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Queridos irmãos e irmãs...
A liturgia nos faz mergulhar no mistério que vamos atualizar para viver os acontecimentos da Páscoa do Senhor que se aproxima, que são: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A liturgia da Palavra nos faz entender o sentido de Mistério que vamos celebrar na Semana Santa.
No Livro de Jeremias, temos Deus que propõe uma NOVA ALIANÇA. Sabemos que Deus tinha feito uma Aliança com o Povo no Sinai. Lá Moises recebeu a Tábua das Leis que estavam escritas nesta pedra. O povo prontamente aderiu a Lei professando pela boca do que do coração. Assim, muitas vezes, o Povo foi infiel a Deus. Agora o profeta Jeremias anuncia uma nova aliança que Deus vai fazer e vai colocar no coração do seu povo, como Ele mesmo diz: “Porei minha lei em sua alma, escreverei em seu coração”. “Então eu serei seu Deus e ele será meu Povo”.
Desse modo, Deus renova aliança, dá seu perdão e restaura o seu Povo. Nós somos o Povo da nova aliança que Jesus veio selar para sempre. Por isso precisamos inscrever os mandamentos no nosso coração para que possamos nos transformar em uma nova criatura. A quaresma é esse tempo de reconciliação e mudança. O batismo nos fez participar da aliança nova de Cristo que, muitas vezes, é rompida pela nossa fraqueza e pecado. Deus sempre está disposto a nos restaurar de novo como nova criatura que se reconcilia com Deus e com os irmãos (cf. Jr 31, 31-34).
Na Carta de São Paulo aos Hebreus é afirmada que essa nova Aliança é feita em Cristo, de modo pleno e definitivo. Jesus foi obediente ao Pai no projeto de salvação da humanidade do pecado e da morte e é por isso que Ele se entregou para nos resgatar definitivamente para Deus, doando a sua vida na cruz e ressuscitando após três dias (cf. Hb 5, 7-9).
O Evangelho de São João faz um convite de ter um novo olhar a Jesus que, de modo extraordinário, fez uma nova Aliança, com a sua vida doada na cruz com seu sangue precioso (cf. Jo 12, 20-33).
Nesta passagem, temos um grupo de gregos que estava em Jerusalém para festejar e celebra a Páscoa e vão pedir que querem ver Jesus. O sentido disso é de conhecer de modo mais profundo a pessoa de Jesus e a sua mensagem de vida. Eles não vão diretamente a Jesus, mas vão aos discípulos Felipe e André e assim eles são mediadores do pedido deles a Cristo. Jesus se mostra e se faz ver na bela imagem do grão de trigo.
A glória de Cristo se faz da experiência da morte e vida nova que o “grão de trigo” traz. Assim Jesus nos fala. “Se o grão, que cai na terra, morre, produzirá muito fruto”. Sabemos que a vida plena se manifesta na morte. Jesus morre e nasce a Igreja na sua ressurreição. O nosso Deus é vivo. Jesus está no nosso meio. Para conhecer Jesus, precisamos ver Jesus como Ele é e ainda nos desapegar desta vida e da sabedoria humana, onde os gregos valorizavam muito.
Devemos morrer de tudo que nos atrapalha de termos vida plena que são vaidade, egoísmo, materialismo, desamor, falta de perdão e solidariedade, etc. Se queremos ver Jesus é vê-Lo na Cruz. A sua cruz denuncia toda prepotência e arrogância do nosso mundo contemporâneo e capitalista. Conhecer Jesus é segui-LO em todo momento. Inclusive, tomarmos a cruz, mudamos de vida e temos nova vida no Cristo ressuscitado.
Por isso devemos estar atentos na escuta da Palavra que é proclamada na Igreja e vivê-la na comunidade, na família e em todo lugar em que estivermos.
Feliz Páscoa a todos!
Que a presença de Jesus seja real na nossa vida!
Amém!
Texto pensado e escrito para ser publicado em 25 de março de 2012
Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.
Foto de José quando ministro do Batismo
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