Devemos estar atentos como as virgens "De lâmpadas acesas"
Queridos irmãos e irmãs, estamos no 32º Domingo do Tempo comum, quase ao final do Tempo litúrgico da Igreja. Aqui a temática é o pensamento do fim, daquilo que termina. O que termina para nós? É uma etapa vivida no ano, a nossa partida para a eternidade, fim do mundo material, tudo isso nos chama para vigilância para ficar atentos. Sempre é bom revisar as nossas ações e relembrar os acontecimentos bons e ruins do ano para que o novo surja com conversão para o bem na construção do Reino justo, fraterno, solidário e compassivo com todos.
Infelizmente muitos não se arrependem das suas más realizações que provocam dor para si e para os outros. A religião pode nos ajudar a refletir essas situações e fazer uma conversão para o bem que é tão desejado por Deus, assim a comunidade se torna acolhedora, a família lugar aconchegante e o mundo torna-se mais fraterno e de relações boas para todos.
No livro da sabedoria nos exorta para a busca da sabedoria em Deus. Ele é fonte da sabedoria que nos ajuda a discernir o que é bom, correto e certo. E ela que nos leva ao serviço na justiça de Deus. Com essa sabedoria nos faz pessoas prudentes que nos ajuda sermos justos na nossa atitude de cristão e não cumpridores de ordens e ritos que esfria a misericórdia e o perdão que devemos ter com os outros.
Assim a nossa jornada na terra começa a ser levada a sério sem cuidar de coisas vãs que nos afastam de Deus e dos irmãos. Se praticarmos essa sabedoria nós vamos estar no serviço divino na espera de Deus. O que seria esse serviço divino? O que se pode dizer disso é ser honesto com nossos deveres de cidadãos com a família, com a comunidade e com Deus. Ser fiel aos compromissos feitos sem lesar ninguém. (cf. Sb 6, 12-16) essa sabedoria se identifica com a pessoa de Cristo.
Oxalá se cada um procurasse viver isso, o mundo não teria brigas em família, disputas com parentes e nem prática do ódio que distancia as pessoas. A prática religiosa deve estar ligada a vivência da sabedoria que vem Deus em Cristo, modelo da sabedoria. Devemos ser iluminados por ela.
Na carta de Paulo Tessalonicenses nos orienta para a vida da eternidade que é o fim último de nossa existência. Não somos moradores da terra permanente, mas caminheiros para o céu ao encontro com Deus e com todos os santos que souberam seguir Jesus, doando a sua vida pelo reino de Deus mesmo com martírio sem perder a fé em Cristo.
Essa vida terrena não se acaba no vazio sem fim, mas é preenchida com a graça da vida eterna em Cristo. Quando vamos embora desta terra, cada um de nós vamos estar nas núpcias eterna com o Cristo, o cordeiro de Deus imolado. Aí estaremos sempre na eternidade com o Senhor. Então não vamos viver sem pensar na parusia que vai acontecer para cada um de nós. Vamos participar da eternidade com Deus e com toda comunidade santa que soube servir Cristo e não aos homens do poder tanto político, econômico, social ou eclesiástico. (cf. 1Tess 4,13-18)
O evangelista Mateus nos apresenta o sermão escatológico, os acontecimentos últimos da existência humana e de tudo que existe. Esse é o quinto e último dos grandes sermões de Cristo que estão no evangelho de Mateus. As núpcias são na verdade a relação de Deus com a humanidade toda. Sabemos que a encarnação de Cristo na terra é o desapossamento com todos os homens de todos os tempos.
Na cruz é o fecho final dele com a humanidade onde nós fomos remidos por Ele. Devido a tudo isso, nós devemos estar vigilantes na prática do bem, da justiça, da fraternidade e do compromisso com as causas do reino, ser uma Igreja que integra e se irmana com todo sem excluir ninguém. Devemos colocar a serviço dos outros, vivendo o amor consigo e com o próximo. (cf. Mt 25,1-13)
A vela acesa que no batismo foi acesa deve estar sempre alimentada na fé em Cristo, na fidelidade à Igreja sinodal e na unidade na força do Espírito Santo. A palavra de Deus e os sacramentos devem ser uma constante na nossa vida de Cristo. Ser praticantes da vontade de Deus e não meras ouvintes que não se transforma a vida que deve estar na adesão dos mandamentos. A parábola das virgens prudentes e imprudentes nos permite uma reflexão profunda em relação ao nosso batismo e compromisso com Cristo e sua Igreja.
Os prudentes continuam fiéis a Deus e mantém a vela acesa da fé e fazendo o bem, sendo justo no mundo, os imprudentes deixam o azeite da fé desperdiçado e por causa disso quando chega o fim último da existência humana não terá essa vela acesa, mas a vela acesa representa que a fé que começou no batismo se perdeu no mundo através de uma vida de injustiça e de maldade devido ter a vida misturada com as coisas do mundo.
Que esta liturgia nos ajude a ter uma fé vigilante na espera do Senhor, fazendo e criando pontes do bem, e desta maneira permitindo que todos possam ser fiéis a Deus. E que de modo algum desperdicemos em coisas vãs que levam a nossa vida ao distanciamento de Deus e dos irmãos.
Tudo por Jesus, nada sem Maria. Somos missionários do Evangelho de Cristo Sempre!!!
Jose B. Schumann Cunha
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