
Nesse tempo somos chamados a dar
uma atenção especial aos jovens e acolhe-los na comunidade de fé. A Igreja é a
mesma, mas o modo de fazer o encontro com eles deve ter um rosto admirável de
Cristo que abraça a todos que vem até Ele. A Igreja é constituída de um povo
que quer justiça e paz para todos numa comunidade cristã fraterna.
No livro do gênesis encontramos a
fé admirável de ABRAÃO. Ele já era idoso e sem filhos e sem a terra sonhada,
tudo parece que já está no fim. Deus vai ao seu encontro e promete uma terra
nova e uma descendência numerosa. A sua resposta a essa promessa de Deus é
confiança e parte. Ele está confiante nas mãos de Deus. Oxalá se todos fossem
assim, confiar mais em Deus do que em nossas ideias e ações puramente humanas.
Deus tem um plano para nós também é só deixarmos ser guiado por Ele e nada
ficará sem sentido e terá a concretização em Deus. (cf. Gn 15,5-12.17-18)
O apostolo São Paulo na sua carta
aos filipenses mostra sua FÉ na transfiguração da sua vida mortal, embora houvesse
muita coisa não boa na comunidade que atrapalhava, muitas vezes, ver o rosto
real de Cristo no meio dela. Nós não podemos permitir que Deus encaixe em nosso
modelo de vida, mas que que Ele seja o transformador da nossa vã visão de mundo
para uma realidade de vida em abundancia para todos. São Paulo nos diz "Ele
transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo
glorificado". Isso nos leva a uma constante vida de oração e conversão a
Deus, pois só Ele é o principio e o fim da nossa existência no mundo e ainda
nos leva a eternidade com Ele para sempre. (cf. Fl 3,17-4,1)
O evangelista Lucas nos mostra o
episodio da transfiguração do Senhor aos apóstolos que Ele levou a monte. Os apóstolos
viram a divindade do senhor que dá a matiz para fé deles no Cristo que depois
sofrerá e morrerá na cruz como um condenado. A cruz não esconde a divindade de
Jesus, pois nela o amor supremo de Deus doa totalmente a humanidade. Ela nos
levará ao sepulcro que ficará para sempre vazio, pois Jesus ressuscita e vive.
(cf. Lc 9,28b-36)
O contexto era que Jesus estava a
caminho de Jerusalém onde sofrerá o martírio. O primeiro anúncio da sua paixão
provocou nos apóstolos uma angustia e um crise de fé, pois eles tinham achado
que encontrou em Jesus o Messias triunfante que viria com poder para aniquilar
a realidade injusta da época com o domínio dos romanos. Agora a montanha, lugar
do encontro de oração com Deus, Jesus leva Tiago, João e Pedro nesse lugar e
eles viram a glória do Senhor. O antigo testamento é representado na figura de
Moises e Elias e agora com Jesus que vai selar a definitiva e nova aliança de
Deus conosco para sempre.
Um lugar abençoado, onde tudo é
bom, mas é preciso que volte a planície para continuar a missão de Jesus que
deveria passa pela cruz. A certeza desse acontecimento deve provocar em nós uma
resposta de escuta e de obediência que nos leva ação evangelizadora no mundo de
hoje. Um voz de lá recua por todos os séculos que é: "Este é o meu filho
amado, escutai-o".
Queridos irmãos e irmãs, que esta
liturgia nos ajude a sair do comodismo de uma religião intimista e individualista
para uma religião de partilha, de doação de vida, de solidariedade e de dialogo
para com todos. Que sejamos balsamos regeneradores na nossa Igreja e que
busquemos a unidade na fé em Cristo para sempre.
Bacharel em teologia Jose
Benedito Schumann Cunha
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