ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

O Papa: defender a inocência das crianças dos Herodes de hoje

 O Papa: defender a inocência das crianças dos Herodes de hoje



Hoje, 28 de dezembro, é a memória litúrgica dos Santos Inocentes. Num tuíte, Francisco convida a rezar e defender as crianças dos "novos Herodes" que destroem sua inocência.

“Os novos Herodes dos nossos dias destroem a inocência das crianças sob o peso do trabalho escravo, da prostituição e da exploração, das guerras e da emigração forçada. #RezemosJuntos hoje por estas crianças e defendamo-las.

Foi o que tuitou o Papa Francisco em sua conta @Pontifex na memória litúrgica dos Santos Inocentes celebrada nesta terça-feira (28/12), que lembra as crianças de Belém de até dois anos, mortas pelo Rei Herodes a fim de eliminar o Menino Jesus, anunciado pelas profecias como o Messias e novo rei de Israel.

152 milhões os menores obrigados a trabalhar

Hoje, como no passado, os Herodes ainda são muitos e há muitas armas que eles usam para destruir a inocência das crianças. Segundo o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), publicado em março de 2021, ainda existem 152 milhões de crianças e adolescentes, 64 milhões são meninas e 88 milhões são meninos, vítimas do trabalho infantil. Metade deles, 73 milhões, são obrigados a realizar trabalhos perigosos que põem em risco sua saúde, segurança e desenvolvimento moral. Muitos deles vivem em contextos de guerra e desastres naturais onde lutam para sobreviver, revistando nos destroços ou trabalhando nas ruas. Outros são recrutados como crianças soldados para lutar em guerras travadas por adultos.

Os "comerciantes da morte" devoram a inocência das crianças

Um fenômeno dramático e inaceitável contra o qual o próprio Papa Francisco levantou a voz em 2016, numa Carta aos bispos publicada em 28 de dezembro daquele ano: convidando os prelados a terem a coragem de defender os menores de tudo que "devora" sua inocência, o Pontífice recordou que "milhares de nossas crianças caíram nas mãos de bandidos, máfias, comerciantes da morte que só exploram as suas necessidades". Francisco citou os milhões de crianças sem instrução, vítimas do "tráfico sexual", menores obrigados a "viver fora de seus países por causa do deslocamento forçado", crianças que morrem de desnutrição e vítimas do trabalho escravo.

Nunca mais essas atrocidades!

"Se a situação mundial não mudar", escreveu o Papa, citando estimativas do UNICEF, "em 2030 haverá 167 milhões de crianças que viverão na pobreza extrema, 69 milhões de crianças menores de 5 anos que morrerão até 2030 e 60 milhões de crianças que não poderão frequentar a escola primária". Francisco não esqueceu “o sofrimento, a história e a dor dos menores abusados ​​sexualmente por sacerdotes”: “Um pecado que nos envergonha”, sublinhou, que devemos “deplorar profundamente” e pelo qual “pedimos perdão”. Daí o apelo do Pontífice a "renovar todos os nossos compromissos para que estas atrocidades não aconteçam mais entre nós".

"O nosso silêncio é cúmplice"

As palavras de Francisco de 2016 recordam as da mensagem Urbi et Orbi do Natal de 2014, durante a qual o Pontífice dirigiu um pensamento a "todas as crianças mortas e maltratadas hoje, as que são antes de verem a luz, privadas do amor generoso dos pais e sepultadas no egoísmo de uma cultura que não ama a vida, as crianças deslocadas por guerras e perseguições, abusadas e exploradas diante de nossos olhos e de nosso silêncio cúmplice; e as crianças massacradas sob os bombardeios, inclusive onde nasceu o filho de Deus”. "Ainda hoje o seu silêncio impotente grita sob a espada de tantos Herodes", sublinhou Francisco. Hoje, a sombra de Herodes está presente sobre o seu sangue. Realmente, há muitas lágrimas neste Natal, junto com as lágrimas do Menino Jesus!”

O recurso da oração

Mas há uma resposta a tudo isso, "à tragédia da matança de seres humanos indefesos, ao horror do poder que despreza e reprime a vida"? A oração é certamente um recurso, como o próprio Papa explicou na Audiência Geral de 4 de janeiro de 2017: "Quando alguém vem a mim e me faz perguntas difíceis, por exemplo: 'Diga-me, Padre: por que as crianças sofrem?', eu realmente não sei o que responder. Eu só digo: 'Olhe para o Crucifixo: Deus nos deu seu Filho, Ele sofreu, e talvez ali você encontrará uma resposta'. (...) Somente olhando para o amor de Deus que dá seu Filho, que oferece sua vida por nós, ele pode indicar alguma forma de consolo; sua Palavra é definitivamente uma palavra de consolo, porque nasce do pranto".

fonte: 

https://www.vaticannews.va/content/dam/vaticannews/multimedia/2019/03/28/india-2507482.jpg/_jcr_content/renditions/cq5dam.thumbnail.cropped.1000.563.jpeg





sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

NATAL, Deus vem até nós como Menino para no ensinar a amar

  NATAL, Deus vem até nós como Menino para no ensinar a amar

 


Hoje é a véspera de Natal, celebramos a vida no menino Deus que vem até nós na sua simplicidade para nos ensinar que somo chamado a ser humildes servidores. Jesus vem até nós para nos instruir que a veste que usamos é para o serviço dos mais necessitados. As guerras, as fomes, as sedes de poder, as arrogâncias e dominação devem dar lugar ao serviço do bem comum.

A liturgia de hoje é simples e torna-se grandiosa nas leituras que são por si so grande ensinamento para que tenhamos um roteiro e meta de colocar em pratica o amor que Deus tem por nós. Isso nos dá uma grande alegria.

No livro do Profeta Isaias no capitulo 57,7-10 nos fala da alegria do retorno dos exilados. O contesto do povo no exilio na Babilônia era de escravidão e ainda entristecido com a destruição do Templo em Jerusalém. Eles estão com saudade da pátria. Agora o profeta sonha com o encontro de todo no Monte de Jerusalém e ainda vendo o povo de Deus catar jubilosos com o retorno a sua terra. Tem imagem de sentinelas que correm para anunciar a chegada de numerosos exilado regressado da Babilônia.

Agora começará um novo tempo e quem cuidará será o próprio Deus. Um deus que está sempre conosco por ser fiel sempre a aliança. A pandemia nos deixo triste desolado com as mortes e tudo parecia perdido, isso nos dava impressão que o nosso fim estava próximo, mas a esperança da vida renasce nas vacinas e nos cuidados de cada um. Vamos superar porque é Nata, Deus está conosco sempre.

A libertação do povo da Babilônia nos reme a esse tempo de Nata, a onde Deus vem liberta o povo da escravidão do pecado que mata e aniquila o homem.

Na carta aos Hebreus no capitulo 1,1-6 temos a notícia da revelação através de todos os tempos e culminou-se em Cristo que chega a nós em uma noite, na manjedoura, contemplada pelas estrelas e pela visita dos pastores a Jesus na gruta a onde Deus se faz humilde doando se completamente a nós.

Agora a palavra se faz presente e é transparente a todo sem esquecer de ninguém e nós podemos tomar posse de Jesus que renasce em nós a esperança e a certeza que somos filhos de Deus.

O evangelho de João capitulo 1,1-8 nos mostra este hino eloquente do Verbo de Deus que se faz presente na terra na encarnação real de Cristo entre nós. Aqui é a constatação da beleza do nascimento de Cristo, o que era verbo de Deus se torna um de nós não no pecado para trazer a alegria da e da salvação em Deus. O filho de Deus é a palavra do Pai que tudo faz renova a face da terra para o amor desinteressado que constrói esperança de vida e fraternidade para todos.

Há 2021 anos Deus veio e vem sempre quando estamos disposto a ouvir Deus em Cristo. Ele é o caminho, a verdade e a vida. O mundo precisa ver que a estrada que leva a vida e a De Cristo, pois a pequenez do menino se contrasta com a sede da ostentação dos poderosos que não deixam a vida acontecer para todos. Excluem muitos ao Banquete da vida que se oferece no Natal do Senhor sempre. Natal é a lição que devemos aprende que Deus nos ama muito. É a certeza que não devemos esquecer: "o Verbo se fez carne e veio habitar entre nós".

A luz está em Cristo para dissipar o ódio, a violência, o engano, a destruição, as pandemias, o egoísmo que mata, a indiferença pelo sofrimento do outro etc. Devemos procura a luz que vida para todos. Somo chamado a entender que a nossa vida deve estar em sintonia do serviço. Somos servos de Cristo sempre.

Hoje é natal, tempo de renascer para a verdadeira vida e viver plenamente o sentido do Natal de Jesus que é vale dar do que receber.

Feliz Natal a todos.

Tudo por Jesus nada sem Maria.

Servus Christi semper. Missionarius, Catolicus  e laicus.

Jose B. Schumann Cunha

Papa: neste Natal, pedir a Jesus a graça da pequenez

 Papa: neste Natal, pedir a Jesus a graça da pequenez



Pequenez foi a palavra que o Papa Francisco escolheu para marcar o Natal de 2021. Enquanto vamos atrás de poder, sucesso, visibilidade e força, Jesus vem ao mundo para indicar o caminho contrário, feito de humildade, ternura e serviço. Em sua homilia, o Pontífice fez também um forte apelo em prol dos trabalhadores.

Pedir a Jesus a graça da pequenez: este foi o convite que o Papa Francisco dirigiu os fiéis do mundo inteiro ao presidir na Basílica Vaticana à tradicional Missa do Galo.

Em sua homilia, o Pontífice ressaltou os contrastes contidos na narração do nascimento de Cristo: grandeza e pequenez, riqueza e pobreza, nobreza e exclusão são aspectos presentes no Evangelho de Lucas.

Jesus nasce para servir

O episódio começa com o imperador César Augusto na sua grandeza, que ordena o recenseamento de toda a terra. De lá, leva-nos a Belém, onde, de grande, não há nada: apenas um menino pobre envolto em panos, rodeado por pastores. Ali está Deus, na pequenez.

“Eis a mensagem: Deus não cavalga a grandeza, mas desce na pequenez. A pequenez é a estrada que escolheu para chegar até nós.”

Fixemo-nos no centro do presépio, convidou o Papa: vamos deixar para trás luzes e decorações e vamos contemplar o Menino para nos questionar se somos capazes de acolhê-lo.

“É o desafio de Natal: Deus revela-Se, mas os homens não O compreendem. Faz-Se pequeno aos olhos do mundo… e nós continuamos a procurar a grandeza segundo o mundo, talvez até em nome Dele. Deus abaixa-Se… e nós queremos subir para o pedestal. O Altíssimo indica a humildade… e nós pretendemos sobressair. Deus vai à procura dos pastores, dos invisíveis… nós buscamos visibilidade. Jesus nasce para servir… e nós passamos os anos atrás do sucesso. Deus não busca força nem poder; pede ternura e pequenez interior.”

A graça da pequenez

Eis o que devemos pedir a Jesus no Natal, prosseguiu Francisco: a graça da pequenez.

Pequenez significa acreditar que Deus quer vir às pequenas coisas da nossa vida, quer habitar nas realidades cotidianas, nos gestos simples que realizamos em casa, na família, na escola, no trabalho. 

Pequenez significa também aceitar a nossa fraqueza e erros e se entregar a Ele, na certeza de que Deus nos ama como somos, nas nossas fragilidades. 

Acolher a pequenez significa ainda abraçar Jesus nos pequenos de hoje. Ou seja, amá-Lo nos últimos e servi-Lo nos pobres. São eles os mais parecidos com Jesus. E é nos pobres que Ele quer ser honrado.

Chega de mortes no trabalho!

Jesus nasceu pobre rodeado de pobres, isto é, dos pastores, os “esquecidos da periferia”. Estavam lá para trabalhar, porque a sua vida não tinha horário, dependia do rebanho.

“Nesta noite, Deus vem encher de dignidade a dureza do trabalho. Recorda-nos como é importante dar dignidade ao homem com o trabalho, mas também dar dignidade ao trabalho do homem, porque o homem é senhor e não escravo do trabalho. No dia da Vida, repitamos: chega de mortes no trabalho! Empenhemo-nos para que cessem.”

Em Jesus, tudo se harmoniza

Mas se no presépio há os pastores, há também os Magos, “os eruditos e os ricos”.

Tudo se harmoniza quando, no centro, está Jesus, disse o Papa, convidando a voltar para Belém para reencontrar a essencialidade da fé.

“Olhemos os Magos que vêm em peregrinação e, como Igreja sinodal, a caminho, vamos a Belém, onde está Deus no homem e o homem em Deus; onde o Senhor ocupa o primeiro lugar e é adorado; onde os últimos ocupam o lugar mais próximo Dele; onde pastores e Magos estão juntos numa fraternidade mais forte do que qualquer distinção. Que Deus nos conceda ser uma Igreja adoradora, pobre e fraterna. Isto é o essencial.”

Ponhamo-nos a caminho e voltemos a Belém, porque a vida é uma peregrinação, concluiu Francisco. Nesta noite, acendeu-se uma luz, suave, que nos lembra a nossa pequenez. É a luz de Jesus que ninguém jamais apagará.

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-12/papa-francisco-missa-galo-natal-pedir-jesus-graca-pequenez.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 4 de dezembro de 2021

A conversão a Deus e de vida são necessárias

 A conversão a Deus e de vida são necessárias




 

Queridos irmãos e irmãs, estamos no segundo Domingo do Advento e é uma oportunidade que nós temos de prepararmos bem para celebrar o Natal do Senhor.

 

Temos a figura de João Batista, que é uma voz que clama no deserto. Sabemos que o deserto é o lugar de encontro com o senhor Deus e de lembrança da bondade de Deus que vem ao encontro do homem. João Batista tinha a missão de preparar o caminho para o senhor Jesus. Lá ele adverte a todos a necessidade da conversão.

 

Hoje devemos ser outro João Batista pra pedir  a todos que volte a Deus, neste mundo cheio de voz de toda ordem que deixam as pessoas sem saber qual o caminho que devemos seguir para ter a vida em abundância que está com Deus da vida. A preparação do natal é uma época de arrumar a nossa casa da vida para receber Jesus que vem na humildade para libertar-nos do egoísmo e do orgulho, e deste sermos mais humanos.

 

Devemos viver o advento, libertar de antigos costumes e algemas da escravidão impostas pelo sistemas injustos para que possamos ter a verdadeira libertação. É poder reviver a alegria de estar em comunhão com Deus e com todos. Essa pandemia não pode nos abater e pensar que Deus está longe de nós. (cf. Br 5,1-9)

 

O Salmo 25 nos mostra a oração confiante a Deus Pai e o desejo de cada um acolher e seguir  aos ensinamentos e ter a instrução segura para caminhar no caminho do Senhor. O caminho é esse: o amor, a justiça e a fidelidade, tudo isso nos leva a estar em comunhão íntima com Deus. Deste modo a aliança é conhecida e restabelecida com Deus, pois Ele é fiel e ainda deseja que estejamos com Ele sempre em santidade e fidelidade.

 

Na carta aos filipenses, há uma exortação que nos apela para progredirmos na atitude de uma vida no amor. Um amor que constrói pontes e laços que permitem a vivermos a perfeição. Não podemos abaixar a guardar e ainda sermos sempre vigilantes na esperança, na fé e no amor. (cf. Fl 1,4-6.8-11)

 

O evangelista nos fala de João Batista da sua missão: "preparar o Caminho do Senhor". Deus fala em João Batista, um profeta que vem anunciar a chegada do Senhor. O silêncio de Deus foi quebrado. Agora Deus vem falar para nós através de João Batista e depois no Cristo, o Messias. (cf. Lc 3.1-6)

 

Aqui “Deserto", na História de Israel, é uma lugar de lembranças vivas como: Libertação... Purificação... Aliança... Esperança da Terra Prometida...  . Agora o deserto onde estava João Batista é um convite para vivermos novamente  a experiência de um Deus que caminha conosco e nos ajuda a termos a libertação plena como foi no passado. Não podemos estar presos às ideologias cegas que não nos deixam sermos livres como: sistemas políticos, religiosos, socioeconômicos que muitas vezes nos cegam para o verdadeiro bem que nos leva a Deus da vida.

 

É um convite de acolhermos o Messias em nossa vida e nas nossas comunidades cristãs. Não podemos viver com individualismo e nem com intimismo religioso, mas ter a experiência de vida comunitária na solidariedade e partilha. Onde Deus nos dá pão partilhado no banquete da vida que Deus oferece a todos. Ninguém fica de fora. Todos têm lugar à mesa e ninguém fica excluído.

 

Que esta liturgia nos ajude a ouvir o Senhor através dos verdadeiros profetas que clamam até nós para viver o Natal do Senhor e esperar a vinda de Cristo, pois Ele é a razão de nosso viver rumo à terra celeste. Sejamos abertos à graça e que arrumemos a nossa casa humana e material para sermos criaturas alegres na esperança de dias melhores. Amém.


Tudo por Jesus nada sem Maria!!! Sejamos anunciadores da Esperança em Cristo no mundo.

Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

domingo, 28 de novembro de 2021

"Vigiai!", o Senhor está para chegar

 "Vigiai!", o Senhor está para chegar



Queridos irmãos e irmãs, a Igreja no mundo inteiro inicia-se o Novo Ano Litúrgico. Esse ano é o ano A. Vamos iniciar uma caminhada e viver novamente os Mistérios da nossa Salvação. Deus é bom e ele sempre está conosco. Em cada ano litúrgico temos foco em dois ciclos importantes que são: Natal e Páscoa.


Estamos no Advento, a preparação do Natal do Senhor que é nosso também. Natal vive em família. Neste ciclo preparamos também para a segunda vinda do Senhor. Advento significa vinda. E vamos celebrar no dia 25 o Natal do Senhor. A as duas semanas iniciais vamos refletir a ficarmos atentos e vigilantes para a segunda vinda do Senhor, é o Maranatha. 


E as duas restantes é a expectativa da preparação para celebrar a memória do Natal, com o coração agradecido a Deus por ter enviando a nós o Cristo nascido de uma mulher que foi agraciada abundantemente para ser a Mãe do Senhor, nosso salvador e libertador.

No livro de Isaías fala da profecia que anuncia a vinda do descendente de Davi e este trará para todos a verdadeira justiça e paz. Uma justiça que não tem lado e a paz duradoura que penetra os nossos corações para que possamos viver bem com todos. É o anuncio do advento de Cristo. 


O contexto era de perigo de guerra e nessa situação anuncia dias melhores com trabalho e vida para todos na liberdade. O lugar é Jerusalém , lá irradia a verdadeira realeza de serviço a todos, principalmente aos mais pobres e sem vez. Jesus veio anunciar um reino onde todos são chamados ao banquete da vida. Não há privilegiados na missão de Cristo. (Is 2,1-5)

 

Na carta de São Paulo aos romanos nos convida a acordar para descobrir e ver o novo dia que começará com a salvação que Deus proporciona à comunidade. Já começou a nossa libertação, cabe a nós ir ao encontra da salvação que é dom de Deus para todos. Para tê-la é preciso deixar as obras das trevas que são: orgulho, corrupção, enganos, mentiras, maldades e violência. E revestir as armaduras da luz que são: o amor, o perdão, a misericórdia, a fraternidade e a solidariedade.


Hoje com a pandemia, com a miséria, com a pobreza, doenças e falta de emprego, nós como cristão devemos descobrir alternativas para ajudar aqueles que mais precisam. Não podemos omitir diante de tantos que estão às margens da nossa sociedade capitalista e socialista deste mundo. (cf. Rm 13,11-14)

 

O evangelista São Mateus nos exorta para ficarmos vigilantes para reconhecer os sinais da chegada do senhor que virá pela segunda vez.

 

O Evangelho é um apelo a uma VIGILÂNCIA permanente, para reconhecer o Senhor na sua segunda vinda.


Na história da nossa salvação Deus manda sinais como: na época de Noé que construía a arca para o dia do dilúvio. Todos foram alertados deste episódio, mas fizeram descaso com a pala de Noé. Os nossos afazeres e correria do dia de nossos trabalhos não percebemos os sinais que Deus dá para sua chegada entre nós. Ficamos cegos diante dos acontecimentos e não mudamos de vida. 


E não devemos dormir sossegados diante dos perigos e também da chegada do Senhor que vem de surpresa até nós. Devemos estar vigilantes sempre e se possível em sentinela. (cf. Mt 24,37-44)

 

O medo do presente e do futuro não pode jamais nos cegar para ver a luz da esperança do Senhor que vem sempre nos ajudar e salvar.

 

Que esta liturgia nos ajude a preparar bem para o natal, vestindo as vestes da esperança, do amor e da fé. Que a pandemia não nos escureça o nosso coração para a caridade e ajuda aos necessitados de bens materiais e espirituais. Sejamos como Jesus fez ir ao encontros dos doentes sem medo, estendo a mão que solidariza e bálsamo que regenera a pessoa. Amém

 

Tudo por Jesus nada sem Maria! Eis aqui o servo que está disposto a servir o Senhor!!!


Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Jesus, Rei do Universo que serve a humanidade

 Jesus,  Rei do Universo que serve a humanidade



Queridos irmãos e irmãs, chegamos ao final do ano Litúrgico da Igreja. Foi uma caminhada na Fé, na esperança e na caridade. Este ano ainda foi difícil devido à pandemia. Infelizmente as ideologias de toda ordem e as Fake News atrapalham muito o combate desta doença. Infelizmente a humanidade experimentou um longo luto e muitos morreram.

 A nossa fé em Cristo que serve a vida, Ele é o Rei do universo que serve. Neste dia importante e festa e junto com ela está o dia do Leigo que é muito importante, pois a Igreja hierarquizada precisa dele muito. Todos são chamados a construir aqui e agora o Reino de Deus que tem a sua culminância no céu. O mundo tem presidente e reis, e eles para serem sábios e justos devem espelhar no Cristo, Rei que servem sem nenhum interesse pessoal e nem de exploração e dominação.

Se pudermos entender a liturgia bíblica, percebemos que toda bíblia fala de reis, mas apenas um é Rei por excelência que devemos seguir sempre. As Leituras bíblicas nos falam dessa Realeza.

 No livro de Daniel fala do Filho do Homem, que vem do céu e tem a missão de Instaurar o Reino de Deus definitivo entre nós. O contexto vivido pelo povo de Deus era na época a do Rei Antíoco IV, ditador e mal, e tinha desejo de impor a sua cultura pagã e religião à força, sem respeitar a religião do Povo de Deus. A visão de Daniel caracterizou bem a profecia. Os quatro animais simbolizam os reis opressores que saem do mar (símbolo do mal), e no céu um ancião (Deus) que entrega a missão ao FILHO do homem o poder, a glória e o reino. Para nós é Cristo, o Rei, filho de Deus que instaura uma nova aliança.

Jesus veio levedar a massa, dá sabor do reino na prática da justiça, da paz, da misericórdia, da partilha e do amor na comunidade. Oxalá que as nossas comunidades sejam reflexo do Reino que se inicia aqui e culmina-se no céu. (cf. Dn 7,13-14)

No livro do Apocalipse nos lembra que Cristo instaura um Reino novo que todas as coisas se submetem a Ele. Toda a criatura se refaz em Cristo com a sua Ressurreição que finaliza toda ação de Cristo no mundo. (cf. Ap 1, 5-8)

No Evangelho, Jesus confirma a sua verdadeira Realeza que é de serviço e doação a todos, principalmente aos mais necessitados. A missão de Jesus era liberta os cativos, curar os doentes, restaurar o homem, promover a paz, a misericórdia, tirar o homem da escravidão do pecado e ser um Rei servidor.

Nenhum momento Jesus quis ser rei da estirpe dos reis e poderoso do mundo.  No mundo até hoje tivemos raros governantes justos e servidores ao Povo. São gananciosos, têm ânsia do poder, são ditatoriais, são ostentativos e arrogantes.

Embora muitas vezes o povo queria fazer de Jesus, rei, mas não era objetivo dele. Diante Pilatos, no tribunal, foi perguntado se ele era Rei, Jesus responde que sim, mas não deste mundo mas do Reino do céu. A sua coroa é de espinho e o seu trono é a cruz, sinal de amor extremo de doação para salvar a humanidade.

A realeza de Cristo é serviço a todos, principalmente aos marginalizados deste mundo. Um rei que solidariza com os pecadores e doentes incuráveis e contagiosos. Jesus é a voz dos mais fracos e sem voz. (cf. Jo 18, 33b-37)

Que esta liturgia nos ajude a ser discípulo e súdito do Rei Jesus que vem até nós sempre como irmão solidário de nossas fraquezas e necessidades. E que possamos ser membros ativos da comunidade que serve. Não podemos ser membros da comunidade para usurpar e servir da Igreja. Colocar a serviço da Igreja do Pão que partilha e solidariza com Todos. Que os leigos possam entender o seu papel na Igreja, sendo autênticos cristãos numa Igreja viva e não de pedra.

 Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

 Bacharel em Teologia Jose. B. Schumann Cunha

domingo, 7 de novembro de 2021

A santidade é um caminho

  A santidade é um caminho




 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando na liturgia deste domingo a Festa de todos os Santos. Este domingo é o 33º Domingo do Tempo Comum, o penúltimo deste ano.

 

Acreditamos e professamos no credo da Igreja a comunhão de todos os Santos. A igreja proclama a santidade de algumas pessoas com as virtudes heroicas e aclamadas pelo povo de Deus, mas há muitos que já estão na eternidade, são santos desconhecidos por todos e na Igreja, mas são santos anônimos. Hoje podemos contemplar e agradecer a Deus por estas muitas pessoas que passaram nesta vida fazendo o bem.

 

A liturgia bíblica nos fala disso e ela nos confirma esse fato. Quem segue a Deus está no caminho da santidade.

 

No livro do Apocalipse nos fala desta realidade e são muitos, porque Deus nos agracia de bênçãos e bondade para irradiarmos o bálsamo da santidade em todos os lugares. Deus é glorificado nos seus santos. Encontramos o número de 144.000 que é simbólico que significa todo o povo de Israel e mais uma grande multidão de pessoas e lugares e línguas diferentes. Todos são chamados a percorrer o caminho da santidade e através da vivência dos valores evangélicos que chegamos a ser santos em Deus.  (cf. Ap 7,2-4.9-14)

 

Na Primeira carta de São João e lá é afirmado de maneira categórica que somos filhos de Deus. Se somos filhos de Deus então temos ingredientes necessários de chegar à santidade de vida. O amor de Deus nos transforma e nos ajuda a viver um vida em comunhão com Deus, vivendo na graça de Deus sempre.  (cf. 1 Jo 3,1-3)

 

O evangelista São Mateus nos mostra como chegar a santidade e quem nos fala disso e nos exorta é Jesus Cristo. No discurso das Bem-aventuranças que é nada mais o roteiro e guia para chegar a santidade. Devemos ser pacíficos, misericordiosos, ser puros, ser tolerante e paciente, ser pessoa de comunhão e viver plenamente em Deus.

 

Santos são todos aqueles que em vida seguiram a Deus e agiram bem sem mistura com o mal do mundo. Todos eles, Deus permitiu ser instrumento da sua ação neles. Muitos milagres e graças vieram até através dos Santos, mas quem comandou foi o próprio Deus. Deus age nos santos. Nós sabemos que a Igreja tem a cabeça Cristo e nós os seus membros e cada uma agem conforme o comando de Da Cabeça que é Cristo.

 

Um exemplo para entender bem. Por exemplo, meu pé machucou, qual dos membros que vou cuidar para curá-lo, neste caso respondemos que ser as mãos, mas quem comandou essa ação? A resposta é simples e inquestionável, é o nosso cérebro. Portanto se pedimos aos santos, ou alguém para nos ajudar na interseção de uma graça ou um milagre, podemos ficar tranquilos que vai comandar Deus em Cristo isto. Isso é maravilhoso pois somo membros da Igreja de Cristo e ela irradia bênçãos e graças para o louvor e glória de Deus. (cf. Mt 5,1-12)

 

Que esta liturgia nos ajude a estar em comunhão com todos santos em Cristo até chegar ao Reino definitivo de Deus. E que possamos viver bem a bem-aventurança, pois Deus nos chama ser santos como Deus é Santo. Amém

 

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

 

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sábado, 23 de outubro de 2021

Há cegueira que precisa ser curada

Há cegueira que precisa ser curada



 

Queridos irmãos e irmãs, há cegueiras na nossa vida e só a palavra de Deus pode fazer que enxerguemos com a luz verdadeira que ilumina tudo para entendermos o sentido real das coisas. Essa luz é a fé que brota em nós. Nunca vai ser muito, mas o suficiente para enxergarmos com clareza a vontade de Deus na nossa vida

 

No livro de Jeremias nos fala que virá um sinal de luz para aquele povo que estava sofrendo na escuridão do exílio. É a esperança que brota no coração do homem e isso dissipa as trevas da maldade dos poderosos. Assim está escrito: "Coxos e cegos, mulheres grávidas e que deram à luz”.

 

Isso é a esperança que não decepciona. Deus sempre vem em socorro do seu povo, principalmente os mais sofridos. A pandemia nos deixou acuados algumas vezes, mas muito clamaram a Deus misericórdia e que desse um basta nisso. Hoje já podemos respirar mais tranquilo, parece que logo tudo será normalizado. (cf. Jr 31,7-9)

 

Na carta ao Hebreus podemos conferir e constar que Jesus é o sumo sacerdote que faz a ponte entre Deus e a humanidade. É uma graça que está à disposição de todos. Não estamos sós. (cf. Hb 5,1-6)

 

No evangelho de Marcos nos mostra Jesus que cura um cego e lhe dá a visão e a fé no Cristo. Jesus já caminha para Jerusalém e lá será morto e também ressuscitará. Aqui podemos notar que foi o último milagre de Jesus a um cego de nascença. É uma catequese que Jesus quer dizer para nós que muitas vezes somos cegos diante de tantas informações e graças de Deus, mas precisamos da luz da verdade que Deus é o único que nos dá verdadeira paz e salvação.

 

 

Os apóstolos estavam cegos pois acreditavam em Jesus, senhor, mas eles estavam cego diante do mistério da cruz e da morte que Jesus ia sofrer para salvar a humanidade toda. Perto de Jericó, um cego, se encontrava sentado "à beira da estrada", informou-se de que Jesus estava passando e gritou por socorro: "Filho de Davi, tem piedade de mim". A palavra de filho de Davi que o cego pronunciou é para nós um título messiânico em que Jesus significa. O cego joga o manto, e isso representa a segurança dele e as moedas são jogadas fora e se levanta vai ao encontro de Cristo.

 

Aqui podemos dizer que vai ao encontro do verdadeiro tesouro que é Jesus. Ele é curado e segue Jesus. O caminho da conversão deve ser de tirar a segurança que passa para buscar a segurança permanente que tira a vida eterna. (cf. Mc 10,46-52)

 

Que esta liturgia nos ajude a libertar das cegueiras das ideologias do capitalismo, do poder dos governos que passam e das religiões que dominam e não deixam a pessoa se libertar para caminhar rumo ao verdadeiro Deus que traz a vida eterna.


Tudo por Jesus, nada sem Maria!!! O Senhor envia-nos a lugares que faltam missionários.


Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha 

sábado, 9 de outubro de 2021

Saber Escolher é a forma de procurar ser feliz

  Saber Escolher é a forma de procurar ser feliz



 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 28º Domingo do Tempo Comum, e a liturgia deste domingo faz a gente refletir sobre a escolha que devemos fazer para ser feliz. Quando escolhemos algo, então as outras não poderemos fazer. Isso é renúncia.

 

A liturgia bíblica nos ajuda a entender isso. A escolha nos ajuda a tomar boa decisão na vida;

 

No livro da Sabedoria temos Salomão que preferiu escolher a sabedoria em vez de ouro e riqueza. Essa sua escolha foi a mais acertada que ele fez. Para governar precisa-se de sabedoria. Ele era recém coroado como Rei de Israel e foi ao templo para agradecer a Deus por isso, e devido a isso Deus gostou desta atitude de Salomão. Então Deus diz: "Pede-me o que queres... e eu te darei...". Salomão reconhece que é muito jovem, e por causa pede um coração sábio para discernir o que é mau e optar pelo bem. Assim ele diz: "Sou um adolescente... dai-me um coração sábio, capaz de julgar o vosso povo e discernir entre o Bem e o Mal...". Deus atendeu deu a sabedoria e muito mais a ele. Nós devemos fazer o mesmo, pois quando queremos estar em comunhão com Deus, nós ganhamos muito mais do que pedimos. (cf. Sb 7,7-11)

 

Na carta ao Hebreus, nos fala da Palavra de Deus e quando a temos em contato sempre, nós encontramos a sabedoria. E assim está escrito: "Ela é viva, eficaz e mais penetrante de qualquer espada de dois gumes". Se conseguirmos trilhar na Palavra de Deus, vamos discernir o que é mal e ainda vamos optar pelo bem que nos ajuda a não sair do caminho de Deus e da felicidade plena. Portanto escolhemos Deus para a encontrar a sabedoria que não decepciona. ( cf. Hb 4,12-13)

 

O evangelista Marcos nos mostra qual é a escolha certa que se deve fazer para seguir Jesus. Aqui temos a passagem do jovem rico que era bem intencionado e interpela Jesus para poder ganhar a vida eterna. Jesus mostra os mandamentos a Ele. O jovem rico falou que já observa os mandamentos desde criança, mas Jesus o adverte dizendo: uma coisa lhe falta, vende tudo e dá aos pobres e depois siga-me.

 

Um chamado extraordinário a Ele, mas como era rico, desistiu de Jesus ficando com as suas posses. Devido a isso Jesus nos fala: como é difícil o rico entrar no céu, pois é mais fácil uma corda passar no buraco da agulha do que um rico entrar no céu. Aqui há algo extraordinário de lição para todos nós, pois seguir Jesus é uma boa escolha e ele é acompanhado de desapego. Não podemos estar numa religião tradicional, mas uma religião viva, de generosidade e de amor a todos, principalmente os que que mais sofrem. Ser feliz em comunidade onde todos partilham e a mesa do banquete é para todos e ninguém passa fome. Que segue Jesus tem muita coisa nesse mundo para viver e ainda a vida eterna. (cf. Mc 10,17-30)

 

Que esta liturgia nos ajude a fazermos a escolha por Jesus e trilhar no seu caminho que é de vida em abundância para todos e sempre está conosco. Assim, devemos ter um coração generoso e bom. Com a sabedoria de Deus vamos na jornada na terra até ao céu.

 

Tudo por Jesus nada sem Maria!!! O Senhor envia-nos a onde mais precisar de missionário da sua Palavra e que possamos ajudar a todos a encontrar o caminho que nos leva à salvação.

 

Jose B. Schumann Cunha

sábado, 2 de outubro de 2021

Qual jeito que Deus quer a família?

Qual jeito que Deus quer a família?


 


Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 27º Domingo do Tempo Comum, e a liturgia nos chama atenção qual deve ser o tipo de família que Deus quer. Este mês dedicamos a missão. Devemos ser missionário da vida e dos valores evangélicos que são: amor, fraternidade, respeito, solidariedade, misericórdia, perdão e reconciliação.

 

Hoje, presenciamos na sociedade moderna, a desvalorização dos valores da família e o desrespeito a vida tanto no ventre como na preservação da vida e na pandemia. Muitas vezes não querem isso por inovação, por esquecimento ou por ignorar, e a causa de tudo isso é por causa do hedonismo, do materialismo e do individualismo do século XXI.

 

Há valores que nunca podem ser esquecidos como o matrimônio cristão que está no plano de Deus. Deus sempre quer o bem para nós. A liturgia bíblica nos ajudará a entender, compreender a intenção de Deus sobre essa assunto tão atual para o momento presente, pois a família é algo que não pode ser desvalorizada e nem desrespeitada por poderes dominante na nossa sociedade atual em que vivemos

 

No livro do Gênesis há a narrativa da criação do homem e da mulher. Deus cria para um completar o outro. Tem a missão de ajudar outro com amor e doação. É uma explicação de ensinamento, isto é uma catequese. Vemos que a origem da vida do homem está na iniciativa de Deus. O homem estava só, apestar que dominava todas as coisas e as criaturas, mas falta algo para o completar. Deus cria a mulher da sua costela para se completarem juntos  e ela é da mesma natureza do homem. Tudo isso para viver a partilha do amor e de vida. Os dois são ciados na mesmo dignidade e juntos tornam-se a mesma carne, isto é unidade do ser juntamente em comunhão com Deus.

 (cf. Gn 2,18-24)

 

Na carta aos hebreus podemos encontrar o verdadeiro amor de Deus pelo ser humano. O amor de Deus se traduz no envio do seu filho único e amado ao mundo. Ele esteve no nosso meio na condição humana se solidarizando em tudo com a nossa humanidade menos no pecado. A sua entrega e generosidade se faz total na morte de cruz. Assim como Jesus amou a sua Igreja, o ser humano, como casal, deve ser de entrega total no amor que gera a vida em abundância e dessa maneira testemunha o amor Deus em todos os lugares. Deus é amor sempre e fiel. (cf. Hb 2,9-11)

 

O evangelista Marcos nos mostra o sentido do casamento e quando há permissão de divórcio na Lei de Moises é para proteger a mulher da arbitrariedade do marido. Mas Jesus mostra que essa exceção não estava prescrita quando Deus fez a união de duas pessoas acontecer. Deus fez o homem e a mulher para se completarem e tornassem uma só carne. Assim Jesus fala: “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, e os dois serão uma só carne...

 

Portanto, o que Deus uniu o homem não separe”.  E ainda continua falando Jesus: "Quem despede sua mulher e se casa com outra, comete adultério".

Qual é o ideal de Deus: que o homem e a mulher se torna família. Isso é plano de Deus. Jesus conclui nesse evangelho que devemos ser uma criança, pois o Reino de Deus é de simplicidade e amor espontâneo que as crianças demostram. Devemos proteger a vida sempre e os valores que nunca passam. Que a comunhão e a união se traduzem em gesto de doação de um para outro no diálogo constante

(cf. Mc 10,2-6)

 

Que esta liturgia nos ajude a entender e compreender que a família é algo querido por Deus sempre e que devemos ter a coragem de defendê-la em todos os momentos e que nada perturbe a família, trazendo a ela sempre a paz tão desejada por todos.


Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

 Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

sábado, 25 de setembro de 2021

A palavra de Deus não tem dono, ela é de todos!

  A palavra de Deus não tem dono, ela é de todos!




 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 26º Domingo do Tempo Comum, este domingo é especial porque celebramos o dia da Bíblia, o livro que contém a Palavra de Deus que foi revelada de modo oral e depois escrita por inspiração de Deus aos que colocaram no papel.

 

A palavra de Deus sempre nos ajuda no decorrer de nossa vida, pois é uma luz que permite encontrar sentido nas diversas situações de nossa existência. Ela não pode ser de exclusividade de ninguém e nem ser interpretada pelo nosso bel prazer ou ideologia religiosa, política, social ou econômica. Jamais podemos usar a Palavra de Deus para impor ou escravizar aos ouvintes por medo, pois isso não corresponde com a vontade de Deus e nem de Cristo quando fala: “conhecereis a verdade e ela vos libertará” (Jo 8,32 )

 

No livro de Números podemos confirmar que a Palavra de Deus não é monopólio de ninguém, pois ela deve ser aberta a aqueles que podem continuar levando-a a todos. Aqui vemos Moisés já idoso e já não consegue dirigir o Povo da Aliança como porta voz de Deus, então escolhe 70 anciãos que depois de ser ungidos pelo Espírito de Deus o ajudaram nessa missão de sempre levar o povo a obediência dos propósitos de Deus e da aliança que foram firmados após a saída do Egito. O interessante é perceber que os dois que não estavam juntos começaram a profetizar em nome de Deus e devido a isso Josué achou um absurdo e abuso deles. Josué propõe a Moisés para calarem a voz  desses dois. A resposta de Moisés foi admirável como podemos ver o que ele falou:  "Oxalá todos recebessem o Espírito e profetizassem!".

 

Hoje , infelizmente os que estão em uma agremiação religiosa ou em uma Igreja, acham que são donos da Palavra de Deus e da comunidade e ficam irritados quando missionários que não pertencem aos seus redis, profetizam, pregam e são dóceis ao Espírito Santo, levando a todos a Palavra de Deus que jamais podem estar aprisionada em guetos ou grupos religiosos. 


Devemos permitir que outros podemos nos ajudar nessa missão de portadores da Palavra e não ser monopólio da Palavra de Deus, pois pelo Batismo temos a missão de ser profetas, sacerdotes e reis do Senhor Jesus Cristo. (cf. Nm 11,25-29)

 

Na carta de Tiago podemos perceber que ele denuncia o acúmulo de riquezas de alguns à custa de miséria de muitos. Isso é a ganância revestida de pseudo bondade. Isto acontece muitas vezes no nosso meio, pois pagamos valores mínimos e miseráveis ao trabalhador que nos serve e nos enriquece, mas o clamor e o sofrimento dele chega ao céu e Deus sabe disso e se manifesta a sua justiça fazendo ao mau servidor que explora os humildes e pobres deste mundo. (cf. Tg 5,1-6)

 

O evangelista Marcos nos mostra que os apóstolos de Jesus não conseguem êxito em tirar o espírito mudo de uma pessoa, mas outros que não são do grupo, conseguem ter sucesso nessa missão em nome de Jesus. Eles não gostam disso e queixaram a Jesus, mas Jesus os repreendeu dizendo:  "Não lhe proíbam... Quem não está contra, está a nosso favor".(cf. Mc 9,38-43.47-48)  

 

Isso quer nos ensinar que não estamos apenas nessa missão e ela é de todos. O Papa Francisco já nos disse: "Devemos ser amigos de Jesus, não donos". Aqui podemos dizer às outras denominações de Igrejas cristãs que não podem ser encaradas como inimigas, mas parceiras pois nos ajudam a difundir a Palavra de Deus contextualizada para cada realidade do povo de Deus que vive sedento da Palavra de Deus, que muitas vezes fica muda, porque não há pregadores e missionários da Palavra.

 

Que esta Liturgia nos ajude a entender a nossa missão de ser porta voz da Palavra de Deus e que ela seja difundida na unção do Espírito Santo em todos os lugares do mundo. Que as pessoas possam ter contato com ela e que sintam amados e acolhidos por Deus pai em Cristo na força do Espírito Santo. Amém


Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha


Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Senhor, ajude-nos a sermos missionários da Palavra de Deus e nos envie a onde precisa de Pregadores e a sua Palavra seja difundida a todos os lugares.

sábado, 18 de setembro de 2021

Quem é maior? Vamos ver a resposta desta pergunta intrigante

  Quem é maior? Vamos ver a resposta desta pergunta intrigante


 


 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 25º Domingo do Tempo Comum e vamos refletir e entender quem é o maior para Deus. Neste mundo a lógica é diferente, não coincide com a vontade de Deus, pois muitos lutam com todo esforço para se impor pela força e pelo poder a fim de obter prestígio e autoridade. Só que a lógica de Deus é serviço, humildade e compaixão.

 

No livro da Sabedoria nos ajuda a entender o tema da liturgia dominical proposta pela Igreja. Assim diz a Sabedoria? Os ímpios diziam: 12 “Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina. 17 Vejamos, pois, se é verdade o que ele diz, e comprovemos o que vai acontecer com ele. 18 Se, de fato, o justo é ‘filho de Deus’, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos. 19 Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar a sua paciência; 20 vamos condená-lo à morte vergonhosa, porque, de acordo com suas palavras, virá alguém em seu socorro”.

 

Aqui podemos ver que o ímpio e o injusto não gostam do justo e do temente a Deus porque vai na contramão daqueles que amam a justiça e a praticam. Nós podemos fazer analogia dessa passagem com a morte vergonhosa de Cristo, Ele sendo bom, justo e só fazia o bem, foi julgado de modo cruel no tribunal injusto, achando que ia eliminar para sempre Cristo. Só que enganaram, a vida do justo está nas mãos de Deus e assim Ele ressuscita e nos dá a grande lição do amor e perdão na misericórdia divina.

 

O evangelho de Marcos nos apresenta como Jesus é aos seus discípulos. Aqui Ele anuncia pela segunda vez sua paixão, morte e desse modo, Jesus Cristo nos dá uma lição de amor, de humildade e de serviço. Devemos entender que servir aos pequenos deste mundo é servir ao Senhor. O modo de Cristo de ser é contrário a lógica de quem quer ter poder e domínio, na comunidade, na família, na Igreja e no mundo.

 

Deus é amor e o seu projeto é de vida. Os discípulos não concordam, mas ficam em silêncio. Isso acontece em nossa Igreja atualmente, infelizmente muitos não concordam com os ensinamentos do Magistério que hoje vem do nosso Papa Francisco. Ele não está destruindo a doutrina católica e nem a inovando, mas está desnudando o ensinamento milenar para o nosso tempo presente. Muitos o criticam e falam mal do Papa que está exercendo a sua autoridade que Cristo concedeu a Pedro e a seus sucessores.

 

Voltando ao evangelho deste domingo, Jesus mostra como deve ser o serviço de quem quer segui-lo. Assim diz Jesus: "Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último e o servo de todos". É algo extraordinário que muitos seguem tornando também santos e santas de Deus; o modo de ser e que agrada o Senhor, assim diz Jesus: "Pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a, disse: “Quem acolher em meu nome uma dessas crianças, é a mim que estará acolhendo...". Não devemos ser poderosos e nem arrogantes, mas ter espírito de criança que é ser dócil ao Espírito Santo. Devemos ser pacíficos, servidores, acabar com os conflitos e ódios na família, na Igreja e na sociedade em que vivemos.

 

Na segunda Leitura, São Tiago nos mostra como uma comunidade estava e isto deve ser evitado entre nós católicos e cristãos no mundo. Assim diz ele:  “Caríssimos: 3,16 Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más.17 Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento.18 O fruto da justiça é semeado na paz para aqueles que promovem a paz. 4,1 De onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós? 2 Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão está em que não pedis.3 Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres.”

 

Então devemos buscar a concórdia, amor entre todos, o perdão e a misericórdia e que nossa súplica seja de servo e assim podemos proceder na oração: Senhor me dê o suficiente para eu viver agradecendo e louvando o seu santo nome até a eternidade, mas não me dê muito para que eu não me afaste de vós, e nem pouco para que eu não murmure e nem lhe amaldiçoe o seu Santos nome. Esta oração é uma forma singela de estar na presença do senhor como servo humilde que está a disposição de fazer a vontade de Deus nos pobres e pequenos deste mundo.

 

Que esta liturgia nos ajude a sermos servos do Senhor, buscando ser menor diante de todos e da Igreja para que outros possam participar do banquete da vida que é oferecido a todos por nosso Deus da vida. Amém 


Tudo por Jesus nada sem Maria! Sejamos servos e nos envie onde precisar de missionários e pregadores da Palavra.

José B. Schumann Cunha

domingo, 12 de setembro de 2021

O cristão deve tomar a sua cruz e seguir Jesus

 O cristão deve tomar a sua cruz e seguir Jesus




 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 24º Domingo do Tempo comum. A bíblia é um livro importante e é preciso estudá-lo com o coração aberto na unção do Espírito Santo para não ocorrer erros de interpretação e nem dividir a Igreja, dilacerando o corpo de Cristo em partes dissonantes.

 

Um membro do corpo ajuda todo corpo comandado pela cabeça, assim é a Igreja de Cristo, Jesus é a cabeça dela e cada um de nós somos membros  dela e cada um tem uma função que ajuda a todos. Nesta interpretação podemos, por analogia, designar os membros da Igreja que está no céu como Igreja triunfante, a que está no purgatório como a Igreja padecente e a que está no terra como Igreja militante. Interessante quando machucamos o pé, nossa mão vai cuidar e curar comandado pela cabeça, assim são os intercessores que são os santos e mártires que nos ajudam, mas estão comandados por Cristo, cabeça.

 

No livro de Isaías, nos mostra como deve ser o Messias e ele é comparado ao servo sofredor. Mas os judeus achavam que Messias seria uma pessoa com grande poder e triunfante como os poderosos reis e guerreiros da história conhecida. O profeta nos mostra que não é bem assim, pois é este servo é um profeta anônimo enviado poder Deus que tem a missão de cumprir a vontade divina , mas que ia sofrer, ia ser perseguido, , ia ser torturado e sofrer a morte. Esse servo é humilde. Podemos comparar com Jesus, pois Ele não quis uma Igreja templo bonito e nem se ostentava desse direito de ser o próprio filho de Deus.

 

A salvação de Deus passa pela cruz e não podemos achar que crer em Jesus é ter uma vida boa e de privilégio e nem se achar melhores que os outros ou ainda achar que Deus deve fazer a nossa vontade a bel prazer. Ser Cristão é estar submisso à vontade de Deus, aceitando a sua vontade e querer  estar na comunhão com Ele em todos os momentos de nossa vida, tanto nos momentos  bons como no momento da doença, da dor e das adversidades  que a vida nos apresenta. Somos peregrino e confiamos no Senhor.(cf. Is 50,5-9)

 

Na carta de São Tiago nos faz pensar sobre o que é seguir Jesus. Assim ela dá a seguinte orientação na coerência da fé que temos em Cristo. Só será válido a fé se os nossos gestos seguir no amor concretos aos que precisam de nós, na partilha, no serviço desinteressado às pessoas necessitadas e na solidariedade. Se não for por esse caminho, nós estamos nos enganando a si mesmo e seguindo uma Igreja intimista, egoísta e materialista que visa só o bem individual da pessoa. Jesus não exclui ninguém e Ele na sua trajetória a Jerusalém foi coerente e sabia que o desfecho do projeto do Pai era ser condenado de modo injusto.

 

Hoje percebe-se claramente isso quando os seguidores de Cristo seguem as suas orientações correndo riscos de perseguição, morte e sofrimento porque contrapõe com a verdade de Deus. Deus não é parceiro de poderosos injustos e nem de uma Igreja de ostentação e de privilégio.

 

O evangelista São Marcos narra para nós o primeiro anúncio de Jesus sobre a sua paixão. Jesus não escondeu nada e nem se omitiu. Jesus está a caminho de Jerusalém, e Ele bem sabia o que ia encontrar lá. A Igreja primitiva viu em Jesus a figura do servo sofredor narrado pelo profeta Isaías. Os judeus e os apóstolos achavam que Jesus deveria ser um Messias triunfalista e poderoso que reinasse com exército forte, mas Jesus é Rei servidor, humilde e pastor que leva as ovelhas em lugares seguros sem se aproveitar delas.

 

A pergunta que Jesus faz é o que o povo pensa quem é Jesus e quem é Ele para os apóstolos. Jesus seria um homem apenas, um rei como os outros, um profeta como os demais que vieram no passado? Ainda poderia ser um Messias poderoso e libertador do povo que estava sobre o governo romano? A pergunta feita por Jesus aos seus apóstolos teve a resposta de Pedro que foi a perfeita, pois reconhecia Nele  o próprio  filho de Deus, o salvador que estava por vir. Ai Jesus mostra que a sua missão acabaria na sua morte em Jerusalém de modo cruel, mas Pedro reage depois que não deixaria acontecesse isso, porém Cristo o repreende e o chama de satanás que é aquele que tentaria impedir a prova maior de doação Dele ao mundo, cumprindo a vontade de Deus no amor extremo para salvar a humanidade decaída no pecado.

 

O caminho de Cristo é claro e está no seguimento Dele, na renúncia, na cruz que devemos tomar de cada dia, no amor que se doa a Deus em todas pessoas sem distinção. Seguir Jesus é estar disposto a enfrentar os desafios e não ter medo de até perder a vida no testemunho que Jesus é o Senhor para honra e glória de Deus Pai. Não existe Igreja fácil, e nem uma Igreja de privilegiados mas uma Igreja no meio do povo sofredor. (cf. Mc 8,27-35)

 

Que esta liturgia deste domingo nos ajude a sermos corajosos seguidores de Cristo sem medo de enfrentar as consequência de estar em comunhão com Deus, partilhando a vida com todos e permitindo que a mesa seja farta para todos. Amém. Não há excluídos na Igreja de Cristo.


Tudo por Jesus nada sem Maria.

Eis aqui o servo, envia-nos a quem precisa da sua palavra e do seu amor. 

Missionário Leigo Católico ambulante Carismático Jose B. Schumann Cunha. 

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