ALVORADA

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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 29 de agosto de 2021

Ângelus: culpar tudo e todos é perder tempo. Purificar é derrotar o mal dentro de nós

 Ângelus: culpar tudo e todos é perder tempo. Purificar é derrotar o mal dentro de nós

 

“Queridos irmãos e irmãs, neste domingo, o Papa Francisco, no Ângelus deste dia, as 12h, hora de Roma e aqui no Brasil era 7:00am. Ele fez uma bela reflexão sobre o significado de cumprir a Lei, não como uma obrigação e ato externo, mas deve ser brotado do coração. O que dá impureza a nossa vida não é o que entra em nós, mas é o que brota do nosso íntimo.

Devemos vigiar para não termos inveja, nem ódio, nem programar vingança, nem praticar adultério, corrupção que mata as pessoas e toda forma de pecado que aniquila a pessoa porque saiu dentro de si. Devemos orar, vigiar e fazer penitencia como uma oração sincera e um jejum para dominarmos a má inclinação.” (José B. Schumann Cunha)"

Ângelus: culpar tudo e todos é perder tempo. Purificar é derrotar o mal dentro de nós

É tempo de purificar: este é o convite do Papa Francisco. "Se olharmos dentro de nós, encontraremos quase tudo aquilo que detestamos fora." Que Maria, então, purifique nosso coração, superando o vício de culpar os outros e de reclamar de tudo.

"Há um modo infalível para vencer o mal: começar a derrotá-lo dentro de nós." Assim o Papa Francisco comenta o Evangelho deste domingo, 22º do Tempo Comum.

A Liturgia mostra alguns escribas e fariseus escandalizados com a atitude dos discípulos de Jesus de não lavar as mãos antes de tocar os alimentos.

“Por que Jesus e os seus discípulos ignoram essas tradições?”, questiona o Papa, explicando que para o Mestre é importante restabelecer a fé ao seu centro. É um risco observar formalidades externas colocando em segundo lugar o coração da fé. "Também nós muitas vezes 'maquiamos' a alma." Para Francisco, trata-se do risco de uma religiosidade da aparência: aparecer bem por fora, esquecendo de purificar o coração.

“Há sempre a tentação de ‘sistematizar Deus’ com alguma devoção exterior, mas Jesus não se contenta com este culto. Não quer exterioridade, quer uma fé que chegue ao coração.”

Palavras revolucionárias

A este espanto dos escribas e fariseus, Jesus responde: "O que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora. Mas é de dentro do coração humano que saem as más intenções". O Papa define essas palavras como “revolucionárias”, porque Jesus inverte a perspectiva: não faz mal o que vem de fora, mas o que nasce de dentro. Isto diz respeito também a nós, observa o Pontífice.  Com frequência, pensamos que o mal provenha sobretudo de fora: dos comportamentos dos outros, de quem pensa mal de nós, da sociedade. “É sempre culpa dos ‘outros’: das pessoas, de quem governa, do azar. Parece que os problemas chegam sempre de fora. E passamos o tempo a distribuir as culpas; mas passar o tempo a culpar os outros é perder tempo.”

Culpar os outros é perda de tempo

Nervosismo, ressentimento, tristeza e acidez afastam Deus do coração: “Não se pode ser realmente religioso na lamentação”, recorda ainda Francisco.

“Peçamos hoje ao Senhor que nos liberte de culpar os outros. Peçamos na oração a graça de não desperdiçar o tempo poluindo o mundo com reclamações, porque isto não é cristão.” O convite de Jesus é a olhar a vida e o mundo a partir do nosso coração, pedindo que Ele o purifique para tornar o mundo mais limpo. “Se olharmos dentro de nós, encontraremos quase tudo aquilo que detestamos fora”, afirma o Papa. Portanto, indica Francisco, há um modo infalível para vencer o mal: começar a derrotá-lo dentro de nós. Os primeiros Pais da Igreja e também muitos monges, acrescenta o Pontífice, afirmam que o primeiro passo no caminho da santidade é acusar a si mesmo.

"Quantos de nós, num momento do dia ou da semana são capazes de acusar a si próprios? 'Sim, mas esta pessoa me fez isto, fez aquilo, o outro fez uma barbaridade... Mas eu faço o mesmo. É uma sabedoria: aprender a acusar a si mesmo. Tentem fazer isto, lhes fará bem. A mim faz bem, quando consigo."

“Que a Virgem Maria, que transformou a história através da pureza do seu coração, nos ajude a purificar o nosso, superando antes de tudo o vício de culpar os outros e de reclamar de tudo.”

"Iluminados com as palavras do nosso Papa Francisco, possamos rever as nossas atitudes dentro da Igreja, da comunidade e questionar as nossas relações e práticas familiares, sociais, políticas e religiosas pra verificar se estamos julgando algo externo do tradicionalismo e não ver o sentida da obediência a Deus, da Tradição e da escuta da Palavra de Deus e do Magistério que foi deixado por Cristo na pessoas de Pedro e de seus sucessores.(José B. Schumann Cunha)"

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2021/08/29/14/136162296_F136162296.mp3

  Papa: ir às periferias, que estão repletas de solidão e feridas

 


“O cristianismo é exigente e muitos assumem na coerência da fé em Cristo. Ser cristão é se comprometer com os mais necessitados deste mundo, principalmente nesta pandemia mundial que atingiu em cheio os países emergentes de modo cruel. (Jose B. Schumann Cunha)”

Um pequeno grupo da Associação Lázaro já havia sido recebido pelo Papa em maio deste ano. Agora mais números, eles voltaram ao Vaticano para celebrar com Francisco os seus 10 anos de fundação. E ouviram do Pontífice palavras de encorajamento.

O Papa Francisco encerrou suas atividades neste sábado recebendo, no Vaticano, os membros da Associação Lázaro, que está completando 10 anos de existência.

O projeto nasceu na França com a finalidade de dar um lar às pessoas em situação de rua. Mais do oferecer um abrigo, a experiência dos membros da Associação é morar com essas pessoas nas casas e compartilhar o seu cotidiano. Hoje, 10 anos depois, o projeto cresceu e está presente na Bélgica, na Espanha e no México.

Assim diz o Papa Francisco:

“Agradeço a Deus pela bela experiência que estão tendo na coabitação e fraternidade que vivem no dia a dia”, escreve o Papa no discurso que foi entregue, definindo o projeto como “uma vitrine da amizade social que todos somos chamados a viver”.

“Num ambiente cheio de indiferença, individualismo e egoísmo, faz-nos compreender que os valores da vida autêntica se encontram em acolher as diferenças, respeitar a dignidade humana, escutar, cuidar e servir os mais humildes.”

A coragem de abrir portas

Depois de ouvir alguns testemunhos, o Papa deixou de lado o texto escrito e entregue, e refletiu sobre o que ouviu. O discurso de Francisco baseou-se numa imagem, a da "porta", uma metáfora de muitas experiências relatadas durante o encontro: "A experiência da porta aberta, da porta fechada, o medo de não me abrirem a porta, o medo de me fecharem a porta na cara. Esta experiência que acabamos de ouvir de alguns de vocês é a experiência de cada um de nós se olharmos para dentro de nós mesmos".

Tantas situações que suscitam uma pergunta: "Qual é a minha relação com a porta?". "A porta é Deus", diz o Papa. Qual é a minha relação com a porta? Será que me aproprio dela e não deixo ninguém entrar? Ou será que tenho medo de bater à porta? Ou será que espero sem bater que alguém a abra para mim? Cada um de nós tem atitudes diferentes em relação a Deus que é a porta.

Lázaro, uma pequena gota no mar da necessidade

Por vezes, na vida, é preciso ter "a humildade de bater à porta", outras vezes é preciso ter "a coragem de não ter medo daquele que me vai abrir a porta, que é Deus". E uma vez dentro, deve-se ter "a grandeza de não fechar a porta atrás de mim", mas sim "de a abrir para que outros possam entrar". É o que a instituição tem feito há anos: "Abrir portas". Não como "porteiros", mas como "homens e mulheres que, porque uma vez abriram a porta a cada um de vocês, sentem a necessidade de a abrir aos outros".

O Papa expressou assim a sua mais profunda gratidão por esta gota no mar das necessidades. Uma gota, no entanto, preciosa: "Vão em frente!”. Sem, porém, a soberba de acharem são grandes.

Não desistam

Papa: servir aos pobres é servir a Deus

O mesmo encorajamento está contido no discurso entregue. Na sociedade, pode-se sentir isolado, rejeitado e sofrer de exclusão. “Mas não desistam, não se desencorajem”, foram as palavras do Pontífice.

Francisco os animou a permanecerem firmes em suas convicções e fé. “Vocês são a face amorosa de Cristo. Então espalhem à sua volta este fogo de amor que aquece corações frios e secos.”

A exortação do Papa prosseguiu pedindo que os membros da Associação possam ir para as periferias, “que estão frequentemente cheias de solidão, tristeza, feridas interiores e perda do gosto pela vida”.

“Com as suas palavras e ações, derramem o óleo de consolação e cura sobre os corações feridos. Quero repetir: Deus os ama.”

“Assim, podemos ver que esta iniciativa dos leigos da França deve inspirar a muitos cristãos para ser balsamos regeneradores desta sociedade que está passando por uma grande crise sanitária e também política e religiosa no mundo. Que Deus abençoe a todos e que o mundo seja melhor com gestos de solidariedades assim de todos para que a Igreja seja de saída e do pão partilhado com os mais sofredores no mundo. (Jose B. Schumann Cunha)”

sábado, 28 de agosto de 2021

A Lei de Deus é justa e ajuda o ser humano

  A Lei de Deus é justa e ajuda o ser humano




 

Queridos irmãos e irmãs em Cristo, neste domingo estamos celebrando o 22º Domingo do Tempo Comum. E a liturgia dominical vai nos ajudar a refletir e entender sobre o sentido da Lei. O objetivo da Lei de Deus é dar ao homem o sentido pleno na vida dele e da sua realização como pessoa. E ela é uma proposta de Deus e dá o modo como deve ser observada, pois é uma Lei que ajuda a pessoa viver bem com Deus e com o próximo praticando a justiça verdadeira que Deus quer que cada uma faça neste mundo

 

No Livro do Deuteronômio, o Povo de Deus recebe a Lei de Deus por Moisés para poder viver bem na nova terra prometida. Se observarmos bem, é desejo espiritual para que as pessoas sejam fiéis a Deus e sejam observadores desta Lei para viver bem. Não é uma imposição, mas uma grande ajuda e é sinal de um povo que vai tomar posse da terra que Deus preparou para todos.

 

Os outros povos não a tinham, pois a Lei é o selo da Aliança do Deus vivo com seu povo na nova terra que se avizinha. A observância da Lei de Deus é uma forma de obediência e gratidão a um Deus libertador. Deus sempre é fiel e ajudou o povo a não ficar em caminhos aventurosos que não levam a lugar nenhum. Se refletirmos melhor o sentido dos Mandamentos de Deus é a trilha para a felicidade e vida plena aqui até um dia no reino definitivo no céu.

 

Não precisamos aumentar as regras e nem acrescentar artigos a ela porque ali tem o necessário para que todos vivam em comunhão com Deus e com os irmãos. Infelizmente os judeus multiplicaram exigência que só aumentaram o julgo e escravidão da Lei que não era a que Deus tinha proposto. Como hoje vemos a Constituição de uma nação em que os seus legisladores multiplicam leis para proveito de quem está no poder e outras que mais atrapalham as pessoas, provocando injustiças de toda ordem. Em vez de ser sinal de liberdade que foi proposta por Deus torna-se um peso para o povo. (cf. Dt 4,1-2.6-8)

 

Na Carta de Tiago nos exorta e nos lembra para que não sejamos apenas ouvintes da Palavra de Deus, mas sim cumpridores dela, pois ela é vida e condição de ter a felicidade plena neste no mundo e na caminhada ao reino definitivo onde Deus já preparou para todos.


Muitas vezes estamos presos a ritos e gestos que se perdem no verdadeiro sentido de ser discípulo de Cristo. Devemos ser solidários aos órfãos e viúvas e ainda ser comprometido com amor fraterno na vivência da comunidade igreja. Jamais ser uma Igreja intimista e nem uma Igreja de aparência na ostentação sem ser a Igreja de saída no mundo que grita por justiça e partilha. (cf. Tg 1,17-18.21-22.27)

 

O evangelista Marcos nos mostra Jesus que explica o sentido da Lei de Deus para todos nós. Os judeus tramavam contra Jesus porque Ele mostrava e denunciava a distorção da Lei que sacrificava a maioria do povo que sofria discriminação, injustiça e fome.

 

Hoje percebe-se isso também. Os poderosos do mundo querem calar o povo, impondo leis que amordaçam o povo para não questionar e nem denunciar as injustiças que se praticam por eles contra o povo. Jesus diz assim: “Hipócritas... Abandonais o Mandamento de Deus, apegando-vos à tradição dos homens".

 

Deus não quer observância externa da Lei, mas o desejo que vem do coração do homem que é o amor. Os acréscimos feitos na Lei de Deus são preceitos humanos que subjugam o ser humano para não ser livre. Isso não foi e não é desejo de Deus. A novidade do cristianismo está na Lei do amor e em Jesus resume os 10 mandamentos no amor, portanto a lei é um sinal de um caminho da verdadeira liberdade de sermos filhos de Deus.

 

É preciso uma conversão e entender a Lei de Deus que jamais será empecilho para sermos felizes. (Mc 7,1-8.14-15.21-23)

 

Os fariseus daquela época estão neste mundo em que vivemos, pois impedem muitos com regras e disposições alfandegárias de participar da sociedade e da comunidade cristã, excluindo-os e discriminando-os muitos. 


Estamos celebrando nesta dia o ministério do catequista, este tem o papel e o dever de ensinar aos que vão receber os sacramentos da Igreja, uma doutrina cristã sadia e sem entraves para que os catequizandos possam assumir os compromissos batismais numa Igreja viva da partilha do pão e no Banquete da vida desejada por Deus em Cristo;

 

Que esta liturgia nos ajude a sermos verdadeiros cristãos, obediente a sua Palavra e aos mandamentos de Deus que liberta a cada um de nós das armadilhas deste mundo que nos escravizam as ideologias cegas da política, da justiça, da economia, da religião e das regras sociais que discriminam e excluem o povo, deixando-o na margem da sociedade capitalista de nosso tempo.

 

Tudo por Jesus nada sem Maria! Eis me aqui Senhor, envia-me para onde precisa de pregador da sua Palavra.


Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Na escolha que devemos fazer, então devemos dizer: “Senhor, a quem iremos?"

Na escolha que devemos fazer, então devemos dizer: “Senhor, a quem iremos?"




Queridos irmãos e irmãs, no domingo passado, a liturgia nos chamou atenção sobre a importância da escolha que devemos fazer. Nesse mundo tem muitos caminhos e ideologias políticas, religiosas, sociais e econômicas, então perguntamos quais que devemos seguir? Isso é uma encruzilhada em que ficamos, então devemos escolher e assumir qual caminho a seguir que vai trazer a vida plena. Há um só caminho que leva a vida plena e eterna. Aqui está a decisão de assumir o caminho que leva a Deus que quer nos libertar das escravidões que nos levam a morte e distanciamento do bem.

A liturgia bíblica nos mostra dois testemunhos autênticos e que nos ajudam a termos convicção de seguir o Deus verdadeiro que nos traz a liberdade e vida digna. As leituras nos dão dois testemunhos muito significativos: Josué e Pedro.

No livro dos juízes o povo teve que optar pelo Deus vivo ou por ídolo que nada faz. Josué chama atenção do povo para quem quer seguir e dá a oportunidade de escolha para o povo dizendo: "ESCOLHEI a quem quereis servir: os deuses do lugar, ou o Deus que nos libertou do Egito e fez uma Aliança conosco?   Eu, porém, e a minha família vamos servir ao Senhor". Essa afirmação de Josué é um testemunho eloquente que fala por si só e essa afirmação deve ressoar no nosso coração como certeza da nossa fé em Deus. Aqui podemos dizer que queremos estar com Deus verdadeiro porque sempre está do lado do povo, tanto no passado como agora na nossa história de vida. Devemos ser fiel a Deus e estar com Ele em todos os momentos tanto nos infortúnios como na alegria.  (cf Js 24,1-2.15-18)

Na carta de São Paulo aos Efésios nos fala da relação da Igreja com Cristo. Jesus é a cabeça da Igreja e se entregou por ela. Jesus foi fiel. Aqui a uma explicação que a família deve se espelhar na relação que Cristo tem com a sua Igreja. A obediência, a solicitude e o amor devem estar na relação do casal como a Igreja deve estar com Cristo sempre. Não podemos ser mais que os outros e nem ser arrogantes diante da vida em comunidade, nas pastorais ou na família, mas como membros que se ajudam e se respeitam mutuamente. É o corpo que se manifesta na sua beleza, na sua  autonomia e na sua articulação de todo a sua essência de existir e assim devemos buscar a união mais intima com Deus e com a família  no diálogo e no amor reciproco de doação e compromisso. (cf. Ef 5,21-32)

O evangelho de São João nos mostra a escolha de Pedro e dos Apóstolos. Aqui está o contexto do discurso do pão da vida. Jesus é o pão da vida que anima e fortalece a caminhada dos discípulos. Assumir e assimilar Jesus no alimento deve ser uma escolha dos que creem a Jesus e faz a adesão ao seu projeto de vida e libertação. Ou seguimos Jesus e as suas consequências ou procuramos outros caminhos que não podem dar sentido a vida. (cf. Jo 6,60-69)

O mundo experimenta uma realidade efêmera que não traz a felicidade e bem durável, mas que são passageiros e depois trazem frustração. Se ficarmos presos ao pão material que acaba, riquezas e ostentação que trazem ilusão, prestígios sem serviços aos necessitados e muitos outros que não satisfazem completamente a vida das pessoas e isso traz um grande vazio existencial. Não podemos procurar uma Igreja fácil e algo só para satisfazer o nosso egoísmo sem se comprometer com todos. 

Hoje é necessário ser uma Igreja viva, comprometida com todos, principalmente aos que mais sofrem nesse mundo. Devemos ser a Igreja do pão partilhado e de saída para ir atrás das ovelhas machucadas pela injustiça da nossa sociedade, que muitas vezes, excluem os mais fracos e indefesos.

Que a liturgia nos ajude a abrir o nossos olhos aos pobres e também nos ajudar a colocar as mãos na massa do trabalho pastoral a favor da vida. Sair da Igreja de pedra pra uma Igreja viva d e pessoas que sintam acolhido numa grande família, fazendo do corpo único que é Cristo com todo os seus membros. Amém.

Tudo por Jesus nada sem Maria,. Eis me aqui Senhor, envia-me a onde precisar de pregador do seu Evangelho.

Jose B. Schumann Cunha

sábado, 14 de agosto de 2021

Maria, quem é ela na História da nossa salvação?

 Maria, quem é ela na História da nossa salvação?




Queridos irmãos e irmãs, neste domingo estamos celebrando a Festa da Assunção de Nossa Senhora. É um dogma de fé proclamado pelo Papa Pio XII no ano de 1950. Essa verdade proclamada pela Igreja já era aceita pelos cristãos de todo tempo, isto é  desde os primeiros cristãos.

Em Jerusalém se encontra duas igrejas dedicadas a Nossa Senhora, sendo uma de Dormição que é dedicada a ela como aquela que adormeceu e tem o título Virgem adormecida.  A cripta do tumulo de Maria, no Getsêmani onde maria foi enterrada, mas ao lado dele tem uma pintura muito significativa da Assunção de Nossa Senhora. Porque  que disso? Aqui podemos tirar uma conclusão no tocante que Maria não poderia desfazer o seu corpo como um castigo do pecado, mas ela, por desígnio de Deus, foi concebida sem Pecado para poder ser a mãe de Jesus, o filho de Deus que não poderia carregar a mancha do pecado, pois Deus não tem pecado.

Esse acontecimento da assunção de Nossa Senhora faz com que seja constado que Maria foi levada de corpo e alma para o céu pelos anjos. Ela foi glorificada por Deus devido ao mérito de ser a mãe de verbo encarnado de Deus e ser exemplo de mulher obediente e fiel. Ela está no céu junto com seu filho amado e lá um dia vamos toso está junto dessa gloria.

A Igreja fica ornada neste dia devido ao cumprimento do Mistério Pascal, pois Maria é a cheia de Graça plena e o pecado não atingiu de maneira alguma a sua pessoa. Deus quis assim e quem somos nós para opor a esse mistério que se associa a poder da ressureição de Cristo.

A liturgia toda deste domingo nos remete a esse mistério grandioso que nos nos alegra muito. O livro do apocalipse nos fala da figura de uma mulher que dá a luz e ela é a vestida de sol, que é a luz de Cristo nela. Ela traz consigo um filho que é perseguido pelo dragão, símbolo do mal, para devorá-lo. Mas isto não acontece.

A mulher é a Igreja, o dragão é o mal e o menino é o Cristo. Sem nenhuma dúvida podemos aplicar a figura da mulher a Maria, e hoje a dedicamos nesta festa da Assunção de Maria ao Céu. (cf. Ap 11,19-12,1-6.10)

A "mulher" é a Igreja, o "dragão" significa o mal e o "menino" é Cristo. Todas as passagens das Escrituras referentes ao povo fiel a Deus podem ser aplicadas à nossa Mãe, Maria Santíssima. Eis porque essa é apresentada à nossa reflexão nesta solenidade da Assunção de Nossa Senhora.

Na Primeira Carta aos Coríntios, temos São Paulo que diz que todos vão ser glorificados em Cristo um dia no céu. Sabemos que Jesus é a primícias da ressureição e seguida todos nós. Essa certeza nos enche de alegria e nós somos testemunhas de tantos que a Igreja proclama de bem-aventurados aqueles que são declarados santos e mártires na missão de testemunhar Cristo na evangelização dos povos de todos os tempos.

Isso podemos constatar de modo categórico com a Festa da Assunção de Nossa Senhora, a grande bem-aventurada que se dispôs de modo inequívoco de fazer a vontade de Deus, tornando-se a mãe de Cristo, educando-o e acompanhando-o na sua missão, no martírio da cruz e no início da Igreja com os apóstolos. Assunção é a certeza que estaremos no céu um dia vivendo a vida eterna com Deus para sempre. (cf. 1 Cor 15,20-27)

No Evangelho de Lucas narra a visita de Maria a sua prima Isabel. Maria chegando foi recebida pela sua prima que estava grávida também e algo maravilho se torna real, pois Isabel, movida pelo Espirito Santo constata que Maria é a Mãe do Salvador que está no ventre de Maria e João no ventre de Isabel se ajoelha diante de Jesus que estava no ventre de Maria.

Uma verdade foi dita por Isabel: "Bem-aventurada és tu porque acreditaste!". Por que duvidar disso? Então nós podemos afirmar que Maria é a bem-aventurada de Deus, pois é a virgem obediente que deu seu sim e dessa maneira o verbo de Deus se encarnou entre nós e tornou-se o salvador da humanidade. Quem crê em Cristo e for batizado é salvo também. Maria é a partida inicial para que Deus habitasse e se fizesse presente no mundo. (cf. Lc 1,39-56)

Maria proclama o hino de gratidão e louvor no seu grande Magnificat. Deus é sempre bom e justo, olha os pobres e humildes e faz a justiça aos gananciosos e orgulhosos que não deixam a vida acontecer. Deus é fiel a sua promessa para sempre.

Que esta liturgia nos ajude a entender que Deus está atento e faz justiça sempre. Deus ouve o clamor dos oprimidos e pune os poderosos que massacram om povo com ideologia desmana na economia, na política, no social e ainda no campo religioso que pode muitas vezes escravizar no fanatismo irracional que aniquila a liberdade de ser filho de Deus libertador.

Tudo Por Jesus Nada sem Maria. Eis me aqui Senhor, envia-me a onde mais precisa de evangelização.

Bacharel em Teologia José B. Schumann Cunha

sábado, 7 de agosto de 2021

Deus nos pede que nos "Levanta e come" para a missão

 Deus nos pede que nos "Levanta e come" para a missão



 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 19º Domingo do Tempo Comum. A liturgia nos chama para sair do comodismo e intimismo para evangelizar e quem vai nos sustentar e ter forças é o próprio Deus. Deus oferece vida plena no pão da vida que é definitivo para todos nós. Por que ficar buscando pães que resolve momentaneamente a fome e ainda deixa como presa de ideologias políticas, sociais, econômicas e religiosos?


No Primeiro Livro dos Reis temos Elias que recebe no deserto um pão que vem do céu para ele. Isto para recompor as forças dela diante do medo que ele estava tendo do Rei e da rainha que foi por ele acusados das ruínas de Israel. Elias desafiou os profetas do deus Baal. Este deus que dava sustentação à religião pagã da rainha Jezabel. Elias foge para o deserto, lugar onde Deus sempre está presente no êxodo feito.

 

Deus não abandona o seu povo e sempre vem em socorro dele. Elias alimenta o pão do céu, restabelece as forças e a fé. Caminha 40 dias e 40 noites até ao monte Horebe, monte de Deus. Deus está presente sempre. Este pão que Elias prefigura o pão eucarístico, que é a presença de Cristo real na eucaristia. (cf. 1 Rs 19,4-8)

 

Na carta de São Paulo aos Efésios nos mostra como é a aceitação desse pão do céu, pois para que isso seja válido é praticar a verdadeira caridade com os irmãos. Ser uma Igreja viva comprometida com os mais fracos e necessitado, não com discursos eloquentes, mas ser próximo e ser solidário, partilhando bens com todos que precisam. (cf. Ef 4, 30-5,2)

 

O salmista nos lembra que devemos provar que Deus é sempre bom para com todos e nunca deixa ninguém na mão. (cf. Sl 34)

 

O evangelista São João nos mostra Jesus se apresentando com o pão que desceu do céu para dar a vida ao mundo. Diante da murmuração do povo no deserto onde Jesus estava, mas Ele reafirma que Ele é o pão do céu e quem come ele tem vida eterna. O que significa comer a carne de Jesus na eucaristia a resposta é simples porque assimilar Jesus na sua vida para fazer o que Jesus fez no mundo.

 

Ser solidário, ser compassivo, ser bom, ser misericordioso, ser balsamo regenerador, viver a partilha com os mais necessitados. E ainda ser voz dos que são esquecidos e marginalizados pelos sistemas dominantes como religião, política, social e econômico da sociedade moderna. Não podemos jamais ser insensíveis diante dos gritos de socorro de milhares de pessoas que perderam parentes nesta pandemia, de empregos devido a política individualista sanitárias de governos e diminuição de pensão a aposentadorias após a reforma previdenciária. (cf. Jo 6,41-51)

Neste domingo celebramos o dia dos pais, uma grande responsabilidade para esse tempo difícil que estamos vivendo. Crianças sem escola, saúde precária, sistema de saúde ruim e ainda políticas sanitárias equivocadas que levaram milhares a morrer e a ficarem doentes.

 

Que esta liturgia nos ajude a despertar o compromisso com o povo sofrido, sendo uma mão que ajuda e favorece aos humildes e pobres.


Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

Tudo por Jesus nada sem Maria.

Eis-me aqui senhor! Envia-me!