ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sábado, 29 de março de 2025

Devemos ser misericordiosos no mundo cheios de ódio e violência

 Devemos ser misericordiosos no mundo cheios de ódio e violência



Queridos irmãos e irmãs, neste domingo somos convidados a se reconciliar com Deus e com os irmãos. Estamos celebrando neste domingo o 4º Domingo da Quaresma.

A páscoa é um momento de alegria. É celebrar a nova vida em Deus na aliança que Deus faz com o seu povo. O pecado nos afasta de Deus e dos irmãos.

Qual é o sinal de pertença a Deus? É a circuncisão que o deveriam fazer. O povo chegou na terra prometida, pois Deus é fiel. Estamos na quaresma e neste tempos somos convidados a reconciliar com Deus e com todos. Um caminho difícil, passamos no deserto da vida e de provações, se ficarmos firmes podemos celebrar a Páscoa. (Cf. Jos 5,9a.10-12)

Na segunda carta de Paulo aos Coríntios temos um hino da misericórdia. É Cristo nos dá a vida e nós devemos nos deixar reconciliar com Deus, pois Deus é misericordioso e nos espera de braços abertos. A reconciliação é feita com Deus em Cristo, mas é preciso que estejamos bem com os irmãos. Não há amor de um só lado. (Cf. 2Cor 5,17-21)

No evangelho de Lucas (cf. Lc 15,1-3.11-32) Temos três parábolas para que possamos pensar na busca da reconciliação e perdão. Jesus estava sempre próximo aos marginalizados e aos pecadores para resgatá-los. Os fariseus o criticam por causa disso, então Jesus conta a parábola da ovelha perdida entre as 99 que estavam no redil. O que faz o pastor? Deixa as 99 bem guardadas e vai atrás da ovelha perdida e fica contente de encontrar e a coloca nos ombros e traz para seu lugar seguro junto ao pastor.

A moeda de valor perdida, então a pessoa que a perdeu procura e fica feliz quando encontra e conta para todos eu achei a moeda. Assim Deus age para conosco quando um pecador perdido retorna para a vida da graça com Ele.

O filho mais novo pede a herança e sai para o mundo gasta tudo numa vida de pecado e desregrado. Quando tudo acaba, as pessoas sumiram do seu convívio. Então procura emprego e este foi tratar os porcos, mas nem a comida tinha e se quisesse comer tinha que lutar pelas bolotas jogadas para criação.

Com esse sofrimento, ele reflete que os empregados de seu pai eram bem tratados e resolve voltar, mas não para ser tratado como filho. De longe o pai o avistou e foi atrás dele antes de o filho pedir de joelhos, o pai o abraça e o leva para a casa e lá ele volta ter dignidade com novas roupas e um anel.

O filho mais velho voltou do trabalho, viu a festa, chamou o criado e perguntou porque esta festa? O empregado fala que seu irmão voltou e por causa disso está fazendo a festa. Ele ficou irritado e não quis entrar. 

O pai vai ao encontro dele e diz: filho que tenho é teu, mas seu irmão estava morto e agora vive e arrependido do que que fez. Deus também é assim, pois ele está sempre de braços abertos para nos acolher e dar o seu perdão para que possamos ter uma vida nova.

Queridos irmãos e irmãs, que esta liturgia nos ajude a sermos mais misericordiosos conosco e com os nossos irmãos de caminhada, seguindo Jesus na comunidade, buscando a reconciliação com todos.

Tudo por Jesus, nada sem Maria !

 Servus Christi semper!

 Jose B. Schumann

domingo, 23 de março de 2025

O lugar é santo, então "Tira as sandálias..."

 O lugar é santo, então "Tira as sandálias..."



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 3º Domingo da Quaresma. O apelo que mudemos de vida e convertemos para Deus com uma vida diferente. O que faz a gente ser pessoa nova é o amor, a justiça, a misericórdia e ser um agente de paz.

Para que isso seja realidade é um processo longo, pois temos que desfazer muitas coisa que atrapalha de sermos livres e e sacrifício para acontecer isso. Mas Deus dá a graça. Deus nos manda tirar as sandálias para que só a nossa pessoa entre no caminho santo de Deus.

No livro do Êxodo (3,1-8.13-15) Deus se manifesta através de uma sarça ardente sem se consumir, é uma teofania de Deus para Moisés. Deus fala que o lugar é santo para se aproximar deveria tirar as sandálias, ficam descalços, pisando sobre a terra para significar que somos pó da terra. Assim começa a história do êxodo do povo de Deus. Deserto é o lugar onde podemos conversar com Deus e Ele se deixa encontrar.

O povo precisa tirar todas as coisas que se apegaram no Egito, terra de pagãos e assim purificar as más influências de lá que não deixa a pessoa ser livre e pura. Assim vão começar uma nova vida, mas não é fácil, pois tem que confiar no Deus libertador que foi conduzido por Moisés. Hoje devemos ter a coragem de tirar tudo que não nos deixa livre.

Na Carta aos Coríntios (1Cor 10, 1-6.1-12) nos mostra Paulo que nos faz lembrar dos grandes feitos de Deus ao Povo no deserto. Ele nos alerta dizendo: " Todos comeram o mesmo pão espiritual (o maná) ...Beberam todos a mesma bebida espiritual (água do rochedo) ...

Mesmo de tantas provas que Deus um Deus que cuida e zela o povo dele, mas não assumirá de fato a Aliança e por causa disso morreram e ficaram no deserto não entraram na Terra prometida.

Aqui tem uma observação dele é uma exortação pois não podemos cair na mesma tentação do Povo no deserto. O que importa para nós é a comunhão com Deus, sendo fiel a Lei, viver o amor verdadeiro e partilhar e não apenas cumpridor de ritos e sacramentos sem se comprometer com todos em Deus.

O Evangelista Lucas (Lc 13,1-9) nos fala de dois acontecimentos horríveis como a matança de Pilatos e a queda da torre de Siloé com 18 mortos.  Esses acontecimentos não são castigo de Deus, mas um apelo para que possamos converter e ficar preparados para as fatalidades do mundo sem perder a fé. Devemos querer a salvação que Jesus traz para nós, mas se rejeitarmos, isso será uma tragédia para cada um que recusa a graça da salvação de Cristo.

A parábola da figueira estéril que não dava fruto e Jesus queria que arrancasse e botasse fogo, mas os homens pedem:  "Senhor, deixe ainda esse ano.  Vou cavar em volta dela e colocar adubo...Talvez depois disso, venha a dar frutos...". Jesus aceita, isso demonstra que Deus tem paciência pela nossa conversão e mudança de rumo de vida, isto é do pecado para a graça de uma vida mais santa.

Fazer penitência e reconhecer que é pecador, mas caminharmos no bem para a direção das coisas boas com Jesus na graça do amor de Deus. Não podemos ser figueiras estéreis que não produz frutos mesmo com tanta adesão à comunidade, mas esfriando na fé. Devemos ser cristãos coerentes e como nosso agir testemunhamos Jesus com a nossa vida.

Que esta liturgia nos ajude a entender que é preciso que convertemos  o nosso coração com propósito de vivermos mais unidos a Cristo produzindo bons frutos. Vamos tirar de nós os apegos, tirando as sandálias porque o mundo é lugar santo onde Deus nos chama à conversão e libertação.

Tudo por Jesus, nada sem Maria!

Missionarius Christi semper!

Jose B. Schumann