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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

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segunda-feira, 13 de maio de 2024

Jubileu, as normas para obter indulgências

  Jubileu, as normas para obter indulgências



A Penitenciaria Apostólica divulgou o documento que indica as modalidades, as práticas e os lugares sagrados, em Roma e no mundo inteiro, onde será possível obter esse dom de misericórdia durante os meses do Ano Santo, particularmente em peregrinações e com obras de caridade

Jubileu 2025: concessão da indulgência, tornar-se peregrinos de esperança

 “A indulgência é uma graça jubilar”, que “permite descobrir como é ilimitada a misericórdia de Deus”. A Penitenciaria Apostólica cita a Spes non confundit - a Bula com a qual o Papa proclamou o Jubileu de 2025 na quinta-feira passada, 9 de maio - para explicar em um documento detalhado os lugares e as possibilidades que permitirão aos fiéis obter esse dom concedido pelo Papa a partir do próximo dia 24 de dezembro, quando começa o Ano Santo.

Indulgência e peregrinações

As “Normas sobre a concessão de Indulgências”, que levam a assinatura do cardeal penitencieiro-mor Angelo De Donatis e do regente dom Krzysztof Nykiel, esclarecem, em primeiro lugar, que “durante o Jubileu Ordinário de 2025 todas as outras concessões de Indulgência permanecem em vigor” e que, portanto, nas condições habituais, também será possível obtê-la e aplicá-la “às almas do Purgatório sob forma de sufrágio”. Mas certamente são as peregrinações que são particularmente enfatizadas pela Penitenciaria, tanto aquelas a Roma, em “pelo menos uma” das Basílicas Papais Maiores, quanto à Terra Santa, em pelo menos uma das Basílicas do Santo Sepulcro em Jerusalém, da Natividade em Belém e da Anunciação em Nazaré.

A indulgência também pode ser obtida, especifica o documento, participando da Missa, do Terço, da Via-Sacra e de outras celebrações em uma peregrinação “a qualquer local sagrado do Jubileu” ou “em outras circunscrições eclesiásticas”, catedrais e igrejas, de acordo com as disposições dos bispos locais. O documento também indica como destino outros lugares sagrados em Roma e no mundo inteiro - incluindo os grandes santuários e basílicas como Assis, Loreto, Pompéia e Pádua - e também destaca as modalidades para aqueles que “por motivos graves” (irmãs de clausura, doentes, prisioneiros, etc.) ainda poderão obter uma indulgência sem participar de peregrinações e celebrações.

Indulgência, obras de misericórdia e penitência

Na linha de Spes non confundit, onde Francisco afirma que, “no Ano Jubilar, seremos chamados a ser sinais palpáveis de esperança para muitos irmãos e irmãs que vivem em condições de dificuldade”, as Normas da Penitenciaria esclarecem que a indulgência está “também ligada às obras de misericórdia e penitência”. O convite aos fiéis é para redescobrir as obras de misericórdia corporais e espirituais, portanto, ao escolher visitar os doentes, os presos, os idosos em solidão, pessoas com alguma deficiência, será possível obter uma indulgência em cada visita, mesmo uma vez por dia.

A mesma possibilidade está ligada, continua o documento, a iniciativas “que implementem de forma concreta e generosa o espírito penitencial, que é como que a alma do Jubileu”, em particular redescobrindo “o valor penitencial das sextas-feiras” com a abstenção “ao menos por um dia” de distrações fúteis “reais, mas também virtuais”, como as induzidas pela mídia e pelas redes sociais), de “consumos supérfluos”, praticar o jejum conforme indicado pela Igreja, por exemplo, “devolvendo uma soma proporcional em dinheiro aos pobres” ou “apoiando obras de caráter religioso ou social”, em favor da defesa e da proteção da vida, das crianças abandonadas, dos jovens em dificuldade, dos idosos necessitados ou sós, dos migrantes, ou ainda “dedicando uma parte proporcional do tempo livre a atividades de voluntariado”.

Sacramento da Reconciliação

O Ano Santo, afirma a Penitenciaria na introdução das Normas, é um período especial para experimentar o perdão divino. Por isso, na parte conclusiva, é dado espaço a tudo o que facilita o acesso à Confissão, com uma série de faculdades concedidas aos bispos a esse respeito e com um convite a todos os sacerdotes para que ofereçam, “com generosa disponibilidade e dedicação a mais ampla possibilidade de os fiéis usufruírem dos meios da salvação”. Também são sugeridas indicações práticas, como a publicação de “horários para as confissões”, a exortação para que estejam “presentes no confessionário, programando celebrações penitenciais de forma fixa e frequente”, pedindo também a ajuda de sacerdotes idosos que não tenham tarefas pastorais definidas. Uma recomendação final aos bispos é que tenham “o cuidado de explicar claramente as disposições e os princípios” subjacentes à concessão de indulgências, “tendo em conta de modo particular as circunstâncias de lugar, cultura e tradições” de cada povo.

domingo, 12 de maio de 2024

"a exemplo de Jesus, afastar-se da maldade e se aproximar de quem sofre"

Papa Francisco: a exemplo de Jesus, afastar-se da maldade e se aproximar de quem sofre



Na Solenidade da Ascensão do Senhor, que a Igreja de muitos países, inclusive do Brasil, celebra neste domingo (12/05), o Pontífice exorta a seguir o caminho de Jesus. É como uma "escalada em grupo" pelas montanhas: enfrenta-se dificuldades na subida, mas "passo a passo", "com alegria" - e como Maria que já alcançou a meta -, percorremos um caminho consciente e transformado pelo Espírito rumo à glória do Céu.

Na alocução que precedeu a oração mariana do Regina Caeli deste domingo (12/05), o Papa Francisco refletiu sobre o Evangelho do dia (Mc 16,19), data em que a Igreja de muitos países, inclusive do Brasil, celebra a Solenidade da Ascensão do Senhor. A liturgia mostra que Jesus aparece aos Apóstolos e confia "a tarefa de continuar a sua obra". Com o retorno ao Pai, comentou o Pontífice, Cristo não se separa de nós, mas precede o nosso destino.

Francisco sugeriu a imagem das montanhas para compreender a Palavra, quando se sobre em direção a um cume: "caminha-se, com dificuldade, e, finalmente, em uma curva do caminho, o horizonte se abre e se vê o panorama". Nessa hora as forças são redobradas para chegar ao topo: "e nós, a Igreja, somos exatamente aquele corpo que Jesus, tendo subido ao céu, arrasta consigo como em uma 'escalada em grupo'”, mostrando "passo a passo", "com alegria", "a beleza da Pátria para a qual estamos caminhando". E o Papa mostra quais são esses passos a serem dados até o caminho final:

“Dar vida, levar esperança, afastar-se de toda maldade e mesquinhez, responder ao mal com o bem, aproximar-se dos que sofrem. Esse é o 'passo a passo'. E quanto mais fizermos isso, mais nos deixamos transformar pelo Espírito, mais seguimos o seu exemplo, e mais, como nas montanhas, sentimos o ar ao nosso redor se tornar leve e limpo, o horizonte amplo e a meta próxima, as palavras e os gestos se tornam bons, a mente e o coração se expandem e respiram.”

Ao final da reflexão, o Papa pediu a intercessão de Maria para nos ajudar a chegar à meta, que ela já alcançou, através de um caminho consciente rumo à glória do Céu:

“Então podemos nos perguntar: está vivo em mim o desejo por Deus, o desejo por seu amor infinito, por sua vida que é vida eterna? Ou estou um pouco castigado e ancorado às coisas passageiras, ou ao dinheiro, ou ao sucesso, ou aos prazeres? E o meu desejo pelo Céu, me isola, me fecha ou me leva a amar os meus irmãos com um coração grande e desinteressado, sentindo que eles são meus companheiros no caminho ao Paraíso?”

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2024-05/papa-francisco-regina-caeli-12-maio-2024.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 11 de maio de 2024

"guerra é um engano, a paz é alcançada pelo reconhecimento da humanidade comum"

  O Papa: guerra é um engano, a paz é alcançada pelo reconhecimento da humanidade comum



“A guerra é um engano, assim como a ideia de segurança internacional baseada na dissuasão do medo. Para garantir uma paz duradoura, precisamos voltar ao reconhecimento da humanidade comum e colocar a fraternidade no centro da vida das pessoas”. Palavras do Papa Francisco no encontro com os participantes do Encontro Mundial sobre a Fraternidade Humana neste sábado, (11/05) no Vaticano

Na manhã deste sábado (11/05) o Papa Francisco recebeu os participantes do Encontro Mundial sobre a Fraternidade Humana que se propõe a promover os princípios apresentados na Encíclica Fratelli tutti. Ao saudá-los disse: “Em um planeta em chamas, vocês se reuniram para reafirmar seu ‘não’ à guerra e seu ‘sim’ à paz, dando testemunho da humanidade que nos une e nos faz reconhecer irmãos, na dádiva mútua de nossas respectivas diferenças culturais”.

Compaixão

Depois de citar Martin Luther King que afirmava “ainda não aprendemos a simples arte de viver juntos como irmãos”, Francisco acrescentou: “Como podemos, concretamente, voltar a fazer com que cresça a arte de uma convivência que seja verdadeiramente humana?”, sugerindo em seguida a atitude-chave proposta pela Encíclica Fratelli tutti: a compaixão. Para explicar Francisco recorda um episódio de São Lucas no qual Jesus conta a história de um samaritano que, movido pela compaixão, aproxima-se de um judeu que os ladrões deixaram meio morto à beira da estrada. "Vejamos esses dois homens", afirmou o Papa, "suas culturas eram inimigas, suas histórias eram diferentes e conflitantes, mas um se torna irmão do outro no momento em que se deixa guiar pela compaixão que sente por ele - poderíamos dizer: ele se deixa atrair por Jesus presente naquele homem ferido".

Construir boas políticas

O Papa recordou em seguida os trabalhos que os participantes farão na parte da tarde para a elaboração de algumas propostas à sociedade civil, centradas na dignidade da pessoa humana, para construir boas políticas, com base no princípio da fraternidade, que "tem algo de positivo a oferecer à liberdade e à igualdade" (Fratelli tutti, 103).

“Aprecio essa escolha e o encorajo a prosseguir com seu trabalho de semeadura silenciosa. Dela pode surgir uma ‘Carta do Humano’ - 'Carta do humano' que inclui, além dos direitos, o comportamento e as razões práticas do que nos torna mais humanos na vida”

Depois o Papa agradeceu o grupo de ilustres vencedores do “Prêmio Nobel” presentes, sobretudo pelo compromisso que assumiram este ano na reconstrução de uma "gramática da humanidade", "gramática do humano", na qual basear escolhas e comportamentos. “Exorto-os a seguir em frente”, disse Francisco “a fazer crescer essa espiritualidade da fraternidade e a promover, por meio de sua ação diplomática, o papel dos organismos multilaterais”.

Fraternidade no centro da vida

Por fim reiterando a importância da fraternidade ainda afirmou:

“A guerra é um engano, a guerra é sempre uma derrota, assim como a ideia de segurança internacional baseada na dissuasão do medo. É um outro engano. Para garantir uma paz duradoura, precisamos voltar ao reconhecimento da humanidade comum e colocar a fraternidade no centro da vida das pessoas”

Concluindo com as palavras: “A paz política precisa de paz nos corações, para que as pessoas possam se encontrar na confiança de que a vida sempre vence todas as formas de morte”. Francisco recordou ainda do encontro que se realiza na parte da tarde no Vaticano com os jovens sugerindo: “Observemo-los, aprendamos com eles, como nos ensina o Evangelho: se ‘não vos tornardes como crianças, não entrareis no reino dos céus’ (Mt 18,3). Façamos todos desse abraço um compromisso de vida e um gesto profético de caridade”.

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sexta-feira, 10 de maio de 2024

Jesus vai para o céu e nos dá uma missão

Jesus vai para o céu e nos dá uma missão



 Queridos irmãos e irmãs em Cristo, estamos celebrando o Domingo da Ascensão do Senhor aos céus. Aqui vamos celebrar um acontecimento que marca o início da missão da Igreja no mundo com todos os batizados. Somos missionários por natureza e desejo de Deus. Não podemos jamais ficar na comodidade de nossas igrejas ou casas sem pensar o que fazer para que o evangelho de Cristo seja propagado em todos os cantos da Terra.

Essa missão de evangelizar é dada por Cristo e ninguém pode deixar isso de lado. O mundo precisa de missionários que vão aonde muitos estão sem ouvir a Palavra da Salvação.

No Livro dos Atos dos apóstolos (At 1,1-11) que tem como objetivo de nos m mostrar que os ensinamento e atos de Jesus estão sendo agora feitos pelas comunidades cristão que vão aderindo a Cristo. 40 dias após a Páscoa,

Isso é um número simbólico que podemos entender como um tempo necessário que nós amadurecemos na fé do Ressuscitado para tornar-se aptos na propagação do Cristo vivo no meio de nós. É a intimidade e os conhecimentos de Cristo que vamos tendo e fortalecendo a fé nele sem titubear nas provações e martírios que seguem os que aderem plenamente no Senhor Jesus.

Agora é necessário que fiquemos na Espera do Espírito Santo que vai sustentar e dar força na missão evangelizadora que segue até hoje. Somos fortes na força do Espírito, na Palavra de Deus e na eucaristia que nos alimenta espiritualmente. Fazemos parte do corpo de Cristo. Seremos testemunhas de Cristo em todos os recantos do mundo. Há muita gente esperando o Evangelho de Cristo que salva.

A Ascensão não termina a missão de Cristo, mas agora a Igreja desponta como estrela guia para novos cristãos autênticos que vão ter uma intimidade com o Mestre e ainda vai repassar tudo que ele ensinou e agiu na pessoa de Cristo em todos os lugares que formos.

Na carta de Paulo aos Efésios (Ef 1,17-23) nos mostra Paulo falando a dimensão da Ascensão como ápice e glória de Cristo. Ele voltará com poder e glória para julgar com misericórdia a todos. A Ascensão nos remete que a humanidade toda estará na glória de Deus com todos os santos e anjos, louvando a trindade eternamente,

O Evangelho de Mateus (Mc 16, 15-20) nos mostra que a nossa missão de batizados é fazer acontecer a Evangelização do mundo. Jesus parte para o céu e nos manda evangelizar a todos na Trindade. Quem crer e for batizado será salvo.

É estar com Cristo, viver o que Cristo diz e fez. Ser autênticos missionários. Muitos esperam palavras, gestos e ações concretas que ajudem a transformar vidas. Devemos ser condutores de vida e de esperança de um mundo justo e igualitário para todos.

Que o banquete da vida seja para todos e assim ninguém fique fora. Pobres, ricos, doentes e marginalizados vão ter vez e voz no banquete da vida que começa na terra e se culmina no céu. A fé e a adesão a Cristo são elementos essenciais para seguirmos de fato o Cristo. Não podemos ficar parados, acomodados e nem ficar numa Igreja íntimos, mas uma Igreja de saída e sinodal aonde devemos ir e seguir.

Que esta Liturgia nos ajude a entender e viver a missão de batizados no mundo que grita por ajuda, socorro e apela a nós para estendamos as nossas mãos a todos que querem ser salvo de um mundo individualista e egoísta.

Que a nossa missão seja a missão de Cristo no mundo. Amém

 Tudo por Jesus, nada sem Maria.

 Jose B. Schumann


quarta-feira, 8 de maio de 2024

" invoquemos a intercessão de Maria pela paz no mundo"

Francisco: invoquemos a intercessão de Maria pela paz no mundo



No final da Audiência Geral, o Papa recordou a Súplica a Nossa Senhora de Pompeia, que a Igreja eleva hoje (08/05). O Pontífice também reforçou seu apelo de paz pelos países que sofrem com as guerras: "Convido todos a invocar a intercessão de Maria, para que o Senhor conceda paz ao mundo inteiro, especialmente à querida e martirizada Ucrânia, Palestina, Israel e Mianmar". 

O Papa Francisco, em suas saudações aos peregrinos, no final da Audiência Geral desta quarta-feira (08/05), exortou todos a valorizarem a oração do Santo Rosário neste mês de maio, e recordou aos fiéis, em diversos idiomas, a importância de invocar a intercessão de Nossa Senhora:

"Animo-vos a procurar sempre o olhar de Nossa Senhora que conforta todos aqueles que estão na provação e mantém aberto o horizonte da esperança."

Paz para o mundo inteiro

Ao recordar que a Igreja hoje, 8 de maio, eleva a Nossa Senhora de Pompeia, a chamada "Súplica" à Virgem do Rosário, Francisco convidou "todos a invocar a intercessão de Maria, para que o Senhor conceda paz ao mundo inteiro", e voltou, especialmente, seu pensamento "para a querida e martirizada Ucrânia, para a Palestina, Israel e Mianmar". Em seu apelo, o Santo Padre reforçou o pedido de paz para os territórios dilacerados pela morte, violência e perseguição. 

Na Ucrânia, os ataques russos continuam incessantemente, os últimos atingiram usinas de produção e distribuição de energia em seis regiões. No Oriente Médio, as mortes continuam a aumentar em Gaza e Rafah. Já em Mianmar, o país enfrenta uma prolongada crise política, com confrontos e violência entre as tropas do governo militar e grupos étnicos armados, com milhões de pessoas deslocadas e enormes danos causados por desastres naturais, aos quais se soma a dramática situação dos Rohingya.

Uma oração pela Argentina

Uma imagem de Nossa Senhora de Luján, padroeira da Argentina, estava presente na Praça São Pedro. O Papa rezou diante da imagem que recorda sua pátria, e sublinhou:

"Hoje, em minha terra natal, a Argentina, celebramos a solenidade de Nossa Senhora de Luján, cuja imagem está aqui. Rezemos pela Argentina para que o Senhor a ajude em seu caminho".

Papa saúda os fiéis poloneses presentes na Praça São Pedro

Paz para a Europa

Ao fiéis poloneses, o Santo Padre recordou de Santo Estanislau, bispo, mártir e patrono da Polônia, cuja solenidade também é celebrada hoje. Em sua saudação, Francisco lembrou que "São João Paulo II escreveu sobre ele que, do alto do céu, participou dos sofrimentos e das esperanças da vossa Nação, sustentando a sobrevivência, especialmente durante a Segunda Guerra Mundial".

"Que a intercessão de Santo Estanislau obtenha também hoje o dom da paz na Europa e em todo o mundo, especialmente na Ucrânia e no Oriente Médio."

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"o mundo necessita de esperança! A morte jamais será vitoriosa"

 Papa: o mundo necessita de esperança! A morte jamais será vitoriosa



Dando prosseguimento ao ciclo de catequeses sobre vícios e virtudes, Francisco falou sobre a esperança, virtude que não emana de nós, mas é um dom que vem diretamente de Deus.

A esperança foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (08/05), realizada na Praça São Pedro.

Esta virtude teologal é a resposta às perguntas sobre o sentido último do homem. Se o caminho da vida não tem sentido, se no início e no fim há nada, então nos perguntamos por que deveríamos caminhar: é aqui que surge o desespero do homem, o sentimento da inutilidade de tudo, explicou o Pontífice. Se faltar esperança, todas as outras virtudes correm o risco de desmoronar e acabar em cinzas.

Já o cristão tem esperança não por mérito próprio. Se ele acredita no futuro é porque Cristo morreu e ressuscitou e nos deu o seu Espírito. Neste sentido, se diz que a esperança é uma virtude teologal, pois não emana de nós, mas é um dom que vem diretamente de Deus.

“Se acreditamos na ressurreição de Cristo, então sabemos com certeza que nenhuma derrota e nenhuma morte duram para sempre.”

Todavia, a esperança é uma virtude contra a qual muitas vezes se peca, quando, por exemplo, se desanima diante dos próprios pecados, esquecendo que Deus é misericordioso e maior que o nosso coração. “Deus perdoa tudo e sempre, recordou Francisco”. “Peca-se contra a esperança quando o outono apaga a primavera dentro de nós.”

O mundo necessita de esperança

Para Francisco, o mundo de hoje tem grande necessidade desta virtude cristã: "O mundo necessita de esperança". Tanto quanto precisa de paciência, virtude que caminha em estreito contato com a esperança. “Os homens pacientes são tecelões do bem”, afirmou. Desejam obstinadamente a paz e, mesmo que alguns tenham pressa e queiram tudo imediatamente, a paciência tem a capacidade da espera.

E ainda, a esperança é a virtude de quem tem o coração jovem; e a idade não importa aqui. Porque também há idosos com os olhos cheios de luz, que vivem uma tensão permanente em relação ao futuro. O Pontífice então concluiu:

“Irmãos e irmãs, vamos em frente e peçamos a graça de ter esperança, a esperança com a paciência. Sempre olhar para aquele encontro definitivo; sempre olhar para o Senhor, que sempre está próximo de nós. E que jamais, jamais a morte será vitoriosa. Vamos em frente e peçamos ao Senhor que nos dê esta grande virtude da esperança, acompanhada da paciência.”

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domingo, 5 de maio de 2024

Ucrânia, exarca de Kharkiv: terceira Páscoa sob as bombas

 Ucrânia, exarca de Kharkiv: terceira Páscoa sob as bombas



O bispo Greco-católico Vasyl Tuchapets oferece um vislumbre da suportação diária do povo à guerra: mantemos as igrejas sempre abertas para que qualquer pessoa possa vir rezar, fazer perguntas, pedir comida. Agradecemos ao Papa, à Itália e àqueles que continuam fornecendo ajuda: um pequeno gesto é suficiente para elevar o moral.

“Está se tornando cada vez mais difícil para nós, representantes da Igreja, apoiar e incentivar as pessoas, porque já estamos no terceiro ano da guerra em grande escala. E tudo isso nos afeta também: somos pessoas normais e sentimos esse fardo como todo o nosso povo. Mas, ao mesmo tempo, percebo como é importante que a Igreja esteja presente aqui, que continue a ajudar tanto quanto possível", disse o bispo Greco-católico Vasyl Tuchapets, exarca de Kharkiv, em uma entrevista à Rádio Vaticano - Vatican News.

A situação em Kharkiv

Enquanto o bispo, juntamente com seus fiéis, está se preparando para celebrar a Páscoa, a terceira em condições de guerra, os bombardeios na cidade e na região não param; na verdade, nos últimos meses, eles se tornaram mais frequentes. “Os lugares habitados que estão mais próximos da fronteira com a Rússia, mais próximos da linha de frente, estão sofrendo mais”, explica o exarca. Algumas pessoas foram evacuadas desses lugares, muitas estão se mudando para Kharkiv. Por exemplo, na última quinta-feira, dia em que distribuímos ajuda humanitária, conversei com um homem que veio de Vovchansk (5 km da fronteira com a Rússia) e ele nos mostrou fotos do que restou de sua casa bombardeada, nada além de uma pilha de tijolos. O homem veio pedir roupas, lençóis, comida e sapatos porque não tem praticamente nada. Em Kharkiv, ele está hospedado no apartamento de seus amigos que deixaram a cidade. Muitas pessoas que se mudaram para cá são forçadas a alugar um apartamento e gastar o pouco dinheiro que recebem do Estado. Não lhes resta muito para comprar alimentos e remédios. Portanto, é uma situação humanitária muito difícil”.

Fiéis participam da solenidade de Páscoa em Kharkiv

A necessidade contínua de ajuda humanitária

Todas as quintas-feiras, portanto, o pátio da catedral greco-católica de Kharkiv ainda está cheio de pessoas que vêm pedir ajuda. O bispo Tuchapets diz que, infelizmente, o Exarcado está recebendo cada vez menos ajuda e, portanto, não pode oferecer às pessoas tanto quanto antes. “Continuamos a dar a eles tudo o que temos. Praticamente, ressalta, só recebemos ajuda da Itália: da paróquia ucraniana de Santa Sofia em Roma, do Esmoler Apostólico, cardeal Krajewski, da Caritas do Exarcado para os católicos ucranianos de rito bizantino na Itália e também da diocese latina de Como. E somos muito gratos a todos eles por isso”.

O clima tenso

Os ataques russos, explica o prelado, têm como alvo principal a infraestrutura. Ultimamente, tem havido problemas com a eletricidade na cidade, que é fornecida por hora. Mas alvos civis são frequentemente atingidos, causando mortes e ferimentos. Por exemplo, há alguns dias", lembra dom Tuchapets, ”dois foguetes caíram perto de um hospital. Felizmente, o prédio não foi atingido, apenas janelas e portas foram danificadas e uma pessoa foi ferida por uma vidraça. Agora o clima está bastante tenso. Apesar de estarmos nos preparando para a celebração da Páscoa, sentimos a tensão, ouvimos sirenes e bombardeios o tempo todo. Algumas pessoas foram embora, especialmente aquelas com crianças, mas não é um fenômeno de massa. Pelo contrário, muitos voltaram do exterior porque dizem que é melhor estar em casa”.

Pequenos atos de caridade ajudam

As pessoas, como ressalta o exarca de Kharkiv, precisam de ajuda. “Nossos vizinhos dizem que quando há um padre, eles se sentem mais calmos. Embora para nós", continua ele, “esteja se tornando cada vez mais difícil apoiar e incentivar as pessoas. E isso também nos afeta: somos pessoas como todo mundo e sentimos o peso dessa situação como todo o nosso povo. Mas a presença da Igreja, dos padres e dos religiosos ao lado das pessoas nesse momento difícil é muito importante. Tentamos fazer o que podemos. Toda semana, muitas pessoas vêm pedir ajuda humanitária e depois expressam muita gratidão. Recentemente, distribuímos doces de Páscoa que nos foram enviados da Itália para as pessoas, e todas ficaram muito felizes em recebê-los. Basta muito pouco para animá-las. O mais importante é demonstrar compaixão uns com os outros, porque as pessoas aqui estão muito estressadas e muitas vezes nos perguntam quando isso vai acabar. É por isso que sempre mantemos as portas de nossa igreja abertas, para que as pessoas possam vir, fazer perguntas, pedir ajuda. E a Igreja deve estar pronta, ter algo para oferecer a elas”.

A luz que penetra a escuridão

Em Kharkiv, assim como em outras regiões da Ucrânia (com exceção das regiões ocidentais), a transmissão da fé de uma geração para a outra foi interrompida durante o regime soviético. A reaproximação das pessoas à fé, iniciada após a restauração da independência, ocorreu gradualmente e ainda não há muitos fiéis praticantes aqui. No entanto, a Páscoa é um dos poucos feriados em que as pessoas vão à igreja, pelo menos para que a paska (pão que é preparado na Ucrânia para a Páscoa) seja abençoada. Dom Tuchapets diz que, embora não seja sólida, a fé também se manifesta por meio dessa tradição. “O importante”, diz ele, “é que a Igreja continue sua missão, continue a fazer gestos de humanidade, porque isso faz com que as pessoas se aproximem da Igreja”.

“Nessa situação de guerra, sofrimento e dor, temos a festa da Ressurreição de Cristo que nos dá esperança, nos dá a luz que penetra nessa escuridão. Cristo sofreu, mas ressuscitou e nos dá a alegria da ressurreição. Desejo que cada um de nós, mesmo neste difícil período de guerra, experimente essa alegria de encontrar o Cristo vivo e ressuscitado e compartilhe essa alegria, esse amor e essa misericórdia com os outros, com aqueles que precisam de nosso apoio e de nossa ajuda”.

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sábado, 4 de maio de 2024

O Papa: com os jovens casais gerar pequenas Igrejas domésticas

  O Papa: com os jovens casais gerar pequenas Igrejas domésticas



“Recomeçar a partir das novas gerações: gerar muitas pequenas Igrejas domésticas onde se vive um estilo de vida cristão, onde se sente familiarizado com Jesus”. É o pedido do Papa Francisco aos responsáveis do Movimento Internacional Équipes Notre-Dame que foram recebidos neste sábado (04) no Vaticano

Na manhã deste sábado (04/05) o Papa recebeu os responsáveis pelo Movimento Internacional "Équipes Notre-Dame". Em seu discurso Francisco destacou dois pontos de reflexão com o Movimento que se dedica às famílias para que vivam o matrimônio cristão como um dom. A primeira dedicada aos casais recém-casados e a segunda sobre a importância da corresponsabilidade entre cônjuges e sacerdotes dentro do movimento.

Depois de afirmar que acompanhar os casais de perto nas dificuldades da vida e em seu relacionamento conjugal, disse que o movimento é a expressão da Igreja "em saída". “Acompanhar os casais, hoje”, disse o Papa “é uma verdadeira missão! Proteger o casamento, de fato, significa proteger toda uma família, significa salvar todos os relacionamentos gerados pelo casamento”. Em seguida continuou:

“Vejo hoje uma grande urgência: ajudar os jovens a descobrir que o matrimônio cristão é uma vocação, um chamado específico que Deus dirige a um homem e a uma mulher para que eles possam se realizar plenamente sendo geradores, tornando-se pai e mãe e trazendo ao mundo a Graça de seu Sacramento”

Casamento com a presença de Cristo

Explicando que “hoje em dia, acredita-se que o sucesso de um casamento depende apenas da força de vontade das pessoas. Não é assim” disse. Acrescentando que o casamento é um "passo de três vias", no qual “a presença de Cristo entre os cônjuges torna a jornada possível, e o jugo é transformado em um jogo de olhares: olhar entre os cônjuges, olhar entre os cônjuges e Cristo. É um jogo que dura a vida inteira, no qual todos ganham juntos se cuidarem de seu relacionamento, se o valorizarem como um tesouro precioso”.

Casais recém-casados

Francisco disse que gostaria de deixá-los com duas breves reflexões: a primeira diz respeito aos casais recém-casados.  É importante que os recém-casados possam vivenciar uma mistagogia nupcial, que os ajude a experimentar a beleza de seu Sacramento e a espiritualidade como casal. Acrescentou que “muitos se casam sem entender o que a fé tem a ver com sua vida conjugal, talvez porque ninguém tenha testemunhado a eles antes do casamento”. Incentivou os presentes a ajudá-los “em um caminho 'catecumenal' de redescoberta da fé, tanto pessoalmente quanto como casal, para que, desde o início, eles possam aprender a dar espaço para Jesus e, com Ele, serem capazes de cuidar de seu casamento”.

“Devemos recomeçar a partir das novas gerações para a Igreja dar novos frutos: gerar muitas pequenas Igrejas domésticas onde se vive um estilo de vida cristão, onde se sente familiarizado com Jesus, onde se aprende a ouvir as pessoas ao nosso redor como Jesus nos ouve”

Cônjuges e sacerdotes

A segunda reflexão do Papa foi sobre a importância da corresponsabilidade entre cônjuges e sacerdotes dentro do Movimento. “Vocês compreenderam e vivem concretamente a complementaridade das duas vocações”, afirmou Francisco, “eu os encorajo a levá-la às paróquias, para que os leigos e os sacerdotes descubram sua riqueza e necessidade. Isso ajudará a superar o clericalismo que torna a Igreja menos frutífera: cuidado com o clericalismo... Também ajudará os cônjuges a descobrir que, por meio do matrimônio, são chamados a uma missão”. 

Por fim o Papa concluiu recordando aos presentes:

“Sem comunidades cristãs, as famílias se sentem sozinhas e a solidão dói muito! Com seu carisma, vocês podem ser ajudantes atentos aos necessitados, aos que estão sozinhos, aos que têm problemas em suas famílias e não sabem com quem falar porque têm vergonha ou perderam a esperança”

“Em suas dioceses”, disse ainda, “vocês podem fazer com que as famílias compreendam a importância de se ajudarem mutuamente e de trabalharem em rede; construam comunidades onde Cristo possa ‘habitar’ nos lares e nos relacionamentos familiares".


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Papa Francisco: quantas lágrimas ainda escorrem pela face de Deus em nosso mundo!

  



O Santo Padre recebeu em audiência os participantes da Convenção “Reparar o Irreparável” O Santo Padre recebeu em audiência os participantes da Convenção “Reparar o Irreparável”   .

Papa Francisco: quantas lágrimas ainda escorrem pela face de Deus em nosso mundo!

O Santo Padre recebeu em audiência na manhã deste sábado (04/05) os participantes da Convenção “Reparar o Irreparável” por ocasião do 350º aniversário das aparições de Jesus a Santa Margarida Maria.

“A reparação é totalmente manifestada no sacrifício da cruz. A novidade aqui é que ele revela a misericórdia do Senhor para com o pecador”: foi o que disse o Papa Francisco recebendo em audiência na manhã deste sábado (04/05) os participantes da Convenção “Reparar o Irreparável” por ocasião do 350º aniversário das aparições de Jesus a Santa Margarida Maria.

A reparação - disse o Papa - é um conceito que encontramos com frequência nas Escrituras Sagradas. No Antigo Testamento, ela assume uma dimensão social de compensação pelo mal cometido. Esse é o caso da lei mosaica, que previa a restituição do que havia sido roubado ou a reparação do dano causado. Tratava-se – continuou Francisco - de um ato de justiça que visava a salvaguardar a vida social.

No Novo Testamento, entretanto, ela assume a forma de um processo espiritual, dentro da estrutura da redenção realizada por Cristo. A reparação é totalmente manifestada no sacrifício da cruz.

“A novidade aqui é que ele revela a misericórdia do Senhor para com o pecador. Assim, a reparação contribui para a reconciliação dos homens entre si, mas também para a reconciliação com Deus, pois o mal cometido contra o próximo é também uma ofensa a Deus. Como diz Ben Sirac, o Sábio, “as lágrimas da viúva não escorrem pela face de Deus?”.

“Caros amigos, quantas lágrimas ainda escorrem pela face de Deus, enquanto nosso mundo experimenta tantos abusos contra a dignidade da pessoa, mesmo dentro do Povo de Deus!”

Francisco recordou em seguida que o título da sua conferência reúne duas expressões opostas: “Reparar o irreparável”. Dessa forma, nos convida a esperar que toda ferida possa ser curada, mesmo que seja profunda.

A reparação completa às vezes parece impossível, quando bens ou entes queridos são perdidos permanentemente ou quando certas situações se tornam irreversíveis. Mas a intenção de reparar e de fazê-lo de forma concreta é essencial para o processo de reconciliação e para o retorno da paz ao coração.

O Papa Francisco em seguida afirmou que a reparação, para ser cristã, para tocar o coração da pessoa ofendida e não ser um mero ato de justiça comutativa, pressupõe duas atitudes desafiadoras: reconhecer a própria culpa e pedir perdão.

Reconhecer a culpa. Qualquer reparação, humana ou espiritual, começa com o reconhecimento do próprio pecado. “Acusar a si mesmo faz parte da sabedoria cristã, isso agrada ao Senhor, porque o Senhor acolhe o coração contrito”.

“É a partir desse reconhecimento honesto do mal causado ao irmão e do sentimento profundo e sincero de que o amor foi ferido que nasce o desejo de reparar".

Depois pedir perdão. É a confissão do mal cometido, seguindo o exemplo do filho pródigo que diz ao Pai: “Pequei contra o céu e contra ti”.

“O pedido de perdão reabre o diálogo e manifesta a vontade de restabelecer o vínculo na caridade fraterna. E a reparação - mesmo que seja um início de reparação ou já simplesmente a vontade de reparar - garante a autenticidade do pedido de perdão, manifesta sua profundidade, sua sinceridade, toca o coração do irmão, consola-o e suscita nele a aceitação do perdão solicitado. Assim, se o irreparável não pode ser completamente reparado, o amor sempre pode renascer, tornando a ferida suportável".

Francisco acrescentou que Jesus pediu a Santa Margarida Maria atos de reparação pelas ofensas causadas pelos pecados dos homens. Se esses atos consolaram o seu coração, isso significa que a reparação também pode consolar o coração de cada pessoa ferida.

O Papa disse ainda que reza para que o seu Jubileu do Sagrado Coração desperte em tantos peregrinos um amor maior de gratidão a Jesus, uma afeição maior; e que o santuário de Paray-le-Monial seja sempre um lugar de consolação e misericórdia para cada pessoa em busca de paz interior. 

No final da audiência, Francisco recitou com os presentes, em espanhol, a oração pelo Jubileu das aparições do Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque em Paray-le-Monial, que dura um ano e meio, de 27 de dezembro do ano passado, aniversário da primeira aparição principal, a 27 de junho de 2025, solenidade do Sagrado Coração.

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sexta-feira, 3 de maio de 2024

O amor é o maior mandamento

  O amor é o maior mandamento


Queridos irmãos e irmãs, podemos amar porque Deus nos amor primeiro e assim podemos contemplar o amor de Deus por nós.

Deus manifesta o seu amor pelas ação dos apóstolos e por nós que somos batizados. Deus está presente em nossa caminhada rumo aos céus.

Nos atos (At 10,25-26.34-35.44-48) vemos a pessoa de Pedro na casa de Cornélio. Lá ele anuncia Jesus como senhor salvador. Pela palavra e na crença em Cristo, eles pedem o Batismo e toda família batiza. Aqui podemos afirmar o batismo das crianças. Porque toda a família de Cornélio foram batizados. Deus oferece a sua salvação pelo nome de Jesus Cristo. O que precisa ser feito? Apenas acredita no salvador Jesus e está aberto às propostas de Deus.

Na Carta de João (1 Jo 4,7-10) nos chama a atenção da sua afirmação que Deus é amor. Isso é uma verdade indiscutível. Aqui vemos que Deus é amor na doação total em Cristo que se encarnou entre nós. E Jesus se doa completamente na cruz por amor à humanidade. Assim como Jesus nos amou plenamente, devemos amar a todos sem distinção de raça, religião e política. Somos filhos de Deus na medida que vivemos o amor de Deus e nós e nos outros também. Assim seremos testemunhas do amor de Deus em todos os lugares.

O evangelho de João (Jo 15,9-17) nos indica o caminho que devemos seguir, testemunhado o amor de Deus entre nós. Um amor que perdoa, que se reconcilia e que se compartilha com os mais necessitados, solidarizando com os pobres e doentes deste mundo. Devemos seguir os passos dos discípulos de Jesus, assim seremos verdadeiros missionários do amor no mundo. Se amamos a Deus e seguimos Jesus devemos amar sem medida, sendo o bálsamo que regenera e cura os corações sofridos deste mundo.

Assim, queridos irmãos e irmãs, vemos a tríplice medida do amor que está no amor a Deus, no amor a Jesus e no amor entre cada um de nós humanos. Assim devemos prosseguir no que Jesus diz: "Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Amai-vos uns aos outros...". Jesus nos chama de amigos, sendo assim a verdade do encontro com Cristo na sua intimidade. Jesus quer ficar conosco sempre. Somos servidores do Evangelho de Cristo. Que a luz do Espírito Santo que nos une seja a nossa força e a graça de Cristo nos inunda plenamente.

Que esta liturgia nos ajude a sermos portadores do amor de Deus, concretizado na doação de Jesus na cruz e a força do ressuscitado seja a nossa alegria sempre. Que a Páscoa seja um momento de gratidão a Deus que nos deu a vida eterna em Cristo. Amém

Tudo por Jesus, nada sem Maria!!! Deus caritas est.!

Jose B. Schumann