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Já estamos próximos ao final do ano litúrgico católico. A liturgia nos chama atenção para apresentar o resultado dos dons e talentos que Deus nos deu durante este ano. Deus sempre dá os talentos a cada um de nós de acordo com as nossas possibilidades de produzirmos bons frutos de justiça, de amor, de esperança e de solidariedade com todos. Deus nos ama e nos quer vigilantes no bem, pois, de uma hora para outra, Ele mesmo vem pedir que prestemos a conta dos talentos e dons que nos deu nesta vida para receber a recompensa.
No livro dos Provérbios, nos é apresentada a figura da "mulher virtuosa", que sabe administrar a sua casa. É a dona de casa, a mãe zelosa e boa administradora do lar. Ela é generosa e tem o temor de Deus. Esses valores são validos para hoje também e isso possibilita vida feliz, tranquila e próspera (Cf. Pr 31, 10-13.19-20.30-31).
Na Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses nos é falada a respeito da segunda vinda do Senhor e como devemos esperar e preparar esse momento: vigilantes e sóbrios na presença do Senhor. Isso nos quer dizer que devemos ser fieis a Deus e com os irmãos numa vida coerente no agir e na própria intimidade com Ele. Deus é bom e justo e nos quer sempre pronto para o seu chamado para a vida eterna que é para todos que os segue na obediência da Palavra e no testemunho cristão (Cf. 1 Ts 5, 1-6).
No Evangelho de Mateus, temos a Parábola dos TALENTOS. Jesus fala da sua segunda vinda no fim dos tempos, e da atitude com que os discípulos devem esperar e preparar essa vinda. Deus nos quer vivendo bem, trabalhando para o Reino de Deus, usando os talentos que Ele nos deu. Ele nos assiste com a graça santificante que faz com que produzamos muitos e bons frutos. Ele comparou o julgamento do nosso agir com os talentos dados. Quem produziu tem a recompensa, mas quem não produziu, por medo ou por preguiça de agir para o bem de si e dos outros, não vai receber nada, e ainda ficará fora do Reino definitivo prometido por Deus (Cf. Mt 25, 14-30).
O mundo precisa que sejamos bons, justos e fraternos com todos. Ser participante dos bens e deixar que outros possam ter posse deles também. A cada final de um ciclo, devemos fazer uma revisão de vida. Será que administramos bem os dons que Deus nos deu? Será que não negligenciamos com os nossos talentos e deixamos passar o tempo sem fazer nada em prol de nossa família, de nossa sociedade e de nossa Comunidade Cristã?
Então, nesse momento, devemos pedir perdão pela nossa não iniciativa de fazer o bem e de não colocar os nossos talentos a favor do bem comum, mas prometer a Deus que faremos um novo começo para ter um bom fim. Assim, o mundo se tornará melhor e a nossa vida se encherá de perfumes das nossas realizações de construção de um Reino de irmãos e irmãs para a paz e a justiça para todos.
Amém!
Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.
Texto pensado, produzido e escrito em 11 de novembro de 2011
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