ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 27 de dezembro de 2020

Sagrada Família de Nazaré é exemplo para as famílias de hoje

  Sagrada Família de Nazaré é exemplo para as famílias de hoje


Queridos irmãos e irmãs, neste domingo da Sagrada Família, ainda podemos saborear o clima de Natal. Aqui podemos dizer que Jesus quis ter uma família e ela foi acolhedora e pode dar o melhor para Jesus que é o amor, o cuidado, a paz e a alegria. Jesus assumindo a carne humana solidariza-se com toda a humanidade. Jesus tinha a mãe que cuida e o pai adotivo que zelava e protegia a família.

 

Hoje, infelizmente a família está sendo destruída pelo modismo e o mundanismo do nosso tempo, pois tudo se tornou descartável. A correria do nosso tempo provocou a ausência do encontro de família. Quase que ninguém tem tempo para o outro. Esta pandemia tem ensinado a importância dos cuidados pelo outro e a presença da família tornou-se imprescindível para suportar as dores, os afastamentos e as mortes, como é bom celebrar a vida em família.

 

No livro do Eclesiástico nos apresenta as regras e as atitudes que os filhos têm que praticar para com seus pais. Essa passagem chama-nos atenção para honrar os pais. Isso na prática é dar valor aos pais, ajudá-los quando precisam. Ampará-los nas necessidades. Se fizermos isso com coração aberto há a promessa de perdão de pecados e uma vida longa como assistência de Deus. (cf. Eclo 3,3-7.14-17)

 

Na Carta aos Colossenses   nos exorta para que tenhamos o espírito de harmonia na família e na comunidade cristã. A felicidade é algo que nos atinge por inteiro e é uma maravilha que isso aconteça nas nossas casas e na igreja doméstica.

 

Devemos cravar bem esses dizeres no nosso coração: "Revesti-vos de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência, de tolerância, de perdão recíproco". Se seguirmos as recomendações de ser bons filhos, bons pais e bons esposos podemos com certeza ter um ambiente familiar frutuoso e cheio da presença da primeira família de Nazaré que foi a de Jesus. (cf. Cl 3,12-21)

 

O evangelista Lucas nos coloca diante da Sagrada Família de Nazaré. Eles levam o menino Jesus no Templo para apresentação a Deus. Isso deveria ser uma regra para as nossas famílias. Não somos seres sozinhos. Dois personagens estavam no templo e esse acontecimento encheu de alegria a eles, pois perceberam que aquele menino é o enviado de Deus para salvar a humanidade.

 

Se pensarmos bem é na comunidade cristã que vamos reconhecer a presença de Deus que salva, pois ali há a Mesa da Palavra de Deus que é partilhada com todos e a da Eucaristia que alimenta e fortalece a nossa fé. Aprendemos a reconhecer Jesus em comunidade se todos ali viver o clima de família que convive com todos sem diminuir os mais pobres ou excluir os marginalizados pelo sistema capitalista atual. Simeão é o profeta que anuncia a presença de Deus Emanuel e Ana é a viúva que dedica ao templo como a mulher que sofre e espera em Deus, é o Israel que clama a Messias para resgatar o Povo do poder dos tiranos. (cf. Lc 2,22-40)

 

Que esta liturgia nos ajude a valorizar mais a família e que ela esteja reunida sempre, principalmente ao redor da palavra de Deus. E ainda devemos valorizar mais o encontro da família de Deus em nossas missas, pois ali estaremos juntos como Família de Deus que reúne no amor de Cristo sempre. Amém

 

Tudo por Jesus nada sem Maria.

 

Jose. B. Schumann Cunha

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Uma grande luz surgiu, Jesus está no meio de nós

Uma  grande luz surgiu, Jesus está no meio de nós




Queridos irmãos e irmãs, é natal. Hoje é um dia que nos faz agradecer a Deus por ter enviado Jesus ao mundo. Um menino nos foi dado e ele veio pobre para mostrar que devemos fazer algo aos que mais precisam. Uma manjedoura foi o lugar da vida. Quantos neste mundo estão sendo ceifados da vida e de dignidade devido ao egoísmo, a ostentação dos ricos, o desprezo por parte dos poderosos e governantes aos pobres.

Uma grande luz surgiu, um sinal foi nos dado e desse modo podemos sentir, viver e celebrar o Natal do Senhor. Quando há amor tudo se torna mais fácil e a vida acontece em abundância. Devemos aprender a lição do Natal para que esse mundo se encha de paz, solidariedade, partilha, fraternidade, perdão e misericórdia.

O profeta Isaías predisse que numa terra tenebrosa apareceu essa luz e um menino ia ter um poder admirável porque ele será o Príncipe da Paz (cf. Is 9, 1) . Essa profecia se realiza e está escrita no Evangelho de Lucas. Sua luz brilhará e todos verão que Jesus é o Rei que serve e é justo. Seu governo é de serviço a todos, o seu agir e seus gestos serão para denunciar o descaso dos poderosos da época e da ganância dos ricos e dos indiferentes com a maioria do povo que sofre pela exploração deles.

Na noite de Natal, os pobres pastores viram a luz e a glória de Deus cantada pelos anjos. Eles não pensam no que vestir ou ter mas vão eufóricos para a gruta onde estava a manjedoura que estava Jesus deitado. Acreditaram na indicação dos anjos. (cf. Lc 2,9)

Se pensarmos bem e refletirmos neste acontecimento podemos dizer que é uma graça enorme para a humanidade, pois Jesus está no nosso meio. O Papa Francisco disse na sua homilia na missa da noite do dia 24/12: “Nesta noite, foi-nos mostrado o amor de Deus: é Jesus. Em Jesus, o Altíssimo fez-Se pequenino, para ser amado por nós. Em Jesus, Deus fez-Se Menino, para Se deixar abraçar por nós. Mas podemos ainda perguntar-nos: Porque é que São Paulo chama «graça» à vinda de Deus ao mundo? Para nos dizer que é completamente gratuita.”

O mundo em que vivemos, o egoísmo, o hedonismo, a ostentação dos ricos, os desmandos dos poderosos e dos maus governantes, tudo isso está na lógica do capitalismo que é do dar e do receber. Mas o amor de Deus é infinito e Ele nos ama porque quer o nosso bem. O bem para nós deve ser  o de escolher Deus como meta e as nossas atitudes devem estar sintonizada no amor gratuito de Deus.

Pela nossa fragilidade humana não chegamos até Deus, mas essa fragilidade foi usurpada por Deus e resgatada na vinda de Deus, na sua singeleza e na sua pobreza em Belém, e Jesus chegou até a nossa pequenez.

O menino que nasce nos dá lição e nos ensina que devemos modificar as nossas relações humanas que devem estar envolvidas em ações a favor de todos, principalmente aos mais necessitados e miseráveis deste mundo.

Mais uma vez o nosso Papa nos chama a atenção quando ele nos diz: “Manifestou-se a graça de Deus. Graça é sinônimo de beleza. Nesta noite, na beleza do amor de Deus redescobrimos também a nossa beleza, porque somos os amados de Deus. No bem e no mal, na saúde e na doença, felizes ou tristes, sempre aparecemos lindos a seus olhos: não pelo que fazemos, mas pelo que somos. Em nós, há uma beleza indelével, intangível; uma beleza incancelável, que é o núcleo do nosso ser. Deus no-lo recorda hoje, tomando amorosamente a nossa humanidade e assumindo-a, «desposando-a» para sempre.”

Essa beleza de Deus reflete em cada um de nós, pois somos ornados pelo seu amor que regenera os nossos sentimentos e refaz o nosso coração para o amor que constrói pontes e salva muita gente.

Que esse Natal nos ajude a ver com os olhos de Cristo e que possamos ser mais generosos com todos, principalmente tendo compaixão dos milhões que morreram pela pandemia e  pela dor dos outros que perdem pessoas por falta de leitos e recursos para salvar as vidas que são tão caras a Deus.

Desejo um Feliz Natal e que o amor seja a nossa bandeira para termos um mundo melhor e justo para todos.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Bacharel em teologia Jose B. Schumann Cunha

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

A PANDEMIA E A NOVA ÉTICA DO CONVIVIO

  A PANDEMIA E A NOVA ÉTICA DO CONVIVIO


(Diversos medicamentos são testados no momento para vencer a Covid-19. Foto: Ricardo Davino / SAÚDE é Vital ) Leia mais em: https://saude.abril.com.br/medicina/a-corrida-pela-cura-da-covid-19/

O mundo inteiro desde o início da pandemia mostrou e assistiu o terro do desconhecido vírus.  Muitas perguntas, muitos protocolos antigos e novos usados, conhecimentos testados tornaram-se ineficaz no início devido a urgência do volume dos doentes que chegavam aos postos de saúde e hospitais. Mortes e valas cada vez crescendo de modo assustador.

Os países desenvolvidos sentiram no início e ficaram paralisados e buscando alternativas urgentes, muitas vezes, amadoras para buscar a solução dessa grave pandemia afim de salvar vidas. E também todos os países foram contaminados.

O que vimos no começo dessa pandemia, mortes chegando em progressão geométrica e as iniciativas governamentais e sanitárias em progressão aritmética. Tudo isso trouxe ao mundo e a todas as pessoas a sensação que esse vírus mortal ia vencer.

Os médicos, enfermeiros, alguns governos e a população se movimentaram para essa pandemia fosse diminuída ou eliminada no nosso meio. Os comércios, as escolas, as viagens, as pessoas e tudo procurando se isolar para que a pandemia fosse domada e que o dano provocado por ela fosse menor.

As medidas de isolamento social, quarentena, respiradores, hospitais sendo equipados, remédios, mascaras, distanciamento social, higienização pelo uso do álcool gel e sabão, tudo isso com a finalidade de parar essa onda de contagio. Essas articulações foram feitas para o efeito desse contagio fosse menor e as causas sejam diminuídas. Assim poderíamos ver curas e a mortalidade diminuindo.

Mas para que isso aconteça com sucesso sempre é necessário que todos buscam e vivam uma nova ética do convívio. Ela se dá no respeito a vida individual de cada um e do coletivo. Somos seres sociais e estamos na vida de sociedade a onde há liberdade individuas das pessoas que deve ser respeitas, mas quando se refere a uma pandemia igual a essa que estamos vivendo que atinge a todos indivíduos e nações sem distinção de ninguém, então a minha vida e do outro são  a vida coletiva de todos que deve  ser levada em conta para que a vida seja preservada.

Infelizmente presenciamos também e hoje o individualismo e o negacionismo da ciência diante desse caos. Isso tudo fizeram que a pandemia não diminuísse e as mortes e os hospitais ficassem lotados de doentes acometidos por esse terrível vírus que mata e aniquila sonhos das pessoas até hoje.

Agora o que faz ter a esperança de volta é que não teve descaso e nem descuidos da ciência que não mediram esforços para descobrir caminhos novos na busca de uma vacina eficaz. Muitos voluntários se dispuseram a participar da experiência de ter uma nova vacina e remédios para combater a covid 19.

Há quase um ano que estamos nessa luta para vencer esse inimigo invisível que é o vírus da covid 19 que provoca mortes e sequelas. Já podemos ver uma luz no fundo do túnel que é a descobertas das vacinas e elas já estão sendo aplicadas em muitos países. Se cada um de nós, sem exceção, fizerem bem as recomendações da OMS e dos agentes sanitários de cada pais, com cuidados e precauções vamos vencer essa luta para que a vida seja vitoriosa para todos.

Esse mal vai ser eliminado do nosso meio. O bem é construído por todos e que quem ganha com isso  é a preservação da vida. A vida é um dom. vamos vencer com ajuda de todos.

 Feliz Natal!!! E um 2021 com uma nova ética do convívio.

José B. Schumann Cunha

NATAL, TEMPO DE ESTAR EM FAMILIA

  NATAL, TEMPO DE ESTAR EM FAMILIA

 


É Natal do Senhor que vamos celebrar daqui dois dias em família. É um momento de festa e de encontro de família na celebração  da festa de um Deus que vem até nós através de Maria.

O lugar do nascimento é simples, mas é o primeiro berço do nosso menino Jesus.  A graça e a beleza são visíveis, pois Jesus tem a presença da mãe que cuida e do Pai adotivo que zela. O lugar da gruta é luz para os povos. Os primeiros a visitar esse lugar na noite do nascimento de Jesus são os pobres pastores.

O interessante desse fato é que eles estavam abertos na sua simplicidade e desse modo puderam ver e sentir o anuncio do anjo. A gloria de Deus estava ali na manjedoura e eles puderam presenciar esse grande acontecimento para o mundo.  Após isso eles foram os primeiros missionários e anunciadores de Deus que vem até nós, pois Jesus é um Deus conosco. 

A noite e o silêncio foram importantes e propícios de poder perceber a luz da gloria cantada do coro de anjos que cantavam Gloria a Deus nas alturas e paz na terra aos homens amados por Deus.

Hoje é mais que necessário de estarmos em vigilância e em atitudes como as dos pastores de Belém para reconhecer e celebrar o Natal do Senhor fora do barulho do consumismo.

A pandemia que presenciamos deve nos ensinar que celebrar o Natal é celebrar a vida na sua singeleza, nada de ostentação e desperdício, mas a certeza de estar no clima de Natal na beleza dos gestos de amor que serve aos quem mais precisa.

A mesa é para todos. Jesus é o centro e ele nos ensina que a mesa da sua Palavra (ambão) é o lugar de honra que nos congrega ao redor do Deus da Vida e a Mesa da Eucaristia e do Sacrifício de Cristo nos chamam para partilhar com os mais necessitados.

O natal é para todos e que possamos reaprender e apreender o sentido Real do Natal do Senhor.

Feliz Natal a todos!!!

Jose B. Schumann Cunha

sábado, 19 de dezembro de 2020

O Sim de Maria permitiu que o Filho de Deus viesse ao mundo

 

O Sim de Maria permitiu que o Filho de Deus viesse ao mundo




Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste 4° domingo do advento e já estamos próximo do Natal. Durante o advento, preparamos pela volta de Cristo que virá pela segunda vez com autoridade e gloria.

Agora vamos celebrar o Natal e a figura de Maria torna-se para nós exemplo de fé, esperança e amor. Ela é a nossa companheira de caminhada rumo a terra celeste. Ela é importante porque Deus quis através do seu sim tornar a mãe do seu Filho que é nosso Salvador. Se Deus quis depender dela no seu, então é seguro que a gente pode contar com Maria para ser a nossa intercessora junto a Deus. Isso é claro e normal.

Jesus vem até nós sempre em nossos corações, tornando morada para que possamos estar sempre em sintonia com Ele. Através do sim de Maria ela tornou o primeiro tabernáculo vivo do Senhor.

A liturgia bíblica nos dá uma visão certa para que possamos prosseguir nessa jornada na terra juntamente com nossos irmãos de comunidade e no mundo em que vivemos.

No 2° Livro de Samuel nos mostra que o Rei Davi queria construir uma morada para Deus aqui na terra. Ele não conformava em morar em um Palácio luxuoso enquanto a presença de Deus se dava em uma simples tenda, aonde estava a Arca da Aliança. O profeta Natã confirma essa intenção de Davi. Deus promete uma dinastia permanente essa está confirmada em Jesus Cristo que tornou o verdadeiro Templo. Agora Jesus é o templo vivo. (cf. 2Sm 7,1-5.8b-12.14ª.16)

Na Carta aos Romanos temos esse Hino de Louvor a Deus, pois foi Ele que preparou um plano de Salvação que foi realizado em Cristo para toda humanidade. Deus não exclui ninguém. Para obter a salvação de Deus é preciso da nossa adesão a Jesus como Senhor e Salvador. (cf. Rm 16,25-27)

O evangelista Lucas nos mostra o anjo Gabriel anunciando que ela foi escolhida por Deus para ser a mãe do Senhor, mas precisava do seu sim sincero. Ela estava cheia de graça e pode responder ao anjo, enviado de Deus, aceita a ser a mãe de Jesus e desse modo tornou-se a nova Arca da Aliança, morada e tabernáculo de Jesus no mundo.

É a maravilha de Deus acontecendo. O nosso solo tornou habitação de Deus menino. Embora o povo esperava um rei poderoso, rico e cheio de poder, mas Deus faz tudo isso na cama pobre, isto é, na manjedoura acolhedora e o lugar simples se tornou reluzente e de um luxo não imaginado porque tornou-se o lugar da primeira morada de de Deus Menino o que dá poder, da riqueza e luxo é a humildade, a pobreza que se abre a Deus e poder através do serviço a todos.

A alegria da vida de Maria é ser a serva que obedece a Deus como filha obediente que não se deixa morder pelo mal como foi a de Eva. Ela é a criatura ímpar de Deus e preferida por Ele por ser dócil, obediente e missionaria da presença de Deus nela e até hoje para todos nós. Ela nos ajuda não sair do caminho porque é a mãe de todos nós. (cf. Lc 1,26-38)

Que esta liturgia nos ajude a abrir o nosso coração na singeleza de gestos que acolhe Deus em todas as circunstâncias.

Feliz Natal e que Jesus esteja em todos lugares dando esperança, consolando os aflitos e dando a paz que dura para sempre. Amém.

 Tudo por Jesus nada sem Maria

 Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Carlos Acutis é Beato: “Hoje o céu está mais perto”

 

Carlos Acutis é Beato: “Hoje o céu está mais perto”




“Concedemos que o Venerável Servo de Deus Carlos Acutis, leigo, que, com o entusiasmo da juventude cultivou amizade com o Senhor Jesus, a partir de agora seja chamado Beato e que seja celebrado todos os anos em 12 de outubro, dia de seu nascimento ao céu”: esta foi a fórmula lida pelo cardeal Vallini, que presidiu à missa de beatificação de Carlos Acutis.

Nem mesmo a pandemia e suas restrições foram capazes de ofuscar um dos eventos eclesiais mais aguardados deste ano: a beatificação de Carlos Acutis.

A Basílica superior de São Francisco, em Assis, pôde conter poucas centenas de pessoas, mas a missa foi acompanhada ao vivo em telões instalados fora da igreja e por milhões de fiéis em todo o mundo através das redes sociais.

Logo no início, na presença dos pais – Andrea e Antonia – e dois irmãos do jovem, foi lida uma breve biografia do novo beato e o presidente da celebração e representante pontifício - cardeal-vigário do Papa para a Diocese de Roma, Agostino Vallini - leu a carta do Papa Francisco com a fórmula de beatificação:

“Concedemos que o Venerável Servo de Deus Carlo Acutis, leigo, que, com o entusiasmo da juventude, cultivou amizade com o Senhor Jesus, colocando a Eucaristia e o testemunho da caridade no centro da própria vida, a partir de agora seja chamado Beato e que seja celebrado todos os anos nos locais e de acordo com as regras estabelecidas pelo direito, em 12 de outubro, dia de seu nascimento ao céu.”

Oração e missão

A seguir, sob calorosos aplausos, foi revelada a imagem do beato, enquanto uma relíquia foi levada em procissão até ao altar.

Já na homilia, o cardeal Vallini repercorreu os momentos de uma curta, mas intensa existência.

“Espontaneamente surge a pergunta: o que havia de especial nesse jovem de apenas quinze anos? Ele tinha o dom de atrair e era visto como exemplo. Desde criança, sentia a necessidade da fé e tinha o olhar voltado para Jesus", disse o cardeal.

Jesus era para ele Amigo, Mestre e Salvador, era a força da sua vida e o propósito de tudo o que fazia, inclusive na internet.

“Oração e missão: estes são os dois traços distintivos da fé heroica do Beato Carlos Acutis, que no decorrer da sua breve vida o levou a confiar-se ao Senhor em todas as circunstâncias, especialmente nos momentos mais difíceis.”

O novo Beato representa ainda um modelo de força, alheio a toda forma pactos, consciente de que, para permanecer no amor de Jesus, é necessário viver o Evangelho de forma concreta (cf. Jo 15,10), mesmo à custa de ir contra a maré.

A sua vida é um modelo particularmente para os jovens, a não encontrar gratificação somente nos sucessos efêmeros, mas nos valores perenes que Jesus sugere no Evangelho.

"Acutis testemunhou que a fé não nos afasta da vida, mas nos mergulha mais profundamente nela, indicando-nos o caminho concreto para viver a alegria do Evangelho. Cabe-nos percorrê-lo, atraídos pela fascinante experiência do Beato Carlos, para que também a nossa vida possa resplandecer de luz e esperança", concluiu o cardeal.

Hoje o céu está mais perto

O arcebispo de Assis-Nocera Umbra–Gualdo, Dom Domenico Sorrentino, tomou a palavra ao final da missa para uma série de agradecimentos e afirmou:

“Hoje o céu está mais perto. Aquela "estrada" eucarística que Carlos amava percorrer velozmente para chegar ao Céu, hoje ele a percorreu em sentido contrário para voltar a nós com o rosto radiante de bem-aventurança, e para se fazer, também por meio do culto da Igreja, nosso intercessor e nosso modelo de vida.”

Anúncio de um Prêmio Internacional

Os seus restos mortais repousam no Santuário do Despojamento, onde o jovem Francisco expressou entre os braços do Bispo Guido a radicalidade da sua escolha de Deus.

Neste santuário, afirmou Dom Sorrentino, “por um desígnio especial da Providência, Francisco e Carlo são agora indissociáveis”.

O arcebispo então anunciou uma “iniciativa de caridade que pretende ser um estímulo para a renovação da própria economia”.

“Tem início hoje o ‘Prêmio Internacional Francisco de Assis e Carlos Acutis por uma Economia de Fraternidade". É a nossa primeira, pequena, mas generosa resposta à Encíclica ‘Fratelli tutti’ que o Papa Francisco assinou há exatamente uma semana neste lugar de graça.”

https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2020-10/carlos-acutis-beato-hoje-o-ceu-esta-mais-perto.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

https://youtu.be/cGZ_GF1ePbM

domingo, 13 de dezembro de 2020

DEVEMOS SER RESPONSAVEIS POR NÓS E PELOS OUTROS

 DEVEMOS SER RESPONSAVEIS POR NÓS E PELOS OUTROS

 


 Queridos irmãos e irmãs, estamos vivendo um momento difícil porque estamos em uma pandemia. Ela pode ser diminuída se cada u pessoas fizer bem a sua parte, precavendo através das máscaras, obedecendo distanciamento social e tendo uma boa higienização das mãos, lavando-as e usando álcool gel.

Nessa hora difícil devemos ser mais misericordiosos e solidários consigo e com os outros. Essa atitude é de viver os valores evangélicos. Se seguirmos as ordens de Cristo que é amar uns aos outros como a si mesmo, tudo caminhará bem para todos. A vida é um dom de Deus e por isso devemos preservá-la e protegê-la com atitudes responsáveis.

O mundo tem motivos para se alegrar muito porque tem um Deus que solidariza conosco e está no nosso meio. E um Deus conosco

A história do mundo foi marcada por ódio, guerras e destruição, mas também teve muitos que criaram condições favoráveis a defesa da vida, promovendo ajuda solidaria aos mais necessitados. Se olharmos com olhos da esperança e da fé, vemos asilos, hospitais e ajuda que socorrem as necessidades primeiras das pessoas.

Os sistemas econômicos e políticos, muitas vezes, esquecem as pessoas vulneráveis da nossa sociedade que estão as margens no mundo. Então é preciso que tem um olhar mais de compaixão e colocar ações que favorecem o bem de todos. Mas há em muitos lugares que ajudam e tem foco para todos para que as mesas tenham alimentos para matar a fome das pessoas e a mesa da vida seja favorecida na promoção da vida e da saúde de todos.

Deus jamais quer o mal, pois ele amou tanto o mundo que enviou o seu filho para salvar e mostrar um novo caminho possível da fraternidade que nos faz sermos verdadeiramente imagem de Deus.

Que possamos criar iniciativas favoráveis ao bom convívio de todos, a humanização nos relacionamentos e a responsabilização pela vida.

Com a chegada do Natal, um momento de celebrar Cristo Menino, que vem humilde no nosso coração para que nele seja transformado no calor do amor que contagia a todos. E que o ano novo seja de esperança e de fraternidade para que as muralhar do egoísmo, do ódio, da falta de perdão e tudo que nos afaste de Deus e do outro, e assim a nossa vida seja alegre e feliz já nesse mundo.

Um feliz Natal a todos e um ano novo que seja repleto de novas perspectivas, metas e focos para que o mundo seja uma casa comum para todos. Santa Luzia, rogai por nós a Deus..

Tudo por Jesus nada sem Maria

Bacharel em teologia Jose B. Schumann Cunha

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Alegrai-vos, O NATAL DO SENHOR ESTÁ CHEGANDO

 Alegrai-vos, O NATAL DO SENHOR ESTÁ CHEGANDO



Queridos irmãos e irmãs, estamos já próximo da celebração do Natal do Senhor e a liturgia da Igreja faz um convite a todos nós para festejarmos essa alegria porque o senhor está no meio de nós, é um Deus conosco. É o Domingo da alegria “Gaudete)

No livro do Profeta Isaias nos fala da Alegria da volta, boa notícia da Salvação prometida por Deus, porque Ele é fiel sempre. Aqui o contexto é que os Israelitas voltaram do Exilio e está pensando e sonhando novamente com a nova Pátria aonde podem ter liberdade.

O profeta é o mensageiro de Deus que traz a esperança para os que sofrem e os que estão oprimidos. Agora o povo de Deus reage com alegria e dá o louvor devido a Deus. É o canto de magnificat, pois eles acreditam que serão renovados pela ação libertadora de Deus. (cf. Is 61,1-2ª.10-11)

Hoje com a pandemia e as mortes provocadas por ela, precisamos de esperança de dias melhores e eles virão porque Deus jamais esquece o seu povo. Deus iluminou os cientistas para descobrir uma nova vacina que combate a COVID 19 e ela está chegando dando a todos um alivio e assim dias melhores virão.

A primeira carta aos tessalonicenses nos fala que devemos estar alegres e nós devemos estar assim porque Deus é o motivo de nossa alegria. Temos muitos motivos de estarmos alegres, pois pertencemos a comunidade cristã, temo uma família e ainda estamos atuando no mundo dando testemunho de Cristo que é a luz do mundo. (cf1Ts 5,16-24)

O evangelista João nos mostra João Batista que dá para todos nós o motivo de ter uma grande alegria que é a presença de Jesus no meio de nós. Ele dá o testemunho da luz. A luz é Cristo e Ele está no mundo e vem até nós no Natal. Jesus vem discretamente e no lugar pobre e lá que é acolhido por primeiro. Sabe-se que para reconhecer Deus tem que se despojar do orgulho e vestir a roupa da humildade, do acolhimento, do perdão, da misericórdia e da solidariedade para com todos.

João dá testemunho e é uma voz que clama no deserto, que é o lugar do encontro com Deus. Nós devemos ecoar para toda terra que temos um Deus conosco e está sempre a nosso lado, principalmente nos momentos mais difíceis que passamos. O mal não é criação de Deus, mas Ele pode tirar um bem de tudo isso. (cf. Jo 1,6-8.19-28)

Para reconhecer Jesus menino devemos converter e mudar de vida, procurando fazer a vontade Deus sempre. O caminho que se pode trilhar é estar em comunhão com Deus e com os irmãos na fraternidade em comunidade.

Que esta liturgia nos faça pessoas alegres na espera do novo sempre, da liberdade e da salvação que é trazida por Cristo e que possamos sair melhores desse momento nebuloso em que a humanidade toda vive.

Tudo por Jesus nada sem Maria.

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sábado, 5 de dezembro de 2020

Uma Voz ressoa no deserto e hoje no mundo

 Uma Voz ressoa no deserto e hoje no mundo

 


Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 2º Domingo do Advento, e esse domingo nos faz o apelo para a conversão para vinda do Senhor Jesus. Hoje mais do que nunca precisamos nos converter a Deus para que esse mundo seja melhor e que todos possam viver em paz, em justiça, em misericórdia, em perdão e em partilha. As mesas estão vazias tanto do pão material como a do espiritual.


A liturgia bíblica nos vai indicar o caminho para a preparação da chegada do Senhor. Há muito caminhos a serem arrumados e mudados para que as vidas de todos sejam respeitadas, principalmente dos mais pobres e desfavorecidos de nossa sociedade capitalista. Essa pandemia tem nos ensinado muito e é preciso que os governantes olham com carinho para com países pobres e desfavorecidos no tocante a prevenção, cuidados e distribuição equitativamente das vacinas a todos sem excluir ninguém.

O profeta Isaias consola os exilados da Babilônia dando-lhes esperança do perdão de Deus que vai dar e ainda que Deus ia indicar um novo caminho de salvação. A esses que vão retornar a terra deles. Deus é que vai proporcionar um novo êxodo em percurso espiritual, vivendo de novo a experiência com Deus no amor e conhecendo a sua bondade para com todos.


Desse modo é possível reatar a comunhão com Deus na Aliança que Deus fez e nunca volta atrás apesar de nossa infidelidade. O sinal disso é que virá um mensageiro que levará a boa notícia a todos, principalmente Jerusalém e a todos de Judá. Deus é que promove a verdadeira libertação. (cf. Is 40,1-5.9-11)


A segunda carta de Pedro nos fala de um novo céu e de uma nova terra. É a parusia tão esperada por todos que creem em Cristo. É uma espera que deve ser constante para todos que aderem a Deus no projeto de amor e de salvação para todos, mas não pode ser intimista e nem paralisante e sim dinâmica, agindo na justiça, no amor, na solidariedade, na partilha, na misericórdia e compaixão com todos, principalmente agora com essa pandemia.


 Não podemos fechar os nossos olhos e nem ficar de braços cruzados na espera do Senhor que vem.  Se fizer o bem já acontecer então nós já vamos experimentar a nova terra e o novo céu que Pedro falou na sua carta. (2Pd 3,8-14)


O evangelista nos fala de um mensageiro que é João Batista. Ele veio para apontar o caminho para a vinda do Senhor a nós e como devemos preparar para acolher o Messias, o salvador e libertador de nossa vida que está presa no pecado e longe do Deus verdadeiro.


Esse caminho é de conversão a Deus, mudar de vida transformando o coração para voltar a Deus. O deserto aonde João estava é o lugar ideal de estar com Deus e fazer um bom arrependimento que nos levar aproximar de Deus sem nenhum obstáculo ou reserva, pois Deus é amor e fiel sempre.


A nossa mudança está diretamente ligada aos sacramentos do Batismo e da Penitência, e esse último, devemos sempre procurar para que nada atrapalhe de estar no caminho correto até Deus, caminhando junto com todos para o céu.


Nesse tempo a oração, o jejum, e a penitência nos ajudam a sermos pessoas renovadas, criando assim em nossa vida vestimenta da humildade, do amor e enfim de tudo que ajuda a dar esse testemunho de mudança de vida para que todos que venham participar desse caminho que foi anunciado por João e hoje pela Igreja e por todos mensageiros da boa nova da salvação. (cf. Mc 1,1-8)


Que esta liturgia nos ajude a preparar bem para vinda de Jesus e ainda arrumar o nosso coração para a chegada do novo natal de Jesus em nossa vida. Que os enfeites e as nossas mesas estejam fartas para podermos também partilhar, principalmente com os mais necessitados.


Que a pandemia não endureça os nossos corações para o bem. Devemos ficar em constante sintonia com Deus na vida de comunidade, de família e no mundo para que surja entre nós a luz de Belém anunciando o salvador da humildade.


Tudo por Jesus nada sem Maria.


Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Quando o Bairro Edgar Pereira (Vila Ipê) e o Jardim Palmeiras se unem...

O 1º Cartório da Cidadania Maria de Lourdes Chaves em Montes Claros, Norte de Minas Gerais, Brasil, esclarece sobre o casamento de Luís Gustavo de Oliveira Fonseca, solteiro, de maior, administrador, natural de MOC-MG, com residência à Rua Heliotropio, 269, Bairro Edgar Pereira (Vila Ipê). Ele é filho de Gilson Alves Fonseca e Edileuza de Oliveira Fonseca. Luís Fonseca se casará com Taísa Emanuelle Pereira Silva, solteira, de maior, estudante, natural de MOC-MG, com morada à Rua Manaus, 67-Fundos, Jardim Palmeiras, MOC-MG. Ela é filha de José Alípio Elias da Silva e Berenice de Fátima Pereira Silva. 

 


 

sábado, 28 de novembro de 2020

"O Senhor Vem!" nos visitar


 "O Senhor Vem!" nos visitar




 

Queridos irmãos e irmãs, estamos iniciando neste domingo um novo ano litúrgico da Igreja, o ano B e como ele iniciamos o tempo do advento, o tempo da espera do Senhor. Os dois primeiros domingos se referem à espera da segunda vinda do Senhor. Um dia o Senhor virá e vai plenificar o seu Reino de justiça e de amor definitivo entre nós. E desse modo o mal será aniquilado e o bem vencerá para sempre.


O terceiro e o quarto domingo do Advento nós ficamos arrumando e enfeitando para celebrar a memória do Nascimento do senhor no Natal. Natal é momento de encontro, de renovação e de amor e fraternidade entre todos. A festa é conclusão da vigilância para reconhecer e acolher Jesus que vem até nós na graça de mudança de coração para que esse mundo seja transfigurado no amor, na misericórdia e solidariedade com todos.


No livro do profeta Isaías nos mostra a súplica com insistência do Povo ao Deus da História pedindo um Salvador que instaura um mundo melhor onde todos pudessem viver em harmonia. Vemos esta oração e o clamor do Povo com matizes lindas na bíblia. O contexto dessa passagem que Isaías refere era de um Povo que está vindo do exílio, desanimado longe da Aliança como algo alheio a história desse povo.


O profeta é sempre um que vem dar esperança de novo  em vista de um futuro melhor que se marca na salvação de um Deus conosco. É a forma de renovar tudo e buscar a volta do Povo a Deus da Aliança para sempre. Não se pode esquecer que Deus é único redentor. Sabe-se que o Pai é a fonte da vida da família e que tem responsabilidade por ela. Agora Redentor aquele que resgata e toma o povo na sua mão porque é aquele que sente responsável por ele.


Se observar melhor que vemos e ouvimos dessa passagem do Profeta: Deus é chamado de Pai por  duas Vezes, mas se reparar melhor na Palavra de Deus do Novo Testamento , Jesus chama de Deus Pai por 184 vezes. Isso é para confirmar que Deus é Pai.  (cf. Is 63,16b-17.19b;64,2b-7).

É bom salientar que oleiro é Deus e o barro é o povo. E cada um de nós.  Deus nos molda para sermos criatura digna de pertencer a Ele como filhos e filhas. Portanto tornamos uma nova obra da criação nas mãos de Deus. O povo recebe um coração novo de Deus e desse modo uma nova humanidade surgirá no mundo.


O salmo 80 nos mostra a vinha devastada que precisa ser novamente restaurada e revigorada pelo Senhor para que possa viver de modo que canta o louvor a Ele que é a fonte e fim de tudo que existe no mundo e no universo.


 Na primeira carta de são Paulo aos Coríntios vemos o apelo à espera do Senhor, pois Ele é que nos dá os dons necessários para viver como cidadãos do Reino de Deus. A nossa vida de cristãos está nos dons vividos na comunidade e no mundo.

Todo dom que Deus nos dá é para o serviço do bem da comunidade. Não podemos ser intimistas e nem viver isolados. (cf. 1Cor 1,3-9)


O evangelista São Marcos nos exorta para a vigilância constante na espera do Senhor que vem. Ele deve nos achar em atitudes e gestos que levam a construção de um mundo mais justos e fraterno. O texto se caracteriza no discurso escatológico através da Parábola do Porteiro. Quem é o Porteiro? São os líderes da comunidade que deve zelar por ela. Aqui vemos o dono da casa que sai para viagem e esse é Jesus que volta para o Pai. Os servos que recebem as tarefas são os discípulos e todos nós cristãos que devemos zelar e cuidar da casa para que ela esteja em ordem e bem administrada.


Esta parábola quer nos ensinar a importância da vigilância e da espera do Senhor que vem até nós de novo. E deve ser acompanhada com a alegria da espera e de preparação com uma vida de justiça e de amor que transborda por todos os cantos em que estivermos. É o advento de uma vida melhor com Deus juntamente com todos os nossos irmãos.


O importante não descuidar e não achar que o Senhor demora a chegar, vivendo uma vida alheia aos valores do evangelho e se misturar com os apelos comerciais e de prazer do nosso tempo. Não devemos descuidar nunca com a nossa vida, pois ela é frágil e pode não dá tempo de fazer algo bom para si e para todos. (cf. Mc 13,33-37)


Que esta liturgia nos ajude a sermos pessoas que estejam atentos aos sinais do nosso tempo e ainda procurarmos ser atuantes e geradores de vida para todos. O banquete da espera do Senhor seja repleto de convidados que foram atentos a plano salvifico do Senhor e que a nossa casa seja bem administrada pelos servidores com a responsabilidade do porteiro para que nada destrua a casa que é do Senhor e de todos. Boa Preparação de Natal com o Senhor.


Tudo por Jesus nada sem Maria.


Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

domingo, 22 de novembro de 2020

Todas as vidas importam

 

Todas as vidas importam

 


Queridos irmãos e irmãs, todos são filhos de Deus e formamos uma família que é amada por Deus. Nada se justifica o ódio pelas pessoas por raça, por religião, por posição política, por opção e escolha sexual da pessoa. Assim todas as vidas humanas foram e são criadas a imagem de Deus da vida. Fomos criados para cuidar um do outro e do planeta terra, e tudo que se produz é para a sobrevivência humana e de tudo que existe.

Cada vez que vemos mortes, violências e toda forma de preconceito a pessoa humana nos faz aniquilar como ser humano. A vida é o maior dom e valor que temos. E devido isso, a vida deve ser preservada na forma de respeito, de educação para todos, justiça igual a todos, e também promoção da saúde, saneamento, salários que dão dignidade e sobrevivência a pessoa humana.

Temos a urgência de acabar as diferenças entre pessoas em todo lugar do mundo. Quando somos confrontados com a Palavra de Deus, vemos que Deus ama as atitudes de misericórdia, de perdão, de compreensão, solidariedade e fraternidade que eleva a pessoa na sua dignidade de filhos de Deus. Deus não vem condenar o homem, mas quer salvá-lo.

Quando vemos a passagem do Evangelho que fala na Parábola da sua vinda, cheio de gloria e poder, para julgar a humanidade. Esse julgamento já foi feito pelas nossas escolhas e atitudes que fazemos no mundo. Quando lemos que Jesus separa o rebanho, que somos todos nós, colocando uns de um lado os bons e do outro lado os maus, verificamos que os bons são todos aqueles que olham e fazem gestos de dar o que comer aos famintos, vestimentas aos nus, visitas e cuidados aos doentes e presos, em fim todo gesto a favor da vida, e esses são reconduzidos ao Reino dos céus dos justos. Entretanto os que não são misericordiosos, que não são compadecidos com os mais pobres e desfavorecidos e ainda descriminam as pessoas por raças, por religião, por questões sociais e políticas tem um destino longe da felicidade e eternidade no céu.

Cada dia que vivemos, somos chamados a ser melhores do que fomos ontem, procurando a estrada do bem e promovendo a paz, a compreensão e dialogo para encontrarmos sempre o equilíbrio que leva o entendimento para construirmos uma sociedade fraterna e igualitária onde reina a justiça e a vida em abundancia para todos.

Logo viveremos o clima de natal, que é celebrar a vinda de Deus na forma de uma criança que vem até a nós. Infelizmente, naquela época, não houve lugar para Jesus nascer, mas foi encontrada uma gruta com uma manjedoura que enobreceu esse abrigo quando Jesus menino foi colocado lá. Isso deve levar a nós uma reflexão e uma tomada de consciência que devemos mudar de atitudes e gestos no mundo para atender e acolher os que estão marginalizados nesse mundo como os pobres, os refugiados e os doentes de toda ordem. Essa pandemia nos mostrou e nos mostra que somos frágeis e ela atinge a todos, isto é, tantas pessoas em condição desfavorecidas como também aos governos afortunados e desenvolvidos são frágeis. Tudo isso é para cada um pensar e fazer uma reflexão para defender e promover melhorias na educação, na condição de vida e saúde de nossa população e também o modo em que vivemos e desfrutamos as coisas nesse mundo.

Que possamos sair melhores, procurando viver a fraternidade universal, mostrando que somos todos humanos em uma casa de todos que devem ser protegidos tanto a vidada humana, dos animais e do meio ambiente. Assim todas as vidas importam.

Teólogo Jose B. Schumann Cunha

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Há um Rei no universo que reúne os justos

    

Há um Rei no universo que reúne os justos



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando a Solenidade de Cristo Rei do Universo e com ela terminamos o ano litúrgico da Igreja. Celebrar a liturgia da Igreja é celebrar os principais mistérios de nossa Fé.

Iniciamos com o advento no ano passado, passamos depois celebrar o Natal, entramos no tempo comum, em seguida veio a quaresma, semana santa, a Páscoa e logo entramos novamente no Tempo comum, que agora chega ao fim.

Devido a pandemia não tivemos a semana santa, mas isso não nos impediu de celebrar a fé. Na intimidade de nossa casa ficamos em comunhão com a Igreja pela internet on line. Esse momento está sendo de aprendizagem e reflexão para todos.

A liturgia bíblica deste domingo nos fala de um Rei e do seu reino. Hoje sabemos que o Reino de Deus já é um fato entre nós, pois Jesus semeou entre nós esse reino de amor e de justiça. Os seus discípulos são chamados a edificá-lo no mundo. Tudo terá um tempo definitivo que há de vir. Podemos dizer que o Reino de Deus será plenificado na eternidade.

Aqui vamos ver nessa Liturgia os três aspecto que confirma a realeza de Cristo. As qualidades são: Rei Pastor, Rei Soberano e Rei Justo.

No livro de Ezequiel nos fala do Rei Pastor e esse é reconhecido pela atenção e zelo pelas suas ovelhas. Esse pastor não deixa perder nenhuma ovelhas a Ele confiadas. Esse rei entra em contraste com os anteriores que mataram, perseguiram e deixaram o povo em desgraça.

Por causa desses maus governos fizeram com Israel muitas vezes foram para o exilio e destruição de Jerusalém. O profeta Ezequiel dá esperança ao Povo que vira um Rei Pastor que resgatara esse povo e tirara da escravidão. Isso é uma esperança que vai brotar no coração do Poro que mostra que Deus sempre fiel a sua aliança. É bom salienta que essa profecia se tora plenamente realizada em Cristo. (cf. Ez 34, 11-12.15-17)

O Salmo 23 nos mostra de modo admirável que as ovelhas confia no seu Pastor que cuida e zela todas para que nenhum inimigo atrapalhe ou tire a vida delas.

Na primeira carta ao coríntios, Paulo apresenta Jesus como um Rei Soberano, que é vencedor da morte e do pecado, permitindo a todos a salvação. Assim Ele estabeleceu uma realeza universal. O senhorio de Jesus é Rei universal, a verdadeira sabedoria e tem uma Realeza que foi marcada na coroa do sacrifício da Cruz para salvar toda humanidade. Seu trono é a cruz, a sua coroa é de espinhos e se queremos seguir Jesus devemos trilhar o caminha da cruz de Jesus. Ele está vivo e ressuscitado como primícias de toda humanidade. (cf. 1Cor 15,20-26.28)

O evangelista Mateus nos apresenta Jesus como Rei Justo, que julga o tempo todo as nossas ações no mundo e não precisa esperar um julgamento no final dos tempos. A parábola que Jesus fala a todos nós é para saber que Ele sabe quem é justo e injusto nesse mundo. Ali ele é o pastor que separa as ovelhas das boas e ruins. Ele não julga e nem condena as  pessoas , pois Ele sabe discernir os justos e os injustos.

É a pessoa que se julga e se condena ao confrontar com seus atos que fazem no mundo. Aqui podemos dizer os atos de não misericórdia para com os outros, a falta de amor e solidariedade com os mais necessitados, a avareza que não deixa ter o pão na mesa dos pobres, a insensibilidade para moradia que falta a muitos, a precariedade de vida e saneamento que não chega as periferias de nossa cidade.

Tudo isso somado com as ostentações dos ricos e a prepotência dos governantes que que não deixam que as pessoas partilham os bens dessa terra.

Aqui vemos os bons estarão com Cristo no céu e os maus serão apartados dos bons porque foram eles que quiseram isso e não Deus. Deus é fiel e justo. (cf. Mt 25,31-46)

Que esta liturgia desse domingo nos faça pensar e refletir as nossas atitudes no mundo e se estamos agindo bem, podemos celebrar Jesus Rei do Universo e sempre pedir a misericórdia e procurar ser justos e bons nesse mundo para a realidade de morte se transforma em vida abundância para todos.


Tudo Por Jesus nada sem Maria!!!

 Teólogo Jose B. Schumann Cunha

domingo, 15 de novembro de 2020

Papa no Dia Mundial dos Pobres: vamos estender a mão e ver Jesus nos pobres

 Papa no Dia Mundial dos Pobres: vamos estender a mão e ver Jesus nos pobres


Neste domingo (15), a data instituída pelo próprio Pontífice foi celebrada na Basílica de São Pedro ao lembrar também dos milhões de novos pobres que surgiram com o pandemia. Francisco insistiu para sermos servos fiéis a Deus, estendendo a mão aos pobres que encontramos diariamente: “peçamos a graça de ver Jesus nos pobres”, “a graça de sermos cristãos não em palavras, mas em obras”.

O Dia Mundial dos Pobres deste ano está sendo vivido em contextos desafiadores sobretudo porque a pandemia, segundo dados do Banco Mundial, já fez mais de 100 milhões de novos pobres. No Vaticano, neste domingo (15), o tradicional almoço comunitário com o Papa foi cancelado, mas Francisco presidiu uma missa especial pela data na Basílica de São Pedro, respeitando as medidas sanitárias para prevenir a Covid-19. Cem pessoas carentes participaram da celebração ao representar os pobres do mundo inteiro.

Assista à missa com o Papa Francisco na íntegraAssista à missa com o Papa Francisco na íntegraNa homilia, Francisco insistiu para sermos servos fiéis a Deus, estendendo a mão aos pobres que encontramos diariamente: “peçamos a graça de ver Jesus nos pobres”, “a graça de sermos cristãos não em palavras, mas em ...

A parábola dos talentos

Na homilia, ao comentar a parábola dos talentos (Mt 25, 14-30) do Evangelho do dia, o Pontífice refletiu sobre o início, o centro e o fim da vida. O início, quando o patrão confiou os talentos, ou seja, as riquezas monetárias aos servos, também Deus o fez conosco:

“Somos portadores de uma grande riqueza que não depende da quantidade de coisas que temos, mas daquilo que somos: a vida recebida, o bem que há em nós, a beleza intangível com que Deus nos dotou. Feitos à imagem d’Ele, cada um de nós é precioso a seus olhos, é único e insubstituível na história!”

O Papa destacou a importância de sempre lembrar dessa graça recebida, ao invés de olhar para a nossa vida e ceder à tentação que, o próprio Pontífice define como “quem dera…”: quem dera se eu tivesse aquele emprego, aquela casa, dinheiro e sucesso, se não tivesse tal problema, quem dera que eu tivesse pessoas melhores ao meu redor. Essa é a “ilusão do ‘quem dera’”, enalteceu Francisco, que nos impede “de ver o bem e nos faz esquecer os talentos que possuímos”.

A fidelidade a Deus é servir aos pobres

O Pontífice então abordou o centro da parábola: a atividade dos servos, isto é, o serviço, que representa a nossa atividade, que faz frutificar os talentos e dá sentido à vida. Um estilo de serviço identificado pelos servos bons que, no Evangelho, “são aqueles que arriscam”, disse Francisco. Por exemplo, se não se investir e não se fazer o bem, ele acaba se perdendo:

“Quantas pessoas passam a vida só a acumular, pensando mais em estar bem do que em fazer bem! Como é vazia, porém, uma vida que se preocupa das próprias necessidades, sem olhar para quem tem necessidade! Se temos dons, é para ser dons.”

Segundo o Evangelho, recordou o Papa, “não há fidelidade sem risco”: “é triste quando um cristão se coloca à defesa, prendendo-se apenas à observância das regras e ao respeito dos mandamentos. Isso não basta!”, disse Francisco, pois são cristãos que sempre têm medo do risco, são “mumificados”. O servo preguiçoso da parábola, por exemplo, escondido atrás de um medo inútil, foi classificado de mau:

“E, contudo, não fez nada de mal… É verdade! Mas, de bom, também não fez nada. Preferiu pecar por omissão do que correr o risco de errar. Não foi fiel a Deus, que gosta de Se dar; e fez-Lhe a ofensa pior: devolver-Lhe o dom recebido. Ao contrário, o Senhor convida a envolver-nos generosamente e a vencer o temor com a coragem do amor, a superar a passividade que se torna cumplicidade. Nestes tempos de incerteza e fragilidade que correm, não desperdicemos a vida pensando só em nós mesmos, com aquela postura da indiferença.”

A fidelidade a Deus é servir aos pobres, que estão ao centro do Evangelho, que nos enriquecem no amor, salientou o Papa, sobretudo se pensamos a quem devemos servir durante o Natal:

“A maior pobreza que devemos combater é a nossa pobreza de amor. O livro dos Provérbios elogia uma mulher diligente e caritativa, cujo valor é superior ao das pérolas: devemos imitar esta mulher que, como diz o texto, ‘abre a mão ao indigente’ (Prv 31, 20). Em vez de exigir o que te falta, estende a mão a quem passa necessidade: assim multiplicarás os talentos que recebeste.”

A graça de ver Jesus nos pobres

Ao final da parábola ou no fim da vida e “do espetáculo”, como disse o Papa citando São João Crisóstomo, será retirada “a máscara da riqueza e da pobreza”, será desvendada a realidade do poder e do dinheiro ou das obras do amor e da doação. “Se não queremos viver pobremente, peçamos a graça de ver Jesus nos pobres, servi-Lo nos pobres”, comentou Francisco, que finalizou a homilia trazendo o exemplo de servos fiéis de Deus que não se falam, como no Padre Roberto Malgesini, assassinado em 15 de setembro deste ano por um dos pobres que servia:

“Este padre não fazia teorias; simplesmente, via Jesus no pobre; e o sentido da vida, em servir. Enxugava lágrimas com mansidão, em nome de Deus que consola. O início do seu dia era a oração, para acolher o dom de Deus; o centro do dia, a caridade para fazer frutificar o amor recebido; o final, um claro testemunho do Evangelho. Esse homem compreendera que devia estender a sua mão aos inúmeros pobres que encontrava diariamente, porque em cada um deles via Jesus. Irmãos e irmãs, peçamos a graça de ser cristãos não em palavras, mas em obras... para dar fruto, como Jesus deseja.”

fonte:

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-11/homilia-papa-francisco-dia-mundial-dos-pobres.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 14 de novembro de 2020

Esta atentos sempre para reconhecer o Senhor no Mundo

Devemos estar atentos sempre para reconhecer o Senhor no Mundo




Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 33º Domingo do Tempo Comum. Já estamos quase no final desse ano litúrgico. É hora de prestar contas da nossa administração do tempo que tivemos nesse ano litúrgico da Igreja. E devemos estar em sentido de vigilância para chegada do Senhor que não tem dia e nem hora certa.

No livro de Provérbios temos este provérbio da mulher virtuosa. É a mulher que sempre está atenta aos seus deveres de mãe e de dona de casa. E ainda sabe ser generosa com os pobres e tem uma ótima administração da casa. É aquela que sabe como multiplicar o pão para a casa e ainda dá para repartir com os necessitados. Hoje como faz falta isso.

Há muita gente precisando de ajuda e nós muitas vezes estamos alheios e agarrados a supérfluos e desperdícios de bens que Deus nos dá para sermos generosos com os outros também. Aqui a lei é o amor que rege todas as nossas ações. (cf. Pr 31,10-13.19-20.30-31)

Na primeira carta de São Paulo aos tessalonicenses nos fala da segunda vinda do Senhor. Ele nos exorta como devemos estar vigilante e nos prepararmos para chegada do Senhor.

Devemos estar conscientes para receber e perceber a presença do Senhor. Hoje estamos muito atribulados com coisas que podemos nos distrair e nem reconhecer o Senhor que vem até nós nas pessoas que estendem as mãos para que possamos ajudá-las. (cf. 1Ts 5,1-6)

O evangelista Mateus nos mostra Jesus falando dos talentos dados para diversas pessoas diferentes. O modo de distribuir foi equitativo para que todos possam produzir de acordo com a sua capacidade. Aqui é a forma que devemos comportar até a vinda do Senhor. Jesus conta a parábola dos talentos.

O administrador vai viajar e deixa talentos para as pessoas produzirem melhor e avisa que vem um dia para receber o que é devido a ele.

Cada um recebe talento de acordo com a condição de cada um para  trabalhar e fazer acontecer o trabalho produtivo. Quando o Senhor voltar. Quem recebeu 10 devolveu o dobro e por causa disso vai receber a recompensa, outro recebeu 5 talentos, também produziu os outros 5 e entregam ao Senhor e por causa disso recebe a recompensa. Mas o outro recebe um talento que é o suficiente para ele produzir e melhorar o trabalho para poder devolver ao Senhor. Isso aconteceu porque teve medo de trabalhar e ter prejuízo, então o Senhor o recrimina e tira tudo dele porque foi incapaz de administrar bem a coisa alheia. (cf. Mt 25,14-30)

Irmãos e irmãs, nós temos condições de fazer o melhor, mas para que isso aconteça devemos estar ligado ao Senhor e ainda disposto a trabalhar e produzir visando o bem comum.

Que esta liturgia nos ajude a ter espirito vigilante e atento aos talentos que Deus deu a cada um de nós para que possamos mudar e transformar esse mundo a fim que ele seja um lugar d todos. Que a mesa do pão e da Palavra sejam fartas e para todos, pois são frutos de trabalhos de cada um.

bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

sábado, 31 de outubro de 2020

O santo é ação de Deus naquele que crê

 O santo é ação de Deus naquele que crê




 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 31º Domingo do Tempo Comum, a Festa de todos os Santos. O objetivo é festejar e reconhecer a santidade das pessoas que já foram canonizadas ou não. A santidade deve ser um ideal de todos e isso é desejado por Deus a todos nós. A Igreja se torna bela e brilhante com os santos que viveram o projeto de Deus em suas vidas.

A liturgia bíblica desse domingo no insere nesse desejo de Deus que quer que todos que cream e vivem o projeto Dele sejam santos.

No livro do Apocalipse de São João vemos a vitória do Cordeiro, que com a sua morte e Ressurreição,  abriu um caminho para vida eterna para todos que aderem em uma vida plena na conformidade do Evangelho de Jesus: que é viver o amor de Deus em si e nos outros, construindo pontes do bem.

A visão de muitos santos é a verdade que não se discute mais, pois é o triunfo de todos que são de Cristo e fazem a vontade de Deus no mundo diante de uma vida de renúncia ao mal e vivendo a sua verdade, não temendo nem o martírio se houver. A alegria dos santos é estar com Deus, mas vivendo aqui fazendo da sua vida uma obra perfeita de santidade.(cf. Ap 7, 2-4.9-14)

Na primeira carta de São João nos fala que a vida de Deus está em nós nessa vida presente. Isso é bom lembrar quando recebemos a Batismo temos a o selo de Deus em nós e toda condição de sermos santos. Temos os sacramentos que nos ajudar a fazer a corrente de santidade que devemos percorrer nessa vida  mesmo diante dos obstáculos, dificuldades, martírios e sofrimentos que vier sobre nós nesse miundo. (cf. 1Jo 5,1-3)

O evangelista São Mateus nos mostra o roteiro que destaca quem está seguindo o caminho da santidade em Deus. O sermão das bem-aventuranças nos mostra como deve ser o agir dos convertidos a Deus. São eles: ser manso, ser humilde, ser pacifico, ser misericordioso, ser justo, ser alegre, ser sensível ao sofrimento dos pobres, dos doente, dos presos, ter um coração puro para não entrar nenhuma maldade ou ódio e ainda se sofrer perseguição por causa de Deus será a constarão que o Reino de Deus é a melhor opção que fazemos. Sejamos cristãos alegres diante de tudo que possamos viver e ser bons e autênticos para que alguém nos vendo sentem vontade de seguir Jesus rumo ao céu para sempre. (Mt 5,1-12a) :

A Igreja se faz presente no mundo denominada Igreja militante, a Igreja que está no purgativo denominada de Igreja padecente e finamente a Igreja triunfante é a Igreja que está no céu com todos os santos e anjos de Deus.

Queridos irmãos e irmãs, ao celebrar essa Festa de todos os Santos é celebrar que vale pena percorrer o caminho da santidade, que é para todos, para que a vida seja repleta de bondade de Deus entre nós e na eternidade para sempre. Amém

Que esta liturgia nos ajude a sermos mais santos e que possamos ser pessoas que ajudam o mundo a ser melhor, construindo a cultura da vida e do amor entre nós.

 Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

 Jose B. Schumann Cunha

sábado, 24 de outubro de 2020

O Maior Mandamento é o AMOR

  O Maior Mandamento é o AMOR




Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 30º Domingo do Tempo Comum, está faltando 4 semanas para terminar esse ano litúrgico. A Igreja nos coloca na liturgia do Amor. Esse amor deve ser anunciado e testemunhado por todos.

No livro do Êxodo nos exorta pra o maior mandamento de Deus que é o amor. Aqui vemos que o amor se torna ação concreta quando olhamos os mais humildes, fragilizados e os descartados do mundo. Esses são as viúvas sem recursos, órfãos, endividados e pobres marginalizado no mundo. Devemos defender e proteger todos eles através de todos os meios possíveis.

Aqui vemos Deus que não esquece de ninguém e tem um cuidado muito especial tocante aos mais necessitados advertindo o povo de Israel não deixar de lado nenhum e tendo um coração de misericórdia, de hospitalidade e compaixão por todos.. (cfEx 22,20-26)

Interessante ressaltar que no Antigo Testamento o amor é entendido em relação a Deus através do respeito à Lei e tendo como reflexo do seu amor com o próximo. E com o advento de Jesus nos traz o AMOR através de gestos, ações e acolhida a todos, principalmente aos mais necessitados de ajuda.

Nesse tempo em que vivemos da Pandemia, devemos descer das grades  e do conforto de nossas casas para estender a mão e agir a favor de milhares de famílias  que perderam a vida, o emprego e as condições para que tenham uma ajuda e assistência digna de suas necessidades.

Na Primeira Carta aos tessalonicenses, São Paulo nos exorta para vermos o exemplo de amor vividos pela comunidade tessalônica. Isso ajudou muito para semeadora concreta da fé e do amor que produziram frutos em outras comunidades.

Que possamos ver em nossas comunidade cristãs esse exemplo perfeito do amor e da fé que age na comunidade, gerando vida e esperança para todos se assentarem a mesa da Palavra, do pão e da partilha. Se fizermos assim não teremos necessitados entre nós. (cf. 1Ts, 5c-10)

O evangelista São Mateus nos mostra Jesus resumindo toda a lei de Deus em duas que é a Lei do amor a Deus e aos irmãos. As autoridades judaicas da época de Jesus confronta Ele no quesito da Lei de Deus. É uma armadilha sarcástica e o objetivo era para pegar Jesus em uma polemica e dessa maneira ter o motivo para acusar e condenar Jesus. É a hipocrisia das autoridades que querem só o poder e usurpar os direitos dos mais pobres, abusando-os através de uma vida de ostentação e opulência.  E testam Jesus na pergunta: Qual é o maior mandamento do Deus? Interpretação da lei pelos judeus era diversa e cada um tinha um foco da lei , mas Jesus responde: amar a Deus em primeiro lugar da nossa vida e ao próximo como nós mesmos. Essa resposta de Jesus é a linha mestra do cristianismo, pois não podemos ser cristão pela metade.

Havia na época de Jesus 613 mandamentos e a maioria deles era proibições e ainda preceitos e prescrições, isso tudo tirava a liberdade da pessoa a agir bem com os outros. Ficavam presos ao ritualismo, deixando muitas vezes, pessoas necessitadas pelo caminho para não ofender a Lei e nem os preceito religiosos. (cf. Mt 22,34-40)

Como é hoje que acontece, muitas vezes, as religiões fecham as portas para muitas pessoas, dizendo que não são dignas de pertencer a comunidade devido ao estado civil e escolhas individuais, esquecendo do amor e da própria alegria do amor entre as pessoas.

Que essa liturgia nos desperte para tirar de nós preconceitos, preceitos e proibições nas relações humanas, religiosas e políticas-sociais para que a nossa sociedade possa viver em harmonia, paz, solidariedade, partilha e no amor reciproco.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Jose B. Schumann Cunha