vejamos a glória de Deus que resplandece no homem vivo.

A mulher e a violência contra ela

A mulher e a violência contra ela

Adão e Eva no jardim do Éden



A sociedade atual tem dado muitos avanços a respeito da valorização da mulher em todas as suas dimensões, mas ainda se percebe uma violência contra a mulher. Ela é sujeita a todo tipo de violência como moral, física, social e psicológica. Isso acontece muitas vezes por estarmos em uma sociedade exageradamente competitiva, hedonista, materialista, e ainda com matiz machista.

A violência contra mulheres existe e para combatê-la fazem leis para punir os seus agressores e estas são também uma forma de desencorajar os outros potenciais agressores contra elas. Para isso a lei Maria da Penha, o conselho da Mulher e a criação da Delegacia da mulher são modos que ajudam a combater esse mal da nossa sociedade contemporânea.

Mas é preciso que haja uma visão humana da figura da mulher como protagonista da sociedade que quer construi-la nas bases da justiça, do respeito e da dignidade de todos. A mulher deve ser vista como parceira do homem e que tem um papel integrante do desenvolvimento do todo da sociedade em que vivemos. A estatística dos maus tratos, da violência contra a mulher que muitas vezes levam mortes ou sequelas nela não existirá em nosso meio social porque através da educação, da conscientização e da boa convivência entre homens e mulheres haverá respeito mutuo entre eles.

Assim, se todos percebessem as qualidades, os direitos de cada pessoa humana e principalmente da mulher não teremos esta macula da violencia contra a mulher porque homens e mulheres se completam e se harmonizam na perspectiva do ser para si, para outros e em si em vista da grandeza que eles têm na família, na sociedade e no mundo.

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

domingo, 11 de outubro de 2015

Homilia do Papa: Cuidado com o diabo que se esconde e, educadamente, tranquiliza a consciência

Homilia do Papa: Cuidado com o diabo que se esconde e, educadamente, tranquiliza a consciência


Nesta sexta-feira, o Papa pediu atenção para discernir o que vem de Deus e o que vem do mal que tenta "sempre enganar"

Por Salvatore Cernuzio

Roma, 09 de Outubro de 2015 (ZENIT.org)

"Carissimos, estamos no mundo por algum proposito e esse é fazer a vontade de Deus, Por isso é muito importante tomar boas decisões para que a nossa ação seja eco daquilo que acreditamos. Somos cahamados a dar razão de nossa fé e para isso é preciso estamos em contante comunhão com Deua atraves da oração, da eucaristia e da sua Palavra que liberta e salva. Não deixemos ser seduzido pelo mal, pois ele aniquila a nossa pessoa e desfigura a nossa imagem de filhos de Deus. 

O mal é anestesiante que paraliza a nossa boa ação e nos deixa diminuido como seres ligados a Deus. Nós devemos sempre refletir se as nossas ações são boas que produzem bons frutos de justiça, de amor, de perdão e de misericordia para que esse mundo seja mais fraterno.

Assim, se estivermos em comunhão plena com a Igreja que foi deixada para nós como guardiã da verdade divina e ela tem esta primazia de nos alerta e apontar o caminho para estar com o Senhor sempre. Amém!!!" (Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha - 11-10-2015)

Durante a missa na Capela da Casa Santa Marta nesta sexta-feira (9), o Papa Francisco, mais uma vez, pede atenção ao diabo. Ontem, o Papa falou daquele que multiplica o mal; hoje acusou diretamente o ‘acusador’, aquele que interpreta mal quem faz o bem, calunia por inveja, cria armadilha, que "tranquiliza" e "anestesia a consciência".

O Papa adverte: “Quando o espírito ruim consegue anestesiar a consciência, pode-se falar de uma verdadeira vitória: se transforma no dono daquela consciência. ‘Mas isto acontece em todo lugar! Sim, mas todos, todos temos problemas, todos somos pecadores, todos...’ E em todos, inclui-se o ‘ninguém’. Ou seja, ‘todos menos eu’. E assim se vive a mundanidade, que é filha do espírito ruim”.

Como sempre, a base para a reflexão do Santo Padre são as leituras da liturgia do dia. Em particular, ele destacou o Evangelho que narra como Jesus expulsou um demônio. Na cena retratada por Lucas, há algumas pessoas que queriam bem ao Messias: ouviam, reconheciam sua autoridade. Outro grupo, no entanto, tentava interpretar as palavras e as atitudes de Jesus; alguns por inveja, outros por rigidez doutrinária, outros porque tinham medo que os romanos chegassem e acontecesse uma tragédia. Por muitas razões tentavam destruir a autoridade de Jesus: “Ele expulsa os demônios por meio de Belzebu’. Ele é um endiabrado, faz magias, é um feiticeiro’. Colocavam-no à prova continuamente, provocavam-no com armadilhas, para ver se caia”.

Uma atitude que corremos o risco de incorrer facilmente. Por esta razão, o Papa convida a permanecermos "vigilantes" e a "discernir as situações", ou seja, o que vem de Deus e o que vem do mal que “tenta sempre enganar e nos leva a escolher o caminho errado”. "O cristão não pode ficar tranquilo, pensar que tudo está bem", disse Bergoglio.  "Deve discernir as coisas e observar de onde provêm, qual é a sua raiz". Porque em um caminho de fé "as tentações voltam sempre, o espírito maligno não se cansa". Quando é expulso “espera pacientemente para voltar". O maligno “se esconde” e depois, "vem com seus amigos muito educados, bate à porta, pede licença, entra, convive com o homem na sua vida diária e pouco a pouco, dá as instruções". Com "este modo educado" o diabo convence a "fazer as coisas com relativismo", tranquilizando a consciência.

Logo, o Papa Francisco reiterou: “vigilância”. A Igreja “nos aconselha sempre o exercício do exame de consciência: o que aconteceu hoje no meu coração? Veio a mim o demônio bem educado com seus amigos? Discernimento: de onde vêm os comentários, as palavras, os ensinamentos... quem diz isto?”.
"Peçamos ao Senhor a graça do discernimento e a graça da vigilância", conclui o Papa, "para não deixar entrar aquilo que engana, que seduz e fascina".

Papa no Angelus: “É maior felicidade dar que receber!”

Papa no Angelus: “É maior felicidade dar que receber!”

Texto completo. O Pontífice advertiu que somente acolhendo com humilde gratidão o amor do Senhor nos liberamos das seduções dos ídolos e da cegueira das nossas ilusões

Por Redação

Cidade do Vaticano, 11 de Outubro de 2015 (ZENIT.org)



Como todos os domingos, o Papa Francisco rezou o Angelus da janela de seu escritório no Palácio Apostólico, diante de uma multidão presente na Praça de São Pedro. Dirigindo-se ao fiéis e peregrinos de todo o mundo, o Pontífice disse:

Caros irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de hoje, extraído do capítulo 10 de Marcos, é articulado em três episódios, inspirados em três olhares de Jesus.

O primeiro episódio apresenta o encontro entre o Mestre e um tal que – de acordo com o trecho paralelo de Mateus – é identificado como “jovem”. Este corre em direção a Jesus, ajoelha-se e o chama de “Mestre bom”. Então, pergunta: “O que devo fazer para herdar a vida eterna?”, ou seja, a felicidade.

“Vida eterna” não é somente a vida do outro lado, mas é a vida plena, realizada, sem limites. O que devemos fazer para alcança-la? A resposta de Jesus reassume os mandamentos que se referem ao amor ao próximo. Sobre isso, aquele jovem não há nenhuma pendência; mas, evidentemente, observar os preceitos não basta, não satisfaz seu desejo de plenitude. E Jesus intui este desejo que o jovem traz no coração; por isso, a sua resposta se traduz em um olhar intenso repleto de ternura e afeto: “Fitando-o, Jesus o amou”. Sabe que ele é um bom rapaz... Mas Jesus entende também qual é o ponto fraco do seu interlocutor, e lhe faz uma proposta concreta: dar todos os seus bens aos pobres e segui-lo. Aquele jovem, entretanto, tem o coração dividido entre dois patrões: Deus e o dinheiro, e vai embora triste. Isso demonstra que a fé e o apego às riquezas não podem conviver. Assim, ao final, o ímpeto inicial do jovem se apaga na infelicidade de um seguimento que não advém.

No segundo episódio o evangelista enquadra os olhos de Jesus e, desta vez, trata-se de um olhar pensativo, de aviso: “Então, Jesus, olhando em torno, disse a seus discípulos: “Como é difícil a quem tem riquezas entrar no Reino de Deus!”. Diante do estupor dos discípulos, que se perguntam: “Então, quem pode ser salvo?”, Jesus responde com um olhar de encorajamento – é o terceiro olhar – e diz: a salvação é, sim, “impossível aos homens, mas não a Deus”. Se confiamos no Senhor, podemos superar todos os obstáculos que nos impedem de segui-lo no caminho da fé. Confiar no Senhor. Ele nos dará a força, Ele nos dá a salvação, Ele nos acompanha no caminho.

E, assim, chegamos ao terceiro episódio, aquele da solene declaração de Jesus: “Em verdade vos digo: “quem deixa tudo para me seguir terá a vida eterna no futuro e o cêntuplo já no presente”. Este “cêntuplo” é feito das coisas antes possuídas e depois abandonadas, mas que são multiplicadas ao infinito. Priva-se dos bens e recebe-se em troca a satisfação do verdadeiro bem; libera-se da escravidão das coisas e recebe-se a liberdade do serviço por amor; renuncia-se à posse e ganha-se a alegria do dom. Como Jesus disse: “É maior felicidade dar que receber!”.

O jovem não se deixou conquistar pelo olhar de amor de Jesus e, assim, não pôde mudar. Somente acolhendo com humilde gratidão o amor do Senhor nos liberamos das seduções dos ídolos e da cegueira das nossas ilusões. O dinheiro, o prazer, o sucesso, deslumbram, mas depois desiludem: prometem vida, mas trazem morte. O Senhor nos pede para nos desapegarmos destas falsas riquezas para entrar na vida verdadeira, na vida plena, autêntica, iluminada.

E eu pergunto a vocês, jovens, meninos e meninas, que estão agora na praça: Vocês sentiram o olhar de Jesus sobre vocês? O que vocês responderão a Ele? Preferem deixar esta praça com a alegria que Jesus nos dá ou com a tristeza no coração que a mundanidade nos oferece?

Que Nossa Senhora nos ajude a abrir o nosso coração ao amor de Jesus, somente ele pode satisfazer nossa sede de felicidade. 

Saber Escolher é a razão de ter uma vida feliz

Saber Escolher é a razão de ter uma vida feliz


Durante a nossa vida, temos que fazer escolhas. Há muitas coisas que nos atraem, mas não conseguimos conquistar todas. Escolher uma significa renunciar às outras. Estamos para entrar no final do tempo litúrgico e As leituras deste domingo faz pensar e refletir sobre a escolha.

A 1a Leitura nos fala da escolha feita por SALOMÃO: de tantas coisas ele escolhe a sabedoria. Ele, mesmo sendo jovem foi ao templo para oferecer um sacrifício a Deus. Por causa disso, Deus fica satisfeito e lhe diz: "Pede-me o que queres... e eu te darei..." Assim Salomão fala: "Sou um adolescente... dai-me um coração sábio, capaz de julgar o vosso povo e discernir entre o Bem e o Mal..." Isso muito agradou a Deus, pois ele não pediu coisas que passam, mas a sabedoria que tudo faz e esse pedido foi obtido e acrescido de poder e riqueza que se traduz de serviço ao Povo. Assim, nós devemos pedir a Deus não coisas materiais mas a sabedoria para não fazermos escolhas erradas.(cf. Sb 7,7-11)

Na carta aos hebreus temos essa verdade que deve estar gravada em nosso coração. Assim está escrito: "Ela é viva, eficaz e mais penetrante de qualquer espada de dois gumes". Se nós estivermos ligados na Palavra de Deus saberemos discernir o que é mal e o bem para poder fazer a escolha certa que vai trazer paz, felicidade e esperança ao nosso coração. (cf. Hb 4,12-13)

No evangelho de Marcos Jesus propõe uma escolha ao JOVEM RICO. Jesus esta a caminho, ensinado aos discípulos as exigências do de pertencer ao Reino que é ser solidário comprometido com a causa dos pobres e injustiçados para trazer vida para todos. Estar na comunidade é preciso fazer a escolha, isto é ter vida que leva a eternidade ou ficar na penumbra de uma ilusão passageira de vida no mundo.

O jovem quer obter a oportunidade de vida em Deus e se ajoelha diante de Jesus e pergunta-lhe:   "Que devo fazer para conseguir a vida eterna?"  Para isso, Jesus inicialmente mostra as leis de Deus que são norte orientadores para termos a vida em abundancia, mas isso o jovem já cumpria-os. Jesus acrescenta é preciso mais, pois é preciso a renuncia de bens e coisas que não deixam ninguém aproximar da verdadeira vida. Como jovem tem muito e isso foi um obstáculo grande para que ele seguisse Jesus. Então Jesus fala a todos que querem segui-lo : "Como é difícil a um rico entrar no Reino de Deus!"

Isso faz com que pensemos e refletirmos, pois para fazer o caminho com o mestre é preciso estar com Ele em todas as condições que Ele nos impõe. Assim, vamos caminhar na certeza de fazermos uma boa escolha e ela é a escolha de estar com Cristo na sua Igreja, na família que constrói pontes de vida e luz para esse mundo carente de serviço despojado, de solidariedade e partilhas. (cf. Mc 10,17-30)
Tudo por Jesus nada sem Maria


Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha