ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 30 de agosto de 2020

Papa Francisco: cada um de nós deve tomar a própria cruz

“Se quisermos ser seus discípulos, somos chamados a imitá-Lo, entregando nossas vidas sem reservas por amor a Deus e ao próximo”, palavras do papa Francisco ao falar sobre o compromisso de cada um de nós de “tomar a nossa própria cruz". Na Oração do Ângelus deste domingo (30/08), o santo padre refletiu sobre o compromisso de cada um de nós de “tomar a própria cruz”. Francisco discorreu sobre o Evangelho de Mateus, quando Jesus, pela primeira vez, falou aos seus discípulos sobre o final que o espera na Cidade Santa. “Diz que terá que ‘sofrer muito por parte dos anciãos, dos chefes dos sacerdotes e dos escribas, e ser morto e ressuscitar ao terceiro dia’”.

A reação dos discípulos a esta predição é considerada imatura por Jesus. “Ainda têm uma fé imatura e muito ligada à mentalidade deste mundo”. Eles não querem que Jesus passe por isso. “Para Pedro e os outros discípulos - mas também para nós! - a cruz é um ‘escândalo’, enquanto Jesus considera um ‘escândalo’ fugir da cruz, o que significaria fugir da vontade do Pai, da missão que Ele lhe confiou para nossa salvação”.

Tomar a própria cruz

Jesus, continua Francisco, aponta o caminho do verdadeiro discípulo mostrando duas atitudes. “A primeira é ‘renunciar a si mesmo’, o que não significa uma mudança superficial, mas uma conversão, uma inversão de valores. A outra atitude é tomar a própria cruz” . Explicando que “não se trata apenas de suportar pacientemente as tribulações diárias, mas de carregar com fé e responsabilidade aquela parte do esforço e do sofrimento que a luta contra o mal implica”.

O papa aprofunda este ponto exortando.

“Façamos com que a cruz pendurada na parede de casa, ou a pequena que usamos no pescoço, seja um sinal de nosso desejo de nos unirmos a Cristo no serviço a nossos irmãos com amor, especialmente os pequenos e mais frágeis”. 

Jesus crucificado, verdadeiro Servo do Senhor

Em seguida, recorda ainda que a cruz é sinal sagrado do Amor de Deus e do Sacrifício de Jesus, e não deve ser reduzida a um objeto de superstição ou uma joia ornamental. “Toda vez que fixamos o olhar na imagem de Cristo crucificado, pensamos que Ele, como verdadeiro Servo do Senhor, cumpriu Sua missão dando a vida, derramando Seu sangue para a remissão dos pecados”. Por fim, ensina que “se quisermos ser seus discípulos, somos chamados a imitá-Lo, entregando nossas vidas sem reservas por amor a Deus e ao próximo”.

Fonte: Vatican News

Link: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-08/angelus-papa-francisco-30-agosto.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 29 de agosto de 2020

Seguir Jesus é seguir o caminho da Cruz

Queridos irmãos e irmãs, 

Estamos celebrando neste domingo o 22º Domingo do Tempo Comum. A liturgia nos ajuda a entender que para seguir Jesus é necessário pagar o caminho com a cruz. Não há outro jeito se não for assim. A sociedade de hoje está acostumada com tudo fácil e moderno e parece que não precisa de sacrifício algum, pois tudo acontece por um clic das tecnologias modernas.

A loucura da cruz nos deu a salvação e nos mostrou como que isso acontece em todos os tempos. Vamos ver através da liturgia bíblica dois exemplos importantes que são Jeremias e Pedro.

No Livro de Jeremias, deparamo-nos com o personagem Jeremias e ele nos mostra a sua experiência da cruz. Ele se deixou ser seduzido por Deus para colocar à disposição Dele no serviço de libertar um povo infiel. Sabemos que esse caminho que ele percorreu foi marcado por sofrimento, solidão e perseguição.

iCatolica.com: Homilética: 22º Domingo do Tempo Comum - Ano A: "A Loucura  da Cruz".

Diante de tantas dificuldades, ele pensou em largar tudo e cuidar só da sua vida. Mas não desistiu, pois sabia que Deus estava com ele neste plano de salvar o povo desviado. A Palavra de Deus o confortava e é assim que muitos vão à missão de evangelizar, apesar das inúmeras dificuldades. Isso é adesão ao plano de Deus e é uma coerência da vida cristã em comunidade no mundo (conferir em Jr 20, 7-9). Na Carta de Paulo aos Romanos, temos um convite de Paulo que faz a todos, desde aquele tempo e até nos de hoje. O convite é este: o cristão deve se doar plenamente aos serviços de Deus no seu projeto de salvação da humanidade. A sociedade de hoje precisa ser transformada nos valores evangélicos que são o amor, a partilha, a solidariedade, a compaixão, o perdão e uma vida que busque o bem comum a todos.

Não adianta frequentarmos a Igreja e pensar que estamos agradando a Deus, se não tiver um espírito de bom pastor e bom samaritano que acolhe, ajuda e solidariza-se com os mais necessitados e fracos que ficam à margem desta sociedade capitalista ou socialista (conferir Rm 12, 1-2). 

O Evangelho de Mateus nos mostra as condições de seguir Jesus, Ele mesmo nos indica como. Aqui Jesus não deixa de dizer que a sua missão culmina com a sua paixão e cruz. Isso assusta os discípulos, pois pensam que Jesus ia restaurar o seu reino aqui tirando o poder dos romanos.

Mas esse não será o desfecho, pois Jesus é Rei no sentido de servo que dá vida aos seus e por toda a humanidade. Pedro o repreendeu e não aceitou essa verdade, mas Jesus o repreendeu severamente dizendo. "Afasta-se de mim, Satanás... não pensas as coisas de Deus...”. Se quiser seguir Jesus, devemos renunciar a nós primeiros e colocar-nos à disposição da vontade de Deus. Aceitar a cruz que vai demonstrar o nosso amor a Deus. 

Ser missionário é assumir as consequências da missão e não desanimar nunca. É uma doação plena que traz recompensa. Se morrer, o sangue fertiliza o solo da evangelização e o mundo se transforma no lugar de convívio de irmãos e irmãs. A recompensa virá pelo próprio Deus que nos ajuda sempre (conferir em Mt 16, 21-27). 

Que esta liturgia nos ajude a aprimorar a nossa vocação de leigo e a comprometer-nos com o Evangelho de Jesus e assumir as consequências da missão. Estar no mundo, mas não ser do mundo e caminhar com foco no Reino de Deus, transformado a realidade de morte, de pessimismo, de egoísmo para uma nova realidade onde haja partilha de bens para que ninguém fique de fora do banquete da vida em todas as dimensões humanas, como a social, a religiosa, a politica e a comunitária.

Tudo por Jesus, nada sem Maria!!!

Bacharel em Teologia 

José Benedito Schumann Cunha

domingo, 23 de agosto de 2020

Cristo é a cabeça da Igreja e nós os membros dela

Queridos irmãos e irmãs, 

Hoje estamos participando da liturgia dominical e ela nos propõe dois assuntos que são importantes na nossa identidade cristã: quem é Cristo e a sua Igreja? Muitas vezes, os membros, que somos nós, dilaceramos o corpo da Igreja onde Cristo é a sua cabeça. Há alguns que desfiguram a imagem genuína da Igreja Cristo por desvios de condutas ou mundanismo que afastam da verdadeira missão da Igreja no mundo.

No Livro do profeta Isaías nos deparamos com ministro da casa real que tomava posse da chave do Palácio Real. A lógica é que essa pessoa é de confiança e de responsabilidade. Essa era a figura de Eleaquim. Nós podemos relacionar essa figura a de Pedro que foi escolhido para ter a chave da Igreja como o lugar depositário da doutrina e da verdade de Jesus na missão no mundo. Pedro terá a missão de governar a Igreja de Cristo (cf. Is 22, 19-23).

A Carta de Paulo aos Romanos nos faz compreender melhor a riqueza, a sabedoria de Deus e a ciências das coisas de Deus no seu projeto de salvação da humanidade. O homem é o projeto principal da salvação que Deus nos deu através de Cristo no mundo (cf. Rm 11, 33-36).

Tu és Pedro, e sobre essa pedra edificarei minha Igreja

O Evangelho de Mateus nos mostra Jesus entregando as chaves da Igreja a Pedro, após Pedro fazer uma profissão de fé. Cristo é o Messias, o filho de Deus. Essa verdade que dá a razão da Igreja de Cristo neste mundo.

A Igreja é uma comunidade viva que se organiza no comando de Pedro, o primeiro papa. Ao lermos essa passagem, podemos dividir em duas partes, sendo a primeira a cristológica, que nos mostra quem é Jesus verdadeiramente e a outra eclesiológica que nos indica como é e deve ser a Igreja. Jesus quer que os seus seguidores conheçam quem é Jesus para cada um. Não basta achismo, mas saber quem é Jesus e crer na sua pessoa e na sua mensagem de salvação. Jesus não é um politico e nem um homem extraordinário que surge de vez em quando, mas Ele é o próprio Filho de Deus, o Messias Salvador prometido por Deus desde os tempos mais antigos.

Para entender melhor o que diz o Evangelho de hoje, essa Leitura tirada do contexto do livro do Profeta Isaías nos ajuda muito na compreensão da importância de Pedro, o primeiro papa da Igreja de Cristo no mundo. Como Pedro tinha consciência de quem é Jesus, então Jesus responde à sua confissão bonita que mostra quem é verdadeiramente o Cristo e por isso recebe a chave e o fundamento da pedra da fé como parte importante da Igreja que tem Cristo como a sua cabeça e nós os seus membros com a direção de Pedro e hoje com os seus sucessores (cf. Mt 16, 13-20).

Precisamos entender que Jesus não é um líder que o mundo conhece e nem um famoso que as mídias constroem, mas Ele é a imagem viva de um Deus que nos ama e que nos permite ter novamente uma aliança que traz vida em abundância para todos. Onde está a Igreja também está Cristo. A mesa da Palavra e da Eucaristia nos convida à unidade que é expressão da fidelidade de nós a Cristo e à sua Igreja.

Que esta liturgia nos ajude a nos comprometer com a Igreja e que sejamos membro servidores onde Jesus é a o motivo de termos a vida sempre com justiça, paz, amor e perdão.

Tudo por Jesus, nada sem Maria!!!

Bacharel em Teologia 

José Benedito Schumann Cunha

sábado, 15 de agosto de 2020

Maria é a mulher perfeita e querida de Deus Pai

Estamos celebrando a Festa da Assunção de Nossa Senhora, a mãe de Cristo que é a mulher por excelência e ela é querida de Deus. É um dogma de fé, isto é uma verdade de fé declarada pelo papa Pio XII em 1950. Assim foi dito: "É dogma revelado por Deus que a Imaculada Mãe de Deus, a Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celestial".

Embora foi no século passado, a tradição dos cristãos já dava como certa isso, quando se fala da Festa na celebração da Festa da Dormição de Maria e assim não se falava de Morte de Maria, mas de uma Dormição, de uma ida de Maria de corpo e alma para o céu. E também em Jerusalém tinham o costume de ir ao túmulo de Maria em procissão.

A liturgia bíblica destte domingo nos fala muito desta festa. E neste dia celebramos o dia da vocação dos religiosos e religiosas. A vocação é uma entrega ao projeto de Deus e deve ser guiado por Ele em um projeto de libertação e salvação integral do homem dentro de uma sociedade marcada pelo egoísmo e individualismo.


Momento Catequético: Assunção de Nossa Senhora Solenidade – Dia ...


No livro do Apocalipse, temos a figura de Maria, a imagem da Igreja, a esposa de Cristo. Aqui temos a imagem do dragão, um animal pavorosos que é símbolo do mal contra a mulher, uma figura frágil que está para dar à luz a um menino. Deus vem em socorro da mulher e do menino, derrotando o mal. É a salvação dada por Deus. Temos a alegria da expressão de conclusão. “Agora chegou a salvação”. 

Isso é a grande esperança que entra em nós, pois é somente em Deus que vem o nosso socorro. Mesmo a aparente força do dragão e do mal, quem vence é Cristo, que reina com cedro de ferro, pois o seu poder está a serviço de Deus Pai. A mulher possui na cabeça uma cora de 12 estrelas que representa as 12 tribos de Israel e ela é Maria, a mãe de Cristo e da Igreja, pois foi o seu sim corajoso que nos deu o seu Filho Jesus como Salvador do mundo com a sua vida, gestos e entrega na cruz, de modo incondicional a toda humanidade (conferir em Ap 11, 19a; 12, 1-10ab).

Na primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, nos é mostrado que Jesus é o novo Adão, o homem novo que nos permite aderir a Ele e a se conformar. Nele, através da sua encarnação em Maria, transformando-a em uma nova Eva, a mulher obediente e sempre fiel a Deus no Plano que Ele tinha para toda a humanidade. Aqui nós podemos fazer uma analogia à ressurreição plena daqueles que estão unidos a Deus, na obediência e no amor ao seu projeto. Maria é a prefiguração de toda humanidade no céu com Cristo, o filho de Deus.

É a maravilha da ação da vida eterna em cada um de nós. Um dia estaremos na eternidade e vamos contemplar a beleza de Deus em seus anjos e santos, principalmente, com a Mãe de Deus que está sempre nos ajudando a levar a cada um de nós a Jesus (conferir em 1 Cor 15, 20-27).

O evangelista nos apresenta Maria, a mulher por excelência que se dispõe a fazer a vontade de Deus, aceitando a proposta Dele através do Mensageiro Gabriel. Ela foi a escolhida por Deus, mas Deus quer a sua aprovação e espera o seu sim, mas ela está cheia do Espírito Santo e abre-se integralmente à vontade de Deus, aceitando a ser a serva disponível e permite que Jesus se encarne no seu seio virginal. Ela torna um tabernáculo vivo que aloja o filho de Deus, nosso Salvador. A sua beleza e a sua humildade pronunciado em um grande Magnificat neste cântico que traduz de fato quem é Maria no plano de salvação do nosso Deus. Por isso as gerações de todos os tempos reconhecem nela o valor do seu sim, pois ela é a modelo de mulher que faz a vontade de Deus plenamente (conferir em Lc 1, 39-56).

Esta liturgia nos remete à escatologia de cada um de nós quando estiver completo a nossa trajetória humana aqui na terra. Assim a festa que celebramos hoje é a vitória da humanidade em Maria por causa de Cristo, nosso Senhor. Que esta festa da Assunção de Nossa Senhor nos ajude a entender e viver melhor o projeto de Deus a todos em uma vida comprometida com a cultura da vida e não de morte.

Tudo por Jesus, nada sem Maria!!!

Bacharel em Teologia 

José Benedito Schumann Cunha

sábado, 8 de agosto de 2020

Quando estamos com Jesus, não teremos medo

Queridos irmãos e irmãs, 

Estamos celebrando o 19º Domingo do Tempo Comum e o Dia dos Pais e este tempo em que estamos vivendo nos deixa perplexos diante desta pandemia que assola o mundo e o Brasil que sangra com tantas mortes, chegando a mais de 100 mil pessoas. Neste momento, fazemos uma reflexão diante desta catástrofe e vemos que muitas vezes poderíamos ter evitado a ter este número expressivo de mortes se todos, desde o governo e o povo colaborassem com incentivo e precaução. 

Infelizmente houve muitos que aproveitaram o desespero das famílias dos doentes, compraram utensílios com preços superfaturados ou ainda equipamentos com problemas. Fizeram muito desperdícios. Enquanto isso, as pessoas ficaram sofrendo e morrendo.

Embora neste cenário triste em que o Brasil passou e passa houve medidas governamentais boas, ajuda de empresários conscientes com doações aos que mais precisam. Ainda vimos muitos trabalhadores da saúde se entregando de corpo e alma para socorrer e evitar mais mortes.

Jesus andando sobre as águas Wallpaper Jesus caminha sobre a água ... 

Mesmo com tantas adversidades e problemas, somos um povo que acredita em Deus e que Ele opera no mundo, dando luz à mente humana para os caminhos que se devem fazer para salvar a vida. Assim remédios, protocolos e a busca da vacina são exemplos que Deus manifesta nas atitudes humanas.

A liturgia bíblica deste domingo nos mostra como Deus vem ao nosso encontro quando pedimos a sua presença. Nós queremos estar com Ele. No primeiro livro dos Reis, Deus se mostra a Elias de modo tranquilo e suave, isto é numa brisa suave. Deus não é do barulho e de coisas estrondosas, mas um Deus simples que caminha com aqueles que querem estar com Ele em uma atitude humilde e suplicante.

No contexto do episódio vivido por Elias era que ele estava sendo perseguido por causa da morte de Jesabel. O medo toma conta dele, então ele foge para o deserto. Precisamente no Monte Horeb, a onda Moisés teve o encontro com Deus. Desta vez, foi diferente. Deus vem em uma brisa suave e não de modo barulhento, como terremotos, ventos fortes, mas de modo tranquilo. 

Deus nos fala no momento em que podemos repousar no desejo de ter um encontro pessoal com Ele através da oração, da sua Palavra viva e na Eucaristia. A Igreja é a voz de Deus hoje quando ela se coloca a serviço dos humildes e daqueles que não tem vez e nem voz, são os invisíveis deste mundo, mas Deus os vê no mais íntimo de cada pessoa (cf. 1 Rs 19, 9a.11-13). 

Na carta aos Romanos, Paulo nos fala como que Deus nos revelou e nos revela ainda hoje. Deus propôs um plano de Salvação a toda humanidade, mas naquela época e hoje muitos desprezam e não querem recebê-Lo. Desse modo, ficam trilhando caminhos que não levam a lugar nenhum e somente trazem angústia, solidão e um vazio existencial. Desse modo, sentimos esse problema hoje no mundo. Infelizmente estão buscando Deus em coisas que não podem satisfazê-los plenamente (cf. Rm 9, 1-5). 

O evangelista Mateus nos mostra que Jesus manda os discípulos para outra margem para a missão, despede-se da multidão e retira-se para um lugar. Descansa e vai ao monte para orar. Monte é sempre o lugar de encontro com Deus. Precisamos sair do nosso lugar e procurar os montes para oração, meditação e reflexão. 

Enquanto Jesus ficava afastado deles e eles no alto mar na barca, enfrentando uma tempestade e vento forte, isso os enchia de medo e pavor. Depois Jesus vai ao encontro deles, caminhando sobre o mar, mas eles os confundem como um fantasma, mas Jesus fala. “Coragem! Não tenham medo! Sou eu”. Quando estamos com Deus, de fato, não temos medo, porque Deus sempre vai nos dar a certeza que caminhamos com Ele rumo ao céu, sem ilusão ou fanatismo. 

Interessante... Pedro vai ao encontro de Jesus, uma iniciativa de fé em Jesus, pois é Jesus que dá a segurança para as nossas iniciativas, mas Pedro deve ter olhado para trás e viu os discípulos com medo e espanto da cena que estavam vendo, acreditando que Pedro não conseguiria chegar até Jesus. Isso provocou em Pedro um medo que o fez recuar da decisão e aí começou a afundar. Então pede socorro a Jesus e, na mesma hora, Ele estende as mãos a Pedro e o socorre, mas o exorta dizendo. "Por que duvidaste, homem de pouca fé?". Depois disso, Jesus entra na Barca e fica com todos e eles fizeram a profissão de fé. "Verdadeiramente, Tu és o Filho de Deus" (cf. Mt 14, 22-33).

Aqui podemos tirar várias conclusões. Na dificuldade, o medo vem e, se estivermos acesas as luzes da fé e esperança em Deus, nós atravessamos com segurança até Jesus, mas se olhar as dificuldades presentes e os obstáculos em que vivemos, então vamos entrar em desespero e afundar a nossa vida em uma estrada sem saída. Porém, se estivermos atento à Igreja que sempre nos exorta para estar nela, mesmo quando ela nos repreende para mostrar o que é certo, então vamos ter a certeza que Jesus é o Senhor, o filho de Deus que veio e vem para nos salvar e nos ajudar sempre. Deus é fiel e tem misericórdia de todos nós nesta travessia.

Que esta liturgia nos ajude a entender que Deus não nos abandona e nós devemos ir ao encontro Dele com a certeza e com fé. Hoje é celebrado o Dia dos Pais e que eles possam ser de fato orientadores e promotores de esperança aos seus filhos e que Deus os ajude sempre com as bênçãos de vida nova, de saúde e de emprego. Assim eles possam manter a família, construindo uma sociedade justa, fraterna e solidária numa família com os valores do Evangelho de Jesus Cristo que é o amor, a partilha, o perdão e solidariedade. 

Amém!

Bacharel em Teologia 

José Benedito Schumann Cunha 

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Pandemia - Isolamento - Proteção

“Até que chegue uma vacina, vamos continuar precavendo: usando máscaras, mantendo distanciamento e se higienizando sempre, assim nós nos cuidamos e protegemos a vida de todos”.

Desde de março estamos mergulhados nesta pandemia com encontros e desencontros diante desta terrível doença. Muitas iniciativas foram feitas para que esta doença fosse paralisada ou diminuída.

Muitos, no início dela, não tinham a ideia correta de como combatê-la. Todos os países enfrentaram com desespero o aumento de doentes, começaram a dar alternativas para que ela fosse diminuída pela precaução. Uso de máscaras, higienização da mãos e ambientes com álcool em gel e limpeza com elementos que desinfetassem os ambientes, fecharam o comércio, as escolas, as igrejas, os trabalhos, o governo paralisou as suas câmaras e o isolamento capital iniciou em muitas partes e com permissão só as saídas de emergência.

Países socorreram os que estavam invisíveis com auxílios e os que perderam empregos tiveram seguros de desemprego e antecipação de benefícios. Entidades e muitas pessoas propuseram ajuda em alimentos e produtos que ajudasse na higienização das pessoas e dos lugares, Máscara de proteção foram confeccionadas, vendidas e distribuídas gratuitamente também. Governos comprando respiradores, montando hospitais de campanha e abastecendo e melhorando os sistemas de saúde. Os médicos e os enfermeiros arrumaram alternativas para trabalharem mais perto do trabalho com segurança redobrada e ainda houve o aumento da demanda de enfermeiros e médicos com antecipação da formatura.

Tempos de pandemia e o direito constitucional de ir e vir ...

Tudo isso se fez, as pessoas colaboraram, mas alguns não se deram conta diante desta pandemia e não se protegeram e provavelmente propagaram o vírus. O Brasil poderia estar melhor se todos colaborassem, mas infelizmente isso não aconteceu. Estamos vendo muita gente morrendo ainda e a contaminação aumentando em alguns lugares.

Esperamos que esta pandemia tenha uma diminuição considerável até a chegada da vacina.

Elas estão em fases adiantadas e que estejam disponíveis logo e que todos possam ser beneficiadas pela vacinação. E que o mundo e a sociedade sejam mais solidários e humanos para que o mundo seja melhor e que vale a pena um ajudando o outro, desfrutando da solidariedade, da paz e alegria de estarmos sempre reunidos em família, nos trabalhos, nas escolas, na sociedade e em fim em todo lugar.

Bacharel em Teologia

Professor de Filosofia 

José Benedito Schumann Cunha

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

A Filosofia no momento atual da Pandemia

Neste momento em que a humanidade toda está inserida na pandemia mundial do Covid-2019, nós passamos a pensar em valores essenciais da vida e das coisas que vivemos e fazemos no dia a dia. Todos os atos humanos como pensar, refletir, questionar, viver, sentir, etc, nesta hora, a filosofia tem um papel importante e predominante. 

Sabe-se que a filosofia teve uma participação relevante no passado no tocante de querer saber a origem das coisas, como que elas aconteciam e atuam na existência das pessoas e de tudo que existe ao nosso redor, desde o pensar do mais mais íntimo de ser até os fenômenos naturais que aconteceram na terra. 

Durante a história das civilizações, a filosofia sempre esteve presente, mas muitas vezes foi contestada e perseguida pelo poder dominante ou até daqueles que não queriam compreendê-la com realidade vivida pelas pessoas. Hoje a filosofia vem para entender o que é preciso fazer algo diante de milhões de mortes, doentes e a sua  interferência na vida econômica, social, política, humana e religiosa da sociedade atual. 

Linhas de conexão globais - Troca de dados, pandemia, vírus de computador : Foto de stock


Se não existir o homem, a filosofia desaparece porque o objeto dela é o próprio homem no universo de si e do mundo.

No mundo atual utilitarista, que pensa de modo equivocado, colocando a filosofia em segundo plano, quando quer que ela seja ignorada no aspecto de ajuda e colaboração para melhorar a realidade ou transformá-la através da análise e questionamento da situação vivida, a filosofia jamais ficará alheia à realidade social dos fatos do dia a dia da humanidade e do universo em que ela vive.

A Pandemia da Covid-2019 se espalhou e todos, desde os ricos e os pobres, foram atingidos de modo surpreendente, tornando uma inimiga sem arma e sem nação para poder combatê-la. Nessa hora, todos os cientistas, políticos, os médicos, os enfermeiros ficaram atônitos, buscando saídas para evitar a contaminação, morte e ainda buscando cuidados e a cura dos que ficaram acometidos por essa terrível pandemia.

Quando procura uma forma de combatê-la, surgem inúmeros protocolos políticos, científicos, sociais e sanitários, visando que diminuam as mortes das pessoas, as sequelas das doenças e a interferência nas pessoas quanto a conscientização do isolamento capital, do tratamento e da solução para que haja uma nova normalidade na sociedade em que vivemos.

Nesses meses, vimos a conscientização de muitos nos cuidados e ainda prevenindo-se com máscaras e precaução, diminuindo assim a onda de contágios. Mas também vimos a preocupação política e econômica que os governantes demonstraram diante da economia e da vida das pessoas de seus países. Aí veio o questionamento entre a economia e a vida. Qual deve ser priorizada em primeiro lugar? Houve países que perceberam que nada adianta que a economia se salve se a vida é disseminada pela doença.

A atitude filosófica neste momento crucial de nossa história vem ao encontro do que devemos mudar em nossa vida humana, social, urbana, religiosa e política. 

Será que devemos mudar tudo ou reavaliar as nossas atitudes diante de nós mesmos, do próximo e do mundo da economia e do trabalho? Será que a resposta é fácil? Aqui entra a filosofia de avaliar a importância das coisas que envolvem o homem social, o homem político, o homem religioso, o homem faber e o homem no nível cósmico e ecológico em que ele se encontra?

Diante dessas inquietações, devemos encontrar as respostas mais imediatas que a filosofia nos dará para dar um sentido de nosso existir e da nossa própria preservação da vida. Não há lugar para frieza ou insensibilidade diante da Covid-2019, mas buscar caminhos para combatê-la diretamente através de medicamentos, atendimentos em hospitais, da busca de vacinas para neutralizar a doença tanto na sua cura como na sua prevenção. 

Quanto à economia, ela deve estar na visão do futuro e também com o olhar no retrovisor da atualidade, buscando alternativas para dar assistência imediata como socorro e também mostrando alternativas para que ela possa sobreviver com o fôlego da economia para dar as bases de novos rumos e crescimento.

Infelizmente, quando a filosofia é desprezada ou desvalorizada, as ideologias que oprimem e dominam a maioria reinam, deixando muita as margens da sociedade e da economia, privilegiando apenas poucos e, ainda pior, pode favorecer governos e empresários corruptos que não se importam com a crise da pandemia e ainda querem tirar proveito para si próprios ou para grupos de classe dominante na sociedade.

Não podemos ficar na posição anti-filosofia sem nos preocuparmos com o redor em que vivemos como se nada estivesse acontecendo ou se nada nos afetasse. Esse foi o quadro em que vimos em muitas partes do mundo e também no Brasil. Alguns achando que a pandemia é algo alheio: ela atinge alguns e a outros nada poderá acontecer nem na vida e nem na economia. É o engano que tem preço alto. Mesmo que a doença não nos atinja, mas ela tem consequência devasta na vida de outras pessoas, na economia e na política. 

Alguns pensadores podem nos ajudar diante deste desafio, como: “Prefiro trabalhar na crise, minha capacidade criativa é melhor, acho divertido”, afirmou certa vez durante o CEO Summit, evento para empreendedores que aconteceu em São Paulo. E destaca assim: “Tem uma frase que diz. ‘Animal de barriga cheia não caça’”, completou o empresário. 

Portanto, o quadro atual que se apresentou no início como algo que a humanidade seria inapta a resolver, mas o homem é um ser que pensa e pode contribuir com saídas benéficas para que esta pandemia seja diminuída e controlada por vacinas. Aqui entra a ciência que não se deixa ser vencida e a filosofia se faz presente como alicerce para dar sentido e razão na defesa da vida e da sua preservação. Assim, na crise que o homem pensa para resolver, buscando soluções que trazem êxito para a ciência na busca da cura de qualquer doença ou pandemia.

Portanto, a ciência e a filosofia contribuem muito na solução que estão sendo apresentadas pelas descobertas de vacinas que podem deixar as pessoas imunes à essa doença terrível provocada pelo Covid-2019. 

Esperamos que a ética seja atuada na vacinação, não só visando quem tem recursos, mas que busquem atender os mais necessitados e sofredores de nosso sistema político e econômico tanto na sociedade socialista como na capitalista. 

Acreditamos que a humanidade e o mundo em que vivemos possam se sair melhores e que tirem uma lição da importância da vida e que a economia seja espelhada no valor da vida e da sociedade em seu todo.

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
Professor de Filosofia

Edição: João Renato Diniz Pinto

sábado, 1 de agosto de 2020

Apetite de bandeirantes por ouro leva à formação da cidade de Itajubá-MG

Itajubá é um município brasileiro no estado de Minas Gerais, região sudeste do país. Localiza-se no sul mineiro e sua população estimada em julho de 2019 era de 96 mil e 869 habitantes. O povoamento de origem europeia da região de Itajubá começou em fins do século XVII, quando Borba Gato e outros bandeirantes descobriram ouro na região. O apetite de bandeirantes por ouro, pedras preciosas e escravos índios levou à formação de diversos povoados no sul do atual estado de Minas Gerais. Entre os bandeirantes, estava Miguel Garcia Velho, fundador da primitiva Itajubá. Garcia Velho, durante a corrida às pedras preciosas, descobriu as Minas de Nossa Senhora da Soledade de Itagybá, hoje cidade e município de Delfim Moreira, núcleo inicial da atual cidade de Itajubá.

O povoado se chamou Soledade de Itajibá. Em 1703, nas imediações de Passa Quatro, Miguel seguiu pelos vales de Bocaina, afastando-se, pois, da rota já trilhada por outros exploradores, a qual ia dar no Rio Verde e em Baependi. Transpôs a Serra dos Marins e o Planalto do Capivari, no qual descobriu ouro em pequena quantidade. No Córrego Alegre e nas águas do Rio Tabuão, encontrou maiores indícios de ouro. Pretendia alcançar a Serra de Cubatão, mas a Mina do Itajibá foi a que mais o seduziu e onde permaneceu por mais tempo, dando início ao povoado.

José Benedito Schumann Cunha nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Mora em Itajubá (MG). É bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Possui graduação em Engenharia, História e Pedagogia. É presente virtualmente e fisicamente na Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros e na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nessa última e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa. Seu e-mail para contato é jbscteologo@gmail.com. Já foi ministro do Batismo. Leciona Filosofia.

Fonte: Wikipedia, a enciclopédia livre da internet

Conheça Cristina, cidade onde nasceu teólogo José Benedito Schumann Cunha

Cristina é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população estimada em julho de 2019 era de 10 mil e 242 habitantes. Cristina é conhecida como cidade imperatriz. A cidade está localizada no sul do Estado. Faz divisa com os municípios de Maria da Fé, Dom Viçoso, Carmo de Minas, Olímpio Noronha, Pedralva, Conceição das Pedras.

O topônimo é uma homenagem à imperatriz Teresa Cristina, esposa de Dom Pedro II. O nome foi sugerido por um filho do município, o conselheiro Joaquim Delfino Ribeiro da Luz. Por esta razão, em 1° de dezembro de 1868, a Vila Christina (que se denominava "Espírito Santo dos Cumquibus"), recebe a visita da Princesa Isabel e seu esposo, o Conde D' Eu, a convite do conselheiro, para conhecer a terra que recebera o nome de sua mãe.

O Sertão da Pedra Branca começou a ser desbravado a partir de 1797, quando surgiram 22 sesmarias. A primeira sesmaria foi concedida a João de Souza Portes em 06 de novembro de 1797 no local denominado Barra Mansa. No mesmo ano, foram concedidas as sesmarias do Pitangal, pertencente a João Fernandes da Silva, e do Urutu, de propriedade de Manoel Cardoso de Menezes. Em 22 de maio de 1798, Domingos Rodrigues Simões recebeu meia légua na paragem chamada Comquibios (variação da palavra Cumquibus que significa riqueza). Foram estes os primeiros moradores das paragens às margens do Rio Lambari, que derrubando matas, edificaram as primeiras sesmarias, que na realidade eram fazendas dedicadas à agricultura, haja vista a fertilidade dos terrenos encontrados.

A cultura popular consagrou o dia 13 de maio de 1774 como sendo a fundação do primitivo arraial do Espírito Santo dos Cumquibus. No entanto, com o decorrer do tempo e descoberta de novos documentos, verificou-se que na data em questão, o padre José Dutra da Luz, tão pouco residia na região de Cristina. De acordo com o historiador Luiz Gonzaga Teixeira, no início da década de 1770, o padre Luz vivia distante dali, na região de Guarapiranga, hoje cidade de Piranga. Documentos provam que, em 1781, ele ainda se encontrava em Guarapiranga, quando solicitou uma sesmaria no chamado Sertão da Mantiqueira. O padre Luz veio a se fixar no Sul de Minas apenas em 1799, quando se tornou vigário encomendado de Pouso Alto, até o ano de 1804.

Sua fixação na Fazenda da Glória, apenas se daria no ano de 1810, quando autorizações são concedidas para construção de oratório e nele se realizar serviços litúrgicos. Por tradição, a data de 13 de maio foi mantida.

José Benedito Schumann Cunha nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Mora em Itajubá (MG). É bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Possui graduação em Engenharia, História e Pedagogia. É presente virtualmente e fisicamente na Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros e na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nessa última e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa. Seu e-mail para contato é jbscteologo@gmail.com. Já foi ministro do Batismo. Leciona Filosofia. 

Fonte: Wikipedia, a enciclopédia livre da internet