ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sábado, 10 de abril de 2021

 A Comunidade do Ressuscitado somos todos nós




Queridos irmãos e irmãs, estamos no 2º Domingo da Páscoa e é uma celebração que nos lembra da comunidade nova do Ressuscitado, pois nós somos convidados a fazer parte dela  pela Fé em Cristo na Igreja que Ele deixou nas mãos de Pedro e seus sucessores. E também, celebraremos a Festa da Divina Misericórdia.

No Livro dos Atos dos Apóstolos, Lucas descreve de modo pleno como é a comunidade ideal que o cristão está inserido. Uma comunidade dos que creem em Cristo vivo no meio de nós. Ser cristão é ser unido com todos e não pode ter divisão e nem separação, pois o que deve ter é a partilha, solidariedade, perdão e compromisso. Não podemos ser individualistas e nem querer ser notados, mas sim viver o amor de Cristo autenticamente na comunidade.

"Tudo entre eles era posto em comum, entre eles ninguém passava necessidade". Isso deve ser uma regra entre os cristãos e todos no mundo. Hoje vivemos a pior Pandemia do século, LOCKDOWN, pessoas perdendo emprego, diminuição de salários que já são muito defasados, os informais sem poder fazer o seu trabalho devido às restrições, o sistema de saúde precário e famílias enlutadas pelos milhares de mortes. Tudo isso deve ser um desafio para todos para buscar saída, solução e ajuda a quem está precisando. (cf. At 4, 32-35)

Na primeira carta de João, nos fala algo importante sobre a Páscoa do Senhor que acontece em nós quando amamos a Deus, fazendo a sua vontade e obedecendo os seus mandamentos. Deste modo estaremos seguindo Jesus na comunidade e sendo participante de uma nova realidade que nós podemos construir unidos com todos os irmãos. (cf. 1Jo 5, 1-6)

O evangelista João nos fala que a Páscoa continua acontecendo quando estamos em comunidade, enfrentando os medos e vivendo a solidariedade e partilha com todos. A fé em Cristo que temos tem que ser vivida em comunidade. Na Igreja, somos reunidos em torno do altar do Sacrifício de Cristo que se renova em cada missa e na mesa da Palavra que nos alimenta e nos fortalece está com o Ressuscitado e com todos os irmãos. Somos uma nova criação através do sopro do Espírito Santo dado aos apóstolos e a todos nós.  A Igreja nos dá os sacramentos necessários para nossa salvação.

A Igreja recebe o poder de nos perdoar em nome de Deus e ela nos envia para a missão nesse mundo tão carente de Deus e assombrado com essa pandemia.

Um apóstolo, Tomé, não estava e não acreditou nos testemunhos dos outros apóstolos que viram o Senhor Ressuscitado, mas queria a prova que Jesus está vivo e queria tocar nas chagas Dele para a comprovação que Jesus está realmente entre nós. Quando todos estavam juntos, inclusive Tomé, Jesus aparece e deseja a Paz e fala a Tomé olha e toca as minhas chagas, pois sou eu. Desse modo Tomé acredita e diz Senhor, meu Deus. Jesus elogia quem não precisa ver fisicamente Jesus, mas fé que Ele vive em nosso meio. Vamos reconhecer Jesus quando estamos em comunidade, pois Jesus é centro da Igreja. (cf. Jo 20,19-31)

Que esta liturgia nos ajude a ter mais fé e perseverar na Palavra e na Eucaristia que participamos e vivemos para que esse mundo seja uma grande família de irmãos e irmãs que querem que a realidade de morte e de pecado seja transformado em vida e na graça de Deus até participarmos da nossa Páscoa definitiva no céu.

José B. Schumann Cunha

domingo, 4 de abril de 2021

Jesus ressuscitou! A Páscoa é a vitória da vida

Jesus ressuscitou! A Páscoa é a vitória da vida


Queridos irmãos e irmãs em Cristo, Hoje celebramos o Domingo de Páscoa, Jesus ressuscita e a vida vence a Morte. É essa esperança que enche o coração de todos cristãos. Este domingo é importante porque gera todos os outros domingos que vamos participar. Cada Domingo se renova o Sacrifício Pascal de Cristo. Domingo do Senhor ou Dominus Dei é a liturgia que nos introduz na Mesa da Palavra e na Mesa da Eucaristia do Cristo Ressuscita no meio de nós.

Vamos entender melhor a liturgia bíblica deste domingo, lendo, escutando com atenção e meditando toda verdade de nossa fé.

No Livro dos Atos dos Apóstolos narra Pedro na Casa de Cornélio e aqui expor o Kerigma, anunciando que Jesus é o ungido do Pai e ele durante sua caminhada na terra, na sua vida pública, fez muito bem, curou os doentes e fez muitos milagres. Jesus libertou os oprimidos e os que estavam à margem da sociedade. A sua morte na cruz e a ressurreição selam definitivamente uma nova aliança que é de vida eterna para todos. Hoje podemos morrer, mas se cremos em Jesus estaremos ressuscitados com Ele no céu e isso é Páscoa.

Após o anúncio, toda a família de Cornélio crê em Jesus e todos foram batizados tanto os adultos como as crianças. O nosso Batismo é na fé da família que quer que a criança seja batizada e a fé da Igreja que Cristo é Senhor da vida. Se somos batizados, nós devemos ser testemunhas de Cristo em todos recantos do mundo. (cf. At 10,34.37-43)

Na Primeira carta de Paulo aos Coríntios nos narra que o Batismo nos sepulta com Cristo e traz uma vida nova e com Jesus somos ressuscitados e por causa disso devemos buscar as coisas do alto. Dessa maneira devemos comportar como novas criaturas e o homem velho desapareceu e o pecado não pode ser as armadilhas nesse mundo para afastar de Deus e de uma vida verdadeira. (Cf. 1 Cor 5,6b-8)

O evangelista de João narra como as mulheres viram o túmulo vazio quando elas foram lá de madrugada. Elas saíram correndo para avisar os discípulos, pensando que o corpo de Cristo tinha sido roubado. O sair correndo significa a pressa de dar essa notícia. Depois pela fé, elas lembraram das palavras de Jesus que ia ser morto e depois de três dias ia ressuscitar.

Hoje sabemos que Cristo está vivo realmente e nós devemos ser rápidos na divulgação, testemunhando que Cristo está vivo e vive para sempre e nos permite ter vida Nele para sempre.

A comunidade de João tinha uma pequena desconfiança de Pedro, devido de ele ter negado Jesus e não ficou presente como João junto com Maria na sua crucificação. Mas a comunidade da autoridade de Pedro como chefe da Igreja que foi dada por Cristo quando afirmou sobre o testemunho de Pedro que Jesus era o Filho de Deus vivo e só Nele devemos acreditar, pois ele tem a chave da Igreja que hoje está nas mãos do Papa Francisco.

 Ao saber que o túmulo estava vazio, então eles, Pedro e João foram correndo em direção ao túmulo. João chegou na frente e deu uma espiada para dentro do túmulo, mas esperou Pedro entrar primeiro e depois João. Deste modo eles constataram o que Jesus já tinha predito nas escrituras que Ele ia ressuscitar como de fato aconteceu. As faixas e sudário que estavam no túmulo davam a certeza a eles que Jesus ressuscitou. Desse fato eles acreditaram.

Queridos irmãos e irmãs, que esse dia de júbilo para nós que nos enche de muita alegria, pois está vivo e não morre mais. A vida venceu a morte, agora a morte não a última palavra. Que a nossa fé seja revigorada na Ressurreição de Cristo que possamos caminhar com Ele sempre na certeza que um dia vamos ressuscitar definitivamente com Ele e estar no céu para sempre. (cf. Jo 20,1-9)

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Jose B. Schumann Cunha

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Paixão, Morte de Jesus na cruz nos salva

  Paixão, Morte de Jesus na cruz nos salva



Queridos irmãos e irmãs, estamos hoje celebrando o acontecimento que marcou a história da humanidade, a morte de Jesus. Ao olhar a história da nossa salvação, acompanhando as leituras deste dia, percebemos que Jesus é servo que vai como um cordeiro predito pelo profeta Isaias. Ele aceita esse flagelo para libertar o homem da morte devido ao Pecado. Assim está escrito: “a verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria ele mesmo, nossas dores; e nós  pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! Nas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado, por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz; e suas feridas, o preço da nossa cura” (Is 52, 4-5)

Jesus é condenado à morte por um tribunal injusto e ratificado por Pilatos que detinha o poder daquela época na Terra dos judeus. Jerusalém tornou-se um lugar onde mata o Rei dos Judeus que foi aclamado como filho de Davi em um hosana pelo povo. Jesus é de fato Rei, mas um rei diferente, pois Ele é rei servidor. Ao entrar em Jerusalém estava montado em jumento em vez de carruagem de luxo. Não tinha exército, mas o Povo estava com ele. Esse povo se emudeceu diante da prisão e do julgamento injusto. Muitas vezes, até hoje, nós ficamos em silencio diante de tantas mortes, doenças, vítimas de violência de toda ordem no campo político, econômico, social e religioso do nosso tempo. Muitos não assumem o compromisso do Batismo.

No calvário temos apenas a presença de poucas pessoas que presenciaram a cena de horror e não saíram mesmo diante da ofensiva dos que crucificaram Jesus. O silenciar diante da cruz de Maria, outras mulheres e de João, seu discípulo, é para nós de fortaleza porque acredita que a morte não pode ser a última palavra. Um soldado cravou um furo no coração de Jesus e lá saiu sangue e agua que são as últimas gotas derramadas por Jesus na Crus. O céu e muito ruído aconteceram, mortos ressuscitaram e o véu do santuário rasga, significado que o antigo passou e uma nova realidade estará surgindo. Através disso o centurião declara como profissão de fé: Ele é verdadeiramente o Filho de Deus.

Na cruz e na morte de Cristo, nós unamos a muitos que morreram por muitas doenças e violências, principalmente pelos que morreram pela covid 19 e somos confortados na esperança

Para compreender bem isso é necessários termos fé e aderir a Jesus pelo Batismo. No batismo somos mortos definitivamente e renasce em uma vida nova que brota das aguas na pia batismal que está definitivamente nascido na cruz de Cristo. Que possamos pegar a nossa CRUZ e ajudar os outros a carregar a sua cruz para que a alegria da Pascoa seja experimentada por todos.

Agora estamos inseridos na Igreja de Cristo e todos fazem parte dela, mas muitos não sabem e desconhecem essa grande dadivas e também há outros que dilaceram a túnica de Cristo pelas divisões de posições ideológicas no campo da política, do social, do econômico e do religioso.

Mas é preciso buscar a unidade em Cristo e para isso devemos Hoje olhar para a cruz de Cristo na perspectiva da Ressurreição de Cristo e Nele seremos irmão uns dos outros no sangue de Cristo derramado na sua crucificação.

https://youtu.be/gkhEzzcPoyA

https://youtu.be/cslhPbhGytw

Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Tríduo Pascal, inicio de preparação para a Pascoa do Senhor

 Tríduo Pascal, inicio de preparação para a Pascoa do Senhor


Hoje iniciou-se o Tríduo Pascal com a celebração do santos óleos e renovação das promessas sacerdotais em todas as catedrais do mundo. Esta celebração é importante porque os santos óleos são usados durante o ano todo na administração dos sacramentos do Batismo, do Crisma, da ordem e da unção dos Enfermos. Também temos a noite a Missa do Lava-pés. “Nessa data, conhecida também como Quinta-feira de Endoenças, a igreja recorda o dia em que Jesus jantou com os seus apóstolos antes de ser morto na sexta-feira santa, episódio conhecido como Última Ceia.” (https://www.calendarr.com/brasil/quinta-feira-santa/)

Jesus antes desse gesto de lava-pés, Ele senta à mesa junto com os seus discípulos, fez a última ceia derradeira e nela instituiu para nós a Eucaristia. Jesus tomou o pão abençoou e deu aos seus discípulos o seu próprio corpo no pão partilhado e também tomou o cálice e deu aos seus discípulos o seu sangue que será derramado para nossa salvação.

Isso é o mistério da Fé. Temos Jesus presente na eucaristia em todos os sacrários do mundo e também quando comungamos fazemos sacrário vivo Dele em nossa vida. Um compromisso importante de todos que comungam, pois assim se fazemos pertença a Cristo e a sua Igreja.

No gesto de humildade, Jesus lava os pés dos seus discípulos e desse modo Ele sendo Mestre fez isso, nós cristãos devemos fazer o mesmo na vida de família, na Igreja, na comunidade e no mundo. O sentido de lavar os pés dos discípulos é colocar-se a serviço de todos, principalmente dos mais pequenos e pobres desse mundo.

Esse ano maioria dos lugares não houve a celebração do lava-pés, mas houve as celebrações da Eucaristia e a última celebração do dia tem um momento de adoração a Jesus no sacrário e não há benção final, mas com poucos participando, devido a pandemia que estamos presenciando no mundo inteiro. Todos saem em silencio para ficarmos na espera do Sábado Santo a onde vamos celebrar a Pascoa do Senhor a noite e é a celebração cheia de alegria e esplendor porque Jesus é vivo e ressuscitado e essa alegria enche a nossa alma porque um dia vamos estar eternamente na nossa Pascoa no céu.

Mas antes do sábado Santo onde vamos retornar a celebrar a Eucaristia, vamos passar pela Sexta-feira Santa a onde celebraremos a Paixão e Morte de Jesus as 15h. É uma liturgia simples, mas cheia de sentido porque vamos celebrar a memória de um Deus que se deixa morrer nas mãos de poderosos, gananciosos e autoritários daquele tempo que não fizeram do seu trabalho a serviço de todos.

Hoje muitos sofrem dor, angustia, morte prematura por doença, por covid 9, por aborto que elimina seres inocentes e temos ainda mortes por fome, por violência de toda ordem. Essas paixões do nosso mundo moderno é devido a negligencia de algumas pessoas, de governos, de sistemas de saúde, de justiça, de economia, de política que não funcionam para o bem comum etc. Tudo isso marca um cenário de tristeza, mas nós cristãos devemos ter a esperança e saber se posicionar diante da defesa da vida e da justiça social para todos.

Que esse tríduo que estamos celebrando assistindo através das nossas redes sociais e pelos meios de comunicamos, seja momento de reflexão e de mudança de atitude, buscando a humanização individual e coletiva para celebrar a vitória da vida diante da morte. Jesus é vencedor da morte e que possamos assumir e tomar posse dessa realidade irrefutável.

Viva Cristo. Viva a Igreja e via nossa mudança de rumo para que vida seja preservada e favorecida por as inciativas humanitárias de nosso tempo;

Tudo por Jesus nada sem Maria.

Bacharel em Teologia José B. Schumann Cunha