ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A PAZ SE CONSTROI COM TODOS

Inicia o ano novo e nele colocamos a esperança de tempo de paz e construção de uma fraternidade que brota da justiça e liberdade em Deus. A esperança que salva, pois é Cristo, Príncipe da Paz, que caminha na nossa historia. Acreditamos que o mundo está nas mãos de Deus e nos deixa uma missão para transformar a realidade de morte para a vida plena na liberdade e paz. Esta morte está na injustiça, na violência, no materialismo, no egoísmo que excluem os nossos irmãos e irmãs.
No proposito da paz a Igreja pronuncia que a ela se constroi com todos. Assim, o tema da mensagem do Papa para o 46.º Dia Mundial da Paz que vai ser celebrado  em 1 de Janeiro de 2013 terá como  título “Bem-aventurados os construtores da paz”.
A Mensagem anual do Pontífice, no complexo contexto atual pretende encorajar todos a sentirem-se responsáveis em relação à construção da paz. Portanto, a Mensagem abraçará a plenitude e a multiplicidade do conceito de paz, a partir do ser humano: paz interior e paz exterior, pondo em seguida em evidência a emergência antropológica, a natureza e incidência do niilismo e, ao mesmo tempo, os direitos fundamentais, em primeiro lugar a liberdade de consciência, a liberdade de expressão, a liberdade religiosa.” (L’Osservatore Romano-08-12-12)
Que 2013 seja um momento de todos se unirem pela paz. Feliz 2013.

bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

Bento XVI: que 2013 traga espaço para boas noticias e o silencio


O Papa pediu apoio aos que vivem “situações de pobreza e de marginalização, bem como as famílias em dificuldade"
O Papa Bento XVI presidiu hoje, 31, no Vaticano uma cerimônia de agradecimento a Deus pelo ano que passou, pedindo que 2013 traga mais espaço para o silêncio e para as boas notícias.

“O mal faz mais barulho do que o bem: um assassinato brutal, a propagação da violência, injustiças graves fazem notícia; pelo contrário, os gestos de amor e de serviço, o cansaço quotidiano suportado com fidelidade e paciência, muitas vezes na sombra, não aparecem”, enfatizou o Papa, na homilia da cerimônia.

Bento XVI sustentou, neste contexto, que as pessoas não se podem limitar apenas às notícias para perceber o mundo e a vida. "Temos de ser capazes de permanecer no silêncio, na meditação, na reflexão calma e prologada; devemos saber parar para pensar”, prosseguiu.

De acordo com o Papa, esta é uma maneira de encontrar “cura” para as “feridas inevitáveis do cotidiano” e chegar à “sabedoria que permite avaliar as coisas com olhos novos.
A cerimônia incluiu a proclamação do hino ‘Te Deum’ (nós te louvamos, Senhor), um dos mais antigos hinos litúrgicos da Igreja, que se canta em celebrações solenes de ação de graças. “Qualquer que seja o andamento do ano, fácil ou difícil, estéril ou rico de frutos, nós damos graças a Deus”, disse Bento XVI, numa reflexão a partir deste hino.

O Papa destacou que no ‘Te Deum’, cantado neste dia em milhares de igrejas, se encontra uma “sabedoria profunda”: “Esta sabedoria faz-nos dizer que, apesar de tudo, há bem no mundo e este bem está destinado a vencer graças a Deus, o Deus de Jesus Cristo, encarnado, morto e ressuscitado”.

Projetando 2013, no qual a Igreja Católica prossegue o Ano da Fé iniciado em outubro, Bento XVI deixou votos de que os próximos meses levem a uma “maior consciência de que o encontro com Cristo é a fonte da verdadeira vida e de uma esperança sólida”.

“A fé arrisca-se a ficar obscurecida em contextos culturais que são obstáculos para o seu enraizamento pessoal e a sua presença social”, alertou. O Papa desafiou os cristãos à coerência de vida, em particular os que são pais, para que deem um exemplo enquanto “educadores da fé”.

Dirigindo-se aos fiéis de Roma, Bento XVI destacou a “complexidade da vida numa grande cidade” e a cultura que “muitas vezes surge com indiferente na relação com Deus”.

Este testemunho, frisou o Papa, implica o apoio aos que vivem “situações de pobreza e de marginalização, bem como as famílias em dificuldade, especialmente quando têm de assistir pessoas doentes e com deficiência”.

O primeiro dia de 2013 será assinalado por Bento XVI por uma missa na Basílica do Vaticano, às 9h30, na solenidade litúrgica de Maria Santíssima, Mãe de Deus, e 46.º Dia Mundial da Paz.

fonte:www.cancaonova.com
coalboração: Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha 

veja os votos de Feliz Ano Novo por parte da Igreja no Brasil


Da Redação, com Rádio Vaticano


Recordar o ano que se despede e preparar o coração para outro que já bate à porta. Esse é o sentimento que toma conta das pessoas neste período. É o momento de renovar os compromissos, fazer planos, limpar o coração e deixar que o Menino Jesus recém-nascido reine em todos os âmbitos da vida humana.

Além da reflexão do que deu certo ou errado, existe ainda a expectativa para novos projetos e sonhos. Em artigo, o aArcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, afirma que, a cada ano, os cristãos devem sintetizar as ações concretizadas, sempre movidos pela vontade de Deus. “Eis, pois, um oportuno programa para nossa vida: fazer uma síntese de tudo o que vivenciamos, para nos enriquecer com os passos já dados. Para que esse nosso trabalho seja completo, é oportuno imitarmos Maria Santíssima. Em duas ocasiões o evangelista Lucas nos conta que, diante de situações que a deixaram surpresa, ela guardou tudo em seu coração, meditando”.

Também o arcebispo de Brasília, Dom Sergio da Rocha, fez seus votos para 2013: “Com louvor a Deus e gratidão a todos os irmãos e irmãs em Cristo, desejo-lhes um Feliz Ano Novo, com o dom da paz que Jesus nos oferece, nos braços de Maria, a Santa Mãe de Deus!”.

Para comemorar o Dia Mundial da Paz, celebrado nesta terça-feira, 1º, a arquidiocese de Brasília realiza nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro celebrações Eucarísticas, que serão presididas por Dom Sergio da Rocha, e pelo padre George de Albuquerque, responsável pela Catedral.

Já a Caritas Brasileira inicia o novo ano com ideias claras: “O nosso pedido para 2013 não poderia ser outros: incluir mais e mais pessoas nessa rede de esperança e espalhar o espírito solidário pelo país, reduzindo a desigualdade e promovendo a inclusão social. Esse era o sonho de Dom Helder Câmara, fundador da Caritas, e é também o nosso! O desejo de dias melhores para milhares de pessoas. Afinal, somos transformação.”

A Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança, irmã Vera Lúcia Altoé, também deixou sua mensagem para o ano que se aproxima: “Estamos iniciando mais um ano. Neste ano de 2013, a Pastoral da Criança comemora 30 anos de vida e missão. Desde o começo dos trabalhos até hoje, percebe-se o quanto a Pastoral da Criança cresceu, se expandiu e se fortaleceu como uma instituição presente na vida cotidiana do nosso povo em milhares de comunidades. São 30 anos de memórias, reflexão e compromisso. Neste ano de 2013, vamos todos, através das visitas domiciliares, nos dias da Celebração da Vida, nas reuniões da comunidade, levar às famílias uma mensagem de paz para que as crianças acompanhadas possam viver e crescer num ambiente de paz”.

E entrando no ritmo da JMJRio2013, o jovem estudante do Rio Grande do Sul, frei Malone Rodrigues, da Ordem dos Frades Menores, que será um voluntário na Jornada, dirigiu-se diretamente à juventude brasileira. “Desejo aos jovens que não percam a esperança. Mesmo hoje, diante das dificuldades que a gente vê nas famílias, nas comunidades, ou nos países em confrontos, guerras, não percam a esperança da paz. Nós, como jovens, somos promotores, nas nossas atitudes, nas nossas mudanças no dia-a-dia é que a gente vai conseguir ter um futuro melhor de paz e fraternidade”

colaboração Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha


Ano novo é oportunidade de renovar metas e propósitos em Deus



O ser humano tem a capacidade de se auto avaliar e ter vontade de recomeçar de novo. Aquilo que foi ruim devemos tirar lições e as coisas boas devem ser estímulos para persistir neles.
Logo se inicia mais um ano novo, com ele as esperanças de tempos melhores enchem o nosso coração. Muitas promessas são feitas, planos são elaborados com propósitos de melhorar a vida econômica, física, humana e espiritual de cada pessoa. Não se pode esquecer-se deles durante o ano, mas procurar fazê-los com força e coragem. O que não pode ser feito durante ano que passou deve se revigorado numa nova proposta e avaliar o que poderia ser melhor. Temos a graça de Deus que inunda o nosso ser, mas é preciso aderir a Ele sem medo o receio.
Não podemos sentir fracassados e nem derrotados naquilo que não podemos fazer ou alcançar, mas pedir sempre luz de Deus para fazer bem todas as coisas que estiverem em nosso alcance. Que as nossas emoções não sejam motivos de fazer planos fora da realidade, pois somos humanos e frágeis. O nosso limite barra nas nossas pretensões, mas isso não nos leva a desanimar porque é importante tentar fazer. Só erram os que fazem e são sós os corajosos que reconhecem os seus erros e procuram consertá-los.
Assim, com a Palavra de Deus nos orientando, a eucaristia nos fortalecendo para que 2013 seja o ano diferente dos demais, pois vamos derramar em todos os lugares a paz, a justiça, a alegria, o amor, o perdão e o serviço aos mais necessitados de ajuda material e espiritual.
Não tenha medo de fazer e recomeçar, pois temos Jesus que nos sustenta e dá força. Seja Feliz sempre em qualquer situação. Viva 2013 na Palavra de Deus e na fé em Cristo, razão de nosso existir amém.
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha





2013: padre orienta fieis para o encontro com a Palavra de Deus

Padre Ronicés Queiroz Geber, sjs
Instituto Missionário Servos de Jesus Salvador


Arquivo pessoal
Padre Ronicés Queiroz Geber é Vigário Paroquial na Paroquia Sainte Anne em Six-Fours Les Plages - França.
Mastigar a Palavra de Deus

Em toda virada de ano existe o costume de fazer bons propósitos, de fazer o bem que não foi feito, e não repetir o mal que foi feito. Muitos pessoas desejam um ano "com muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender". Sei o quanto isso é importante, porém, não esqueçamos  que os bens materiais não são garantia de felicidade.
Ontem recebi um telefonema de uma senhora de 81 anos, que me falou de sua solidão e do seu desejo de suicidar-se. Logo, disse que iria visitá-la o mais rápido possível. No dia seguinte, chegando em sua casa, vi uma miséria muito conhecida aqui na França: a solidão. Com uma bela casa, numa bela cidade da costa azul (côte d'Azur) da França e com um carro na garagem.  Tudo isso não estava preenchendo seu coração, que tem fome e sede de Deus. 

Por isso, insisto que um encontro com Deus é necessário para não esquecermos os bens essenciais da nossa vida, ou seja, os bens que jamais passarão. Nós podemos encontrar Deus em tudo aquilo que Ele criou, pois na obra de sua criação está os traços de sua presença.
Portanto, o propósito que aconselho para esse novo ano que está chegando é: encontrar Deus na sua Palavra, nas leituras da Missa de Domingo. Antes de ir à Missa de Domingo, seria proveitoso conhecer os textos bíblicos, estudá-los e rezá-los. Se fizermos isso, teremos um profundo encontro com Deus na sua Palavra e na Comunhão Eucarística, pois, o Deus que fala é o mesmo que se entrega para entrar em nossas vidas.

Na Missa, sabemos que Jesus está realmente presente em cada partícula da hóstia que se quebra, seria um grande sacrilégio deixa-lá cair por descuido e falta de zelo. Porém, esquecemos que Jesus está também realmente presente em cada "partícula" de sua Palavra, pois Ele é a Palavra que se fez carne. Nenhuma migalha deve cair da mesa do altar e da mesa da Palavra, temos que "mastigar" bem o Livro e o Pão da Vida, só assim, Jesus, Palavra de Deus, será o nosso alimento transformador.

Então, queridos irmãos e irmãs, façamos o propósito de no ano de 2013, lermos durante a semana, as leituras da Missa de Domingo. Como disse, um encontro com Deus é necessário para termos um ano repleto de bênçãos. Enfim, quando esse encontro é preparado pela leitura dos textos e pela oração, vários obstáculos são removidos, e Deus terá livre acesso para fazer de nós, filhos repletos de sua presença. Creio que não há benção maior! Desejo a todos um ano repleto da presença de Deus!
fonte: www.cancaonova.com
colaboraçõ Bacharel em Teologia Jose Benedito S. Cunha
jbscteologo@gmail.com

Ano da fé e JMJ: oportunidades para renovar a fé em 2013


Da Redação, com informação da Agência Fides



Nesta segunda-feira, 31, último dia do ano, muitas pessoas param para refletir e pensar o que podem fazer de melhor em suas vidas no próximo ano. Para os cristãos católicos, esse é sempre um momento de renovar a fé, e em 2013 eles terão dois grandes auxílios para esta tarefa: a continuidade do Ano da Fé e a Jornada Mundial da Juventude.

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.: Todas as notícias sobre o Ano da Fé
.: Todas as notícias sobre a JMJ 2013


Proclamado pelo Papa Bento XVI e iniciado em 11 de outubro de 2012, o Ano da Fé propõe aos fiéis do mundo inteiro uma verdadeira redescoberta da fé, o que vem sendo trabalhado com atenção pelo clero e religiosos do mundo todo.

O arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, publicou uma mensagem de Fim de Ano dirigida a todos os venezuelanos. Ele inicia o texto recordando justamente o convite do Santo Padre para que se celebre o Ano da Fé.  “Que se viva a fé católica em meio a um mundo secularizado, indiferente e por vezes contrário a Deus”, escreve o Cardeal na mensagem.

E nesse contexto de renovação da fé católica, a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro será um dos grandes eventos de 2013 que vai ajudar jovens do mundo inteiro nessa missão. Em artigo publicado neste domingo, 30, o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, destacou que, entre tantos legados já esperados nos grandes eventos, a JMJ terá um incomparável: “deixará a presença de um Deus Amor no coração dos jovens arautos da manhã e anunciadores de um mundo novo”.

Dom Orani enfatizou ainda que 2013 será o Ano da Juventude. “Queridos jovens: o próximo ano é de vocês! (...) Animem-se para viver com intensidade a JMJ Rio 2013 e vamos testemunhar Deus Menino, nascido de Maria Santíssima, para nos salvar!”.
colaboração Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

Jesus revela o rosto de Deus para nós


Queridos irmãos e irmãs em Cristo, somos agraciados por Deus, pois Ele, na sua infinita misericórdia e amor, nos deu Jesus.  Jesus estava com o Pai e Ele é a palavra. Desde sempre, tudo foi criado por Ele. Ele é vida e estava nos homens como Luz. A luz brilha sempre na escuridão e esta não tem domínio dela. João Batista teve a missão de dar testemunho da luz entre os homens, isso foi vontade de Deus. A fé em Jesus chega-se por meio dos testemunhos dos mártires e santos. João não era a luz, mas veio para testemunho da Luz que é Cristo. Jesus Cristo é que ilumina a todos. Sabemos que o mundo foi feito pela Palavra e ela estava no mundo, mas este não a conheceu. Ele veio para os seus, mas  eles não o conheceram tambem. Ignorá-Lo é desfazer da nossa existencia, pois existimos pela vontade de Deus.
Todos que O acolheram, Ele deu-lhes a capacidade de serem filhos de Deus. Quem acredita em Jesus torna-se filhos de Deus Nele. Nós nascemos pela vontade divina e por isso temos valor e dignidade, não somos apenas carne, mas nascemos pelo Espirito. O Batismo nos habilitou para isso. Através de Maria, Jesus pode vir ate nós, se encarna então a palavra que existia sempre se torna carne e habita entre nós. Agora Jesus também faz parte da nossa natureza sem desfigurar a divina. Em Jesus há duas naturezas, isto é, o divino e humano por isso Maria é Mãe de Deus.
Assim, está escrito:  E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. Dele, João dá testemunho, clamando: "Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim". De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer. (Cf. Jo 1,1-18)
Segue abaixo o comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430) Bispo de Hipona (Norte de África), Doutor da Igreja Sermão 293, 5 para a natividade de São João Baptista.
Cristo tinha de vir na nossa carne: não em outro, anjo ou embaixador, era Cristo Quem tinha de vir, em pessoa, para nos salvar (Is 35,4) [...]. Teve de nascer em carne mortal: eis pois um menino, deitado numa manjedoura, envolto em panos, alimentado ao peito, que havia de crescer com os anos e, por fim, de morrer cruelmente. Tantos testemunhos de profunda humildade. Quem nos dá tais exemplos de humildade? O Altíssimo.
Que grandeza é a Sua? Não a procures na terra, sobe à altura dos astros. Quando chegares às legiões dos anjos, ouvirás dizer: «Sobe mais alto, acima de onde estamos». Quando tiveres subido até aos Tronos, Dominações, Principados e Potestades (Cl 1,16), ouvi-los-ás ainda dizer: «Sobe mais alto, que nós próprios somos ainda criaturas», «por Ele é que tudo começou a existir» (Jo 1,3). Eleva-te, pois acima de todas as criaturas, de tudo o que foi formado, de tudo o que recebeu existência, de todos os seres que mudam corporais ou incorporais, numa palavra, acima de tudo. A tua vista não alcança ainda tais alturas; é pela fé que tens de te elevar até lá, é a fé que te deve conduzir ao Criador [...]. Lá, contemplarás o Verbo, que era no princípio [...].
Ora esse Verbo que estava em Deus, esse Verbo que era Deus, por Quem todas as coisas foram feitas, sem Quem nada teria sido feito, e em Quem estava a vida, desceu até nós. Que éramos nós? Mereceríamos que Ele descesse até nós? Não, nós éramos indignos de que Ele tivesse compaixão de nós, mas Ele era digno de ter piedade de nós.”
Que a gloria de Jesus seja a nossa força e que possamos sempre dar testemunho Dele e que cada cristão seja autentico e viva a Fé Nele como algo importante da sua vida. Que este ano que logo vai nascer seja oportunidade de cada um aumentar a fé em Cristo na Igreja deixada por Ele. Ele tem o tesouro da fé e nós não podemos desprezar isso. Seja louvado Cristo nas nossas vidas. Tudo por Jesus nada sem Maria. Amém
Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

domingo, 30 de dezembro de 2012

Quando partilhamos os bens, não haverá fome entre os homens

Irmãos e irmãs, não se podem esquecer os pequenos que passam fome. Quando há fartura para alguns, outros procuram migalhas no chão. Deus não nos criou isolados e longe dos outros. Somos chamados a partilhar os dons. A mão que reparte sempre terá abundancia. Jesus nos ensinou a partilha e o amor, por isso não podemos ignorá-Lo no pobre que passa necessidade.
Um pouco de cada um partilhado entre os necessitados, isso será suficiente para alimentar os famintos. Somos parte da família de Deus que quer seguir Jesus em tudo. O natal não é momento para os esbanjamentos e nem opulência de alguns, mas de mesa partilhada na solidariedade com todos que precisam de nossa ajuda material e espiritual.
Cada ano tem a oportunidade de descobrir e fazer o bem aos que precisam. A caridade de cada um assemelha na caridade de Deus que tem por nós.
Não podemos excluir ninguém do Banquete da vida, todos merecem comer e viver. Assim Jesus nos fala: “Quando deres uma festa, chama os pobres, estropiados, coxos e cegos, feliz serás, então, porque eles não têm com que te retribuir. Serás, porém, recompensado na ressurreição dos justos” (Lc 14, 13-14).
Porque ficar enganados nesse mundo egoísta que exclui muitas vezes os pobres, os doentes, os idosos, as crianças abandonadas, deixando-os nas margens da vida. Quando partilhamos os bens, não haverá fome entre os homens.
Que o espirito de amor trazido por Cristo a nós no natal e na sua vida de entrega a humanidade nos ensine a sermos mais humanos e fraternos, pois onde existir alguém sofrendo nós poderemos sanar com a nossa ajuda caridosa. A caridade cura as feridas da exclusão no mundo e é o balsamo regeneradro das situações injusta. Jesus, misericórdia, nós confiamos em vós. Amém
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sábado, 29 de dezembro de 2012

A intolerância nunca mais


Queridos irmãos e irmãs em Cristo, formamos uma família perante Deus criador. Ele reuniu todos numa comunidade onde deve reinar amor, perdão, paz, solidariedade, justiça, fraternidade e partilha. Deus, no gesto de grande amor, nos dá um presente na pessoa de Jesus, que vem a nós, como criança, símbolo de paz e serenidade. Diante desta criança, príncipe da Paz, irradia a compreensão e unidade. Deus se faz pobre e humilde para nos ensinar o caminho do amor para com todos.
Na noite santa do natal se ouviu um canto de coros de anjos que diziam Paz nas alturas para todos que ama a Deus. Os pobres pastores ouviram e foram a Jesus e contemplaram-No na manjedoura. Uma luz de harmonia ilumina os corações deles e de todos que chegam ao menino Deus que nasce também em nossos corações.
Estamos no mundo onde a violência se campeia numa velocidade atroz. Parece que o bem não tem vez nesta sociedade materialista, egoísta e hedonista. A intolerância religiosa, politica, étnica, social e humana são vistas e propagadas aos nossos olhos. Somos indefesos e só encontramos forças no Deus da vida. Não podemos partilhar a nossa vida com os intolerantes e devemos pedir a paz nos corações humanos na força do Espirito Santo. Que ódio dê lugar ao amor, a tristeza para alegria, a duvida para a fé, a guerra para a paz e a vingança para o perdão.
Nós cristãos devemos ser testemunhas de Cristo que doou a sua vida pela humanidade, espalhando entre nós a misericórdia e amor. Intolerância nunca mais, pois somos irmãos e irmãs uns dos outros na nossa humanidade. A cruz de Cristo aponta para o infinito onde está Deus e nos chama atenção para o amor-doação total de um Deus que se deixa morrer por nós. Amém, Feliz 2013 na paz e concórdia  dos povos!
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com






A família sagrada é modelo de todas as famílias

Ainda no clima de natal, a liturgia nos coloca a Festa da Sagrada Família.
Jesus Cristo nasceu numa família para ser um dos nossos e ainda valorizar a família humana tão querida por Deus. Ele nasceu numa família humilde e simples como muitas do seu tempo, assim denuncia as desigualdades sociais.
A bíblia nos mostra os valores da família para o equilíbrio da sociedade humana.
No livro eclesiástico mostra a importância da fidelidade aos ensinamentos de Deus que devemos ter em relação a família. (cf. Eclo 3,3-7.14-17). Os pais devem ser respeitados e na velhice deles deve se assegurada ajuda e compreensão. Não deve de modo algum abandoná-los. Deus dá ainda a garantia para nós que cuidamos deles, promessa de vida longa. Isso é bondade de Deus.
Hoje devemos fazer o mesmo, porque a família é algo importante. Não devemos abandonar os nossos pais em nenhuma situação.
Paulo na carta aos colossenses  nos mostra como deve ser a vida cristã de cada pessoa. A harmonia entre todas familias deve estar condicionada a esses conselhos: (cf. Cl 3,12-21)"Revesti-vos de misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência...", "Suportai-vos e perdoai-vos uns aos outros... sobretudo amai-vos...", "A Palavra de Deus habite em vós... Cantai a Deus hinos espirituais..." Paulo nos remete a vida de família, aos pais, aos filhos, aos maridos e mulheres para ter paz duradoura entre os seus membros.
Luca nos mostra a sagrada família indo a Jerusalém, essa é uma pratica religiosa. Nesta peregrinação perderam de vista Jesus e acharam que estavam em outra comitiva da família. Quando não viram Jesus, procuram por Ele em todas as redondezas e também em Jerusalém, mas o encontraram no templo ensinando os doutores e escribas. (cf. Lc 2,41-52) eles falaram a Jesus: "Teu pai e eu, estávamos angustiados à tua procura...", mas jesus responde com outra pergunta:
E Jesus faz duas perguntas: "Por que me procuravam? Não sabiam que eu devo estar naquilo que é de meu Pai?" Isso já demonstra a consciência de Jesus na sua missão aqui na terra, Ele veio fazer a vontade do seu Pai. Os pais não entenderam mas guardaram essas coisas no coração. Mesmo Jesus volta como está escrito: "Jesus voltou a Nazaré com seus pais... e permaneceu obediente a eles... e crescia em sabedoria, em idade e em graça... diante de Deus e dos homens."
A obediência é acolher e ser fiel a propostas de Deus que tem para nós. Não podemos ser egoísta e nem desvalorizar os valores da família. Não podemos desanimar diante da crise atual que família está a mercê, pois se ela continuar em comunhão com Deus e ser humilde no acolhimento a vontade Deus vai ser a família ideal querida por Deus. O amor, a justiça, a fraternidade vão reinar em nossas familias.

Assim, celebrar a família é condição de valorizar a humanidade, pois sem ela nós perdemos o diferencial no mundo e que a sagrada família nos ajude a sermos mais humanos e cristão no mundo de hoje. Amém
 bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Papa destaca exemplo de Santo Estêvão para a nova evangelização

Queridos irmãos e irmãs, nesta quarta feira, após a celebração do Natal do Senhor, celebramos a memoria de Santo Estevão, o mártir da fé em Cristo. Ele não teve medo de falar de Jesus e dar testemunho Dele aos homens. A Igreja precisa de muitos iguais a Santo Estevão, para dar testemunho de Cristo nesta nova evangelização. O batismo nos fez filhos no Filho de Deus e recebemos o Espirito Santo que dá força a cada um de nós a vivermos os valores do Evangelho de Jesus Cristo. A graça que recebemos de Deus nos fortalece em todos os momentos principalmente nos momentos difíceis sacrifícios que fazemos por causa de Cristo, razão da nossa fé. (1)
O Papa Bento XVI reuniu-se com os fiéis nesta quarta-feira, 26, na Praça São Pedro, para rezar o Angelus. Antes de iniciar a oração mariana, ele fez algumas reflexões  tomando como exemplo Santo Estêvão, celebrado neste dia pela Igreja. O Santo Padre rezou pela multiplicação de fiéis que possam dar um testemunho convicto e corajoso do Senhor Jesus, assim como o fez Santo Estêvão. Bento XVI afirmou que Santo Estevão é um modelo para quem deseja se colocar a serviço da nova evangelização. De acordo com o Santo Padre, o santo mostra que a novidade do anúncio consiste em ser cheio do Espírito Santo e deixar-se guiar por Ele. (2)
“A novidade do anúncio está na profundidade da imersão no mistério de Cristo, da assimilação da sua palavra e da sua presença Eucarística, de forma que Ele próprio, Jesus vivo, possa falar e agir no seu enviado. Em essência, o evangelizador torna-se capaz de levar Cristo aos outros de maneira eficaz quando vive de Cristo, quando a novidade do Evangelho se manifesta na sua própria vida”. O Papa lembrou ainda que Santo Estêvão viveu sempre animado pelo Espírito Santo, testemunhando o amor de Cristo até o extremo sacrifício. “A vida de Santo Estêvão é inteiramente moldada por Deus, conforme a Cristo, cuja paixão se repete nele”, disse. (2)
E no dia em que a Igreja celebra o santo, o Papa enfatizou que todos são chamados a fixar o olhar sobre o Filho de Deus, cujo mistério da Encarnação é contemplado no Natal. Ele lembrou ainda que Jesus vinculou a humanidade a Si e quer continuar em cada um a sua obra de salvação.  “Deixar-se atrair por Cristo, como fez Santo Estêvão, significa abrir a própria vida à luz que a chama, orienta e a faz percorrer o caminho do bem, o caminho de uma humanidade segundo o desígnio de amor de Deus”, destacou. (2)
As palavras do nosso papa nos enchem de esperança e coragem em Cristo, pois Ele é o único que nos habilita para Deus. Somos chamados para sermos discípulos e missionários de Cristo no mundo, onde parece que Deus é obsoleto e retrogrado. Ao celebrar o natal de Jesus que é dom de Deus para nós, pois Ele veio até nós para nos ensinar o caminho do bem. Quem segue Jesus deve assumir a cruz de cada dia, sabendo que Deus é que dá força e coragem para dar testemunho de vida em Cristo. O filho de Deus nos fala da importância que devemos dar ao amor, a justiça, a paz, a fraternidade, a partilha, a solidariedade e o perdão. A humanidade se eleva no nascimento de Jesus, pois um Deus quis fazer um de nós. Viva Jesus; Viva o natal do Senhor onde a humanidade foi presenteada pela sua presença singela, simples e cheio de paz.
(1)    Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha
(2)    www.cancaonova.com

A luz não nos deixa tropeçar no caminho da vida


"As estrelas são todas iluminadas ...  Não será para que cada um possa um dia encontrar a sua?"
Antoine de Saint-Exupéry (1900–1944)

Nesta frase acima nos faz pensar que as estrelas anunciam a presença de Deus no nosso meio. Temos um salvador que nos ensina novamente a ser pessoa, imagem do criador. O nosso Deus não é do caos, mas da unidade e paz que leva a ordem ao universo criado por Ele.

O homem não pode parar de sonhar e viver a graça de cada dia, pois Deus sem cessar nos envia sinais da sua presença regeneradora que faz a humanidade ser diferente e cheia de amor e paz.
As armas devem ser deixadas de lado e no lugar delas a justiça, o respeito e amor devem ser valorizados no nosso meio. Violência gera violência e a paz gera paz.

O ano termina e se olharmos a estatística da violência percebemos que muitos morreram causados por dominação, pelas maldades e rancores, pelos orgulhosos e falta de perdão entre as pessoas. O presépio de Belém nos dá uma grande lição, um menino Deus, que se abre ao mundo para nos ensinar que o amor vence o ódio e a simplicidade derruba os orgulhos das pessoas.

Alegria de nascido traz esperança ao mundo, mas muitos querem aniquilá-Lo, mas o poder da vida vence. O mundo quando distancia de Deus segue longe dos valores humanos e cristãos, praticam todo tipo de maldade, mas quando aderem a Cristo vivem as bemveanturanças do evangelho que se traduzem  na misericórdia, no bem, na promoção da paz, na vivencia da pobreza que tudo espera de Deus e entram em comunhão com Ele.

Que 2013 estejamos atentos para seguir a luz que ilumina o nosso caminho sem nos deixar tropeçar, porque Deus é que vai ensinando-nos para a vida. Que a nossa pertença a Deus seja feita na verdade e na fé em Cristo, pois Ele veio para dignificar o homem através da sua vida, da sua morte de cruz e da sua ressurreição. A vida brilha como estrela e nós temos uma. Amém

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

Papa mantém tradição e acende Círio da Paz

O Papa Bento XVI acendeu na noite desta segunda-feira, 24, na janela de seu apartamento, uma vela símbolo da luz do Natal, inaugurando o presépio na Praça de São Pedro.

Milhares de fiéis presenciaram o gesto na Praça, aonde foi aberto o presépio de 150 metros quadrados e mais de 100 estátuas de terracota do artista Francesco Artese.
O papa Bento XVI acende Círio da Paz
O Círio da paz é uma tradição polonesa introduzida por João Paulo II no Vaticano, e a que o atual Pontífice dá continuidade. Bento XVI não pronunciou discursos; apenas rezou alguns segundos pela paz no mundo e com a vela fez o sinal da cruz. Depois, na escuridão da tarde romana, cumprimentou com a mão e abençoou os presentes na Praça.
Uma banda de música entoou Noite de Paz, enquanto um colaborador do Papa colocou outra vela ao lado do Círio da Paz.
colaboração: Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Bento XVI pede paz para Síria, Terra Santa e África

Ao celebrar o natal do Senhor, nós abraçamos a paz com todos, pois um Deus veio estar em nosso meio. A semente da paz deve germinar em cada coração humano e assim dize não a guerra e ao ódio. Então vamos deixar que a paz cresça no nosso meio. Devemos ser portadores dela em todos os lugares. Não se pode dobrar para o ódio e a vingança, mas devemos ser misericordiosos e multipliquemos o perdão entre nós. Que os olhos comtemplem o menino humilde do presépio com as mãos estendidas pedindo paz para todos os lugares.(1)
Na Solenidade do Natal do Senhor, o Papa Bento XVI dirigiu a tradicional Mensagem natalina aos fiéis da sacada central da Basílica de São Pedro, o ‘balcão da benção’. Após a leitura da Mensagem, Bento XVI concedeu a benção “Urbi et Orbi” com a indulgência plenária e fez os votos de ‘Bom Natal’ em 65 línguas. Esta é a ocasião em que, falando aos fiéis de Roma e do mundo inteiro, o Pontífice habitualmente aponta as situações que mais o preocupam, chamando a atenção da comunidade internacional para as realidades de maior sofrimento. No dia em que Deus se fez carne, o Papa explicou a todos que “se realizou algo que ultrapassa a compreensão humana: o Infinito tornou-se menino, entrou na humanidade”, e lançou um sinal de otimismo, afirmando que “a nossa esperança vence o medo de nos fecharmo-nos: a Verdade germinou, trazendo amor, justiça e paz!”.(2)
“Sim, que a paz germine para o povo da Síria, profundamente ferido e dividido por um conflito que não poupa sequer os inermes, ceifando vítimas inocentes. Uma vez mais faço apelo para que cesse o derramamento de sangue, se facilite o socorro aos refugiados e deslocados e se procure, através do diálogo, uma solução para o conflito”. Em seguida, Bento XVI pediu que “a paz germine na Terra onde nasceu o Redentor; que Ele dê aos israelenses e palestinos a coragem de por fim a tantos anos de lutas e divisões para empreender, com decisão, o caminho das negociações”.Falando sobre a situação no Egito, disse esperar que “os cidadãos construam juntos sociedades baseadas na justiça, no respeito da liberdade e da dignidade de cada pessoa”. (2)
Entrando no continente asiático, o Papa pediu que os governantes da República Popular da China valorizem a contribuição das religiões, para que possam contribuir na construção de uma sociedade solidária. A realidade africana também foi focada por Bento XVI: “Que o Natal de Cristo favoreça o retorno da paz ao Mali e da concórdia à Nigéria, onde horrendos atentados terroristas continuam a ceifar vítimas. Que o Redentor proporcione auxílio e conforto aos refugiados do leste da República Democrática do Congo e conceda paz ao Quênia, onde sangrentos atentados se abateram sobre a população civil e os lugares de culto”.(2)
Finalmente, acenando à América Latina, lembrou suas virtudes humanas e cristãs e pediu ao Menino Jesus “que sustente aqueles que se vêem obrigados a emigrar para longe da própria família e da sua terra e revigore os governantes em seu empenho pelo desenvolvimento e na luta contra a criminalidade”.Concluindo, Bento XVI recordou que “o amor e verdade, a justiça e a paz encontraram-se e encarnaram no Filho de Deus nascido de Maria, em Belém. Seu nascimento é uma semente de vida nova para toda a humanidade”. E auspiciou que “o amor, a verdade, a justiça e a paz sejam acolhidos e germinem em todas as terras”. (2)
Que as palavras do nosso papa no dia de hoje encontrem eco nos corações humanos para a paz. A paz é possível se os nossos corações encherem de amor de Deus. Deus ama-nos infinitamente e Ele é o nosso pai comum, pois todos são irmãos. Que o natal não seja apenas uma data, mas momento de reflexão e de compromisso com a paz. O mundo precisa de paz duradoura e um convívio harmonioso com todos. As nações sejam amigas e que reine entre nós a solidariedade e partilha. A justiça gera paz, então sejamos promotores da paz e não de guerra. Amém(1)
(1)    Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha
(2)    www.cancaonova.com




segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Papa Bento XVI critica rejeição a Deus e violência religiosa•


Queridos irmãos e irmãs, celebrar natal é reconhecer a presença de Deus no nosso mundo. Ele veio pobre, nascido em Belém numa manjedoura, demonstrando um Deus despojado que ama a humanidade e o mundo de modo infinito. Ele veio simples e cheio de paz. Os anjos anunciam o seu nascimento aos pobres pastores que foram até a gruta onde estava Jesus com sua mãe e Jose. O cristianismo é a religião do amor e do perdão, pois segue Jesus. Infelizmente alguns se equivocaram e praticaram violência e injustiça em nome de Deus, mas isso não vem de Cristo, pois Ele ensinou o despojamento, a renuncia e modo de viver simples e pobre. O mundo sem Deus se desumaniza e fica estéril de amor, de partilha, de solidariedade, de compreensão e de perdão. (1)
O papa Bento XVI celebra a tradicional Missa do Galo na basílica de São Pedro do Vaticano, a oitava de seu Pontificado. A rejeição a Deus pelo mundo contemporâneo leva à rejeição do outro, principalmente dos mais vulneráveis, advertiu nesta segunda-feira o Papa Bento XVI, durante a tradicional Missa do Galo, antes de definir qualquer violência em nome de Deus como uma "doença" da religião.(2)
O Papa, que celebrou a missa com o auxílio de cerca de 30 cardeais, rezou pela paz na Palestina, Síria, Líbano e Iraque para que os cristãos possam "conservar sua morada" nestes lugares e para que "cristãos e muçulmanos possam construir juntos seus países na paz de Deus". "Estamos completamente repletos de nós mesmos, de modo que já não há espaço para Deus. Também não resta espaço para os outros, para as crianças, os pobres, os estrangeiros", disse o Papa na missa celebrada na Basílica de São Pedro. "Não é precisamente a Deus que rejeitamos?", questionou Bento XVI.(2)
No início de uma cerimônia de mais de duas horas, acompanhada por coral em latim, música de órgão e som de trombetas, Bento XVI percorreu a imensa Basílica de São Pedro sobre uma plataforma móvel, mostrando cansaço. "Correntes de pensamento muito difundidas afirmam que (...) a religião, em particular o monoteísmo, seria a causa da violência e das guerras no mundo; que seria preciso libertar a humanidade da religião para se estabelecer a paz; que o monoteísmo, a fé em um único Deus, seria prepotência, motivo de intolerância, já que por sua natureza tentaria se impor a todos com a pretensão da única verdade".(2)
O papa Bento XVI celebra a tradicional Missa do Galo na basílica de São Pedro do Vaticano, a oitava de seu Pontificado Foto: Vincenzo Pinto / AFP"É certo que o monoteísmo serviu durante a história como pretexto para a intolerância e para a violência. É verdade que uma religião pode se desviar e chegar a se opor à natureza mais profunda quando o homem pensa que deve tomar em suas mãos a causa de Deus, fazendo de Deus sua propriedade privada. Devemos estar atentos contra a distorção do sagrado"."Mas mesmo que seja incontestável um certo uso indevido da religião na história, não é verdade que o "não" a Deus restabeleceria a paz. Se a luz de Deus se apaga, se extingue também a dignidade divina do homem", concluiu Bento XVI.(2)
As palavras do papa Bento XVI são sempre benvindas e sábias, pois ele nos orienta como um pai a seus filhos que querem que estejamos no caminho certo que nos leva a Deus. Deus não é culpado pelas atrocidades que as pessoas fazem no mundo. Isso é fruto do ódio, do materialismo e do egoísmo dos homens que querem negar Deus nas orientações do mundo. O mundo torna-se cruel na medida em que nos esquecemos de Deus e ficamos na nossa autossuficiência. Uma sociedade que pensa só em si e esquece-se dos outros está condenada a perecer. Deus é a luz que ilumina a humanidade para o amor e a paz, sem ela ficaremos na escuridão do egoísmo e do individualismo que cegam a pessoa para o outro. Natal tem significado grande, pois nele encontramos a fragilidade do menino que torna em nosso coração um gigante para a construção do amor e da paz. (1)
(1)    Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha
(2)    www.terra.com.br



A escuridão viu uma grande Luz

Queridos irmãos e irmãs, hoje celebramos a vigília de Natal, o que esperamos aconteceu, Jesus visita a nossa casa e o nosso coração. Somos um povo feliz porque Deus nos ama e nos faz filhos no Filho de Deus. Que noite feliz, a escuridão foi dissipada, o menino luz nos ilumina para sempre.
No livro do profeta Isaias nos fala desse tempo novo. “Ele nos diz O povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu. Fizeste crescer a alegria e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da paz. Grande será o seu reino e a paz não há de ter fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado, que ele irá consolidar e confirmar em justiça e santidade, a partir de agora e para todo o sempre. O amor zeloso do Senhor dos exércitos há de realizar essas coisas.” (Is 9,1-6)

Assim, o que foi dito pelo profeta foi realizado plenamente em Jesus, pois Deus é zeloso e amoroso. Cabe a cada um de nós ser verdadeiros discípulos e missionários de Cristo e levarmos esta verdade a todos para que acreditem e aderem a Jesus definitivamente.

Na Carta de São Paulo a Tito nos mostra claramente que Deus veio até nos, trazendo “salvação para todos os homens”. Para isso, “Ela nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas e a viver neste mundo com equilíbrio, justiça e piedade, aguardando a feliz esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo”. “Ele se entregou por nós, para nos resgatar de toda maldade e purificar para si um povo que lhe pertença e que se dedique a praticar o bem (Tt 2,11-14)” .

Esta é a verdade que devemos assumir na nossa vida se fizermos isso com certeza a humanidade se torna melhor e portadora de paz, amor e justiça para todos.

O evangelista Lucas nos fala que José e Maria, que estava gravida, se encontravam em Belém devido ao Edito de Cesar Augusto para o recenseamento. José era da casa de Davi. Como a cidade estava repleta de pessoas, não havia hospedaria para hospedar a família de Nazaré, então tiveram que ficar numa gruta onde Jesus pode nascer. Este lugar simples foi o trono de Jesus para mostrar que Deus não combina com riqueza e poder desse mundo. Esta noite foi diferente, o esplendor e o canto de coro de anjos anunciaram a vinda do Salvador.
Os pastores foram os primeiros a ouvir esta grande noticia e foram até lá, viram e contemplaram o Rei que nasce humilde para dar a salvação a todos (cf. Lc 2,1-14). Um Deus que está no nosso meio. Celebrar natal é despojar de tudo que atrapalha de sermos autênticos cristãos e abraçar definitivamente a fé em Cristo que é a razão de nossa existência. Amém



Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

domingo, 23 de dezembro de 2012

Um natal onde Jesus deve ser o Centro


A humanidade não pode se  omitir diante da presença do Salvador. Jesus marcou a historia humana. Ele é o Redentor do Homem.

Assim. Fala Beato João Paulo II em sua enciclica: Estamos também nós, de alguma maneira, no tempo de um novo Advento, que é tempo de expectativa. « Deus, depois de ter falado outrora aos nossos pais, muitas vezes e de muitos modos, pelos Profetas, falou-nos nestes últimos tempos pelo Filho ... » (Hb. l, l s), por meio do Filho-Verbo, que se fez homem e nasceu da Virgem Maria. Com este ato redentor a história do homem atingiu, no desígnio de amor de Deus, o seu vértice. (Redemptor Hominis, 1)

Deus entrou na história da humanidade e, enquanto homem, tornou-se sujeito à mesma, um dos milhares de milhões e, ao mesmo tempo, Único! Deus, através da Encarnação, deu à vida humana aquela dimensão, que intentava dar ao homem já desde o seu primeiro início e deu-lhe de maneira definitiva — daquele modo a Ele somente peculiar, segundo o seu eterno amor e a sua misericórdia, com toda a divina liberdade — e, simultaneamente, com aquela munificência, que, perante o pecado original e toda a história dos pecados da humanidade e perante os erros da inteligência, da vontade e do coração humano, nos dá azo a repetir com assombro as palavras da Sagrada Liturgia: « Ó ditosa culpa, que tal e tão grande Redentor mereceu ter »(Ex Praeconio paschali) (Redemptor Hominis,1)

O papa Bento XVI afirmou hoje no Vaticano que a celebração do Natal tem de ultrapassar a preocupação pelos “preparativos exteriores” e o aspeto “superficial”, convidando ao acolhimento de quem sofre. Então, Celebrar o Natal é lembrar e fazer a memoria de Cristo que veio a humanidade para elevá-la de novo, pois o pecado a desfigurou. O homem tornará mais humano se  mudar e converter a sua vida Cristo.
Se seguirmos de fato Jesus devemos fazer e viver o que Ele fez como curar os doentes, fazer os cegos enxergarem, os mudos falarem, os coxos andarem e libertação aos cativos. O que quer dizer isso para nós hoje? Isto nos faz ser pessoas novas e integradas a Deus a aos homens, tirando-os da escravidão do pecado que os deixa doentes, cegos, coxos, mudos e presos para uma vida digna de filhos de Deus na graça e santidade de vida.
Natal não pode ser uma data no calendário e nem um dia de repouso, mas um dia de pensar, refletir e celebrar que há um Deus salvador entre nós. O amor de Deus é infinito  e espera a nossa correspondência a Ele, onde falta Deus tem ódio, violência e o mal.

Que a noite de Natal possamos ouvir os anjos cantarem a nós, um menino nos foi dado e a paz reine em nossos corações. Feliz Natal.
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha



   

Bento XVI destaca a "beleza do acolhimento", neste tempo de Natal

Queridos irmãos e irmãs, esse quarto domingo do advento deparamos com a visita de Maria a sua prima Isabel, um belo exemplo de serviço aos outros. Maria vai a Casa de Isabel para ajuda-la, porque ela está gravida e idosa. Esse belo encontro é de alegria e de presença de Deus. Duas mulheres que estão esperando filhos, cada um vai ter uma missão. João Batista será o percussor do Senhor e Jesus será o salvador que doa a sua vida à humanidade. Esse acontecimento nos leva ao antigo testamento com grande significado. Israel espera o Messias e o Messias vem até nós por Maria. João rejubila como Davi diante do Senhor. (1)
"Imitemos Maria no tempo de Natal, visitando quantos vivem em situações de precariedade, em particular os doentes...", convida Bento XVI.A “beleza do acolhimento” foi sublinhada pelo Papa Bento XVI neste domingo, 23, ao meio-dia (ROMA),  na Praça de São Pedro, antes da recitação das Ave-Marias, já em clima de Natal. Comentando o evangelho do dia – a visitação de Maria a sua prima Isabel (Lc 1, 29-45), o Santo Padre observou que “esta cena exprime também a beleza do acolhimento”, recomendando a escuta, o dar espaço, o que – assegurou – comporta a presença de Deus e da alegria que d’Ele vem. “Este gesto não significa um mero gesto de cortesia, mas representa com grande simplicidade o encontro do Antigo com o Novo Testamento. De fato, as duas mulheres, ambas grávidas, encarnam a espera e o Esperado”.(2)
“A idosa Isabel – explicou o Papa – simboliza Israel que espera o Messias, ao passo que a jovem Maria leva em si o cumprimento dessa expectativa, a bem de toda a humanidade. Nas duas mulheres se encontram e reconhecem, antes de mais nada, os frutos do seu seio, João e Cristo”. Recordando a saudação de Isabel a Maria, o Papa observou que o texto evangélico evoca expressões do Antigo Testamento: “A expressão 'bendita és tu entre as mulheres' é referida no Antigo Testamento a Jael e Judite, duas mulheres guerreiras que intervêm para salvar Israel. Agora é dirigida a Maria, jovenzinha pacífica que está para gerar o Salvador do mundo”. Do mesmo modo – acrescentou ainda o Papa - o sobressalto de alegria de João alude à dança do rei Davi quando acompanhou a entrada da Arca da Aliança em Jerusalém. “A Arca, que continha as tábuas da Lei, o maná e o cetro de Arão, era o sinal da presença de Deus no meio do seu povo. João que vai nascer exulta de alegria diante de Maria, Arca da nova Aliança, que leva no seio Jesus, o Filho de Deus feito homem”. (2)
O Santo Padre enfatizou que a cena da Visitação expressa também a beleza do gesto de acolher. Onde há acolhimento recíproco, escuta, o dar espaço ao outro, disse o Papa,  aí está Deus e a alegria que d’Ele vem. "Imitemos Maria no tempo de Natal, visitando quantos vivem em situações de precariedade, em particular os doentes, os presos, os idosos e as crianças. E imitemos também Isabel, que acolhe o hóspede como o próprio Deus. Sem O desejarmos, nunca O conheceremos; sem aguardá-Lo, não O encontraremos; sem O procurar, não O encontraremos. ”Bento XVI concluiu desejando a todos um bom domingo e, desde já, aquela serenidade que permita viver bem as próximas festas de Natal. (2)
As palavras do papa nos preenchem de alegria e certeza. Maria é a mulher da nova realidade, pois ela traz Jesus e ainda se torna serviço, indo a casa de Isabel. O cristão deve ser portador de esperança aos mais fracos e pobres desse mundo. Devemos testemunhar que Deus é sempre acolhedor e nos dá um presente que é Jesus. Celebrar o Natal é revestir da roupa do amor, da ajuda, da solidariedade e partilha com os mais humildes e necessitados desse mundo. A arca da aliança que foi sinal da presença de Deus é agora Maria que leva no seu ventre Jesus, o próprio Deus no meio de nós. Que as alegrias que vem do natal seja a nossa força e nos alimente na esperança de dias melhores. Amém (1)
(1)    Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha
(2)    www.cancaonova.com 

sábado, 22 de dezembro de 2012

Natal, um dia em que Deus fez morada entre nós


Natal é momento de alegria e ação de graças, um Deus quis fazer morada entre nós. Maria, Uma mulher simples permitiu que esse Deus viesse até nós. A sua humildade e simplicidade entregou-se completamente a vontade de Deus. Seu sim ressoou em todos os lugares, nada ficou sem a sua impressão.
O amor de Deus ao mundo e ao homem é infinitamente grande, por isso Ele quis salvar o que foi danificado pelo pecado. A esperança renasce em cada coração diante do menino Deus que abre as mãos para todos. Onde havia escuridão brilhou a luz. A luz enche o espaço e não nos deixa ofuscar por ela. Ela nos ajuda a entender e compreender a bondade de Deus.
O maior presente que Deus dá a nós é Jesus Cristo. As festas nos unem em família onde devem reinar amor, compreensão, o perdão, a partilha, a solidariedade e fraternidade. As trocas de presentes entre nós nos levam ao coração de Deus que derrama as bênçãos sobre nós.
A cidade de Belém, um lugar desconhecido e pobre, lá é o lugar privilegiado para nascer Jesus. O sinal de Deus está numa criança simples e frágil envolta de panos na manjedoura. Deus vem a nós de modo simples e terno em uma criança. Deus quer que Ele cresça e desenvolva nos corações humanos, cabe a nós O acolhermos em nossa vida.
A presença de Jesus entre nós é uma grande e “boa notícia” que deve encher de felicidade os pobres, os fracos, os marginalizados, e dizer que Deus veio ao seu encontro para lhes propor a salvação. Jesus vem para todos, mas precisamente aos que mais precisam. Deus é o libertador e o salvador da humanidade. O ódio vai ser dissipado e em seu lugar vai ser o amor. Quer seguir Jesus devemos aderir a sua proposta, Os seguidores de Jesus vai ser a mão que ajuda e orienta os mais fracos, os pobres e marginalizados desse mundo.
Que este dia de natal não seja apenas de um presépio de gesso, mas a oportunidade de deixar Jesus nascer em cada coração para que a humanidade seja aquecida de amor de Deus. O mundo será diferente na medida em que aderirmos plenamente a Cristo sem nenhum medo. Feliz Natal e que Jesus possa encontrar lugar no seu coração. Amém
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Revelado o grande mistério da alegria cristã

Queridos irmãos e irmãs, somos Cristãos porque seguimos Jesus e aderimos a Ele plenamente. A nossa fé vem através do Batismo. Acreditamos em Cristo como Senhor e Salvador. Ele traz uma alegria muito grande. Pois nos resgatou do pecado para sempre. A sua dor e a sua morte trouxeram alegria da Pascoa, pois Ele ressurge vitorioso. O natal do Senhor é o começo de uma alegria que vem acompanhada com a paz do menino com braços estendidos na manjedoura. Este lugar privilegiado do Príncipe da Paz, um Rei que se faz pobre para nos enriquecer de graças abundantes.(1)
Padre Raniero Cantalamessa explica como Cristo inverteu a relação entre prazer e dor: não mais um prazer que termina em sofrimento, mas um sofrimento que leva à vida e à alegria. Com extraordinária perspicácia e clareza Pe. Raniero Cantalamessa, OFM Cap., pregador da Casa Pontifícia, explicou hoje na Capela Redemptoris Mater na presença do Papa Bento XVI, porque o cristianismo é a religião da alegria. Na terceira pregação do Advento o frei capuchinho recordou o convite do Papa à redescoberta da "alegria do encontro com Cristo" para alimentar a nova evangelização, procurando permanecer fiel ao tempo litúrgico atual, em preparação para o Natal. Neste sentido, o pregador da Casa Pontifícia precisou que o apóstolo Lucas não se enganou quando deu à infância de Jesus o nome de "mistérios gozosos", mistérios da alegria.Conta o Evangelho que no nascimento de Cristo, dos anjos aos pastores gritaram: "Eis que vos anuncio uma grande alegria" (Lc 2, 10). (2)
IDe onde nasce essa alegria? Segundo padre Cantalamessa “a fonte é Deus”, cuja “ação” produz uma vibração e uma onda de alegria que se espalha pelas gerações; “espalham para sempre”. E como pode, esta alegria pela ação de Deus, chegar até a igreja de hoje e contagiá-la? O pregador explica que primeiro “através da memória”, no sentido de que a Igreja "relembra as obras maravilhosas de Deus em seu favor”. “Quantas graças, quantos santos, quanta sabedoria de doutrina e riqueza de instituições, quanta salvação operada nela e através dela!”. Cumpriram-se as palavras "As portas do inferno não prevalecerão" (Mt 16, 18).Outro modo que explica a propagação da alegria é a “via da presença, porque vemos que, mesmo agora, no presente, Deus está agindo entre nós, na Igreja”.(2)
O Espírito Santo - afirmou Cantalamessa - ainda está escrevendo na Igreja e nas almas histórias maravilhosas de santidade. Neste contexto o pregador explicou que diante de muitos males que afligem a Igreja “é bom levantarmos o olhar e vermos também seu lado bom, sua santidade”. A este respeito Cantalamessa destacou a multiplicação dos carismas, o amor pela palavra de Deus, a participação ativa dos leigos na vida da Igreja e na evangelização, o compromisso constante do magistério e de muitas organizações em favor dos pobres e dos que sofrem e o desejo de consertar a unidade rompida do Corpo de Cristo, a série de papas doutos e santos e tantos mártires da fé.(2)

Padre Cantalamessa afirmou que “Jesus provocou, a propósito da alegria, uma revolução tamanha que é difícil exagerar sobre o seu alcance e que pode ser de grande ajuda na evangelização”. E acrescentou: “Cristo inverteu a relação entre prazer e dor. “Em vez da alegria, Ele suportou a cruz" (Hebreus 12, 2)”. “Não era mais um prazer que terminava em sofrimento, mas um sofrimento que conduz à vida e à alegria”.“Uma alegria – prosseguiu - que vai durar para sempre”, pois “ a cruz termina na Sexta-Feira Santa, mas a felicidade e a glória do domingo da Ressurreição se estendem para sempre”. Isto significa – revelou o pregador – que “sem Deus, a vida é um dia que termina na noite; com Deus, é uma noite (às vezes uma "noite escura"), mas que termina no dia, e um dia sem ocaso”.(2)

“A alegria cristã é interior – prosseguiu padre Cantalamessa- não vem de fora, mas de dentro”. “Nasce do agir misterioso e presente de Deus no coração do homem em graça. Podecausar abundância de alegria até nos sofrimentos (cf. 2 Cor 7, 4).E sendo "fruto do Espírito" (Gl 5, 22, Rm 14, 17) se expressa na “paz do coração, na plenitude do significado, na capacidade de amar e ser amado e, acima de tudo, na esperança, sem a qual não pode haver alegria”.“O mundo busca a alegria” - constatou o padre -. Todos queremos ser felizes. “Este desejo da alegria é a parte do coração humano naturalmente aberta para receber a “alegre mensagem”. E quando o mundo bate à porta da Igreja – mesmo quando faz isso com violência e raiva – é porque busca a alegria, e “uma Igreja melancólica e medrosa não estaria, por isso, à altura da sua tarefa; não poderia responder às expectativas da humanidade e sobretudo dos jovens”. “A alegria - destacou - é o único sinal que até mesmo os não-crentes são capazes de receber e que pode colocá-los seriamente em crise. Nãoargumentos e censuras”.“Os cristãos testemunham a alegria quando colocam em prática estas disposições; quando, evitando toda amargura e ressentimento inútil no diálogo com o mundo e entre si, sabem irradiar confiança, imitando, desta maneira, a Deus, que faz chover sobre os injustos”.Pois “quem é feliz, no geral, não é amargo, não sente a necessidade de apontar tudo e sempre; sabe relativizar as coisas, porque conhece algo que é maior”. Paulo VI, na sua “Exortação apostólica sobre a Alegria”, escrita nos últimos anos do seu pontificado, fala de um “olhar positivo sobre as pessoas e sobre as coisas, fruto de um espírito humano iluminado e do Espírito Santo”.São Paulo falava de “Colaboradores da alegria”, ou seja, “aqueles que infundem segurança às ovelhas do rebanho de Cristo, os capitães valorosos que, com o seu olhar tranquilo, animam os soldados envolvidos na luta”.(2)
Em meio a provas e calamidades que afligem a Igreja, especialmente em algumas partes do mundo, “os pastores podem repetir, também hoje, aquelas palavras que Neemias, um dia, depois do exílio, dirigiu ao povo de Israel abatido e em lágrimas: “não haja nem aflição, nem lágrimas [...], porque a alegria do Senhor é a vossa força" (Ne 8, 9-10).Padre Cantalamessa concluiu com a invocação: “Que a alegria do Senhor, Santo Padre, veneráveis padres, irmãos e irmãs, seja realmente, a nossa força, a força da Igreja. Feliz Natal!”.(2)
A Igreja é a mãe que revela os mistérios de Deus, pois ela é a guardiã do tesouro da Fé. Crer em Jesus é assumir a sua vida na nossa vida. Devemos Sentir pertença a Igreja e a Cristo que é a cabeça dela. Não devemos mutilar o corpo de Jesus por divisões e intrigas, mas procurar viver o amor e o perdão com todos. Assim, as palavras do frei Cantalamessa nos enche de alegria pela celebração da alegria que vem do natal do Senhor e da Igreja que sempre procura revelar Jesus a todos. Um Deus pobre que vem até nós para mostrar o valor da bondade e simplicidade do gesto de dar que se traduz no amor gratuito a todos. Nós aprendemos de Deus que é amor e que veio através de Maria para mostrar que nos ama de modo infinito. Somos Salvos por Jesus através de Maria. Amém (1)
(1) Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha