Ângelus: culpar tudo e todos é perder tempo. Purificar é derrotar o mal dentro de nós
“Queridos irmãos e irmãs, neste domingo, o
Papa Francisco, no Ângelus deste dia, as 12h, hora de Roma e aqui no Brasil era
7:00am. Ele fez uma bela reflexão sobre o significado de cumprir a Lei, não
como uma obrigação e ato externo, mas deve ser brotado do coração. O que dá
impureza a nossa vida não é o que entra em nós, mas é o que brota do nosso íntimo.
Devemos vigiar para não termos inveja, nem ódio, nem programar vingança, nem praticar adultério, corrupção que mata as pessoas e toda forma de
pecado que aniquila a pessoa porque saiu dentro de si. Devemos orar, vigiar e
fazer penitencia como uma oração sincera e um jejum para dominarmos a má inclinação.” (José B. Schumann Cunha)"
Ângelus: culpar tudo e todos é
perder tempo. Purificar é derrotar o mal dentro de nós
É tempo de purificar: este é o
convite do Papa Francisco. "Se olharmos dentro de nós, encontraremos quase
tudo aquilo que detestamos fora." Que Maria, então, purifique nosso
coração, superando o vício de culpar os outros e de reclamar de tudo.
"Há um modo infalível para
vencer o mal: começar a derrotá-lo dentro de nós." Assim o Papa Francisco
comenta o Evangelho deste domingo, 22º do Tempo Comum.
A Liturgia mostra alguns escribas
e fariseus escandalizados com a atitude dos discípulos de Jesus de não lavar as
mãos antes de tocar os alimentos.
“Por que Jesus e os seus
discípulos ignoram essas tradições?”, questiona o Papa, explicando que para o
Mestre é importante restabelecer a fé ao seu centro. É um risco observar
formalidades externas colocando em segundo lugar o coração da fé. "Também
nós muitas vezes 'maquiamos' a alma." Para Francisco, trata-se do risco de
uma religiosidade da aparência: aparecer bem por fora, esquecendo de purificar
o coração.
“Há sempre a tentação de
‘sistematizar Deus’ com alguma devoção exterior, mas Jesus não se contenta com
este culto. Não quer exterioridade, quer uma fé que chegue ao coração.”
Palavras revolucionárias
A este espanto dos escribas e
fariseus, Jesus responde: "O que torna impuro o homem não é o que entra
nele vindo de fora. Mas é de dentro do coração humano que saem as más
intenções". O Papa define essas palavras como “revolucionárias”, porque
Jesus inverte a perspectiva: não faz mal o que vem de fora, mas o que nasce de
dentro. Isto diz respeito também a nós, observa o Pontífice. Com frequência, pensamos que o mal provenha
sobretudo de fora: dos comportamentos dos outros, de quem pensa mal de nós, da
sociedade. “É sempre culpa dos ‘outros’: das pessoas, de quem governa, do azar.
Parece que os problemas chegam sempre de fora. E passamos o tempo a distribuir
as culpas; mas passar o tempo a culpar os outros é perder tempo.”
Culpar os outros é perda de tempo
Nervosismo, ressentimento,
tristeza e acidez afastam Deus do coração: “Não se pode ser realmente religioso
na lamentação”, recorda ainda Francisco.
“Peçamos hoje ao Senhor que nos
liberte de culpar os outros. Peçamos na oração a graça de não desperdiçar o
tempo poluindo o mundo com reclamações, porque isto não é cristão.” O convite
de Jesus é a olhar a vida e o mundo a partir do nosso coração, pedindo que Ele
o purifique para tornar o mundo mais limpo. “Se olharmos dentro de nós,
encontraremos quase tudo aquilo que detestamos fora”, afirma o Papa. Portanto,
indica Francisco, há um modo infalível para vencer o mal: começar a derrotá-lo
dentro de nós. Os primeiros Pais da Igreja e também muitos monges, acrescenta o
Pontífice, afirmam que o primeiro passo no caminho da santidade é acusar a si
mesmo.
"Quantos de nós, num momento
do dia ou da semana são capazes de acusar a si próprios? 'Sim, mas esta pessoa
me fez isto, fez aquilo, o outro fez uma barbaridade... Mas eu faço o mesmo. É
uma sabedoria: aprender a acusar a si mesmo. Tentem fazer isto, lhes fará bem.
A mim faz bem, quando consigo."
“Que a Virgem Maria, que
transformou a história através da pureza do seu coração, nos ajude a purificar
o nosso, superando antes de tudo o vício de culpar os outros e de reclamar de
tudo.”
"Iluminados com as palavras do nosso Papa Francisco, possamos rever as
nossas atitudes dentro da Igreja, da comunidade e questionar as nossas relações
e práticas familiares, sociais, políticas e religiosas pra verificar se estamos
julgando algo externo do tradicionalismo e não ver o sentida da obediência a
Deus, da Tradição e da escuta da Palavra de Deus e do Magistério que foi
deixado por Cristo na pessoas de Pedro e de seus sucessores.(José B. Schumann Cunha)"
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