ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sábado, 28 de novembro de 2020

"O Senhor Vem!" nos visitar


 "O Senhor Vem!" nos visitar




 

Queridos irmãos e irmãs, estamos iniciando neste domingo um novo ano litúrgico da Igreja, o ano B e como ele iniciamos o tempo do advento, o tempo da espera do Senhor. Os dois primeiros domingos se referem à espera da segunda vinda do Senhor. Um dia o Senhor virá e vai plenificar o seu Reino de justiça e de amor definitivo entre nós. E desse modo o mal será aniquilado e o bem vencerá para sempre.


O terceiro e o quarto domingo do Advento nós ficamos arrumando e enfeitando para celebrar a memória do Nascimento do senhor no Natal. Natal é momento de encontro, de renovação e de amor e fraternidade entre todos. A festa é conclusão da vigilância para reconhecer e acolher Jesus que vem até nós na graça de mudança de coração para que esse mundo seja transfigurado no amor, na misericórdia e solidariedade com todos.


No livro do profeta Isaías nos mostra a súplica com insistência do Povo ao Deus da História pedindo um Salvador que instaura um mundo melhor onde todos pudessem viver em harmonia. Vemos esta oração e o clamor do Povo com matizes lindas na bíblia. O contexto dessa passagem que Isaías refere era de um Povo que está vindo do exílio, desanimado longe da Aliança como algo alheio a história desse povo.


O profeta é sempre um que vem dar esperança de novo  em vista de um futuro melhor que se marca na salvação de um Deus conosco. É a forma de renovar tudo e buscar a volta do Povo a Deus da Aliança para sempre. Não se pode esquecer que Deus é único redentor. Sabe-se que o Pai é a fonte da vida da família e que tem responsabilidade por ela. Agora Redentor aquele que resgata e toma o povo na sua mão porque é aquele que sente responsável por ele.


Se observar melhor que vemos e ouvimos dessa passagem do Profeta: Deus é chamado de Pai por  duas Vezes, mas se reparar melhor na Palavra de Deus do Novo Testamento , Jesus chama de Deus Pai por 184 vezes. Isso é para confirmar que Deus é Pai.  (cf. Is 63,16b-17.19b;64,2b-7).

É bom salientar que oleiro é Deus e o barro é o povo. E cada um de nós.  Deus nos molda para sermos criatura digna de pertencer a Ele como filhos e filhas. Portanto tornamos uma nova obra da criação nas mãos de Deus. O povo recebe um coração novo de Deus e desse modo uma nova humanidade surgirá no mundo.


O salmo 80 nos mostra a vinha devastada que precisa ser novamente restaurada e revigorada pelo Senhor para que possa viver de modo que canta o louvor a Ele que é a fonte e fim de tudo que existe no mundo e no universo.


 Na primeira carta de são Paulo aos Coríntios vemos o apelo à espera do Senhor, pois Ele é que nos dá os dons necessários para viver como cidadãos do Reino de Deus. A nossa vida de cristãos está nos dons vividos na comunidade e no mundo.

Todo dom que Deus nos dá é para o serviço do bem da comunidade. Não podemos ser intimistas e nem viver isolados. (cf. 1Cor 1,3-9)


O evangelista São Marcos nos exorta para a vigilância constante na espera do Senhor que vem. Ele deve nos achar em atitudes e gestos que levam a construção de um mundo mais justos e fraterno. O texto se caracteriza no discurso escatológico através da Parábola do Porteiro. Quem é o Porteiro? São os líderes da comunidade que deve zelar por ela. Aqui vemos o dono da casa que sai para viagem e esse é Jesus que volta para o Pai. Os servos que recebem as tarefas são os discípulos e todos nós cristãos que devemos zelar e cuidar da casa para que ela esteja em ordem e bem administrada.


Esta parábola quer nos ensinar a importância da vigilância e da espera do Senhor que vem até nós de novo. E deve ser acompanhada com a alegria da espera e de preparação com uma vida de justiça e de amor que transborda por todos os cantos em que estivermos. É o advento de uma vida melhor com Deus juntamente com todos os nossos irmãos.


O importante não descuidar e não achar que o Senhor demora a chegar, vivendo uma vida alheia aos valores do evangelho e se misturar com os apelos comerciais e de prazer do nosso tempo. Não devemos descuidar nunca com a nossa vida, pois ela é frágil e pode não dá tempo de fazer algo bom para si e para todos. (cf. Mc 13,33-37)


Que esta liturgia nos ajude a sermos pessoas que estejam atentos aos sinais do nosso tempo e ainda procurarmos ser atuantes e geradores de vida para todos. O banquete da espera do Senhor seja repleto de convidados que foram atentos a plano salvifico do Senhor e que a nossa casa seja bem administrada pelos servidores com a responsabilidade do porteiro para que nada destrua a casa que é do Senhor e de todos. Boa Preparação de Natal com o Senhor.


Tudo por Jesus nada sem Maria.


Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

domingo, 22 de novembro de 2020

Todas as vidas importam

 

Todas as vidas importam

 


Queridos irmãos e irmãs, todos são filhos de Deus e formamos uma família que é amada por Deus. Nada se justifica o ódio pelas pessoas por raça, por religião, por posição política, por opção e escolha sexual da pessoa. Assim todas as vidas humanas foram e são criadas a imagem de Deus da vida. Fomos criados para cuidar um do outro e do planeta terra, e tudo que se produz é para a sobrevivência humana e de tudo que existe.

Cada vez que vemos mortes, violências e toda forma de preconceito a pessoa humana nos faz aniquilar como ser humano. A vida é o maior dom e valor que temos. E devido isso, a vida deve ser preservada na forma de respeito, de educação para todos, justiça igual a todos, e também promoção da saúde, saneamento, salários que dão dignidade e sobrevivência a pessoa humana.

Temos a urgência de acabar as diferenças entre pessoas em todo lugar do mundo. Quando somos confrontados com a Palavra de Deus, vemos que Deus ama as atitudes de misericórdia, de perdão, de compreensão, solidariedade e fraternidade que eleva a pessoa na sua dignidade de filhos de Deus. Deus não vem condenar o homem, mas quer salvá-lo.

Quando vemos a passagem do Evangelho que fala na Parábola da sua vinda, cheio de gloria e poder, para julgar a humanidade. Esse julgamento já foi feito pelas nossas escolhas e atitudes que fazemos no mundo. Quando lemos que Jesus separa o rebanho, que somos todos nós, colocando uns de um lado os bons e do outro lado os maus, verificamos que os bons são todos aqueles que olham e fazem gestos de dar o que comer aos famintos, vestimentas aos nus, visitas e cuidados aos doentes e presos, em fim todo gesto a favor da vida, e esses são reconduzidos ao Reino dos céus dos justos. Entretanto os que não são misericordiosos, que não são compadecidos com os mais pobres e desfavorecidos e ainda descriminam as pessoas por raças, por religião, por questões sociais e políticas tem um destino longe da felicidade e eternidade no céu.

Cada dia que vivemos, somos chamados a ser melhores do que fomos ontem, procurando a estrada do bem e promovendo a paz, a compreensão e dialogo para encontrarmos sempre o equilíbrio que leva o entendimento para construirmos uma sociedade fraterna e igualitária onde reina a justiça e a vida em abundancia para todos.

Logo viveremos o clima de natal, que é celebrar a vinda de Deus na forma de uma criança que vem até a nós. Infelizmente, naquela época, não houve lugar para Jesus nascer, mas foi encontrada uma gruta com uma manjedoura que enobreceu esse abrigo quando Jesus menino foi colocado lá. Isso deve levar a nós uma reflexão e uma tomada de consciência que devemos mudar de atitudes e gestos no mundo para atender e acolher os que estão marginalizados nesse mundo como os pobres, os refugiados e os doentes de toda ordem. Essa pandemia nos mostrou e nos mostra que somos frágeis e ela atinge a todos, isto é, tantas pessoas em condição desfavorecidas como também aos governos afortunados e desenvolvidos são frágeis. Tudo isso é para cada um pensar e fazer uma reflexão para defender e promover melhorias na educação, na condição de vida e saúde de nossa população e também o modo em que vivemos e desfrutamos as coisas nesse mundo.

Que possamos sair melhores, procurando viver a fraternidade universal, mostrando que somos todos humanos em uma casa de todos que devem ser protegidos tanto a vidada humana, dos animais e do meio ambiente. Assim todas as vidas importam.

Teólogo Jose B. Schumann Cunha

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Há um Rei no universo que reúne os justos

    

Há um Rei no universo que reúne os justos



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando a Solenidade de Cristo Rei do Universo e com ela terminamos o ano litúrgico da Igreja. Celebrar a liturgia da Igreja é celebrar os principais mistérios de nossa Fé.

Iniciamos com o advento no ano passado, passamos depois celebrar o Natal, entramos no tempo comum, em seguida veio a quaresma, semana santa, a Páscoa e logo entramos novamente no Tempo comum, que agora chega ao fim.

Devido a pandemia não tivemos a semana santa, mas isso não nos impediu de celebrar a fé. Na intimidade de nossa casa ficamos em comunhão com a Igreja pela internet on line. Esse momento está sendo de aprendizagem e reflexão para todos.

A liturgia bíblica deste domingo nos fala de um Rei e do seu reino. Hoje sabemos que o Reino de Deus já é um fato entre nós, pois Jesus semeou entre nós esse reino de amor e de justiça. Os seus discípulos são chamados a edificá-lo no mundo. Tudo terá um tempo definitivo que há de vir. Podemos dizer que o Reino de Deus será plenificado na eternidade.

Aqui vamos ver nessa Liturgia os três aspecto que confirma a realeza de Cristo. As qualidades são: Rei Pastor, Rei Soberano e Rei Justo.

No livro de Ezequiel nos fala do Rei Pastor e esse é reconhecido pela atenção e zelo pelas suas ovelhas. Esse pastor não deixa perder nenhuma ovelhas a Ele confiadas. Esse rei entra em contraste com os anteriores que mataram, perseguiram e deixaram o povo em desgraça.

Por causa desses maus governos fizeram com Israel muitas vezes foram para o exilio e destruição de Jerusalém. O profeta Ezequiel dá esperança ao Povo que vira um Rei Pastor que resgatara esse povo e tirara da escravidão. Isso é uma esperança que vai brotar no coração do Poro que mostra que Deus sempre fiel a sua aliança. É bom salienta que essa profecia se tora plenamente realizada em Cristo. (cf. Ez 34, 11-12.15-17)

O Salmo 23 nos mostra de modo admirável que as ovelhas confia no seu Pastor que cuida e zela todas para que nenhum inimigo atrapalhe ou tire a vida delas.

Na primeira carta ao coríntios, Paulo apresenta Jesus como um Rei Soberano, que é vencedor da morte e do pecado, permitindo a todos a salvação. Assim Ele estabeleceu uma realeza universal. O senhorio de Jesus é Rei universal, a verdadeira sabedoria e tem uma Realeza que foi marcada na coroa do sacrifício da Cruz para salvar toda humanidade. Seu trono é a cruz, a sua coroa é de espinhos e se queremos seguir Jesus devemos trilhar o caminha da cruz de Jesus. Ele está vivo e ressuscitado como primícias de toda humanidade. (cf. 1Cor 15,20-26.28)

O evangelista Mateus nos apresenta Jesus como Rei Justo, que julga o tempo todo as nossas ações no mundo e não precisa esperar um julgamento no final dos tempos. A parábola que Jesus fala a todos nós é para saber que Ele sabe quem é justo e injusto nesse mundo. Ali ele é o pastor que separa as ovelhas das boas e ruins. Ele não julga e nem condena as  pessoas , pois Ele sabe discernir os justos e os injustos.

É a pessoa que se julga e se condena ao confrontar com seus atos que fazem no mundo. Aqui podemos dizer os atos de não misericórdia para com os outros, a falta de amor e solidariedade com os mais necessitados, a avareza que não deixa ter o pão na mesa dos pobres, a insensibilidade para moradia que falta a muitos, a precariedade de vida e saneamento que não chega as periferias de nossa cidade.

Tudo isso somado com as ostentações dos ricos e a prepotência dos governantes que que não deixam que as pessoas partilham os bens dessa terra.

Aqui vemos os bons estarão com Cristo no céu e os maus serão apartados dos bons porque foram eles que quiseram isso e não Deus. Deus é fiel e justo. (cf. Mt 25,31-46)

Que esta liturgia desse domingo nos faça pensar e refletir as nossas atitudes no mundo e se estamos agindo bem, podemos celebrar Jesus Rei do Universo e sempre pedir a misericórdia e procurar ser justos e bons nesse mundo para a realidade de morte se transforma em vida abundância para todos.


Tudo Por Jesus nada sem Maria!!!

 Teólogo Jose B. Schumann Cunha

domingo, 15 de novembro de 2020

Papa no Dia Mundial dos Pobres: vamos estender a mão e ver Jesus nos pobres

 Papa no Dia Mundial dos Pobres: vamos estender a mão e ver Jesus nos pobres


Neste domingo (15), a data instituída pelo próprio Pontífice foi celebrada na Basílica de São Pedro ao lembrar também dos milhões de novos pobres que surgiram com o pandemia. Francisco insistiu para sermos servos fiéis a Deus, estendendo a mão aos pobres que encontramos diariamente: “peçamos a graça de ver Jesus nos pobres”, “a graça de sermos cristãos não em palavras, mas em obras”.

O Dia Mundial dos Pobres deste ano está sendo vivido em contextos desafiadores sobretudo porque a pandemia, segundo dados do Banco Mundial, já fez mais de 100 milhões de novos pobres. No Vaticano, neste domingo (15), o tradicional almoço comunitário com o Papa foi cancelado, mas Francisco presidiu uma missa especial pela data na Basílica de São Pedro, respeitando as medidas sanitárias para prevenir a Covid-19. Cem pessoas carentes participaram da celebração ao representar os pobres do mundo inteiro.

Assista à missa com o Papa Francisco na íntegraAssista à missa com o Papa Francisco na íntegraNa homilia, Francisco insistiu para sermos servos fiéis a Deus, estendendo a mão aos pobres que encontramos diariamente: “peçamos a graça de ver Jesus nos pobres”, “a graça de sermos cristãos não em palavras, mas em ...

A parábola dos talentos

Na homilia, ao comentar a parábola dos talentos (Mt 25, 14-30) do Evangelho do dia, o Pontífice refletiu sobre o início, o centro e o fim da vida. O início, quando o patrão confiou os talentos, ou seja, as riquezas monetárias aos servos, também Deus o fez conosco:

“Somos portadores de uma grande riqueza que não depende da quantidade de coisas que temos, mas daquilo que somos: a vida recebida, o bem que há em nós, a beleza intangível com que Deus nos dotou. Feitos à imagem d’Ele, cada um de nós é precioso a seus olhos, é único e insubstituível na história!”

O Papa destacou a importância de sempre lembrar dessa graça recebida, ao invés de olhar para a nossa vida e ceder à tentação que, o próprio Pontífice define como “quem dera…”: quem dera se eu tivesse aquele emprego, aquela casa, dinheiro e sucesso, se não tivesse tal problema, quem dera que eu tivesse pessoas melhores ao meu redor. Essa é a “ilusão do ‘quem dera’”, enalteceu Francisco, que nos impede “de ver o bem e nos faz esquecer os talentos que possuímos”.

A fidelidade a Deus é servir aos pobres

O Pontífice então abordou o centro da parábola: a atividade dos servos, isto é, o serviço, que representa a nossa atividade, que faz frutificar os talentos e dá sentido à vida. Um estilo de serviço identificado pelos servos bons que, no Evangelho, “são aqueles que arriscam”, disse Francisco. Por exemplo, se não se investir e não se fazer o bem, ele acaba se perdendo:

“Quantas pessoas passam a vida só a acumular, pensando mais em estar bem do que em fazer bem! Como é vazia, porém, uma vida que se preocupa das próprias necessidades, sem olhar para quem tem necessidade! Se temos dons, é para ser dons.”

Segundo o Evangelho, recordou o Papa, “não há fidelidade sem risco”: “é triste quando um cristão se coloca à defesa, prendendo-se apenas à observância das regras e ao respeito dos mandamentos. Isso não basta!”, disse Francisco, pois são cristãos que sempre têm medo do risco, são “mumificados”. O servo preguiçoso da parábola, por exemplo, escondido atrás de um medo inútil, foi classificado de mau:

“E, contudo, não fez nada de mal… É verdade! Mas, de bom, também não fez nada. Preferiu pecar por omissão do que correr o risco de errar. Não foi fiel a Deus, que gosta de Se dar; e fez-Lhe a ofensa pior: devolver-Lhe o dom recebido. Ao contrário, o Senhor convida a envolver-nos generosamente e a vencer o temor com a coragem do amor, a superar a passividade que se torna cumplicidade. Nestes tempos de incerteza e fragilidade que correm, não desperdicemos a vida pensando só em nós mesmos, com aquela postura da indiferença.”

A fidelidade a Deus é servir aos pobres, que estão ao centro do Evangelho, que nos enriquecem no amor, salientou o Papa, sobretudo se pensamos a quem devemos servir durante o Natal:

“A maior pobreza que devemos combater é a nossa pobreza de amor. O livro dos Provérbios elogia uma mulher diligente e caritativa, cujo valor é superior ao das pérolas: devemos imitar esta mulher que, como diz o texto, ‘abre a mão ao indigente’ (Prv 31, 20). Em vez de exigir o que te falta, estende a mão a quem passa necessidade: assim multiplicarás os talentos que recebeste.”

A graça de ver Jesus nos pobres

Ao final da parábola ou no fim da vida e “do espetáculo”, como disse o Papa citando São João Crisóstomo, será retirada “a máscara da riqueza e da pobreza”, será desvendada a realidade do poder e do dinheiro ou das obras do amor e da doação. “Se não queremos viver pobremente, peçamos a graça de ver Jesus nos pobres, servi-Lo nos pobres”, comentou Francisco, que finalizou a homilia trazendo o exemplo de servos fiéis de Deus que não se falam, como no Padre Roberto Malgesini, assassinado em 15 de setembro deste ano por um dos pobres que servia:

“Este padre não fazia teorias; simplesmente, via Jesus no pobre; e o sentido da vida, em servir. Enxugava lágrimas com mansidão, em nome de Deus que consola. O início do seu dia era a oração, para acolher o dom de Deus; o centro do dia, a caridade para fazer frutificar o amor recebido; o final, um claro testemunho do Evangelho. Esse homem compreendera que devia estender a sua mão aos inúmeros pobres que encontrava diariamente, porque em cada um deles via Jesus. Irmãos e irmãs, peçamos a graça de ser cristãos não em palavras, mas em obras... para dar fruto, como Jesus deseja.”

fonte:

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-11/homilia-papa-francisco-dia-mundial-dos-pobres.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 14 de novembro de 2020

Esta atentos sempre para reconhecer o Senhor no Mundo

Devemos estar atentos sempre para reconhecer o Senhor no Mundo




Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 33º Domingo do Tempo Comum. Já estamos quase no final desse ano litúrgico. É hora de prestar contas da nossa administração do tempo que tivemos nesse ano litúrgico da Igreja. E devemos estar em sentido de vigilância para chegada do Senhor que não tem dia e nem hora certa.

No livro de Provérbios temos este provérbio da mulher virtuosa. É a mulher que sempre está atenta aos seus deveres de mãe e de dona de casa. E ainda sabe ser generosa com os pobres e tem uma ótima administração da casa. É aquela que sabe como multiplicar o pão para a casa e ainda dá para repartir com os necessitados. Hoje como faz falta isso.

Há muita gente precisando de ajuda e nós muitas vezes estamos alheios e agarrados a supérfluos e desperdícios de bens que Deus nos dá para sermos generosos com os outros também. Aqui a lei é o amor que rege todas as nossas ações. (cf. Pr 31,10-13.19-20.30-31)

Na primeira carta de São Paulo aos tessalonicenses nos fala da segunda vinda do Senhor. Ele nos exorta como devemos estar vigilante e nos prepararmos para chegada do Senhor.

Devemos estar conscientes para receber e perceber a presença do Senhor. Hoje estamos muito atribulados com coisas que podemos nos distrair e nem reconhecer o Senhor que vem até nós nas pessoas que estendem as mãos para que possamos ajudá-las. (cf. 1Ts 5,1-6)

O evangelista Mateus nos mostra Jesus falando dos talentos dados para diversas pessoas diferentes. O modo de distribuir foi equitativo para que todos possam produzir de acordo com a sua capacidade. Aqui é a forma que devemos comportar até a vinda do Senhor. Jesus conta a parábola dos talentos.

O administrador vai viajar e deixa talentos para as pessoas produzirem melhor e avisa que vem um dia para receber o que é devido a ele.

Cada um recebe talento de acordo com a condição de cada um para  trabalhar e fazer acontecer o trabalho produtivo. Quando o Senhor voltar. Quem recebeu 10 devolveu o dobro e por causa disso vai receber a recompensa, outro recebeu 5 talentos, também produziu os outros 5 e entregam ao Senhor e por causa disso recebe a recompensa. Mas o outro recebe um talento que é o suficiente para ele produzir e melhorar o trabalho para poder devolver ao Senhor. Isso aconteceu porque teve medo de trabalhar e ter prejuízo, então o Senhor o recrimina e tira tudo dele porque foi incapaz de administrar bem a coisa alheia. (cf. Mt 25,14-30)

Irmãos e irmãs, nós temos condições de fazer o melhor, mas para que isso aconteça devemos estar ligado ao Senhor e ainda disposto a trabalhar e produzir visando o bem comum.

Que esta liturgia nos ajude a ter espirito vigilante e atento aos talentos que Deus deu a cada um de nós para que possamos mudar e transformar esse mundo a fim que ele seja um lugar d todos. Que a mesa do pão e da Palavra sejam fartas e para todos, pois são frutos de trabalhos de cada um.

bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha