ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

terça-feira, 25 de junho de 2019

Quem reconhece o Cristo, vive coerente o nome de cristão

Quem reconce Cristo vive coerentemente o nome cristão


Xiamen, Moradores Da Favela, Fotografia De Rua, Sha Po


Queridos irmãos e irmãs, nesse 12º Domingo do tempo Comum, a liturgia nos adverte para a resposta coerente com o agir dos que querem seguir Jesus Cristo que viveu, agiu bem no mundo sem fazer pactos com sistema excludente da época, morreu por não aceitar as injustiças dos privilegiados, mas ressuscitou e está no nosso meio, clamando a nossa coerência de vida.

Sabemos que é difícil de dizer sim aos mais necessitados diante de tantas benefícios do sistema capitalista que privilegia alguns em detrimento de muitos. Hoje no Brasil vemos multidões de desempregados, muitos sem casas dignas, muitos passando fome e outros sem assistência a saúde, a educação e a segurança, mas poucos com tudo e outros muitos sem nada. Isso bate contra o que Jesus propor aos seus seguidores.

Somos cristãos e cada domingo nós reunimos para orar e agradecer, mas também se comprometer com o Reino de Deus que se faz na justiça, no amor, na misericórdia, no perdão e de mundo sem violência e sem armas.

Uma pergunta intrigante Jesus fez aos apóstolos e faz hoje para nós, Quem é Ele para nós?

Jesus é o Messias prometido, mas não como os judeus pensavam, pois Ele é o Messias servidor que compadece com a situação de milhões de pessoas que são exploradas, marginalizadas e excluídas dos sistemas de governos e de economia. Ele mostrou que quando estamos com Ele, haverá partilha, solidariedade e fraternidade que levanta o ser humano caído nas diversas situações de morte que se apresentam. 

Não haverá cristão verdadeiro se não for generoso com o seu próximo. O pobre sem recurso nenhum grita por socorro e pede a nossa ajuda. Não se pode dar migalhas e nem uma política assistencialista e populista que faz de conta que está protendo a maioria, mas não se abre a mão de privilégios e salários altíssimos em favor de todos.

Na profecia de Zacarias nos mostra como é o verdadeiro servidor, esse que foi registrado nessa profecia é Jesus Cristo. Jesus foi cruelmente assassinado e aceitou por ser um servo fiel e sofredor predito em Isaias. O que isso nos remete a Ele também nos faz pensar, dando a nossa resposta sincera de conversão a Deus. Então ser cristão de fato, não de placas de igreja e nem de rótulos bonitos. Ser pessoa que age na massa e produz algo que dá vida em abundancia para todos .. (cf. Zc 12,10-11;13,1)

A Carta aos Gálatas nos mostra que o Cristão, após o Batismo, se reveste de Cristo, por isso ele tem que ser outra pessoa, o homem velho, egoísta e insensível tem que sumir para viver uma vida nova em Cristo na comunidade de irmãos. Não se pode ter uma Igreja de privilegiados se existem muitos irmãos pedindo socorro e ajuda. Muitas vezes há pessoas que estão no nosso caminho à igreja, estendendo as mãos para levantarem daquela situação deprimente, mas a nossa insensibilidade, os deixamos lá fora e entramos na Igreja como só nós que Deus vai nos servir e ajudar. (Gl 3,26-29)


O evangelista Lucas, nos mostra a profissão de fé de Pedro e também o anuncio da Paixão de Jesus. É bom observar, que após as atividades de Cristo, Ele vai orar e depois disso conversa com os discípulos. E faz um pergunta: o que as pessoas pensam dele. As respostas são diversas mas não satisfatórias, mas Jesus faz uma pergunta direta, quem é Ele para eles.

Pedro dá uma resposta: Tu é o Cristo, filho do Deus vivo. Esta resposta é toda dimensão da ação de Jesus. Ele não se compactuou com o sistema dos privilegiados e exploradores daquele tempo, mas pede e quer que as pessoas se libertem desses sistemas e religiões intimistas e momentâneas. (cf. Lc 9,18-24)

Infelizmente muitas pessoas procuram um Cristo shop center a onde tem tudo de graça e ainda um Jesus pessoal e individual para cada um. Muitos não se comprometem por um mundo melhor para todos. Ficam anestesiados diante do horror da fome e de mortes de muitos irmãos nossos que estão marginalizados nesse mundo global.

Que a liturgia desse domingo possibilite que as pessoas mudem os seus paradigmas a favor do bem comum. Não há Igreja que não olhe e faça alguma coisa para todos e principalmente aos que mais precisam.
Tudo por Jesus nada sem Maria

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann

sábado, 22 de junho de 2019

Montes-clarense é eleita presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil

Acontece de 20 a 23 de junho de 2019, em Cuiabá, Mato Grosso, o 7º Encontro Nacional do Laicato com o tema “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade: um novo olhar e um novo agir”. Na sexta-feira (21/06), houve a eleição para a nova diretoria do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB). Três representantes do Regional Leste II (Minas Gerais e Espírito Santo) do CNLB compõem agora a direção da entidade. São eles: Sônia Gomes de Oliveira, presidente; Luiz Everaldo, tesoureiro; e Adriano Massariol, titular no Conselho Fiscal. 

Nascida em 28 de abril de 1969 em Montes Claros, Norte de Minas Gerais, Sônia Gomes de Oliveira é filha de Maria Eva Gomes de Oliveira (Dona Tiú) e Sebastião Rodrigues de Oliveira, casal que teve seis filhos. É a caçula da família. Mora no Bairro Nossa Senhora de Fátima, Região do Grande Cintra, desde que nasceu. É formada em Assistência Social pelas Faculdades Santo Agostinho. Atua na Arquidiocese de Montes Claros pelo Projeto de Desenvolvimento Rural e Urbano (Proderur). 


Adriano Massariol, Sônia Gomes de Oliveira e Luiz Everaldo

Sônia Gomes de Oliveira é a nova presidente do CNLB

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Onde há partilha ninguém passa fome


Onde há partilha ninguém passa fome


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Hoje estamos celebrando o Corpus Christi, é a festa da Eucaristia, o Corpo e o Sangue de Cristo se expõem publicamente. A Igreja feliz dá esse testemunho público nas procissões de cada cidade e algumas, essa procissão é realizada no domingo como por exemplos Roma.

Eucaristia é a festa da unidade e da comunidade que se reúne sempre para viver a partilha, a solidariedade e amor com todos.

A liturgia bíblica vai nos inserir nesse contexto da eucaristia vida, eucaristia corpo de Cristo que nos alimenta para a missão evangelizadora. Se não houver fraternidade e partilha entre nós, então é difícil estar em sintonia com Cristo.

No livro do Gênesis temos a figura do Sacerdote MELQUISEDEC que oferece a Abraão e seus homens cansados e famintos PÃO e VINHO,  depois de os abençoar, invocando o nome de Deus sobre eles. (cf. Gn 14,18-20)

Isso é prefiguração de Cristo; pois Jesus é o sacerdote da nova aliança. Em todas as missas Jesus oferece-nos ao Pai e depois se dá em alimento para nós. Devemos aprender a dividir e assim ninguém passará fome matéria e nem espiritual. A Partilha é a lei do amor aos mais necessitados.
O salmo nos remete ao verdadeiro sacerdote que é eteno (cf. Sl 109)

Na Primeira Carta aos Coríntios, Paulo nos fala da Eucaristia, o ponto alto do encontro de irmãos. Eucaristia é união e alimento da comunidade que se reúne em nome de Cristo. O gesto de partir é um convite a repartir com quem mais precisam. (cf. 1 Cor 11,23-26) No banquete da vida do Reino de Deus ninguém passa fome e assim todos tem vez e voz na mesa da Palavra e da Eucaristia que celebramos. (cf. 1 Cor 11,28-29),

O Evangelista  Lucas nos fala da cena da multiplicação dos pães. É a festa da partilha de dons. Se soubermos distribuir, todos fartam e ainda sobra. Se estamos com Cristo, Ele não nos deixa só, mesmo se a hora se adiantar ou dificuldade vier, nós podemos contar com Ele. A igreja realiza isso nas nossas missas que participamos. O reino de Deus é um fato real e nós podemos participar se soubermos partilhar os dons com todos para ninguém fique marginalizado ou  fora do banquete da vida que Deus nos convida incessantemente. Jesus nos exorta para que - "Dai-lhes vós mesmo de comer...", assim somos também responsáveis pela partilha e não apenas Deus. (cf. Lc 9,11b-17)

Devemos multiplicar o amor, a partilha, a fraternidade, a misericórdia, ao perdão, a solidariedade e desse modo ninguém fica prejudicado e nem carente. Sejamos a Igreja que partilha o pão da Palavra, da vida, do amor e de gesto que geram vida para todos. Os pães e os peixes são sinais que quando damos com disposição a multiplicação acontece. É algo simples, mas é preciso de despojamento e abertura para o outro que está ao nosso lado gritando por ajuda e socorro.

Isso acontece quando a comunidade se doa a serviço de todos. Que a Eucaristia que recebemos seja uma mola para sermos mãos e pês que ajudam para que esse mundo seja melhor e que possamos ser alimento de vida para todos . Amém!!!

Tudo por Jesus, nada sem Maria!!!

Bacharel Em Teologia Jose B. Schumann Cunha

A vida nos ensina a despedir-nos, diz Papa nas exéquias de Dom Kalenga


A vida nos ensina a despedir-nos, diz Papa nas exéquias de Dom Kalenga

O Papa Francisco presidiu na manhã deste sábado no Altar da Cátedra, às exéquias do arcebispo Léon Kalenga Badikebele, núncio apostólico na Argentina, falecido no último 12 de junho. Os representantes pontifícios convocados pelo Santo Padre para oencontro realizado na quinta-feira, no Vaticano, participaram da celebração.

Amedeo Lomonaco - Cidade do Vaticano

Dizer adeus ao irmão significa deixá-lo ir para Deus, significa deixá-lo nas mãos do Senhor, que são as mãos mais belas, porque “chagadas de amor".
Na manhã deste sábado, 15, o Santo Padre celebrou no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro a Missa de Exéquias de Dom Léon Kalenga Badikebele,  falecido no último dia 12 de junho. Sua homilia foi centrada na despedida do pastor de seu rebanho.

Testemunho

 O pastor, afirmou o Santo Padre, despede-se do próprio povo, como fez São Paulo em Mileto antes de ir a Jerusalém. Todos, recordou o Papa, choraram antes que o Apóstolo dos Gentios subisse no barco. O pastor "despede-se com o próprio testemunho":
“O pastor se despede mostrando que sua vida é uma vida de obediência a Deus: "Agora, impelido pelo Espírito, vou" para outro lugar. É o Espírito que me trouxe e que me leva”.

Desapego

 A despedida é também um desapego. É o testemunho daqueles que "estão habituados a não serem apegados aos bens deste mundo, a não serem apegados à mundanidade".
O pastor que se despede - acrescentou Francisco - confia a outros a tarefa de vigiar, de prosseguir pelo caminho. É como se dissesse:

“Vigiem sobre vós mesmos e sobre todo o rebanho. Vigiem, lutem; sejam adultos, vos deixo sozinhos, sigam em frente.”

Profecia e oração

 A despedida do pastor é também profética: mostra o caminho, indica como se defender. O pastor - observou o Papa - exorta a estarem atentos, porque depois de sua partida "virão lobos vorazes". E no final, o pastor reza e é como se ele dissesse: "agora eu confio vocês a Deus".
Isto, recordou o Santo Padre, é a despedida do pastor, que "São Paulo viveu tão fortemente em Mileto".

Esperança

 Além daquele do Apóstolo dos Gentios, o Papa indicou outra despedida: a de Jesus, que foi uma despedida de esperança. Jesus, disse o Pontífice, nos diz: "Vou preparar um lugar para vocês". A vida, afirmou o Papa, "nos ensina a nos despedir", a dar pequenos passos antes da grande despedida final:

“Que o Senhor nos dê a todos essa graça: aprender a despedir-se, que é uma graça do Senhor”.
Dom Léon Kalenga

 Dom Léon Kalenga Badikebele nasceu em 17 de julho de 1956 em Kamina, na República Democrática do Congo. Em 5 de setembro de 1982, foi ordenado sacerdote e incardinado em Luebo. Graduou-se em Direito Canônico, ingressando no serviço diplomático da Santa Sé em 27 de fevereiro de 1990, prestando sucessivamente seu serviço nas representações pontifícias no Haiti, Guatemala, Zâmbia, Brasil, Egito, Zimbábue e Japão.
Em 1° de março de 2008, foi eleito à sede titular de Magneto e nomeado, ao mesmo tempo, núncio apostólico em Gana, recebendo a ordenação episcopal no dia 1º de maio sucessivo. Em 22 de fevereiro de 2013, foi transferido como núncio apostólico em El Salvador e em 13 de abril do mesmo ano tornou-se também núncio apostólico em Belize. Em 17 de março de 2018 foi nomeado núncio apostólico na Argentina.


sexta-feira, 14 de junho de 2019

A comunidade trina entre nós

A comunidade trina entre nós

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Queridos irmãos e irmãs, o domingo da Santíssima Trindade nos faz recordar que desde pequenos aprendemos a fazer o sinal da Cruz em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Isso já o fazemos desde a tênue idade e era uma coisa tranquila. Quando vamos a missa, nós já assinalamos com o sinal da cruzem nossas frontes e ainda quando somos batizados este sinal fica marcado em nossa fronte para firmar a nossa identidade de filhos de Deus.

Esta festa é importante, pois celebramos esse mistério de um Deus em três pessoas. Esse mistério é para ser contemplados na grandeza da fé, do amor e da esperança que temos em Deus. O que fazer diante desse mistério? A resposta é simples, devemos responder a ele na confiança incondicional a trindade que nos abarca por inteiro. É a comunidade perfeita que nos convida a fazer parte dela na inserção na comunidade cristã que vive o amor, o perdão e a misericórdia. O amor que cria que é o Deus Pai, o amor que se entrega totalmente para nos salvar que é o Deus Filho e o amor que nos fortalece e nos santifica que é o Espirito Santo. Tudo é o amor.

 A liturgia bíblica nos ajudará a ter uma compreensão melhor. Isso vai nos fazer refletir, amar e vivenciar esse mistério grandioso entre todos nós que queremos ser cristãos autênticos.

No Livro dos Provérbios no capitulo 8, 22-31 nos faz ver em ação o projeto criador de Deus, que cria o universo com a máxima sabedoria e amor. E tudo que vemos contempla a grandeza de Deus. Suas maravilhas se espalham como uma corrente de águas cristalinas que atravessa o despenhadeiro para nos dar uma linda visão de uma cachoeira. (cf. Pr 8,22-31)

Na carta de Paulo  aos Romanos podemos constatar que através de Deus Pai é derramado sobre cada pessoa muitos dons que se traduz no amor, na paz que nos anima a viver com todos, a esperança que faz cada um seguir no caminho do senhor e o amor de Deus que nos ergue, nos anima e nos faz forte para construir um reino aqui na terra onde todos podem desfrutar dele sem nenhuma marginalização ou exclusão de pessoas. (cf. Rm 5,1-5)

No evangelho de João nos faz um clareamento que devemos ter da missão do Espirito Santo.. Sabemos que é Ele que faz acontecer por completo a obra do Pai e do Filho. Tudo isso é para que possamos aderir plenamente ao Projeto de Deus Pai no Filho, que é a obra de salvação de Jesus Cristo. Deus nos salva no Pai, no Filho e no Espirito. Não existe exclusão de nenhuma pessoa na Trindade Santa. O Pai é visto no Cristo e os dois se faz presente na ação do Espirito. . (cf. Jo 16,12-15)

O mais importante é que cada um de nós se deixar ser conduzido por Deus na comunidade, que quer ser sinal do amor Dele, na sua ação pastoral e numa Igreja de Saída. A comunidade que se reúne na Palavra de Deus, na Eucaristia partilhada e na partilha de dons que são para o proveito de todos. A mesa se torna o lugar de encontro, onde todos vão ter assento, ter vez e ter voz

Que esta liturgia nos ajude a mergulhar nesse mistério que se faz mais próximo em nós na adesão plena onde possamos ser irmãos e irmãs na comunidade viva da Igreja.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!
Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sexta-feira, 7 de junho de 2019

A Igreja nasce na força do Espirito Santo


A Igreja nasce na força do Espirito Santo

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Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando hoje a Festa de Pentecostes e nesta liturgia se encerra o Tempo Pascal. A festa de Pentecostes é antiga e já existia no Antigo Testamento e era a festa da colheita em Israel, mais tarde tornou-se a festa aliança, 50 dias depois da Pascoa dos judeus. Agora para nós é uma festa que vem depois de 50 dias que Jesus ressuscitou. Jesus indo ao Pai, mandou O Espirito Santo a Igreja e isso para nós é o nascimento da Igreja. É a festa da comunidade e da nossa maturidade cristã que acontece com o crisma que um dia recebemos.

Hoje estaremos fazendo a renovação das promessas Batismais dessas crianças, que na semana que vem, vão fazer a sua primeira comunhão. A Igreja batiza na fé dos pais, padrinhos e da própria comunidade que está inserida essas crianças, mas hoje elas vão dar esse testemunho na frente de toda comunidade aqui reunida.

A liturgia bíblica desse domingo nos faz compreender melhor a Festa de Pentecoste que é a força da Igreja para ela ser missionaria e corajosa nesse mundo cheio de ideias e pensamentos plurais.

No livro dos Atos dos Apóstolos nos apresenta o acontecimento de 50 dias após a Pascoa do Senhor. Isso se coincidiu com o Pentecostes dos judeus. Aqui vemos a importância de sermos comunidade de irmãos e irmãs em Cristo e ela é assistida pelo Espirito Santos de Deus. O acontecimento se deu alguns sinais de teofania que são o vento e fogo.

Agora os apóstolos medrosos vão ter a coragem de anunciar Jesus e a sua boa nova sem medo porque tem a certeza que são impulsionados pela força do Espirito Santo. Hoje Deus pede para nós essa coragem e disposição de sermos uma Igreja de saída para estar a onde mais precisa de evangelizar e levar a esperança que o Reino de Deus é para todos. Todos vão compreender o que Deus quer de nós e é por isso que todos entendem a mensagem da Igreja, podendo se compreendidos em todas as línguas. (cf.At 2,1-11).

Na Primeira carta aos Coríntios, Paulo nos fala que o Espirito é a fonte onde surge a comunidade e nela o Espirito distribui dons para o bem dela. Ninguém torna-se importante, pois cada dom é para enriquecer a comunidade. Como o corpo tem membros e todos eles agem em harmonia para o bem do corpo, assim é a comunidade cristã que tem o papel de ser sinal de Cristo vivo em todas as circunstância da vida. A Igreja é toda ministerial, cada um exercendo a sua função para o bem comum de todos. As portas da Igreja se abrem para que todos possam sentir amados e uteis na comunidade. (cf.1Cor 12,3b-7.12-13) 

No Evangelho de João, os Apóstolos recebem a efusão do Espírito Santo, no "anoitecer" do dia da Páscoa.  O lugar está fechado e os apóstolos com muito medo, mas Jesus se apresenta e dá a Paz a todos e dão a eles um mandato que é de ser missionário em todos os lugares, principalmente a onde mais precisam.

Hoje, há muitos gritando por nossa ajuda porque estão marginalizados no desemprego, na fome, na doença e em uma escuridão que precisam ser iluminados com a luz do Espirito Santo irradiada pelos nossos gestos de amor, de misericórdia e de perdão. A Igreja recebe de Jesus essa vida nova que não acaba. (cf. Jo 20,19-23)

Assim, a comunidade sente cada vez mais impulsionada com esse calor que inunda todo nosso ser. Somos a Igreja em movimento e ativa no mundo, trazendo novas cores que enchem e modificam a realidade de morte para a vida.

Que esta liturgia nossa ajude a sermos comprometidos com o projeto de Deus, trazendo a fé, a esperança e o amor a todos e desse modo, encorajando cada vez mais as pessoas para o serviço missionário.

Que a Eucaristia e a Palavra de Deus sejam a mola que nos impulsiona para frente e cada gesto nossos sejam de vida em abundância para todos.

Tudo ´por Jesus nada sem Maria!!!

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha