ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 28 de abril de 2019

O mundo não tem só duas cores

POR Mara Narciso, médica-endocrinologista e jornalista

Pensar não dói, mas pode ameaçar governos. Isso, sob a ótica coletiva, mas, na individual poderá adoecer pessoas de pensamentos destrutivos. Quem comanda seu pensamento, comanda seu sentimento.

Pensar é uma troca de informações entre os neurônios, e é, caracteristicamente, ingovernável por outrem. O dono do pensamento deve trabalhar para domá-lo. Seu resultado poderá reduzir ou amplificar medos. Parte das pessoas tem receio de praticar esse belo passatempo, temendo descobrir coisas sobre si, preferindo mergulhar na, geralmente, superficialidade de fotos, textos, vídeos e piadas das redes sociais.

Convencer pessoas a ter comportamentos a partir de pensamentos impostos é ato complexo. Poderá se tornar automático com a repetição, até o nível da lavagem cerebral, como as religiões fazem, o que imbeciliza o indivíduo. Há quem repita mantras sem sentido, como se racionais fossem, e querem levar a todos, na sua manifestação doentia. Os dogmas são aceitos sem questionamento, por isso são dogmas. Junto à doutrinação religiosa vem a intolerância com outras formas de pensar. Crenças e opiniões deveriam ser de cada um, não tentando uniformizar pensamento/sentimento, haja vista o experimento desastroso em o “Admirável mundo novo” de Aldous Huxley.

O mundo comporta as sete cores do arco-íris, que, em condições meteorológicas ideais, mostra sua beleza perfeita, simétrica, equilibrada, sem o marasmo da cor única, e ainda de quebra prova que a Terra é redonda. Os terraplanistas podem crer no que quiserem, desde que não imponham suas crenças de que a Terra é plana e não gira em torno do sol.

Assim como, entre o fim do dia e o começo da noite o céu se exibe com uma paleta de cores, também ao amanhecer o fato se repete. Não existe apenas a situação dual noite e dia. Temos o momento da alvorada e do crepúsculo.

Não vou mencionar a cor da roupa, para cada gênero. Quanto à cor da pele humana há infinitas possibilidades de tons, assim como, quando analisamos os comportamentos sob o enfoque amoroso. O comportamento sexual é muito complexo. O simplismo dual castra, cega, entope a boca, mas não segura o pensamento nem a ação. O que fere não é o amor, é o ódio. Uma pessoa não é de todo má, e nem de todo boa, também aqui haverá maldades e bondades em alguma época, e suas previsíveis gradações. O santo e o perverso em algum momento do prisma, poderão se encontrar.

Para tomar decisões, não são indispensáveis os ensinamentos da doutrinação, embora a religião e a ideologia política influenciem. A conversão e seu reverso muitas vezes são instintivos. A escola orienta, mas quem educa é a família, que passa valores e dá os exemplos. O discurso sugere e o comportamento do educador convence.

Filosofar e sociologisar independem das verbas para suas faculdades. Está aí um desestímulo ao livre pensamento, porém, ele irá persistir. A proibição e a colocação de viseiras atrapalham, mas não impedem pensar, nem ir pastar em outros jardins, ou até mesmo viajar aos confins do Sistema Solar e seus corpos esféricos. Podem esculachar e enquadrar, que os corpos celestes continuarão redondos como bolas de futebol, e os pensamentos se manterão fluidos, mutantes e indomáveis, tal qual cavalo chucro.

Nas finais de campeonato de futebol, em cada estado, ano após ano, as torcidas veem os mesmos dois adversários em campo, e os indivíduos dessas manjadas duplas se alternam como vencedor, ainda que existam outras agremiações, que, ocasionalmente, mostram sua cabeça, até acontecer um milagre.

A ideologia política segue essa mesma lógica. A mesa não tem apenas dois lados, o direito e o esquerdo, mas diversas outras posições. Na realidade há inúmeras situações intermediárias. Caso os países, através dos seus líderes, pudessem se sentar numa mesa, em situação de igualdade, as guerras tenderiam a se reduzir. A sociedade como um todo, numa situação ideal, deveria se sentar numa távola redonda, sem cabeceira, na qual todos tivessem a mesma importância. Sonhar é preciso, mas agir é mais do que necessário.

Querido Brasil, da floresta amazônica, dos índios, da bela bandeira e do maravilhoso Hino Nacional, há inúmeras formas de amar, e só uma de odiar. Fujamos das ideias reducionistas.

Domingo, 28 de abril de 2019

domingo, 21 de abril de 2019

A Semana Santa e algumas tradições

POR Mara Narciso, médica-endocrinologista e jornalista


Os feriados da Semana Santa foram reduzidos para apenas um dia: a sexta-feira. Não se usa mais a expressão você está com cara de Sexta-feira da Paixão. Crianças nascidas nesse dia não mais recebem o complemento “da Paixão”, como aquelas de outrora: Antônio da Paixão. A simplicidade e a inocência sumiram.

Alcides Alves da Cruz, meu pai, era um total incrédulo. Perdeu a fé, quando seu amigo, professor e confessor, um padre do Colégio São João, em Januária, onde ele era interno, fugiu com uma mulher. Na década de 1940, a Sexta-feira da Paixão era o dia do não acontecimento. Nada podia ser feito. Não era permitido rir, cantar, ouvir rádio, trabalhar, estudar, e não tinha missa. Só era permitido jejuar e rezar. Quem vendesse qualquer coisa nesse dia, seria amaldiçoado e visto como um traidor, capaz de entregar Jesus por 30 dinheiros.

Milena Narciso Cruz, minha mãe, contava que, na Sexta-feira Santa não podia varrer a casa, nem pentear os cabelos. Tudo parava naquele dia, e quem comesse carne seria excomungado, indo direto para o Inferno. O jejum era obrigatório, como forma de penitência. Minha mãe almoçava sem carne e só bebia água no restante do dia, até o Sábado da Aleluia. Como devota, ficava compenetrada e fazia orações às 15 horas, hora da morte de Cristo.

Quando eu era menina, os livros traziam histórias de pessoas que, tinham suas bocas lavadas em sangue, caso ousassem comer carne naquele dia santo. Alguns desses conceitos eram reafirmados no colégio de freiras e de padres onde estudei por 10 e por três anos, respectivamente. Conheço a Via Sacra e outras tradições. Na Sexta-feira Santa, todos ficavam introspectivos, e uma tristeza profunda se abatia sobre o mundo.  Havia a Procissão do Encontro, que acontecia entre homens que saíam da Igreja Matriz levando o Senhor Morto, até a Catedral, de onde saíam mulheres levando Nossa Senhora, coberta de veludo roxo da cabeça aos pés, encarnando a desolação de uma mãe que perdeu Seu Filho.

Devotos abdicavam-se, durante a Quaresma - os 40 dias após o Carnaval até a Páscoa -, de utilizar carne, doce e bebida alcoólica em sacrifício. Muitos jejuavam na quarta e sexta-feira de todo o período. Na década de 1970, nada abria no comércio, assim, quem fumava estocava cigarro. Tempos depois, vendedores de comida passaram a abrir parcialmente.

Na Semana Santa de 1978, fomos passear em Brasília-DF, e lá, quando saímos para almoçar, encontramos uma churrascaria. Para meu horror, estavam vendendo suculentos espetos de carne. Entrei no recinto, sem acreditar no que via. Naquele dia comemos pizza de atum.

Isso não abalou a minha fé, que já não existia há muito tempo. Faço essa pontuação não para desacatar quem quer que seja, mas para mostrar como os hábitos mudaram e os temores de antigamente não existem mais. Minhas atitudes de verdadeira cristã não são incoerentes, pois refletem meu íntimo e a prática do bem em todas as datas.

Há poucos dias, alguém me perguntou sobre crenças, e ao saber da minha falta de fé, de imediato passou a ler textos religiosos no celular, afirmando, categoricamente, que não queria me influenciar, mas que se eu ficasse uma semana na companhia dela, me converteria. Argumentei: Nem as maravilhas do Céu nem as danações do Inferno mexem comigo.

Hoje o comércio de alimentos acontece normalmente, as pessoas comem doces, bebem bebida alcoólica, namoram, passeiam, muitos comem carne (meu filho come), e até festas pagãs acontecem nesse Dia Santo. Mas uma minoria penitente segue a tradição e atravessa a cidade levando santos no andor, embalados em cantorias, iluminando o percurso com velas acesas em procissão. Depois, vêm o Sábado de Aleluia com a Malhação de Judas (rara comemoração) e o Domingo de Páscoa, que é a Ressurreição.

Para pacificar espíritos e povos é preciso respeito. Bastante respeito, um produto que anda escasso em profusão.

Domingo, 21 de abril de 2019

sábado, 20 de abril de 2019

Sábado, o túmulo frio surgirá a vida que não acaba

Sábado, o túmulo frio surgirá a vida que não acaba


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Queridos irmãos e irmãs, a sexta-feira santa nos fez pensar, refletir, analisar, questionar como que o poder dos grandes não permitem a partilha, a solidariedade e nem a voz aos mais fracos.

Sexta-feira santa nos mostra como que o poder autoritário tira os direitos e a dignidade da pessoa humana. Como foi naquela época, mataram Jesus porque ele fez inclusão dos doentes marginalizados, dos deficientes que recuperaram a mobilidade, os cegos que enxergaram e muitos que foram curados pela graça e conversão ao verdadeiro Deus, agora vemos uma multidão que são mortos por leis injustas, por exploração e trafico de pessoas e ainda uma multidão de pessoas que o poder não deixa de ter os seus direitos, negando a eles o mínimo para que possam ter dignidade humana plena.

Eles tinham medo de perder os seus privilégios, e ainda davam uma religião de fachada a onde a pessoas que dava muito, essa que era agraciada por Deus. Os pobres ficavam como um condenado, como um desgraçado e cheio de pecado que não podiam ser remidos ou beneficiados devido a sua condição de doença, de pobreza e de miserabilidade.

Jesus muda essa lógica daquele tempo e hoje Ele nos pede uma nova conversão porque não é possível que haja somente alguns beneficiados e privilegiados, enquanto que muitos ficam a margem da nossa sociedade, gritando por justiça e vez no mundo.

Cada vez mais nos assusta que milhões de refugiados estão gritando por ajuda e socorro, mas os nossos governantes ficam surdos e indiferentes a essa situação que cada vez está presente em várias partes do mundo. 

A violência praticada por agentes de segurança despreparados para lidar com situação adversa, um grande mar de jovens e adultos mergulhados na droga e no vicio do álcool, tudo isso está pedindo a nossa misericórdia e ajuda. E ainda assistimos milhões passando fome, carência de saúde e de segurança. Enquanto vemos a corrupção solta em várias parte do mundo, trazendo morte, escassez ao povo e uma miséria sem tamanho a muitas pessoas.

A sexta-feira santa, nos faz pensar na cruz de Cristo, a onde Ele foi pregado e morto, mas podemos fazer alusão a essa Cruz para muitas cruzes dos nosso século. Vejamos os abusos acontecidos com os jovens, crianças e mulheres, todos sentem na carne o desrespeito as suas dignidades de pessoas que são criadas por Deus como sua imagem e semelhança.

Quantas mortes violentas são associadas no sofrimento, paixão e morte de Jesus. A sexta-feira termina e uma esperança renova, o sepulcro de Jesus fica vazio na madrugada de sábado para domingo. Lá não retém Jesus, por que Ele ressuscita, dando a graça a todos a ter uma vida nova, transformada Nele para sempre. 

A Pascoa do senhor nos encoraja para sermos mensageiros de vida para todos e ainda nos ajuda a gritar ao mundo que chega de exploração dos fortes para com os fracos. Que haja mudança de coração e que todos sejam sensíveis a dor dos que mais precisam de nós. Que a Pascoa seja para nós a certeza que vale a pena estar com Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida que nos leva ao Pai.

Que haja a primavera do bem depois de um tenebroso inverno de maldade, pois agora Jesus vive e está no nosso meio. Sejamos a Igreja de saída e que todos possam sentir acolhidos na mesa da eucaristia e da Palavra. Que possamos destruir todas as corrente que nos aprisionam e que não deixam a gente ser irmão e irmã de cada pessoa, acabando as diferenças de raça, cultura, religião ou ideias.

 Viva Cristo Ressuscitado. Amém tudo por Jesus Nada sem Maria!!!

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

quinta-feira, 18 de abril de 2019

“Cada um de vós deve ser servidor do outro, essa é a regra de Jesus..." Papa Francisco

"Queridos irmãos e irmãs, a Igreja deve estar a serviço de todos e especial aos que estão mais marginalizados na nossa sociedade como os pobre, doentes, os presos e todos aqueles que são desprezados. O Papa Francisco tem demonstrado como de ser a Igreja de saída, começando pelos bispos, padres, diáconos e os leigos. Devemos procurar servir e colocar-se a serviço do outros.
Segue a reportagem da ACI:"  (Teólogo Jose Benedito Schumann Cunha)

vaticano, 18 Abr. 19 / 03:30 pm (ACI).- Na tarde desta Quinta-feira Santa, durante a Missa da Ceia do Senhor e rito do lava-pés, o Papa Francisco exortou os fiéis a ser sempre “irmãos no serviço”, como Jesus ensinou aos seus apóstolos, e a deixar de lado a ambição de dominar o outro.

A cerimônia aconteceu por volta das 17h30 (hora local), no Centro Penitenciário de Velletri, cidade italiana localizada a cerca de 60 km do Vaticano. Durante a visita, o Papa foi recebido pelas autoridades da instituição e se encontrou com reclusos, pessoal civil e agentes de polícia de prisões.

“Escutamos o que Jesus fez, era interessante. Diz o Evangelho: sabendo Jesus que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos – mesmo tendo todo o poder, todo –, começou o gesto de lavar os pés, um gesto que faziam os escravos naquele tempo”, disse o Santo Padre ao iniciar sua homilia neste dia 18 de abril.

Explicou que, embora o Senhor tivesse “todo o poder”, realiza “o gesto do escravo e depois aconselha” seus apóstolos a “fazerem este gesto: sirvam uns aos outros, sejam irmãos no serviço, não na ambição de quem domina o outro ou espezinha o outro. Não. Serviço”.

“Cada um de vós deve ser servidor do outro, essa é a regra de Jesus, é a regra do evangelho, a regra do serviço. Não dominar, fazer mal, humilhar o outro. Serviço!”, recordou o Pontífice.

Em seguida, recordou outra passagem evangélica na qual os apóstolos brigavam entre si e discutiam quem era o mais importante, então, Jesus tomou uma criança e disse: “Se o coração de vocês não é um coração de criança, vocês não serão meus discípulos”.

“Coração de criança sempre. Humilde e servidor”, ressaltou o Bispo de Roma.

Depois, o Papa disse que Jesus acrescentou “uma coisa muito interessante que podemos ligar a este gesto [lava-pés]”. “Ele disse: ‘Estejam atentos, os chefes das nações dominam, mas entre vocês não deve ser assim. O maior deve servir o menor. Quem se sente muito grande deve ser o servidor’.  Todos nós também devemos ser servidores”.

Finalmente, o Pontífice lavou os pés de doze reclusos desta prisão durante a Missa “in Coena Domini”. Segundo informou a Sala de Imprensa da Santa Sé, os 12 detentos procedem de 4 países diferentes: 9 italianos, 1 do Brasil, 1 da Costa do Marfim e 1 do Marrocos.

Ao final da celebração, depois da saudação do Diretor do Departamento de Prisões e de uma troca de presentes, o Papa regressou ao Vaticano.

"Que esta liturgia nos ajude a ser pessoa renovada, pronta para ajudar e levar esperança aos que estão desanimado. Devemos buscar esperança naque que nos conforta, Jesus, o bom Pastor que cuidada de todas as ovelhas, principalmente as mais debilitadas e que precisam de ajuda e proteção de seu pastor.
Feliz Pascoa a todos." (teólogo Jose Benedito Schumann Cunha

A Eucaristia é pão partilhado no serviço desinteressado aos necessitados

A Eucaristia é pão partilhado no serviço desinteressado aos necessitados

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Queridos irmãos e irmãs, estamos entrando no tríduo pascal do Senhor. Na quinta feira pela manhã temos a celebração da renovação das promessas sacerdotais e a benção dos Santos óleos. É uma celebração muito importante, pois significa a fidelidade renovada de nossos sacerdotes ao senhor e a bênçãos dos santos óleos que serão utilizados nas celebrações dos sacramentos do batismo, da unção dos enfermos e da crisma. A igreja se reúne na catedral, todos juntos com o bispo celebra a eucaristia que é a alma da Igreja peregrina.

Sabemos que servir a Cristo deve ser um ato consciente que leva a compromisso de agir e sair do anonimato mesmo nos momentos difíceis de nossa vida. Ser cristão no mundo de hoje, plural, contraditório, individualista, materialista e mais ainda situação de uma sociedade de ‘descartes, é ser corajoso e ousado no testemunho e serviço  aos que mais precisam.

Nesta quinta-feira santa temos a noite uma celebração litúrgica da instituição da eucaristia, lava-pés e adoração ao Santíssimo sacramento que será reservado um lugar de destaque na Igreja.
O sacerdócio ministerial é imprescindível em uma celebração, pois sem a sua atuação in persona Christi não poderá a acontecer a transubstanciação do pão e vinho no corpo e no sangue de Cristo. Sabemos que a missa é a memorial da Paixão, morte e ressurreição de Cristo.

Na ultima ceia, Jesus fez acontecer a eucaristia que celebramos sempre com toda comunidade cristã na igreja. Hoje acontece também a celebração do lava-pés que é reviver o gesto de Jesus ante de passar pelo maior sofrimento e também a morte de cruz. O lava-pés é o exemplo de despojamento e serviço aos irmãos e é por isso que devemos afazer o que Jesus fez. Não podemos ser omissos ou acomodados numa religião intimista e sem compromisso com os mais desvalidos da nossa sociedade atual. Devemos ser a Igreja do pão partilhado.

Jesus sendo senhor demonstrou a humildade e serviço ao lavar os pés dos discípulos e ainda mais nos ensinou que devemos fazer o mesmo. Esse mundo carece de atitude para o próximo e ainda ser um samaritano para tantas pessoas que sofrem, especialmente os mais pobres, doentes e excluídos.

Se estivermos dispostos a servir Cristo, então devemos serví-Lo na pessoa dos que sofre nesse mundo. Que a semana santa e o Tríduo Pascal sejam momentos de graça e conversão de nosso coração para uma igreja viva sem nunca abalar pela  perseguição religiosa, politica e social nesse mundo

Que a Pascoa do Senhor seja para todos, um eco de paz, de misericórdia, de perdão, de amor, de partilha, de solidariedade e de vida para todos os cantos da terra. Que sejam promovidas as politicas publicas de saúde, de educação e segurança e desse modo  sejam criadas pontes que todos possam passar por ela rumo a eternidade com Deus para sempre.
Tudo por Jesus nada sem Maria!


Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sábado, 13 de abril de 2019

DOMINGO DE RAMOS, JESUS ENTRA TRIUNFANTE EM JERUSALÉM


DOMINGO DE RAMOS, JESUS ENTRA TRIUNFANTE EM JERUSALÉM

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Queridos irmãos e irmãs, hoje estamos celebrando o Domingo de Ramos e da Paixão de Jesus Cristo. Com esta celebração estamos iniciando a semana santa. Esta entrada em Jerusalém, marca o fim daquilo que Jerusalém representava para o Antigo Testamento. Agora é uma nova Jerusalém que surge, uma Igreja que tem Cristo como centro de atenção e se estenderá para o mundo todo. O reino de Deus não é mais privilegio de uma povo, mas um grande sinal de redenção de toda a humanidade descaída do pecado.

Pela tradição, a celebração desse dia tem dois aspectos, uma para Ocidente que é a celebração da Paixão de Cristo e para o Oriente a celebração do Domingo de Ramos, a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém. Por isso nós abençoamos o ramos e caminhamos em procissão com eles nas mãos para celebrar e rememorar esta entrada de Jesus em Jerusalém antes de ser marginalizado, e morto na cruz.
Quando entramos na igreja, estamos fazendo a celebração da Palavra com a proclamação da Paixão de Cristo.

A primeira  parte desta liturgia nós associamos ao povo de Jerusalém que aclamou Jesus com alegria, estendo mantos a onde Ele passava e balançava os ramos. Jesus é o Filho de Davi, por isso a gente grita e canta Hosana nas Alturas ao Filho de Davi.

As autoridades daquela época não gostaram dessa atitude daquele povo que acompanhava Jesus, mas Jesus diz se eles calarem, as pedras gritaram. Ele entra como príncipe da Paz em um burrinho, não como um Rei autoritário e Guerreiro, nem com um cavalo e  nem com um exército poderoso. É a contradição do poder, pois aquela cidade vai matar um príncipe da Paz que não veio para destruir, mas para restaurar um Reino de Justiça para todos. Não podemos conformar com as desigualdades e com os marginalizados que estão largados nas sarjetas de nossa cidade. Muitos estão mergulhados nos vícios de toda ordem, e também na pobreza e no desemprego.

Jesus é o Sevo Sofredor predito no Livro do Profeta Isaias, pois Ele tomou os nossos pecados e as nossa dores para nos liberta e salvar de tudo aquilo que não nos deixa livre, mas vai nos ajudar a sermos restaurados em uma nova criatura. O povo antigo percebeu que Jesus é esse servo de javé (cf. Is 50,4-7) que sofre e padece para nos dar vida em abundância. A segunda parte dessa liturgia já nos introduz no clima da Semana Santa que vamos celebrar todos os dias até a Pascoa, o dia que Deus restaurou e fez para nós. É o dia da libertação da escravidão do pecado e da morte.

Queridos irmãos e irmãs, o evangelho de Lucas (cf. Lc 22, 1-49) nos convida a contemplar e refletir a Paixão de Jesus, mas podemos fazer também alusão de muitas paixões do nosso mundo presente.
Temos a certeza que Jesus é glorificado na Ressurreição, pois Ele foi fiel na missão que recebeu de Deus Pai. (cf. Fl2,6-11). A morte de Jesus denuncia a prepotência dos poderosos que não querem que outros possam ter uma vida digna, justa e solidaria. Eles são os opressores que não deixam outros serem participantes da vida plena que Jesus traz a cada um de nós.

Nós não somos feitos para ficar explorados pelos sistemas e nem ficarmos á margem das politicas públicas de saúde, educação e segurança. Jesus quer que todos tenham vida, liberdade, dignidade e um vida melhor. Toda sua trajetória foi fazendo o bem, anunciando o Reino de Deus para todos e sem exclusão. Jesus é plena realização do amor que gera vida e justiça.

Que esta liturgia nos faz pensar o que se pode fazer para que o mundo melhore e como podemos diminuir esta injustiça que grita no nosso meio. Quantos que gritam pedindo socorro e querem a nossa mão de ajuda, de conforto ou de uma assistência que os fazem sair dessa situação de morte para a vida que eles são convidados a participar.

Boa Semana  Santa a todos e que possamos no Domingo de Páscoa  sermos pessoas novas e

ressuscitadas. Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann






sábado, 6 de abril de 2019

Quem não tiver pecado atire a primeira pedra


Quem não tiver pecado atire a primeira pedra

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Querido irmão e irmã em Cristo Jesus, estamos celebrando hoje o 5º Domingo da Quaresma, e a liturgia de hoje vem nos lembrar que esse tempo não é jogar pedras nos outros e nem em nós mesmos, mas de ser misericordioso conosco e com todos que por ventura esteja caído em pecado. Sabemos que o mal e o pecado não se resolvem através de castigo, mas com o amor e misericórdia que vão vir através da nossa ação de compreensão e dialogo.

O Profeta Isaias anuncia a todos a libertação do exílio e a volta do povo a Israel que será promovida por Deus. Essa volta seria um novo êxodo para a terra prometida. É um caminho que tem sacrifício. Isso podemos fazer alusão a Quaresma que estamos fazendo para que possamos libertar de muitas coisas que nos escravizam e não nos deixam sermos filhos de Deus livres e decididos voltar para Deus. Devemos repensar na nossa vida, será que há algo que devemos libertar para ser de fato filhos de Deus e ainda merecedor do céu?(cf. Is 43,16-21)

Na carta de Paulo aos filipenses, temos a pessoa de São Paulo que nos fala que é a única coisa que vale a pena na vida é conhecer e estar com Cristo. Tudo que existe não vale pena tomar como primeiro, pois ele considera tudo como lixo e Jesus é algo precioso que vale pena aderir a Ele plenamente. Assim, se nascermos em Cristo, então temos uma vida nova. É hora de fazer mudança e uma faxina em nossa vida para que algo novo seja instalado em nós para celebrarmos bem a Pascoa do Senhor. Desse modo seremos pessoas renovadas na graça e no amor de Deus para conosco.. (cf. Fl 3,8-14)
O evangelista São João nos faz pensar na história da pecadora que foi pega em adultério. A lei fria de Moises mandava apedrejar até a morte a pessoa que peca. Mas jesus mostra outro caminho da Lei que é renovada no amor e misericórdia. As autoridades da época querem que a lei seja imposta aquela Mulher, mas antes testa Jesus, chamando ironicamente de Mestre e faz pergunta se Ele vai puni-la como dizia a Lei de Moises. 
Jesus desmascara a hipocrisia das autoridades daquela época dizendo: quem de vós não tiverdes pecado sejam o primeiro a atirar a pedra naquela mulher e eles foram embora sem puni-la porque tinham muitos pecados. Jesus ainda vai além quando vê mulher só e pergunta cadê as pessoas que queriam condená-la? Mas ela responde ninguém me condenou, Senhor. Então Jesus não a condena e diz a ela vá e não peques mais.(cf. Jo 8,1-11)



Aqui está o gesto de amor e misericórdia que Jesus fez e nos convida a fazermos o mesmo conosco e com os outros que erram. Dar chance a nós e ainda buscar a sincera mudança em nossa vida. O mundo precisa da nossa conversão para que a matiz do amor e da misericórdia sejam espalhados em todos os lugares. Que cessam a indiferença e que as políticas públicas sejam para os que mais precisam e que a saúde seja eficaz para os pobres de nossa terra.

Que a liturgias nos ajude a vermos o mundo com olhos de Cristo, sendo misericordioso e ainda promotor do amor incondicional a todos. Boa semana santa e que a Pascoa que vamos celebrar dia 21 seja um dia memorável a todos que quer Cristo como Senhor e Salvador.

Tudo Por Jesus Nada sem Maria.

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha