ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

quarta-feira, 29 de junho de 2016

São Pedro e São Paulo

São Pedro e São Paulo

Posted by Fernanda Mendes de Souza on 29 June, 2016

Santi Pietro e Paolo
Hoje a Igreja de Roma festeja as suas santas raízes, celebrando os Apóstolos Pedro e Paulo.

Que Pedro e Paulo são marcas singulares na história da Igreja, disto ninguém dúvida. Que Pedro e Paulo viveram com afinco a ordem de Jesus, “ide pelo mundo e pregai o Evangelho”, disto também não temos dúvida.

Pedro e Paulo assumiram suas missões de proclamar o Evangelho de Cristo até o martírio. Com personalidade totalmente diferentes. Porém, algo me chama atenção: três pontos em comum que vejo em Pedro, Paulo, eu e você.

O Passado. Quem é Pedro? Pedro era um pescador, possuía uma pequena atividade de pesca no lago de Genesaré, e sentia-se atraído por um sincero interesse religioso, por um desejo de Deus… Era um judeu crente e praticante, convencido da presença ativa de Deus na história do seu povo. E tem um detalhe importante: Pedro na verdade é o nome dado pelo próprio Cristo, “Petros”, “pedra”, “rocha”. Onde Jesus escolheu para fundar a sua Igreja.
E Paulo por sua vez, Saulo de Tarso até ter seu nome também mudado por Jesus, e agora Jesus Ressuscitado. Paulo era um judeu e foi jovem para Jerusalém para estudar a fundo a Lei de Moisés aos pés do grande rabino Gamaliel. Havia aprendido também um profissão manual e rude, a fabricação de tendas. Paulo também era um judeu zeloso e colocava no centro a Lei de Deus. Porém, a pessoa de Jesus, crucificado e ressuscitado, num primeiro momento, como judeu zeloso que era, considerou inaceitável e até escandalosa a mensagem de que Jesus era a remissão dos pecadores. Por isso mesmo se sentiu no dever de perseguir os seguidores de Cristo até fora de Jerusalém.

O Encontro. Ambos tiveram com Jesus um encontro que mudaram suas existências. O ponto de partida para a missão de Pedro acontece num dia qualquer, enquanto Pedro estava envolvido em seu trabalho de pescador. Jesus se encontrava no lago de Genesaré, e a multidão apinha-se a seu lado para escutá-Lo, até que Jesus vê duas barcas, e entra na barca que estava Simão Pedro, e Jesus lhe pede que afastasse um pouco a barca da margem. Ou seja: Jesus desejava tirar Pedro da superficialidade do primeiro encontro com Pedro que havia acontecido quando André seu irmão, o leva para conhecer Jesus. Jesus desejava profundidade neste encontro. E ali, sentado nesta cátedra improvisada, Jesus pede pra Simão para que lançasse as redes em águas mais profundas para a pesca. Simão respondeu: “Mas Mestre, tentamos a noite inteira e não pescamos nada. Mas em atenção à tua palavra, eu lançarei as redes.” (Lucas 5: 4-5). E Jesus depois lança uma frase aterradora no coração de Pedro: “Pedro, não temas! Doravante serás pescadores de homens.” (Lucas 5: 10)
E Saulo de Tarso, há o encontro com Saulo se deu justamente a caminho de Damasco onde iria para continuar sua perseguição aos Cristãos. Paulo literalmente cai do seu cavalo. O objetivo de Saulo era ir para Damasco com o fim de levar presos para Jerusalém todos os homens e mulheres que achasse seguidores de Jesus. E quem na verdade ficou “preso” foi o próprio Saulo, quando encontra com Jesus Ressuscitado que o conduz a Damasco para ali tocar e mudar radicalmente toda a sua vida.

A Cura. Sim! Para seguir Jesus não basta o passado e o encontro, mas é necessário a cura de coração. Tanto Pedro quanto Paulo, carregavam feridas em seus corações. Feridas essas que somente Jesus poderia alcançá-las. Pedro carregava em seu coração uma amargura grande por ter negado Jesus por três vezes. Justamente aquele Jesus que conviveu de perto, que testemunhou ao vivo e a cores suas palavras, seus milagres, sua vida. E Jesus sabia que para Pedro cumprir a missão que Ele reservava a Pedro, era preciso curar aquela amargura de Pedro. (Recomendo fortemente que você assista no youtube uma pregação do Padre Léo onde ele narra essa cura de uma maneira comovente e curadora para os nosso corações. A pregação você encontra com o título “A cura do coração de Pedro”).
E a cura do coração de Paulo começa acontecer justamente no caminho que o levava para aquela meta de perseguir os cristãos. Mas vou deixar o próprio Papa Francisco narrar essa história:

“Paulo é envolvido por uma luz potente, sente uma voz que o chama, cai e fica momentaneamente cego. Saulo o forte, o seguro, estava no chão. Naquela condição compreende a sua verdade: não era um homem como Deus queria, porque Deus criou todos nós para estarmos em pé, com a cabeça erguida. Mas a voz do céu não diz apenas “Por que me segues?”, mas o convida a se levantar. E quando começou a se erguer, não conseguia e percebeu que estava cego, naquele momento havia perdido a visão. ‘E se deixou guiar’. O coração começou a se abrir. Assim, levando-o pela mão, os homens que estavam com ele o conduziram a Damasco, onde por três dias não pôde ver, não comeu e nem bebeu. Este homem estava no chão, mas logo entendeu que deveria aceitar esta humilhação. A humilhação é o caminho para abrir o coração. Quando o Senhor nos envia humilhações ou permite que elas venham, é justamente para isso: para que o coração se abra, seja dócil, se converta ao Senhor Jesus”. Explicou Francisco em sua homilia no dia 15 de abri deste ano.

Termino com certeza no coração, de que celebrar a solenidade de São Pedro e São Paulo neste dia de hoje é um convite para uma reflexão profunda da minha história com Jesus. Hoje é um bom dia para nos perguntarmos: Quem somos? Qual a nossa história? Onde está o encontro com Jesus nessa história? Quais as curas Jesus já realizou em nós? E quais as curas nós ainda precisamos permitir que Ele realize?

Que São Paulo e São Pedro, rogue por nós!

Amém!

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Papa Francisco: “Acredito que as intenções de Lutero não tenham sido erradas”

Papa Francisco: “Acredito que as intenções de Lutero não tenham sido erradas”

Posted by Thácio Siqueira on 27 June, 2016

Papa Francisco
Voltando da Armênia o Papa Francisco, como de costume, deu uma coletiva de imprensa no avião. De forma espontânea o Pontífice abarcou diversos temas que, possivelmente, nessa noite estarão dando a volta ao mundo segundo as interpretações de cada mídia. Em resumo eis algumas passagens do Pontífice:

Ideias principais do papa sobre Brexit, uso da palavra ‘genocídio’, dois papas no vaticano e concílio Pan-ortodoxo

“O passo que a Ue deve dar para reencontrar a força das suas raízes é um passo de criatividade e também de sadia “desunião”, ou seja, dar mais independência e mais liberdade aos Países da União, pensar em outra forma de união. É preciso ser criativos na oferta de trabalho, na economia […] Há algo errado naquela União maciça, mas não joguemos fora a criança junto com a água suja e procuremos recriar. Criatividade e fecundidade são as duas palavras chaves para a União Europeia”.

O governo Turco ofendeu-se mais uma vez com a palavra que o Papa usou. Entre a explicação de Francisco ele disse que “Nunca falei a palavra ‘genocídio’ com tom ofensivo, mas objetivo”.

A respeito dos “dois papas” no Vaticano, disse: “Só há um Papa, o outro é emérito. Talvez no futuro possam ter dois ou três, mas são eméritos”.

Sobre o concílio Pan-Ortodoxo “As coisas que justificaram a falta de participação de algumas Igrejas (ao concílio Pan-Ortodoxo) são sinceras, sãos coisas que podem ser resolvidas […] No próximo terão mais”.

Sobre Lutero e a Reforma Protestantes

“Acredito que as intenções de Lutero não tenham sido erradas, era um reformador, talvez alguns métodos não foram corretos, mas naquele tempo, se lemos a história do Pastor – um alemão luterano que se converteu e se fez católico – vemos que a Igreja não era precisamente um modelo a imitar: havia corrupção, mundanismo, apego à riqueza e ao poder. E por isso ele protestou, era inteligente e deu um passo adiante justificando porquê o fazia. Hoje protestantes e católicos estamos de acordo na doutrina da justificação: neste ponto tão importante não havia errado. Ele fez um remédio para a Igreja, depois esse remédio se consolidou em um estado de coisas, em uma disciplina, em um modo de fazer, de crer, e depois estava Zwinglio, Calvino e detrás deles haviam os princípios, “cuius regio eius religio”. Temos que colocar-nos na história daquele tempo, não é fácil entender. Depois as coisas seguiram adiante, aquele documento sobre a justificação é um dos mais ricos. Existem divisões, mas dependem também das Igrejas. Em Buenos Aires haviam duas igrejas luteranas e pensavam de forma diferente, também na Igreja luterana não existe unidade. A diversidade é o que talvez nos fez tanto mal a todos e hoje procuramos o caminho para encontrar-nos depois de 500 anos. Eu acho que o primeiro que devemos fazer é rezar juntos. Depois devemos trabalhar pelos pobres, os refugiados, tantas pessoas sofrendo, e, por fim, que os teólogos estudem juntos procurando… Este é um caminho longo. Certa vez disse brincando: eu sei quando será o dia da unidade plena, o dia depois da vinda do Senhor. Não sabemos quando o Espírito Santo fará esta graça. Mas, enquanto isso, devemos trabalhar juntos pela paz”.

Sobre os gays e cultura cristã

“Eu repito o Catecismo: estas pessoas não devem ser discriminadas, devem ser respeitadas e acompanhadas pastoralmente. Pode-se condenar, não por motivos ideológicos, mas por motivos de comportamento político, certas manifestações muito ofensivas para os demais. Mas estas coisas não têm nada a ver, o problema é uma pessoa que tem aquela condição, que tem boa vontade e que procura a Deus. Quem somos nós para julgar? Devemos acompanhar bem, segundo o que diz o Catecismo. Depois existem tradições em alguns Países e culturas que têm uma mentalidade diferente sobre este problema. Eu creio que Igreja, ou melhor, os cristãos, porque a Igreja é santa, não só devem pedir desculpa como disse aquele cardeal “marxista” (refere-se ao Cardeal Marx, nde)… mas devem pedir desculpa também aos pobres, às mulheres e às crianças abusadas, devem pedir desculpa por ter abençoado tantas armas, por não terem acompanhado tantas famílias. Eu me lembro, de criança, daquela cultura católica fechada de Buenos Aires: não se podia entrar em casa de divorciados. Estou falando de oitenta anos atrás. A cultura mudou e graças a Deus, como cristãos, devemos pedir tantas desculpas, não só sobre isso: perdão Senhor, é uma palavra que esquecemos. O sacerdote “patrão” e não o sacerdote pai, o sacerdote que bate e não o sacerdote que abraça e perdoa… mas existem tantos santos sacerdotes capelães nos hospitais e nas prisões, mas estes não são vistos, porque a santidade tem pudor. Pelo contrário a falta de pudor é indiscreta e se mostra. Tantas organizações, com pessoas boas e pessoas não tão boas. Nós cristãos temos também muitas Teresas de Calcutá… Não devemos escandalizar-nos, esta é a vida da Igreja. Todos nós somos santos porque temos o Espírito Santo, mas somos todos pecadores, eu em primeiro lugar”.

Diaconisas e falsas notícias

Sobre a questão das diaconisas o Papa afirmou ter ficado bravo quando abriu os jornais e viu escrito “A Igreja abre às diaconisas”. “Me senti um pouco bravo – afirmou – porque isso não é dizer a verdade das coisas” […] Um ano e meio atrás fiz uma comissão de mulheres teólogas que trabalharam com o cardeal Rylko, e fizeram um bom trabalho […] “Para mim a função da mulher não é tão importante quanto o seu pensamento, que pensa de forma diferente do homem e não é possível tomar uma boa decisão sem consultar mulheres, como eu fazia em Buenos Aires”.

Papa Francisco: “Acredito que as intenções de Lutero não tenham sido erradas”

Papa Francisco: “Acredito que as intenções de Lutero não tenham sido erradas”

Posted by Thácio Siqueira on 27 June, 2016

Papa Francisco
Voltando da Armênia o Papa Francisco, como de costume, deu uma coletiva de imprensa no avião. De forma espontânea o Pontífice abarcou diversos temas que, possivelmente, nessa noite estarão dando a volta ao mundo segundo as interpretações de cada mídia. Em resumo eis algumas passagens do Pontífice:

Ideias principais do papa sobre Brexit, uso da palavra ‘genocídio’, dois papas no vaticano e concílio Pan-ortodoxo

“O passo que a Ue deve dar para reencontrar a força das suas raízes é um passo de criatividade e também de sadia “desunião”, ou seja, dar mais independência e mais liberdade aos Países da União, pensar em outra forma de união. É preciso ser criativos na oferta de trabalho, na economia […] Há algo errado naquela União maciça, mas não joguemos fora a criança junto com a água suja e procuremos recriar. Criatividade e fecundidade são as duas palavras chaves para a União Europeia”.

O governo Turco ofendeu-se mais uma vez com a palavra que o Papa usou. Entre a explicação de Francisco ele disse que “Nunca falei a palavra ‘genocídio’ com tom ofensivo, mas objetivo”.

A respeito dos “dois papas” no Vaticano, disse: “Só há um Papa, o outro é emérito. Talvez no futuro possam ter dois ou três, mas são eméritos”.

Sobre o concílio Pan-Ortodoxo “As coisas que justificaram a falta de participação de algumas Igrejas (ao concílio Pan-Ortodoxo) são sinceras, sãos coisas que podem ser resolvidas […] No próximo terão mais”.

Sobre Lutero e a Reforma Protestantes

“Acredito que as intenções de Lutero não tenham sido erradas, era um reformador, talvez alguns métodos não foram corretos, mas naquele tempo, se lemos a história do Pastor – um alemão luterano que se converteu e se fez católico – vemos que a Igreja não era precisamente um modelo a imitar: havia corrupção, mundanismo, apego à riqueza e ao poder. E por isso ele protestou, era inteligente e deu um passo adiante justificando porquê o fazia. Hoje protestantes e católicos estamos de acordo na doutrina da justificação: neste ponto tão importante não havia errado. Ele fez um remédio para a Igreja, depois esse remédio se consolidou em um estado de coisas, em uma disciplina, em um modo de fazer, de crer, e depois estava Zwinglio, Calvino e detrás deles haviam os princípios, “cuius regio eius religio”. Temos que colocar-nos na história daquele tempo, não é fácil entender. Depois as coisas seguiram adiante, aquele documento sobre a justificação é um dos mais ricos. Existem divisões, mas dependem também das Igrejas. Em Buenos Aires haviam duas igrejas luteranas e pensavam de forma diferente, também na Igreja luterana não existe unidade. A diversidade é o que talvez nos fez tanto mal a todos e hoje procuramos o caminho para encontrar-nos depois de 500 anos. Eu acho que o primeiro que devemos fazer é rezar juntos. Depois devemos trabalhar pelos pobres, os refugiados, tantas pessoas sofrendo, e, por fim, que os teólogos estudem juntos procurando… Este é um caminho longo. Certa vez disse brincando: eu sei quando será o dia da unidade plena, o dia depois da vinda do Senhor. Não sabemos quando o Espírito Santo fará esta graça. Mas, enquanto isso, devemos trabalhar juntos pela paz”.

Sobre os gays e cultura cristã

“Eu repito o Catecismo: estas pessoas não devem ser discriminadas, devem ser respeitadas e acompanhadas pastoralmente. Pode-se condenar, não por motivos ideológicos, mas por motivos de comportamento político, certas manifestações muito ofensivas para os demais. Mas estas coisas não têm nada a ver, o problema é uma pessoa que tem aquela condição, que tem boa vontade e que procura a Deus. Quem somos nós para julgar? Devemos acompanhar bem, segundo o que diz o Catecismo. Depois existem tradições em alguns Países e culturas que têm uma mentalidade diferente sobre este problema. Eu creio que Igreja, ou melhor, os cristãos, porque a Igreja é santa, não só devem pedir desculpa como disse aquele cardeal “marxista” (refere-se ao Cardeal Marx, nde)… mas devem pedir desculpa também aos pobres, às mulheres e às crianças abusadas, devem pedir desculpa por ter abençoado tantas armas, por não terem acompanhado tantas famílias. Eu me lembro, de criança, daquela cultura católica fechada de Buenos Aires: não se podia entrar em casa de divorciados. Estou falando de oitenta anos atrás. A cultura mudou e graças a Deus, como cristãos, devemos pedir tantas desculpas, não só sobre isso: perdão Senhor, é uma palavra que esquecemos. O sacerdote “patrão” e não o sacerdote pai, o sacerdote que bate e não o sacerdote que abraça e perdoa… mas existem tantos santos sacerdotes capelães nos hospitais e nas prisões, mas estes não são vistos, porque a santidade tem pudor. Pelo contrário a falta de pudor é indiscreta e se mostra. Tantas organizações, com pessoas boas e pessoas não tão boas. Nós cristãos temos também muitas Teresas de Calcutá… Não devemos escandalizar-nos, esta é a vida da Igreja. Todos nós somos santos porque temos o Espírito Santo, mas somos todos pecadores, eu em primeiro lugar”.

Diaconisas e falsas notícias

Sobre a questão das diaconisas o Papa afirmou ter ficado bravo quando abriu os jornais e viu escrito “A Igreja abre às diaconisas”. “Me senti um pouco bravo – afirmou – porque isso não é dizer a verdade das coisas” […] Um ano e meio atrás fiz uma comissão de mulheres teólogas que trabalharam com o cardeal Rylko, e fizeram um bom trabalho […] “Para mim a função da mulher não é tão importante quanto o seu pensamento, que pensa de forma diferente do homem e não é possível tomar uma boa decisão sem consultar mulheres, como eu fazia em Buenos Aires”.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

segunda-feira, 20 de junho de 2016

2 Irmãos MOC-MG

Imagem do Morro Dois Irmãos 
Montes Claros, Norte Sertanejo de Minas Gerais
11 de janeiro de 2009, às 16h27min 

domingo, 19 de junho de 2016

Minha vida é andar por este país


Ficção ou Realidade

Era final de tarde de domingo em Montes Claros, Norte de Minas Gerais. Dois adolescentes moradores de rua desciam a Rua Dom Pedro II, no centro comercial da cidade. As ruas centrais do município norte-mineiro costumam ficar praticamente desertas nos finais de semana. Os dois adolescentes param ao lado de uma agência de viagens e conversam com um vigia.

- Moço, me dá dinheiro?, pede um dos adolescentes.

- Mas, menino, pra que você quer dinheiro?

De imediato, o garoto responde.

- Sou menino não, seu moço! Sou menina...  quer dizer, sou menino e menina, mas prefiro ser menina...

- Mas é?!, surpreende-se o vigia.

- Preciso de dinheiro pra voltar pra Lontra, minha terra... Cheguei a Montes Claros nesta última semana e não conheço ninguém nesta cidade... Conheci esse outro menino que me arranjou banho, roupa, comida em uma casa de passagem daqui... 

Logo o vigia tira dois reais do bolso e dá pra menina. Satisfeita, ela diz que vai tentar carona com um caminhoneiro...


- Daqui a pouco, pra compensar o caminhoneiro pela carona, dou pra ele... Mas, cê sabe, né?! Ele também vai ter que deixar eu comer ele...

sábado, 18 de junho de 2016

Papa Francisco: “A porta de entrada da Igreja é o batismo e não a ordenação sacerdotal ou episcopal”


Papa Francisco
Papa Francisco: “A porta de entrada da Igreja é o batismo e não a ordenação sacerdotal ou episcopal”

Papa Francisco
“O Pontifício Conselho para os Leigos nasceu por expressa vontade do Concílio Vaticano II” recordou o Santo Padre Francisco, hoje, em seu discurso aos 85 participantes na Assembleia do Pontifício Conselho para os Leigos, no Vaticano. Trata-se “de um dos melhores frutos do Concílio Vaticano II”.
“Podemos dizer – disse Francisco – que o mandamento que recebestes do Concílio foi precisamente o de “motivar” os fieis leigos a envolver-se sempre mais e melhor na missão evangelizadora da Igreja, não por “delegação” da hierarquia, mas porque o seu apostolado “é participação à missão salvífica da Igreja, à qual são todos membros do Senhor por meio do batismo e da crisma”.
Nesse contexto, a porta de entrada da Igreja é o batismo. “E esta é a porta de entrada! À Igreja se entra pelo Batismo, não pela ordenação sacerdotal ou episcopal, se entra pelo Batismo! E todos entramos por meio da mesma porta. É o Batismo que faz de cada fiel leigo um discípulo missionário do Senhor, sal da terra, luz do mundo, fermento que transforma a realidade a partir de dentro”, afirmou.
Agradecendo por estes anos, em concreto, o Santo Padre mencionou o surgimento dos movimentos, dos novos ministério laicos, bem como o crescente papel da mulher na Igreja ou as Jornadas Mundiais da Juventude.
Referindo-se à atual junção do Dicastério, o Papa disse que “À luz deste caminho percorrido, é tempo de olhar novamente com esperança para o futuro. Falta muito ainda por percorrer aumentando os horizontes e reunindo os novos desafios que a realidade nos apresenta. Daqui nasce o projeto de reforma da Cúria, especialmente da junção do vosso Dicastério com o Pontifício Conselho para a Família em conexão com a Academia pela Vida”.
Portanto, o pontífice convidou todos a “acolher esta reforma, que vos corresponde, como sinal de valorização e de estima pelo trabalho que vocês realizam e como sinal de renovada confiança na vocação e missão dos leigos na Igreja de hoje”.
Por conseguinte, Francisco explicou que o “novo Dicastério que vai nascer terá como “timão” para continuar na sua navegação, por um lado a Christifideles laici e por outro a Evangelii gaudium e a Amoris laetitia, tendo como campos privilegiados de trabalho a família e a defesa da vida”.
Finalmente, o Santo Padre sublinhou que “necessitamos de leigos bem formados”, “que não tenham medo a errar, que sigam adiante”. Necessitamos leigos – disse – com visão de futuro, não fechados nas misérias da vida.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

O Papa Francisco ofereceu chaves de leitura para a sua exortação apostólica Amoris Laetitia

O Papa Francisco ofereceu chaves de leitura para a sua exortação apostólica Amoris Laetitia

Posted by Rocío Lancho García on 16 June, 2016

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O Papa Francisco ofereceu uma profunda reflexão e chaves de leitura para a sua exortação apostólica Amoris Laetitia, recentemente publicada. O Santo Padre aproveitou a abertura do Congresso Eclesial da Diocese de Roma, na Basílica de São João de Latrão, que este ano aborda precisamente tal documento pontifício para recuperar algumas “ideias/tensões –chaves, surgidas durante o caminho sinodal” que podem ajudar a compreender melhor o espírito que se reflete na exortação.

E para fazê-lo utilizou três imagens bíblicas das quais tirou três conclusões: a vida de cada pessoa, a vida de cada família deve ser tratada com muito respeito e cuidado, especialmente quando refletimos sobre essas coisas; ter cuidado para não fazer uma pastoral de guetos e para guetos; dar espaço aos anciãos para que voltem a sonhar.

“Tire as sandálias, pois o chão que está pisando é uma terra santa.” Esta foi a primeira imagem usada pelo Papa em seu discurso. A este respeito destacou que o terreno que tinha que atravessar, os temas a serem enfrentados no Sínodo, “precisavam de uma atitude determinada”. Tínhamos na frente uma – esclareceu – os rostos concretos de muitas famílias. “Este dar rosto aos temas exigia e exige um clima de respeito capaz de ajudar-nos e escutar aquilo que Deus nos está dizendo dentro das nossas situações”, explicou o Papa.

Um respeito “carregado de preocupações e perguntas honestas que olhavam para o cuidado das vidas que somos chamados a pastorear”. O dar rosto aos temas, assegurou o Santo Padre, ajuda a “não ter pressa para obter conclusões bem formuladas, mas muitas vezes sem vida” e ajuda “para não falar em abstracto”. Porque muitas vezes nos tornamos ‘pelagianos’, disse.

Também afirmou que as famílias “não são um problema, mas uma oportunidade que Deus nos coloca à frente”. Oportunidade que “nos desafia a suscitar uma criatividade missionária capaz de abraçar todas as situações concretas” e não só nas nossas paróquias, mas saindo a busca-las. Outro desafio ao que fez referência é o do “não dar nada nem ninguém por perdido, mas buscar, renovar a esperança de saber que Deus continua atuando dentro das nossas famílias”, “não abandonar ninguém porque não está à altura do que lhe foi pedido”. Refletir sobre a vida das nossas famílias – insistiu Francisco – assim como são e assim como estão, nos pede para tirar as sandálias para descobrir a presença de Deus.

A segunda imagem é a do fariseu quando ora dizendo: “Meu Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, ladrões, injustos e adúlteros; nem sequer como esse publicano”. A este respeito, o Pontífice advertiu que uma das tentações às quais estamos expostos continuamente é ter uma “lógica separatista”, especialmente os que vivem em uma situação diferente. O Papa garantiu que não podemos analisar, refletir e rezar sobre a realidade “como se estivéssemos em lados ou caminhos diferentes, como se estivéssemos fora da história”. Todos – sublinhou – necessitamos de conversão.

Também indicou que o acento colocado na misericórdia “nos coloca diante da realidade de forma realista, mas não com um realismo qualquer, mas com o realismo de Deus”. As análises são importantes e necessárias, mas “nada se pode comparar com o realismo evangélico, que não para diante das descrições das situações, das problemáticas – menos ainda diante do pecado – mas vai sempre além e consegue ver detrás de cada rosto, de cada história, de cada situação, uma oportunidade, uma possibilidade”. O Papa garantiu que isso não significa não ser claros na doutrina, mas “evitar cair em julgamentos e atitudes que não assumem a complexidade da vida”.

O realismo evangélico – disse – suja as mãos porque sabe que “grão e ervas daninhas” crescem juntos, e o melhor grão, nesta vida, estará sempre misturado com um pouco de ervas daninhas.

Recordou um capitel medieval em uma Igreja na França no começo do caminho a Santiago, no qual está Judas que se enforca e do outro lado Jesus que o carrega. E voltando à imagem bíblica do fariseu destacou o perigo do Graças te dou porque sou da Ação Católica, da Cáritas, etc. e não como os destes bairros que são delinquentes… “isso não ajuda à pastoral”, disse o Papa.

Finalmente, a terceira imagem evocada pelo Papa é “seus anciãos terão sonhos proféticos” do livro de Joel. Com esta imagem o Santo Padre quis sublinhar a importância que os Padre sinodais deram ao valor do testemunho como lugar em que se pode encontrar o sonho de Deus e a vida dos homens.

Os sonhos dos anciãos vão junto com “as visões dos jovens”. Por isso, o Pontífice disse que é bonito encontrar matrimônios, casais, que sendo maiores continuam se procurando, se olhando, se querendo e se escolhendo. “É muito bonito encontrar ‘avós’ que mostram nos seus rostos enrugados pelo tempo a alegria que nasce do ter feito uma escolha de amor e pelo amor”, sublinhou. E a contradição daquele que casa e pensa: ‘não me preocupo, em dois ou três anos volto à casa da minha mãe”.

Nesta linha advertiu que como sociedade “privamos da sua voz os anciãos, e isso é um pecado social de agora. Privamos eles do seu espaço”. E descartando-os, “descartamos a possibilidade de tomar contato com o segredo que lhes permitiu seguir em frente”. Esta falta de modelos – observou Francisco – não permite às jovens gerações ter visões.

“Nós precisamos dos sonhos dos avós”, disse. E acrescentou que não por acaso quando Jesus é levado ao templo foi recebido por dois avós que contaram o seu sonho. “Este é o momento dos avós… que sonhem e os jovens aprendam a profetizar estes sonhos”.

Em conclusão, o Santo Padre convidou a desenvolver uma pastoral familiar capaz de receber, acompanhar, discernir e integrar. Uma pastoral – disse – quer permita e faça possível o andaime adequado para que a vida confiada a nós encontre o apoio de quem tem necessidade para desenvolver-se segundo o sonho de Deus

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Papa Francisco: “A indiferença e a hostilidade tornam cegos e surdos, impedem de ver os irmãos e não permitem reconhecer neles o Senhor”

Papa Francisco: “A indiferença e a hostilidade tornam cegos e surdos, impedem de ver os irmãos e não permitem reconhecer neles o Senhor”

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Posted by Redacao on 15 June, 2016

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Refletindo sobre o cego de Jericó, o Papa Francisco, em sua catequese semanal, recordou esse “episódio que nos toca diretamente”

“A figura deste cego representa tantas pessoas que, também hoje, se encontram marginalizadas por causa de um problema físico e ou de outro gênero”, acrescentou Francisco. Na beira da estrada, o cego é apartado e reprovado pela multidão, porque clama por Jesus. “Não sentem compaixão por ele; pelo contrário, se sentem incomodados com seus gritos.

“Quantas vezes vemos nas ruas pessoas doentes, sem comida… e nos sentimos incomodados. Vemos refugiados e isso nos incomoda. É uma tentação que tomos temos, até eu. E por vezes, a indiferença e a hostilidade se transformam em agressão e insulto… ‘Mandem embora essa gente’…” A indiferença e a hostilidade tornam cegos e surdos, impedem de ver os irmãos e não permitem reconhecer neles o Senhor”, completou o Papa.

Mas sem se deixar intimidar, o cego clama várias vezes, reconhecendo Jesus como Filho de Davi, o Messias aguardado. Diferentemente da multidão, este cego vê com os olhos da fé. Graças a ela, a sua súplica tem uma eficácia poderosa. Jesus então tira o cego da margem da estrada e o coloca no centro da atenção dos seus discípulos e da multidão. “Pensemos em nossas situações ruins, de pecado: Jesus segura a nossa mão e nos conduz ao caminho da salvação”.

Deste modo, obriga todos a se conscientizarem de que a boa nova implica colocar no centro do próprio caminho quem está excluído. “A passagem do Senhor é um encontro de misericórdia que reúne todos em volta Dele para permitir reconhecer quem necessita de ajuda e de consolação”, disse ainda o Papa.

“É a ‘passagem’ da páscoa, o início da libertação: quando Jesus passa sempre há libertação, sempre há salvação! Também em nossa vida Jesus passa e quando percebemos, é um convite a sermos melhores, a segui-Lo”, improvisou ainda.

Como um servo humilde, Jesus pergunta o que o cego deseja. Este por sua vez responde chamando-o não mais de “Filho de Davi”, mas “Senhor” e pedindo para recuperar a visão. O seu desejo é atendido com essas palavras: “Vê; a tua fé te salvou”.

Graças à fé, o cego recupera a visão e, sobretudo, se sente amado por Jesus. Por isso, decide segui-Lo, se faz discípulo. “De mendigo a discípulo. Todos nós somos mendicantes, passamos de mendigos a discípulos”. Quem queriam calar, agora testemunha em alta voz o seu encontro com Jesus de Nazaré. Verifica-se então um segundo milagre: a cura do cego permite que também a multidão veja além das aparências. “Assim Jesus derrama a sua misericórdia sobre todos os que encontra: os chama, os reúne, os cura e os ilumina, criando um novo povo que celebra as maravilhas do seu amor misericordioso. Mas deixemos que Jesus nos cure, nos perdoe e sigamo-Lo”, concluiu o Papa. (Com informações Rádio Vaticano)

terça-feira, 14 de junho de 2016

Bento XVI vai celebrar com Francisco o 65º aniversário da sua ordenação sacerdotal

Bento XVI vai celebrar com Francisco o 65º aniversário da sua ordenação sacerdotal

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Posted by Redacao on 14 June, 2016

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O Papa Emérito cumprirá no próximo dia 29 de junho 65 anos de sacerdote. E esta importante ocasião será celebrada no dia 28 de junho no Vaticano, com uma celebração solene na Sala Clementina do Palácio Apostólico, presidida pelo Papa Francisco e Bento XVI. Nesse dia o Papa emérito receberá um livro sobre o sacerdócio realizado para tal ocasião. A notícia foi anunciada pela fundação Ratzinger.

Joseph Ratzinger foi ordenado na Catedral de Frisinga pela mão do cardeal Michael von Faulhaber, arcebispo de Munique junto com o seu irmão mais velho, Georg.

Desde que Bento XVI renunciou ao pontificado, foram muito poucas as ocasiões nas quais foi visto em público. A última vez foi no último 8 de dezembro, na abertura do Jubileu da Misericórdia.

Papa Francisco: “Que o Senhor nos dê a graça, apenas esta: rezar por nossos inimigos; rezar por aqueles que nos desejam o mal”



Papa Francisco: “Que o Senhor nos dê a graça, apenas esta: rezar por nossos inimigos; rezar por aqueles que nos desejam o mal”

Posted by Redacao on 14 June, 2016

Papa Francisco

Papa Francisco

Na homilia de hoje, na capela da casa Santa Marta, Francisco descreveu o trecho do Evangelho em que Jesus exorta os discípulos a buscarem a perfeição de Deus, que leva o seu sol aos bons e aos maus.

“Vocês entenderam o que foi dito, mas eu lhes digo”. A Palavra de Deus e dois modos inconciliáveis de interpretá-la: uma lista árida de deveres e proibições ou o convite a amar o Pai e os irmãos com todo o coração, chegando ao ponto de rezar pelo próprio adversário.

É a dialética do confronto entre os doutores da lei e Jesus; entre a Lei proposta de modo esquemático ao povo hebraico e a seus líderes e a plenitude daquela mesma Lei que Cristo afirma trazer.

O Papa reafirma uma convicção já expressa outras vezes. Quando Jesus inicia a sua pregação, hostilizado por seus adversários, ‘a explicação da lei naquele tempo estava em crise’:

“Era uma explicação teórica demais, casuística. Digamos que era uma lei na qual não existia o coração próprio dela, que é o amor de Deus, que Deus nos deu. Por isso, o Senhor repete o que estava no Antigo Testamento: qual é o maior Mandamento? Amar a Deus, com todo o coração, com todas as forças, com toda a alma; e ao próximo como a ti mesmo. E na explicação dos Doutores da Lei isto não constava muito. No centro estavam os casos: isto se pode fazer? Até que ponto se pode fazer aquilo? E se não se pode?… A casuística própria da Lei. E Jesus toma isto e retoma o verdadeiro sentido da Lei para leva-lo à sua plenitude”.

O Papa coloca em evidência como Jesus oferece “muitos exemplos” para mostrar os Mandamentos sob uma nova luz. “Não matarás”, afirma, também pode significar não insultar um irmão e assim por diante, até a enfatizar como o amor é “mais generoso das palavras da lei”, do manto acrescentado como um presente para aquele que pediu o vestido e os dois quilômetros feitos com aquele que pediu para ser acompanhado somente por um:

“É um trabalho que não é apenas um trabalho para o cumprimento da Lei, mas é um trabalho de cura do coração. Nesta explicação que Jesus faz sobre os Mandamentos – no Evangelho de Mateus, em particular – há um caminho de cura: um coração ferido pelo pecado original – todos nós temos o coração ferido pelo pecado, todos – deve seguir este caminho de cura e curar para assemelhar-se ao Pai, que é perfeito: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. Um caminho de cura para ser filhos como o Pai”.

E a perfeição que Jesus indica é aquela contida na passagem de hoje do Evangelho de Mateus. “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem”. “É o último passo” desta estrada, afirma o Papa, o mais difícil. Francisco lembra que, quando era jovem, pensando em um dos grandes ditadores da época, era costume rezar para que Deus lhe reservasse em breve o inferno. Em vez disso, conclui, Deus pede um exame de consciência:

“Que o Senhor nos dê a graça, apenas esta: rezar por nossos inimigos; rezar por aqueles que nos desejam o mal, que não nos querem bem; rezar por aqueles que nos ferem, que nos perseguem. E cada um de nós sabe o nome e o sobrenome: rezar por isso, por isso… Garanto a vocês que esta oração vai fazer duas coisas: ele vai melhorar, porque a oração é poderosa, e nós seremos mais filhos do Pai”. (Com informações Rádio Vaticano)

segunda-feira, 13 de junho de 2016

presidente dos Bispos dos EUA em Orlando Ataque: Um lembrete da Vida que valor é

Presidente dos Bispos dos EUA em Orlando Ataque: Um lembrete da Vida que valor é

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Arcebispo Kurtz assegura orações para as vítimas, as famílias; declaração bispo lançamentos locais

13 DE JUNHO DE 2016 ZENIT FUNCIONÁRIOS CONFLITOS, GUERRA, TERRORISMO
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No domingo, o líder da conferência dos bispos dos EUA divulgou um breve comunicado sobre o ataque de manhã cedo em Orlando. Um homem armado tirou a vida de cerca de 50 pessoas quando ele abriu fogo em um bar na cidade.

Aqui está a mensagem do arcebispo Joseph Kurtz de Louisville:

WASHINGTON-Acordar com a violência indizível em Orlando nos lembra de como preciosa vida humana é. Nossas orações estão com as vítimas, suas famílias e todos aqueles afetados por esta terrível ato. O amor misericordioso de Cristo nos chama para a solidariedade com o sofrimento e a uma maior determinação em proteger a vida ea dignidade de cada pessoa.

-Bishop John Noonan de Orlando  também emitiu uma declaração de domingo em que ele disse:

Uma espada perfurou o coração de nossa cidade. Desde a aprendizagem da tragédia, esta manhã, eu exortou todos a rezar pelas vítimas, as famílias e os socorristas. Rezo para que a misericórdia do Senhor estará sobre nós durante este tempo de tristeza, choque e confusão. Exorto as pessoas de fé para transformar seus corações e almas para o grande médico, nosso Senhor Jesus Cristo, que consola e nos leva através do sofrimento com a misericórdia e ternura. O poder de cura de Jesus vai além de nossas feridas físicas, mas toca todos os níveis da nossa humanidade: físico, emocional, social, espiritual. Jesus chama-nos a permanecer fervoroso de nossa proteção da vida e da dignidade humana e para rezar incessantemente pela paz em nosso mundo.

Sacerdotes, diáconos e conselheiros da Diocese de Orlando e Catholic Charities de Central Florida estão servindo no Centro de auxílios instituído pela cidade de Orlando. Eles estão presentes no local ajudando as vítimas e famílias na linha de frente desta tragédia. Durante todo o dia, eles estão oferecendo amor e da misericórdia de Deus para aqueles que estão enfrentando dor inimaginável. Eles vão manter-se vigilante e sensível às necessidades dos nossos irmãos e irmãs que sofrem.

Pedi a todas as nossas paróquias para incluir intenções de oração durante a celebração do  domingo missa hoje, onde cerca de 400.000 católicos registrados participar em nove municípios de Central Florida. Nas nossas 91 paróquias e missões, orações de hoje têm sido oferecidos para as vítimas de violência e atos de terror ... para as suas famílias e amigos ... e todos aqueles afetados por tais atos contra o amor de Deus. Oramos para o povo da cidade de Orlando que a misericórdia e o amor de Deus será em cima de nós como nós buscar a cura e consolação.

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Papa: Fome Mundial não deve ser aceite como "natural"

Papa: Fome Mundial não deve ser aceite como "natural"

Postado por Kathleen Naab em 13 de junho de 2016

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Queridos irmãos e irmãs em Cristo, não podemos ficar parados diante dos apelos dos nossos inúmeros irmãos e irmãs que passam fome. Há muitas que querem as migalhas que caem dos banquetes de algumas pessoas. Nós devemos procurar alternativas que amenizam esse grave problema social. Nesta hora, a solidariedade e a partilha fazem muita diferença, pois aonde se reparte o pão ninguém passa fome. Todos saboreiam a mesa que reparte. 

A Igreja nos ensina a partilha da Palavra, da Eucaristia e da boa vontade de ajuda a quem mais precisa. Em um mundo globalizado e marcado pelas redes sociais, que são veículos fecundos, que podem ajudar a muitas pessoas que gritam pela ajuda de alimento, de acolhimento e de amor.

O cristianismo nos dá uma lei que é amar a todos como nós nos amamos. Esperamos que a caridade ultrapasse todas as barreiras do indiferentismo e que haja pão em todos os lares do mundo.(Jose Benedito Schumann Cunha)

Papa Francis fez hoje a sua primeira visita à Organização das Nações Unidas com sede em Roma que combate a fome, o Programa Mundial de Alimentos, fazer uma chamada em seu discurso a reconhecer aqueles que sofrem de pobreza e da fome como mais do que uma estatística.

"Vivemos em um mundo interconectado marcada por comunicações instantâneas", o Papa refletiu, observando que as tecnologias de comunicação ", por trazer-nos face a face com tantas situações trágicas, pode ajudar, e ter ajudado, para mobilizar as respostas de compaixão e solidariedade. "

"Paradoxalmente, porém," ele disse, "essa proximidade aparente criado pela estrada da informação parece diária a ser quebrar. [...] Somos bombardeados por tantas imagens que vemos a dor, mas não tocá-lo; ouvimos chorar, mas não confortam-lo; vemos sede, mas não satisfazê-la. Todas essas vidas humanas se transformar em uma história mais notícias. Enquanto as manchetes podem mudar, a dor, a fome e a sede permanecem; eles não vão embora. "

O Santo Padre elogiou o papel que as organizações tais como PAM jogar nessa realidade, dizendo que "não pode ser satisfeito apenas com estar ciente dos problemas enfrentados por muitos dos nossos irmãos e irmãs. Não é o suficiente para oferecer amplas reflexões ou se envolver em discussões intermináveis, repetindo constantemente coisas todos sabem. Precisamos 'de-naturalizar' extrema pobreza, para parar de vê-lo como uma estatística do que uma realidade. Por quê? Porque a pobreza tem um rosto! Ele tem o rosto de uma criança; ele tem o rosto de uma família; ele tem a cara das pessoas, jovens e velhos ".

A pobreza não é algo natural, o resultado de "destino cego", sem remédio, afirmou.

E se "fome" "alimentos" e "violência" são apenas conceitos, o Pontífice advertiu, se não vemos aqueles que sofrem como pessoas reais, em seguida, "corremos o risco de burocratizar o sofrimento dos outros. Burocracias mexa em papéis; compaixão lida com as pessoas. "

O Papa afirmou que, a este respeito, "temos muito a fazer."

"Além de tudo o que já está sendo feito", disse ele, "precisamos de trabalhar em" desnaturalização "e" debureaucratizing 'a pobreza e a fome dos nossos irmãos e irmãs. "

Não é o suficiente

A este respeito, o Papa falou contra uma aceitação desinformados de escassez de alimentos, bem como a facilidade com que armas são transportados, enquanto a comida não chegar àqueles que dela necessitam.

"O fato de que hoje, em pleno século 21, muitas pessoas sofrem desse flagelo [da escassez de alimentos] é devido a uma distribuição egoísta e errada de recursos, para o 'merchandising' de alimentos", disse ele. "A terra, abusadas e exploradas, continua em muitas partes do mundo para produzir seus frutos, oferecendo-nos o melhor de si mesmo. As faces da fome nos lembrar que frustraram seus propósitos. Nós transformamos um presente com um destino universal em um privilégio desfrutado por um seleto poucos. Fizemos os frutos da terra - um presente para a humanidade -. Mercadorias para alguns, a exclusão gerando assim "

O Papa particularmente lamentou a fome das pessoas em zonas de guerra e conflitos, denunciando o que chamou de um "estranho paradoxo":

"Considerando formas de projectos de ajuda e desenvolvimento são obstruídas por decisões políticas envolvidas e incompreensíveis, visões ideológicas distorcidas e barreiras alfandegárias impenetráveis, armamento não é. Não faz diferença onde as armas vêm de; eles circulam com a liberdade de bronze e praticamente absoluta em muitas partes do mundo. Como resultado, guerras são alimentados, não pessoas. Em alguns casos, a própria fome é usado como uma arma de guerra. A contagem de mortos multiplica porque o número de pessoas que morrem de fome e sede é adicionado ao de vítimas do campo de batalha e as vítimas civis de conflitos e ataques ".

O Papa observou que as consciências são anestesiados e disse que é "urgente de desburocratizar tudo o que mantém projetos de assistência humanitária de ser realizado."

O Santo Padre também assegurou o apoio da Igreja na luta contra a fome, dizendo que a humanidade deve responder a esta necessidade.

"Eu estava com fome e me destes de comer; Tive sede e não me destes de beber alguma coisa '. Estas palavras encarnar um dos axiomas do cristianismo. Independente de credos e convicções, eles podem servir como uma regra de ouro para nossos povos ", disse ele. "A gente joga fora o seu futuro pela sua capacidade de responder à fome e sede de seus irmãos e irmãs. Nesse capacidade de vir em auxílio da fome e sede, podemos medir o pulso de nossa humanidade ".

domingo, 12 de junho de 2016

Chile: uma igreja da capital é atacada por um grupo de homens mascarados

Chile: uma igreja da capital é atacada por um grupo de homens mascarados

Os assaltantes destruíram vários objetos, além de roubar artigos religiosos, incluindo um grande crucifixo

10 JUNHO 2016REDACAONOTÍCIAS DO MUNDO

Ataque à Igreja Gratitud Nacional, Chile

Ataque Iglesia Gratitud Nacional - Conferencia Episcopal De Chile

Um grupo de homens mascarados atacou uma Igreja de Santiago, no meio de uma manifestação estudantil. Este é um dos episódios mais violentos do protesto nesta quinta-feira, que reuniu cerca de 150.000 pessoas, segundo os organizadores.

O templo saqueado foi a Igreja da Gratidão Nacional, localizada na Alameda, a principal avenida da capital chilena. Os assaltantes invadiram a igreja e destruíram vários objetos, além de roubar artigos religiosos, incluindo um grande crucifixo, destruído depois na rua.

O Vigário da área central da arquidiocese de Santiago, Marek Burzawa, anunciou que solicitou uma reunião de emergência com o prefeito Claudio Orrego: “Não é a primeira vez que atacam uma igreja no centro de Santiago. A violência não leva a nada, dói muito que ataquem os símbolos da nossa fé, os símbolos da nossa crença”. Também garantiu que “como Igreja estamos de acordo com as manifestações pacíficas, mas a violência não é o caminho adequado”, indica uma nota publicada pela Conferência Episcopal.

O padre Galvarino Jofré, diretor de Salesianos Alameda, destacou a pouca proteção da igreja contra esses eventos: “Nós esperamos que haja uma melhor proteção e tomara que estas manifestações não tenham o mesmo ponto de chegada. Estamos estudando ações legais”.

Horas depois do ataque, o ministro do Interior, Mario Fernandez, chegou à igreja para supervisionar a destruição e expressar sua solidariedade. Disse que “aqui tomaram as medidas, a Administração vai apresentar uma queixa, porque estes são sinais muito preocupantes e que o governo não vai fugir”.

Por sua parte, o arcebispo Fernando Ramos, bispo auxiliar de Santiago, agradeceu o gesto da visita da autoridade e salientou que a “convivência democrática se baseia no respeito mútuo. Nossas igrejas estão abertas, são locais de culto para vir a louvar a Deus e não queremos fechar-nos, para que aqueles que querem com a violência atemorizar os chilenos, tenham um êxito que não merecem”.

Os salesianos realizarão, como ato de desagravo à profanação do templo da Gratidão Nacional, uma eucaristia presidida pelo presidente da Conferência Episcopal, arcebispo de Santiago, o cardeal Ricardo Ezzati, no sábado, 11 de Junho, às 18hs, no mesmo templo.

Médicos da Venezuela pedem que a Igreja intervenha na crise de medicamentos

Médicos da Venezuela pedem que a Igreja intervenha na crise de medicamentos

Posted by Redacao on 10 June, 2016


Bandera_de_Venezuela_en_el_Waraira_Repano

Bandera_de_Venezuela_en_el_Waraira_Repano

A crise que afeta na Venezuela o Hospital Central de Maracay pela falta de suprimentos médicos e material cirúrgico, obrigou os especialistas desse centro médico, o principal do Estado de Aragua, a solicitar expressamente a intervenção da Igreja Católica. Por esta razão, os médicos prepararam uma petição ao papa Francisco e para o Bispo da Diocese de Maracay, monsenhor Rafael Ramón Conde Alfonzo, solicitando sua intervenção. A carta foi entregue ao bispo durante uma reunião na sede da diocese, realizada nesta quarta-feira.

De acordo com informações publicadas pela Agência Fides, o Dr. Martin Graterol, traumatologista, fez-se porta-voz explicando que através de suas cartas querem “expressar os seus sentimentos e desejos de ver que o Santo Padre e mons. Conde intercedam em favor dos pacientes”, para “permitir o mais rapidamente possível e com a ajuda de Deus, que se solucione o grave problema da falta de suprimentos médicos nos hospitais”.

Por sua parte, mons Conde, ao receber as cartas, ressaltou que há uma “iniciativa dos venezuelanos no mundo dispostos a iniciar uma campanha de coleta de medicamentos para levá-los à terra natal”. No entanto, alertou que o problema logo seria resolvido se o governo nacional permitisse que esses remédios entrassem no país, “já que, até agora, o obstáculo foi a proibição do governo em aceitar a ajuda externa”.

Também definiu a situação como “muito desagradável”, e recordou que a organização internacional de Cáritas “quer atuar como um instrumento de mediação, para que os recursos necessários cheguem ao país e sejam distribuídos de maneira uniforme de acordo com as necessidades e com um controle efetivo”.

Estamos confiantes de que os corações dos governantes – concluiu o Bispo de Maracay – não seja tão duro quanto a manter a proibição da entrada das ajudas que nos oferecem

Papa Francisco: “Como é grande a ilusão em que vive o homem de hoje, quando fecha os olhos à enfermidade e à deficiência!”

Papa Francisco: “Como é grande a ilusão em que vive o homem de hoje, quando fecha os olhos à enfermidade e à deficiência!”

Posted by Redacao on 12 June, 2016


«Estou crucificado com Cristo; já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 19). O apóstolo Paulo usa palavras muito fortes para expressar o mistério da vida cristã: tudo se resume ao dinamismo pascal de morte e ressurreição recebido no Batismo. De facto cada um, pela imersão na água, é como se tivesse morrido e fosse sepultado com Cristo (cf. Rm 6, 3-4), e quando reemerge dela, manifesta a vida nova no Espírito Santo. Esta condição de renascidos envolve a vida inteira, em todos os seus aspetos; também a doença, o sofrimento e a morte ficam inseridos em Cristo, encontrando n’Ele o seu sentido último. No dia de hoje, jornada jubilar dedicada a todos aqueles que carregam os sinais da doença e da deficiência, esta Palavra de vida tem uma ressonância especial na nossa assembleia.

Na realidade todos nós, mais cedo ou mais tarde, somos chamados a encarar e, às vezes, a lutar contra as fragilidades e as doenças, nossas e alheias. E como são diferentes os rostos com que se apresentam estas experiências, tão típica e dramaticamente humanas! Mas sempre nos colocam, de forma mais aguda e premente, a questão do sentido da vida. Perante isso, no nosso íntimo, pode algumas vezes sobrevir uma atitude cínica, como se fosse possível resolver tudo suportando ou contando apenas com as próprias forças; outras vezes, pelo contrário, coloca-se toda a confiança nas descobertas da ciência, pensando que certamente deverá haver, nalgum lugar da terra, um remédio capaz de curar a doença. Infelizmente não é assim; e ainda que existisse tal remédio, seria acessível a muito poucas pessoas.

A natureza humana, ferida pelo pecado, traz inscrita em si mesma a realidade da limitação. Conhecemos a objeção que se levanta, sobretudo nestes tempos, à vista duma vida marcada por graves limitações físicas; considera-se que é impossível ser feliz uma pessoa enferma ou deficiente, porque incapaz de realizar o estilo de vida imposto pela cultura do prazer e da diversão. Num tempo como o nosso, em que o cuidado do corpo se tornou um mito de massa e consequentemente um negócio, aquilo que é imperfeito deve ser ocultado, porque atenta contra a felicidade e a serenidade dos privilegiados e põe em crise o modelo dominante. É melhor manter tais pessoas segregadas em qualquer «recinto» – eventualmente dourado – ou em «reservas» criadas por um compassivo assistencialismo, para não estorvar o ritmo dum bem-estar falso. Por vezes chega-se a sustentar que é melhor desembaraçar-se o mais rapidamente possível de tais pessoas, porque se tornam um encargo financeiro insuportável em tempos de crise. Na realidade, porém, como é grande a ilusão em que vive o homem de hoje, quando fecha os olhos à enfermidade e à deficiência! Não compreende o verdadeiro sentido da vida, que inclui também a aceitação do sofrimento e da limitação. O mundo não se torna melhor quando se compõe apenas de pessoas aparentemente «perfeitas» (para não dizer «maquilhadas»), mas quando crescem a solidariedade, a mútua aceitação e o respeito entre os seres humanos. Como são verdadeiras as palavras do Apóstolo: «O que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte» (1 Cor 1, 27)!

O Evangelho deste domingo (Lc 7, 36 – 8, 3) apresenta também uma situação particular de fraqueza. A mulher pecadora é julgada e marginalizada pelos circunstantes, mas Jesus acolhe-a e defende-a «porque muito amou» (v. 47). Tal é a conclusão de Jesus, atento como está ao sofrimento e às lágrimas daquela pessoa. A sua ternura é sinal do amor que Deus reserva àqueles que sofrem e são excluídos. Não existe apenas o sofrimento físico; entre as patologias mais frequentes nos dias de hoje conta-se uma que tem a ver precisamente com o espírito: é um sofrimento que envolve a alma tornando-a triste, porque carente de amor. A patologia da tristeza. Quando se experimenta a decepção ou a traição nas relações importantes, então descobrimo-nos vulneráveis, fracos e sem defesas. Consequentemente torna-se muito forte a tentação de se fechar em si mesmo e corre-se o risco de perder a ocasião da vida: amar apesar de tudo. Amar apesar de tudo.

Aliás, a felicidade que deseja cada um pode exprimir-se de muitos modos, mas só é possível alcançá-la se se for capaz de amar. Esta é a estrada. É sempre uma questão de amor, não há outra estrada. O verdadeiro desafio é o de quem ama mais. Quantas pessoas com deficiência e enfermas se reabrem à vida, logo que descobrem que são amadas! E quão grande amor pode brotar dum coração, mesmo só através dum sorriso! A terapia do sorriso. Então a própria fragilidade pode tornar-se conforto e apoio para a nossa solidão. Jesus, na sua paixão, amou-nos até ao fim (cf. Jo 13, 1); na cruz, revelou o Amor que se dá sem limites. Que poderíamos nós censurar a Deus, nas nossas enfermidades e tribulações, que não esteja já impresso no rosto do seu Filho crucificado? Ao seu sofrimento físico, juntam-se a zombaria, a marginalização e a lástima, enquanto Ele responde com a misericórdia que a todos acolhe e perdoa: «fomos curados pelas suas chagas» (Is 53, 5; 1 Ped 2, 24). Jesus é o médico que cura com o remédio do amor, porque toma sobre Si o nosso sofrimento e redime-o. Sabemos que Deus pode compreender as nossas enfermidades, porque Ele mesmo foi pessoalmente provado por elas (cf. Heb 4, 15).

O modo como vivemos a doença e a deficiência é indicação do amor que estamos dispostos a oferecer. A forma como enfrentamos o sofrimento e a limitação é critério da nossa liberdade em dar sentido às experiências da vida, mesmo quando nos parecem absurdas e não merecidas. Por isso, não nos deixemos turbar por estas tribulações (cf. 1 Ts 3, 3). Sabemos que, na fraqueza, podemos tornar-nos fortes (cf. 2 Cor 12, 10) e receber a graça de completar em nós o que falta dos sofrimentos de Cristo em favor do seu corpo, que é a Igreja (cf. Col 1, 24); um corpo que, à imagem do corpo do Senhor ressuscitado, conserva as chagas, sinal da dura luta que trava, mas chagas transfiguradas para sempre pelo amor.
fonte:www.zenit.org 

sábado, 11 de junho de 2016

Francisco pede um ecumenismo que promova uma missão comum de evangelização e serviço

Francisco pede um ecumenismo que promova uma missão comum de evangelização e serviço

Papa Francisco - ecumenismo

O Santo Padre recebe uma delegação da liderança da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas

10 JUNHO 2016ROCÍO LANCHO GARCÍAPAPA FRANCISCO

Papa Francisco - ecumenismo

Papa Francisco Y Dirección De La Comunión Mundial De Las Iglesias Reformadas - Osservatore Romano

O Papa Francisco considera que é urgente e necessário um ecumenismo que, juntamente com o esforço teológico que visa recompor disputas doutrinárias entre os cristãos, promova uma missão comum de evangelização e de serviço. Assim falou na manhã de hoje no encontro que teve com uma delegação da direção da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas.

Da mesma forma, observou que existem muitas iniciativas e boa colaboração em diferentes lugares. Mas “todos podemos fazer muito mais juntos para dar um testemunho vivo a todo o que pede razão da nossa esperança”: transmitir o amor misericordioso de nosso Pai, que recebemos gratuitamente e estamos chamados a dar generosamente.

O encontro de hoje – garantiu o Papa no seu discurso – é um passo a mais no caminho que caracteriza o movimento ecumênico. Como recordou, passaram-se dez anos desde que uma delegação da Aliança Mundial das Igrejas Reformadas visitou o Papa Bento XVI. Neste tempo, a histórica unificação do Conselho Ecumênico Reformado e da Aliança Mundial das Igrejas Reformadas, que aconteceu em 2010, “foi um exemplo tangível do progresso em direção à meta da unidade cristã” e para muitos, “um estímulo no caminho ecumênico”, observou o Papa.

Também assegurou aos presentes que “devemos dar graças a Deus” acima de tudo, pela redescoberta da nossa fraternidade que “está enraizada no reconhecimento do único batismo e na consequente exigência de que Deus seja glorificado na sua obra”.

Por isso, garantiu que “católicos e reformados podem promover um crescimento mútuo nesta comunhão espiritual, para melhor servir ao Senhor”. Nesta mesma linha, o Papa destacou que a recente conclusão da quarta fase do diálogo teológico entre a Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas e o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, com o tema ‘A justificação e a sacramentalidade: a comunidade cristã como artesã de justiça’, representa “um motivo especial de agradecimento”. E manifestou a sua alegria ao ver que o informe final destaca com clareza “o vínculo inseparável entre a justificação e a justiça”. Com relação a isso, Francisco recordou que a nossa fé em Jesus “nos leva a viver a caridade por meio de gestos concretos”, capazes de influenciar “no nosso estilo de vida”, “nas relações” e “na realidade que nos rodeia”. Com base no acordo sobre a doutrina da justificação, o Papa disse que há muitos campos em que Reformados e católicos podem trabalhar juntos para testemunhar o amor misericordioso de Deus, “verdadeiro antídoto perante o senso de desorientação e a da indiferença que nos circundam”.

Reconhecendo que hoje experimenta-se, muitas vezes, uma ‘desertificação espiritual’, o Santo Padre indicou que, especialmente lá onde se vive como se Deus não existisse, nossas comunidades cristãs “estão chamadas a ser cântaros que apagam a sede com a esperança, presenças capazes de inspirar fraternidade, encontro, solidariedade, amor genuíno e desinteressado”, “devem acolher e reacender a graça de Deus, para não fechar-se em si mesmos e abrir-se à missão”.

A este respeito, o Santo Padre reconheceu que não pode comunicar a fé, vivendo-a “de forma isolada” ou “em grupos fechados e separados”, em uma espécie de falsa autonomia e de imanentismo comunitário. Assim não se dá resposta – acrescentou – à sede de Deus que nos interroga e que está presente também em tantas formas novas de religiosidade.

Para concluir o encontro, desejou que este “encontrar-nos” sirva de incentivo para todas as comunidades reformadas e católicas para continuar trabalhando juntas na transmissão da alegria do Evangelho aos homens e mulheres do nosso tempo.

A IGREJA CATÓLICA É A QUERIDA DE DEUS

A IGREJA CATÓLICA É A QUERIDA DE DEUS



Somos filhos de Deus através do batismo que recebemos da Igreja Católica. Quando assumimos a fé que recebemos da Igreja, onde tem o deposito dos ensinamentos genuínos de Cristo que vem do magistério, da tradição e da bíblia.

A vida de todos que passaram pela Igreja e deram testemunhos do Cristo com sua vida, derramando os seus sangues para que o evangelho fosse difundido. A Igreja é sinal da presença de Cristo no mundo. Jesus veio para servir e não ser servido. Ele não pregou que a riqueza desse mundo é a razão de nossa busca para felicidade, mas buscar as coisas do alto e as outras coisas vem por acréscimo até nós. 

Jesus nos convida segui-Lo, pois Ele não tinha a onde repousar a sua cabeça. Jesus é a demonstração da verdadeira humildade e pobreza, nascendo em uma manjedoura demonstrou de modo límpido a sua majestade. Antes de ser crucificado, Ele quis cear com os apostolo e no gesto de servidor lava os pés dos discípulos para que cada um de nós aprendamos a serem servidores humildes de todos.

Se quisermos seguir Jesus devemos desnudar a nossa vida de todo materialismo e acumulo de bens que faz com que afastemos Dele e ainda ficamos com o coração longe de Deus. A verdadeira riqueza é estar com Deus, ouvindo a sua palavra transmitida pela Igreja de Cristo, recebendo a eucaristia e ouvindo a voz do magistério.

É melhor estarmos na Igreja Católica do que ficarmos procurando doutrinas que se apegam em interpretações humanas aonde vem muitas duvidas transmitidas com erros sem serem bem refletidas.
Assim, meus irmãos e irmãs, procuremos abrir o nosso coração a Deus, pedindo que a luz do Espirito Santo inunda o nosso ser para o verdadeiro discernimento em vista da verdade que liberta e nos transforma. 

Há uma Igreja que é ornada com milhares de santos canonizados através da fé reconhecida pelos seus testemunhos e com sangues derramados em nome de Cristo. Nós somos e fazemos parte desta Igreja de Cristo que não vem com a ostentação de bens que perecem, mas de bens espirituais que duram para eternidade.

Se não houvesse a Igreja católica, onde foi guardiã da Palavra de Deus transmitida e muitas vezes copiada em pergaminhos, pois por 1500 anos aproximadamente não havia a imprensa. Ela foi zelosa, cuidava e transmitia a Palavra de Deus até um dia ter sido impressa em Bíblia através da descoberta da impressão que foi na Idade Moderna. Todos os livros sagrados estão na Bíblia que tiveram a sua canocidade e aval da Igreja de Cristo e que até hoje ela é propagada para todos.

Há muitos movimentos dentro da Igreja e fora dela para um dialogo ecumênico que busca a fraternidade e um bom convívio, pois todos são chamados a ouvir a voz de Jesus. desse modo podemos destacar: Por isso, garantiu que “católicos e reformados podem promover um crescimento mútuo nesta comunhão espiritual, para melhor servir ao Senhor”. Nesta mesma linha, o Papa destacou que a recente conclusão da quarta fase do diálogo teológico entre a Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas e o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, com o tema ‘A justificação e a sacramentalidade: a comunidade cristã como artesã de justiça’, representa “um motivo especial de agradecimento”. E manifestou a sua alegria ao ver que o informe final destaca com clareza “o vínculo inseparável entre a justificação e a justiça”. Com relação a isso, Francisco recordou que a nossa fé em Jesus “nos leva a viver a caridade por meio de gestos concretos”, capazes de influenciar “no nosso estilo de vida”, “nas relações” e “na realidade que nos rodeia”. Com base no acordo sobre a doutrina da justificação, o Papa disse que há muitos campos em que Reformados e católicos podem trabalhar juntos para testemunhar o amor misericordioso de Deus, “verdadeiro antídoto perante o senso de desorientação e a da indiferença que nos circundam”. ( zenit.org)

O Papa Francisco considera que é urgente e necessário um ecumenismo que, juntamente com o esforço teológico que visa recompor disputas doutrinárias entre os cristãos, promova uma missão comum de evangelização e de serviço. Assim falou na manhã de hoje no encontro que teve com uma delegação da direção da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas. (zenit.org)

Todos devem colaborar no dialogo sincero e serviço para a difusão do evangelho genuino de Cristo.

Que Deus, possa nutrir o nosso coração sempre na sua verdade e que as penumbras das interpretações pessoais da bíblia sejam dissipadas pela luz do Espirito Santo que não deixará o engano e distorção reinarem nos corações inquietos. Amém


Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

O Papa eleva à festa a celebração de Maria Madalena
A decisão faz parte do atual contexto eclesial, que insta a uma reflexão mais profunda sobre a dignidade da mulher, a nova evangelização e a grandeza do mistério da misericórdia divina

10 JUNHO 2016REDACAOPAPA FRANCISCO

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Fray Angelico - Noli Me Tangere

A celebração de Maria Madalena, memória obrigatória dia 22 de Julho, foi elevada no Calendário Romano Geral ao grau de festa. Por desejo expresso do Papa Francisco, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou um novo decreto para estabelece-lo.

A decisão – explica mons. Arthur Roche secretário do dicastério – se enquadra no atual contexto eclesial, que pede uma reflexão mais profunda sobre a dignidade da mulher, a nova evangelização e a grandeza do mistério da misericórdia divina.

Também destaca que santa Maria Madalena, primeira testemunha que viu o Ressuscitado e primeira mensageira que anunciou aos apóstolos a ressurreição do Senhor, é um exemplo de verdadeira e autêntica evangelizadora, ou seja, uma evangelizadora que anuncia a alegre mensagem central da Páscoa.

Por outro lado, especifica que o Santo Padre Francisco tomou esta decisão precisamente no contexto do Jubileu da Misericórdia para demonstrar a relevância desta mulher que mostrou um grande amor a Cristo e foi tão amada por Ele.

O Pecado nos afasta de Deus e da Igreja.

O Pecado nos afasta de Deus e da Igreja.




Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando nesse dia o 11° Domingo do Tempo Comum, é no encontro com os irmãos e irmãs que encontramos forças na caminhada através da escuta da Palavra de Deus e da Eucaristia. Sabemos que a Igreja é composta de santos e pecadores, mesmos que desejamos ser justos e santos, mas o pecado nos afasta de Deus e de todos. Há uma necessidade do perdão divino e de cada membro da Igreja. Hoje é dia dos namorados e que eles possam se santificarem nesse período importante para a maturidade e formação de uma futura família do agrado de Deus.

A liturgia bíblica desse domingo nos mostra um Deus de amor e de misericórdia por todos nós. Deus não gosta do pecado, tem um amor muito especial ao Pecador, assim Ele quer resgatá-lo para ter a vida plena com Deus.

No segundo livro de Samuel encontramos o rei Davi que peca diante dos olhos de Deus e vemos a reação de Deus diante do pecado do rei. O pecado de Davi foi o adultério, quando ficou com a mulher de Urias. A consequência disso foi a gravidez dela e desse modo agora ela vai ser mãe não do filho de Urias, mas de Davi. Isso faz com que Davi pensar numa saída que foi trazer Urias para dormir com ela, mas ele não foi ter com ela e dormiu na escada do palácio.

E  agora? Então rei Davi mandou uma mensagem ao general da Batalha para colocar Urias em uma batalha mais dura e assim foi feito. Consequência disso ele morre. O rei Davi a leva para sua casa, tornando assim sua mulher. Mas, Deus não aceitou essa transgressão e envia o profeta Natã e este denuncia o ato mal do rei e anuncia castigo a ele e a sua família. O rei Davi se arrepende e se humilha diante de Deus pelo pecado feito. Por causa disso, Deus acolheu o seu arrependimento e dá o seu perdão. Ele envia novamente ao rei Davi com uma mensagem da esperança: “tu não morrerás".Desse modo percebemos que Deus ama o pecador e não pecado. (cf. 2Sm 12,7-10.12)

Na carta aos gálatas de  Paulo afirma que a Salvação dada a todos é um dom gratuito que Deus oferece a nós, isso vai acontecer, por que Deus é que nos dá esse dom, mas é necessário nós aderirmos a Cristo na totalidade do amor a Ele em uma entrega a sua vontade. Na Igreja somos chamados a ser missionários da misericórdia de Deus e que todos possam provar o amor Dele e o seu perdão infinito por todos. (cf. Gl 2,16.19-21)

Na narrativa do Evangelho de Lucas  temos o episodio a mulher pecadora que entra nas casa dos pecadores onde Jesus estava fazendo a refeição com eles. Os presentes censuram Jesus por deixar aquela mulher lavar os seus pés e ungi-los com perfumes. Mas Jesus os exorta, dizendo essa mulher fez o que vocês deveriam ter feito comigo quando cheguei a sua, pois isso dela contou muito e Ele fala a ela: os seus pecados estão perdoados, mas não peques mais. (cf. Lc 7,36-8,3)

Isso nos faz pensarmos: uma mulher prostituta e ainda a figura da mulher  já era desprezada na sociedade, mesmo assim Jesus a acolhe com um coração amoroso e misericordioso. Essa atitude deve nos impulsionar na nossa Igreja, na nossa família e no mundo.

Que esta liturgia nos ajude a ter olhos e gesto de misericórdia com os nossos irmão e irmãs que falham e pecam para que encontre o caminho do arrependimento e regeneração de vida.

Tudo por Jesus, nada sem Maria.

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Papa Francisco: “A fé é para mim, para preservá-la? Não! É para ir e dar aos outros”

Papa Francisco: “A fé é para mim, para preservá-la? Não! É para ir e dar aos outros”

QUERIDOS IRMÃOS E IRMÃS EM CRISTO, SOMOS CHAMADOS PELO BATISMO A SER MISSIONÁRIO DA FÉ EM JESUS A TRAVÉS DO NOSSO TESTEMUNHO DE VIDA. A IGREJA NOS ENVIA SEMPRE AO ENCONTRO DO OUTRO E NÃO PODEMOS ACOMODAR A NOSSA FÉ NO INDIVIDUALISMO RELIGIOSO. SE ESTIVERMOS ANIMADO NA FÉ QUE VEM DA NOSSA PARTICIPAÇÃO NA COMUNIDADE, NA EUCARISTIA E NA PALAVRA DE DEUS. A MELHOR MANEIRA DE ESCUTAR DEUS ESTÁ NA HUMILDADE DE SERVIR COMO SERVO OBEDIENTE. NÓS NÃO ESTAMOS SÓS NESTA JORNADA RUMO AO CÉU, POIS DEUS ESTÁ CONOSCO E UMA MULTIDÃO DE PESSOAS CAMINHAM EM DIREÇÃO À CASA DO PAI. QUANDO ESTAMOS ACOLHIDOS NA CASA DE DEUS E DOS IRMÃOS NUNCA VAMOS PASSAR NECESSIDADE, POIS DEUS NOS DARÁ A GRAÇA JUNTAMENTE COM OS IRMÃOS DE FÉ. QUE A LUZ DA NOSSA EXISTÊNCIA SEJA FONTE PARA QUE TODOS CAMINHEM. ( JOSE BENEDITO SCHUMANN CUNHA)

Posted by Redacao on 10 June, 2016

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Na homilia de hoje o Papa resume em três comportamentos a vida do cristão: estar de pé para acolher Deus, estar em paciente silêncio para escutar a sua voz e em saída para anunciá-Lo aos demais.

Um pecador arrependido que decidiu retornar a Deus ou alguém que consagrou a vida a Ele: ambos, em algum momento, podem ser tomados pelo “medo” de não conseguir manter a escolha. E a fé se embaça enquanto a depressão está à espreita.

Para aprofundar este aspecto e indicar a saída do túnel, o Papa evocou por um momento a situação do filho pródigo, deprimido enquanto observa faminto os porcos. Todavia, Francisco se concentrou sobretudo no Profeta Elias, personagem da liturgia do dia.

Ele, recordou o Papa, é “um vencedor” que “tanto lutou pela fé” e derrotou centenas de idólatras no Monte Carmelo. Mas, ao ser alvo da enésima perseguição, deixa-se abater. Cai por terra sob uma árvore, desencorajado, esperando a morte. Mas Deus não o deixa naquele estado de prostração e envia um anjo com uma frase imperativa: levanta-te, coma, saia:

“Para encontrar Deus é necessário voltar à situação do homem no momento da criação: de pé e em caminho. Assim, Deus nos criou: à Sua altura, à Sua imagem e semelhança e em caminho. “Vai, segue adiante! Cultiva a terra, faça-a crescer; e multiplicai-vos…’. ‘Saia!’. Saia e vá ao Monte e pare no Monte à minha presença. Elias ficou de pé. De pé, ele sai”.

Sair, para então colocar-se à escuta de Deus. Mas, “como passa o Senhor? Como posso encontrar o Senhor para ter certeza de que é Ele?”, se perguntou Francisco. O trecho do Livro dos Reis é eloquente. Elias foi convidado pelo anjo para sair da caverna no Monte Horebe, onde encontrou abrigo para estar na “presença” de Deus. No entanto, a induzi-lo a sair não são nem o vento “impetuoso e forte” que quebra as rochas, nem o terremoto que se segue e nem mesmo o sucessivo fogo:

“Muito ruído, muita majestade, muito movimento e o Senhor não estava ali. ‘E depois do fogo, o sussurro de uma brisa suave’ ou, como está no original, ‘o fio de um silêncio sonoro’. E ali estava o Senhor. Para encontrar o Senhor, é preciso entrar em nós mesmos e sentir aquele ‘fio de um silêncio sonoro’ e Ele nos fala ali”.

O terceiro pedido do anjo a Elias é: “Saia”. O profeta é convidado a refazer seus passos, em direção do deserto, porque lhe foi dada uma tarefa a cumprir. Nisso, ressalta Francisco, se capta o estímulo “a estarmos em caminho, não fechados, não dentro do nosso egoísmo, da nossa comodidade”, mas “corajosos” em “levar aos outros a mensagem do Senhor”, isto é, ir em “missão”:

“Devemos sempre buscar o Senhor. Todos nós sabemos como são os maus momentos: momentos que nos puxam para baixo, momentos sem fé, escuros, momentos em que não vemos o horizonte, somos incapazes de se levantar. Todos nós sabemos isso! Mas é o Senhor que vem, nos restaura com o pão e com a sua força e nos diz: ‘Levante-se e vá em frente! Caminhe!’. Para encontrar o Senhor devemos estar assim: de pé e caminhar. Depois esperar que ele fale conosco: o coração aberto. E Ele vai nos dizer: ‘Sou eu’ e ali a fé se torna forte. A fé é para mim, para preservá-la? Não! É para ir e dar aos outros, para ungir os outros, para a missão”. (Com informações Rádio Vaticano)

sexta-feira, 3 de junho de 2016

O Papa Francisco presidiu hoje, na Praça de São Pedro, a celebração do Sagrado Coração de Jesus, concluindo o Jubileu dos Sacerdotes.

O Papa Francisco presidiu hoje, na Praça de São Pedro, a celebração do Sagrado Coração de Jesus, concluindo o Jubileu dos Sacerdotes.
Queridos irmãos e irmãs, como é bonito estarmos juntos e unidos no coração de Cristo, o bom Pastor. Hoje a modernidade e a correria nos afastam do verdadeiro sentido da vida e do ministerio que se deve fazer. Todo servição à Igreja deve ser feito no amor e na gratidão, pois quem nos orienta e nos dá sentido ao nosso agir é Deus. Jesus se deu por completo a toda humanidade sem deixar nada, tudo isso por amor grande que tem a todos. A misericórdia de Deus nos anima para que os nosso trabalhos sejam frutuosos. Precisamos de padres que sejam alegres no ministerio da Igreja para que o Reino de Deus seja desejado por todos. Assim, somos convidados para o banquete da vida onde todos tem o seu assento. (Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

Em sua homilia centrou-se no coração do Pastor. “O Coração do Bom Pastor é a própria misericórdia, revela que o seu amor não tem limites, não se cansa nem se arrende jamais. É um Coração que está inclinado para nós, concentrado especialmente sobre quem está mais distante; aponta a agulha da sua bússola para essa pessoa, por quem revela um amor particular”.
Leia a homilia na íntegra:
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Celebrando o Jubileu dos Sacerdotes na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, somos chamados a concentrar-nos no coração, ou seja, na interioridade, nas raízes mais robustas da vida, no núcleo dos afetos, numa palavra, no centro da pessoa. E hoje fixamos o olhar em dois corações: o Coração do Bom Pastor e o nosso coração de pastores.
O Coração do Bom Pastor é, não apenas o Coração que tem misericórdia de nós, mas a própria misericórdia. Nele resplandece o amor do Pai; nele tenho a certeza de ser acolhido e compreendido como sou; nele, com todas as minhas limitações e os meus pecados, saboreio a certeza de ser escolhido e amado. Fixando aquele Coração, renovo o primeiro amor: a memória de quando o Senhor me tocou no mais íntimo e me chamou para O seguir; a alegria de, à sua Palavra, ter lançado as redes da vida (cf. Lc 5, 5).
O Coração do Bom Pastor diz-nos que o seu amor não tem limites, não se cansa nem se arrende jamais. Nele vemos a sua doação incessante, sem limites; nele encontramos a fonte do amor fiel e manso, que deixa livres e torna livres; nele descobrimos sempre de novo que Jesus nos ama «até ao fim» (Jo 13,1) – não se detém antes, ama até ao fim –, sem nunca se impor.
O Coração do Bom Pastor está inclinado para nós, concentrado especialmente sobre quem está mais distante; para aí aponta obstinadamente a agulha da sua bússola, por essa pessoa revela um fraquinho particular de amor, porque deseja alcançar a todos e não perder ninguém.
À vista do Coração de Jesus, surge a questão fundamental da nossa vida sacerdotal: para onde está orientado o meu coração?Uma pergunta que nós, sacerdotes, nos devemos pôr muitas vezes, cada dia, cada semana: para onde está orientado o meu coração? O ministério aparece, com frequência, cheio das mais variadas iniciativas, que o reclamam em tantas frentes: da catequese à liturgia, à caridade, aos compromissos pastorais e mesmo administrativos. No meio de tantas atividades, permanece a questão: onde está fixo o meu coração? (Vem-me à mente aquela oração tão bela da liturgia: «Ubi vera sunt gaudia…»). Para onde aponta o coração? Qual é o tesouro que procura? Porque – diz Jesus – «onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração» (Mt 6, 21). Todos nós temos fraquezas e também pecados. Mas procuremos ir ao fundo, à raiz: Onde está a raiz das nossas fraquezas, dos nossos pecados, ou seja, onde está precisamente aquele «tesouro» que nos afasta do Senhor?
Os tesouros insubstituíveis do Coração de Jesus são dois: o Pai e nós. As suas jornadas transcorriam entre a oração ao Pai e o encontro com as pessoas. Não distanciamento, mas o encontro. Também o coração do pastor de Cristo só conhece duas direções:o Senhor e as pessoas. O coração do sacerdote é um coração trespassado pelo amor do Senhor; por isso já não olha para si mesmo – não deveria olhar para si mesmo –, mas está fixo em Deus e nos irmãos. Já não é «um coração dançarino», que se deixa atrair pela sugestão do momento ou que corre daqui para ali à procura de consensos e pequenas satisfações; ao contrário, é um coração firme no Senhor, conquistado pelo Espírito Santo, aberto e disponível aos irmãos. E nisso têm solução os seus pecados.
Para ajudar o nosso coração a inflamar-se na caridade de Jesus Bom Pastor, podemos treinar-nos a fazer nossas três ações que as Leituras de hoje nos sugerem: procurarincluir e alegrar-se.
Procurar. O profeta Ezequiel lembrou-nos que Deus em pessoa procura as suas ovelhas (34, 11.16). Ele – diz o Evangelho – «vai à procura da que se tinha perdido» (Lc 15, 4), sem se deixar atemorizar pelos riscos; sem hesitação, aventura-se para além dos lugares de pastagem e fora das horas de trabalho. E não exige pagamento das horas extraordinárias. Não adia a busca; não pensa: «hoje já cumpri o meu dever; veremos se me ocupo disso amanhã», mas põe-se imediatamente em campo; o seu coração está inquieto enquanto não encontra aquela única ovelha perdida. Tendo-a encontrado, esquece-se do cansaço e carrega-a aos ombros, cheio de alegria. Umas vezes terá de sair à sua procura, falar-lhe, convencê-la; outras deverá permanecer diante do Sacrário, «lutando» com o Senhor por aquela ovelha.
Tal é o coração que procura: é um coração que não privatiza os tempos e os espaços. Ai dos pastores que privatizam o seu ministério! Não é cioso da sua legítima tranquilidade – disse «legítima»; nem sequer desta –, e nunca pretende que não o perturbem. O pastor segundo o coração de Deus não defende as comodidades próprias, não se preocupa por tutelar o seu bom nome, mas será caluniado, como Jesus. Sem medo das críticas, está disposto a arriscar para imitar o seu Senhor. «Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem…» (Mt 5, 11).
O pastor segundo Jesus tem o coração livre para deixar as suas coisas, não vive fazendo a contabilidade do que tem e das horas de serviço: não é um contabilista do espírito, mas um bom Samaritano à procura dos necessitados. É um pastor, não um inspetor do rebanho; e dedica-se à missão, não a cinquenta ou sessenta por cento, mas com todo o seu ser. Indo à procura encontra, e encontra porque arrisca. Se o pastor não arrisca, não encontra. Não se detém com as deceções nem se arrende às fadigas; na realidade, é obstinado no bem, ungido pela obstinação divina de que ninguém se extravie. Por isso não só mantém as portas abertas, mas sai à procura de quem já não quer entrar pela porta. Como todo o bom cristão, e como exemplo para cada cristão, está sempre em saída de si mesmo. O epicentro do seu coração está fora dele: é um descentrado de si mesmo, porque centrado apenas em Jesus. Não é atraído pelo seu eu, mas pelo Tu de Deus e pelo “nós” dos homens.
Segunda palavra: incluir. Cristo ama e conhece as suas ovelhas, dá a vida por elas e nenhuma Lhe é desconhecida (cf. Jo 10, 11-14). O seu rebanho é a sua família e a sua vida. Não é um líder temido pelas ovelhas, mas o Pastor que caminha com elas e as chama pelo nome (cf. Jo 10, 3-4). E quer reunir as ovelhas que ainda não habitam com Ele (cf. Jo 10, 16).
Assim é também o sacerdote de Cristo: é ungido para o povo, não para escolher os seus próprios projetos, mas para estar perto do povo concreto que Deus, através da Igreja, lhe confiou. Ninguém fica excluído do seu coração, da sua oração e do seu sorriso. Com olhar amoroso e coração de pai acolhe, inclui e, quando tem que corrigir, é sempre para aproximar; não despreza ninguém, estando pronto a sujar as mãos por todos. O Bom Pastor não usa luvas… Ministro da comunhão que celebra e vive, não espera cumprimentos e elogios dos outros, mas é o primeiro a dar uma mão, rejeitando as murmurações, os juízos e os venenos. Com paciência, escuta os problemas e acompanha os passos das pessoas, concedendo o perdão divino com generosa compaixão. Não ralha a quem deixa ou perde a estrada, mas está sempre pronto a reintegrar e a compor as contendas. É um homem que sabe incluir.
Alegrar-se. Deus está «cheio de alegria» (Lc 15, 5): a sua alegria nasce do perdão, da vida que ressurge, do filho que respira novamente o ar de casa. A alegria de Jesus Bom Pastor não é uma alegria por Si, mas uma alegria pelos outros e com os outros, a alegria verdadeira do amor. Esta é também a alegria do sacerdote. É transformado pela misericórdia que dá gratuitamente. Na oração, descobre a consolação de Deus e experimenta que nada é mais forte do que o seu amor. Por isso permanece sereno interiormente, sentindo-se feliz por ser um canal de misericórdia, por aproximar o homem do Coração de Deus. Nele a tristeza não é normal, mas apenas passageira; a dureza é-lhe estranha, porque é pastor segundo o Coração manso de Deus.
Queridos sacerdotes, na Celebração Eucarística, reencontramos todos os dias esta nossa identidade de pastores. De cada vez podemos fazer verdadeiramente nossas as suas palavras: «Este é o meu corpo que será entregue por vós». É o sentido da nossa vida, são as palavras com que, de certa forma, podemos renovar diariamente as promessas da nossa Ordenação. Agradeço-vos pelo vosso «sim», e por tantos «sins» diários, escondidos, que só o Senhor conhece. Agradeço-vos pelo vosso «sim a doar a vida unidos a Jesus: aqui está a fonte pura da nossa alegria.

fonte: www.zenit.org