ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Papa em Santa Marta: ‘Nas estradas do Espírito sem acordos, sem rigidez e anunciando Jesus Cristo’

Papa em Santa Marta: ‘Nas estradas do Espírito sem acordos, sem rigidez e anunciando Jesus Cristo’

Queridos irmãos e irmãs, sabemos que o Espirito Santo nos impulsiona para as coisas do alto. É nele que se completa toda nossa dignidade humana. Nós nascemos de novo pela força do Espirito Santo. Somo salvos em Cristo pela sua ressurreição. o Homem velho deve dar lugar ao homem novo e assim viver na graça de Deus que nos rejuvenesce a cada dia. Os milagres que Pedro  e João fizeram em nome de Cristo testa a eficaz da pregação da boa nova trazida por Cristo que culminou com a sua morte dolorosa e injusta, mas atesta na sua Ressurreição. Nós devemos deixar sermos guiados pelo Espirito e jamais podemos prender a sua ação. A condução é livre e vai aonde Ele quer. Que possamos pedir a sua ação em nós que nos anima para missão e levar o Evangelho de Cristo a todos sem medo dos poderosos e perseguidores desse mundo. (Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha


Francisco retomou a missa matutina na Casa Santa Marta após a pausa para as festividades pascais

24 ABRIL 2017REDACAOPAPA FRANCISCO
 Papa Francisco em Santa Marta (Archivio Osservatore © Romano).
Papa Francisco Em Santa Marta (Archivio Osservatore © Romano).

(ZENIT – Cidade do Vaticano, 24 Abr. 2017).- O Senhor nos convida a caminhar nas estradas do Espírito sem acordos, sem rigidez, mas com a liberdade de anunciar Jesus Cristo assim como Ele veio: em carne. Assim explicou o Santo Padre, na homilia celebrada na manhã de hoje em Santa Marta.

Santo Padre retomou assim nesta segunda-feira a missa matutina na Casa Santa Marta após a pausa para as festividades pascais. Também participou da celebração eucarística, o Conselho dos Nove Cardeais (C9), que volta a se reunir com o Santo Padre no Vaticano a partir de hoje até a próxima quarta-feira 26.

O encontro de Nicodemos com Jesus e o testemunho de Pedro e João depois da cura de um homem coxo de nascença foram o centro da homilia do Papa Francisco: “Jesus explica a Nicodemos, com amor e paciência, que é preciso nascer do alto, nascer do Espírito. Portanto, mudar de mentalidade.”

“Pedro e João curaram um homem coxo de nascença, e os doutores da lei não sabiam como fazer, como esconder este fato público”, diz a Primeira Leitura da liturgia do dia.

No interrogatório, Pedro e João “respondem com simplicidade” e quando são intimados a não falar mais sobre o assunto, Pedro responde: “Não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido. Continuaremos assim.”

“Eis a concretude de um fato, a concretude da fé” em relação aos doutores da lei que “querem negociar para alcançar um acordo”: “Pedro e João têm coragem, franqueza, a franqueza do Espírito que significa falar abertamente, com coragem, a verdade, sem nenhum pacto. Este é o ponto, a fé concreta”:

“Às vezes, esquecemo-nos de que a nossa fé é concreta: o Verbo se fez carne, não se fez ideia: tornou-se carne. Quando rezamos o Credo dizemos coisas concretas: Creio em Deus Pai que fez o céu e a terra, creio em Jesus Cristo que nasceu, que morreu…’. São coisas concretas. O Credo não diz: Creio que devo fazer isso, que devo fazer aquilo ou que as coisas são para isso…’ Não! São coisas concretas. A concretude da fé que leva à franqueza, ao testemunho até o martírio, não faz pactos ou idealização da fé.”

“Para os doutores da lei, o Verbo não se fez carne, mas lei. É preciso fazer isso só até aqui. Deve ser feito isso e não aquilo”. E assim, “se engaiolaram nesta mentalidade racionalista que não terminou com eles, hein? Na História da Igreja muitas vezes, a própria Igreja que condenou o racionalismo, o Iluminismo, caiu nesta teologia do ‘pode e não pode’, do ‘até aqui e até lá’, e se esqueceu da força, da liberdade do Espírito, do renascer do Espírito que nos dá a liberdade, a franqueza da pregação e de anunciar que Jesus Cristo é o Senhor.”

”O vento sopra onde quer e ouve-se a sua voz -concluiu o Papa- mas não se sabe de onde vem e nem para onde vai. Assim é todo aquele que nasce do Espírito: ouve a voz, segue o vento, segue a voz do Espírito sem saber aonde terminará, pois optou pela fé concreta e pelo renascimento no Espírito. Que o Senhor dê a todos nós este Espírito pascal a fim de caminhar nas estradas do Espírito sem acordos, sem rigidez, mas com a liberdade de anunciar Jesus Cristo assim como Ele veio: em carne.”

sexta-feira, 21 de abril de 2017

A COMUNIDADE É LUGAR IDEAL PARA VIVERMOS A FÉ NO CRISTO RESSUSCITADO

A COMUNIDADE É LUGAR IDEAL PARA VIVERMOS A FÉ NO CRISTO RESSUSCITADO

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Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 2º domingo da Pascoa. A alegria da Pascoa do senhor será prolongada por 50 dias. Sabemos que a Igreja nasce da cruz e da ressurreição de Jesus e tem uma missão de testemunhar a boa noticia que Jesus nos dá a vida nova que não termina.

A liturgia bíblica nos fala e nos ilustra bem essa nova realidade para o cristão. A igreja vai ser a voz oficial da mensagem genuína de Cristo.

No livro dos Atos dos Apóstolos  nos mostra bem a comunidade cristã  que está em Jerusalém, ela brota da força do Cristo vivo e ressuscitado no nosso meio. Ela vai estar unida nos ensinamentos dos apóstolos, na perseverança, na oração no templo e na eucaristia que acontece na fração do pão. É tudo em comum e ninguém passa necessidade, pois todos se tornam uma família, isto é uma nova família de Deus.

A maneira de viver a fé em Cristo é se tronar testemunha para os outros que admiram esse modo novo de viver dos cristãos e assim aumenta os novos seguidores da doutrina ensinada pelos apóstolos de Cristo. Agora a Igreja é congregada na Palavra de Deus e na Eucaristia, pois essas fontes renovam e dão forças aos cristãos que não vão temer a opressão dos poderosos da época e nem de hoje. (cf. At 2,42-47)

Na primeira carta de São Pedro nos faz ver nesse pequeno hino que exalta O Deus Pai pela ressurreição de Cristo e coloca em nosso coração a luz da esperança que não nos decepciona, pois Ele traz a alegria da misericórdia de Deus que não abandona o seu povo. Nós nunca estamos sós, pois Jesus caminha conosco sempre e nos faz ser animados e fortes através do coração misericordioso de Cristo que atrai a todos a estar com Ele sempre. Jesus nos cura e nos faz homens novos para o reino Dele que nunca acaba. Somos renascidos na Pascoa do Senhor. (cf. 1Pd 1,3-9)

Como esse domingo também nos faz ver a misericórdia de Deus que é eterna, pois assim canta o salmo.

O evangelista São João apresenta para a nós a comunidade dos apóstolos que tem no seu centro o Cristo vivo e ressuscitado no meio deles. Sabemos se estivermos unidos a Cristo, o medo se dissipa, pois a luz do ressuscita-o nos aquece nos dá força para testemunhá-Lo em todas as partes. O evangelista mostra os apóstolos trancados e com medo, mas Jesus ressurge e os faz valentes, pois Jesus vai ser o motivo de alegria eterna para todos.

A paz e o perdão reinam onde Jesus está, pois  Ele é que dá o Espirito Santo através do seu sopro aos apóstolos e  a nós também. Deus exige a fé e mostra a Tomé que é importante isso, pois sem ela não poderemos ser testemunha viva de Cristo no mundo. Jesus deu a ordem a eles e a nós hoje para sermos testemunha Dele, mesmo diante das adversidades e perseguições  que está por toda parte da terra. Isso não vai nos abater, pois Jesus Cristo é nosso Senhor que nos dá o caminho, a vida e a verdade seguras que nos levam a Deus no seu reino definitivo que está preparados para todos que acredita e vivem coerentemente a fé Nele na comunidade que é a Igreja. (cf. Jo 20,19-31)

Que sejamos fortes e missionários de Cristo no mundo. Amém

Tudo por Jesus na sem Maria!!!


Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

domingo, 16 de abril de 2017

A filosofia ajuda a gerar o homem novo

A filosofia ajuda a gerar o homem novo

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A filosofia está em nossa vida o tempo todo, pois ela nos faz pensar sobre as coisas com olhar critico que quer resposta para as perguntas e questionamento da nossa vida, do nosso agir e do outro, do nosso mundo que vivemos e dos fatos que surgem nos nossos cotidianos. Nós estamos no mundo, por quê? O outro que está ao nosso lado, o que é ele para nós?

A vida é importante por quê? Por que devemos ser ético, bom, honesto, trabalhador, defensor da vida e tudo o que eleva o ser humano? Todas estas indagações e questionamentos que fazemos, estamos fazendo filosofia, isto é, estamos filosofando. Toda nossa vida nós deparamos com a filosofia.

Ser filósofo não é só comtemplar o céu, as coisas que nos rodeiam, ou  ficar parado numa anestesia existencial, mas é mais do que isto, pois está sempre com olhos atentos, refletindo, pesando, analisando e procurando o porque das coisas que acontecem e que vão acontecer no futuro que brota do nosso presente.
No mundo sempre nós deparamos com o bem e o mal, com a violência e a paz, a morte e a vida, a verdade e  mentira, honestidade e desonestidade, a sociedade e os seu costumes, política, esporte, religião e tudo que atinge a natureza e o homem .
A filosofia, portanto está intimamente na nossa vida. Não passamos pela vida, mas somos protagonistas da vida que temos para que esse mundo seja de fato melhor. Quando pensamos e agimos conforme o nosso ser, então esse mundo não fica na mesmice, mas algo diferente acontece ao nosso redor.

Apesar de nós convivermos com situações adversas da nossa vontade nesse mundo plural, podemos fazer algo que transforma a realidade de morte para a vida. Quando sentimos que somos melhores e coerentemente agimos assim, então o mundo se enche de cores que dá a beleza que pode ser contemplado por todos.

A vida se modela em um quadro valioso que brilha  se destaca de modo pleno onde o ser humano é dignificado e valorizado. Assim, a cultura do descarte se desfaz para ser colocado o homem como centro do mundo, sem perder a sua dignidade como ser racional que vive de acordo com a sua razão que visa o bem de si e do outro.

Que possamos ter o espirito filosófico em todos os momentos de nossa vida e que não acabem os sonhos que nos ajudam a continuar vivendo e defendendo a vida diante das forças contrária a ela que pensam que podem vencê-la. Portanto, a filosofia nos dará o motivo de ser mais nesse mundo e mais ainda de ser agente que muda as situações de injustiça para a justiça que gera a paz duradoura entre todos.


Bacharel em teologia e filósofo Jose Benedito Schumann Cunha

Jesus Cristo está vivo, aleluia

Jesus Cristo está vivo, aleluia

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Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o domingo da Pascoa, o Senhor ressurgiu e está no nosso meio. Esse presente dele vivo está em nós, devido ao batismo. É um dia maravilhoso que a Igreja se enche de beleza e tudo fala do amor que Deus tem a cada um de nós. Não estamos mais sob o julgo do mal, pois Cristo aniquilou-o definidamente.

A água que nos faz novo se faz presente no batismo para que gere novos cristãos. A água que jorra que o profeta Ezequiel 47,1-12 disse é uma forma de purificação que transforma áreas áridas em fertilidade e o rio começa a voltar transcorrer trazendo no seu percurso vida nova. Assim que acontece com a vida nova do Cristo que se levanta do tumulo, e lá fica vazio.

Aquela pedra fundamental que foi rejeitada pelos homens, mas Deus O fez uma pedra fundamental para tornar firmeza para nós. Nós somos pedrinhas que se junta ao redor de Cristo, que é a pedra viva. Apesar das guerras, dos ódios, das doenças, da morte que nos deixam paralisados, mas quando sentimos  e celebramos a Pascoa do Senhor, então surge em nós uma nova seiva que irriga todos nosso ser que nos anima para prosseguirmos na jornada rumo ao céu.

Hoje é um dia maravilhoso que Deus faz para todos nós, pois a morte não tem mais vez porque Cristo, como primícias, ressuscitou e quem crê Nele, mesmo se estiver morto vai ressuscitar para a gloria com Cristo vivo.

Nós temos motivos para celebrar este dia com alegria, pois o que foi crucificado na sexta, agora vive e permite que possamos ser a testemunha Dele no mundo. A graça que vem de Cristo nos renova sempre, dando-nos força para lutar por um mundo melhor. Oxalá que todos possam experimentar alegria da vida nova e largue do pecado que diminui a dignidade de filhos de Deus.
Deus nos fez libertos para a vida e que possamos estar em comunhão com a Igreja, ligados ao magistério que anuncia sem temor as verdades do evangelho de Cristo que nos salva e nos dá vida eterna.

Que as comunidades cristãs sejam revigoradas na presença do Ressuscitado e que possam trabalhar para um mundo melhor e que as diferenças sejam diluídas no exercício do amor, do perdão, da misericórdia e da partilha. Que a cultura de morte, do descartável, e do egoísmo sejam banidas do nosso meio e que a vida seja propagada em todos os cantos da terra. Que ninguém tenha medo de ser cristão, pois o mundo precisa saber que Jesus, por amor se entregou ao sofrimento,  a cruz e a morte para salvar a humanidade do julgo do pecado que anestesia o bem a ser feito.

A pascoa do senhor nos chama a construir um edifício com todas as pedrinhas, como dizia o Papa Francisco na missa de Pascoa deste ano, que somos nós porque se juntam na pedra fundamental que é Cristo.

Somos presenteados com a vida nova e Cristo nos convida ao banquete que não esquece ninguém. A mesa é farta e todos são convidados a participar dela.

Feliz Pascoa, que brote em nós vida em abundancia. Amém!

Tudo por Jesus nada sem Maria


Bacharel em Teologia José Benedito Schumann Cunha

sábado, 15 de abril de 2017

Texto completo da homilia do Papa na Vigília Pascal 2017


Texto completo da homilia do Papa na Vigília Pascal 2017

(ZENIT – Cidade do Vaticano, 15 Abr. 2017).- O Papa Francisco presidiu neste Sábado Santo, 15 de abril, na Basílica de São Pedro, a solene Vigília Pascal da Ressurreição do Senhor. Eis a homilia do Santo Padre, na íntegra.

«Terminado o sábado, ao romper do primeiro dia da semana, Maria de Magdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro» (Mt 28, 1). Podemos imaginar aqueles passos: o passo típico de quem vai ao cemitério, passo cansado da confusão, passo debilitado de quem não se convence que tudo tenha acabado assim. Podemos imaginar os seus rostos pálidos, banhados pelas lágrimas. E a pergunta: Como é possível que o Amor tenha morrido?

Ao contrário dos discípulos, elas ali vão, como já acompanharam o último respiro do Mestre na cruz e, depois, a sepultura que Lhe deu José de Arimateia; duas mulheres capazes de não fugir, capazes de resistir, de enfrentar a vida tal como se apresenta e suportar o sabor amargo das injustiças. Ei-las chegar diante do sepulcro, divididas entre a tristeza e a incapacidade de se resignarem, de aceitarem que tudo tenha sempre de acabar assim. E, se fizermos um esforço de imaginação, no rosto destas mulheres podemos encontrar os rostos de tantas mães e avós, os rostos de crianças e jovens que suportam o peso e o sofrimento de tanta desumana injustiça.

Nos seus rostos, vemos refletidos os rostos de todos aqueles que, caminhando pela cidade, sentem a tribulação da miséria, a tribulação causada pela exploração e o tráfico humano. Neles, vemos também os rostos daqueles que experimentam o desprezo, porque são imigrantes, órfãos de pátria, de casa, de família; os rostos daqueles cujo olhar revela solidão e abandono, porque têm mãos com demasiadas rugas.

Refletem o rosto de mulheres, de mães que choram ao ver que a vida dos seus filhos fica sepultada sob o peso da corrupção que subtrai direitos e quebra tantas aspirações, sob o egoísmo diário que crucifica e sepulta a esperança de muitos, sob a burocracia paralisadora e estéril que não permite que as coisas mudem. Na sua tristeza, elas têm o rosto de todos aqueles que, ao caminhar pela cidade, veem a dignidade crucificada. No rosto destas mulheres, há muitos rostos; talvez encontremos o teu rosto e o meu.

Como elas, podemos sentir-nos impelidos a caminhar, não nos resignando com o facto de que as coisas devem acabar assim. É verdade que trazemos dentro uma promessa e a certeza da fidelidade de Deus. Mas também os nossos rostos falam de feridas, falam de muitas infidelidades – nossas e dos outros –, falam de tentativas e de batalhas perdidas. O nosso coração sabe que as coisas podem ser diferentes; mas, quase sem nos apercebermos, podemos habituar-nos a conviver com o sepulcro, a conviver com a frustração. Mais ainda, podemos chegar a convencer-nos de que esta seja a lei da vida anestesiando-nos com evasões que nada mais fazem que apagar a esperança colocada por Deus nas nossas mãos.

Muitas vezes, são assim os nossos passos, é assim o nosso caminhar, como o destas mulheres, um caminhar por entre o desejo de Deus e uma triste resignação. Não morre só o Mestre; com Ele, morre a nossa esperança. «Nisto, houve um grande terremoto» (Mt 28, 2). De improviso, aquelas mulheres receberam um forte estremeção, algo e alguém fez tremer o solo sob os seus pés. Mais uma vez, alguém vem ao encontro delas dizendo: «Não tenhais medo», mas desta vez acrescentando: «Ressuscitou, como tinha dito». E tal é o anúncio com que nos presenteia, de geração em geração, esta Noite Santa: Não tenhamos medo, irmãos! Ressuscitou como tinha dito.

A vida arrancada, destruída, aniquilada na cruz despertou e volta a palpitar de novo (cf. R. Guardini, Il Signore, Milão 1984, 501). O palpitar do Ressuscitado é-nos oferecido como dom, como presente, como horizonte. O palpitar do Ressuscitado é aquilo que nos foi dado, sendo-nos pedido para, por nossa vez, o darmos como força transformadora, como fermento de nova humanidade. Com a Ressurreição, Cristo não deitou por terra apenas a pedra do sepulcro, mas quer fazer saltar também todas as barreiras que nos fecham nos nossos pessimismos estéreis, nos nossos mundos conceptuais bem calculados que nos afastam da vida, nas nossas obcecadas buscas de segurança e nas ambições desmesuradas capazes de jogar com a dignidade alheia.

Quando o sumo sacerdote, os chefes religiosos em conivência com os romanos pensaram poder calcular tudo, quando pensaram que estava dita a última palavra e que competia a eles estabelecê-la, irrompe Deus para transtornar todos os critérios e, assim, oferecer uma nova oportunidade. Uma vez mais, Deus vem ao nosso encontro para estabelecer e consolidar um tempo novo: o tempo da misericórdia. Esta é a promessa desde sempre reservada, esta é a surpresa de Deus para o seu povo fiel: alegra-te, porque a tua vida esconde um germe de ressurreição, uma oferta de vida que aguarda o despertar.

Eis o que esta noite nos chama a anunciar: o palpitar do Ressuscitado, Cristo vive! E foi isto que mudou o passo de Maria de Magdala e da outra Maria: é o que as faz regressar à pressa e correr a dar a notícia (Mt 28, 8); é o que as faz voltar sobre os seus passos e sobre os seus olhares; regressam à cidade para se encontrar com os outros. Como entramos com elas no sepulcro, assim vos convido a irmos também com elas, a regressarmos à cidade, a voltarmos sobre os nossos passos, sobre os nossos olhares.

Vamos com elas comunicar a notícia, vamos… a todos aqueles lugares onde pareça que o sepulcro tenha a última palavra e onde pareça que a morte tenha sido a única solução. Vamos anunciar, partilhar, revelar que é verdade: o Senhor está Vivo. Está vivo e quer ressurgir em tantos rostos que sepultaram a esperança, sepultaram os sonhos, sepultaram a dignidade. E, se não somos capazes de deixar que o Espírito nos conduza por esta estrada, então não somos cristãos. Vamos e deixemo-nos surpreender por esta alvorada diferente, deixemo-nos surpreender pela novidade que só Cristo pode dar. Deixemos que a sua ternura e o seu amor movam os nossos passos, deixemos que o pulsar do seu coração transforme o nosso ténue palpitar.

Vigília pascal, a luz da vida resplandece na escuridão da morte

Vigília pascal, a luz da vida resplandece na escuridão da morte
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Queridos irmãos e irmãs, hoje celebramos a Vigília da Pascoa, que é a celebração da vitória da vida sobre a morte. Agora é a vida que deu a sua ultima voz, Jesus está vivo e nós somos presenteados pelo dom da vida. O que traz morte não pode imperar nos corações humanos no mundo inteiro, pois agora é tempo da vida imperar. Deve acabar a cultura da morte que traz tristeza e horror às pessoas.

Na celebração desta noite, o círio é incisado com sinal da cruz e ela é marcada com as chagas gloriosas de Cristo, que venceu a morte que foi instaurada com o pecado de Adão e Eva pela sua desobediência, após isso tem-se a benção do fogo novo. Acende-se o círio Pascal, então o celebrante entra com o círio com três paradas, cantando em bom tom que  Cristo é a luz e nela que devemos contemplar.
Na cerimonia temos o anuncio da Pascoa, que é uma revisão de toda a história da nossa salvação. É um hino muito bonito. Deus perneia na historia humana, sua fraqueza e grandeza do ser criado por Deus. Deus nunca erra, mas deu a liberdade a homem, mas esse, enganado, afastou de Deus e pecou, inaugurando uma nova era de morte e de solidão a ser humano. Perdemos o céu, mas hoje a alegria volta por Cristo, os a anjos e todos deve entoar canto de alegria da salvação. Agora, a Igreja se rejubila pela luz da vela que ilumina e nos encoraja para estar ao lado da vida sempre. Somos um Povo que vem ao encontro do Senhor que vive para sempre.

A liturgia perpassa desde o Genesis até o Evangelho de João que proclama a ressurreição de Cristo. Assim, a liturgia bíblica desta noite anuncia em toadas as leituras, como que Deus agiu na historia humana. A Páscoa do Senhor, Jesus é o novo cordeiro que nos marca na porta da nossa alma com seu sangue. Como outrora, hoje a coluna de fogo se torna fonte de luz infinita. Agora a noite não é mais motivo de temor devido a escuridão do mal, mas é iluminado do bem que nunca acaba e revitaliza o moribundo para a vida. O pecado é anulado e a sua escravidão tem as amarras do mal destruídas com a Vitória de Cristo, pois a morte não O prendeu.

A luz torna-se a razão principal, enchendo todos os lugares a luz de Cristo, que está vivo no nosso meio. As armadilhas do mal são anuladas com a Ressurreição de Cristo. Mesmo dividindo a luz da vida com todos, mesmo assim não perde o seu verdadeiro fulgor. Que esta noite seja, o principio do bem que deve irradiar em todos os cantos da terra. A luz do círio que foi ascendido nesta noite esteja em cada vela da nossa vida para termos uma vida nova. Que possamos ser uma criatura nova e que possamos ser uma ovelha que serve ao Senhor com alegria.

Sabemos que o batismo é a porta para aqueles que querem abraçar a fé deve proclamar que o que Cristo é o Senhor e está vivo, pois Ele ressuscitado, vencendo a morte para sempre. A graça do dom vida se enche no batizando e esse passa de criatura, tornando-se filho de Deus no Filho de Deus. Pelo nosso batismo somos chamados a ser luz e sal novo da terra para que esta ela seja linda como foi outrora idealizada por Deus desde o principio. Que sejamos corajosos e fortes em todas as situações, mesmo naqueles momentos difíceis de nossa vida e de nossos irmãos.

Que as perseguições cessem e que a Igreja seja austera no anuncio das verdades de Jesus, sem medo das consequências, pois Jesus é o principio e o fim de tudo. Nós vamos continuar como peregrinos, caminhando sempre com todos para o Reino que terá o seu ápice com a vinda Senhor poderoso, iluminando o mundo com o sol novo.
 Tudo por Jesus nada sem Maria
Feliz pascoa para todos.

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha 

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Papa no Coliseo de Roma: vergonha e esperança

Papa no Coliseo de Roma: vergonha e esperança



Queridos irmãos e irmãs em Cristo, hoje em Roma teve a via sacra e ela foi profundamente rezada e meditada nos últimos acontecimentos de Jesus na terra. Sabemos que o julgamento, a crucificação de Jesu foi um ato vergonhoso de um poder que explora e pratica injustiça. Hoje no mundo, muitos passam pro graves situações de injustiças, de cultura da morte, de guerra, de violência contra a mulher, contra a criança, contra os pobres, contra os exilados e refugiados, mas há uma esperança que ilumina as trevas que é Cristo, senhor de tudo e de todos. que possamos criar a cultura da vida que nos leva a um futuro melhor. Que esperança que o bem vença e a morte dê o lugar para vida. Que as mesas seja partilhadas com os famintos e que a justiça impera a onde tudo parece que acaba. Feliz Pascoa a todos. (Jose Benedito Schumann Cunha)
Via Sacra 2017

14 ABRIL 2017REDACAOPAPA FRANCISCO

(ZENIT – Roma, 14 Abr. 2017).- O Papa Francisco presidiu nesta Sexta-feira Santa, no Coliseu de Roma, a Via Sacra, escrita da teóloga francesa Anne-Marie Pelletier.

“São inúmeros os homens, as mulheres e até as crianças abusadas, humilhadas, torturadas, assassinadas, sob todas as dimensões do céu e em cada momento da história”, escreveu a biblista,

As reflexões para as 14 estações apresentam-se com uma proposta diferente em relação ao esquema tradicional destas celebrações, para lembrar a presença do mal na humanidade.

Ao final da Via Sacra, o Papa falou da vergonha por as imagens de devastação, de destruição de naufrágio que se tornaram ordinárias na nossa vida. Pelo sangre derrubado de mulheres migrantes e pessoas perseguidas pelas cores de suas peles o por sua etnia o classe social, o pela sua fé. Também vergonha por todas as vezes que membros da Igreja escandalizaram ou feriram a instituição e a mensagem de Cristo.  E que possamos ensinar que o amanhecer do sol é mais forte que a obscuridade da noite, e que o amor eterno de Deus sempre vence.

A cruz foi levada nas 14 estações por o cardeal vigário de Roma, Agostino Vallini, e famílias e laicos de diversos países.

A cruz é um trono da graça que é derramada a todos

A cruz é um trono da graça que é derramada a todos

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Queridos irmãos e irmãs, esta sexta-feira é diferente de todas, pois celebramos a paixão e a crucificação e morte de Jesus. O amor é pregado no madeiro e nesse lugar Deus demonstra todo amor que tem pela humanidade. Ele não quis ostentação que o poder traz, mas se doa completamente. A sua trajetória de vida foi fazer a vontade de Pai para a salvação da humanidade descaída por causa do pecado. Foi o pecado que trouxe a morte devido ao orgulho e desobediência dos nossos primeiros pais.

O bem é que permanece em todos os lugares enquanto que o mal se torna pó, pois ele não tem consistência para permanecer por muito tempo. A humanidade, devido a secularidade, tem vivido experiências momentâneas que se esvaziam no decorrer do tempo. Muitas coisas nos fazem esquecermos de lutar para o bem comum, ser solidário e procurar que a corrente do bem se prospere em todos os cantos de nossa terra.

Jesus, foi o servo de Javé, se comportou como uma ovelha que é tosquiada para o matadouro. Não procurou, de modo algum, responder as agressões por outra agressão sua, mas respondeu com silencio e doação total na cruz. Sabemos que a arvore é vida e que produz vida tornou-se o madeiro da morte e crueldade, mas essa cruz se tornou bendita e dela brotou a verdadeira vida. Ela foi e é o trono da graça, um sinal valioso do amor de Deus que consome totalmente por nós como uma vela acesa.

No olhar da cruz sempre há uma presença significativa que nos acolhe e nos aconchega que é a mãe do Senhor, Maria. Ela soube seguir Jesus, seu filho e nos ensina a fazer o mesmo. Na sua dor de mãe brota a esperança que nos nos faz caminhantes para o Reino de Deus que vai durar para sempre no céu.

A grande lição que se dá nesse dia santo é que Deus nos ama e tem um plano para todos que se salve e se liberte de todas as armadilhas que atrapalha do ser humano ser feliz. Formamos uma comunidade viva de irmãos e irmãs na fé em Cristo. Na Igreja podemos receber todos os princípios e as mensagens genuínas de Jesus que nos chama a seguí-LO sem olhar para traz, mas sempre indo para frente.

A cruz não é um sinal de desespero, mas de força que nos encoraja a dar testemunho do Cristo que vive para sempre. Ela é motivo de darmos testemunho Dele em todas as situações, principalmente das perseguições religiosas, politicas e sociais. Somos salvos pela graça de Deus e pela sua misericórdia que é infinita.

Que este sinal seja motivo para nós de bom orgulho porque o amor foi derramado plenamente sem nenhuma restrição. Que a partilha e a solidariedade sejam a mola propulsora da verdadeira caridade que levanta os decaídos, os desanimados, os tristes, os desiludidos, os sem fé, os acomodados, os acostumados de não fazer nada para os outros, mas uma força extraordinária para agir melhorar esse mundo.

Que a Igreja seja anunciadora de Cristo vivo, sem medo de represálias e nem fique parada, para que o anuncio da boa nova seja propagada em todos os cantos e que as pessoas ouçam a voz de Deus que cai nos corações de todos que querem um mundo melhor e feliz

Tudo por Jesus na sem Maria

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

quinta-feira, 13 de abril de 2017

A Eucaristia é pão partilhado no serviço desinteressado aos necessitado

A Eucaristia é pão partilhado no serviço desinteressado aos necessitado

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Queridos irmãos e irmãs, estamos entrando no tríduo pascal do Senhor. Na quinta feira pela manhã temos a celebração da renovação das promessas sacerdotais e a benção dos Santos óleos. É uma celebração muito importante, pois significa a fidelidade renovada de nossos sacerdotes ao senhor e a bênçãos dos santos óleos que serão utilizados nas celebrações dos sacramentos do batismo, da unção dos enfermos e da crisma. A igreja se reúne na catedral, todos juntos com o bispo celebra a eucaristia que é a alma da Igreja peregrina.

Sabemos que servir a Cristo deve ser um ato consciente que leva a compromisso de agir e sair do anonimato mesmo nos momentos difíceis de nossa vida. Ser cristão no mundo de hoje, plural, contraditória, individualista, materialista e mais ainda situação de uma sociedade de ‘descartes, é se corajoso e ousado no testemunho e serviço  aos que mais precisam.

Nesta quinta-feira santa temos a noite uma celebração litúrgica da instituição da eucaristia, lava-pés e adoração ao Santíssimo sacramento que será reservado um lugar de destaque na Igreja.
O sacerdócio ministerial é imprescindível em uma celebração, pois sem a sua atuação em persona Christi não poderá a acontecer a transubstanciação do pão e vinho no corpo e no sangue de Cristo. Sabemos que a missa é a memorial da Paixão, morte e ressurreição de Cristo.

Na ultima ceia, Jesus fez acontecer a eucaristia que celebramos sempre com toda comunidade cristã na igreja. Hoje acontece também a celebração do lava-pés que é reviver o gesto de Jesus ante de passar pelo maior sofrimento e também a morte de cruz.

Jesus sendo senhor demonstrou a humildade e serviço ao lavar os pés dos discípulos e ainda mais nos ensinou que devemos fazer o mesmo. Esse mundo carece de atitude para o próximo e ainda ser um samaritano para tantas pessoas que sofrem, especialmente os mais pobres, doentes e excluídos.

Se estivermos dispostos a servir Cristo, então devemos serví-Lo na pessoa dos que sofre nesse mundo. Que a semana santa e o Tríduo Pascal sejam momentos de graça e conversão de nosso coração para uma igreja viva sem nunca abalar pela  perseguição religiosa, politica e social nesse mundo

Que a Pascoa do Senhor seja para todos, um eco de paz, de misericórdia, de perdão, de amor, de partilha, de solidariedade e de vida para todos os cantos da terra. Que sejam criadas pontes que todos possam passar por ela rumo a eternidade com Deus para sempre.
Tudo por Jesus nada sem Maria!


Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

domingo, 9 de abril de 2017

DOMINGO DE RAMOS, EXEMPLO DO PRÍNCIPE DA PAZ

DOMINGO DE RAMOS, EXEMPLO DO PRÍNCIPE DA PAZ


A liturgia de hoje nos faz reviver a entrada de Jesus em Jerusalém festivamente montado em um jumento. Ele foi aclamado por todos com ramos e mantos estendidos. Numa tradição antiga o rei que entra montado em um cavalo está disposto a guerra e enquanto se entrar montado em um jumento mostra que é príncipe da Paz, isto é quer a paz. 

Hoje inicia a semana santa e vamos prosseguir no  caminho da paixão de Cristo para celebrar a Pascoa do Senhor, que é nossa pascoa também. Há dois momentos nesta liturgia de hoje, isto é celebrar a entrada de Jesus em Jerusalém e a leitura da Paixão do Senhor. Aqui temos duas situações o triunfo de um rei humilde e sofrimento com humilhação. O que mais nos deixa perplexo nesse episodio é Jesus propondo a Paz e invés de uma resposta de adesão a isso ele recebe a violência e condenação de cruz como um marginal.

A liturgia bíblica desse domingo nos ajuda a entender esse mistério que o Senhor sofreu e viveu.

O livro do profeta Isaias nos mostra um profeta anônimo que foi chamado por Deus, ele é a testemunha para as nações da salvação que Deus dá a humanidade. Mesmos com todo sofrimento, perseguição e crueldade, ele continua e confia no Senhor. Esse modo de agir é de fidelidade aos projetos que Deus tem para todos. Esse servo de Javé é para nós a figura de Jesus, pois Ele agiu desse modo, foi obediente como cordeiro e foi para o calvário despojado de todo poder para ser crucificado no Monte. Jesus oferece a sua vida para no salvar. (cf. Is 50,4-7)

Na carta de São Paulo aos filipenses nós vemos esse lindo hino cristológico. Jesus é o principio e fim de todas as coisas criadas. Ele foi obediente até o fim enquanto Adão foi desobediente que trouxe a morte, mas Jesus traz para a humanidade a grandeza da realeza que serve e a vida que não se acaba para todos. Jesus não se usurpou da sua condição divina, mas despojou a sua vida na humildade e servidor para que todos nós salvássemos. Essa atitude de Jesus nos mostrou que Ele é o salvador que dá a sua vida. Esses acontecimentos não vão ficar na cruz, pois a sua gloria resplandecerá na sua Ressurreição. Esse caminho de Jesus nos introduz ao nosso caminho nesse mundo. (cf. Fl 2,6-11)

O evangelista de Mateus nos faz introduzir na celebração da Paixão e morte de Jesus. Esse acontecimento nos faz sentir como é o julgamento injusto dos poderosos diante daquele que é o Deus que vem até nós. Mentiras e testemunhos falsos tornaram como se fosse uma verdade para condenar Jesus. Sabemos que Jesus só fez o bem e mostrou o amor de Deus que é misericordioso. 

Essa narrativa da Paixão de Jesus faz nos pensar sobre o nosso agir no mundo. Será que somos autênticos e fieis ao plano de Deus que quer todos sejam salvos, Será que somos capazes defender os inocentes e os injustiçados nesse mundo ou procuramos alternativas para ajudar os que mais precisam de ajuda. O reino de Deus está entre nós e o que podemos fazer para que o mundo seja melhor, portando nós vamos ser realmente testemunha do Cristo nos a nosso agir cristão no mundo. Devemos ser cristão em ação.

Que esta semana santa seja uma oportunidade para nos transformar a uma vida melhor na luta a favor da vida. Que possamos olhar a cruz de Cristo como um trono onde o Rei demonstrou todo seu amor, doando a sua vida completamente e derramando todo seu sangue para que a humanidade se salve, que saia da morte para a vida plena. (cf. Mt 26,14-27,66)

Tudo por Jesus nada sem Maria

Bacharel em Teologia Jose Benedito Jose Benedito Schumann Cunha)

sábado, 8 de abril de 2017

O Papa aos Jovens da JMJ: O sinodo será dos jovens e para todos os jovens

O Papa aos Jovens da JMJ: O sinodo será dos jovens e para todos os jovens
Na Basílica romana de Santa Maria Maior

Queridos irmãos e irmãs, estamos começando a semana santa. A vida é chamada de dom que vem de Deus. Nós recebemos a fé no Batismo e assim tornamos testemunha de Cristo vivo e ressuscitado no nosso meio. Todos são chamados  a ser luz nesse mundo que esta obscurecido pelo consumismo e materialismo que aniquilam os ser humano, desfigurando a imagem de Deus que está em nós.
A juventude é o momento especial de vida e ela tem muito a nos ensinar. os jovens são sonhadores e querem um mundo melhor para todos. Não vamos deixar que outras ondas tiram os jovens do caminho para o céu. A Igreja sempre está aberta a todos, principalmente aos jovens e por isso que ela vai promover um sínodo para os jovens.
Este sínodo vai ser uma grande oportunidade para que a força do Espirito Santo que anima os nossos corações, dando a todos a oportunidade de rejuvenescer os corações abatidos. A juventude é uma esperança para a Igreja que quer ser sempre renovada na força do Espírito Santa, na graça de Cristo r no amor de Deus. (Jose Benedito Schumann Cunha)

8 ABRIL 2017REDACAOPAPA FRANCISCO


(ZENIT – Roma, 8 Abr. 2017).- O Papa Francisco participou neste sábado na Basílica romana de Santa Maria Maior, da Vigília de oração promovida pelo Serviço da Pastoral Juvenil da Diocese de Roma.

Este evento realiza-se na véspera do Domingo de Ramos, quando em todas as dioceses do mundo é celebrada a Jornada Mundial da Juventude a nível diocesano, que chega em 2017 à sua 32ª edição.

Trata-se do primeiro encontro do Papa com os jovens no caminho de preparação da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, marcada para outubro de 2018 sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.

O Papa deixou a mensagem escrita e improvisou. “Esta noite, tem um duplo início de caminho rumo ao Sínodo que tem um tema longo, jovens, fé, discernimento vocacional. O Sínodo dos jovens”, disse o Papa, “e o início do caminho rumo ao Panamá”, disse.

“Um sinodo dos jovens e para todos os jovens” assegurou, nenhum deve sentir-se excluído. “Vocês são os protagonistas. Mas também os jovens que se sentem agnósticos? Sim! Também os que têm uma fé menos consolidada? Sim, e também os que estão mais afastados da Igreja, e os que se sentem ateus”, disse. Porque “os jovens tem muito que dizer aos outros, aos adultos, aos sacerdotes, aos bispos e ao Papa”.

“O mundo de hoje precisa –disse– de jovens ativos, dinâmicos, que sintam que a vida é uma vocação, uma experiência em caminho. O mundo só poderá mudar com jovens assim”. E lamentou o drama dos jovens “descartados, sem trabalho, sem ideais que possam cumprir”.

“Eu estou no fim da vida, Mas os jovens têm uma missão, de falar com os avós. Hoje mais do que nunca temos necessidade desta ponte, deste diálogo, entre os idosos e os jovens, ajudá-los a sonhar, tranformar o sonho dos nossos avós em profecia. É a tarefa que a Igreja vos dá. Não sei se estarei no Panamá em 2018, mas o Papa que lá estiver vai-vos perguntar isso”.

Na vigília esteve presente o arcebispo do Panamá e a cruz das JMJ, vinda de Cracóvia, que este domingo será entregue aos jovens panamianos.

A continuação o texto que o Papa tinha preparado mas que nao tem lido.

Queridos jovens! Esta Vigília de Oração constitui o primeiro momento de direto empenho vosso no caminho de preparação para o próximo Sínodo dos Bispos e para a Jornada Mundial da Juventude que terá lugar, no Panamá, pouco tempo depois da assembleia sinodal. O Sínodo, como sabeis, tem por tema os jovens, a fé e o discernimento vocacional.

Como escrevi na Carta aos Jovens que acompanha o Documento preparatório do Sínodo, «quis que estivésseis vós no centro das atenções, porque vos trago no coração». O Sínodo, para o qual estamos a preparar-nos, é um caminho que eu e os meus irmãos bispos queremos realizar juntamente convosco: vós deveis ser os seus protagonistas. Desejamos escutar a vossa voz e conhecer as vossas ideias, ajudando-nos assim a contribuir para a vossa alegria (cf. 2 Cor 1, 24).

Nenhum jovem se deve sentir excluído; não podemos contentar-nos de caminhar apenas com aqueles que partilham a pertença eclesial, deixando os outros fora da porta da Igreja. Todos os jovens têm o direito de ser acompanhados na sua busca de sentido, a fim de corresponderem ao projeto de Deus e encontrarem o seu lugar na vida. Aos jovens do mundo inteiro e sobretudo a vós, jovens da minha diocese de Roma e das outras dioceses do Lácio, confio a missão de envolver neste caminho sinodal os vossos amigos nas escolas, no mundo do trabalho, nos centros desportivos, nos ambientes dos tempos livres, contagiando-os com uma vida capaz de testemunhar a beleza do Evangelho.

Como sabeis, às vezes os jovens, incapazes de lidar com a solidão e o mal-estar interior, escolhem a violência para se afirmar a si mesmos. Sede vós os primeiros a reagir a estas formas de prepotência, fazendo ver a beleza de viver uns com os outros.

Permanecei ao lado daqueles que estão em dificuldade. Integrai-os na vossa amizade e caminhai com eles. O Evangelho, que escutamos, apresenta-nos a viagem jubilosa empreendida por Maria para Se pôr ao serviço de Isabel, que estava grávida de João Batista. Nesta Basílica, que é o solar mais antigo de Nossa Senhora na cidade de Roma e no Ocidente,

Ela própria nos convida a sair de nós mesmos, tomando consciência de que cada um pode dizer: «Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 273). Nesta perspetiva, podemos compreender o significado de colocar o discernimento vocacional como ponto central do próximo Sínodo.

Não basta perguntar-se «quem sou eu?», como frequentemente propõe a cultura dominante. Se ficarmos por esta pergunta, corremos o risco de acabar fechados numa visão narcisista, que impede a nossa realização. Ao contrário, é preciso mudar a direção da questão, perguntando-se «para quem sou eu?» Com efeito, a felicidade consiste no dom de nós mesmos, a exemplo de Jesus que oferece a sua vida pela humanidade. Isto mesmo nos lembra a Semana Santa prestes a iniciar.

Ao pé da cruz, encontraremos Maria e o Discípulo amado, que nos acompanham no percurso para o Sínodo. Precisamente no Gólgota, o Discípulo «cuidará do sofrimento profundo da Mãe, a Quem é confiado, assumindo a responsabilidade de cuidar d’Ela» (Sínodo dos Bispos – XV Assembleia Geral Ordinária, Documento Preparatório).

Será precisamente ele o primeiro a correr, juntamente com Pedro, para o sepulcro na manhã de Páscoa e, depois no lago de Tiberíades, a reconhecer o Ressuscitado, exclamando: «É o Senhor!» Sabemos que a ressurreição de Jesus não é um acontecimento do passado: a sua luz estendese até ao dia de hoje e alcança-nos também a nós, dando-nos a capacidade e a força para construir um mundo melhor.

Que a JMJ, que vamos celebrar amanhã em todas as dioceses do mundo, reforce a vossa fé no Ressuscitado e o desejo de O seguir com generosidade e entusiasmo. Assim, no decurso comum dos vossos dias, mesmo nos momentos mais difíceis, podereis vencer o desânimo, crer na força da vida e dar esperança ao nosso tempo. Que Maria e João, dois jovens como vós, nos apoiem neste tempo sinodal.

https://youtu.be/cKuWLQk17RE

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Um Rei que vem para libertar o seu povo

Um Rei que vem para libertar o seu povo
Domingo de Ramos Imagem 1


Queridos irmãos e irmãs, estamos começando a semana santa. Vai ser uma caminhada junto a Jesus que entra em Jerusalém como Rei em um jumento, ovacionado pelo povo. É uma entrada triunfante de um rei que está ao lado seu povo. Jesus passou três anos, fazendo milagres, mostrando o amor de Deus que não exclui ninguém e ainda valorizando o perdão, a partilha entre todos, a solidariedade que rejuvenesce os corações, o acolhimento que nos humaniza  e mais ainda revelando para nós o rosto misericordioso de Deus.

Toda a vida de Cristo e os seus ensinamentos indicam para nós que Deus não abandona seus filhos e filhas. Sabemos que o mundo hoje está dividido e confuso, apesar das novas tecnologias, o homem sente só, egoísta e longe da fraternidade universal. Vemos por todo lado incompreensões, guerras, fomes, desolações e sofrimentos que nos deixam paralisados e sem ação.

Agora com a oportunidade de vivenciar, mais uma vez, a semana santa que nos exorta para o amor extremo de Cristo que doa a sua vida em um sacrifício único e salvador de toda humanidade. Apesar de que Ele foi ovacionado pelo povo, mas foi julgado e condenado pelos poderosos da época. Um julgamento cruel e desumano. Jesus passou por martírio e ainda foi humilhado pelos que tinham poder.
Ele é o Servo de Javé predito pelo profeta Isaías. As marcas da tortura, a cruz que Ele levou até ao calvário, o seu corpo e o seu rosto, totalmente desfigurados que muitos não ousavam vê-Lo. Agora o desprezível pelos maus vai morrer na cruz, que era um castigo para os maus, embora Ele não fez nada de errado, somente fazendo o bem e proclamando a verdadeira, paz, a verdadeira riqueza e o verdadeiro amor que devemos ter com todos.

Que esta semana santa não seja momento de saudosismo e de comoção no sofrimento de Cristo, mas sim de lições que devemos tirar para na nossa vida de família, de comunidade e de mundo. Uma lição que seja de defensor da vida, da partilha e de solidariedade com todos, principalmente com os mais sofridos e excluídos de nossa sociedade.

Devemos tomar consciência que a vida, a paixão e morte de Cristo se culminou na sua vitoriosa ressurreição que abriu as portas do Paraíso para todos. A morte não tem vez mais no mundo, agora a vida venceu a morte. Nós participamos desse mistério, pois pelo batismo e pela fé nós vamos estar com Deus no Paraíso, ressuscitados para sempre no céu.

Que cada passo que dermos é para que haja nos nossos caminhos flores que mostram a beleza de Deus para as pessoas que motivam para lutar, sem perder a esperança de dias melhores para todos. Que as pontes sejam feitas, os diálogos restabelecidos, o amor propagados juntamente com o perdão que regenera os corações feridos. Desse modo o mundo se enche de multicolores que elevam os ânimos de todos para o mundo melhor até nós estarmos definitivamente no Reino de Deus preparado pela vinda e Ressurreição de Cristo, nosso salvado.

Tudo por Jesus nada sem Maria.

Bacharel em teologia Jose Bendito Schumann Cunha

terça-feira, 4 de abril de 2017

Você conversaria com alguém algo com conteúdo em um chat?


Você já está falando com alguém. Diga oi! Você: Oi! Estranho: Oi! Você: Como vai a vida? Você: O que é a vida? Estranho: Vida é uma oportunidade de aprender com experiências e desenvolver nossa consciência. Você: Boa resposta! Você novamente: Qual foi a maior transgressão que você já praticou na vida? Estranho: Eu já matei um passarinho quando criança. [risos] Você: Deu um enterro decente para ele ou só o depenou, assou-o e comeu-o? Estranho: Só enterrei mesmo. Arrependi-me e agora amo a vida de todos os animais. Você: Os animais foram feitos para nos alimentar também. Comê-los nos dar força! Estranho: Animais também estão em uma oportunidade. Não devemos interrompê-la”.

O diálogo ocorre em uma sala de bate-papo virtual. A conversa poderia ser sobre sexo, principal motivo pelo qual os chats são acessados. Mas longe da trivial chatura e tédio dos chats, estas duas pessoas desconhecidas fizeram algo diferente. “Você: Você é espírita? Estranho: Sou espiritualista. Espírita não. Você: O que é ser espiritualista? Estranho: Espiritualista é ser livre de dogmas. Pesquise no Google “dor da realidade”. Busque “dor dos caminhos ocultos às massas”, etc... Você segue alguma religião? Você: Minha formação é católica, mas ultimamente tenho me afastado das religiões. Você já assistiu o programa ‘Provocações, 15 anos no ar caminhando no incerto idolatrando a dúvida’. Estranho: Nunca vi! Onde passa? Você: TV Cultura. Era apresentado pelo Antônio Abujamra, que faleceu em 28 de abril de 2015. Há arquivos disponíveis no www.youtube.com. Estranho: Vou pesquisar”.

O bate-papo se desenvolve espontaneamente. “Você: ‘Este programa pode não ser uma janela aberta para o mundo, mas é certamente um periscópio sobre o oceano do social’. Estranho: Adoro isso. Você: ‘Provocações! Meu Deus do Céu! Provocações!’ E agora nós temos aqui uma pessoa desconhecida, que não sei o nome, mas gostaria de conhecer. Quem é você? Estranho: [risos] Também quero te conhecer. Você parece ter a mente aberta. Você: Sou João Renato Diniz Pinto. Formei-me em jornalismo na Fumec-BH. Exerci o jornalismo de 2003 a 2013. Depois eu trabalhei em um hotel durante três anos e meio. Sou canceriano. Nasci em 23 de junho de 1979 em Montes Claros/MG. Estranho: Eu sou Danilo César da Silva, 36 anos, trabalho na área de técnico em desenvolvimento em fundição e usinagem em Batatais-SP. Ariano”.

Apresentados agora, os estranhos são revelados. Quem era estranho para um foi descoberto pelo outro, e vice-versa. E a entrevista em homenagem ao programa “Provocações”, da TV Cultura, e do seu apresentador Antônio Abujamra prossegue entretida. O jornalista pergunta ao técnico em desenvolvimento em fundição e usinagem. “Hoje é mais fácil ficar rico do que antigamente?”. Ao que Danilo da Silva responde. “Depende muito do feeling de cada um, sair da caixa de areia das mesmices, arriscar algo inovador, ficar como as massas não leva a lugar nenhum”, considera. “Meu feeling não é bom para ficar rico”, interrompo. Da Silva continua seu pensamento. Ele critica a forma de produção do www.youtube.com. “Por exemplo, o YouTube transformou muitos desconhecidos em ricos do nada”, opina. João Pinto interrompe novamente. “Mas o YouTube também tem algum conteúdo não?”. “O que importa é ter inscritos e views, não conteúdo. A TV só se importa com Ibope, não conteúdo. A impressa só quer atenção, não conteúdo. Isso torna nossa cultura um mar de lama”, argumenta Da Silva.

“‘Ai de mim! Ai de mim! Provocações! Que palavra tão forte! Provocações! Como está o seu país?’”, novo questionamento é feito pelo entrevistador. Danilo é bem direto. “Podre!”. “‘Como estão a educação e a cultura em seu país?’”. “Devido às coisas que falei, estão afundadas em imbecilidades esquerdistas”, radicaliza o paulista. O jornalista, no entanto, faz uma observação. “Mas a dita esquerda (Luís Inácio Lula da Silva/PT) não se uniu à Direita (José Alencar Gomes da Silva/PL, hoje PR) para vencer as Eleições de 2003? Por que só a esquerda é tão crucificada?”. “Porque esta República é uma farsa descarada que ilude o povão com pão e circo”, afirma e é provocado novamente. “‘Quem causou maior mal ao mundo: a ciência, a religião ou os bancos?’”. “Os bancos, com certeza. O sistema capitalista elevou minorias e escravizou a maioria”, declara. “‘Você chora?’”. “Às vezes choro sim. Sozinho. Com as lembranças ruins e a realidade implacável”, abre-se o entrevistado. E o bate-papo informal se encaminha para o fim.

“‘Que pergunta você gostaria que eu tivesse feito, mas eu não fiz?’”. “Bom... Qual o significado de Deus na sua concepção? seria uma questão”. “Responda então”. “Deus é a essência de tudo que existe. Do sutil ao denso. Do não manifestado ao nosso universo”. “Faz de conta que este aqui é o espaço de maior liberdade da comunicação mundial. Liberte-se de suas amarras e diga-nos o que você gostaria de dizer para a sociedade. Desabafe”. “Pessoas do Planeta Terra: estou aqui para dizer que estamos todos imersos em ilusões que nos tiram da nossa Verdadeira Vontade. Vamos despertar para uma realidade onde acontecimentos externos não nos influenciem. Onde temos força inabalável quando nós unimos em prol do equilíbrio social, da retirada deste sistema corrupto e inútil. Vamos analisar quais formas de governo funcionaram pelo mundo e copiar as fórmulas de sucesso, independente de interesses egoístas capitalistas e escravistas. Vamos nos unir para impor nossa vontade. Nossa Verdadeira Vontade não é vontade egoísta [e sim] a vontade de viver com prazer no que se faz”.

Antônio Abujamra costumava terminar “Provocações”se levantando da cadeira e direcionando-se ao entrevistado com a intençãocordial de abraçá-lo. “Me dá um abraço aqui que a única coisa falsa que existeaqui é o abraço”, brincava de um modo peculiar. A reação do Danilo da Silva foi de risos.

Provocações!!! Você já fez isso antes com alguém aqui do chat? Essa entrevista?”, pergunta curioso Danilo. “‘Ai meu Deus do céu! Não há de dizer nada. Provocações!’. “Você foi o primeiro”. “Vou te dizer uma coisa: ficou legal esta entrevista. Duvido muito que você encontre alguém com esse interesse por aqui. É difícil. Este chat reflete um pouco da imbecilidade humana”, pensa Danilo da Silva. O mineiro tenta amenizar o radicalismo do paulista. “Aqui é um chat, mas há pessoas aqui interessadas em conteúdo. São poucas, mas há. Já encontrei algumas. Nosso trabalho é de formiguinha”. “Às vezes eu entro aqui justamente para analisar o comportamento humano. Já encontrei cada tipo...”, conta Danilo da Silva e comenta ainda. “Foi muita coincidência entrar e logo de primeira encontrar alguém tão acima da média por aqui. Obrigado”. “Nós somos acima da média”.  “Jung diria sincronicidade”. “Empatia... Sincronia...”. “Sim!”. “Deu certo! Basta ter fé!”. “Fé é necessário mesmo”. “E muito!”

“Provocações!!!!”

Ser humano de verdade


“(...) a consciência da necessidade de entabular relações com os indivíduos que o cercam marca para o homem a tomada de consciência de que vive efetivamente em sociedade (...)” [A Ideologia Alemã, de Karl Marx e Friedrich Engels]

 

Quando em 12 de novembro de 1978 nascia Érica Romina Andrade Xavier, João Paulo II tomava posse como papa e iniciava o seu pontificado inovador, o mundo estava em guerra fria entre os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e os regimes totalitários predominavam em países ocidentais. O que João Paulo II combateu na sociedade contemporânea como cultura da morte é o que enfrenta no dia a dia a enfermeira formada pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Érica Xavier, desde 2010 quando foi criado o grupo de cuidados paliativos “Mãos que cuidam” da Fundação Dílson de Quadros Godinho, antigo Hospital São Lucas.

 

Constituído por enfermeira, oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, médicos especialistas em dor, psicólogos, assistentes sociais e vários voluntários de diversas áreas, o grupo alivia as dores de pacientes terminais com câncer ao oferecer a eles mais vida. “São as mãos que abraçam, as mãos que acolhem, as mãos que intercedem pelo paciente para trazer qualidade de vida a ele e à sua família. Trazemos dignidade ao doente para que ele não viva apenas esperando a morte chegar e sim viva de fato até o seu último suspiro”, esclarece a enfermeira paliativista, especialista em saúde da família e coordenadora do grupo.

 

A Fundação Dílson de Quadros Godinho é referência no Norte de Minas Gerais no tratamento de pacientes com câncer, desde adolescentes a idosos. Por dia, o centro de oncologia da entidade atende mil e 200 pessoas. O grupo de cuidados paliativos “Mãos que cuidam” é o único atuante na região e, em sete anos de existência, atendeu mais de 700 pacientes e seus familiares. Atualmente o grupo acompanha 30 pacientes com câncer em estado terminal. Ela ressalta que o trabalho não deve ser confundido com a eutanásia e os enfermos são orientados a viver em casa com a família, parentes e amigos íntimos.

 

“O câncer não escolhe idade. Não que a incidência de câncer tenha aumentado. Não havia tecnologias para diagnosticar a doença”, comenta Érica Xavier ao apontar para o modo de vida pós-moderno como possível causador da doença, como sedentarismo, obesidade, fumo e álcool. “Faz parte do mundo atual a existência de fast foods, drugstores (farmácias 24 horas), estresse gerado pelas longas jornadas de trabalho e as mudanças trazidas pela maneira de viver” na pós-verdade. Antes os jovens jogavam futebol na rua, saiam para namorar, faziam amizades entre desconhecidos. Hoje a juventude está na frente do videogame e das redes sociais virtuais, refém da indústria cultural, exemplifica a enfermeira.

 

Ela conta como é o processo em que o doente é transferido do hospital para casa ao citar recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que indica tratamento curativo e paliativo. “O paciente inicia o tratamento no hospital. Na ausência de resposta, de cura, o enfermo é encaminhado aos cuidados paliativos. Aí a gente cria o núcleo familiar porque a família também adoece junto. Nesse momento de finitude da doença, alguns sintomas físicos, espirituais e sociais se exacerbam. Procuramos então controlar esses sintomas”, observa. “Um dos nossos princípios não é nem prolongar a vida, nem antecipar a morte. A gente não quer dar mais sofrimento ao paciente. A gente quer oferecer mais intensidade e qualidade de vida aos dias que lhe restam”, pontua Érika Xavier ao destacar a sociabilização das pessoas.

 

“Reinserimos o paciente socialmente. Procuramos realizar seus sonhos. Já conseguimos mandar pacientes para a praia, fizemos minirreformas na casa dele, levamos o enfermo para passear no shopping, jantar em um restaurante”, enumera a enfermeira e salienta que os cuidados paliativos podem ser feitos em hospitais, ambulatórios, hospices (serviços em domicílio que acolhem paciente e família até o fim da vida).

 

“Montes Claros só tem os nossos serviços de cuidados paliativos. Priorizamos o atendimento domiciliar por ser mais humanizado. O paciente é tratado em casa e o óbito preferencialmente é junto aos seus familiares”, reforça. O grupo “Mãos que cuidam” já teve que viajar para Bocaiuva e Janaúba, mas sugere que equipes de saúde do município sejam treinadas e capacitadas para atuar localmente. “Procuramos sempre estar aprimorando nossa formação em seminários, jornadas cientificas, palestras”, completa Érica Xavier.

 

Ela cita o idealizador do grupo como o grande incentivador do trabalho: é o médico, especializado em cirurgia oncológica e professor das Faculdades Unidas Norte de Minas (Funorte), Cláudio Henrique Rebello Gomes. “Ele tinha um tio acometido por câncer e que gostaria que fosse tratado em casa. O tio tinha dores terríveis e havia muitas dificuldades para conseguir as drogas necessárias para o alívio dos sintomas. Diante do sofrimento do ente querido e de outros pacientes, ele decidiu implantar o grupo na Fundação Dílson Godinho com o apoio irrestrito da diretoria”, garante a enfermeira e coordenadora do “Mãos que cuidam”.

 

O médico Cláudio Gomes acrescenta que a ideia de desenvolver o trabalho veio com a sensibilização da sua mãe, Vera Lúcia Athayde Rebello Gomes, falecida aos 53 anos. Ela fazia uma quimioterapia para combater um câncer no reto e via todo dia a agonia de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em sua luta por saúde digna. Comoveu-se e pediu ao filho para pensar em projetos que pudessem amenizar essa realidade social. A doença do tio de Cláudio Gomes, que também era médico, apenas carimbou o ofício de urgência em melhorar a saúde em todo o Brasil através de medidas simples. Se tratado em casa, o paciente em estado terminal libera leitos de hospitais e colabora para que o enfermo tenha seus últimos dias de vida ao lado da família. “Meu tio tinha câncer no estômago. Tirar morfina de dentro de hospital é quase um tráfico de drogas”, critica o médico a falta de discernimento governamental e burocracia excessiva para que um processo mais humano de vida se desenvolva no país. “O sofrimento foi muito grande, mesmo pagando” caro, confessa. Cláudio Gomes.

 

Ele sugere a leitura do livro “Quando as luzes se apagam”, uma publicação da Loja Maçônica Antônio Lafetá Rebello. O livro trata “do medo e da angústia deles mesmos [dos voluntários que lidam com pacientes em estado terminal] de falar da morte de outras pessoas”. O livro foi publicado, vendido e toda a sua renda destinada à Casa da Terceira Idade Senhora Sant’Ana, no Monte Carmelo.

 

O que falta então é mais piedade por parte do Estado Democrático de Direito Brasileiro. Porque, de boas ações, o Brasil e os brasileiros já são líderes mundiais há muito tempo, desde os anos 1500.

 

Fé em Deus

 

Conforme definições de 2002 da Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçadas pelo Instituto Nacional do Câncer, “cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”. No Distrito Industrial, em Montes Claros, esses cuidados paliativos são realidade na casa do Programa “Minha Casa, Minha Vida” e que agora pertence à evangélica da Igreja “Deus é Amor”, Delma da Silva, 42 anos, que distribui sua alegria à espera da equipe da revista “Tempo” e sobretudo da dupla dinâmica do grupo de cuidados paliativos “Mãos que cuidam” da Fundação Dílson Godinho.

 

A enfermeira Érica Romina Andrade Xavier e o técnico de enfermagem Francisco Gomes dos Santos são recepcionados com festa na sala de visitas da casa. Mesmo na luta contra um câncer no reto que a priori venceu em 2005 depois de ser submetida à cirurgia e quimioterapia, Delma da Siva se agarra à sua fé em Deus para combater um câncer no intestino, diagnosticado em 2006. “Os médicos me explicaram” minha situação. Mas, “tendo Jesus à frente e com Deus na vida”, permaneço viva. Delma nasceu em São Paulo. Residiu um tempo em Belo Horizonte. Aos nove anos veio morar em Montes Claros.

 

Na juventude, enamorou-se com Marcos Welu Gonçalves dos Reis e constituiu família: Iara e Marcos Vinícius são fruto desse amor. A sua filha a ajuda nos trabalhos domésticos. “Minha família é unida, graças a Deus”, afirma ao reclamar calmamente de uma asma, o que a faz ter falta de ar. “Posso fazer umas coisas bem levinhas, mas não serviço pesado. Juliana, minha cuidadora, trouxe alguns bordados para eu fazer”. Em virtude do câncer, “tomei trauma de quimioterapia. Gosto de ficar em casa. Tenho trauma de hospital”, declara. Em hospitais, “tem hora que chega gente pior que a gente e a gente fica impotente diante daquela situação”, entristece-se. A respeito do trabalho do grupo de cuidados paliativos “Mãos que cuidam”, Delma é eufórica. Eles “já fazem parte da minha família. Vocês podem anotar aí. O trabalho é maravilhoso, muito bom. É bênção essas pessoas em minha vida”, elogia.

O grupo costuma realizar sonhos de pacientes com câncer em estado terminal. O sonho de Delma era visitar o shopping e a surpresa aconteceu na época de Natal. “Foi uma bênção, inesquecível aquele dia. Gostei demais das casinhas do Papai Noel”, relembra. Ela é convidada agora para passear de avião. Delma não quer. Morre de medo. “Acho bonito o avião andando lá em cima”. E quanto ao câncer, a fé em Deus e em seu filho Jesus Cristo é a solução. “Crer em Deus”, testemunha.

 

Dois anjos

 

“Fico até emocionada quando falo. Para mim, foram dois anjos que apareceram em minha vida. Na fase mais difícil da doença, eles nos auxiliaram. São pessoas que, além do profissional, sensibilizaram-se humanamente conosco”. O reconhecimento é de Maria Lúcia Sebastiana de Almeida Viana Mendes ao grupo de cuidados paliativos “Mãos que cuidam” da Fundação Dílson de Quadros Godinho, representado pelas pessoas de Érica Romina Andrade Xavier e Francisco Gomes dos Santos. Foram sete meses de acompanhamento ao paciente Renato Mendes Cardoso, marido de Maria Mendes. “Liga para o Francisco. Liga para a Érica”, conta a esposa a reação ansiosa de Renato quando a doença começava a fragilizar a saúde dele. O paciente passou a se alimentar através de uma sonda. “Teve infecções várias vezes”, relata emocionada a esposa. “Criamos vínculo afetivo com a Érica e o Francisco. São pessoas maravilhosas, seres humanos de verdade”, reforça.

 

O paciente Renato Mendes Cardoso sofreu de câncer de próstata com metástase óssea durante 13 anos. Faleceu aos 80 anos, em 06 de dezembro de 2016. Era trabalhador rural em Manga e Januária. Comprava e vendia terra e gado. Quase não tinha instrução escolar (estudou pouco), porém possuía um tino para os negócios de fazer inveja a muito administrador de empresa. Tinha o temperamento forte, era honesto e conservador. Teve sete filhos: quatro com a primeira companheira e três com Maria Mendes, com quem está casado desde 1981.

 

“Levou a vida normalmente sempre achando que ia ficar bom. Não ficou deprimido. Só agora nos últimos meses que ele deu uma baqueada. Estava perto de fazer a viagem” nenhum pouco aguardada, revela Maria Mendes ajudada pela filha caçula Rosângela Viana Cardoso. “Dava um pouquinho de trabalho. Chamava sempre a minha mãe. A doença o fez melhorar como pessoa. Faleceu em casa junto com toda a família. Minha mãe estava dando banho nele”, recorda Rosângela Cardoso.

 

Texto-Reportagm: João Renato Diniz Pinto

Produção: Revista “Tempo”
Data: 10/02/2017

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Setor Juventude Arquidiocesano já recebe inscrições para Campeonato de Futsal

Começam as inscrições para a segunda edição do Campeonato Arquidiocesano de Futsal organizado pelo Setor Juventude. São aceitos adolescentes e jovens de 16 a 30 anos, do sexo masculino. Só será autorizado um time por paróquia da Arquidiocese de Montes Claros. Cada equipe deverá ter, no mínimo, de oito a, no máximo, 12 jogadores.

Com custo de R$ 120,00 por time, as inscrições podem ser feitas em horário comercial na sede do Setor Juventude Arquidiocesano: Rua Januária, 387, Centro de Montes Claros. Em um primeiro momento, o objetivo do torneiro é fazer a integração dos jovens dos diversos grupos da cidade-sede da Igreja.


A segunda edição do Campeonato Arquidiocesano de Futsal acontece nos dias 02, 03, 04, 09, 10 e 11 de junho de 2017. Uma realização do Setor Juventude da Arquidiocese de Montes Claros! Fiquem atentos com a programação! Outras informações pelo telefone (38) 3016-2936.

domingo, 2 de abril de 2017

A vida tem valor

A vida tem valor

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Hoje a liturgia celebra o quinto domingo da quaresma. Fizemos uma caminhada e estamos já quase prontos para celebrar a Pascoa do Senhor. A Igreja nos orienta e nos ajuda a termos consciência através da catequese Batismal da Quaresma. Tivemos a oportunidade  de ver: Cristo, água para a nossa sede (quaresma), Cristo é a luz para as nossas trevas humanas e espirituais e Cristo é a ressurreição e vida para todos ( sobre a morte e ressurreição de Lazaro).

Como que chegamos a ser cristãos?  Sabemos que pelo Batismo recebemos a água viva que é Cristo, o dom da graça que nos dá vida com a ressurreição. Pelo Batismo morremos pelo pecado e ressuscitamos para uma vida nova em Cristo.

A profecia de Ezequiel nos comunica a vida nova. O contexto é que o Povo estava exilado na Babilônia, sem perspectiva com desespero e sem nenhum futuro. Essa situação é de uma situação de morte. O papel do profeta é importante nesse momento triste para o povo, pois ele vai ajudar a alimentar a esperança de dias melhores para os exilados e ainda fazer que todos vejam que Deus nunca abandona o seu povo. Ele mostra isso no texto com a visão dos ossos ressequidos que se levantam dos túmulos e através do sopro de Deus, então eles ganham novamente a vida. Ai que fica uma mensagem para nós, a onde tem morte, Deus dá vida, a onde tem desespero coloca a esperança nova e aonde há escravidão vem a verdadeira liberdade.

Precisamos sempre se perdoar, ter amor, ter misericórdia, ter solidariedade e partilha com todos para que esse mundo se encha de vida plena com Deus.  (cf. Ez 37,12-14)

O apostolo Paulo nos faz recordar que o Espirito de Deus ressuscitou Cristo e o levou para a gloria sem fim do Pai. Sabemos que Cristo é a certeza e garantia da nossa verdadeira ressurreição. Foi no batismo que recebemos a semente da ressurreição, pois o Espirito de Deus, pois Ele é que nos dá a vida eterna que não acaba. (cf. Rm 8,8-11)

O evangelista João nos mostra Cristo como o dono e senhor da vida no episodio da ressurreição de Lazaro. A família dele era apenas de três pessoas, isto é Lazaro e duas irmãs. Temos o seguinte: há um fato: mandaram dizer a Jesus que Lazaro estava doente, aparentemente Jesus não se preocupa, mas os apóstolos estranham essa atitude de Jesus, pois Lazaro era amigo de Jesus.
Mesmo assim Jesus os tranquiliza, dizendo “essa doença é para a gloria de Deus”, pois ele esta dormindo e ainda fica com os apóstolos mais dois dias até chegar na casa de Lázaro, mas quando chega lá e no encontro com irmã de Lazaro, Marta, Jesus chora devido a comoção pela morte de Lázaro. Esse choro não é de alguém que está com desespero, mas de afeto e de solidariedade. Esse modo de agir faz com que o povo exclama: como que Ele o amava.

No dialogo com as irmãs dele, Jesus disse: eu sou a ressurreição e a vida e aquele que crer, mesmo que esteja morto viverá. A Marta professa a fé em Cristo, dizendo eu sei que tu é o Cristo, o filho do Deus vivo, pois creu na Palavra de Cristo. Jesus ora a Deus Pai e depois diz Lazaro sai para fora, desatai-o e deixa-o andar. Assim, Jesus é que nos dá vida eterna. A solidariedade do povo e de Cristo pela dor da morte de Lazaro são a força de Cristo que revive o homem Lazaro. (cf. Jo 11,1-45)

Quando estamos com Cristo, nós não temos a morte como a ultima palavra, mas de vida nova que nos leva a verdadeira liberdade. Que a pascoa seja para nós é de celebrar a vida que nunca acaba


Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha)