ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 31 de dezembro de 2023

Gratidão a Virgem Maria

  Papa: a Igreja aprende a gratidão e a esperança da Virgem Mãe



"O cristão, como Maria, é um peregrino de esperança": no final da tarde deste domingo, 31 de dezembro de 2023, o Santo Padre presidiu as Primeiras Vésperas da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, com o canto do Te Deum, em ação de graças pelo ano que passou. Ao final, Francisco dirigiu-se à Praça São Pedro onde rezou diante do Presépio.

Primeiras Vésperas de Santa Maria, Mãe de Deus e Te Deum

A fé nos permite viver esta hora de forma diferente de uma mentalidade mundana. A fé em Jesus Cristo, Deus encarnado, nascido da Virgem Maria, dá uma nova maneira de perceber o tempo e a vida. Eu o resumiria em duas palavras: gratidão e esperança.

Alguém poderia dizer: “Mas não é o que todos fazem nesta última noite do ano? Todos agradecem, todos esperam, crentes ou não crentes”. Talvez possa parecer que seja assim, e quem sabe o seja! Mas, na realidade, a gratidão mundana, a esperança mundana são aparentes; falta-lhes a dimensão essencial que é a da relação com o Outro e com os outros, com Deus e com os irmãos. Estão focados no eu, nos seus interesses e assim tem o fôlego curto, não vão além da satisfação e do otimismo.

Pelo contrário, nesta Liturgia, que culmina com o grande hino Te Deum laudamus, respira-se uma atmosfera completamente diferente: a do louvor, da admiração, da gratidão. E isto acontece não pela grandiosidade da Basílica, não pelas luzes e cantos - estas coisas são antes a consequência -, mas pelo Mistério que a antífona do primeiro salmo assim expressou: «Admirável intercâmbio! O Criador da humanidade assumindo corpo e alma, quis nascer de uma virgem; […] nos dou sua própria divindade."

A liturgia nos faz entrar nos sentimentos da Igreja; e a Igreja, por assim dizer, aprende-os com a Virgem Mãe.

Pensemos em qual teria sido a gratidão no coração de Maria enquanto olhava para Jesus recém-nascido. É uma experiência que somente uma mãe pode fazer, e que, todavia, nela, na Mãe de Deus, tem uma profundidade única, incomparável. Maria sabe, ela sozinha junto com José, de onde vem aquele Menino. Mas está ali, respira, chora, tem necessidade de comer, de ser coberto, cuidado. O Mistério dá espaço à gratidão, que aflora na contemplação do dom, na gratuidade, enquanto sufoca na ansiedade de ter e de aparecer.

FONTE: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-12/papa-francisco-primeiras-vesperas-maria-mae-deus-te-deum.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 30 de dezembro de 2023

Família é algo sagrado

 Família é algo sagrado


Queridos irmãos e irmãs, estamos nas oitava de Natal. Esse clima de festa da família que se reúne para celebrar o Natal do Senhor. E hoje neste domingo estamos celebrando a família modelo para nós, que é a família de Nazaré, Jesus, Maria e Jose. Jesus nasci numa família frágil e pobre como toda criança. Ele foi acolhido com amor e teve um carinha de mãe com amparo do pai adotivo José .

Por causa disso todas as famílias são queridas por Deus e são sagradas como foi a família de Jesus. Devemos nos esforçar para passar mais tempo com a família, dedicando atenção, amor e viver na fraternidade, isto é no amor e perdão recíproco.

No livro Eclesiástico nos chama atenção a obediência aos pais e honrá-los. Aqui é dar o devido valor aos pais e reconhecer a sua responsabilidade e ter atitudes corretas para com eles. Qual a recompensa se fizer isso é ter o perdão dos pecados, vida longa e atenção de Deus. Deus ama a fidelidade e o amor a Ele que é Pai bondoso. (cf. Sr 3,3-7.14-17)

A carta de Paulo aos Colossenses nos dá conselhos úteis para a família e para a comunidade. Assim está escrito: "Revesti-vos de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência, de tolerância, de perdão recíproco". E dá ainda as recomendações aos pais, esposos e filhos. Se fizermos ganhamos graças e bênçãos de Deus. (cf. Cl 3,12-21)

No Evangelho de Lucas nos narra a presença da família de Nazaré, cumprindo a lei daquela época e assim fizeram a apresentação do seu filho primogênito no Templo de Jerusalém.

A identidade de Jesus é revelada pelos profetas, Simeão diante de Ana a profetiza do Senhor. Estes dois acolhem Jesus. Eles, mesmos anciãos, colocam os seus olhos no futuro. Reconhece em Jesus a ação libertadora de Deus no mundo através de Jesus. É a epifania de Jesus. Deus vai restaurar tudo, essa era esperança do Povo da chegada do Messias. Israel fiel é representado por esses dois personagens. Jesus é a luz que ilumina todos os povos. Jesus vai crescer em estatura, sabedoria e graças diante de Deus e dos homens. Maria percebeu que ler a Palavra, escuta-la e pôr em prática, tudo isso nos dá abundância de graça e faz bem a pessoa. (cf. Lc 2,22-40)

O sínodo que está acontecendo nos fala: "Guardai a Bíblia em vossas casas, lede-a, aprofundai e compreendei plenamente suas páginas, transformai-a em oração e testemunho de vida, escutai-a com amor e fé na liturgia. Criai o silêncio para escutar com eficácia a Palavra do Senhor e conservai o silêncio depois da escuta, porque ela continuará habitando, vivendo e falando-vos. Fazei que ela ressoe no começo do vosso dia, para que Deus tenha sempre a primeira palavra e deixai-a ressoar em vós à noite, para que a última palavra seja de Deus". (Sínodo dos Bispos).*A Palavra de Deus tem o seu lugar na vida de nossas famílias?

Devemos preocupar com a formação religiosa dos filhos enquanto são pequenos para ver a importância de ser fiel a Deus e a Igreja, assim como fez a família de Nazaré, levando Jesus ao Templo. Seremos assíduo a Palavra e a Eucaristia, vamos caminhar firmes na Fé em Cristo.

Que esta liturgia nos ajude a sermos fiéis a Deus e ter uma ótima relação com a família e com a comunidade cristã, procurando ser fiéis e coerentes na fé que recebemos no Batismo.

Tudo por Jesus, nada sem Maria! Servus Christi Semper!!

Jose B. Schumann

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Jovens ousem construir um mundo novo

 

Papa aos jovens de Taizé: ousem construir um mundo novo




Francisco escreve aos jovens que participam em Ljubljana do 46º Encontro Europeu de Taizé, que começa hoje (28/12). O Papa incentiva os participantes a ouvir e a acolher os que estão à margem da sociedade.

O Papa Francisco enviou suas saudações aos jovens reunidos em Ljubljana com a comunidade de Taizé "para rezar e compartilhar a vida do povo local e das comunidades eclesiais". O 46º Encontro Europeu de Taizé, uma reunião ecumênica de jovens de vários países e denominações, acontece de 28 de dezembro a 1º de janeiro e tem como tema central: "Caminhando juntos".

Coragem para ouvir e dialogar

Na mensagem assinada pelo cardeal secretário de Estado Pietro Parolin, o Santo Padre destaca a possibilidade que os participantes têm de viver "a bela experiência da amizade com Deus e com os outros" como Igreja e comunidade.

Como o "Corpo do Senhor Ressuscitado presente no mundo", os jovens são convidados a redescobrir a arte de ouvir, um ato de amor que está no coração da escuta. Em um mundo onde os conflitos e as guerras surgem continuamente devido à falta de escuta, o Papa exorta a juventude a "ousar construir um mundo diferente, um mundo de escuta, diálogo e abertura".

Trabalhar pela "transformação qualitativa"

O desafio, diz o Papa, é "trabalhar para a transformação qualitativa de nossa vida nas sociedades", especialmente evitando todas as formas de "marginalização, fechamento, exclusão e rejeição" de várias categorias de pessoas. Assim, diz Francisco, os jovens podem desenvolver  "culturas e religiões para um mundo estável e aberto".

Viver como Jesus

Francisco incentiva a juventude a se comprometer a viver como Jesus, que não excluía ninguém, mas reconhecia a presença de Deus naqueles que estavam à margem da sociedade.

O cardeal Parolin conclui a carta com a garantia de que o Papa Francisco "conta com vocês e confia em vocês, e a Igreja confia em vocês". O Papa, diz o secretário de Estado do Vaticano, está pedindo que, com suas palavras e ações, "transmitam uma mensagem forte ao nosso mundo, que rejeita os vulneráveis. Tornem seus sonhos de amor, justiça e paz uma realidade concreta. Não deixem que seus sonhos sejam roubados e contribuam para construir uma sociedade digna".

fonte:
https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-12/papa-aos-jovens-de-taize-ousem-construirum-mundo-novo.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Urbi et Orbi: dizer «não» à guerra, viagem sem destino, loucura indesculpável, pede o Papa

 Urbi et Orbi: dizer «não» à guerra, viagem sem destino, loucura indesculpável, pede o Papa

Neste Natal, o Papa na Mensagem e Bênção Urbi et Orbi da sacada central da Basílica de São Pedro: "Isaías, que profetizara o Príncipe da paz, deixou escrito que virá um dia em que «uma nação não levantará a espada contra outra»; um dia em que os homens «não se adestrarão mais para a guerra», mas «transformarão as suas espadas em relhas de arado, e as suas lanças em foices» (2, 4). Com a ajuda de Deus, esforcemo-nos para que se aproxime esse dia!"

"Queridos irmãos e irmãs, feliz Natal!

O olhar e o coração dos cristãos de todo o mundo estão voltados para Belém; lá, onde nestes dias reinam a dor e o silêncio, ressoou o anúncio esperado há séculos: «Nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor» (Lc 2, 11). Trata-se das palavras do anjo no céu de Belém, que são dirigidas também a nós. Enche-nos de confiança e esperança saber que o Senhor nasceu para nós; que a Palavra eterna do Pai, o Deus infinito, fixou a sua morada entre nós. Fez-Se carne, veio «habitar connosco» (Jo 1, 14): esta é a notícia que muda o curso da história!

O anúncio de Belém é o anúncio duma «grande alegria» (Lc 2, 10). Qual alegria? Não a felicidade passageira do mundo, nem a alegria da diversão, mas uma alegria «grande» porque nos faz «grandes». De facto hoje nós, seres humanos, com as nossas limitações, abraçamos a certeza duma esperança inaudita: a esperança de termos nascido para o Céu. Sim, Jesus nosso irmão veio fazer do Seu Pai o nosso Pai: Menino frágil, revela-nos a ternura de Deus e muito mais… Ele, o Unigênito do Pai, dá aos homens o «poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1, 12). Eis a alegria que consola o coração, renova a esperança e dá a paz: é a alegria do Espírito Santo, a alegria de ser filhos amados.

Irmãos e irmãs, hoje em Belém, por entre as trevas da terra, acendeu-se esta chama inextinguível; hoje, sobre as trevas do mundo, prevalece a luz de Deus, que «a todo o homem ilumina» (Jo 1, 9): alegremo-nos por esta graça! Alegra-te, tu que te vês falho de confiança e de certezas, porque não estás sozinho, não estás sozinha: Cristo nasceu para ti! Alegra-te, tu que perdeste a esperança, porque Deus te estende a mão: não aponta o dedo contra ti, mas oferece-te a sua mãozinha de Menino para te libertar dos medos, aliviar-te das canseiras e mostrar-te que, aos olhos d’Ele, vales mais do que qualquer outra coisa. Alegra-te, tu que tens a paz no coração, porque se cumpriu para ti a antiga profecia de Isaías: «Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado (…) e o seu nome é: (…) Príncipe da paz» (9, 5). Com Ele, «a paz não terá fim» (9, 6).

Na Sagrada Escritura, ao Príncipe da paz opõe-se o «príncipe deste mundo» (Jo 12, 31), que, semeando a morte, atua contra o Senhor, «amante da vida» (Sab 11, 26). Vemo-lo atuar em Belém, quando, depois do nascimento do Salvador, se verifica a matança dos inocentes. Quantas matanças de inocentes no mundo! No ventre materno, nas rotas dos desesperados à procura de esperança, nas vidas de muitas crianças cuja infância é devastada pela guerra. São os pequeninos Jesus de hoje.

Deste modo dizer «sim» ao Príncipe da paz significa dizer «não» à guerra, a toda a guerra, à própria lógica da guerra, que é viagem sem destino, derrota sem vencedores, loucura indesculpável. Mas, para dizer «não» à guerra, é preciso dizer «não» às armas. Com efeito, se o homem, cujo coração é instável e está ferido, encontrar instrumentos de morte nas mãos, mais cedo ou mais tarde usá-los-á. E como se pode falar de paz, se cresce a produção, a venda e o comércio das armas? Hoje, como no tempo de Herodes, as conspirações do mal, que se opõem à luz divina, movem-se à sombra da hipocrisia e do escondimento. Quantos massacres armados acontecem num silêncio ensurdecedor, ignorados de tantos! O povo, que não quer armas mas pão, que tem dificuldade em acudir às despesas quotidianas, ignora quanto dinheiro público é destinado a armamentos. E, contudo, devia sabê-lo! Fale-se disto, escreva-se sobre isto, para que se conheçam os interesses e os lucros que movem os cordelinhos das guerras.

Isaías, que profetizara o Príncipe da paz, deixou escrito que virá um dia em que «uma nação não levantará a espada contra outra»; um dia em que os homens «não se adestrarão mais para a guerra», mas «transformarão as suas espadas em relhas de arado, e as suas lanças em foices» (2, 4). Com a ajuda de Deus, esforcemo-nos para que se aproxime esse dia!

Aproxime-se em Israel e na Palestina, onde a guerra abala a vida daquelas populações. A todas abraço, em particular às comunidades cristãs de Gaza e de toda a Terra Santa. Trago no coração a dor pelas vítimas do execrável atentado de 7 de outubro passado, e renovo um premente apelo pela libertação de quantos se encontram ainda reféns. Suplico que cessem as operações militares, com o seu espaventoso rasto de vítimas civis inocentes, que se ponha remédio à desesperada situação humanitária, possibilitando a entrada das ajudas. Não se continue a alimentar violência e ódio, mas avance-se no sentido duma solução para a questão palestiniana, através dum diálogo sincero e perseverante entre as Partes, sustentado por uma forte vontade política e pelo apoio da comunidade internacional.

Depois o meu pensamento volta-se para a população da atribulada Síria, bem como para a do Iêmen, mergulhada no sofrimento. Penso no amado povo libanês e rezo para que possa em breve encontrar estabilidade política e social.

Com os olhos fixos no Menino Jesus, imploro a paz para a Ucrânia. Renovemos a nossa proximidade espiritual e humana ao seu martirizado povo, para que, graças ao apoio de cada um de nós, possa sentir o amor concreto de Deus.

Aproxime-se o dia da paz definitiva entre a Arménia e o Azerbaijão. Seja ela favorecida através da prossecução das iniciativas humanitárias, o regresso dos deslocados às suas casas na legalidade e em segurança, e o respeito mútuo pelas tradições religiosas e locais de culto de cada comunidade.

Não esqueçamos as tensões e os conflitos que transtornam a região do Sahel, o Chifre de África, o Sudão, bem como os Camarões, a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul.

Aproxime-se o dia em que serão reforçados os laços fraternos na península coreana, abrindo percursos de diálogo e reconciliação que possam criar as condições para uma paz duradoura.

O Filho de Deus, feito humilde Menino, inspire as autoridades políticas e todas as pessoas de boa vontade do continente americano para se encontrarem soluções idóneas a fim de superar os dissídios sociais e políticos, lutar contra as formas de pobreza que ofendem a dignidade das pessoas, aplanar as desigualdades e enfrentar o doloroso fenómeno das migrações.

Reclinado no presépio, o Menino pede-nos para sermos voz de quem não tem voz: a voz dos inocentes, que morreram por falta de água e pão; voz de quantos não conseguem encontrar emprego ou que o perderam; voz de quem é constrangido a abandonar a sua terra natal à procura dum futuro melhor, arriscando a vida em viagens extenuantes e à mercê de traficantes sem escrúpulos.

Irmãos e irmãs, aproxima-se o tempo de graça e esperança do Jubileu, que vai começar dentro de um ano. Que este período de preparação seja ocasião para converter o coração; dizer «não» à guerra e «sim» à paz; responder com alegria ao convite do Senhor que nos chama, como profetizou Isaías, «para levar a boa-nova aos pobres, para curar os desesperados, para anunciar a libertação aos exilados e a liberdade aos prisioneiros» (61, 1).

Estas palavras cumpriram-se em Jesus (cf. Lc 4, 18), hoje nascido em Belém. Acolhamo-Lo, abramos o coração a Ele, o Salvador, o Príncipe da paz!"

fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-12/papa-francisco-mensagem-natal-bencao-urbi-et-orbi-dezembro-2023.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

domingo, 24 de dezembro de 2023

As Guerras ofuscam a vida que Deus quer para todos

As Guerras ofuscam a vida que Deus quer para todos


 


A humanidade está assistindo guerras, violências de toda ordem e mortes avassaladoras. Um ferida que não cicatriz no tempo presente. É o horror que milhares de pessoas passam. As guerras ofusca a vida que Deus quer para todos. Natal é a manifestação de Deus encarnado, Um Deus que se faz um de nós menos no pecado.

 A lição do Natal deve ecoar a todos os cantos do mundo. Um amor que se encarna entre nós e se coloca na manjedoura, lugar simples e humilde mas cheio de da Luz. Muitos lugares se fazem presépios. Muitos bonitos e significativos. Faz 800 que são Francisco fez o primeiro presépio a onde Deus quis se instalar por primeiro.

Este ano na faixa de Gaza fizeram um presépio, colocando jesus menino nos escombros das construções destruídas pela guerra.

“Para os organizadores do presépio, aquele Jesus representa as milhares de crianças enterradas sob os escombros em Gaza, número que nem sequer se conhece até agora… “- Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2023/12/24/belem-tem-presepio-de-escombros-relator-da-onu-denuncia-genocidio-em-gaza.htm?cmpid=copiaecola

 

É muito significativo, pois milhares de crianças foram mortas devido a maldade dos poderosos do nosso tempo. Devemos seguir o exemplo do nosso Deus que sendo poderoso se deixa esvaziar para assumir a nossa humanidade. É um Deus presente, um Deus conosco. A mesa da palavra e da Eucaristia se fazem presente na mesa dos pobres que sabem partilhar os alimentos e a vida.

Como O Papa Francisco nos falou hoje na missa da noite de Natal: "Como os pastores que deixaram os seus rebanhos, deixa o recinto das tuas melancolias e abraça a ternura do Deus Menino. Sem máscaras nem couraças, confia-Lhe os teus cansaços, e Ele cuidará de ti: Ele, que se fez carne, espera, não as tuas performances de sucesso, mas o teu coração aberto e confiado", disse Francisco em sua homilia da missa da noite de Natal”.

Assim é o nosso Deus e nos faz um convite ir nas periferias do mundo, nas beléns de hoje onde Jesus se faz presente nos gestos de amor, de partilha, de solidariedade e de perdão. Uma fala do Papa Francisco nos chama atenção que é: “ o amor que muda a história”. Sejamos missionário do Evangelho de Cristo e do amor de Deus a todos os lugares.

Que essa noite seja para todos nós momentos de silencio e contemplação a menino Deus que tem os braços abertos para acolher a todos sem nenhuma distinção de raças, religião e opção de vida.

Feliz Natal a todos. Nunca sintam só, temos um Deus conosco que caminha com nossa humanidade, nos dando força e coragem para prosseguir na construção do Reino de Deus em todos os cantos do mundo.

Tudo por Jesus nada sem Maria1 Servus Christi semper!

José B. Schumann

O Papa: Natal, inaudita ternura de Deus que salva o mundo encarnando-se

O Papa: Natal, inaudita ternura de Deus que salva o mundo encarnando-se



"Como os pastores que deixaram os seus rebanhos, deixa o recinto das tuas melancolias e abraça a ternura do Deus Menino. Sem máscaras nem couraças, confia-Lhe os teus cansaços, e Ele cuidará de ti: Ele, que se fez carne, espera, não as tuas performances de sucesso, mas o teu coração aberto e confiado", disse Francisco em sua homilia da missa da noite de Natal.

Francisco iniciou sua homilia, enfatizado as seguintes palavras do Evangelista Lucas: «O recenseamento de toda a terra». "Este é o contexto em que nasce Jesus e no qual se detém o Evangelho. Podia limitar-se a uma rápida alusão, mas ao contrário fala dele com grande esmero. Assim, faz surgir um grande contraste: enquanto o imperador conta os habitantes do mundo, Deus entra nele quase às escondidas; enquanto quem manda procura colocar-se entre os grandes da história, o Rei da história escolhe o caminho da pequenez. Nenhum dos poderosos se dá conta d’Ele; apenas alguns pastores, colocados à margem da vida social", disse o Papa.

"Nesta noite, irmãos e irmãs, podemos perguntar-nos: Em que Deus acreditamos? No Deus da encarnação ou no da performance? Sim, porque há o risco de viver o Natal tendo na cabeça uma ideia pagã de Deus, como se fosse um patrão poderoso que está no céu; um deus que se alia com o poder, o sucesso mundano e a idolatria do consumismo", sublinhou Francisco.

Fixemos o Menino, olhemos para a sua manjedoura

O Pontífice convidou a olhar para o «Deus vivo e verdadeiro». "Ele que está para além de todo o cálculo humano, no entanto, deixa-se recensear pelos nossos registos; Ele que revoluciona a história, habitando nela; Ele que nos respeita até ao ponto de nos permitir rejeitá-Lo; Ele que apaga o pecado assumindo a responsabilidade pelo mesmo, que não tira a dor, mas a transforma, que não nos tira os problemas da vida, mas dá às nossas vidas uma esperança maior do que os problemas. Deseja tanto abraçar as nossas existências que, sendo infinito, por nós se fez finito; grande, se fez pequeno; sendo justo, habita as nossas injustiças", disse ainda o Papa, acrescentando:

Aqui está a maravilha do Natal: não uma mistura de sentimentos adocicados e confortos mundanos, mas a inaudita ternura de Deus que salva o mundo encarnando-se. Fixemos o Menino, olhemos para a sua manjedoura, para o presépio, que os anjos chamam «o sinal»: realmente constitui o sinal revelador do rosto de Deus, que é compaixão e misericórdia, onipotente sempre e só no amor.

Carne, uma palavra que evoca a nossa fragilidade

O Pontífice convidou a nos deixamos "surpreender por Ele ter-se feito carne. Carne! Uma palavra que evoca a nossa fragilidade e que o Evangelho utiliza para nos dizer como Deus entrou profundamente na nossa condição humana".

"Irmão, irmã, para Deus, que mudou a história durante o recenseamento, tu não és um número, mas um rosto; o teu nome está escrito no seu coração", sublinhou o Papa.

Como os pastores que deixaram os seus rebanhos, deixa o recinto das tuas melancolias e abraça a ternura do Deus Menino. Sem máscaras nem couraças, confia-Lhe os teus cansaços, e Ele cuidará de ti: Ele, que se fez carne, espera, não as tuas performances de sucesso, mas o teu coração aberto e confiado. E n’Ele descobrirás quem és: um filho amado de Deus, uma filha amada de Deus. Agora podes acreditar nisto, porque, nesta noite, o Senhor nasceu para iluminar a tua vida, e os olhos d’Ele cintilam de amor por ti.

A adoração é a forma de acolher a encarnação

"Sim, Cristo não olha para os números, mas para os rostos. Contudo quem é que olha para Ele, por entre as inúmeras coisas e as corridas loucas de um mundo sempre agitado e indiferente? Em Belém, enquanto muitas pessoas, preocupadas com o recenseamento, iam e vinham, enchiam as hospedarias e pousadas falando de tudo e de nada, houve alguns que estiveram junto de Jesus: Maria e José, os pastores e depois os magos. Aprendamos com eles. Ei-los com o olhar fixo em Jesus, com o coração voltado para Ele; não falam, mas adoram."

A adoração é a forma de acolher a encarnação, porque é no silêncio que Jesus, Palavra do Pai, Se faz carne nas nossas vidas. Façamos nós também como se fez em Belém, que significa «casa do pão»: permaneçamos diante d’Ele, Pão da vida. Redescubramos a adoração, porque adorar não é perder tempo, mas permitir a Deus que habite o nosso tempo; é fazer florescer em nós a semente da encarnação, é colaborar na obra do Senhor, que, como o fermento, muda o mundo; é interceder, reparar, consentir a Deus que endireite a história.

O Papa concluiu sua homilia, dizendo que "nesta noite, o amor muda a história. Fazei, Senhor, que acreditemos no poder do vosso amor, tão diverso do poder do mundo. Fazei que, à semelhança de Maria, José, os pastores e os magos, nos estreitemos ao vosso redor para Vos adorar. Feitos por Vós mais semelhantes a Vós, poderemos testemunhar ao mundo a beleza do vosso rosto".


FONTE: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-12/papa-francisco-missa-noite-natal-ternura-deus-salva-mundo.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 23 de dezembro de 2023

Uma Luz surge para toda humanidade

 Uma Luz surge para toda humanidade


Queridos irmãos e irmãs, a liturgia da noite de Natal nos dá uma grande alegria, pois nasce um menino de Deus que é a luz da salvação para todos. Deus nunca nos deixa sozinhos e nem abandonados. É a liberdade de nos voltarmos a ser filhos de Deus, pois esta dignidade foi perdida no jardim do Édem pelos nossos antigos pais.

Nas trevas da noite surge a luz que é Jesus nascido de uma mulher no lugar humilde. No livro de Isaías nos fala da chegada de um menino, vindo da descendência de Davi. Aqui se inaugura um tempo novo de alegria, paz e felicidade que não se acabam. É Deus conosco.

Assim está escrito: Isaías 9,1-6 :1. O povo que andava na escuridão viu uma grande luz, para os que habitavam as sombras da morte uma luz resplandeceu.2. Multiplicaste sua alegria, redobraste sua felicidade. Adiante de ti vão felizes, como na alegria da colheita, alegres como se repartissem conquistas de guerra.3. Pois a canga que lhes pesava ao pescoço, a vara que lhes batia nos ombros, o chicote dos capatazes, tudo quebraste como naquele dia de Madiã. 4. Toda bota que marcha com barulho e a farda que se suja de sangue vão para a fogueira, alimento das chamas.5. Pois nasceu para nós um menino, um filho nos foi dado. O poder de governar está nos seus ombros. Seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai para sempre, Príncipe da Paz.6. Ele estenderá seu domínio e para a paz não haverá limites. Sentado no trono, com o poder real de Davi, fortalece e firma esse poder, com a prática do direito e da justiça, a partir de agora e para sempre. O amor apaixonado do SENHOR dos exércitos é que há de fazer tudo isso.

O contexto era que as pessoas estavam em trevas da morte e violência, isso angustiava o povo, mas uma luz, um menino será enviado por Deus e desta maneira se restaura o trono de Davi que foi um Rei justo e o povo tinha saudade dele. Com essa vinda o direito, a paz e a justiça são estabelecidas, pois será governado por um Rei servidor. Jesus é essa luz que foi anunciada pelos profetas e vai derrotar a morte e o pecado de vez. O que é a Galileia oprimida? É a humanidade toda que sofre. Hoje estamos vivendo as novas galileias. O salvador não é de um só povo mas de todo povo que queira aderir a Deus verdadeiro.

Ao celebrar a noite do Natal é celebrar a esperança de um Deus que caminha conosco. É a segurança que não se acaba. É a certeza que Deus está ao lado dos pobres e oprimidos. Não há interesse escusos por parte de Deus salvador. Jesus não usa as estratégias dos poderosos e nem a força das forças das armas, mas um Deus que vem até a nossa humanidade, humilde de braços abertos. Um Deus que serve sem pretender nada, a única coisa que Deus quer que sejamos fiéis a Ele é caminhar com Ele. O projeto de Deus começa no Natal de modo simples e humilde e quem é Dele vai reconhecê-Lo na manjedoura.

Na carta a Tito está assim escrito: Tito, 2,1-5: 1.O teu ensinamento, porém, seja conforme à sã doutrina. 2.Os mais velhos sejam sóbrios, graves, prudentes, fortes na fé, na caridade, na paciência. 3.Assim também as mulheres de mais idade mostrem no seu exterior uma compostura santa, não sejam maldizentes nem intemperantes, mas mestras de bons conselhos. 4.Que saibam ensinar as jovens a amarem seus maridos, a quererem bem seus filhos, 5.a serem prudentes, castas, cuidadosas da casa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a Palavra de Deus não seja desacreditada.

O que quer dizer para nós, a resposta é que devemos viver uma vida cristã coerente à fé que professamos. Essa luz de Cristo que temos pelo nosso batismo só é manifestada no agir da nossa vida. Como que seria bom se isso fosse de maneira geral vivido por todos, o mundo iria ser melhor.

O evangelho de Lucas assim está escrito em. (Lc 2,1-14):   1.Naqueles tempos, apareceu um decreto de César Augusto, ordenando o recenseamento de toda a terra. 2.Esse recenseamento foi feito antes do governo de Quirino, na Síria. 3.Todos iam alistar-se, cada um na sua cidade. 4.Também José subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, 5.para se alistar com a sua esposa, Maria, que estava grávida. 6.Estando eles ali, completaram-se os dias dela. 7.E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria.* 8.Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. 9.Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. 10.O anjo disse-lhes: “Não temais, eis que vos anuncio uma Boa-Nova que será alegria para todo o povo: 11.hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor. 12.Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura”. 13.E subitamente ao anjo se juntou uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus e dizia: 14.“Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência (divina).”

Hoje se concretiza o que foi falado pelos profetas, uma esperança nova chega a todos. É a boa notícia da salvação. Em um lugar humilde de periferia nasce Jesus. Não havia lugar para Ele, mas uma manjedoura foi o seu trono. Jesus é o Rei servidor. Ele tem a missão de ser o Salvador, o ungido de Deus Pai. Ele veio nos ensinar a amar, a perdoar, tolerar e acolher a todos. Diante de Deus todos tem valor. Essa noite é de alegria para todos.

Que esta liturgia nos ajude a ter essa luz na nossa vida e ainda ser transmissor dela em todos os lugares. É possível viver e irradiar a luz de Cristo que veio até nós no Natal. Feliz Natal a todos.

Tudo por Jesus, nada sem Maria!

Jose B. Schumann

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

O Sim de uma mulher nos deu um salvador

 O Sim de uma mulher nos deu um salvador




Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 4º Domingo do Advento e ainda na noite vamos celebrar a vigília de Natal. Aqui vemos Maria, a mulher por excelência. Ela é corajosa no seu sim a Deus e nos permitiu um Salvador viesse habitar entre nós, um Deus encarnado homem na simplicidade e pobreza. Ela é exemplo de fé que acolhe sem temer a Palavra do anjo.

Jesus quer estar conosco como Maria que recebeu ele no seu ventre. Ele com seu sim quer que cada um de nós tenhamos a coragem de dar o nosso sim a Deus sem temor.

As Leituras bíblicas nos falam dessa realidade e nós devemos crer e acatar com a nossa vida de comunidade, de família e no mundo. Devemos ser um Tabernáculo para acolher Deus como morador que nos ajuda a termos a verdadeira liberdade.

No livro de Samuel vemos Davi reconhecendo que mora no palácio luxuoso enquanto Deus fica numa tenda. A arca da aliança era o sinal da presença de Deus entre o Povo. Ele está num lugar simples debaixo de uma lona de pano. Então ele, Rei, deseja construir um templo magnífico para que a arca de Deus fique ali depositada.

O sinal que Deus quer foi o profeta Natã dizer a Davi :"Vai e faz tudo o que tens no coração, porque o Senhor está contigo..." e ainda Deus promete uma dinastia perene da qual nascerá o Messias que é o verdadeiro Templo. Deus é adorado na pessoa de Jesus, O nosso Salvador. (cf. 2Sm 7,1-5.8b-12.14ª.16)

Na carta aos Romanos temos esse hino de louvor a Deus, pois foi Ele que preparou para nós a salvação que foi manifestado em Jesus que hoje celebramos o último Domingo do Advento e a noite já celebramos o Natal do Senhor que se manifesta a toda humanidade como salvador, um Deus conosco. (cf. Rm 16,25-27)

O evangelista Lucas nos mostra que um Mensageiro vai a Nazaré e anuncia o plano de Salvação de Deus, mas espera o sim livre e gratuito para que Jesus possa habitar no seu seio e trazer para nós um grande presente que é o salvador. Seu sim a torna a nova arca da Aliança, a morada de Jesus preparada pelo próprio Deus da vida. Jesus é Rei e não como o povo esperava, ele é poderoso na humildade e serviço. Não terá palácio e nem ostentação. Jesus vem a nós como servo que serve a todos.

O anjo a saúda dizendo: "Alegra-te, ó amada de Deus, o Senhor está contigo.". Ele já estava cheio de Deus na força do Espírito, então ela acolhe com humildade para ser a Mãe do Senhor que salva. O natal é estar com o senhor, assim podemos celebrar o Natal de Jesus. Não na superficialidade mas na profundidade do nosso ser

A garantia é essa que anjo atesta: "O Espírito Santo descerá sobre ti... e conceberás e darás à luz um Filho...", e um sinal é nos dado com esse dizer: . sua prima Isabel conceberá um filho na velhice... "porque nada é impossível para Deus..."

Do nada foi feito tudo por Deus, agora Jesus vem a nós na força do Espírito a uma virgem que concebe Ele sem auxílio de homem. (Lc 1,26-38)

Que esta liturgia nos ajude a dar um sim e que ele seja pleno para que esse mundo tenha mais esperança, mais, vida, mais amor, mais perdão e mais misericórdia. Feliz Natal a Todos.


Tudo por Jesus nada sem Maria. Servus Christi semper.

Jose B. Schuman

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Cupich: documento da Doutrina da Fé sobre as bênçãos é um passo adiante

 Cupich: documento da Doutrina da Fé sobre as bênçãos é um passo adiante



O Arcebispo de Chicago acolhe a "Fiducia supplicans", a declaração publicada ontem, 18 de dezembro, pelo Dicastério que abre a possibilidade de bênçãos para casais "irregulares".

Reiterando que a Igreja exige uma abordagem pastoral para as pessoas em situações "irregulares", incluindo relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo, o Cardeal Blase Cupich acolhe com satisfação a declaração Fiducia supplicans publicada ontem, 18 de dezembro, pelo Dicastério para a Doutrina da Fé. A declaração "ajudará muito mais pessoas em nossa comunidade a sentir a proximidade e a compaixão de Deus", escreveu o cardeal em uma nota publicada no site da Arquidiocese de Chicago, da qual é arcebispo. O documento doutrinário, aprovado pelo Papa, permite que ministros ordenados abençoem casais formados por pessoas do mesmo sexo, mas fora de qualquer ritualização e semelhança com o casamento. A doutrina sobre o matrimônio não muda, a bênção não significa aprovação da união, sublinha a declaração.

Declaração doutrinária abre para bênçãos para casais "irregulares"

18/12/2023

Declaração doutrinária abre para bênçãos para casais "irregulares"Com a "Fiducia supplicans" do Dicastério para a Doutrina da Fé, aprovada pelo Papa, será possível abençoar casais formados por pessoas do mesmo sexo, mas fora de qualquer ...

Um apelo aos pastores 

No centro do texto, o primeiro em 23 anos desde a Dominus Jesus, "está um apelo aos pastores para que adotem uma abordagem pastoral para estarem disponíveis às pessoas" que reconhecem a necessidade da ajuda e da presença de Deus em suas vidas, sem reivindicar a legitimidade de seu status particular, diz Cupich. "Nesse sentido, a declaração é um passo à frente", acrescenta, enfatizando como ela está de acordo com o "desejo do Papa Francisco de acompanhar as pessoas pastoralmente" e também com "o desejo de Jesus de estar presente a todas as pessoas que desejam graça e apoio."

Um coração de pastor que nunca fecha a porta

18/12/2023

Um coração de pastor que nunca fecha a portaA Declaração que abre a possibilidade de simples bênçãos para casais irregulares, a atitude de Jesus e o Magistério de Francisco.

Ensino sobre o matrimônio mantido 

O cardeal enfatizou novamente em sua nota que a Declaração da Doutrina da Fé mantém o ensinamento tradicional da Igreja sobre o casamento, o que corresponde às declarações anteriores do Papa Francisco de que não é apropriado que as autoridades da igreja " estabeleçam constante e oficialmente procedimentos ou rituais" para qualquer situação. O Arcebispo de Chicago também aponta que o Dicastério insiste que as bênçãos para pessoas em situações "irregulares" não devem ser dadas durante ou em situações relacionadas a cerimônias que sancionam uma união civil, nem devem ser dadas usando palavras ou gestos apropriados para um casamento. Isso se aplica tanto a casais "irregulares" quanto a casais do mesmo sexo. Tais bênçãos, afirma o cardeal, devem ocorrer em outros contextos com a consciência de que, ao conceder uma bênção nessas circunstâncias, "não há intenção de legitimar nada, mas sim de abrir a vida a Deus, de pedir Sua ajuda para viver melhor e também de invocar o Espírito Santo para que os valores do Evangelho possam ser vividos com maior fidelidade".

O texto completo da nota do Cardeal Cupich pode ser encontrado no site da Arquidiocese de Chicago.

https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2023-12/dom-cupich-documento-da-doutrina-da-fe-um-passo-adiante.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

domingo, 17 de dezembro de 2023

Papa no Angelus: mostrar a luz verdadeira, que é Jesus, com o testemunho de vida

 Papa no Angelus: mostrar a luz verdadeira, que é Jesus, com o testemunho de vida



João Batista nos ensina pelo menos duas coisas, disse Francisco: Primeiro, que não podemos salvar-nos sozinhos: somente em Deus encontramos a luz da vida. Segundo, que cada um de nós, com o serviço, a coerência, a humildade, com o testemunho de vida – sempre com a graça de Deus – pode ser uma lâmpada que brilha e ajudar os outros a encontrar o caminho para encontrar Jesus".

Com o testemunho de vida, sabedores de que só em Deus encontramos a luz da vida, podemos ser uma lâmpada para os outros, ajudando-os a encontrar o caminho que leva a Jesus.

Em síntese foi o que disse o Papa na sua alocução antes de rezar o Angelus neste III Domingo do Advento, chamado de Domingo Gaudete, quando a Liturgia nos convida a um testemunho cristão feliz e alegre. E a inspiração de Francisco, foi precisamente a missão e o testemunho de João Batista, conforme narrado no Evangelho de João (Jo 1,6-8.19-28): "Reflitamos sobre isso: testemunhar a luz."

Dirigindo-se aos milhares de fiés e turistas reunidos na Praça São Pedro para o tradicional encontro dominical, o Papa começa explicando que "o Batista é certamente um homem extraordinário. As pessoas acorrem para ouvi-lo, atraídas pelo seu modo de ser, coerente e sincero":

O seu testemunho passa pela franqueza da sua linguagem, a honestidade do comportamento, a austeridade de vida. Tudo isso o diferencia de outros personagens famosos e poderosos da época, que contrariamente, investiam muito na aparência. Pessoas como ele, retas, livres e corajosas, são figuras luminosas e fascinantes: estimulam-nos a elevar-nos da mediocridade e a ser, por sua vez, bons modelos de vida para os outros.

O Senhor - observou o Santo Padre - "envia homens e mulheres deste tipo em todas as épocas". E pergunta: "Sabemos reconhecê-los? Procuramos aprender de seu testemunho, também questionando-nos? Ou nos deixamos encantar por personagens da moda? João é luminoso enquanto testemunha a luz. Mas, qual é a sua luz?":

Ele mesmo nos responde quando diz claramente às multidões que foram ouvi-lo de não ser ele a luz, de não ser ele o Messias. A luz é Jesus, o Cordeiro de Deus, “Deus que salva”. Somente Ele redime, liberta, cura e ilumina. Por isso João é uma “voz” que acompanha os irmãos à Palavra; serve, sem buscar honras e protagonismos: é uma lâmpada, enquanto a luz é Cristo vivo.

Francisco então, enfatiza que "o exemplo de João Batista nos ensina pelo menos duas coisas":

Primeiro, que não podemos salvar-nos sozinhos: somente em Deus encontramos a luz da vida. Segundo, que cada um de nós, com o serviço, a coerência, a humildade, com o testemunho de vida – sempre com a graça de Deus – pode ser uma lâmpada que brilha e ajudar os outros a encontrar o caminho para encontrar Jesus.

Então, propõe que nos perguntemos:

Como posso, nos ambientes em que vivo, não num dia distante, mas já agora, neste Natal, ser testemunha de luz, testemunha de Cristo?

Que Maria, espelho de santidade - disse ao concluir - nos ajude a ser homens e mulheres que refletem Jesus, luz que vem ao mundo.

fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-12/papa-francisco-angelus-iii-domingo-advento-2023.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Temos motivos para nos alegrarmos

 Temos motivos para nos alegrarmos

 


Queridos irmãos e irmãs em Cristo, o Natal do Senhor se aproxima e isso nos causa alegria porque um Deus quis vir até nós na condição humana, assumindo tudo na humanidade menos no pecado. Esse Terceiro Domingo é o Domingo da alegria (Gaudete).

No livro de Isaías nos relata e nos declara a alegria do anúncio da salvação de Deus para nós. Isso é uma excelente notícia. Aqui o contexto é que o Povo de Deus está vindo do Exílio e agora sonha e esperança nova na sua própria pátria. Eles acharam que ia encontrar uma boa acolhida mas receberam frieza e hostilidade por partes daqueles que habitavam na terra. Sabemos que o profeta é a voz e mensageiro de Deus.

Que dá esperança para os que sofrem e a verdadeira libertação aos oprimidos. O povo recebe isso com alegria e renovação de Espírito. Podemos dizer que é novo Magnificat por causa da libertação de Deus. Como que hoje precisamos disso. Estamos aprisionados por ideologias e vícios que nos enganam de continuar no caminho do Senhor para as alegria que permanecem longe da opressão e da escravidão. (cf. Is 61,1-2ª.10-11)

 São Paulo na sua carta aos tessalonicenses nos faz uma exortação à Alegria. Devemos estar sempre alegres. Devemos orar sem cessar, dando graças a Deus sempre mesmo nas dificuldades e dos tropeços de nossa vida. Devemos estar abertos a graça de Deus para não escurecer o Espírito Santo que Deus nos deu no Batismo. Devemos ter uma vida moral e irrepreensível. Que Deus nos ajude a levantar e sair do mal. (cf. 1Ts 5,16-24)

 Alegria não é ir a algum lugar de festa passageira, mas a alegria é algo que Deus dá permanente a nós se estivermos com Ele sempre. O que faz termos essa alegria é ir ao encontro do Senhor que vem. É a confiança permanente em Deus apesar das nossas fraquezas. É ele que nos levanta e tira da tristeza. Se tivermos a alegria é sinal que Deus está conosco e em nosso coração.

 O evangelista João nos dá um motivo de termos a grande alegria. Ele nos diz que

"Já está no meio de vós Aquele que ainda não conheceis...". Jesus é a luz que nos ilumina para termos a vida plena. João dá testemunho da luz que é Cristo. Cada um de nós devemos querer e buscar essa luz. Só Jesus é a luz e João aponta para Ele. (cf. Jo 1,6-8.19-28)

 Infelizmente hoje o mundo nos quer enganar e não nos levava a verdadeira luz. Estamos marcados por um individualismo, interesses e desigualdades que nos deixam reprimidos e oprimidos sem a luz verdadeira que é Cristo. Há muitas ideologias religiosas, políticas e econômicas que nos deixam um vazio existencial. João reconhece que não é o Messias, nem um Profeta e nem Elias, mas um que aponta e mostra o caminho a Cristo. 

Ele prepara o caminho para Ele chegar a nós. Cada pessoa e cada coordenador, pastor e bispos devem mostrar Jesus ao Povo e não se mostrar como algo grande e ostentar poder.

 Jesus é o Senhor que vem na humildade e vem nos servir para que possamos sair da escuridão que não nos deixa caminhar. Aqui devemos nos perguntar: qual trevas que devemos abandonar? Qual prisão que devemos libertar e ainda qual vícios que nos deixam diminuídos e longe de Deus e dos irmãos.

 Que esta liturgia nos ajude a ter consciência da nossa missão de cristãos e seguir o exemplo de Cristo como orientador do caminho que leva a Cristo. Seremos pessoas novas e que o Natal renasça em nós uma vida nova com revestimento da graça. Que nenhuma tristeza e nem o mal que nos cerca seja motivos de nos desanimar nesse mundo Feliz Natal.

 Tudo por Jesus nada sem Marias. Servus Christi Semper.

 Jose B. Schumann

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Papa: rumo ao Natal, valorizar o silêncio e a sobriedade, inclusive nas redes sociais

  Papa: rumo ao Natal, valorizar o silêncio e a sobriedade, inclusive nas redes sociais



Já com a Praça São Pedro enfeitada para o Natal, o Pontífice rezou com milhares de fiéis a oração do Angelus e comentou o trecho do evangelista Marcos, que fala de João Batista, o precursor de Jesus.

Libertar-se do supérfluo para compreender aquilo que é realmente importante diante de Deus: para o Papa Francisco, esta é a mensagem principal que o Evangelho nos apresenta neste II Domingo do Advento.

Já com a Praça São Pedro enfeitada para o Natal, o Pontífice rezou com milhares de fiéis a oração do Angelus e comentou o trecho do evangelista Marcos, que fala de João Batista, o precursor de Jesus. O Papa se deteve no versículo em que o Batista é descrito como "voz daquele que grita no deserto", para refletir sobre as palavras "voz" e "deserto". 

O deserto é o local do silêncio e da essencialidade, onde não é permitido divagar sobre coisas inúteis, mas é preciso se concentrar no que é indispensável para viver.

“Eis um chamado sempre atual: para proceder no caminho da vida, é necessário despir-se do 'a mais', porque viver bem não quer dizer encher-se de coisas inúteis, mas se libertar do supérfluo, para cavar em profundidade dentro de si, para compreender aquilo que é realmente importante diante de Deus.”

Para Francisco, somente se fizermos espaço a Jesus através do silêncio e da oração, saberemos nos libertar da poluição das palavras vãs e dos falatórios. Nesse sentido, o silêncio e a sobriedade – nas palavras, no uso das coisas, na mídia e nas redes sociais – não são só “promessas” ou virtude, mas elementos essenciais da vida cristã.

Já a voz é o instrumento com o qual manifestamos o que pensamos e levamos no coração, e está intimamente relacionada ao silêncio, porque expressa aquilo que amadurece dentro, da escuta daquilo que o Espírito sugere.

"Se não se é capaz de calar, é difícil que se tenha algo de bom a dizer; enquanto mais atento é o silêncio, mais forte é a palavra", disse o Papa. 

A minha vida é sóbria ou repleta de coisas supérfluas?

Francisco então convida os fiéis a se questionarem: que lugar ocupa o silêncio nos meus dias? É um silêncio vazio, talvez opressor, ou um espaço de escuta, de oração, onde custodiar o coração? A minha vida é sóbria ou repleta de coisas supérfluas?

Mesmo que signifique ir contracorrente, exortou, valorizemos o silêncio, a sobriedade e a escuta.

"Que Maria, Virgem do silêncio, nos ajude a amar o deserto, para nos tornar vozes críveis que anunciam o seu Filho que vem."

fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-12/papa-francisco-angelus-segundo-domingo-advento.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 9 de dezembro de 2023

Uma Voz Clama para nossa conversão

  Uma Voz Clama para nossa conversão



Queridos irmãos e irmãs em cristo no batismo estamos celebrando o segundo Domingo do Advento. Hoje a voz de Isaías e de João Batista cai no nosso ouvido no apelo de conversão para a vinda do Senhor.

Toda liturgia de hoje clama para nós abrirmos o caminho para o Senhor que vem.

O livro de Isaías nos relata o anúncio da libertação. Ele consolo o povo no Exílio na Babilônia e nos conforta com o anúncio do perdão e nos mostra um caminho novo de vida e salvação para o povo que regressa a terra onde é a pátria do povo de Deus.

É um novo êxodo, que é uma jornada espiritual para novamente te fazer uma experiência na caminhada no amor e na bondade de Deus. É aliança restaurada pelo mensageiro que vem a frente anunciando esta boa notícia para todo o povo de Deus Tanto na Judéia como em Jerusalém. (cf. Is 40,1-5.9-11)

Na segunda carta de Pedro que anuncia um novo céu e uma nova terra. As pessoas da comunidade daquela como a nossa deseja e quer a parusia, que é a volta do Senhor. Ele nos exorta como devemos esperar esse grande momento, para isto devemos ser vigilantes. Essa vigilância é viver no dia os ensinamentos que Jesus nos deixou.

O modo de fazer isso é empenhar-se na construção do Reino de Deus já entre nós na justiça, no amor e na misericórdia. De fato o novo céu e uma nova terra surge entre os que vivem na vida o cristianismo autêntico. (cf. 2Pd 3,8-14)

O evangelista Marcos nos mostra João Batista que vem como precursor daquele que é Senhor. Essa missão de João Batista é de clamar a nossa conversão e mudança de vida. Deus veio até nós e através da boca dos profetas anuncia a libertação.

João no deserto, aqui o deserto é a onde Deus nos fala. A voz que clama no deserto nos leva a Deus que quer a nossa conversão para valer e mudar a nossa realidade de morte para a vida. João é o mensageiro que Isaías profetizou. Ele vem nos mostrar Jesus e para isso precisamos nos mudar de vida na conversão para Deus.

O caminho proposto por João é o da purificação e da nossa conversão de vida, isto quer dizer sair do estado de pecado para o estado da graça de Deus na nossa vida de família, de comunidade e no mundo. Que as nossas atitudes nos levam para a justiça, o amor, solidariedade, partilha e perdão. Um sacramento que devemos receber é o da Penitência que nos ajuda a reconciliar com Deus e com todos os irmãos de caminhada na fé.

Devemos ser sóbrios na vestimenta e na simplicidade de vida. João Batista é este grande exemplo para nós na preparação do Natal do Senhor. (Mc 1,1-8)

Que esta liturgia nos ajude a sermos convertidos e que nos preparemos bem para o Natal do Senhor como uma nova vestimenta que transpareça a nossa conversão de vida.

Tudo por Jesus Nada sem Maria. Jose B. Schumann

domingo, 3 de dezembro de 2023

Advento, encontrar nos necessitados, Jesus que vem

 O Papa  no  Ângelus: no Advento, encontrar nos necessitados, Jesus que vem



É bom nos perguntarmos hoje como podemos preparar um coração acolhedor para o Senhor. Podemos fazer isso nos aproximando de seu Perdão, de sua Palavra, de sua Mesa, encontrando espaço para a oração, acolhendo-o naqueles que precisam. Cultivemos sua espera sem nos distrairmos com tantas coisas inúteis e sem reclamar o tempo todo, mas mantendo nosso coração alerta, ou seja, ansioso por Ele, desperto e pronto, impaciente para encontrá-Lo: disse o Papa no Angelus deste domingo, início do Advento

Eis um belo programa para o Advento: encontrar Jesus que vem em cada irmão e irmã que precisa de nós e compartilhar com eles o que pudermos: escuta, tempo, ajuda concreta. Foi a exortação do Papa no Angelus deste domingo, 3 de dezembro, início do Advento, tempo de preparação para o Natal que se aproxima.

Como no domingo anterior, a oração mariana foi rezada da Casa Santa Marta, para não expor o Santo Padre a mudanças bruscas de temperatura, vez que que está se recuperando de uma inflamação pulmonar que o acometeu há mais de uma semana. O texto foi lido por monsenhor Paolo Braida, chefe de escritório na Secretaria de Estado.

Advento, tempo de espera vigilante

Francisco: trégua rompida em Gaza significa morte, urgente um novo cessar-fogo

Na alocução que precedeu a oração mariana, Francisco destacou que no breve Evangelho que a liturgia nos propõe neste I Domingo do Advento Jesus nos dirige três vezes uma exortação simples e direta. Vigiai. Portanto, o tema é vigilância.

Como devemos entendê-la? – perguntou o Pontífice, acrescentando: às vezes, pensamos nessa virtude como uma atitude motivada pelo medo de um castigo iminente, como se um meteorito estivesse prestes a cair do céu e ameaçasse, se não o evitássemos a tempo, nos esmagar. Mas esse certamente não é o significado da vigilância cristã!

Jesus ilustra isso com uma parábola, falando de um senhor que está voltando e de seus servos que o estão esperando. Na Bíblia, o servo é a "pessoa de confiança" do patrão, com quem muitas vezes há uma relação de cooperação e afeto. Pensemos, por exemplo, que Moisés é definido servo de Deus e que também Maria diz de si mesma: "Eis aqui a serva do Senhor".

Receber Jesus especialmente nos mais necessitados

Portanto, observou, a vigilância dos servos não é de medo, mas de anseio, esperando encontrar seu senhor que vem. Eles se mantêm prontos para seu retorno porque lhe querem bem, porque têm em mente que, quando ele chegar, encontrará uma casa acolhedora e organizada.

“É com essa expectativa cheia de afeto que também queremos nos preparar para receber Jesus: no Natal, que celebraremos daqui a algumas semanas; no fim dos tempos, quando voltará em glória; todos os dias, quando Ele vier ao nosso encontro na Eucaristia, em sua Palavra, em nossos irmãos e irmãs, especialmente os mais necessitados.”

De modo especial durante essas semanas, exortou Francisco, preparemos cuidadosamente a casa do coração, para que ela seja organizada e hospitaleira. A vigilância, de fato, significa manter o coração preparado. É a atitude do vigia que, durante a noite, não se deixa tentar pelo cansaço, não adormece, mas permanece acordado na expectativa da luz que se aproxima.

Cristo é a nossa luz

O Senhor é a nossa luz e é bom preparar o coração para recebê-lo com a oração e hospedá-lo com a caridade, os dois preparativos que, por assim dizer, o deixam confortável. A esse respeito, diz-se que São Martinho de Tours, um homem de oração, depois de dar metade de seu manto a um pobre, sonhou com Jesus vestido exatamente com aquela parte do manto que ele havia dado.

“Queridos, é bom nos perguntarmos hoje como podemos preparar um coração acolhedor para o Senhor. Podemos fazer isso nos aproximando de seu Perdão, de sua Palavra, de sua Mesa, encontrando espaço para a oração, acolhendo-o naqueles que precisam.”

Cultivemos sua espera sem nos distrairmos com tantas coisas inúteis e sem reclamar o tempo todo, mas mantendo nosso coração alerta, ou seja, ansioso por Ele, desperto e pronto, impaciente para encontrá-Lo. Que a Virgem Maria, mulher da espera, nos ajude a receber seu Filho que vem, concluiu.

fonte: aticannews.va/pt/papa/news/2023-12/papa-francisco-angelus-3-dezembro-2023-inicio-tempo-advento.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 2 de dezembro de 2023

"O Senhor Vem!", vamos esperar com alegria

  "O Senhor Vem!", vamos esperar com alegria




Iniciamos hoje o novo  Ano Litúrgico (Ano B). Esses dois primeiros domingos do Advento são dedicados na expectativa da vinda do Senhor, sua segunda vida e agora gloriosa. Nessa espera nós celebraremos no 3º e 4º na espera do Natal, rememorando a primeira vinda Dele entre nós.

As nossas casas ficam bonitas, cheias de coloridos e luzes na alegria da espera. Devemos estar vigilantes para receber Jesus

No livro do Profeta Isaías (Is 63,16b-17.19b;64,2b-7) nos relata a súplica ardente do povo, pedindo um Salvador. É uma oração muito bonita e de confiança no Deus da vida.  O contexto era que o povo tinha vindo do Exílio desanimado e não se importando com o compromisso da Aliança. Então o profeta nos faz acordar a esperança para que fique acesa a lâmpada da Salvação e de um futuro melhor porque Deus sempre nos acompanha.

Aqui Deus é invocado como Pai e Redentor. Por que isso? O Pai é a fonte da vida familiar e o Redentor é aquele que é responsável pelo resgate do Povo Deus. Deus nunca nos desampara, pois Ele é fiel. Uma curiosidade: aqui é pela primeira vez que Deus é chamado de Pai. Enquanto nos evangelhos Jesus invocará Deus de Pai umas 184 vezes.

O término desta leitura nos mostra como Deus é oleiro e nós o barro que é trabalhado para formar o vaso nas mãos de Deus. Somos frágeis que merecem cuidado de Deus. Isso nos remete para o início da criação que Deus forma o homem através do barro e dá a ele um sopro de vida. Somos frutos do amor de Deus. Se mudamos na vida para melhor, isso é por causa de um coração novo que Deus dá e é através do nosso arrependimento e conversão a Ele. Uma nova humanidade ressurge no amor a Deus e ao próximo.

O salmo 80 nos relata uma comparação da nossa humanidade como uma vinha devastada que precisa da ação restauradora de Senhor para viver e louvar a Deus por todo bem que nos dá, desde o amanhecer até o anoitecer de um dia por vez em nossa vida.

Na carta de Paulo aos Coríntios em (1Cor 1,3-9) nos faz um apelo para que fiquemos na espera do Senhor que vem, vivendo e dando testemunho agradecido de tudo que Ele nos dá de bom. Devemos ser sempre gratos a Deus. Os dons são usados para o nosso bem e o bem comum. São os carismas a serviço da comunidade. Na humildade e no amor a Deus vamos colocá-los ao serviço de todos.

O evangelho de Marcos em (Mc 13,33-37) nos faz uma exortação pela vigilância constante para preparar a vinda do Senhor. Devemos estar atentos, fazendo o bem e vivendo o amor mútuo a Deus e aos irmãos. Sendo um profeta e mensageiro do evangelho de Cristo em todos os lugares. É um discurso escatológico. Na parábola do porteiro nos relata que o homem sai para a viagem e distribui as tarefas às pessoas e parte para a viagem. Aqui podemos nos remeter a Cristo que dá tarefas para nós cristãos e vai para o céu. A nossa missão dada por Ele é construir um Reino de amor e justiça entre nós.

Quem iniciou foi Ele nos deu exemplo para seguí-Lo. Os coordenadores e os padres são o porteiro de nosso tempo que devem estar atentos e animando as comunidades. Ser promotores da esperança. Jesus vai voltar um dia e essa é a nossa esperança. Tudo terminará com Ele para sempre. Devemos sempre estar em atitude de vigilância e essa é a tônica do Advento, tempo de espera do Senhor.

Vamos ao encontro do Senhor que chega e Ele é um Deus bom e juiz justo.

Que esta liturgia nos ajude a estarmos atentos, cuidar bem da nossa casa comum que é a terra, a nossa família, a nossa comunidade e tudo que nos foi dado. Sermos bons, compassivos, misericordiosos, partilhando os dons recebidos a favor de todos. Amém.

Feliz Natal! Tudo por Jesus, nada sem Maria. Servus Christi semper.

José B. Schumann Cunha Bacharel em Teologia.

sábado, 25 de novembro de 2023

Cristo é o Rei do Universo

 Cristo é o Rei do Universo


Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando hoje o Domingo do Cristo Rei. Aqui encerra o ano litúrgico da Igreja. Foi uma caminhada de fé na nossa história da Salvação. Celebramos durante o ano todo os grandes mistérios da nossa fé e tudo se culmina em Cristo.


A liturgia bíblica deste domingo nos faz conhecer o Rei e o seu reino. Jesus veio ao mundo semeou a semente do Reino e que os seus discípulos ajudaram a construir a história da salvação que se finaliza no tempo certo, concluindo um mundo definitivo onde o mal e a morte não tem poder.

Jesus é Rei como grande pastor de ovelhas que cuida e zela para ela tem o que comer e é saciada com águas cristalinas. Jesus é soberano tem a realeza no serviço ao humildes e pobres principalmente. Jesus é também o Juiz justo, sabe quem é bom e mal de falto, pois seu julgamento é sem nenhuma parcialidade.

Assim vamos entender melhor. No livro do Profeta Ezequiel denuncia os maus pastores que exploram, roubam e abusam do povo. Infelizmente conduziram por maus caminhos, a morte e desgraça. Culmina-se com o exílio e o final de Jerusalém. Mas o profeta consola o povo que vai ter um bom pastor que libertará de todo e a conduzirá novamente a terra prometida. Todas as ovelhas despesas vão ser reunidas por este Pastor. Agora que esse pastor é Jesus, somente Ele é capaz de reunir todas a lugares que dão vida em abundância. (cf. Ez 34, 11-12.15-17)

O Salmo 23 nos mostra que a ovelha confia no seu pastor, pois nele encontra a paz. A vida e a segurança. O Senhor é o bom pastor que sempre protege as suas ovelhas do perigo dos maus. (cf. Sl 23)

Na Primeira carta de Paulo aos Coríntios nos mostra Jesus rei soberano que venceu a morte na Cruz, doando-se plenamente. O senhorio universal de Cristo se dá na sabedoria e realeza do Cristo ressuscitado. Ele é a primícias de todos que morreram e que vão morrer ainda. Jesus é senhor da vida. (cf. 1Cor 15,20-26.28)

O evangelista Mateus nos Mostra Jesus o juiz justo que separa os bons dos maus. Sua justiça é imparcial. Jesus olha as atitudes das pessoas, e vê realmente os atos no amor, na misericórdia, no perdão, na solidariedade e partilha que traz ao outro a vida que todos têm direito.

Quem pratica o bem verdadeiro tem o prêmio da vida eterna e os demais se perderam nos seus atos de violência a, ódio e falta de perdão e amor. Jesus é Rei, seu trono é a cruz e a coroa é a de espinho e o gesto é de entrega total ao projeto de Deus que é resgatar o homem plenamente. Hoje nãos somos mais vagantes no mundo e quem segue Jesus realmente terá vida e abundância aqui e na eternidade. (cf. Mt 25,31-46)

Queridos irmãos e irmãs em Cristo, que esta liturgia nos ajude a ter Jesus como nosso Rei, Salvador e senhor, pois somente Ele nos dá a verdadeira felicidade que não se acaba. Única coisa que devemos fazer é estar com Ele sempre na forma de serviço aos que mais precisam. Ser cristão de uma Igreja de saída. Está em movimento e procurando ser uma pessoa que leva a boa notícia de Jesus que nos deu exemplo de serviço e ajuda aos que estavam marginalizados. Assim o mundo se transforma numa grande casa onde todos tem vez e voz. Viva Cristo Rei e que seja sempre dóceis ao Espírito Santo fazendo a vontade de Deus no mundo, na família e na Igreja. Amém

Tudo por Jesus, nada sem Maria. Servus Christi semper. Evangelium Christi ubique missionarius.

Jose B. Schumann Cunha

domingo, 19 de novembro de 2023

Enfrentar o escândalo da pobreza com o amor, a caridade e a partilha do pão, indica Francisco

  Enfrentar o escândalo da pobreza com o amor, a caridade e a partilha do pão, indica Francisco


"Quando se pensa nesta multidão imensa de pobres, a mensagem do Evangelho resulta clara: não enterremos os bens do Senhor! Ponhamos em circulação a caridade, partilhemos o nosso pão, multipliquemos o amor! A pobreza é um escândalo."

HOMILIA DO SANTO PADRE

PARA O VII DIA MUNDIAL DOS POBRES

(XXXIII Domingo do Tempo Comum – 19 de novembro de 2023)

Três homens veem-se na posse duma enorme riqueza, graças à generosidade do seu senhor, que está de saída para uma longa viagem. Um dia, porém, vai regressar e convocará aqueles servos, esperando poder alegrar-se com eles pela forma como entretanto fizeram render os seus bens. Assim, a parábola que ouvimos (cf. Mt 25, 14-30) convida-nos a deter-nos em dois percursos: a viagem de Jesus e a viagem da nossa vida.

A viagem de Jesus. No início da parábola, Ele fala de «um homem que, ao partir para fora, chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens» (25, 14). Esta viagem faz pensar no próprio mistério de Cristo, Deus feito homem, com a sua ressurreição e ascensão ao Céu. Com efeito, Ele que desceu do seio do Pai para vir ao encontro da humanidade, morrendo, destruiu a morte e, ressuscitando, retornou ao Pai. Assim Jesus, tendo terminado a sua existência terrena, realiza a «viagem de regresso» para junto do Pai. Mas, antes de partir, confiou-nos os seus bens, os seus talentos, um verdadeiro «capital»: deixou a Si mesmo na Eucaristia, a sua Palavra de vida, a sua santa Mãe como nossa Mãe, e distribuiu os dons do Espírito Santo para podermos continuar a sua obra no mundo. Tais «talentos» são concedidos «a cada qual – especifica o Evangelho – segundo a sua capacidade» (25, 15) e, naturalmente, para uma missão pessoal que o Senhor nos confia na vida quotidiana, na sociedade e na Igreja. O mesmo afirma o apóstolo Paulo: «a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo. Por isso se diz: Ao subir às alturas, levou cativos em cativeiro, deu dádivas aos homens» (Ef 4, 7-8).

Mas, voltemos a fixar o olhar em Jesus, que recebeu tudo das mãos do Pai, mas não reteve para Si esta riqueza, «não considerou um privilégio ser igual a Deus, mas esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo» (Flp 2, 6-7). Revestiu-Se da nossa frágil humanidade, cuidou como bom samaritano das nossas feridas, fez-Se pobre para nos enriquecer com a vida divina (cf. 2 Cor 8, 9), subiu à cruz. A Ele, que não tinha pecado, «Deus o fez pecado por nós» (2 Cor 5, 21), em nosso favor. Jesus viveu em nosso favor. Foi isto que animou a sua viagem pelo mundo, antes de voltar ao Pai.

Mas a parábola de hoje diz-nos ainda que «voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas» (Mt 25, 19). Com efeito, à primeira viagem rumo ao Pai, seguir-se-á outra que Jesus há de realizar no fim dos tempos, quando voltar na glória e quiser encontrar-nos de novo, para «fazer um balanço» da história e introduzir-nos na alegria da vida eterna. Por isso devemos perguntar-nos: Como nos encontrará o Senhor, quando voltar? Como me apresentarei ao encontro com Ele?

Esta pergunta leva-nos ao segundo momento: a viagem da nossa vida. Que estrada estamos nós a percorrer: a de Jesus que Se fez dom ou a estrada do egoísmo? A parábola diz-nos que cada um de nós recebeu os «talentos», segundo as próprias capacidades e possibilidades. Mas, atenção, não nos deixemos enganar pela linguagem habitual! Aqui não se trata das capacidades pessoais, mas – como dizíamos – dos bens do Senhor, daquilo que Cristo nos deixou ao regressar ao Pai. Com eles, deu-nos o seu Espírito, no qual nos tornamos filhos de Deus e graças ao qual podemos dedicar a nossa vida a dar testemunho do Evangelho e construir o Reino de Deus. O grande «capital», que foi colocado nas nossas mãos, é o amor do Senhor, fundamento da nossa vida e força do nosso caminho.

Por isso devemos perguntar-nos: Que faço eu dum dom tão grande ao longo da viagem da minha vida? A parábola diz-nos que os dois primeiros servos multiplicam o dom recebido, enquanto o terceiro, em vez de confiar no seu senhor, tem medo dele e fica como que paralisado, não arrisca, não se empenha, acabando por enterrar o talento. Isto aplica-se também a nós: podemos multiplicar o que recebemos, fazendo da vida uma oferta de amor pelos outros, ou então podemos viver bloqueados por uma falsa imagem de Deus e, com medo, esconder debaixo da terra o tesouro que recebemos, pensando só em nós mesmos, sem nos apaixonarmos por nada além das nossas comodidades e interesses, sem nos comprometermos.

Pois bem, meus irmãos e irmãs! Neste Dia Mundial dos Pobres, a parábola dos talentos é uma advertência para verificar com que espírito estamos a enfrentar a viagem da vida. Recebemos do Senhor o dom do seu amor e somos chamados a tornar-nos dom para os outros. O amor com que Jesus cuidou de nós, o azeite da misericórdia e da compaixão com que tratou as nossas feridas, a chama do Espírito com que abriu os nossos corações à alegria e à esperança, são bens que não podemos guardar só para nós, administrar à nossa vontade ou esconder debaixo da terra. Cumulados de dons, somos chamados a fazer-nos dom. As imagens usadas pela parábola são muito eloquentes: se não multiplicarmos o amor ao nosso redor, a vida some-se nas trevas; se não colocarmos em circulação os talentos recebidos, a existência acaba debaixo da terra, ou seja, como se já estivéssemos mortos (cf. 25, 25.30).

Por isso pensemos nas inúmeras pobrezas materiais, culturais e espirituais do nosso mundo, nas existências feridas que povoam as nossas cidades, nos pobres tornados invisíveis, cujo grito de dor é sufocado pela indiferença geral duma sociedade atarefada e distraída. Pensemos em quantos estão oprimidos, cansados, marginalizados, nas vítimas das guerras e naqueles que deixam a sua terra arriscando a vida; naqueles que estão sem pão, sem trabalho e sem esperança. Quando se pensa nesta multidão imensa de pobres, a mensagem do Evangelho resulta clara: não enterremos os bens do Senhor! Ponhamos em circulação a caridade, partilhemos o nosso pão, multipliquemos o amor! A pobreza é um escândalo. Quando o Senhor voltar, pedir-nos-á contas e – como escreve Santo Ambrósio – dir-nos-á: «Porquê tolerastes que tantos pobres morressem de fome, quando dispunhas de ouro com o qual obter alimento para lhes dar? Porquê tantos escravos foram vendidos e maltratados pelos inimigos, sem que ninguém fizesse nada para os resgatar?» (As Obrigações dos Ministros: PL 16, 148-149).

Rezemos para que cada um, segundo o dom recebido e a missão que lhe foi confiada, se comprometa a «pôr a render a caridade» e a aproximar-se de qualquer pobre. Rezemos para que também nós, no termo da nossa viagem, depois de ter acolhido Cristo nestes irmãos e irmãs com quem Ele próprio Se identificou (cf. Mt 25, 40), possamos ouvir dizer-nos: «Muito bem, servo bom e fiel (…). Entra no gozo do teu senhor» (Mt 25, 21).

fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-11/papa-francisco-missa-homilia-dia-mundial-pobres-2023.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 18 de novembro de 2023

Devemos estar em vigilância

 Devemos estar em vigilância


Devemos estar em vigilância

Queridos irmãos e irmãs, estamos próximos do final do ano litúrgico. A liturgia da Igreja nos pede a prestação de contas dos atos que fizemos nesta vida. Deus nos deu dons para podermos administrá-los e vai pedir as contas deles para ver o que fizemos deles.

O Senhor está para vir em qualquer momento em nossa vida, por isso devemos estar em atitude de vigilância. Não devemos estar distraídos em coisas materiais que nos afastam de Deus e dos irmãos e irmãs. Devemos ser praticantes do amor a Deus e ao próximo.

No livro dos Provérbios nos mostra como deve ser a mulher e ela deve ser virtuosa. Isso nos fala que ela deve ser boa esposa, ser fiel ao marido e uma boa mãe. No trabalho diligente, caridosa com as pessoas pobres e necessitadas e ainda saber administrar a casa com zelo e previdente, hoje as coisas mudaram muito, pois a mulher cuida da casa e dos filhos e ainda tem que trabalhar fora. Ai notamos que ela cuida do esposo e dos filhos em um lar confortável e cheio de amor. O amor é a tônica da família. (cf. Pr 31,10-13.19-20.30-31)

Embora a mulher de hoje viva dividida entre o lar e a profissão, seu dever fundamental continua a ser o cuidado da família, a dedicação ao marido e aos filhos, a solicitude para que encontrem em casa um ambiente confortável, repleto de amor.

Na primeira carta de Paulo aos tessalonicenses nos relata a segunda vinda do Senhor e ainda nos ajuda como devemos ficar atentos para isso. O que devemos fazer então: é ser sóbrios e vigilantes no bem, na justiça, no amor a Deus e ao próximo, enfim ser fiel a Deus no bem em vista do Reino de Deus definitivo. Devemos estar vigilantes para a chegada do Senhor. Somos filhos da luz e não das trevas. (cf. 1Ts 5,1-6)

O evangelista Mateus nos mostra o significado da Parábola dos talentos que Jesus, isso é a forma que os discípulos dele e nós devemos ter atitudes que levam a produzir bons frutos enquanto esperamos a vinda do Senhor, isso é vigilância.

 Assim diz a parábola: o senhor milionário chama os empregados e dá a eles  a  administração dos seus bens . Foi assim: 5 talentos para um, dois talentos para o segundo e um talento para o terceiro. Na justiça do Senhor estava na perspectiva da capacidade de cada um.

Quando ele voltou pediu a eles para prestarem contas do que fizeram com os talentos dados a eles. O primeiro deu o dobro, o senhor ficou feliz, o segundo também, mas o terceiro guardou e devolveu o talento dado sem multiplicar. O Senhor não ficou contente com o último e pediu todas as suas coisas que ele tinha e deu aos outros. O Senhor é justo com os talentos dados e eles são para serem multiplicados nesta terra e quando chegar o Senhor, devemos devolver aquilo que administramos bem. (cf. Mt 25,14-30)

Deus ama aqueles que fazem o bem e colocam os dons a serviço na comunidade, na família, no mundo e em todos os lugares. Devemos ser habilidosos sempre com providência de Deus.

Que esta liturgia nos ajude a sermos bons, justos, cumpridores da vontade de Deus em nossa vida. Quem fica no caminho do Senhor sempre estará feliz nesta vida e na eternidade.

 Tudo por Jesus, nada sem Maria. Servus Christi semper. Missionarius evangelii Christi semper.

 Jose B. Schumann Cunha