ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sábado, 30 de julho de 2022

QUAL RIQUEZA QUE BUSCAMOS?

 QUAL RIQUEZA QUE BUSCAMOS?



Estamos celebrando o 18° Domingo do Tempo Comum, e nesta liturgia vamos refletir qual riqueza que devemos buscar. A segurança e a felicidade estão a onde  e  em que lugar que fica a nossa riqueza? Se for em bens materiais, nós vamos estar enganados porque tudo passa e acaba. Há algo melhor que devemos buscar, as coisas de Deus. Não devemos colocar as nossas forças nas riquezas, pois por um instante podemos ser roubado e perdemos tudo. E há outras  que atrapalham as pessoas  que são: a má  sorte, a doença, perdas nos negócios etc. Não podemos jamais nos enganar diante de nossas buscas  que devem ser a Felicidade e segurança.

 No livro Eclesiástico vemos uma realidade insuportável que o Povo de Deus passava, devido a ganância dos poderosos que não tem limite para os negócios, explorando os pobres. Se percebermos a realidade, podemos dizer que tudo é vaidade. Essa afirmação é dada a Salomão. Ele , embora rico e sábio, percebeu que tudo passa e ainda nos aconselha para o desapego. Não ficar ávido para ter riqueza em exagero. Hoje percebemos que no mundo atual, muitos sofrem a exploração e ambição dos poderosos e ricos. (Cf. Ecle 1,2; 2,21-23)

Na carta aos Colossenses nos dá uma orientação segura e coerência para nós cristãos sobre o Batismo. Não devemos esquecer que o Batismo, nós identificamos com Cristo e por isso devemos renunciar as coisas que nos separam de Cristo e dos irmão na caminhada para o Reino de Deus.

Há muitas coisas que nos atrapalham a viver com Cristo que são: egoísmo, injustiça, orgulho, morte, violência, mas podemos unir a Cristo nas atitudes de doação, de entrega, de serviço de amor e praticar o perdão, a misericórdia e partilha com os que mais sofrem e precisam. Devemos buscar as coisas do alto e não a da terra que passa. Jesus ressuscitado nos dá a certeza e segurança. (Cf. Cl 3, 1-5.9-11)

O evangelista Lucas nos mostra Cristo que denuncia a preocupação com os bens terrenos. Alguém pede a Jesus sobre a sua herança e quer que Jesus resolva por ele. Mas ele adverte que é difícil fazer justiça e o bem quando há ganância e cobiça. Jesus nos fala: Tomai cuidado contra todo tipo de GANÂNCIA...a vida de um homem não consiste na abundância de bens..." a segurança não está no acúmulo de riquezas, pois podemos morrer a qualquer momento e nada vamos levar.

Quem tem mais, muitas vezes quer mais e isso provoca a grande injustiça e violência entre as famílias devido a ganância de ter mais sempre. (Cf. Lc 12,13-21)

Que esta liturgia nos ajude a sermos mais humanos e viver em comunidade sem ambição, sem ganância e sem cobiça.

Se a riqueza não for fruto de justiça e solidariedade, ele perde o seu valor e ficamos frios diante de tantas dificuldades de nossos irmãos que gritam por ajuda e partilha. Vamos ser cristãos conforme a vontade de Cristo.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!! Servus Christi semper!

 

Jose B. Schumann Cunha


sábado, 23 de julho de 2022

Deus é Pai de todos

Deus é Pai de todos

 



 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 17 ° Domingo do tempo comum. Neste domingo vamos refletir sobre a importância da oração se quisermos seguir a Cristo. Como deve ser a nossa oração? É a oração de intercessão como foi de Abraão a favor de Sodoma e Gomorra.

A liturgia bíblica vai nos apresentar dois exemplos de oração: uma de Abraão e a outra de Jesus, nosso Senhor e Salvador.

 

No livro do Gênesis temos a primeira conversa de um homem para com seu Deus. É uma hora simples, humilde e cheio de confiança. Mas tem uma forma de ousadia e de esperança na conversa entre eles. Isso é oração. É a conversa de dois amigos sinceros querendo ajudar o outro. Deus é bom sempre. (cf. Gn 18,20-32)

 

Nós temos um Deus que está sempre atento a nós. É o que vemos neste salmo 138. Confiemos em Deus. (cf. Sl 138)

 

Na carta de São Paulo aos Colossenses nos mostra que a oração deve brotar da crença que Jesus nos resgatou e a Ele pertencemos. Nós pelo Batismo somos consagrados e devido a isso somos chamados a pertença a Ele. E aonde vamos servir? Na comunidade igreja de modo sincero, humilde e confiante. (cf. Cl 2,12-14)

 

O evangelista Lucas nos mostra Jesus rezando ao Pai e os apóstolos pedem para que Jesus os ensine. A oração é de confiança mútua entre filho e o Pai que é bom sempre. É a oração do verdadeiro cristão. Jesus era um homem de oração. É uma oração que sai do coração a um Deus que está pronto a nos ouvir e atender conforme a sua vontade e bem para nós. Deus é Pai e quer o bem dos seus filhos nas suas necessidades.

 

O reino de Deus é bom, mas é preciso tomar posse. E não podemos ir ao encontro do Senhor com ovacionismo e ostentação, mas uma oração humilde e de confiança. Deus é Santo e o pão que nos alimenta e salva está sempre a nosso dispor. Não podemos cair em tentação a uma vida sem compromisso e Deus nunca nos deixa no mal. (cf. Lc 11,1-13)

 

A oração também pode ser simples e assim: Pai, bondoso e misericordioso. Não nos de muito para eu não esquecer de vos. Não dê pouco para eu não murar contra vós, mas o suficiente para eu estar em comunhão contigo e com os irmãos, agradecendo e louvando o seu nome sempre.

 

Que esta liturgia nos ajude a estar sempre em prontidão na oração a Deus como Pai que quer nos ouvir sempre. Bom domingo a todos. Ore por mim.

 

Tudo por Jesus nada sem Maria. Servus Christi semper.

 

Jose B. Schumann

domingo, 17 de julho de 2022

O Papa recorda viagem ao Canadá para "encontrar e abraçar os povos indígenas"

 O Papa recorda viagem ao Canadá para "encontrar e abraçar os povos indígenas"


Querido irmãos e irmãs, devemos pensar e refletir dentro do nosso coração como que muitos prejudicaram, aniquilaram os nossos irmãos por ambição, por preconceito e por falta de amor. Isso trouxe sequelas profundas e marcas profundas nas nações indígenas  e é por isso que devemos pedir perdão a eles e a Deus pela falta de coragem de viver o amor fraterno entre nós. Que o mundo possa ver no outro o ser humano a imagem de Deus independente de raça, credo e cor politica. Que Deus abençoe a viajem do nosso Papa Francisco ao Canadá. (Jose B. Schumann Cunha)

Francisco recordou, no final do Angelus, que no próximo domingo irá ao Canadá e que recebeu recentemente, no Vaticano, alguns representantes dos povos indígenas, aos quais manifestou sua "solidariedade pelo mal que sofreram". O Papa espera que essa viagem "possa contribuir para o caminho de cura e reconciliação já empreendido".

No final da oração do Angelus deste domingo (17/07), o Papa Francisco recordou que, no próximo domingo (24/07), terá início sua 38ª viagem apostólica que o levará ao Canadá, de 24 a 30 de julho. Francisco visitará as cidades de Edmonton, Maskwacis, Québec e Iqaluit.

Papa Francisco estará no Canadá de 24 a 30 de julho

Francisco se dirigiu aos canadenses, dizendo que estará entre eles "sobretudo em nome de Jesus para encontrar e abraçar os povos indígenas".

Infelizmente, no Canadá, muitos cristãos, incluindo alguns membros de institutos religiosos, contribuíram para as políticas de assimilação cultural que, no passado, prejudicaram gravemente, de várias maneiras, as comunidades nativas. Por essa razão, recebi recentemente no Vaticano alguns grupos, representantes dos povos indígenas, aos quais manifestei minha tristeza e minha solidariedade pelo mal que sofreram. Agora estou me preparando para fazer uma peregrinação penitencial, que espero, com a graça de Deus, possa contribuir para o caminho de cura e reconciliação já empreendido. Agradeço-lhes desde agora por todo o trabalho de preparação e pelo acolhimento que me reservarão. Obrigado a todos! E peço-lhes que me acompanhem com a oração.

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-07/papa-francisco-angelus-viagem-canada-indigenas.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 16 de julho de 2022

Marta e Maria, exemplo de serviço e escuta

Marta e Maria, exemplo de serviço e escuta




 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 16° Domingo do Tempo Comum. Aqui vamos entender a importância da hospitalidade e do acolhimento. A eucaristia nos ajuda a viver a hospitalidade a onde temos a melhor parte que é a eucaristia e a escuta da Palavra de Deus. O pão da vida nos fortalece na vida espiritual e o pão da Palavra que nos ajuda sermos fortes na jornada na terra rumo ao céu.

 

No livro do Gênesis podemos ver Abraão que acolheram  os forasteiros que representaram o Senhor. O que nos chama atenção é que Abraão estava sentado do lado da tenda em Mambré. E estava atento os passageiros que passam por ali. Ele estava disposto a partilhar e repartir de modo espontâneo e gratuito. Quando ele viu os |três homens, corre ao encontro deles. Oferece o alimento e até a hospedagem e ao final da refeição teve uma surpresa deles, pois uma promessa que ia ter um filho e eles voltariam após 9 meses.

 

Ele creu, embora Abraão e Sara tinham idades avançadas, mas para Deus nada é impossível. Isso era um grande desejo deles, pois queriam ter uma descendência grande conforme a promessa de Deus quando saiu das suas terras na Mesopotâmia. A tradição cristã nos dá uma informação que esses três homens seriam a figura da Santíssima Trindade. Deus é fiel a sua promessa e nós devemos crer Nele. (cf. Gn 18,1-10a)

 

Na carta de São Paulo aos Colossenses nos fala do seu próprio exemplo que acolheu Cristo na sua vida. E também a missão de Cristo que ele continuou. Oxalá se pudermos fazer o mesmo sem condicionamento quando o próprio Paulo diz: "É Cristo crucificado que vive em mim".

 

Nós devemos ser missionários que acolham a todos, amando e servindo. A Igreja de Cristo deve ser a Igreja de saída. Ela não é apenas portadora da Palavra e da Eucaristia, mas uma  Igreja encarnada na Palavra de Deus que salva e opera Maravilhas.

 

A Igreja também é do Pão Vivo que restaura e renova a nossa vida na comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs em comunidade. O mundo precisa de autêntico missionários de uma Igreja viva e não templo de pedra que só recebe pessoas sem compromisso com a vida.

 (Cl 1,24-28)

 

O evangelista Lucas nos coloca duas pessoas que são servidores, mas cada uma do seu jeito. Uma trabalha sem cessar e não tem tempo para parar e ouvir a vontade Deus, mas a outra deixa os afazeres por um determinado tempo e acolhe Jesus que é a Palavra viva de Deus. Jesus adverte Marta que é bom essa para ouvir Deus e a sua vontade para nós, pois somos peregrino em busca da morada eterna e responder um questionamento de Marta dizendo: Marta você preocupa com muitas coisas, mas Maria escolheu a melhor parte e essa não vai ser tirada.

 (cf. Lc 10,38-42)

 

A comunidade nos chama ao serviço e nós devemos dedicar o nosso tempo a essa Missão, não como obrigação, mas com vontade de disposição e gratuidade para que reina entre nós o amor a Deus que vem de abundância sempre para todos.

 

Que possamos aprender a acolher e estar presente é uma forma de evangelizar.

 

Que esta liturgia nos ajude a sermos preparados e disponíveis a missão quando requerem de nós gratuidade, bondade e paciência para que Deus seja a bandeira principal de nossa vida, da Igreja e do mundo,

 

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Servus Christi Semper!

Jose B. Schumann Cunha

domingo, 10 de julho de 2022

Papa: caminhando com Jesus, se aprende a ver o outro e sentir compaixão

 Papa: caminhando com Jesus, se aprende a ver o outro e sentir compaixão



"O Evangelho nos educa a ver: orienta cada um de nós a compreender corretamente a realidade, superando preconceitos e dogmatismos dia após dia. E depois seguir Jesus ensina-nos a ter compaixão: estar atentos aos outros, especialmente aos que sofrem, aos que mais precisam. E intervir como o samaritano."

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

“E Jesus perguntou: “Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”. Lc 10, 36-37”

É importante conhecer a Deus, prestar-lhe culto, mas acima de tudo, é importante colocar em prática o que se aprende “caminhando nas pegadas de Cristo”, como o samaritano, pois se aprende “a ver e a sentir compaixão.” E quando dou esmola, se não olho nos olhos da pessoa que ajudo, se não toco a sua miséria, então aquela esmola é para mim mesmo.

Viu e sentiu compaixão

 “Ver e sentir compaixão”: dirigindo-se aos milhares de fiéis e turistas reunidos na Praça São Pedro para o Angelus dominical deste XV Domingo do Tempo Comum, o Papa inspirou sua reflexão a partir dessas duas palavras presentes na Parábola do Bom Samaritano, narrada no Evangelho de Lucas (Lc 10,25-37). Duas atitudes que o “discípulo do Caminho” aprende ao mudar gradativamente seu modo de pensar e agir ao seguir o Mestre, conformando-se a Ele.

Toda a cena se passa na estrada de Jerusalém a Jericó, onde à beira do caminho está um homem que foi espancado e roubado. Por ele passam um sacerdote - que “o vê, mas não para, segue adiante” - e um levita. Quem para diante da cena, é um samaritano que estava viajando: “chegou perto dele, viu e sentiu compaixão", diz o Evangelho:

Não se esqueça destas palavras: “sentiu compaixão dele”; é o que Deus sente cada vez que nos vê em um problema, em um pecado, em uma miséria: “sentiu compaixão dele”. O evangelista faz questão de salientar que ele estava viajando. Portanto, aquele Samaritano, apesar de ter seus planos e estar direcionado para um objetivo distante, não encontra desculpas e se deixa interpelar pelo que acontece ao longo do caminho. Pensemos nisso: o Senhor não nos ensina a fazer exatamente isso? Olhar para a frente, para a meta final, prestando muita atenção, no entanto, aos passos a serem dados, aqui e agora, para chegar lá.

Aprendizado dos "discípulos do Caminho" é contínuo

 O Papa recorda que os primeiros cristãos eram chamados de "discípulos do Caminho", pois no seguimento de Jesus estão aprendendo todos os dias, em caminho, viajantes, o que muito os assemelha ao samaritano:

O discípulo de Cristo caminha seguindo-o, tornando-se assim um "discípulo do Caminho". Ele vai atrás do Senhor, que não é um sedentário, mas sempre em movimento: pelo caminho encontra pessoas, cura doentes, visita povoados e cidades.

Assim – observou Francisco - o "discípulo do Caminho" vê que “seu modo de pensar e agir muda gradativamente, tornando-se cada vez mais conforme ao do Mestre. Caminhando nas pegadas de Cristo – diz o Papa - torna-se um viajante e aprende - como o samaritano - a ver e a sentir compaixão”. Mas antes de tudo, ele vê:

Ele abre os olhos para a realidade, não se fecha egoisticamente no círculo de seus próprios pensamentos. Em vez disso, o sacerdote e o levita veem a vítima, mas é como se não o vissem, seguem adiante.

Mas o seguir Jesus, além de ver,  também ensina a ter compaixão:

O Evangelho nos educa a ver: orienta cada um de nós a compreender corretamente a realidade, superando preconceitos e dogmatismos dia após dia. Tantos crentes se refugiam nos dogmatismos para defender-se da realidade. E depois ensina-nos a seguir Jesus, porque seguir Jesus ensina-nos a ter compaixão: estar atentos aos outros, especialmente aos que sofrem, aos que mais precisam. E intervir como o samaritano, não seguir em frente, mas parar.

Pedir a graça de ver e sentir compaixão

 E diante desta Parábola – chama a atenção o Papa – pode existir o risco de apontarmos o dedo para os outros, “comparando-os ao sacerdote e ao levita”, ou para nós mesmos, “enumerando a falta de atenção ao próximo”. Assim, o exercício a ser feito é outro, sugere:

Não tanto o de nos culpar. Claro, devemos reconhecer quando fomos indiferentes e nos justificamos, mas não nos detenhamos aí. Devemos reconhecer, isso é um erro. Mas peçamos ao Senhor que nos faça sair da nossa indiferença egoísta e nos coloque no Caminho. Peçamos a ele para ver e sentir compaixão. Esta é uma graça, devemos pedi-la ao Senhor: "Senhor, que eu veja, que eu sinta compaixão, como Tu me vês e Tu sentes compaixão de mim". Esta é a oração que vos sugiro hoje (...). Que sintamos compaixão daqueles que encontramos ao longo do caminho, especialmente aqueles que sofrem e estão necessitados, para nos aproximarmos e fazer o que pudermos para dar uma mão.

Tocar a miséria daqueles a quem ajudo

 Então, saindo do texto preparado, o convite do Santo Padre a tocarmos as misérias dos que sofrem:

Tantas vezes quando me encontro com algum cristão ou cristã, que vem falar de coisas espirituais, eu pergunto se dão esmola. “Sim!”, me dizem. Diga-me: Tu tocas a mão da pessoa para a qual dás a moeda? “Não, não, a coloco ali”. E tu olhas nos olhos dessa pessoa? “Não, não me vem em mente”. Se tu dás a esmola sem tocar a realidade, sem olhar nos olhos da pessoa necessitada, aquela esmola é para ti, não para ele. Pense nisso. Eu toco as misérias - também aquela miséria que eu ajudo -, eu olho nos olhos das pessoas que sofrem, das pessoas as quais eu ajudo? Deixo-vos esse pensamento. Ver e ter compaixão!

Que a Virgem Maria - disse ao concluir - nos acompanhe neste caminho de crescimento. Ela, que "nos mostra o Caminho", isto é, Jesus, também nos ajude a ser cada vez mais "discípulos do Caminho".

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Sri Lanka: apelo do Papa para que clamor dos pobres não seja ignorado

Sri Lanka: apelo do Papa para que clamor dos pobres não seja ignorado



Após a oração mariana do Angelus, Francisco uniu-se à dor do povo do país asiático que vive uma situação de forte instabilidade política e econômica. O convite do Papa a levar em conta as necessidades da população.

Antonella Palermo - Cidade do Vaticano

Depois da oração do Angelus, o Papa se uni à dor do povo do Sri Lanka, “que continua sofrendo os efeitos da instabilidade política e econômica”.

O apelo para não ignorar o clamor dos pobres

Juntamente com os bispos do país, renovo o meu apelo à paz e imploro às autoridades para não ignorarem o clamor dos pobres e as necessidades da população.

Palavras do Papa Francisco referindo-se a uma área geográfica onde a crise econômica no país parece ter derrubado o presidente Gotabaya Rajapaksa. Rajapaksa planeja deixar o cargo em 13 de julho, disse o presidente do Parlamento do país no sábado, cedendo à forte pressão após um violento dia de protestos em que manifestantes invadiram a residência oficial do presidente e incendiaram a residência do ex-ministro em Colombo.

Manifestantes antigovernamentais enfurecidos com os apagões na rede elétrica, a escassez de produtos de primeira necessidade e o aumento dos preços, há muito pedem que Rajapaksa renuncie, mas o militar aposentado resistiu às exigências por meses, pedindo poderes de emergência em um esforço para manter o controle.

Um país vítima da violência e do caos político

 A violência e o caos político que assolam a nação insular de 22 milhões de habitantes ocorre em meio às negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre um resgate e propostas de reestruturação da dívida soberana, que poderiam estar em risco.

A situação foi agravada pelos profundos cortes de impostos lançados pelo governo Rajapaksa logo após sua posse em 2019. Meses depois, foi a vez do golpe causado pela pandemia de Covid-19. Isso eliminou grande parte das receitas do Sri Lanka, particularmente as da lucrativa indústria do turismo, enquanto as remessas de cidadãos que trabalham no exterior caíram e foram ainda mais reduzidas por uma taxa de câmbio inflexível.

Uma economia de joelhos

As agências de classificação, preocupadas com as finanças do governo e sua incapacidade de pagar sua grande dívida externa, reduziram a classificação de crédito do Sri Lanka a partir de 2020, excluindo o país dos mercados financeiros internacionais.

Para manter a economia, o governo se apoiou fortemente nas reservas cambiais, erodindo-as em mais de 70% em dois anos. A crise paralisou o Sri Lanka, outrora considerado um modelo de economia em desenvolvimento.

A escassez de combustível resultou em longas filas nos postos de gasolina e apagões frequentes, enquanto os hospitais ficaram sem remédios. A inflação atingiu 54,6% no mês passado e pode subir para 70%, disse o Banco Central.

A Índia fez bilhões de dólares em empréstimos para ajudar a pagar suprimentos vitais. No total, Nova Délhi diz que forneceu mais de US$ 3,5 bilhões em ajuda este ano.

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-07/papa-angelus-apelo-sri-lanka.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

Domingo do Bom Samaritano

 Domingo do Bom  Samaritano



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando hoje o 15° Domingo do Tempo Comum, e a liturgia nos chama atenção para buscar o bem e a vida eterna. Para isso é necessário que sejamos dóceis e abertos a graça de Deus. Se queremos estar bem devemos procurar o caminho para isso e lá está Deus de braços abertos para nos acolher.

No livro do Deuteronômio nos Mostra Moisés que convida o povo a aderir aos Mandamentos de Deus dizendo: Ouve a voz do Senhor, teu Deus, e observa todos os seus Mandamentos”. E acrescenta: "Esta lei não está acima de tuas forças... pelo contrário, ela está bem perto de ti, está em tua boca e em teu coração". Por que é importante aderir aos Mandamentos de Deus? Se observarmos bem é uma constituição para que o Povo seja uma nação unida respeitando a Deus e a todos e assim teremos a vida aqui e eterna no céu. É um mandamento de amor que traz felicidade. (Cf. Dt 30,10-14)

Na carta de São Paulo aos Colossenses tem um hino cristológico que nos mostra que Cristo é a imagem de Deus Pai, que é invisível para nós, mas nós vamos ter contato com Ele por causa de Cristo que nos revelou a face bondosa, amorosa e misericordiosa de Deus Pai. Aqui podemos dizer que Cristo foi autêntico bom samaritano da humanidade, fazendo o bem sem discriminar ninguém e nem ficou preso diante do poder religioso, econômico e político daquela época. (cf. Cl 1,15-20)

O evangelista nos mostra Jesus que nos orienta como alcançar a vida eterna. Ao ser questionado pelo Mestre da Lei que faz uma pergunta intrigante que é : O que devo fazer para alcançar a vida Eterna? Mas Jesus responde com outro questionamento: O que diz a Lei? O mestre prontamente responde: amar a Deus e ao próximo como a ti mesmo. Jesus aponta o certo, faz isso que terá a vida eterna. Naquela época os dez mandamentos foram acrescidos 613 preceitos que dessa maneira tornou um fardo e um legalismo que não leva a caminho nenhum.

Para viver bem não precisa de muitas leis, mas o amor a Deus, a nós e aos outros para encontrarmos a verdadeira justiça e a paz com todos. O mestre ainda questiona Jesus quem é o meu próximo? Jesus responde com a Parábola do Bom Samaritano que ajuda o viajante roubado, machucado na estrada. E ainda dá uma assistência levando-o a uma hospedaria para que seja cuidado e na volta acertou tudo sem preocupar com as despesas e nacionalidade dela. É uma caridade perfeita.

Os que conheciam bem a Lei, desprezou a vítima e a deixou as margens na estrada, enquanto o samaritano que não conhecia a Lei, mas praticou o amor a solidariedade com a vítima cuidando plenamente dele. (cf. Lc 10,25-37)

Hoje percebemos que o mundo está cheio de vítimas de toda ordem. São as vítimas da guerra, das doenças, do desemprego, da fome, da violência urbana, do descaso do poder político-econômico e religioso do nosso tempo e as vítimas da violência familiar. E nós muitas vezes passamos, ignorando-os. Agora que nesse momento no mundo precisa que apareça muitos samaritanos para ajudar a todos sem ver a nacionalidade, a religião e as posições políticas das pessoas que precisam de ajuda urgente.

Que esta liturgia nos ajude a sermos bons samaritanos cuidando uns dos outros para que possamos viver uma fraternidade universal com justiça, com amor e com misericórdia.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!! Servus Christi Semper!

Jose B. Schumann Cunha

domingo, 3 de julho de 2022

Papa aos congoleses: sejam embaixadores de paz

Papa aos congoleses: sejam embaixadores de paz



“Os cristãos devem ser embaixadores de paz. Aqui está a sinal distintivo: o cristão é um portador de paz, porque Cristo é a paz”. Palavras do Papa Francisco na homilia da missa em rito zairense celebrada para os congoleses em Roma, neste domingo, 3 de julho

Na manhã deste domingo, dia 3 de julho o Papa Francisco celebrou uma missa com a comunidade congolesa residente em Roma. Missa compartilhada com as paróquias da República Democrática do Congo, país que o Papa iria visitar nestes dias e teve que adiar sua viagem por motivos de saúde.

A missão

Na homilia da celebração realizada em rito zairense, Francisco iniciou com a palavra Esengo, ou seja, alegria. Recordando que “o Reino de Deus está próximo: ainda não alcançado, parcialmente escondido, mas perto de nós”, assegurou. Depois, continuou, a proximidade de Deus nos dá paz mas ao mesmo tempo não nos deixa em páz, explicando em seguida: “Provoca em nós uma mudança: nos enche de admiração, nos surpreende, muda nossas vidas. É o que acontece com os discípulos no Evangelho: para anunciar a proximidade de Deus eles vão longe, em missão”. Portanto, se nos perguntamos qual é nossa tarefa no mundo, o que devemos fazer como Igreja na história, a resposta do Evangelho é clara: a missão.

Em seguida o Papa explica a maneira surpreendende de Jesus enviar seus missionários, sem esperar que estivessem prontos, eles não haviam estudado teologia, mas ele os enviou do mesmo jeito em missão com três surpresas missionárias reservada aos discípulos e para cada um de nós.

Equipamento

A primeira surpresa é o equipamento. Jesus não diz o que levar, mas o que não levar: "Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias".  Depois explica que para anunciar

“Quanto mais formos livres e simples, pequenos e humildes, mais o Espírito Santo guia a missão e nos torna protagonistas das suas maravilhas”

Recordando em seguida que para Cristo, o equipamento fundamental é outro: o irmão. “Não sozinhos, não por conta própria, sempre com o irmão ao seu lado. Nunca sem o irmão, porque não há missão sem comunhão”.  

Embaixadores de paz

Quanto à segunda surpresa da missão o Papa afirma que é a mensagem. Também neste ponto recorda que Jesus orienta com uma saudação: "Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa!’”. Ou seja, o Senhor prescreve que se apresentem, em qualquer lugar, como embaixadores de paz. Aqui está a sinal distintivo: o cristão é um portador de paz, porque Cristo é a paz”.

“Aqueles que fomentam o ressentimento, incitam o ódio, ignoram os outros, não trabalham para Jesus, não levam a sua paz”

“Hoje, - continuou Francisco - queridos irmãos e irmãs, oremos pela paz e reconciliação na República Democrática do Congo, tão ferida e explorada. Unamo-nos às missas celebradas no país segundo esta intenção e rezemos para que os cristãos sejam testemunhas de paz, capazes de superar todos os sentimentos de rancor e vingança, a tentação de que a reconciliação não seja possível, todo apego insalubre ao próprio grupo que leva a desprezar os outros”.

Mudar seu coração

Em seguida o Pontífice disse que a paz “começa conosco; comigo e contigo, do coração de cada um. Se vive sua paz, Jesus chega e a sua família, a sua sociedade mudam. Mudam primeiramente se o seu coração não está em guerra, não está armado de ressentimento e raiva, não está dividido, duplo e falso”.

Anunciar a proximidade de Deus, isso é o essencial

Após a saudação de paz, todo o resto da mensagem confiada aos discípulos se reduz às poucas palavras com as quais começamos e que Jesus repete duas vezes: "O Reino de Deus está próximo! [...] O Reino de Deus está próximo". Anunciar a proximidade de Deus, que é o Seu estilo; o estilo de Deus é claro: proximidade, compaixão e ternura. Este é o estilo de Deus. Isso é o essencial. A esperança e a conversão vêm daqui: de acreditar que Deus está próximo e cuida de nós: é o Pai de todos, que nos quer todos irmãos e irmãs”.

Como cordeiros entre os lobos

Depois do equipamento e a mensagem, a terceira surpresa da missão diz respeito ao nosso estilo. Jesus pede aos seus para irem ao mundo "como cordeiros entre os lobos". O bom senso do mundo diz o contrário: imponha-se, sobressaia!

“Isto não significa ser ingênuo, mas abominar todo instinto de supremacia e prepotência, de ganância e de posse”

Francisco recordou que a ganância por dinheiro e por bens causam tanto mal também à República Democrática do Congo. O discípulo de Jesus rejeita a violência, não faz mal a ninguém e ama a todos”. Por fim o Papa concluiu afirmando : “Que o Senhor nos ajude a sermos missionários hoje, indo na companhia do nosso irmão e da nossa irmã; tendo em nossos lábios a paz e a proximidade de Deus; levando em nossos corações a mansidão e a bondade de Jesus, o Cordeiro que tira os pecados do mundo”.

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sábado, 2 de julho de 2022

A Igreja tem duas colunas fundamentais

 A Igreja tem duas colunas fundamentais



Neste domingo estamos celebrando a festa de dois apóstolos marcantes na História da Igreja, Pedro e Paulo. Cada um de seu modo de atuação e serviço, mas marcado no amor a Cristo e a Igreja na difusão da Boa Nova.


Pedro é a Rocha da firmeza da Fé e é o que fez uma confissão de Fé importante para Cristo quando diz: Tu é o Cristo, Filho do Deus Vivo. Já Paulo é aquele que com coragem anunciou Cristo a todos sem temer as perseguições. Interessante como não conhecia a Cristo, então perseguia os que  creram Nele, mas quando teve a experiência de Cristo converte e torna-se um grande missionário. Cada um do seu jeito teve um papel importante na Igreja de Cristo.


No livro dos Atos dos Apóstolos podemos ver Pedro na prisão já com dia marcado para a sua Morte, mas a Igreja reza e algo extraordinário acontece. Mesmo guardado com 16 soldados, Pedro se liberta pela intervenção de Deus. Deus nunca nos deixa sem resposta, Ele age de modo extraordinário sempre. A comunidade que ora e é perseverante na oração e no testemunho, Deus age sempre de modo extraordinário. (cf. At 12, 1-11)


Na segunda carta de Paulo a Timóteo, está na prisão, aguardando o julgamento final. Aqui há o balanço de sua vida. Ele compara com a atividade do atleta quando diz: "Combati o bom combate, terminei a minha carreira, conservei a fé...". Sua vida, seu trabalho missionário e o cansaço não tira a fé em Cristo, mas confia no Senhor que é juiz justo e dá o prêmio merecido a quem O segue. Nós devemos aprender que a missão acarreta perseguição e violência dos maus aos que praticam a vontade e a justiça de Deus na missão apostólica e cristã. É a serenidade dos que seguem a Cristo mesmo na iminência da morte injusta.(cf. 2 Tm 4,6-8.17-18)


No Evangelho de Mateus temos dois enfoques, uma cristológica e a outra eclesiológica. Temos a pergunta de Cristo uma  para o povo e para Eles, que é Ele, mas a resposta de Pedro é incisiva quando diz: Tu é o Cristo, Filho do Deus vivo, e assim  o fez primeiro Papa da Igreja, recebendo as chaves da dela na Terra e a do céu.  "Sobre essa Pedra edificarei a minha Igreja”. A Igreja está marcada na fé de Pedro a Cristo. Nós não podemos ficar omissos diante da pergunta que Cristo faz ao nosso coração. Quem é Ele para nós. Jesus é o caminho, verdade e vida. (cf. Mt, 16,13-19)


Agora a Igreja é o sinal da Presença Dele entre nós e ela está fundamentada na cátedra de Pedro que é o hoje na pessoa do Papa Francisco. Não podemos renegar o Papa e fazer as coisas fora da comunhão eclesial e se procedermos desse modo não podemos dizer que somos católico autênticos. Sejamos uma Igreja na unidade e na fé em Cristo e Ele nos quer seguidores do seu evangelho, levando a todos a esperança e solidariedade no amor, no perdão e na partilha.


Tudo por Jesus, nada sem Maria!!! Servus Christi Semper.


Jose B. Schumann Cunha


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