Devemos trabalhar na Vinha do Senhor com disposição
Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando nesse domingo o 26° Domingo do Tempo. Comum. Todos são chamados na construção do Reino de Deus, que começa aqui e tem a sua culminância no céu. O mundo carece de justiça e amor, e esses dois junto trazem a paz. Deus é da paz.
Deus nos faz uma proposta e nós devemos dar uma resposta responsável e coerente
e nunca faz de conta para agradar no momentos. Devemos estar em prontidão e
pensar no que Deus quer de nós para que o mundo seja melhor. Hoje a liturgia
nos lembra da Bíblia, e ela não pode ser um livro qualquer na nossa vida e na
nossa estante, mas uma Palavra viva de Deus em nossa vida, na comunidade cristã
e no mundo.
No livro do profeta Ezequiel nós
podemos ver o apelo do profeta para que vivam o povo da aliança na coerência do
sim da aliança de Deus a eles apesar deles estar exilados em terra estranha
como é a Babilônia. O conto da vinha do Senhor é a forma como Deus trata a
videira com boas escolhas para dar frutos. Isso deve ter bons cuidados e zelo
para que o êxito da colheita seja com frutos bons e doces.
Deus já tinha escolhido coisas
boas para a vinha, mas o mal uso, o descuido e tudo isso fizera sair frutas
acidas e imprestáveis. A vinha é Israel e ela é a preferida de Deus, por isso
ele cuidou e preparou com carinho. Deus é fiel, mas a infidelidade de Israel
produziu uvas ruins e devido a isso a onde estava vinha foi devastada e destruída.
Assim Israel foi para o exilio em terras estranhas. (cf. Ez 18,25-28)
Queridos irmãos e irmãs, assim
que percebemos hoje as pessoas se desviaram da sã doutrina, cultivaram ídolos do
mundo e disso tudo tem consequências, como guerras, doenças e catástrofes.
Na carta de São Paulo aos
filipense nos mostra esse hino cristológico que mostra um Deus que vem até nós
despojado da sua condição divina para viver a condição humana em tudo menos no
pecado. Jesus foi fiel sempre e o seu sim foi completo na crucificação e na sua morte horrível de cruz quando Jesus fala: tudo está consumado. (cf. Fl 2,1-11)
O evangelista Mateus nos fala da
Igreja como uma vinha do Senhor. Essa vinha precisa de trabalhadores fieis e
que sejam dispostos a trabalhar com afinco pelo reino. Estar na Igreja é a
condição e o nosso sim deve ser autêntico e disponível a missão de evangelizar.
Na parábola da Vinha dita por
Jesus nos indica duas atitudes de alguém que é convida a trabalhar nela. Ele pede
para trabalhar na vinha que é construir o Reino de Deus, mas percebemos que tem
duas distintas respostas: uma é de prontidão mas não vai e outro diz não e
pensando melhor vai.
Esses dois filhos, somente um agradou porque mesmo
com a negativa de um e esse pensado melhor foi e quanto ao outro que disse que
ia e não foi. O que acontece hoje a Igreja tem muitos que deram o sim, mas não
faz algo construtivo e sim com mal exemplo e desonestidade macula a Igreja com escândalos.
Outros mesmo dizendo não devido de não ver na Igreja algo bom, mas quando
reflete a importância da Igreja na transformação do mundo e assim responde e
vai a missão para mudar a cultura de morte para a cultura da vida. (cf. Mt
21,28-32)
Para entender melhor o sim de
primeira mão é os judeus que são da aliança e sempre disseram sim mas não contribuíram
muitas vezes ao plano de Deus e foram infiéis a Deus na sua Aliança. Agora o não representa os judeus bem intencionados que durante a história deram negativa a Deus, mas pensando melhor
trabalharam para o reino de Deus e os que não eram judeus se tornaram também discípulos
de Cristo no mundo.
Que essa liturgia nos ajude a
refletir a nossa resposta e que ela seja de um sim coerente e responsável para
que esse mudo seja florido do bem, da justiça, do amor, da partilha e
solidariedade. Que o perdão e a reconciliação sejam um regra em nosso vida.
Tudo por Jesus nada sem Maria!
Jose B. Schumann Cunha