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O cristão é chamado a se configurar no Cristo, o Bom Pastor. Jesus sempre foi atrás das ovelhas perdidas de Israel e ainda ouvia as que não eram do seu rebanho (Cf. Mt 15, 24-28). Ele sempre teve palavras, gestos de acolhimento, e passava uma verdade que liberta e salva. Todos, ricos e pobres, Ele os acolhia e fazia participar do Banquete da Vida. Não podemos ficar felizes com os que estão ao nosso redor, mas devemos procurar aqueles que perderam a esperança e sonhos e estão fora da escuta da Palavra de Deus e da Igreja. Estes vivem às margens e vivendo uma vida longe de Deus e da comunidade cristã. Nós sabemos que sem Deus nada somos, pois Ele é origem e fim da nossa existência humana (Cf. Jo 15, 4-5).
O papa pede que não se poupem esforços na busca de católicos afastados no Brasil. Contra o abandono da vida eclesial, o pontífice indica nova evangelização. O papa Bento XVI falou desta preocupação aos bispos brasileiros em Roma, no Vaticano, no dia 16 de setembro de 2010. O abandono da vida eclesial, por parte de muitos fiéis católicos registrado no Brasil, é indício de uma evangelização superficial, que deve ser combatida com a promoção do encontro pessoal com Jesus Cristo, afirma Bento XVI. Ao receber os bispos do Regional Nordeste III (Estados da Bahia e Sergipe) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o papa, em seu discurso aos prelados, no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, fez um convite a uma nova evangelização do país.
Ao recordar que há mais de cinco séculos se celebrava a primeira Missa no Brasil e que “os valores da fé católica” moldaram “o coração e o espírito brasileiros”, o pontífice alertou para a “crescente influência de novos elementos na sociedade, que há algumas décadas eram-lhe praticamente alheios”. “Isso provoca um consistente abandono de muitos católicos da vida eclesial ou mesmo da Igreja, enquanto no panorama religioso do Brasil, se assiste à rápida expansão de comunidades evangélicas e neo-pentecostais” (www.zenit.org).
O abandono da fé católica é “um indício de uma evangelização, em nível pessoal, às vezes superficial; de fato, os batizados, não suficientemente evangelizados, são facilmente influenciáveis, pois possuem uma fé fragilizada e muitas vezes baseada num devocionismo ingênuo, embora, como disse, conservem uma religiosidade inata”, afirmou o papa (www.zenit.org).
Diante desse quadro, prossegue Bento XVI, emerge “a clara necessidade que a Igreja católica no Brasil se empenhe numa nova evangelização que não poupe esforços na busca de católicos afastados, bem como daquelas pessoas que pouco ou nada conhecem sobre a mensagem evangélica, conduzindo-os a um encontro pessoal com Jesus Cristo, vivo e operante na sua Igreja” (www.zenit.org).
Com estas palavras do papa Bento XVI, somos levados a pensar na responsabilidade da Igreja do Brasil e nossa, que é a de ser sinal de uma Igreja inserida na realidade do povo. Ser uma presença comprometida e eficaz nos graves problemas que as pessoas passam. É necessário que haja despojamento e abertura às necessidades do povo. A Pastoral Urbana não pode ser adequada à necessidade de um padre ou dela mesma, pois a grande maioria das pessoas querem ter um atendimento pastoral e espiritual personalizado. O pastor conhece as suas ovelhas e elas ouvem a voz do seu pastor.
É por isso que o sacerdote faz a opção do celibato e não tem outra atividade a não ser do ministério ordenado, se não somente o de conduzir o rebanho para ficar mais disponível a ele confiado. Os dons são repartidos para que a vida seja plena no nosso meio. Que o rebanho não se perca por falta de pastores zelosos que têm nas suas missões de estar atentos aos apelos do rebanho a eles confiado (Mt 9, 36–10, 8). É estar em sentinelas atentas, como foram os pastores que estavam na vigília da noite, que ouviram dos anjos a grande notícia que o Salvador nasceu em Belém (Cf. Lc 2, 8-14).
Amém!
Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.
Texto pensado, produzido e escrito em 28 de dezembro de 2010
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