Vida nova em Cristo acontece para nós

Estamos celebrando nesse próximo
domingo o 5º Domingo da Quaresma, ainda estamos em uma catequese Batismal. Sabemos
que o Batismo nos dá uma vida nova e ela vem do Cristo Ressuscitado. Nesse
domingo vamos ver a ressurreição de Lázaro, mas sabemos que a ressurreição
permanente é a de Cristo que vai sofrer, padecer e morrer na cruz. Mas essa morte
não vai ser capaz de aniquilar a vida de Cristo, pois Ele ressuscita no domingo
de Pascoa. O cristão recebe o dom da graça que vem da água viva trazida por
Cristo e ainda somos iluminados de modo maravilhoso pela ressurreição de
Cristo, pois a morte não terá a última palavra.
No livro do profeta Ezequiel
anuncia a vida nova que Deus promete. O contexto do povo estava exilado na
Babilônia, sem esperança e na condição de situação de morte. Então o profeta é
a voz da esperança, a luz no fundo do túnel, mostrando que Deus nunca abandona
o seu povo. A visão de ossos ressequidos que saem dos túmulos e ganham vida com
o sopro do Espirito do Senhor. Assim Deus é que dá vida mesmo na morte visível.
A esperança retorna no ambiente de não esperança, a liberdade diante da
situação de escravidão e falta de liberdade. O nosso Deus é libertador. Essa
visão do profeta é a núncio do fim do exilio e da escravidão.
Hoje vivemos um mundo marcado
pela morte das relações humanas, nos interesses individuais e de uma economia
que exclui muitos. Estamos presenciando uma situação de tristeza e isolamento
por causa de um vírus que disseminou em toda parte da terra, atingindo pobres e
ricos. Mas como povo de outrora e como o de hoje Deus não faltará de nos ajudar
e socorrer. Ele vai trazer novas descobertas e iniciativas para que a vida seja
novamente restaurada. (cf. Ez 37,12-14)
Na Carta aos Romanos temos a
certeza que é no Batismo que temos a semente da vida trazida pelo Espirito
Santo, somos batizados na trindade divina. A vida nova acontece e nós devemos
viver aquilo que o batismo nos dignificou que é sermos filho de Deus. Ser uma
luz no mundo escuro de ódio e violência, ser agua que sacia os que querem ter
agua para beber e viver e vida para os que mais precisam de ajuda, os idoso, os
vulneráveis e as crianças. (cf. Rm 8,8-11)
O evangelista São João nos
apresenta o episódio d ressurreição de Lazaro. Jesus recebe o recado que Lázaro
está doente, mas aparentemente Jesus não importa e faz com os seus apóstolos
estranhassem essa tranquilidade de Jesus. Então Jesus fala: esta doença é para
a gloria de Deus. E ainda fala ele está dormindo.
Então Jesus ainda fica mais dois
dias. Quando se aproxima do local a onde Lazaro morava, Marta foi ao seu
encontro, então Jesus se comove e chora quando soube da morte de Lázaro. As
pessoas reparam, e falam: olha como Jesus o amava. Jesus é a ressurreição e a
vida e essa certeza Jesus fala a Marta se ela acreditava nisso, então temos a
bonita profissão de fé dela: “sim, eu creio, tu és o Cristo...” chegando ao
tumulo, Jesus ordena tira a pedra, pois essa divide o mundo dos vivos com os
dos mortos. E ordena que ele saia daquele lugar. . (cf.Jo 11,1-45)
Assim ele recupera vida na frente
de todos. No acontecimento da morte nós ficamos paralisados, parece que tudo
termina, mas quando temos a fé em Jesus, a morte não tem a última palavra, pois
vamos ressuscitar um dia. A solidariedade das pessoas é importante nesse
momento de dor e separação, mas a certeza da fé em Cristo que nos dá a
esperança de vida nova na eternidade. Somos cidadão do céu que caminha nessa
terra.
Como é importante a fraternidade
e a solidariedade diante de uma catástrofe e de uma pandemia igual que estamos
vivendo agora no mundo. É hora de lutar contra o mal, deixando as ideologias políticas,
religiosas e econômicas de lado para que a ajuda humanitária seja de fato com
atos concretos no sentido de a favor da vida.
Que esta liturgia nos ajude a
sermos balsamos que regeneram as pessoas que sofrem todo tipo de mal e que
possamos sair novos com mais amor, fé e esperança diante de tantas
dificuldades, de dor, de mortes e de tristeza.
Tudo por Jesus nada sem Maria!!!
Bacharel em Teologia Jose B.
Schumann Cunha