Papa em Santa Marta: “São José nos
dê a capacidade de sonhar coisas grandes”
“Quando sonhamos coisas grandes,
coisas bonitas, nos aproximamos do sonho de Deus”
Queridos irmãos e irmãs, a vida é
uma grande aventura e ela pode ser linda se soubermos vivenciar a graça de Deus
que tudo realiza em nós. Quando sabemos o que queremos, nós podemos fazer
muitas coisas, mas é preciso estar conectado com Deus. Devemos procurar no
dialogo e no silencio para saber qual é a vontade de Deus para nós. Os santos
souberam vivenciar isso e ainda mais, descobriram o segredo de Deus para eles.
Deus tem um projeto bonito e sonha que nós abracemos com toda alegria e firmeza
sem vacilar. Quem vai nos dar força é Cristo que vem até nós pela eucaristia e
pela sua palavra, mas para tanto devemos ser dóceis e abertos para A graça de Deus
que flui em todo nosso ser. As adversidades que vem até nós não podem ser motivo
de desanimo e fuga, mas deve ser um aprendizado para que a vitória possa
acontecer em nossa vida.(Jose Benedito Schumann Cunha)
ZENIT – Cidade do Vaticano, 20
Mar 2017).- O Papa Francisco dedicou nesta segunda-feira sua homilia a São
José, um homem silencioso, mas obediente, que carrega sobre seus ombros as
promessas de “descendência, de herança, de paternidade, de filiação e de
estabilidade.”
O Papa recordou que São José
aceitou ser o “guardião do sonho de Deus”, Jesus Cristo, uma “promessa” que
cumpriu com mãos “firmes, seguras”.
“E este homem, este sonhador
-disse Francisco- é capaz de aceitar esta tarefa, esta tarefa difícil e que
muito tem a nos dizer neste período de uma grande sensação de orfandade. E
assim este homem toma a promessa de Deus e a leva avante em silêncio com fortaleza,
a leva avante para aquilo que Deus quer que seja realizado”.
O Papa destaca que aquilo que
Deus confia ao coração de José são “coisas fracas”: “promessas” e uma promessa
é fraca.
“É o homem que não fala, mas
obedece, o homem da ternura, o homem capaz de levar adiante as promessas para
que se tornem firmes, seguras. O homem que garante a estabilidade do Reino de
Deus, a paternidade de Deus, a nossa filiação como filho de Deus. Gosto de
pensar José como guardião das fraquezas, de nossas fraquezas: é capaz de fazer
nascer muitas coisas bonitas de nossas fraquezas, de nossos pecados.”
José é o custódio das fraquezas
mas esta tarefa ele recebeu durante um sonho: “É um homem capaz de sonhar”. É
também o “guardião do sonho de Deus”: o sonho de Deus de nos salvar, de nos
redimir, foi confiado a ele”.
“Eu hoje quero lhe pedir -disse
Francisco- que dê a todos nós a capacidade de sonhar, porque quando sonhamos
coisas grandes, coisas bonitas, nos aproximamos do sonho de Deus, das coisas
que Deus sonha para nós. Que aos jovens dê, porque ele era jovem, a capacidade
de sonhar, de arriscar e assumir as tarefas difíceis que viram nos sonhos. E dê
a todos nós a fidelidade que geralmente cresce num comportamento justo, e ele
era justo, cresce no silêncio, poucas palavras, e cresce na ternura que é capaz
de proteger as próprias fraquezas e as dos outros”.