ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Maior deve ser menor no serviço às pessoas que mais precisam



Queridos irmãos e irmãs,

Estamos no 25º Domingo do Tempo Comum. A liturgia nos faz compreender que devemos estar a serviço de todos. Se formos considerados os maiores da sociedade, devemos nos colocar menores e a serviço dos irmãos e irmãs que precisam da nossa ajuda solidária. O mundo tem uma sabedoria que não condiz à de Deus, pois a do mundo está marcada pela aparência e posição social privilegiadas dos poderosos. Deus se faz grande nos pequeninos deste mundo, aqueles que ficam marginalizados dos bens desta terra. Ele nos chama a nos colocarmos a serviço deles.

No Livro da Sabedoria, nos é apresentada a atitude permanente do “ímpio” contra o “justo”. Sua presença, suas repreensões e sua conduta são incômodas... Por isso, o condenarão com uma morte ignominiosa... O bem é perseguido porque denuncia a maldade deste mundo. Esse texto da Sabedoria nos remete a Cristo que terá uma morte injusta, porque fez o bem e ainda denunciou a maldade dos poderosos que exploravam os mais pobres e humildes (cf. Sb 2, 12.17-20). No primeiro século antes de Cristo, os judeus que estavam na Alexandria sofreram perseguição pelos judeus que não praticavam a religião. Isso acontece também hoje a muitos que se dizem cristãos, mas não praticam a religião e promovem muita injustiça. Temos aí o destino dos justos e dos ímpios.

São Tiago denuncia a desunião da sua comunidade. Ele nos alerta onde está a causa disso. “Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más…”. Deus não ouve a prece dos maus e das pessoas que têm ódio no coração.  Na comunidade, devemos aprender a servir sem tirar proveito para si, pois devemos ser os últimos deste mundo para ser o primeiro no céu. A caridade e a justiça devem ser as nossas matizes que ajudam a visualizar entre nós o Reino de Deus que já está no nosso meio. Não podemos ser autoritários e nem donos da comunidade, pois estamos a serviço do Reino. As nossas atividades pastorais não podem ser usadas para privilégios ou cargos na nossa sociedade (cf. Tg 3, 16.4, 3).

No Evangelho de Marcos, Jesus novamente nos fala do anúncio da sua paixão e morte, e ainda nos dá grande exemplo de humildade e serviço. Ao acolher as crianças e os pobres, Ele nos mostra que isso agrada ao Senhor, pois fazendo isso estaremos servindo o Senhor. Nesse contexto, Jesus ensina os seus apóstolos e a nós que queremos ser seguidores de Jesus como devemos agir no mundo. Esse agir não se faz aos moldes dos ricos e poderosos que se servem dos humildes e pobres, mas no serviço a eles que precisam da nossa ajuda. Nenhum trabalho pastoral que nós fazemos deve ser de regalias, de privilégios, de busca de cargos mais altos na nossa sociedade, mas devemos assumi-lo pela cruz e dedicação aos mais humildes deste mundo. Ser maior no Reino de Deus é querer, neste mundo, ser o último e servidor de todos.

Que esta liturgia deste domingo nos ajude a assumirmos a nossa responsabilidade de colocar em prática os valores evangélicos que são o amor-doação, a justiça, a paz e a solidariedade entre todos nós (cf. Mc 9, 30-37).

Amém!

José Benedito Schumann Cunha
De Cristina (MG)
Bacharel em Teologia
23-09-2012


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Deus nos pede para vencermos nosso orgulho, diz Bento XVI



Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

A liturgia desse domingo nos chama atenção para sermos humildes e derrubarmos o orgulho e a prepotência que nos afasta de Deus e dos outros. Devemos nos converter por completo a Deus e viver com autenticidade a fé em Cristo no dia a dia. Devemos ser pessoas novas que estão a serviço do Reino de Deus. Seguir Jesus é tomar a cruz de cada dia e viver santamente. Deus nos chama à conversão diária e nos pede que o pecado seja extirpado no nosso meio (1).

“Seguir o Senhor requer sempre do homem uma profunda conversão, uma mudança no modo de pensar e de viver”, afirmou Bento XVI. Neste domingo, 23, o papa Bento XVI disse que o Senhor nos pede para sermos humildes e derrotarmos o orgulho enraizado em nós. Durante a oração mariana do Ângelus, recitada no pátio interno da residência Apostólica de Castel Gandolfo, o santo padre afirmou que é necessário uma mudança no nosso modo de pensar e de viver para seguir a Deus. “Seguir o Senhor requer sempre do homem uma profunda conversão, uma mudança no modo de pensar e de viver, requer abrir o coração à escuta para deixar-se iluminar e se transformar interiormente”, explicou (2).

Um ponto-chave no qual Deus e o homem se diferenciam é o orgulho, continuou o papa. Em Deus, não há orgulho, porque Ele é total plenitude e é todo inclinado a amar e doar vida. Em, nós homens, ao invés, o orgulho está intimamente enraizado e requer constante vigilância e purificação. Bento XVI acrescentou que “nós, que somos pequenos, aspiramos parecer grandes e sermos os primeiros, enquanto Deus não teme em se inclinar e se fazer último, por isso pediu à Virgem Maria que mostre a todos o caminho da fé em Jesus através do amor e da humildade” (2).

Momentos antes, o papa recordou que, nos últimos encontros, para a oração do Ângelus, ele estava meditando sobre o Evangelho de Marcos. Domingo passado, entramos na segunda parte, isto é, na última viagem de Jesus em direção a Jerusalém e em direção ao ápice da Sua missão. A passagem deste domingo (cf. Mc 9, 30-37) contém o segundo desses anúncios. Jesus diz: “O Filho do Homem, expressão com a qual designa a si mesmo, será entregue nas mãos dos homens, e eles irão matá-lo; mas, depois de morto, depois de três dias, ressuscitará” (Marcos 9, 31). “Os discípulos não entendiam estas palavras e tinham medo de interrogá-lo” (2).

Na saudação que fez aos peregrinos de língua francesa, o santo padre agradeceu, mais uma vez, aqueles que acompanharam, com a oração, no último fim de semana a sua viagem apostólica ao Líbano, e extensivamente a todo o Oriente Médio. “Continuem rezando pelos cristãos do Oriente Médio, pela paz e pelo diálogo sereno entre as religiões”, disse o papa, recordando que, neste sábado, foi beatificado na localidade francesa de Troyes o sacerdote Louis Brisson, fundador no século XIX dos Oblatos e Oblatas de São Francisco de Sales.

Já em polonês, o papa recordou que, no Evangelho deste domingo, Jesus dá atenção especial às crianças. Diz: “quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que acolhe”.  A passagem deste domingo (cf. Mc 9, 30-37) contém o segundo desses anúncios. Jesus diz: “O Filho do Homem, expressão com a qual designa a si mesmo, será entregue nas mãos dos homens, e eles irão matá-lo; mas, depois de morto, depois de três dias, ressuscitará” (Marcos 9, 31). Os discípulos” não entendiam estas palavras e tinham medo de interrogá-lo. “Peçamos a Deus que essas palavras”, acrescentou, “inspirem todos aqueles que são responsáveis pelo dom da vida, das dignas condições de existência e de educação, do seguro e sereno crescimento das crianças. Toda criança possa gozar do amor e do calor familiar!” (2).

Ao meditarmos o Evangelho desse domingo e ouvir as palavras sábias do nosso papa, somos levados a pensar na importância do acolhimento com coração de criança. Ser pequeno no mundo é ser humilde e acolher a todos, principalmente os marginalizados da nossa sociedade capitalista e, muitas vezes, excludente. Ser cristão é ser pessoa nova com coração aberto ao amor de Deus e aos nossos irmãos e irmãs de caminhada. A sabedoria de Deus difere à do homem porque nós nos acostumamos a dar valor aos primeiros lugares e posições de destaque. Mas a de Deus passa pelo serviço, sem medir consequências ou riscos. Ser de Deus é viver o amor em gestos concretos neste mundo. Ser pessoa que faz a diferença neste mundo. Que o amor prevaleça em nossas relações humanas, sociais, religiosas e políticas (1).

Amém!   

(1) José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia


23-09-2012




segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A Lei de Deus é para que todos sejam livres e tenham vida



Este mês é dedicado à Bíblia. Nesta próxima quarta-feira (26/09), segundo informações da Agenda Latino-Americana 2012, vários países celebram a Sagrada Escritura.  

É um livro que nos permite estar em contato mais íntimo com Deus através da sua palavra escrita. Essa é proclamada na Igreja e semeada no nosso coração. No dia 02 de setembro, celebramos o 22º Domingo do Tempo Comum. Nós refletimos o sentido da Lei de Deus para nós. Essa lei é dada por Deus para que tenhamos vida, dignidade e respeito para viver bem a liberdade que é dada ao povo que sai da escravidão do Egito. A lei é vida.

No Livro do Deuteronômio, temos a passagem que o Povo recebe a Lei de Deus por Moisés. Esse povo já estava liberto e próximo da entrada da terra prometida por Deus. Mas o povo precisa respeitar a vida de todos e ainda estar em comunhão com Deus. Deus propõe a Lei que deve ser acatada com liberdade por todos.

Esta lei é sagrada e perene e ainda tem valor para os nossos dias. Quem segue a lei de Deus está dando uma resposta de amor e gratidão ao Deus da vida que vem sempre em nosso socorro. Quer ter felicidade e vida em abundancia, então respeite a Lei de Deus (cf. Dt 4, 1-2.6-8). Os mandamentos são para ser observados e não deixá-los ser um peso para todos.

São Tiago nos faz lembrar que devemos ser cumpridores da palavra de Deus e não apenas espectadores e ouvintes dela. Nesse tempo, somos acomodados em ouvir e ler a Palavra de Deus por todos os meios de comunicação de massa, mas esta Palavra de Deus deve ser vivida e testemunhada com a nossa vida de cristão (cf. Tg 1, 17-18.21-22.27).

Muitas vezes, somos ouvintes ou ficamos no intimismo religioso, nos seus gestos e ritos. Eles podem até nos ajudar a compreender, mas precisamos colocar vida nela nas nossas ações transformadoras em nossas comunidades, em nossas famílias e em nossa sociedade.

Como fazer isso? Precisamos ajudar quem mais precisa de nossa ajuda que são os órfãos, as viúvas, os pobres, etc. No Evangelho de São Marcos, vemos o que Jesus faz diante da Lei quando é instigado pelos fariseus e escribas.

Sabemos que eles já tramavam contra Jesus e ainda se escandalizavam diante da não observância das exigências de muitas leis criadas por eles, pelos seus apóstolos que não as obedeciam. Eram exigências externas que ficam somente nas aparências e que não nos ajudam a ter a liberdade de obedecer a Lei.

Muitas coisas são apenas supérfluas, pois são preceitos humanos. Jesus não se deixa intimidar pela mesquinharia deles e também das suas hipocrisias. Então, Jesus fala em bom tom: “Hipócritas... Abandonais o Mandamento de Deus, apegando-vos à tradição dos homens” (cf. Mc 71-8.14-15.21-23). O cristianismo é a novidade que não exclui a Lei de Deus, mas a eleva no nível do amor pleno.

Que esta liturgia nos ajude a ver que Deus vem em socorro do povo e o quer livre para amá-Lo e a todos, sem colocar nenhum julgamento que tolha a nossa liberdade. Se queremos um mundo melhor é preciso valorizar a Palavra de Deus, cumprir os mandamentos que são a vida e a liberdade para todos.

Assim, queridos irmãos e irmãs, a prática da Lei não deve estar na sua exterioridade e sim brotar de uma sincera conversão a Deus. A nossa caridade é que vai nos habilitar para o Reino de Deus e, desse modo, a Lei Divina vem trazer a verdadeira justiça e vida.

Amém!

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
04-09-2012


domingo, 23 de setembro de 2012

A pátria se faz com a participação de todos



No dia 07 de setembro, tivemos a celebração dos 190 anos da nossa independência. O Brasil tornou-se um país soberano, onde todos podem participar. A cidadania se faz pelo bom uso da liberdade com responsabilidade. Isso se consegue por processo sociocultural, religioso e político através da educação de qualidade para a vivência da democracia. Não se pode fazer a nação sem o respeito à vida e do bem comum em vista da pessoa humana. Hoje se percebem muitas desigualdades causadas por desgovernos que não levam em conta o bem comum das pessoas. A corrupção e o jeito de tirar vantagens individuais para o proveito próprio têm ofuscado a beleza da democracia onde o povo livremente escolhe os seus governantes (1).

 
A Igreja está no mundo para abrir ao homem caminhos que o leve à sua libertação e dignidade humana. Formamos uma comunidade onde todos têm vez e voz, pois da mesa do Senhor ninguém é excluído (1).

Segue a argumentação segura de dom Leonardo: “Os leigos devem se engajar na política por fidelidade à missão que o Evangelho nos propõe”, afirmou dom Leonardo Steiner. Como escolher um bom político para governar a cidade, o Estado ou o país? Esta é uma dúvida que perpassa a mente de muitos brasileiros que, em especial neste mês, se preparam para escolher seus representantes municipais. Simultaneamente a isso, neste mês de setembro, o papa Bento XVI coloca, em sua intenção geral de oração, a conscientização dos políticos, para que hajam com honestidade (2).

Na última Assembleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada em Aparecida (SP), em abril deste ano, foi elaborada uma nota para orientar a preparação para as eleições municipais. O documento elenca alguns critérios para identificar o bom político. “Este (o bom político) deve ter seu histórico de coerência de vida e discursos políticos referendados pela honestidade, competência, transparência e vontade de servir ao bem comum”, foi o que disse secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner (2).

Mas talvez a dificuldade da sociedade brasileira atual seja acreditar que esse bom político existe, o que surge a partir de problemas como a corrupção. Em vez de uma postura desanimadora e descrente, dom Leonardo defende a participação ativa dos leigos na política, apesar de todo esse descrédito. “Os leigos devem se engajar na política por fidelidade à missão que o Evangelho nos propõe. Não somente como candidatos, mas também como educadores da política, ajudando os irmãos e as irmãs no sentido da convivência democrática, da defesa do bem comum, dos valores que o Evangelho nos propõe”, afirmou dom Leonardo (2).

Para o secretário-geral da CNBB, o exercício político e o interesse por assuntos relacionados à política já é um exercício da cidadania, talvez o maior deles. “Participar ativamente buscando informações, dando informações, votar conscientemente é um exercício da nossa cidadania”. E essa busca de formação é justamente um fator para que os cidadãos possam escolher as pessoas a quem vão atribuir a tarefa de governar o Estado, que, como lembra o bispo, é composto por todos. “O Estado não é um ente que está aí gerindo e nós não sabemos. Nós sabemos quem são as pessoas; todos nós formamos o Estado e delegamos a determinadas pessoas a gerência do bem comum, mas para isso nós precisamos realmente participar e diria até, depois, fiscalizar”, finalizou (2).

Assim, cada cristão é responsável pela melhoria da nossa sociedade e ela passa pela nossa participação consciente dos valores que priorizam a vida, a ordem, a honestidade e o bem comum para todos. Não podemos nos omitir diante de uma eleição e ela exige de nós uma reflexão crítica de cada candidato com seu histórico de vida a serviço de todos. Não se deve governar para alguns, mas para todos (1).

Embora cada pessoa tenha o seu modo de ser e carrega em si uma história, uma cultura, uma religião e uma formação, isso tudo deve conduzi-la para o bom desempenho das suas atividades políticas, quando eleito. Como o próprio Jesus nos fala, dai a Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus. E, diante de Pilatos, ele fala que a autoridade dada a um governante vem do alto. Jesus quis dizer que a pessoa deve governar sem egoísmo ou autoritarismo, mas servidor de todos. Jesus, mestre, lava os pés dos discípulos na Última Ceia para nos ensinar que devemos estar dispostos a servir sem regalias ou privilégios os nossos irmãos e irmãs que precisam de nós (1).

Amém!

(1) José Benedito Schumann Cunha
De Cristina (MG)
Bacharel em Teologia


05-09-2012



CONVITE

MISSA DO(A) PROFESSOR(A) ACONTECE NO DIA 05 DE OUTUBRO DE 2012, ÀS 19H, NA IGREJA MATRIZ DA PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO DE MONTES CLAROS, BAIRRO VILA GUILHERMINA. O CONVITE É DA PASTORAL DA EDUCAÇÃO DA ARQUIDIOCESE DE MONTES CLAROS. PARTICIPE!!! PRESTIGIE!!!