Quarta-Feira
de Cinzas: Oração, Jejum e Penitência que salvam em Cristo
A Igreja,
sabiamente, nos propõe um tema e um lema para a campanha da fraternidade para
que façamos reflexão com a nossa consciência cristã e ainda nos ajuda a
tomarmos posição diante do trafico humano para que ele seja extirpado no nosso
meio. Cada um de nós, fazemos parte de uma família que tem o Deus da vida, que
cuida zela e nos liberta sempre de todas as escravidões que aniquilam a
dignidade humana. Que esta quaresma nos limpe de todo o pecado e que cheguemos
na Pascoa do Senhor como pessoa renovada e cheia de amor solidário, fraterno e
misericordioso para com aquele que sofrem nesse mundo. Este ano, a campanha
aborda o tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e o lema “É para a liberdade que
Cristo nos libertou” (Gl 5,1).
"Tendes
compaixão de todos, Senhor... Não aborreceis nada do que fizestes... não olhais
para os pecados dos homens a fim de trazê-los à penitência... Mas perdoais a
todos, porque todos são vossos, ó Senhor nosso Deus" (Antífona da Entrada)
Com esta
invocação, tirada do Livro da Sabedoria (cf. Sb 11, 23-26), a liturgia nos
introduziu na celebração eucarística desta Quarta-Feira de Cinzas. Nós,
cristãos, somos convidados a fazer um itinerário rumo à celebração da Páscoa,
fazendo uma revisão de vida e se converter para Deus. São momentos de graça de
Deus que nos ajudam a caminhar com santidade e mudança de vida. Sair do pecado
e procurar as coisas do céu que são a paz, a justiça, o amor, a prática do
perdão, da misericórdia e solidariedade aos mais fracos. Com os exercícios
quaresmais, que são a oração, o jejum e a penitência, aproximamo-nos mais do
Deus da Vida e dos nossos irmãos e irmãs de caminhada.
Assim, nesta
quaresma devemos nos converter e caminhar pelas estradas da vida,
configurando-nos no Cristo, servo sofredor, na oração, no jejum e na
penitência. Clamar o perdão e viver santamente como sinal de arrependimento.
O sinal
penitencia das que são colocadas em nossas cabeças tem um significado de
humildade do reconhecimento que somos frágeis, feitos da terra e ainda
destinados a ela, mão também sabemos que somos imagens de Deus na terra e
caminhamos para Ele. Deus nos fez por amor e nesse amor fomos feitos livres,
mas o pecado nos desfigurou e afastamos de Deus. O pecado do homem foi a desobediência
e perdemos a comunhão com Ele e tornamos autossuficiente, trazendo muitos males
no mundo.
Agora para voltar ao caminho de Deus precisamos encontrar a graça que vem de Deus e Ele nos quer de volta, para isso precisamos caminhar no itinerário da quaresma que é feito de oração, esmola, jejum e penitencia .
Devemos
reconhecer que somos pecadores e pedi a misericórdia de Deus para com as nossas
faltas de amor de partilha e de solidariedade.
As leituras bíblicas
nos chama atenção para a justiça e fugir da iniquidade que esfria o coração da
pessoa humana.
No livro de
Joel, Deus nos chama para voltar para Ele com jejuns, lagrimas e gemidos, pois
Deus é compassivo e bondoso para os corações que querem estar com Ele. Deus é
que nos dá as bênçãos. Esta atitude de nossa parte na pratica da justiça que se
traduz em esmola, oração e jejum tem um grande valor aos olhos de Deus. (cf. Jl
2,12-18)
A segunda leitura, o apelo de Paulo a
deixar-se reconciliar com Deus (cf. 2 Cor 5, 20), contém um dos célebres
paradoxos paulinos, que remete a toda à reflexão sobre a justiça ao mistério de
Cristo. São Paulo nos lembra: "Aquele que não havia conhecido o pecado -
ou seja, o seu Filho que se fez homem - Deus O fez pecado por nós, para que
nele nos tornássemos justiça de Deus" (2 Cor 5, 21). (Trechos da Homilia
(conversa com o povo) do papa Bento XVI, feita na quarta-feira, 17 de fevereiro
de 2010)
Sabemos que isso é o cerne da Pascoa de Cristo, Jesus sofre, padece e morre por nós para que o pecado não seja a lei maior em nosso meio. A justiça divina consiste na fidelidade de Cristo ao Pai, que sendo Deus foi obediente até a morte de Cruz., podemos conferir: "é aqui que se descerra a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana... Graças à ação de Cristo, podemos entrar na justiça "maior", que é a do amor (cf. Rm 13, 8-10)" (Trechos da Homilia (conversa com o povo) do papa Bento XVI, feita na quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010)
O evangelista Mateus nos chama atenção na exortação de Cristo a pratica do jejum, da oração e da esmola, elas devem sair do nosso coração através de uma conversão a Deus. Por isso, Jesus encarna no mundo na pobreza para que possamos despojar do supérfluo de nossa vida.
O Papa Francisco
nos lembra: À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as
misérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente
para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza
sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos
de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A
miséria material é a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos
aqueles que vivem numa condição indigna da pessoa humana: privados dos direitos
fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as
condições higiênicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento
cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diaconia,
para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto
da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e
ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. Mensagem do Papa Francisco para
quaresma de 2014)
Que esta
quaresma seja o momento forte para que o amor de Deus esteja em nós, através da
nossa mudança de vida, e deste modo, o mundo se torna melhor no que se refere a
valorização da dignidade humana. Amém
http://www.youtube.com/watch?v=t7u5AZgZqkg
Bacharel em teologia e filosofo Jose Benedito Schumann Cunha
http://www.youtube.com/watch?v=t7u5AZgZqkg
Bacharel em teologia e filosofo Jose Benedito Schumann Cunha
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