ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

terça-feira, 31 de maio de 2016

Papa Francisco: “É feio ver cristãos com a cara virada, cristãos tristes, é feio, feio, feio… Não são plenamente cristãos”






Papa Francisco: “É feio ver cristãos com a cara virada, cristãos tristes, é feio, feio, feio… Não são plenamente cristãos”
Homilia do Papa Francisco na Capela da Casa Santa Marta

31 MAIO 2016REDACAOPAPA FRANCISCO
 p

No último dia do mês de Maria o Papa Francisco dedicou a sua homilia ao Evangelho da visitação de Maria à sua prima Santa Isabel.

“É feio ver cristãos com a cara virada, cristãos tristes, é feio, feio, feio… Não são plenamente cristãos. Acreditam que são, mas não o são totalmente. Esta é a mensagem cristã. E nesta atmosfera de alegria que a liturgia nos dá de presente, gostaria de ressaltar apenas duas coisas: primeiro, um comportamento; segundo, um fato. O comportamento é o serviço”.

O serviço de Maria é realizado sem incertezas, observou o Papa. Maria, afirma o Evangelho, “se dirigiu apressadamente”, embora estivesse grávida e arriscasse se deparar com malfeitores no decorrer da estrada.

“Esta jovem de 16 ou 17 anos, não mais”, acrescentou Francisco, “era corajosa. Levanta-se e vai”, sem desculpas:

“Coragem de mulher. As mulheres corajosas que existem na Igreja são como Nossa Senhora. Essas mulheres que levam avante a família, essas mulheres que levam avante a educação dos filhos, que enfrentam tantas adversidades, tanta dor, que curam os doentes… Corajosas: levantam-se e servem, servem.

O serviço é sinal cristão. Quem não vive para servir, não serve para viver. Serviço na alegria, esta é a atitude que gostaria de destacar hoje. Há alegria e também serviço. Sempre para servir”.

O segundo ponto sobre o qual o Papa se detém é o encontro entre Maria e sua prima. “Essas duas mulheres – evidenciou – se encontram, e se encontram com alegria”, aquele momento é “só festa”.

Se “nós aprendêssemos isso, serviço e ir ao encontro dos outros, concluiu Francisco, “como o mundo mudaria”:

“O encontro é outro sinal cristão. Uma pessoa que se diz cristã e não é capaz de ir ao encontro dos outros, de encontrar os outros, não é totalmente cristã. Seja o serviço, seja o encontro, requerem sair de si mesmos: sair para servir e sair para encontrar, para abraçar outra pessoa. É com este serviço de Maria, com este encontro que se renova a promessa do Senhor, se atua no presente, naquele presente. E propriamente o Senhor – como ouvimos na primeira Leitura: ‘O Senhor, teu Deus, está no meio de ti” – o Senhor está no serviço, o Senhor está no encontro”. (Com informações Rádio Vaticano)


LEMBRAR É RESISTIR - Ananias Souza - Fruta de Leite (MG)


Em Quinta-feira, 2 de Junho de 2011 1:18, João Renato Diniz Pinto escreveu:

“Santo de casa tem que começar a fazer milagre”

Foi uma conversa bem informal que os missionários da Comissão Pastoral da Terra (CPT), da Pastoral da Comunicação Arquidiocesana e da Comunidade Santa Isabel de Portugal de Fruta de Leite, no Vale do Jequitinhonha (MG), Paróquia Santo Antônio de Salinas, tiveram com os moradores da Comunidade Imaculada Conceição Vida Esperança, uma das áreas que já é atingida pelo Mineroduto do Projeto Alto Rio Parto de Minas, que começa em Grão Mogol e vai até Ilhéus, na Bahia, tudo debaixo da terra através da instalação de uma tubulação que transportará o minério encontrado na região com água.

Em uma apresentação descontraída, o vereador em Fruta de Leite, Aeldivan Pedro da Fonseca, informou qual era o objetivo desta missão cristã, em uma manhã/tarde de terça-feira, 03 de maio de 2011. “A gente tá aqui hoje pra bater um papo com vocês sobre essa questão toda aí que vocês estão vivendo: essa questão da mineração aí, do eucalipto, que a gente sente isso. A gente taqui nesse momento pra isso: o que a gente pode, o que a gente não pode, e também mais pra ESCLARECER também” a população.

Coordenador da Comunidade VIDA ESPERANÇASeu Antônio ainda completou. “Hoje, o que tá acontecendo no meio de nós, é o seguinte: as pessoas hoje tá com aquele tipo que não acredita mais em santo de casa e é por isso, por as pessoas não acreditar mais em santo de casa, que tá pegando, acontece até de nós perder os nossos direitos. E é no causo que... a gente tem que participar, onde tiver uma reunião, a gente tem que participar, porque é lá, na reunião, que a gente entrosa, a gente conversa, a gente dialoga um com o outro... Uma cabeça é boa, mas duas é melhor, três é melhor, uma cabeça vai se informando a outra... Mas, seja bem vindo, né, todos que tão aqui... Seja de bom coração e vai também ter, ouvir e praticar, e também aproveitar da nossa reunião, o que nós deve na reunião é aproveitar bem, porque hoje, quando nós aproveita, é muito bom...”, observou Seu Antônio (Toni).

Da CPT ArquidiocesanaAlvimar Ribeiro dos Santos expôs o seu pensamento e a sua experiência, relacionando tudo com a passagem bíblica da Multiplicação dos Pães. “Então gente... A nossa visita aqui... É um prazer, né, a gente taqui com vocês nesta tarde, dia de trampo, dia de trabalho, a gente tá aqui, não sei se perdendo um pouco de nossos afazeres, mas é aquele negócio, né, a gente tem que trocar as ideia pra gente tá se informando, de fato, o que que nos arrodeia, né... Quando Antônio falou com relação a essa questão de santo de casa não faz milagre, me faz lembrar muito algumas passagens bíblicas, aonde principalmente fala lá da questão quando Jesus sai um pouco... Tem alguém aqui que lê a Bíblia?”, perguntou o coordenador da CPT Arquidiocesana.

Reunida na igreja da comunidade, a assembleia respondeu. “Tem... Tem...”. Alvimar Ribeiro dos Santos explicou o contexto em que o Projeto Alto Rio Pardo de Minas chega à região de acordo com a Parábola da Multiplicação dos Pães. “Então Jesus, quando ele sai um pouco lá pras orações e aí a multidão vai atrás... E lá o pessoal que tava com ele pergunta pra ele que o povo tava com fome... Que que dava pro povo comer e o que ele vai dizer pro povo... Dê de comer a vocês mesmos... Lá tinha só uns pão e uns peixe, né... Se vira! Dá esse povo pra comer! Se vira! Vocês mesmos que se vira! E ainda perguntaram: eu tenho que ir lá na cidade comprar coisa pra dar esse povo pra comer? Não! Vocês é que se vira! Aí o que ele faz. Aquele povo, naquele momento, Frei Betto vai dizer que cada companheiro, companheira que tava ali no meio... na roça sempre, eu já fui trabalhador rural também, sempre a gente chamava de embornal ou capanga, né... Num embornal, cada pessoa levava alguma coisa pra comer: a matumba, a farofa, né... E aí o que que ele faz? Formem grupos de dez, de cada um, isso é interpretação de Frei Betto, e divide entre vocês. E assim eles fizeram! Deu pra todo mundo comer e ainda sobrou aquele monte de cesto! Então o SANTO DE CASA TEM QUE COMEÇAR A FAZER MILAGRE e nós temos que acreditar é no nosso santo de casa. Pode vir um santo de fora dar alguma contribuição, mas tem que saber que tipo de santo de fora que tá chegando, porque pode vir um santo de fora também que, em vez de fazer milagre, vai arrancar um milagre que vocês já teve do santo de casa e levar embora. Então nós temos que começar a aprender a acreditar no santo de casa”, reforçou o missionário.

Morador de Fruta de Leite, em sua apresentação, Ananias de Souza ajudou ainda a esclarecer sobre o Projeto Alto Rio Pardo de Minas. “Estamos trabalhando na organização das famílias pra elas não ser tão prejudicadas”, mencionou. E o coordenador da CPT acrescentou. O Aeldivan, o Ananias, o Toni “são pessoas do município. Eles estão no dia-a-dia da cidade. Conhecem o chão que tão pisando. Então vocês têm que acreditar nessas pessoas! É uma troca de informação que a gente tem que acreditar!”, confiou Alvimar Ribeiro dos Santos.

domingo, 29 de maio de 2016

O que é ser coxinha?

POR Quintino de Quadros Vieira
Pelo amor de Deus, clemência, o que virou uma discussão política. Uns chamam os outros de coxinha, petralha, mendigo. O que ocorre com o Brasil e mundo?
Coxinha, pra mim, é um salgado muito gostoso. Se for ser subjetivo e idiossincrático, coxinha pode ser uma pessoa que emagreceu muito e as gordurinhas ficaram em seu tronco. Olhando diferente, coxinha pode ser uma mulher do busto grande.
A política está acabando com as relações humanas sociais. Nunca tivemos tantas imbecilidades por aí. O que precisamos é que a união faça a força e não só o açúcar. Açúcar dá diabetes (a falta e o excesso).
Quintino de Quadros Vieira é tão só escritor. Autoriza gratuitamente a publicação dos seus textos. E anda muito desanimado com a vida porque a disputa entre os seres humanos virou a disputa de transferência de dor. Mas crê que o amor de verdade e sincero vencerá.

QUE CULTURA É ESTA - Brasil profundo: quando a esquerda perde o rumo e estupra os seus ideais

A esquerda e o estupro

O estupro de uma jovem de dezesseis anos por um bando de mais de trinta criminosos fascistoides recentemente no Rio de Janeiro revolta e repugna a qualquer pessoa portadora de uma gota sequer de senso de humanidade, de solidariedade, de compaixão, de respeito. Neste sentido, merecem citação e louvor as manifestações de repúdio por parte de milhares, talvez já milhões, de pessoas e agrupamentos de algum modo ligados ao pensamento de esquerda no Brasil. Além de agressão física a mais covarde, o estupro materializa da forma a mais cruel um tipo de opressão, no caso contra a mulher, entre as mais brutais que compõem o cotidiano da classe trabalhadora de todo o país – de norte a sul, de leste a oeste.

Sim, da classe trabalhadora. De lado casos minoritários – mas nem por isso desprezíveis –, as vítimas de estupro no país são trabalhadoras. A burguesia e a pequena burguesia não aparecem em dimensão sequer semelhante ao sofrimento da classe trabalhadora nas alarmantes e crescentes estatísticas de da ocorrência de estupro no Brasil. A exemplo, aliás, no que diz respeito às vítimas de crimes de qualquer natureza.

Repetindo: as vítimas de estupro no país são integrantes da classe trabalhadora.

Esta é a chave do problema. É o caminho para resolvê-lo, para de fato resolvê-lo, e não empurrá-lo para as calendas. E é exata e desgraçadamente isto o que tem feito a esquerda não marxista brasileira, ou seja, a imensa maioria da esquerda brasileira, ao caracterizar o crime de estupro como uma questão ‘cultural’ a ser enfrentada centralmente, portanto, no campo cultural. Escorada nas especulações reformistas do socialista italiano Antonio Gramsci – erguido por este neorreformismo à condição de deus incontestável –, esta esquerda pretende infantilmente combater aquela ‘cultura’ com algo próximo a uma ação continuada de contracultura a que dão o nome luta pela hegemonia ou “luta contra-hegemônica”. Ou seja, querem destruir uma cultura opressora sem a destruição prévia das bases materiais desta cultura opressora. Não vão conseguir nunca. Pelo contrário, e aí está seu traço de ingenuidade infantil, objetivamente estarão contribuindo para fortalecer aquilo que pretendem combater.

Uma certa antropologia conservadora, estruturada sobre a degenerada ideologia pós-moderna amplamente prevalecente na academia brasileira (e mundial, diga-se), dá o nome de cultura a todas as manifestações ideológicas relativas a hábitos, costumes, crenças e comportamentos prevalecentes em determinada sociedade. Em si, nada contra a palavra cultura. Mas seu uso atual – pós-moderno – é agressivamente conservador dado que carrega em nosso tempo a conotação de uma valoração positiva, de algo a ser respeitado. Assim, reificam-se as crendices religiosas as mais opressivas, as condições degradantes de vida, a estupidificação da arte. Tudo é cultura, entoa o coro de acadêmicos conservadores, aproveitadores e oportunistas travestidos de progressistas e, até, de revolucionários.

É em todo este quadro que precisamos entender o estupro. E combatê-lo com a firmeza necessária. E é por esta exigência de combate eficaz, concreto, que temos que trazer a barbárie do estupro para o campo da política. Significa isto dizer que temos que identificar, em primeiro lugar, o que origina e o que mantém o estupro enquanto prática em determinadas sociedade e/ou sociedades. Indo à história e à ciência antropológica digna deste nome, podemos verificar com segurança que o surgimento da opressão sobre a mulher é decorrente do aparecimento da propriedade privada dos meios de produção – terras, gado, instrumentos. É daí que surge tal ‘cultura’, que atravessa vitoriosa todas as sociedades de classes conhecidas, da Antiguidade Arcaica até o capitalismo monopolista atual.

Sem qualquer exagero, podemos dizer: o capitalismo atual é estuprador. Isto porque o consumismo desenfreado essencial à reprodutibilidade do sistema implica inarredavelmente o prevalecimento de uma ideologia geral hedonista, esta, fundada em um nível de egoísmo que simplesmente desconhece a existência do outro. Na mesma lógica, o capitalismo joga na lata do lixo o respeito, a solidariedade, a consideração por este outro e, no limite, o amor. É o que afirma o filósofo Herbert Marcuse em seu ensaio “Para a crítica do hedonismo”, que aqui modestamente recomendamos.

Simples então: para destruir o individualismo-hedonismo e, por extensão, o estupro, é preciso destruir o capitalismo.

Mas não temos condições hoje de destruir o capitalismo, contestarão com um pequeno traço de razão os culturalistas, gramscianos e ongueiros em geral. Mas podemos e devemos resistir às agressões cotidianas com que este capitalismo nos explora e nos oprime. É nesta luta direta contra as manifestações concretas do sistema que acumularemos forças para destruí-lo em um futuro próximo ou longínquo, não podemos prever. 

E o primeiro passo no combate direto e atual ao estupro está na exigência concreta de que o estado – sim, este mesmo estado burguês – o reprima. Isso implica pressionar, fundamentalmente através de manifestações, greves e lutas de rua, o estado no sentido de fazê-lo atender às reivindicações dos trabalhadores, na mesma linha que temos que reivindicar um atendimento médico decente, uma educação decente, salários decentes, transporte decente. Conseguiremos tudo isso no capitalismo? Não. Mas podemos obter vitórias parciais capazes, sim, de amenizar nossas condições de vida no cotidiano.

Que tenhamos, pois, claro que a questão da ‘segurança pública” é uma questão que fundamentalmente diz respeito à segurança dos trabalhadores. A burguesia e a classe média alta estão bem seguras em seus condomínios e edifícios de luxo. Estamos portanto diante de uma questão política e enquanto tal devemos enfrenta-la, ou seja, no campo da força, do confronto, da luta de classes, da pressão sobre o estado burguês. Não será com chamamentos inócuos contra a “cultura do estupro” que vamos combater o estupro que vitima concreta e brutalmente milhares e milhares de trabalhadoras a cada dia no Brasil.
 
A luta contra o estupro não é uma luta cultural. É uma luta política.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Papa Francisco: “Há muita necessidade de sacerdotes e religiosos que não se detenham somente nas instituições de caridade”

Papa Francisco: “Há muita necessidade de sacerdotes e religiosos que não se detenham somente nas instituições de caridade”

Papa-CUAMM-740x493

Posted by Redacao on 27 May, 2016

"Queridos irmãos e irmãs em Cristo, A Igreja precisa urgente de evangelizadores que levam a mensagem genuina de Cristo em todos os cantos do mundo. A caridade é um meio de nós aproximarmos de Deus, mas é preciso que a Palavra de Deus seja transmitida para todos e a Eucaristia seja realizada para que esse alimento salutar torna-se fortaleza para a nossa missão de levar Deus em nossa vida aos outros.
É urgente termos sacerdotes comprometidos com a causa de Cristo que é unico que nos liberta de todas as ideologias contrarias ao evangelho. Que as nossas orações sejam para a melhoria do mundo em vista do céu. "(Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

Papa-CUAMM-740x493

Na manhã de hoje, 27, o Pontífice recebeu os participantes do Capítulo Geral dos Orionitas. Em seu discurso o papa disse que “Dom Orione pedia a vocês para “procurar curar as feridas do povo, curar suas enfermidades, ir ao encontro dele no moral e no material: desta forma, a sua ação será não só eficaz, mas profundamente cristã e salvadora”.

“Essas indicações são mais do que nunca verdadeiras! De fato, fazendo isso, vocês não só imitarão Jesus, o Bom Samaritano, mas vão oferecer às pessoas a alegria de encontrar Jesus e a salvação que ele traz para todos. Na verdade, “quem se deixa ser salvo por Ele está livre do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo sempre nasce e renasce a alegria”, afirmou o Pontífice.

Todos nós estamos no caminho do seguimento de Jesus. Toda a Igreja – disse Francisco – é chamada a caminhar com Jesus nas estradas do mundo, para encontrar a humanidade de hoje que precisa – como escreveu Dom Orione – do “pão do corpo e do divino bálsamo da fé”.

Para encarnar no hoje da história essas palavras do seu fundador e viver a essência do seu ensinamento, vocês colocaram no centro das reflexões do Capítulo Geral a sua identidade, resumida por Dom Orione no título de “servos de Cristo e dos pobres”.

“A estrada mestra é manter sempre unidas estas duas dimensões da sua vida pessoal e apostólica. Vocês foram chamados e consagrados por Deus para permanecerem com Jesus e servi-Lo nos pobres e nos excluídos da sociedade. Neles, vocês tocam e servem a carne de Cristo e crescem na união com Ele, vigiando sempre para que a fé não se torne ideologia e a caridade não se reduza à filantropia”, advertiu Francisco.

O Papa destacou ainda que o anúncio do Evangelho, especialmente em nossos dias, requer tanto amor ao Senhor, junto com uma particular iniciativa.

“Eu soube – continuou o Santo Padre – que quando ainda era vivo, o Fundador, em alguns lugares vocês eram chamados de “os padres que correm”, porque sempre viam vocês em movimento, no meio do povo, com os passos rápidos de quem se preocupa. “Amor est via”, (o amor é o caminho) recordava São Bernardo, o amor está sempre na estrada, no caminho.

O Pontífice fez então uma exortação: Com Dom Orione, também eu lhes exorto a não permanecerem fechados em seus ambientes, mas ir “para fora”.

Há tanta necessidade de sacerdotes e religiosos que não se detenham somente nas instituições de caridade – embora necessárias – mas que saibam ir além dos confins delas, para levar em todos os ambientes, mesmo o mais distante, o perfume da caridade de Cristo.

Nunca percam de vista nem a Igreja nem a sua comunidade religiosa, ao contrário, o coração deve estar lá no seu “cenáculo”, mas depois é preciso sair para levar a misericórdia de Deus a todos, sem distinção.

O Papa Francisco concluiu confiando a Congregação à materna proteção de Nossa Senhora, venerada pelos Orionitas como “Mãe da Divina Providência”. (Com informações Rádio Vaticano)

A falta de humanismo e solidariedade mata

A falta de humanismo e solidariedade mata

 

Queridos irmãos e irmãs, esse menino venezuelano em fevereiro deste ano, escreveu este cartaz pedindo que queria a cura, mas a escassez de remédio não pode chegar a tempo e a sua morte chegou prematuramente.

Nesses momentos nós pensamos como pode acontecer isso e ainda faz com que gente reflita nos esbanjamento de alguns enquanto muitos vivem na carência de educação, de moradia, de saúde e de alimento.

A Igreja sempre alerta na voz do Papa Francisco que disse numa audiência de quarta- feira: “Quantas vezes vemos gente que cuida de gatos e de cachorros e depois deixa sem ajuda o vizinho ou vizinha que passa fome”?” E ainda falou: "Hoje precisamos estar atentos e não confundir a piedade com a comiseração, que consiste só em uma emoção superficial, que não se preocupa com o outro", explicou.

Assim, irmãos na fé em Cristo, o que vai nos ajudar na feliz travessia desse mundo é fazer a caridade que dá vida e humanismo as pessoas que necessitam.
Não podemos ser cristãos alienados numa religião individualista sem preocupar com os mais necessitados de ajuda. Não há momento de espera, mas de ajuda solidária aos que não tem vez e voz nesse mundo.

A fé deve estar sintonizada com a vida e promoção da pessoa com toda sua dimensão humana. Não  se deve ficar apenas na intenção, mas procurar alternativa para os momentos difíceis em que a pessoa vive.

Que Deus inspire as pessoas, a politica e as  religiosas de cada país para que possam sanar as dificuldades que muitos sofrem.

Que esse mundo seja iluminado na defesa da vida de todos e que a mesa seja lugar de partilha de bens, de amor e perdão. Amém!

Jose Benedito Schumann Cunha (Bacharel em Teologia)

sábado, 7 de maio de 2016

Ascenção de Jesus nos da uma responsabilidade

Ascenção de Jesus nos da uma responsabilidade



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando hoje a festa da Ascensão do Senhor. Depois que Jesus ressuscitou ficou com os apóstolos, dando orientação e depois volta ao Pai. Hoje também estamos celebrando o dia das mães e nos convida a entender o valor da maternidade e do nascimento de uma criança. Que seja eliminado no nosso meio a cultura de morte no que se refere a propagação do aborto.
Estamos também celebrando o 50º dia mundial das comunicações com o tema : “Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo”
As leituras bíblicas desse domingo nos falam desse acontecimento. Jesus voltará novamente. Mas enquanto isso devemos agir como missionários, levando a boa nova de Cristo a todos.
Nos Atos dos Apóstolos nos fala da Ascenção do Senhor, que é o ápice da sua missão aqui na terra, mas agora nos deixa uma missão de continuar o trabalho de Cristo na terra. Ele estará conosco sempre. (cf. At 1,1-11)
A Ascensão de Jesus não é um fato isolado, mas faz parte do evento da Pascoa. Essa festa nos leva a olhar para o céu, mas com olhos fixos na terra para que a nossa missão seja frutuosa. É comprometer com o trabalho de evangelização, transformando as estruturas para que haja justiça em todos os cantos da terra.
São  Paulo na sua carta aos efésios nos mostra que Ascensão é a glorificação de Cristo e anúncio do retorno de toda a humanidade à Deus. Nós somos elevados na condição humana como verdadeira imagem de Deus que fomos criados. Celebrar esta festa é celebrar com antecipação a nossa Ascenção em Cristo, pois onde está a cabeça ali está também o nosso corpo.(cf. Ef 1,17-23)
O evangelista Luca narra para nós o episódio da ASCENSÃO. É o nicio da nossa missão no mundo e não podemos ficar de braços cruzados. Jesus nos dá um roteiro a seguir para que haja êxito em nossa missão. Somos discípulos de Cristo. Há muita coisa para fazermos e não podemos ficar paralisados em nossas mesquinhes, mas abrir para todos, levando libertação, luz, amor e misericórdia..(cf. Lc 24,46-53)
Que esta liturgia de hoje nos anime para trabalhar na messe do Senhor com entusiasmo e vontade que esse mundo seja melhor e justo para todos. Amém, tudo por Jesus nada sem Maria.


Jose Benedito Schumann Cunha