Dar sem medida é a medida do nosso coração
Queridos irmãos e irmãs em cristo. Estamos celebrando hoje o 32º domingo do tempo comum. A liturgia nos fala de duas viúvas, pessoas carentes da sociedade naquela época, mas cheio de bondade e gratidão dão o que tem, pois a suas generosidades se fazem presente no coração bondoso e generoso e não para aparecer. O amor é a medida do nosso coração. Faltam dois domingos para terminar o ano litúrgico da Igreja.
No livro do Primeiro Reis temos a figura da viúva de Serepta que recebeu a visita de Elias que estava com muita fome e sede, pediu a ela que desse pão e água. Ela tinha pouca farinha e pouco azeite, mas oferece tudo que tem ao profeta faminto e sedento. Deus abençoe a sua generosidade e durante toda a seca teve alimento. Deus é fiel, e não abandona quem dá com alegria. Esses gestos de bondade brotam na vida. (1 Rs 17,10-16)
Na carta aos hebreus temos o exemplo de Cristo que doa plenamente, se esvazia da condição divina e vem até nós. Tudo isso com gesto de amor que se dá à própria vida para salvar a humanidade há décadas. Jesus veio até nós para nos ajudar a entender a nossa condição humana frágil que precisa estar em comunhão com Deus para que se gera vida e vida para todos também. (He 9,24-28)
O salmo 146 nos chama atenção para confiar em Deus da vida que sempre vem até nós para nos ajudar e salvar. É Deus que ampara a viúva e órfã. Deus é zeloso e misericordioso e nisso confunde os maus e opressores.
O evangelista Marcos nos mostra Jesus dentro do templo observando as pessoas que faziam oferta. A pobre viúva discretamente deu algumas moedas que ela tinha, mas via outras pessoas ostentando na doação. Eram os fariseus que se exibiam nas doações e a viúva pobre deu o que tinha na sua generosidade. Jesus valorizou o gesto da viúva e reprovou o dos fariseus orgulhosos, Deus olha o nosso coração, e o amor está nele.
Não podemos ser um membro da Igreja que quer ser mais que os outros. Na medida que damos com o amor , logo vem amor e abundância para nós. Uma pergunta nós fazemos. Será que ofertamos e fazemos serviços aos outros sem nenhum interesse ou pensamos só em nós para receber recompensa? (Mc 12,38-44)
A Igreja é lugar do serviço e doação de si mesmo em prol dos outros. Somos bálsamos regenerador das pessoas que sofrem e que estão às margens da sociedade.
Que esta liturgia nos ajude a sermos generosos e humildes. Que a Igreja seja sinodal, todos tem vez e não haja privilégios na comunidade.