Cristo é o Rei do Universo
Jose B. Schumann Cunha
Cristo é o Rei do Universo
Enfrentar o escândalo da pobreza com o amor, a caridade e a partilha do pão, indica Francisco
HOMILIA DO SANTO PADRE
PARA O VII DIA MUNDIAL DOS POBRES
(XXXIII Domingo do Tempo Comum – 19 de novembro de 2023)
Três homens veem-se na posse duma enorme riqueza, graças à generosidade do seu senhor, que está de saída para uma longa viagem. Um dia, porém, vai regressar e convocará aqueles servos, esperando poder alegrar-se com eles pela forma como entretanto fizeram render os seus bens. Assim, a parábola que ouvimos (cf. Mt 25, 14-30) convida-nos a deter-nos em dois percursos: a viagem de Jesus e a viagem da nossa vida.
A viagem de Jesus. No início da parábola, Ele fala de «um homem que, ao partir para fora, chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens» (25, 14). Esta viagem faz pensar no próprio mistério de Cristo, Deus feito homem, com a sua ressurreição e ascensão ao Céu. Com efeito, Ele que desceu do seio do Pai para vir ao encontro da humanidade, morrendo, destruiu a morte e, ressuscitando, retornou ao Pai. Assim Jesus, tendo terminado a sua existência terrena, realiza a «viagem de regresso» para junto do Pai. Mas, antes de partir, confiou-nos os seus bens, os seus talentos, um verdadeiro «capital»: deixou a Si mesmo na Eucaristia, a sua Palavra de vida, a sua santa Mãe como nossa Mãe, e distribuiu os dons do Espírito Santo para podermos continuar a sua obra no mundo. Tais «talentos» são concedidos «a cada qual – especifica o Evangelho – segundo a sua capacidade» (25, 15) e, naturalmente, para uma missão pessoal que o Senhor nos confia na vida quotidiana, na sociedade e na Igreja. O mesmo afirma o apóstolo Paulo: «a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo. Por isso se diz: Ao subir às alturas, levou cativos em cativeiro, deu dádivas aos homens» (Ef 4, 7-8).
Mas, voltemos a fixar o olhar em Jesus, que recebeu tudo das mãos do Pai, mas não reteve para Si esta riqueza, «não considerou um privilégio ser igual a Deus, mas esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo» (Flp 2, 6-7). Revestiu-Se da nossa frágil humanidade, cuidou como bom samaritano das nossas feridas, fez-Se pobre para nos enriquecer com a vida divina (cf. 2 Cor 8, 9), subiu à cruz. A Ele, que não tinha pecado, «Deus o fez pecado por nós» (2 Cor 5, 21), em nosso favor. Jesus viveu em nosso favor. Foi isto que animou a sua viagem pelo mundo, antes de voltar ao Pai.
Mas a parábola de hoje diz-nos ainda que «voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas» (Mt 25, 19). Com efeito, à primeira viagem rumo ao Pai, seguir-se-á outra que Jesus há de realizar no fim dos tempos, quando voltar na glória e quiser encontrar-nos de novo, para «fazer um balanço» da história e introduzir-nos na alegria da vida eterna. Por isso devemos perguntar-nos: Como nos encontrará o Senhor, quando voltar? Como me apresentarei ao encontro com Ele?
Esta pergunta leva-nos ao segundo momento: a viagem da nossa vida. Que estrada estamos nós a percorrer: a de Jesus que Se fez dom ou a estrada do egoísmo? A parábola diz-nos que cada um de nós recebeu os «talentos», segundo as próprias capacidades e possibilidades. Mas, atenção, não nos deixemos enganar pela linguagem habitual! Aqui não se trata das capacidades pessoais, mas – como dizíamos – dos bens do Senhor, daquilo que Cristo nos deixou ao regressar ao Pai. Com eles, deu-nos o seu Espírito, no qual nos tornamos filhos de Deus e graças ao qual podemos dedicar a nossa vida a dar testemunho do Evangelho e construir o Reino de Deus. O grande «capital», que foi colocado nas nossas mãos, é o amor do Senhor, fundamento da nossa vida e força do nosso caminho.
Por isso devemos perguntar-nos: Que faço eu dum dom tão grande ao longo da viagem da minha vida? A parábola diz-nos que os dois primeiros servos multiplicam o dom recebido, enquanto o terceiro, em vez de confiar no seu senhor, tem medo dele e fica como que paralisado, não arrisca, não se empenha, acabando por enterrar o talento. Isto aplica-se também a nós: podemos multiplicar o que recebemos, fazendo da vida uma oferta de amor pelos outros, ou então podemos viver bloqueados por uma falsa imagem de Deus e, com medo, esconder debaixo da terra o tesouro que recebemos, pensando só em nós mesmos, sem nos apaixonarmos por nada além das nossas comodidades e interesses, sem nos comprometermos.
Pois bem, meus irmãos e irmãs! Neste Dia Mundial dos Pobres, a parábola dos talentos é uma advertência para verificar com que espírito estamos a enfrentar a viagem da vida. Recebemos do Senhor o dom do seu amor e somos chamados a tornar-nos dom para os outros. O amor com que Jesus cuidou de nós, o azeite da misericórdia e da compaixão com que tratou as nossas feridas, a chama do Espírito com que abriu os nossos corações à alegria e à esperança, são bens que não podemos guardar só para nós, administrar à nossa vontade ou esconder debaixo da terra. Cumulados de dons, somos chamados a fazer-nos dom. As imagens usadas pela parábola são muito eloquentes: se não multiplicarmos o amor ao nosso redor, a vida some-se nas trevas; se não colocarmos em circulação os talentos recebidos, a existência acaba debaixo da terra, ou seja, como se já estivéssemos mortos (cf. 25, 25.30).
Por isso pensemos nas inúmeras pobrezas materiais, culturais e espirituais do nosso mundo, nas existências feridas que povoam as nossas cidades, nos pobres tornados invisíveis, cujo grito de dor é sufocado pela indiferença geral duma sociedade atarefada e distraída. Pensemos em quantos estão oprimidos, cansados, marginalizados, nas vítimas das guerras e naqueles que deixam a sua terra arriscando a vida; naqueles que estão sem pão, sem trabalho e sem esperança. Quando se pensa nesta multidão imensa de pobres, a mensagem do Evangelho resulta clara: não enterremos os bens do Senhor! Ponhamos em circulação a caridade, partilhemos o nosso pão, multipliquemos o amor! A pobreza é um escândalo. Quando o Senhor voltar, pedir-nos-á contas e – como escreve Santo Ambrósio – dir-nos-á: «Porquê tolerastes que tantos pobres morressem de fome, quando dispunhas de ouro com o qual obter alimento para lhes dar? Porquê tantos escravos foram vendidos e maltratados pelos inimigos, sem que ninguém fizesse nada para os resgatar?» (As Obrigações dos Ministros: PL 16, 148-149).
Rezemos para que cada um, segundo o dom recebido e a missão que lhe foi confiada, se comprometa a «pôr a render a caridade» e a aproximar-se de qualquer pobre. Rezemos para que também nós, no termo da nossa viagem, depois de ter acolhido Cristo nestes irmãos e irmãs com quem Ele próprio Se identificou (cf. Mt 25, 40), possamos ouvir dizer-nos: «Muito bem, servo bom e fiel (…). Entra no gozo do teu senhor» (Mt 25, 21).
fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-11/papa-francisco-missa-homilia-dia-mundial-pobres-2023.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT
Devemos estar em vigilância
Devemos estar em vigilância
Queridos irmãos e irmãs, estamos próximos do final do ano litúrgico. A liturgia da Igreja nos pede a prestação de contas dos atos que fizemos nesta vida. Deus nos deu dons para podermos administrá-los e vai pedir as contas deles para ver o que fizemos deles.
O Senhor está para vir em qualquer momento em nossa vida, por isso devemos estar em atitude de vigilância. Não devemos estar distraídos em coisas materiais que nos afastam de Deus e dos irmãos e irmãs. Devemos ser praticantes do amor a Deus e ao próximo.
No livro dos Provérbios nos mostra como deve ser a mulher e ela deve ser virtuosa. Isso nos fala que ela deve ser boa esposa, ser fiel ao marido e uma boa mãe. No trabalho diligente, caridosa com as pessoas pobres e necessitadas e ainda saber administrar a casa com zelo e previdente, hoje as coisas mudaram muito, pois a mulher cuida da casa e dos filhos e ainda tem que trabalhar fora. Ai notamos que ela cuida do esposo e dos filhos em um lar confortável e cheio de amor. O amor é a tônica da família. (cf. Pr 31,10-13.19-20.30-31)
Embora a mulher de hoje viva dividida entre o lar e a profissão, seu dever fundamental continua a ser o cuidado da família, a dedicação ao marido e aos filhos, a solicitude para que encontrem em casa um ambiente confortável, repleto de amor.
Na primeira carta de Paulo aos tessalonicenses nos relata a segunda vinda do Senhor e ainda nos ajuda como devemos ficar atentos para isso. O que devemos fazer então: é ser sóbrios e vigilantes no bem, na justiça, no amor a Deus e ao próximo, enfim ser fiel a Deus no bem em vista do Reino de Deus definitivo. Devemos estar vigilantes para a chegada do Senhor. Somos filhos da luz e não das trevas. (cf. 1Ts 5,1-6)
O evangelista Mateus nos mostra o significado da Parábola dos talentos que Jesus, isso é a forma que os discípulos dele e nós devemos ter atitudes que levam a produzir bons frutos enquanto esperamos a vinda do Senhor, isso é vigilância.
Quando ele voltou pediu a eles para prestarem contas do que fizeram com os talentos dados a eles. O primeiro deu o dobro, o senhor ficou feliz, o segundo também, mas o terceiro guardou e devolveu o talento dado sem multiplicar. O Senhor não ficou contente com o último e pediu todas as suas coisas que ele tinha e deu aos outros. O Senhor é justo com os talentos dados e eles são para serem multiplicados nesta terra e quando chegar o Senhor, devemos devolver aquilo que administramos bem. (cf. Mt 25,14-30)
Deus ama aqueles que fazem o bem e colocam os dons a serviço na comunidade, na família, no mundo e em todos os lugares. Devemos ser habilidosos sempre com providência de Deus.
Que esta liturgia nos ajude a sermos bons, justos, cumpridores da vontade de Deus em nossa vida. Quem fica no caminho do Senhor sempre estará feliz nesta vida e na eternidade.
Texto: Attilio Faggi
Imagens: Fábio Marçal de Oliveira
A Prefeitura de Montes Claros está realizando um processo de licitação para futura e eventual aquisição de kits de material escolar que serão utilizados pelos estudantes matriculados na Rede Municipal de Ensino. Ao todo, são 45 mil kits para os alunos do ensino infantil; 40 mil para os anos iniciais do ensino fundamental; 45 mil para os anos finais do ensino fundamental; e 5 mil para o Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Evidentemente, os kits escolares são diferentes de acordo com o segmento em que o aluno está matriculado. Para o ensino infantil, por exemplo, cada kit deve ser composto por avental, apontador, borracha, cadernos, canetinha, cola branca, giz de cera, lápis de cor, lápis grafite, massa de modelar, tesoura, pincel, tinta guache, squeeze, papel sulfite e estojo.
As empresas interessadas devem consultar o edital do processo de licitação, uma vez que ele contém diversas informações, como as especificações dos materiais que serão adquiridos, condições para entrega e cotas para empreendedores individuais, micro e pequenas empresas. O pregão eletrônico será realizado no dia 23 de novembro de 2023, quinta-feira, e o edital pode ser consultado pelo link https://admin.montesclaros.mg.gov.br/upload/licitacoes/files/licitacoes/2023/P057923/pregao242.pdf.
Texto: Attilio Faggi
Imagem: FreePik
Com o fim do período de inscrições que se deu na última sexta-feira, 10 de novembro de 2023, a seleção do Programa "Jovem Aprendiz" da Prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, Brasil, que está disponibilizando 50 vagas, além de formação de cadastro de reserva, continua com a análise da documentação entregue pelos candidatos.
A oportunidade é direcionada a jovens oriundos de famílias com renda inferior a três salários mínimos e que residam em Montes Claros, com idade entre 14 e 20 anos, e que estejam cursando, na rede pública, o ensino fundamental ou médio, até o penúltimo ano. Jovens egressos do trabalho infantil e de medidas socioeducativas terão prioridade.
De acordo com o edital do processo, a seleção será realizada em quatro etapas: inscrição, análise de cadastro, entrevista e contratação. O resultado preliminar da análise de cadastro deverá ser divulgado no dia 24 de novembro, sexta-feira. Já as entrevistas serão realizadas entre os dias 04 e 07 de dezembro, e o resultado final será divulgado em 22 de dezembro, sexta-feira.
Os selecionados no processo receberão qualificação ministrada por entidade de formação profissional contratada pelo município com estrutura adequada ao desenvolvimento dos programas de aprendizagem, e serão acompanhados e avaliados periodicamente a cada seis meses para identificação dos pontos que necessitarem de melhoria para a manutenção do contrato de trabalho de aprendizagem. A remuneração será calculada de acordo com a carga horária, baseada em um salário mínimo mensal para oito horas de trabalho diárias.
Devemos estar atentos como as virgens "De lâmpadas acesas"
O Papa: a duplicidade do coração põe em risco a autenticidade do nosso testemunho
No Angelus deste domingo, Francisco convidou a dizer "não à duplicidade". "Para um sacerdote, um agente pastoral, um político, um professor ou um pai, esta regra vale sempre: o que você diz, o que você prega aos outros, seja você primeiro a vivê-lo. Para sermos mestres críveis, devemos primeiro ser testemunhas críveis", disse ele.
Papa Francisco rezou a oração mariana do angelus, deste domingo (05/11), com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
No Evangelho deste domingo, Jesus fala a "respeito dos escribas e fariseus, isto é, dos líderes religiosos do povo". "Em relação a estas autoridades, Jesus usa palavras muito severas, «porque dizem e não fazem» e «fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros»", disse Francisco no início de sua alocução.
A seguir, o Papa se deteve nestes dois aspectos: a distância entre o dizer e o fazer e a primazia do exterior sobre o interior.
A distância entre o dizer e o fazer. "A estes mestres de Israel, que pretendem ensinar aos outros a Palavra de Deus e serem respeitados como autoridades do Templo, Jesus contesta a duplicidade de suas vidas: pregam uma coisa, mas, depois, vivem outra", disse ainda o Papa, lembrando que estas palavras de Jesus recordam as dos profetas, em particular de Isaías: «Esse povo se aproxima de mim só com palavras, e somente com os lábios me glorifica, enquanto o seu coração está longe de mim».
A duplicidade do coração
Este é o perigo sobre o qual devemos estar vigilantes: a duplicidade do coração. Nós também corremos esse perigo. Essa duplicidade do coração que põe em risco a autenticidade do nosso testemunho e também a nossa credibilidade como pessoas e como cristãos.
Segundo o Papa, "devido à nossa fragilidade, todos experimentamos uma certa distância entre o dizer e o fazer; mas outra coisa, ao invés, é ter um coração duplo, viver com “um pé em dois sapatos” sem fazer disso um problema".
Especialmente quando somos chamados – na vida, na sociedade ou na Igreja – a desempenhar um papel de responsabilidade, lembremo-nos disto: não à duplicidade! Para um sacerdote, um agente pastoral, um político, um professor ou um pai, esta regra vale sempre: o que você diz, o Que você prega aos outros, seja você primeiro a vivê-lo. Para sermos mestres críveis, devemos primeiro ser testemunhas críveis.
Pessoas "maquiadas" não sabem como viver a verdade
A seguir, Francisco se deteve no segundo aspecto que "surge como consequência: a primazia do exterior sobre o interior".
"Vivendo na duplicidade, os escribas e fariseus estão preocupados em ter que esconder a sua incoerência para salvar a sua reputação exterior. Na verdade, se as pessoas soubessem o que realmente há nos seus corações, ficariam envergonhados, perdendo toda a sua credibilidade. Então, eles fazem obras para parecerem justos, para “salvar a face”, como se diz", frisou o Papa.
O truque é muito comum: maquiam o rosto, maquiam a vida, maquiam o coração. Essas pessoas "maquiadas" não sabem como viver a verdade. E, muitas vezes, nós também temos essa tentação da duplicidade.
Ser testemunhas críveis do Evangelho
"Acolhendo esta advertência de Jesus, perguntemo-nos", disse Francisco: "Procuramos praticar o que pregamos ou vivemos na duplicidade? Dizemos uma coisa e fazemos outra? Estamos preocupados apenas em nos mostrar impecáveis por fora, maquiados, ou cuidamos da nossa vida interior com a sinceridade do coração?"
"Dirijamo-nos à Virgem Santa: Ela que viveu com integridade e humildade de coração segundo a vontade de Deus, nos ajude a ser testemunhas críveis do Evangelho", conclui o Papa.
fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-11/papa-angelus-domingo-jesus-duplicidade-autenticidade-testemunho.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT
A meta de todos é obedecer: "Sede Santos!..."