ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 28 de maio de 2017

Regina Coeli Endereço: Na Ascensão

Regina Coeli Endereço: Na Ascensão

Condena também Ataques de Manchester e Egito, Recorda Visita de Gênova e Dia das Comunicações Sociais

Aqui está uma tradução de ZENIT do endereço que o Papa Francisco deu hoje antes e depois de rezar o meio-dia Regina Coeli com aqueles reunidos na Praça de São Pedro.



Antes do Angelus:

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje, na Itália e em outros países, é celebrada a Ascensão de Jesus ao céu, 40 dias após a Páscoa. Com a conclusão do Evangelho de Mateus de hoje (Mt 28,16-20), nos é apresentado o momento da partida definitiva do Senhor Ressuscitado de Seus discípulos. A cena está na Galiléia, o lugar onde Jesus os chamou para segui-Lo e formar o primeiro núcleo de Sua nova comunidade. Agora, esses discípulos passaram pelo "fogo" da Paixão e Ressurreição; À vista do Senhor Ressuscitado, eles se curvam a Ele, alguns ainda são duvidosos. Para esta comunidade assustada, Jesus deixa a imensa tarefa de evangelizar o mundo; E concretiza essa tarefa, ordenando-lhes que ensinem e batizem em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (vv 19).

A Ascensão de Jesus ao céu constitui assim o fim da missão que o Filho recebeu do Pai e o início da continuação desta missão da Igreja. A partir deste momento, de fato, a presença de Cristo no mundo é mediada por Seus discípulos, por aqueles que crêem nele e O anunciam. Esta missão durará até o fim da história e gozará diariamente do auxílio do Senhor ressuscitado, que assegura: "Eu estou convosco todos os dias, até ao fim do mundo" (verso 20).

Sua presença traz força nas perseguições, conforto nas tribulações, apoio nas situações difíceis que atendem à missão e proclamação do Evangelho. A Ascensão lembra-nos desta assistência de Jesus e de Seu Espírito que dá confiança e segurança ao nosso testemunho cristão no mundo. Ele nos revela por que a Igreja existe: Ela existe para proclamar o Evangelho, só por isso! E também, a alegria da Igreja é anunciar o Evangelho. Todos nós somos batizados pela Igreja. Hoje, somos convidados a entender melhor que Deus nos deu grande dignidade e responsabilidade para anunciá-la ao mundo, para torná-la acessível à humanidade. Essa é a nossa dignidade, esta é a maior honra de cada um de nós, de todos os batizados!

Neste Dia da Ascensão, quando voltamos o olhar para o céu, onde Cristo subiu e se senta à direita do Pai, fortalecemos nossos passos na terra para continuar com entusiasmo e coragem em nosso caminho, nossa missão de testemunhar e viver O Evangelho em todos os ambientes. No entanto, estamos bem conscientes de que isso não depende principalmente de nossas forças, habilidades organizacionais e recursos humanos. Somente com a luz e a força do Espírito Santo, podemos efetivamente cumprir nossa missão de tornar o amor e a ternura de Jesus cada vez mais ao conhecimento e à experiência dos outros.

Pedimos à Virgem Maria que nos ajude a contemplar os bens do céu, que o Senhor nos promete, e que se tornem testemunhas cada vez mais credíveis da Sua Ressurreição, da Verdadeira Vida.

[Texto original: inglês] [Tradução de Deborah Castellano Lubov]

Depois de Regina Coeli:

Queridos irmãos e irmãs,

Quero expressar a minha proximidade ao meu querido irmão [copta ortodoxo] Papa Tawadros II ea comunidade copta ortodoxa no Egito, que há dois dias sofreu outro ato de violenta violência. Vítimas, fiéis, inclusive crianças, iam a um santuário para orar, e foram mortas quando se recusaram a negar sua fé cristã. O Senhor acolhe estas testemunhas corajosas em Sua paz, e Ele pode converter os corações dos violentos.

Também oramos pelas vítimas do terrível ataque a Manchester na última segunda-feira, onde tantas vidas jovens foram cruelmente tomadas. Estamos perto das famílias e dos que choram pelos perdidos.

Hoje, celebra-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais, com o tema "Não tenhais medo porque eu estou convosco" (Is 43.5). As mídias sociais oferecem a oportunidade de compartilhar e divulgar notícias instantaneamente; Tais notícias podem ser belas ou más, verdadeiras ou falsas; Ore para que a comunicação, em todas as suas formas, seja verdadeiramente construtiva, ao serviço da verdade, recusando preconceitos e espalhando esperança e confiança em nosso tempo.

Saúdo a todos, queridos romanos e peregrinos: famílias, grupos paroquiais, associações, escolas.

Em particular, saúdo os fiéis do Colorado; Os grupos folclóricos bávaros que vieram para o grande desfile no centenário do santo padroeiro da Baviera; E os fiéis polacos, com uma bênção também para aqueles que participam da peregrinação ao Santuário Piekary.

Saúdo os Missionários Combonianos, que celebram 150 anos desde a sua fundação; A peregrinação das Irmãs de Ascoli Piceno; Os grupos de Nápoles, Scandicci, Thiesi, Nonantola

Papa apela para uma comunicação "construtiva" ao serviço da vida

Papa apela para uma comunicação "construtiva" ao serviço da vida

O Papa Francisco recordou hoje (28), no Vaticano, a celebração do 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais, apelando para uma comunicação “construtiva” ao serviço da vida.

“Rezemos para que a comunicação, em qualquer forma, seja efetivamente construtiva, ao serviço da vida, recusando os preconceitos, e difunda a esperança e a confiança no nosso tempo”, disse, após a recitação da oração do ‘Regina Coeli’.

Perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, Francisco lembrou que os meios de comunicação “oferecem a possibilidade de partilhar e difundir, instantaneamente, as notícias de forma capilar”. “Estas notícias podem ser bonitas ou feias, verdadeiras ou falsas”, acrescentou.
A mensagem do Papa para esta celebração tem como tema "'Não temas, porque Eu estou contigo’ (Is 43, 5). Comunicar esperança e confiança no nosso tempo'".

Neste domingo, a Igreja celebra a Ascensão do Senhor. Em sua fala, o Santo Padre recordou a importância dessa festa para a liturgia porque é a partir dela que o Senhor envia todos à missão.

"Nesta festa da Ascensão, enquanto voltamos o nosso olhar para o céu, onde Cristo subiu e está sentado à direita do Pai, fortalecemos os nossos passos na terra para prosseguir com entusiasmo e coragem o nosso caminho, a nossa missão de testemunhar e viver o Evangelho em qualquer ambiente. 

Estamos bem conscientes de que isso não depende em primeiro lugar de nossas forças, da capacidade organizacional e recursos humanos. Somente com a luz e a força do Espírito Santo podemos efetivamente cumprir a nossa missão de fazer conhecer e experimentar cada vez aos outros o amor e a ternura de Jesus", frisou.

Leia a mensagem na íntegra: Mensagem do Papa para o 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais

Fonte: Agência Ecclesia.

Com Ascensão de Jesus, nós devemos, como cristãos, continuar a missão da Igreja

Com Ascensão de Jesus, nós devemos, como cristãos, continuar a missão da Igreja


Queridos irmãos e irmãs, hoje a Igreja está celebrando a Festa da Ascensão do Senhor. Com ela podemos ver que acaba missão terreno de Cristo no mundo e se inicia a missão salvadora da Igreja com ajuda de todos nós na difusão da boa nova. E também estamos celebrando o 51º Dia Mundial das Comunicações.

A liturgia bíblica desse domingo vai nos relembrar esse fato para todos nós. São narrativas com pormenores diferentes e pode aparecer contraditória. 

No livro dos Atos dos Apóstolos, no seu inicio-nos mostra a Despedida de Jesus em Jerusalém e ainda dá ênfase sobre a vinda do Espírito Santo e da necessidade do testemunho que eles devem dar de Cristo em todos os cantos da Terra. Esse mandato de Cristo a eles é também para nós hoje. Como que é preciso de falar de Jesus através da sua palavra nos evangelhos e ainda mais agir-nos com coerência da fé. (cf. At 1,1-11).

Na carta de São Pulos aos Efésios notamos que ele percebe que Ascensão do Senhor é a conclusão e a glorificação de Cristo e a sua volta ao Pai com a sua humanidade marcada com o sacrifício cruel que nos salva da morte eterna e nos livrou das armadilhas do pecado. Se o Senhor é a nossa certeza de poder caminhar rumo ao céu, então devemos seguí-LO sem desanimar nunca mesmo diante das perseguições e incompreensões desse mundo. (cf. Ef 1,17-23)

O evangelista Mateus nos mostra de modo narrativo da Aparição Pascal na Galileia. Aqui nós podemos ver o poder de Cristo e é Ele mesmo que nos fala: “Todo PODER me foi dado no céu e sobre a Terra...” Essa verdade nos faz ser seguidor daquele que é o único caminho, única verdade e vida que nos leva ao Pai. Outra afirmação carregada de uma ordem missionaria a nós como se vê na fala de Cristo: “Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.

 Essa exortação é uma grande promessa que vem de Cristo para eles e para nós hoje. Saber que Jesus está conosco nos faz ter força e coragem para trabalhar para o Reino de Deus na Terra em vista do céu. Para sermos firmes na fé é preciso aprender nos ensinamentos do Magistério da Igreja e da catequese, e também ser batizado para receber a investidura da graça e dos dons para o serviço missionário. 

Os quarenta dias que Jesus ficou conosco tem objetivo de nos salienta que é um tempo necessário para aprendizagem. A Ascensão, com a elevação de Jesus aos céus, quer nos dizer a exaltação da realeza e da autoridade de Cristo sobre todas as coisas. A presença da nuvem que encoberta Cristo é um sinal para nós de algo que se esconde e se manifesta. Isso é uma simbolia que já acontecia nas teofania de Deus no antigo testamento.

Agora os dois anjos nos indicam que a mensagem vem de Deus suas intermediações. Os discípulos e as vezes nós ficamos olhando para o céu, isso é uma atitude de aguem que espera a nova vinda de Cristo.

A Igreja nos mostra a caminha de Cristo na terra e celebramos a Pascoa, a ascensão de Cristo  e o Pentecostes que é a vinda do Espirito Santo no cenáculo em Jerusalém e para nós quando queremos que Ele aja em nós nas nossas missões pastorais. Estas festas nos dá esperança da vida no céu e nos da investidura da missão de evangelizadores no mundo. (cf. Mt 28,16-20) 

Hoje celebramos o 51º Dia Mundial das Comunicações que tem como lema “Comunicar esperança e confiança, no nosso tempo". “O papa nos fala na sua mensagem e aqui segue uma delas: “ Gostaria que esta mensagem pudesse chegar como um encorajamento a todos aqueles que diariamente, seja no âmbito profissional seja nas relações pessoais, «moem» tantas informações para oferecer um pão fragrante e bom a quantos se alimentam dos frutos da sua comunicação. A todos quero exortar a uma comunicação construtiva, que, rejeitando os preconceitos contra o outro, promova uma cultura do encontro por meio da qual se possa aprender a olhar, com convicta confiança, a realidade.”

Que esta liturgia nos ajude a sermos fortes na fé e valentes na missão de cristão no mundo.  Que sejamos embaixadores dos encontros onde todos podem aprender com o outros, pois as diferenças e as culturas de cada um podemos nos enriquecer.

Tudo por Jesus nada sem Maria.

(Bacharel em Teologia José Benedito Schumann Cunha)

sábado, 27 de maio de 2017

Ser cristão hoje é ser corajoso no testemunho até no martírio

Ser cristão hoje é ser corajoso no testemunho até no martírio 

Resultado de imagem para imagem joão 16,29-33

Queridos irmãos e irmãs, somos batizados e por isso somo adotados como filhos de Deus em Cristo. Esse acontecimento na nossa vida é motivo de alegria porque podemos herdar o céu onde está Jesus e todos que seguiram Ele na terra em uma vida de coerência e vivencia cristã.

O batismo nos incorpora na grande família de Deus e assim caminhamos sabendo que podemos ter a sua graça que nos edifica e nos dá força em todos os momentos. A Igreja é o sinal que nos Deus deixou para receber o sacramento e a sã doutrina a fim de não perdemos os nossos ideais e convicções cristãs.

Jesus nos deu um mandato e ainda nos alertou sobre as perseguições que poderíamos ter nas atividades que devemos ter na Igreja, no mundo e na família como cristãs. Já dizia um filosofo o agir deve seguir o ser.. No inicio do cristianismo assistimos muitas perseguições por causa do nome de Jesus, mas hoje outras denominações religiosas fanáticas tem provocados perseguições, mortes e todo forma de atrocidades para que quer viver e testemunhar Jesus Cristo.

Há uma exortação de Cristo que está no Evangelho de João 16,29-33: “Naquele tempo, os discípulos disseram a Jesus: “Eis, agora falas claramente e não usas mais figuras”. Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que alguém te interrogue. Por isto cremos que vieste da parte de Deus”. Jesus respondeu: “Credes agora? Eis que vem a hora – e já chegou – em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não estou só; o Pai está comigo. Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis tribulações. Mas tende coragem! Eu venci o mundo!”

Como nós percebemos que devemos crer em Cristo de modo pleno em um fé que dá sentido a vida mesmo diante dos sofrimentos, desilusões do mundo e do martírio para podemos vencer nesta vida e receber a cora dos justos. Não estamos aqui para acumular riquezas e famas, mas para servir e atenuar o sofrimento dos mais pobres.

Temos visto atualmente por diversas partes do mundo violências, perseguições, corrupções, e inversões de valores que estão descaracterizando a imagem d pessoa humana no seus mais sublimes valores.

Assim, irmãos e irmãs vamos orar e pedir os dons do Espirito Santo que vão nos fortalecer para continuarmos firmes na fé e na disposição de ser sempre missionários do Senhor em todas as circunstâncias sem nenhum medo de prosseguir rumo ao céu, trabalhando hoje na terra pela difusão do Reino de Deus.

Tudo por Jesus nada sem Maria!


(Bacharel Em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Papa ao crianças do pediátrico de Gênova: “Levarei a vocês a carícia de Jesus”

Papa ao crianças do pediátrico de Gênova: “Levarei a vocês a carícia de Jesus”

Quadro na pontificia academia das ciências

Queridos irmãos e irmãs, devemos procurar sempre ser um balsamo para aqueles que mais precisam de nós, principalmente as crianças, os doentes, os idosos e todos carentes de ajuda.
 As dificuldades são inerentes a vida humana e é nesse monte que as mãos que ajudam fazem muita diferença. 

Assim não sentimos sós e encontramos o amor de Deus através das pessoas que estão prontas para ajudar. Nos momentos difíceis é que encontramos os amigos e eles são pontes entre nós que sofremos com nosso Deus. 

A oração, os remédios, as atenções de todos nos encorajam para vencê-las. Jesus foi o primeiro a nos animarmos diante do sofrimento, pois Ele teve as chagas profundas em um martírio sem igual para nos salvar e nos dar a esperança. Que Deus estejam com todos sem exceção, pois Ele é um Deus presente. ( Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

Fez uma surpresa as crianças: uma saudação por telefone mediante a emissora paroquial



(ZENIT – Roma) – O Papa Francisco irá no próximo sábado em visita pastoral à cidade italiana de Gênova, onde tem um encontro com as crianças enfermas e seus familiares no Hospital pediátrico “Giannina Gaslini”.

Ontem a tarde, o Santo Padre fez uma surpresa as crianças da estrutura hospitalar: uma saudação por telefone, mediante a emissora paroquial ‘Rádio entre notas’, fundada pelo sacerdote genovês, Roberto Fiscer, que todas as quartas-feiras dedica sua transmissão ao Hospital  pediátrico.

“Queridas crianças, pacientes do Gaslini de Gênova, saúdo vocês todas na expectativa de encontrar-nos no sábado. Quero dizer-lhes que espero com alegria o momento de me encontrar com vocês e com seus familiares. Irei para estar um pouco com vocês, ouvi-las e levar-lhes a carícia de Jesus. Ele está sempre conosco especialmente quando nos encontramos em dificuldade e quando precisamos. Ele sempre nos dá confiança e esperança. Desde já, rezo por vocês e, por favor, rezem por mim. Obrigado e nos veremos no sábado.”

Após a saudação, o Santo Padre recitou junto com as crianças uma Ave-Maria e concedeu a bênção aos pequenos pacientes e aos familiares.

O capelão do hospital, o padre capuchinho Frei Aldo Campone, declaro a Radio Vaticano que a visita “é vista como um ato de amor: é um sinal da presença de Deus em nosso meio. Não nos esqueçamos disso. É o vigário de Cristo, que é também esperança de um melhoramento da saúde, bálsamo de consolação. Até os que não creem entendem que é a passagem de um grande bem, por conseguinte, de fraternidade, de atenção ao homem. O Papa é para todos.”

“O Papa encontrará muitos que lhe mostrarão as chagas: as chagas das mãos, dos pés, as chagas do coração. Os pais que não têm nenhuma ferida, nenhum corte, mas têm as chagas porque sentem dentro deles a dor pelo sofrimento dos filhos. O sofrimento deles assemelha-se ao de Nossa Senhora aos pés da Cruz. Maria, sem morrer, é a rainha dos mártires. E desse modo os pais sofrem ao lado de seus filhos. Sempre disse no hospital: não temos um paciente, mas três. Temos a criança que é atingida fisicamente e temos os pais dos quais cuidar também. O Papa encontrará essa humanidade que passa pela provação.”

domingo, 21 de maio de 2017

Jesus se despede depois que cumpriu a sua missão de salvar a humanidade

Jesus se despede depois que cumpriu a sua missão de salvar a humanidade

Queridos irmãos e irmãs, hoje celebramos o 6º domingo de Pascoa, vamos daqui dois domingos celebrar as festas da Ascensão e pentecostes. São celebrações marcantes para a nossa missão diante das problemáticas desse mundo.

A liturgia bíblica vão refletir sobre esses dois acontecimentos na vida da Igreja que é importante a gente pensar e se comprometer com a Igreja e com Cristo na evangelização dos povos. A Igreja celebra nos próximos dias duas grandes festas: ASCENSÃO e PENTECOSTES.

No livro dos Atos dos Apóstolos nos mostra a missão da Igreja que é evangelizar e ser testemunha viva de Cristo no mundo. Vemos os apóstolos Pedro e João que são enviados à Samaria para a missão de completar a iniciação cristã pelo Felipe, isto é para confirmar o dom do Espirito Santo que o diácono Felipe tinha realizados aos recém-batizados. Isso acontece com a imposição de mãos dos apóstolos. Aqui podemos dizer que é o Pentecostes Samaritano. Como foi o Pentecostes pagão na casa do centurião. Agora podemos ratificar que o batismo é completado com a unção da Crisma.

Como podemos ver que para ser um cristão de fato é preciso viver e receber os sacramentos que a Igreja nos oferece. Aqui temos duas verdades que são que a unção do óleo da Crisma e pela imposição das mãos do bispo, desse completa o batismo. Somos de fato missionários de Cristo no mundo. (cf. At 8,5-8.14-17)
Na primeira carta de São Pedro nos exorta para sermos perseverantes e fieis aos mandatos que recebemos do Batismo, pois é um compromisso muito serio que devemos seguir como gestos e atitudes de vida na família, no mundo e em todos os lugares que estivermos atuando. (cf. 1Pd 3,15-18)
O evangelista de São João  é uma parte ainda do discurso da despedida de Jesus. Aqui podemo salientar que é um testamento deixado para seus discípulos e para nós hoje. Antes de partir , Jesus os anima por que eles estavam abalados e muito tristes com os acontecimentos que iriam vir, Então Jesus fala que não deixa eles órfãos, mas com a sua partida Ele enviará  um a força do Espirito Santo a eles e ainda mais estará conosco para sempre de uma forma nova, que é sua presença espiritual.

Nós temos Jesus nos falando pela sua Palavra e a sua presença na Eucaristia. Só podemos sentir Jesus com a nossa autenticidade de vida e compromisso na missão da Igreja presente no mundo. Se mostrarmos que amamos Jesus é preciso viver os mandamentos de Deus que é resumido no amor a Ele e a todos os irmãos. Se estivermos com Cristo e com a sua Igreja assim estaremos com Deus no seu grande amor que é derramado a todos nós. (cf. Jo 14,15-21)

Tudo por Jesus nada sem Maria!


Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Papa em Santa Marta: “E’ um dever da Igreja esclarecer a doutrina”

Papa em Santa Marta: “E’ um dever da Igreja esclarecer a doutrina”
O Papa com os bispos, todos juntos con o Espíritu Santo para esclarecer a doutrina



Pope Francis celebrates Mass in the Domus Sanctae Marthae


(ZENIT – Cidade do Vaticano, 19 maio 2017).- O Papa Francisco na homilia da missa celebrada na manhã desta sexta-feira na Casa Santa Marta indicou que tem “o seu próprio magistério, o magistério do Papa, dos bispos, dos concílios”, e devemos caminhar nesta estrada “que vem da pregação de Jesus e do ensinamento e da assistência do Espirito Santo”, que está “sempre aberta, sempre livre”, porque a doutrina une, os concílios unem a comunidade cristã”, enquanto “a ideologia divide”.

Francisco partiu da Primeira Leitura, dos Atos dos Apóstolos, onde é possível ver que também na primeira comunidade cristã “havia ciúmes, lutas de poder, algum espertinho que queria ganhar e comprar o poder”.

“Sempre houve problemas” e as dificuldades existem, inclusive na Igreja, mas ser pecadores nos leva à humildade e a nos aproximar do Senhor, “como salvador dos nossos pecados”.

O Sucessor de Pedro recordou que os apóstolos e os anciãos escolhem alguns deles para ir até Antioquia com Paulo e Barnabé. Os grupos descritos são dois:

“O grupo dos apóstolos que quer discutir o problema e os outros que criam problemas, dividem, dividem a Igreja, dizem que aquilo que os apóstolos pregam não é o que disse Jesus, que não é a verdade”.

Os apóstolos discutem entre si e entram num acordo, “nas não é um acordo politico, é a inspiração do Espírito Santo que os leva a dizer: nada de coisas, nada de exigências. Mas só o que dizem: não comer carne naquele período, a carne sacrificada aos ídolos porque era fazer comunhão com os ídolos, abster-se do sangue, dos animais sufocados e das uniões ilegítimas”.

O Papa destacou a “liberdade do Espírito” que leva ao “acordo” e assim os pagãos entraram na Igreja. Tratou-se, no fundo, de um “primeiro Concílio” da Igreja. “O Espírito Santo e eles, o Papa com os bispos, todos juntos” reunidos “para esclarecer a doutrina” e seguido, no decorrer dos séculos, por exemplo pelo de Éfeso e do Vaticano II, porque “é um dever da Igreja esclarecer a doutrina” para “se entender bem o que Jesus disse nos Evangelhos, qual é o Espírito dos Evangelhos”.

“Mas sempre existiram essas pessoas que, sem qualquer autoridade, turbam a comunidade cristã com discursos que transtornam as almas: “Eh, não. Isso que foi dito é herético, não se pode dizer, isso não, a doutrina da Igreja é esta…”. E são fanáticos por coisas que não são claras, como esses fanáticos que semeavam intrigas para dividir a comunidade cristã. E este é o problema: quando a doutrina da Igreja, a que vem do Evangelho, que o Espírito Santo inspira, esta doutrina se torna ideologia. E este é o grande erro dessas pessoas”.

Esses indivíduos “não eram fiéis, eram ideologizados”, disse, tinham uma ideologia “que fechava o coração para a obra do Espírito Santo”. Os apóstolos certamente discutiram de maneira enérgica, mas não eram ideologizados: “tinham o coração aberto ao que o Espírito dizia.

domingo, 14 de maio de 2017

JESUS É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA QUE NOS LEVA AO PAI.


JESUS É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA QUE NOS LEVA AO PAI.

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Queridos irmãos e irmãs, hoje estamos celebrando o 5º Domingo da Páscoa e também o dia das mães.
No ultimo Domingo Jesus nos falou da importância de formar e estar em comunidade, pois nela é que vamos encontrar a fortaleza e a alegria de pertencer a Cristo para poder testemunhá-lo no nosso dia a dia.
Estamos aqui hoje porque pertencemos a uma comunidade de fé, isto é uma comunidade que crê em Cristo. A liturgia bíblica desse domingo nos leva a entender essa verdade que devemos abraçar para valer e assim se dispor a serviço de Cristo e da sua Igreja, que é também a nossa Igreja.

No livro dos Atos dos apóstolos temos o primeiro conflito na comunidade de Jerusalém e isto é normal pois nós podemos agir preferindo grupos ou pessoas no nosso tratamento humano. Notamos que os cristãos de origem grega queixavam que as suas viúvas e órfãos não estamos tendo o mesmo tratamento dado às viúvas judaicas. Isto era um fato, então os apóstolos propuseram que fossem escolhidos sete homens de boa reputação fossem servidores no lugar dos apóstolos.

Assim, instituíram os diáconos e desse modo os apóstolos ficaram mais disponíveis a oração e trabalhos pastorais na difusão do Evangelho de Cristo. Os conflitos podem surgir, mas nós devemos, com ajuda do Espirito Santo, solucioná-los como gesto de concórdia, de amor e de misericórdia para que o entendimento seja feito no bom convívio de todos. Sejamos dóceis ao Espírito Santo e geradores de paz em nosso meio . (cf. At 6,1-7)

Na Primeira carta de São Pedro nos mostra que a Igreja é um grande edifício espiritual que tem como pedra fundamental. Agora estamos na Igreja em que cada um de nós é pedras vivas que a ajudam a ser bela e forte na sua natureza de evangelizar. A beleza da Igreja não esta nas suas construções, mas nos seus membros coerentes e atuantes na causa do Reino Deus, inaugurado com Cristo que está vivo em nosso meio. (cf1Pd 2,4-9)

O evangelista São João nos fala que a Igreja se parece como um Povo Peregrino que caminha para o céu ao encontro de Deus guiado pelo bom Pastor que é Cristo. Na ultima ceia Jesus nos fala da sua despedida na terra que vai acontecer com a sua Ascensão. Mas, Ele não quer que fiquemos tristes e desanimados. Assim, Ele diz a todos nós hoje: "Não vos preocupeis... vou preparar um lugar para vós... depois voltarei e vos levarei comigo... Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida...". (cf. Jo 14,1-12)

Quereremos ir para o céu, então sigamos Jesus na sua Igreja, amando, perdoando e servindo a todos sem distinção. A casa de Deus é o lugar de encontros de irmãos e irmãs e o céu é a concretização da Igreja ornada por santos e santos que souberam ouvir a voz do Pastor Cristo que nos guiou com segurança. Deus abençoe a todos e a todas as mães que seja sempre felizes na alegria e na dor, pois Jesus nos precedeu de tudo isso.

Tudo por Jesus nada sem Maria!


Bacharel em Teologia José Benedito Schumann Cunha)

A íntegra da homilia na canonização dos pequenos pastores

A íntegra da homilia na canonização dos pequenos pastores


Queridos irmãos e irmãs, como que Deus é maravilhoso. Neste sábado, que é um dia que dedicamos um pouco mais a Maria, nós tivemos a grande alegria de celebra o louvor a Maria no titulo de Nossa Senhora de Fátima. Nestia dia lindo também tivemos a satisfação de ter mais dois santos que agora estão mais brilhante na constelação do Reino de Deus. Maria é revestida de Sol e reflete para nós Cristo que nos ajuda a sermos fortes na fé para testemunhá-Lo em todos os cantos da terra. Como é bom sabermos que temos  uma mãe e repetimos o que nosso Papa Francisco falou: temos mãe. Então nós não estamos sós, pois temos uma mãe que cuida e zela por nós todos os dias e nos leva sempre a Jesus. Os três pastorezinhos tiveram esta tão grande graça de ver maria envolta em luz que vem de Deus. Que sejamos animados como pastores atrás de ovelhas que estão fora do nosso redil. Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

Fátima (RV) - Confira abaixo a íntegra da homilia pronunciada pelo Papa na canonização dos pequenos Francisco e Jacinta Marto, na manhã de sábado, 13 de maio, em Fátima:
«Apareceu no Céu (…) uma mulher revestida de sol»: atesta o vidente de Patmos no Apocalipse (12, 1), anotando ainda que ela «estava para ser mãe». Depois ouvimos, no Evangelho, Jesus dizer ao discípulo: «Eis a tua Mãe» (Jo 19, 26-27). Temos Mãe! Uma «Senhora tão bonita»: comentavam entre si os videntes de Fátima a caminho de casa, naquele abençoado dia treze de maio de há cem anos atrás. E, à noite, a Jacinta não se conteve e desvendou o segredo à mãe: «Hoje vi Nossa Senhora». Tinham visto a Mãe do Céu. Pela esteira que seguiam os seus olhos, se alongou o olhar de muitos, mas… estes não A viram. A Virgem Mãe não veio aqui, para que A víssemos; para isso teremos a eternidade inteira, naturalmente se formos para o Céu.

Mas Ela, antevendo e advertindo-nos para o risco do Inferno onde leva a vida – tantas vezes proposta e imposta – sem-Deus e profanando Deus nas suas criaturas, veio lembrar-nos a Luz de Deus que nos habita e cobre, pois, como ouvíamos na Primeira Leitura, «o filho foi levado para junto de Deus» (Ap 12, 5). E, no dizer de Lúcia, os três privilegiados ficavam dentro da Luz de Deus que irradiava de Nossa Senhora. Envolvia-os no manto de Luz que Deus Lhe dera. No crer e sentir de muitos peregrinos, se não mesmo de todos, Fátima é sobretudo este manto de Luz que nos cobre, aqui como em qualquer outro lugar da Terra quando nos refugiamos sob a proteção da Virgem Mãe para Lhe pedir, como ensina a Salve Rainha, «mostrai-nos Jesus».
Queridos peregrinos, temos Mãe. Agarrados a Ela como filhos, vivamos da esperança que assenta em Jesus, pois, como ouvíamos na Segunda Leitura, «aqueles que recebem com abundância a graça e o dom da justiça reinarão na vida por meio de um só, Jesus Cristo» (Rm 5, 17). Quando Jesus subiu ao Céu, levou para junto do Pai celeste a humanidade – a nossa humanidade – que tinha assumido no seio da Virgem Mãe, e nunca mais a largará. Como uma âncora, fundeemos a nossa esperança nessa humanidade colocada nos Céus à direita do Pai (cf. Ef 2, 6). Seja esta esperança a alavanca da vida de todos nós! Uma esperança que nos sustente sempre, até ao último respiro.

Com esta esperança, nos congregamos aqui para agradecer as bênçãos sem conta que o Céu concedeu nestes cem anos, passados sob o referido manto de Luz que Nossa Senhora, a partir deste esperançoso Portugal, estendeu sobre os quatro cantos da Terra. Como exemplo, temos diante dos olhos São Francisco Marto e Santa Jacinta, a quem a Virgem Maria introduziu no mar imenso da Luz de Deus e aí os levou a adorá-Lo. Daqui lhes vinha a força para superar contrariedades e sofrimentos. A presença divina tornou-se constante nas suas vidas, como se manifesta claramente na súplica instante pelos pecadores e no desejo permanente de estar junto a «Jesus Escondido» no Sacrário.

Nas suas Memórias (III, n. 6), a Irmã Lúcia dá a palavra à Jacinta que beneficiara duma visão: «Não vês tanta estrada, tantos caminhos e campos cheios de gente, a chorar com fome, e não tem nada para comer? E o Santo Padre numa Igreja, diante do Imaculado Coração de Maria, a rezar? E tanta gente a rezar com ele?» Irmãos e irmãs, obrigado por me acompanhardes! Não podia deixar de vir aqui venerar a Virgem Mãe e confiar-lhe os seus filhos e filhas. Sob o seu manto, não se perdem; dos seus braços, virá a esperança e a paz que necessitam e que suplico para todos os meus irmãos no Batismo e em humanidade, de modo especial para os doentes e pessoas com deficiência, os presos e desempregados, os pobres e abandonados. Queridos irmãos, rezamos a Deus com a esperança de que nos escutem os homens; e dirigimo-nos aos homens com a certeza de que nos vale Deus.

Pois Ele criou-nos como uma esperança para os outros, uma esperança real e realizável segundo o estado de vida de cada um. Ao «pedir» e «exigir» o cumprimento dos nossos deveres de estado (carta da Irmã Lúcia, 28/II/1943), o Céu desencadeia aqui uma verdadeira mobilização geral contra esta indiferença que nos gela o coração e agrava a miopia do olhar. Não queiramos ser uma esperança abortada! A vida só pode sobreviver graças à generosidade de outra vida. «Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24): disse e fez o Senhor, que sempre nos precede. Quando passamos através dalguma cruz, Ele já passou antes. Assim, não subimos à cruz para encontrar Jesus; mas foi Ele que Se humilhou e desceu até à cruz para nos encontrar a nós e, em nós, vencer as trevas do mal e trazer-nos para a Luz.

Sob a proteção de Maria, sejamos, no mundo, sentinelas da madrugada que sabem contemplar o verdadeiro rosto de Jesus Salvador, aquele que brilha na Páscoa, e descobrir novamente o rosto jovem e belo da Igreja, que brilha quando é missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Papa em Santa Marta: O Espírito é o dom de Deus que sempre nos surpreende E preciso pedir a graça do discernimento que o Espírito nos dá

Papa em Santa Marta: O Espírito é o dom de Deus que sempre nos surpreende
E preciso pedir a graça do discernimento que o Espírito nos dá

Queridos irmãos e irmãs, Deus nos envia o Espirito Santo e nos faz participante da sua graça. É ele que faz acontecer maravilhas que nos deixa admirados. Os milagres acontecem na nossa vida mediante da nossa entrega a Deus sem nenhuma condição, pois Deus invade todo nosso ser. Cada dia somos inundados de bençãos desde o nosso despertar até o nosso anoitecer. A nossa vida, o nosso ser e tudo que existe em nós se movimenta em direção a Deus que nos ama. Não podemos impedir que o Espirito Santo aja em nós. Não devemos resistir a Ele, pois o amor de Deus nos faz novos todos os dias e a gente pode dizer não ao pecado. Que cada um de nós se torne forte na missão e que não tenhamos medo de abrir o nosso coração a Deus. Devemos revestir das armaduras da fé, da Palavra e da Eucaristia. (Jose Benedito Schumann Cunha)


(ZENIT – Roma, 8 maio 2017).- O Papa Francisco celebrou a missa matutina, nesta segunda-feira na Casa Santa Marta. Na sua homilia, ressaltou que o “Espírito Santo movimenta a Igreja e faz a comunidade cristã se mover”. O Santo Padre indicou que esta verdade nós a encontramos em particular na primeira leitura do dia, extraída dos Actos dos Apóstolos, e que o Espírito realiza milagres, coisas novas e “alguns certamente tinham medo dessa novidade da Igreja”.

“O Espírito é o dom de Deus, desse Deus, nosso Pai, que sempre nos surpreende. O Deus das surpresas. Por que? Porque é um Deus vivo, um Deus que habita em nós, um Deus que move o nosso coração, um Deus que está na Igreja, caminha conosco e neste caminhar nos surpreende sempre. Assim como Ele teve a criatividade de criar o mundo, o Deus que nos surpreende tem a criatividade de criar coisas novas todos os dias.”

Acontece a Pedro que foi contestado pelos outros discípulos quando souberam que “também os pagãos tinham acolhido a Palavra de Deus”. E disseram a Pedro: “Você, pedra da Igreja! Para aonde quer nos levar?”

Pedro fala de sua visão, “um sinal de Deus” que lhe faz “tomar uma decisão corajosa”. “Pedro, reiterou o Papa, “é capaz de acolher a novidade de Deus”. Diante de muitas surpresas do Senhor, “os Apóstolos devem se reunir, discutir e chegar a um acordo” para dar “o passo adiante que o Senhor deseja”.

O Papa indicou que “desde os tempos dos profetas até hoje, existe o pecado de resistir ao Espírito Santo: a resistência ao Espírito. Este é o pecado repreendido por Estevão aos membros do Sinédrio: ‘Vocês e seus pais resistiram sempre ao Espírito Santo’.

No Evangelho do dia sobre o Bom Pastor, o Senhor nos pede sempre para não endurecer o nosso coração. “O que o Senhor deseja é que existam outros povos”, outros rebanhos, “mas haverá um só rebanho e um só pastor”.

“O fechamento, a resistência ao Espírito Santo, aquela frase que fecha sempre, que bloqueia a pessoa: sempre foi feito assim. Isso mata. Isso mata a liberdade, mata a alegria, mata a fidelidade ao Espírito Santo que sempre age na frente fazendo a Igreja progredir. Mas, como eu posso saber se algo é do Espírito Santo ou da mundanidade, do espírito do mundo, ou do espírito do diabo? Como posso? E preciso pedir a graça do discernimento. O instrumento que o Espírito nos dá é o discernimento. Discernir, em todo caso, como se deve fazer. Foi o que fizeram os Apóstolos: se reuniram, falaram e viram qual era o caminho do Espírito Santo. Ao contrário, os que não tinham esse dom ou não tinham rezado pedindo esse dom, permaneceram fechados e inertes.”

Nós cristãos devemos entre as muitas novidades “saber discernir, discernir uma coisa da outra, discernir qual é a novidade, o vinho novo que vem de Deus, qual é a novidade que vem do espírito do mundo e qual é a novidade que vem do diabo”.

“A fé nunca muda. A fé é a mesma, porém, em movimento, cresce e se expande”. Recordando um monge dos primeiros séculos, São Vicente de Lerino, o Papa sublinhou que “as verdades da Igreja vão adiante: se consolidam com os anos, se desenvolvem com o tempo, se aprofundam com a idade, para que sejam mais fortes com o tempo, com os anos, se expandam com o tempo e sejam mais elevadas com a idade da Igreja”.

“Peçamos ao Senhor -concluiu o Papa- a graça do discernimento para não errar o caminho e não cair na inércia, na rigidez e no fechamento do coração”.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

O proletariado está de volta!

Quarenta e cinco milhões de trabalhadores de braços cruzados em todo o país. Máquinas paradas. Ônibus, trens e metrôs estacionados nas garagens em todas as capitais e em mais de cerca de 250 cidades. Centenas de barricadas ardendo do Oiapoque ao Chuí. Escolas, bancos e lojas de portas cerradas. Veículos de transporte coletivo e individual incendiados pelas ruas. Homens e mulheres dispostos à luta enchendo praças e avenidas. O proletariado está de volta. Que tremam os burgueses e seus aliados. Que vocifere e esperneie toda a corja de jornalistas canalhas a serviço do capital que domina as redações brasileiras. O proletariado está de volta.

O dia 28 de abril do ano de 2017 entra irrevogavelmente na história das lutas de classes no Brasil como marco indelével do renascimento do proletariado brasileiro naquele exato sentido que Marx deu ao termo proletariado: o de trabalhadores conscientes de sua condição de explorados, unidos, animados e determinados a lutar por sua dignidade. Que sentem que não têm nada a perder. O verdadeiro levante proletário do 28/4 nos traz de volta a um cenário semelhante ao das jornadas da segunda metade década de 70 do século passado, quando os trabalhadores brasileiros saíram às ruas no quadro geral da crise da ditadura burguesa instalada em 1964.

É verdade que a última greve geral a que se assistiu no país ocorreu em 1996, mas não com duas, entre outras, características que tipificam esta agora: a unidade da esquerda/movimento sindical por um lado e, por outro, a radicalidade dos meios e métodos de luta. No 28/4 o proletariado não se intimidou. Foi em frente diante de todo um dispositivo militar assassino mobilizado pelo degenerado governo Temer. Tivemos perdas com prisões e ferimentos graves. Mas o proletariado brasileiro sabia que não se defrontaria com freiras carmelitas, mas com cães hidrófobos especialmente treinados para nos massacrar. Mas não nos intimidamos. Fomos em frente. Vencemos. O fator imediato que desencadeou a greve - as reformas trabalhista e previdenciária encaminhadas pela quadrilha Temer - está plantado no chão da crise econômica que domina todo o cenário capitalista em nível mundial, agravada no Brasil por uma especial crise de governabilidade burguesa.

O 28/4 abre assim uma nova conjuntura, marcada de um lado pelo processo de unificação da luta do proletariado, até então marcado pela divisão social e política sabiamente - reconheçamos - trabalhada de forma direta e indireta pelos aparatos políticos e ideológicos da burguesia no interior de nossa classe. E do outro lado marcado por aquele agravamento de uma crise de governabilidade burguesa de duração imprevisível, mas que sabemos de longo prazo. Todo este caldeirão de contradições resulta na certeza de que teremos daqui em diante embates – inclusive de rua – progressivamente mais duros entre burguesia e proletariado no país.

Do ponto de vista social, o processo de unificação da luta proletária, cujo tiro de largada foi dado no 28/4, se caracteriza pela principalidade assumida pelo fator classe na unificação de categorias, gêneros, raça, sexualidade etc. E tal unificação, ressalte-se, só poderia (e somente pode) ser concretizada em torno daquilo que concretamente une os explorados e oprimidos: o fato de pertencerem a uma só classe, a classe proletária. E é este e não outro o exato sentido do chamamento de Marx/Engels ao final do “Manifesto do Partido Comunista”: Proletários de todo o Mundo, uni-vos!

Politicamente, o que se pode esperar é o avanço da unidade da esquerda e do movimento sindical em plataformas e ações de defesa dos interesses imediatos dos trabalhadores - salário, emprego, moradia, saúde, escola, transporte - que inevitavelmente sofrerão ataques diretos da burguesia, sempre em busca da manutenção de seus lucros, estes, em queda progressiva no quadro da crise mundial do sistema.  

O perigo pequeno-burguês

Mas, se o grande sucesso do 28/4 alimenta ainda mais a confiança que os marxistas sempre tivemos no proletariado - inclusive diante daqueles vendidos que, ancorados em esfarrapada ideologia modernista, afirmavam desavergonhadamente que a luta de classes havia acabado -, não podemos cair naquela velha armadilha que tem vitimado a esquerda em todos os tempos: o oportunismo pequeno-burguês. Oportunismo que se mascara de várias formas. No caso concreto brasileiro da atualidade, a maior ameaça do oportunismo vem de todo o conjunto de uma certa esquerda alinhada com o neorreformismo gramsciano. Perigo maior porque esta forma de reformismo surge travestida como algo novo, hipoteticamente sem ligação com o reformismo clássico, mas na verdade propondo e encaminhando as mesmas estratégias e táticas do velho reformismo que levou o proletariado mundial - inclusive o brasileiro - a derrotas históricas.

Que fique claro: se se faz urgente e necessário combater o neogramscianismo no campo da propaganda revolucionária, não estamos impedidos de, neste momento de avanço da consciência sindical do proletariado, lutarmos juntos na condução das lutas imediatas do proletariado. Da mesma forma em relação ao velho reformismo e ao trotsquismo, este expressando a ideologia pequeno-burguesa na forma de um messianismo segundo o qual são eles, os trotsquistas, a única força da esquerda possuidora de real potencial revolucionário e, por isso mesmo, autorizados a usar de todos os recursos da esperteza imoral pequeno-burguesa para dirigir o movimento. Um movimento, segundo eles, que já se encontra em quadro conjuntural de situação revolucionária permanente em todo o mundo. Que se some, então, o messianismo a este delírio voluntarista e teremos uma fórmula perfeita para se jogar o movimento do proletariado no colo da burguesia.

O fato, mais que significativo, reafirmamos, de o proletariado avançar no sentido de sua unificação não significa que este processo não possa ser interrompido. Não significa que não possamos voltar a experimentar derrotas. A história recente já nos deu a lição: as referidas lutas da segunda metade dos anos 70 do século passado no país concretizaram até de forma mais acabada a unificação do proletariado e suas lutas, naquele caso contra o arrocho salarial vigente em todo o período da ditadura e a repressão ao movimento sindical. No entanto toda aquela luta heróica foi lançada por terra pela ideologia e pela política pequeno-burguesas que foram então impostas ao movimento por uma não tão inédita aliança entre a burguesia e uma esquerda pequeno-burguesa reformista. De concreto, resultou a rendição às velhas e surradas soluções burguesas e pequeno-burguesas: democracia, cidadania, constituinte.

O proletariado, duramente traído, foi expulso da cena. Aos marxistas, hoje, nos cabe uma tarefa árdua, mas de cumprimento absolutamente essencial à garantia de que as reivindicações e interesses próprios do proletariado não sejam lançados no pântano podre das propostas e métodos de luta burgueses. É este o nosso ‘que fazer’: permanecermos juntos do proletariado e de suas lutas vivas, defendendo sua organização e política independentes. Combater toda e qualquer iniciativa - seja local, regional ou nacional - de desviar a luta para o lodaçal infecto da institucionalidade burguesa. É preciso valorizar a radicalidade das formas de luta utilizadas exemplarmente pelo proletariado no 28/4. Armados, pois, da consciência da natureza e da dimensão da conjuntura que se abre a partir do 28/4, vamos à luta. Sabemos que os marxistas somos amplamente minoritários na esquerda, o que torna maior a responsabilidade de cada um de nós.

À luta, pois.

Venceremos!  

Movimento Marxista Cinco de Maio