ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ter um especial cuidado com os doentes

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

O cristão é chamado a ser um bom samaritano, a ter um olhar caridoso e solidário com as pessoas que mais sofrem, os doentes. Eles ficam dependentes do carinho, do cuidado e do zelo de quem cuida deles. Jesus sempre teve um olhar compassivo, aliviava as dores, curava e acolhia a cada um que o recorria. Jesus é um Deus presente na dor e no sofrimento do povo. O Papa Bento XVI pede um mundo mais capaz de “acolher e cuidar os doentes como pessoas” e acrescentou que “a medida da humanidade se determina essencialmente na relação com o sofrimento”.

Na Basílica de São Pedro, o Papa Ratzinger, isto é, o Papa Bento XVI celebrou Missa pelo 18º Dia Mundial do Doente e também em memória de Nossa Senhora de Lourdes. As relíquias da pastora francesa Bernardette Soubirous, à qual apareceu Nossa Senhora, em Lourdes, na França, foram colocadas entre o altar e a nave central da Basílica, abarrotada de doentes, muitos em cadeiras de rodas, voluntários, trabalhadores de saúde, organizadores de excursões.

Durante a Homilia, Bento XVI assegurou que a Igreja tem duas missões essenciais: “a evangelização e o cuidado dos doentes de corpo e espírito”. Há 25 anos, o Vaticano decidiu instituir o Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde “para oferecer sua própria contribuição e promover um mundo mais capaz de acolher e cuidar dos doentes”. O Papa teólogo falou de Lourdes, lugar eleito por Maria para manifestar seu maternal cuidado aos doentes e referiu-se ao Magnificat (Canção de Maria), que “não é o canto para aqueles a quem sorri a fortuna, porém é mais o agradecimento de quem conhece os dramas da vida e confia na obra redentora de Deus”.

Assim o Papa nos lembrou dizendo que incidiu no vínculo entre os doentes e os sacerdotes “uma espécie de aliança, de cumplicidade evangélica. Ambos têm o dever: o doente deve chamar os presbíteros e estes devem responder para atrair sobre a doença a presença e a ação do Ressuscitado e do Seu Espírito”. Ao concluir, citou seu antecessor, o Papa João Paulo II (1978-2005) que, em sua carta apostólica, “Salvifici doloris”, escreveu. “Cristo, ao mesmo tempo, ensinou ao homem a fazer o bem com sofrimento e a fazer o bem ao que sofre”.

Estas palavras do Papa nos fortalecem o ânimo de ser um bálsamo na dor de muitos doentes, aliviando os seus sofrimentos, dando coragem e força através da Palavra de Deus, da Eucaristia que os sustente e os impulsiona para enfrentar a doença com serenidade. Na doença, os doentes configuram com Cristo sofredor, que levou a sua cruz ao calvário, para dar vida plena à humanidade.

Ser um conforto na ajuda material ou espiritual para que nada falte aqueles que estão desprovidos da saúde. Que o Deus da vida esteja no caminho de todos e que sempre a fé nos mais preparados diante dos desafios que a doença nos provoca.

“Et ait illi: ‘Propter hunc sermonem vade; exiit daemonium de filia tua’.” (Mc 7, 29)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Deus nos chama sempre

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

No dia 07 de fevereiro, foi celebrado o 32° Dia Nacional pela Vida. O Santo Padre, o Papa Bento XVI, rezou o Ângelus com os numerosos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro. Referindo-se à liturgia do domingo, o Papa recordou três exemplos do chamado divino: o chamado do Profeta Isaías, o episódio evangélico da pesca milagrosa que vê o protagonista Pedro e um trecho da Primeira Carta de São Paulo Apóstolo aos Coríntios.

Nessas três experiências, disse o Papa, vemos como o encontro com Deus leva o homem a reconhecer a própria pobreza, a própria inadequação, o próprio limite. Mas é através dessa fragilidade que o Senhor transforma a vida do homem e o chama a segui-Lo. E acrescentou. “Neste Ano Sacerdotal, rezemos ao Senhor para que envie operários à sua Messe e para que todos aqueles que sentem o convite do Senhor a segui-Lo, após o necessário discernimento, saibam responder-Lhe com generosidade, não confiando nas próprias forças, mas abrindo-se à ação da sua graça”.

“Em particular, convido todos os sacerdotes a reavivarem a sua generosa disponibilidade a responder todos os dias ao chamado do Senhor com a mesma humildade e fé de Isaías, de Pedro e de Paulo”. Estas palavras do Papa nos dão a coragem de seguir mais de perto o Cristo que chama incessantemente operários disponíveis, desapegados e livres para a missão de evangelizar. O mundo carece de pregadores que levam a mensagem genuína de Cristo. Há muitos lugares que precisam que a Palavra de Deus seja difundida, comunicada e testemunhada com a nossa vida.

Somos chamados a ser pescadores de homens, isto é, a levar cada vez mais pessoas para o caminho que Cristo indica que leva à vida plena e abundante. Quem nos qualifica para a missão é o autor do chamado, o próprio Deus que nos interpela e nos preenche da sua graça. Deus sempre nos chama e dá uma missão para que este mundo seja humanizado e divinizado pela presença de Cristo vivo no nosso meio.

Lembramos da célebre frase do nosso saudoso Papa João Paulo II (1978-2005). Não tenhamos medo de abrir as portas do nosso coração a Cristo e de deixá-las escancaradas para que Ele reine na nossa vida. Devemos ter uma experiência pessoal do Mestre e assim nunca mais seremos o mesmo. Ele nos transforma por inteiro, tira tudo em nós que impede de sermos pessoas livres e salvas. Um novo homem e uma nova mulher surgem e transparecem a todos o rosto do Divino Mestre.

O Papa, na sua catequese semanal, nos lembra do fundador da Ordem dos Frades Pregadores. Ele o propôs como modelo de pobreza e consagração à evangelização, afastado dos prestigiosos eclesiásticos. Ele nos fala do grande fundador do século XIII, São Domingos de Gusmão. “Este grande santo nos recorda que, no coração da Igreja, deve arder sempre um fogo missionário que conduz incessantemente a levar o primeiro anúncio do Evangelho e, onde for necessário, a uma nova evangelização”, explicou.

Cristo deve ser o centro de todas as coisas. É Ele quem dá sentido à vida humana e à nossa história. Como o próprio Papa nos lembra. “É Cristo, de fato, o bem mais precioso que os homens e as mulheres de todas as épocas e lugares têm o direito de conhecer e amar!”. Não devemos procurar honrarias e destaques, mas ser servidores da Boa Notícia de Cristo e que ela chegue ao coração do homem e da mulher de todos os tempos, porque vale a pena conhecer, viver e dar testemunho d’Ele.

Para isso, é preciso ter um conhecimento teológico aliado à fé que nunca esmorece, mesmo nas perseguições, sofrimentos e perdas. Jesus caminha sempre conosco, dando coragem e fortaleza em todos os momentos da nossa vida.

Quia omnis, qui se exaltat, humiliabitur; et, qui se humiliat, exaltabitur (Lc 14, 11)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A cruz dá sentido à vida

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A vida humana é marcada, muitas vezes, por sofrimentos, perdas, mortes, vitórias, fracassos, amor, doação, coragem, desamor, perdão e falta de perdão, etc. Isto acontece porque o homem está sujeito ao pecado e também à conversão e à volta para Deus. Quem deu este caminho de reconciliação consigo, com o outro e com Deus foi Jesus Cristo.

A novidade do Cristianismo é a lei do Amor que ultrapassa todas as barreiras do egoísmo, do individualismo e do materialismo. Jesus, com a sua vinda, com o seu exemplo de vida, com as suas mensagens de salvação e de libertação, deu ao homem um novo começo. A cruz se torna bendita porque dá sentido à vida. Ela foi um instrumento de morte, mas nela o Autor da Vida morre e depois ressuscita, dando vida nova para todos que creem n’Ele. A cruz é um símbolo que indica que um Deus se doa plenamente à humanidade por amor.

“O crucifixo é o espelho no qual todos, crentes e não crentes, podem encontrar um significado que enriquece a vida. E, portanto, em nenhum outro lugar o homem pode melhor compreender o quanto ele é importante olhando-se no espelho da cruz”. Foi o que sublinhou recentemente o Santo Padre, o Papa Bento XVI, ao centralizar a importância da catequese em audiência geral sobre a pessoa de Santo Antônio de Pádua, um homem que colocou “Cristo sempre no centro da sua vida e do seu pensamento, da sua ação e pregação” (10 de fevereiro de 2010).

Assim o Papa nos ensina. “Iniciador da teologia franciscana, o santo, um dos mais populares em toda a Igreja, falava da oração como de uma relação de amor, que leva o homem a conversar docilmente com o Senhor”. “Somente uma alma que reza pode realizar progressos na vida espiritual”, afirma Bento XVI. Antônio, além do mais, conhecia “bem os defeitos da natureza humana, a tendência a cair no pecado”, e exortava “continuamente a combater a inclinação à avidez, ao orgulho, à impureza”, praticando, ao invés, “as virtudes da pobreza e da generosidade, da humildade e da obediência, da castidade e da pureza”.

“A caridade”, dizia Santo Antônio, “é a alma da fé”. Um ensinamento de grande atualidade se for visto à luz da crise econômica que ainda semeia tanta pobreza. Por isso, o Papa nos exorta que “a economia tem necessidade de ética para o seu correto funcionamento, não de uma ética qualquer, mas sim de uma ética amiga da pessoa”.

No Evangelho de Marcos, é narrado que o que deixa impuro o homem é o que sai de dentro dele, isto é, toda forma de mal que não o deixa ser livre, como, por exemplo, o orgulho, a avareza, a imoralidade, a devassidão, a violência, os assassinatos e muitas outras coisas que diminuem a dignidade humana (Cf. Mc 7, 14-23).

Se o homem estiver em plena comunhão com Deus e com os irmãos, as coisas externas más não vão contaminá-lo porque ele terá na sua vida Cristo que liberta de todas as más inclinações e o deixa livre para ser bom. Assim o mundo é transformado, a sociedade se torna justa e fraterna, e a cooperação e a solidariedade dão as mãos em favor da vida e da dignidade da pessoa humana.

“Et Iesus hoc audito ait illis: ‘Non necesse habent sani medicum, sed qui male habent; non veni vocare iustos sed peccatores’.” (Mc 2, 17)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Deus chama e nós respondemos

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A liturgia dominical nos convoca para a missão. O chamado vem de Deus e nós respondemos com a nossa vida e com os nossos talentos. Estes são desenvolvidos em nós pela Graça de Deus. Ao longo da História da Salvação, Deus chama as pessoas para colaborar com o seu plano. Nós podemos constatar, nestas três leituras, que Deus faz o chamado no momento certo de cada um.

O Livro do Profeta Isaías narra o Seu Chamado - Deus se revela a Isaías. O interessante é que Isaías estava em oração no Templo. A Glória de Deus se manifesta. Ele sempre está presente. Deus chama o Profeta para a missão. Podemos, em um primeiro momento, não nos comprometermos, mas Deus capacita cada pessoa humana. No caso de Isaías, através do anjo que toca nos lábios com uma brasa e, desse modo, purifica-o para a missão.

Isto quer dizer, para nós, que a obra é de Deus e nós somos os seus instrumentos. Deus pergunta. Quem vou enviar? Ele respeita a decisão do homem. Só resta a Isaías dizer. ”Eis-me aqui, envia-me”(Cf. Is 6, 1-8). Na Primeira Carta aos Coríntios, vemos que São Paulo se considera o “último” dos apóstolos... Considera-se como um “abortivo”. È no bom sentido que ele diz isso. Ele nasce para a missão de modo espetacular. Deus vem até ele e questiona-o: porque me persegues, pois Eu sou o Cristo que foi crucificado e agora está vivo e no meio de nós.

Se nós percebermos esse encontro com Cristo que São Paulo teve a caminho de Damasco. Ele se põe a responder ao Cristo desta maneira. "Senhor, que queres que eu faça?". Assim, deveríamos agir em relação ao Nosso Senhor. O que podemos fazer a Deus, dando uma resposta segura na comunidade, nas pastorais, na sociedade. Desta maneira, o nosso serviço terá êxito porque vamos nos solidarizar com as pessoas, vamos nos comprometer com elas e fazer acontecer o Reino de Deus entre nós. Essa é a pergunta que devemos fazer a Deus toda vez que somos chamados a servir o Senhor, seja na Igreja, seja na comunidade ou em qualquer lugar (Cf. 1 Cor 15, 1-11).

O Evangelista Lucas narra que os pecadores foram pescar e nada conseguiram à noite, e voltaram desanimados. Jesus aparece e faz uma proposta para que eles voltem com Ele na barca. E a barca vai a alto mar. Jesus está na barca de Pedro. Orienta-os pela Palavra. Pedro obedece. Mesmo no seu íntimo, nada acontece, pois eles não conseguiram pescar na hora que era boa a pescaria. Por causa da Palavra do Mestre, eles seguem e há uma pesca maravilhosa. Para pescadores, isso é a melhor coisa que pode acontecer no trabalho deles.

Mas Deus, o autor de todas as coisas, está presente em todas as situações difíceis e faz um convite extraordinário a eles. Vou fazer de vocês pescadores de homens. É uma proposta incrível que eles aceitam porque Jesus estará presente, orientando-os e fortalecendo-os na fé (Cf. Lc 5, 1-11). Hoje a barca é a Igreja. Nós somos os seus seguidores. Jesus comanda esta barca e deixa dirigentes que nos encorajam e nos dão forças. A Igreja faz a vontade de Deus. Ela é guiada pela força do Espírito Santo e faz resplandecer a Verdade dos ensinamentos de Cristo.

Cabe a nós escutarmos, respondermos, vivermos com autenticidade e com generosidade. Desse modo, estaremos animados na missão libertadora do homem na sua integridade. Não tenhamos medo de responder como tantos já responderam, dizendo: eis-me aqui, Senhor, envia-me! Temos muitos trabalhos para fazer. Devemos sim, na medida do possível, ajudar as pastorais, movimentos, viver engajado na luta da vida das crianças, adolescentes e idosos desamparados que estão em risco nos seus princípios fundamentais, que são moradia, educação de qualidade, saúde de nível qualificado e respeito à dignidade da pessoa humana.

“Similiter autem et Iacobum et Ioannem, filios Zebedaei, qui erant socii Simonis. Et ait ad Simonem Iesus: ‘Noli timere; ex hoc iam homines eris capiens." (Lc 5, 10)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O Matrimônio nunca perde o valor

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Deus abençoa a união do homem e da mulher. São duas pessoas distintas e com histórias de vida diferentes que se encontram, se conhecem e se inicia o namoro. O conhecimento e a experiência de cada um se entrelaçam para o amadurecimento do amor.

O amor humano mergulha no Amor de Deus que é infinito. A Igreja é sinal também do Amor fiel de Cristo com o seu rebanho. Deus é sempre fiel e está presente na história humana. O Sacramento do Matrimônio é indissolúvel porque tem o selo de Cristo que marca o casal.

O Livro do Gênesis nos mostra que Deus é o criador de todas as coisas, cria o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. Ele lhes dá uma dignidade e os faz livres para decidirem e formarem uma família. Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe, e se une a sua mulher, e eles dois se tornam uma só carne. Esta passagem bíblica já nos mostra a importância do matrimônio cristão (Cf. Gn 1, 2).

O casamento é sem dúvida um compromisso que temos com aquela pessoa que amamos para toda a vida. Assim é o que dizem os casais apaixonados diante do padre e diante de Deus em uma cerimônia religiosa. O amor vai ser a medida do relacionamento. Ele vai crescer a cada dia, porque o casal quer sempre estar em sintonia com Deus na sua Palavra e na Eucaristia.

O Matrimônio cristão é válido nos dias de hoje, porque é um vínculo de amor, de união, de compreensão e perdão que tem a Bênção Sacramental. O Papa Bento XVI nos recorda que a união matrimonial, de fato, é um vínculo sacramental indissolúvel e essa essência não deve ser obscurecida.

Dessa maneira, o casal pede que o Matrimônio se realize em um clima de alegria, de preparação e de oração. O novo casal começa a existir depois dos seus consentimentos perante a Igreja. Eles fazem o juramento de amor, fidelidade em todas as circunstâncias da vida. A vida, muitas vezes, apresenta desafios que devem ser vencidos sempre com a graça de Deus.

Esse projeto de vida a dois deve estar alicerçado sempre na presença de Deus. Ele nunca vai permitir que haja ruptura, se sempre estiverem em comunhão com Ele. Como próprio Jesus nos fala, se ouvimos a sua Palavra e a pomos em prática, é como uma casa que é construída em uma base bem estruturada: nada a destruirá; e podem vir as tempestades e ventos, que ela ficará firme. Esta comparação serve para quem quer casar através do Sacramento do Matrimônio, pois Jesus vai estar presente, dando força e esperança para que continuem firmes nos seus propósitos de estar sempre juntos (Cf. Mt 7, 24-25).

São Paulo nos lembra que o amor é o dom “maior”, que dá valor a todos os demais e, mesmo assim, “não se vangloria, não se enche de orgulho”, ao contrário, “se regozija com a verdade” e com o bem dos outros. Quem ama verdadeiramente “não busca o próprio interesse”, “não leva em consideração o mal recebido”, “tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (Cf. 1 Cor 13, 4-7).

Assim podemos com certeza afirmar que o Matrimônio é uma grande graça e que não pode ser desprezado. Por causa disso, o casal, as pessoas que fazem parte de uma história de amor, e a própria comunidade cristã devem se ajudar para resplandecer, como uma luz brilhante, o amor do homem e da mulher. O casal coopera com o Criador, formando família, onde eles e os filhos sejam sinais desta união sacramental que nunca acaba.

“Et nos, qui credidimus, novimus caritatem, quam habet Deus in nobis. Deus caritas est; et, qui manet in caritate, in Deo manet, et Deus in eo manet.” (1 Jo 4, 16)

“Nós reconhecemos o amor que Deus tem por nós e acreditamos nesse amor.” (1 Jo 4, 16)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O Espírito Santo nos dá a Força

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A humanidade está muitas vezes marcada de violência, ingratidão, egoísmo, injustiça de toda ordem e falta Deus. Muitas pessoas são violentadas nos seus direitos fundamentais que são a vida, a habitação, a educação e o respeito. A infância é maltratada, explorada e atacada por pessoas inescrupulosas que atacam a sua vida. Estas coisas que acontecem nos chocam e nos deixam atônitos. Nesta hora, não podemos desanimar. Jesus nos anima com estas palavras. “Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo, haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16, 33).

Nosso Senhor Jesus Cristo é o Bom Pastor, Aquele que dá a vida por suas ovelhas e, mesmo assim, sendo Ele o Deus e Senhor, padeceu em terríveis aflições, mas permaneceu fiel à vontade do Pai, que era a de Salvar e Libertar a humanidade escrava do pecado. As nossas falhas, os nossos pecados nos deixam infelizes e longe de Deus. Devemos nos voltar para Deus e pedir a sua força que vem do Espírito Santo.

Somos muitas vezes acometidos por aflições e sofrimentos, mas não esquecemos que a graça que vem de Deus nos ajuda a superá-los e as fadigas são amenizadas por Cristo. Como ele mesmo nos diz: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei" (Mt 11, 28).

O Espírito Santo vem em nosso socorro, dando força e coragem até no martírio ou perseguição. O próprio Jesus nos encoraja dizendo. “Quando introduzirem vocês diante das sinagogas, magistrados e autoridades, não fiquem preocupados como ou com o que vocês se defenderão, ou que dirão. Pois, nesta hora, o Espírito Santo ensinará o que vocês devem dizer” (Lc 12, 11-12)

Temos coragem, pois Jesus está conosco e caminha com a nossa vida. Que a nossa fé seja sempre fortalecida na sua Palavra e na Eucaristia. Fiquemos firmes nas provações, pois somos testados como ouro no fogo. O importante é que somos amados por Deus. Não tenhamos medo das dificuldades e que a esperança nos encoraje para realizar as boas obras e que neste mundo resplandeçam a justiça e a paz, tão necessárias para que tenhamos vida em abundância.

Desse modo, “o Senhor torna-se refúgio para o oprimido, uma defesa oportuna para os tempos de perigo”. (Sl 9, 10). Assim, somos reconfortados e encorajados a prosseguir, porque é Ele que nos dá o verdadeiro alimento, como podemos confirmar nesta passagem do Evangelista João. “Jesus replicou: Eu sou o pão da vida, aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6, 35).

Que cada cristão sinta a força do Espírito Santo e que transpareça a presença de Cristo na sua própria vida, onde estiver, para que todos creiam que Deus está na nossa história.

At ille dixit: “Quinimmo beati, qui audiunt verbum Dei et custodiunt!” (Lc 11, 28)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Apresentação do Senhor e São Brás

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Levou o menino a Jerusalém a fim de O apresentarem ao Senhor, conforme o que está escrito na lei do Senhor (Lc 2, 22). Era costume da mãe levar o seu filho primogênito para apresentar no templo e também acontecer a purificação da mãe (Cf. Ex 22, 28s; Lv 12,3). Estava no templo Simeão, um homem de vasta idade, e ele profetiza sobre que Ele será sinal de contradição. Isto vai ser percebido na missão de Jesus. Uma espada transpassará no seu coração: de Maria e de Jesus na cruz (Cf. Lc 2, 22-39).

Podemos dizer que na apresentação do Senhor começa o sofrimento de Maria que vai culminar na cruz, onde seu filho, que só fez o bem, foi crucificado e morto. Então a Igreja revive esse acontecimento que é mistério. Esse mistério começa a ser revelado, mostrando a todos nós porque Jesus, o Verbo Encarnado, o Redentor da humanidade, vai mudar a história. Agora é Deus que ilumina o mundo. Podemos com certeza comemorar porque é Deus que está no centro da nossa caminhada.

Em muitos lugares se homenageia Nossa Senhora como Senhora da Luz que apresenta Cristo-Luz. Ela também participara da sua vida e pessoalmente na Paixão de seu Filho Divino (Cf. Lc 2, 35). Nesta apresentação, consagramos todos a Deus os nossos serviços pastorais que levam muitas pessoas ao seguimento de Jesus e até a ingratidão de muitos.

A Igreja revive o mistério da Apresentação de Jesus no templo. Revive com a admiração da Sagrada Família de Nazaré, iluminada pela revelação daquele “Menino Deus” entre nós. Esse Menino, que Maria e José levam com emoção ao Templo, é o Verbo encarnado, o Redentor do Homem e da Mulher e também da História.

Esse acontecimento é comemorado no dia 02 de fevereiro e, nesse dia, lembramos que o lugar foi Jerusalém. Hoje somos também convidados a entrar no Templo e meditar sobre esse Mistério de Cristo, filho unigênito do Pai que, com sua encarnação e sua Páscoa, tornou-se o primogênito da humanidade remida. È costume trazer velas para benzer e acendê-las. Com esses gestos simbólicos, querem nos mostrar que devemos ser vigilantes e servidores de Cristo construindo um mundo de irmãos.

No dia 03 de fevereiro, a Igreja costuma benzer a garganta, que nós acostumamos dizer Bênção de São Brás, para evitar os males da garganta. Esse gesto de pedir a bênção deve ser compreendido como proteção de Deus a nós pela intercessão de São Brás. Só terá sentido isso para nós se cada Cristão assumir na vida da Igreja o seu papel de testemunhar e anunciar Jesus por palavra e pela sua vida.

“Lumen ad revelationem gentium et gloriam plebis tuae Israel.”

“Luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel.” (Lc 2, 32)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Com Jesus, temos vida

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A vida é um dom precioso que devemos defender. Desde a concepção, já existe a vida e ela deve ser protegida. Deus nos faz criaturas e nos cria à sua imagem e semelhança (Cf. Gn 1, 27). Nada pode ser substituído no lugar da vida. A criança vem ao mundo gerado pelo amor do casal. O pai e a mãe têm um dever muito grande de defender esta vida, dando carinho, alimento, cuidados especiais e muito amor. Deve proporcionar um ambiente cristão, pois, com Jesus, temos vida e aprendemos a valorizá-la.

É uma necessidade para cada pessoa estar em união com Cristo, pois é Ele quem nos conduz ao caminho que leva à verdadeira vida. Jesus se compara a uma árvore. Ele é o tronco e nós os ramos. Se estivermos ligados a Ele, temos vida e se estivermos fora d’Ele, distante do tronco, nós nos definhamos e secamos (Cf. Jo 15, 1-6).

Jesus nos ensina que, com Ele, temos vida em abundância (Cf. Jo 10, 10) e nos dá o pão que sempre mata a fome (Cf. Jo 6, 30-36). Este pão é o seu corpo que recebemos na comunhão. Ele nos alimenta e nos dá a força para sermos, de fato, cristãos.

Não podemos, de modo algum estar longe d’Ele, porque só Ele tem a Palavra da Vida Eterna (Cf. Jo 6, 68). Os barulhos e os ruídos da vida moderna, muitas vezes, nos deixam surdos e não nos permitem fazer a experiência de Cristo na vida. Perdemos tempos em futilidades, gastamos nossas energias em coisas perecíveis e que não trazem a verdadeira felicidade.

Jesus nos orienta e mostra o caminho do céu. Estamos na terra como passageiros que têm um destino certo que é a casa do Pai, onde Ele está à sua direita. O mundo precisa conhecer esse Deus que vem ao nosso encontro todos os dias. Ele nos dá a lição, ensina-nos que a vida se realiza na simplicidade, no amor e no compromisso com o outro.

Temos que ser responsáveis pelas pessoas e pelo mundo. Se melhorarmos como pessoa, com certeza, o lugar onde nos situamos se torna bom. A nossa ação transfigura o ambiente e a vida acontece. A cultura da morte não pode prevalecer se tivermos a coragem de ser mais humanos, éticos, irmãos, solidários e comprometidos com a vida.

A coragem de sermos defensores da vida vem de Jesus, que deu exemplo de despojamento, entregando-se na cruz. Ó cruz bendita, nela encontramos o sinal da vida. Que este sinal nunca se apague entre nós, pois a cruz de Cristo se solidariza com todos e, em especial, com os pobres e sofredores.

Ela nos direciona para o túmulo vazio onde Jesus ressurgiu glorioso da morte. A morte não é vitoriosa, porque a vida é a grande vencedora. E que cada cristão possa compreender que esta vida passageira está na vida que nunca acaba. Como o próprio Cristo nos exorta: quem crer em mim, mesmo que estiver morto, ressurgirá para a eternidade feliz no Céu (Cf. Jo 11, 25-26). O reino de Deus começa a ser construído na terra, porque Ele está no meio de nós (Cf. Lc 17, 21) e tem a sua plenitude na eternidade com Deus.

Dixit ei Iesus: “Ego sum resurrectio et vita. Qui credit in me, etsi mortuus fuerit, vivet; et omnis, qui vivit et credit in me, non morietur in aeternum. Credis hoc?”. (Jo 11, 25-26)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A Igreja precisa de operários

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Depois de celebrarmos a Festa de Conversão de Paulo, a liturgia nos apresenta a festa de dois discípulos e colaboradores de Paulo ao longo de sua missão: Timóteo, de família judaica, e Tito, que era grego. Eles são sinais do amor de Deus com a humanidade. Deus sempre suscita missionários para fazer crescer o Reino de Deus no mundo.

O Evangelista Lucas narra que Jesus envia 72 discípulos em missão como preparadores da chegada de Jesus às cidades e aos povoados. Foram enviados de dois a dois. E Jesus diz que os enviava “como cordeiros no meio de lobos”. Pois sabia que a missão seria difícil e perigosa. Eles vão às casas e não para as sinagogas, formando as igrejas domésticas, comunitárias (são as sementes do Reino). E tinham como missão curar os doentes e anunciar que o Reino de Deus estava próximo deles (Cf. Lc 10, 1-9). É a missão de todos os batizados e também de todos os que são investidos de mandatos, como padres, bispos, religiosos e religiosas.

Jesus alerta que “a messe é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Lc 10, 2). Por isso, Ele nos exorta a pedir ao dono da messe que mande operários. E os instrui dizendo de não levarem bolsa, sacola, sandálias, nem cumprimentar ninguém pelo caminho (Cf. Lc 10, 4). Isto nos mostra as recomendações para que a missão seja proveitosa. A missão de levar a Boa Nova de Cristo deve estar alicerçada na Fé que encoraja e dissipa o medo entre nós.

O missionário é o enviado na Paz que vem do Nosso Senhor e Ele nos ensina a dizer: “A paz esteja nesta casa!”. Este era o sinal dos discípulos de Jesus e também o nosso. Nestas casas, a paz é acolhida e se faz presente. A partilha acontece naturalmente. Somos alimentados e saciados pela bondade daqueles que nos acolhem (Cf. Lc 10, 5-7). Não precisamos ter medo da missão de evangelizar, mas sempre pedir mais servidores para o Reino.

Que Deus possa ouvir o clamor do seu povo, pedindo mais padres, religiosos e leigos consagrados e engajados, homens e mulheres que se dispõem a levar esperança aos que estão marginalizados, oprimidos e empobrecidos na nossa sociedade. Não deixemos que o consumismo, o egoísmo, a ganância e o desejo de ter mais atrapalhem que a boa notícia de salvação e libertação seja propagada. Desse modo, Jesus faz morada no nosso coração e a nossa vida se enche da alegria de Deus.

O missionário deve ser sinal da presença deste Deus amoroso e bondoso no meio do mundo. A humildade, a fé e a esperança de nos lançar para o anúncio de que o Reino de Deus está no nosso meio deve ser inerente a todo missionário. A voz profética dos missionários anuncia que o Deus da vida caminha com o seu povo. Ele constrói uma nova realidade onde reina a cooperação das pessoas, a mutirão de boas ações e a fraternidade que irradia uma luz de vida nova, sem violência, sem prostituição e sem vícios.

Que haja o pão partilhado, que o trabalho seja comunitário e a justiça seja realizada plenamente na vida de cada pessoa. E, desse modo, a solidariedade se torna uma via que traz vida em abundância para todos. Assim podemos ver o Reino de Deus resplandecer entre todos nós.

Et dicebat illis: Messis quidem multa, operarii autem pauci; rogate ergo Dominum messis, ut mittat operarios in messem suam. (Lc 10, 2)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Holocausto nunca mais

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

No último dia 27, completaram-se 65 anos desde que as tropas soviéticas libertaram os judeus que ainda estavam detidos no campo de Concentração de Auschwitz na Polônia. Este campo serviu ao mais cruel extermínio de judeus [mais de seis milhões de judeus foram assassinados pelos nazistas]. O nazismo deixou para a humanidade uma cicatriz muita grande desse horror que é para ficar eternamente registrado na história humana.

O Santo Padre, o Papa Bento XVI, condena o “cego ódio racial e religioso” que levou os nazistas a matar milhões de pessoas nos campos de extermínio, na maioria judeus, e fez votos para que “nunca se repitam crimes de tão inaudita ferocidade”. Diante de milhares de fiéis, o Papa lembrou o dia em memória daquele 27 de janeiro de 1945. Bento XVI afirmou que a libertação dos “poucos sobreviventes” e a entrada nesse campo revelou ao mundo “o horror de crimes de inaudita crueldade”.

O Sumo Pontífice acrescentou que é preciso recordar de todas as vítimas desses crimes, “especialmente da aniquilação planejada dos judeus”. Estas lembranças invadem o nosso coração para que nunca se repita esta crueldade e que tiremos a lição para que nunca haja outro holocausto. Que a humanidade procure incentivar a tolerância entre raças, religiões e ideologias. As barreiras do ódio e do desamor devem ser substituídas pelo diálogo, pela compreensão e pela paz.

“Comovidos, pensamos nas inumeráveis vítimas de um cego ódio racial e religioso que sofreram a deportação, a prisão e a morte naqueles lugares desumanos. A memória desses fatos, em particular do drama da Shoah que abateu o povo judeu, gera sempre o mais convicto respeito da dignidade de toda pessoa, para que todos os homens se sintam membros de uma grande família”, comentou o Papa.

Portanto, nós devemos sempre pedir a Deus para que esses acontecimentos abram o coração do homem e da mulher para o entendimento e a compreensão cultural entre os povos, e que seja varrido do meio de nós todo tipo de violência aos diretos fundamentais da humanidade. Holocausto nunca mais.

Et respondens Iesus ait illis: Habete fidem Dei! (Mc 11, 22)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Política

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Está sendo comum encontrar políticos e politiqueiros já iniciando as suas “honestas” campanhas. Este ano, pelo que parece, teremos pára-quedistas demais nesta “política arretada do Norte de Minas”. Já escutamos por aí alguns nomes que serão candidatos a deputados estaduais e federais. Para deputados estaduais, estão na concorrência Anderson da Codevasf, o Tadeuzinho, Arley Santiago, Gil Pereira e outros. E já para deputados federais, estão na concorrência Jairo Ataíde, Ruy Muniz, Salete Nether, Humberto Souto e outros.

Eu pergunto a vocês [leitores deste Blog; suspeito que este Diário Virtual tenha pouco ou nenhum leitor]: será que esses políticos serão eleitos e, mais, será que esses políticos nos representarão bem na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados, no Senado, no Governo do Estado e na Presidência da República? Querem conselho de [“]amigo[”]? Lá vai... Antes de decidir o seu voto, pesquise sobre a vida e a caminhada social destes candidatos [ou então votem logo nulo; lembrem-se: 00 + CONFIRMA = NULO].

Acredito que, desta turma toda, os únicos “ficha limpa” são a superintendente regional de Ensino, a professora Salete Nether, e o diretor da Funadem, o jovem Tadeuzinho, de apenas 23 anos, mas que diz ter uma vontade enorme em entrar para a Política [igual ao pai dele; que coincidência, não?]. Eu, particularmente, estou em fase de pesquisa e acredito que novos nomes devem ser bem aceitos sim, mas esses antigos devem mesmo sair de cogitação.

Ou seja, os [“]novos[”] nomes merecem pelo menos atenção no sentido de escutar as propostas e, a partir daí, cada um tira sua conclusão. Contudo, em relação aos antigos políticos [os dinossauros do mundo político], estes devem mesmo é “pegar o seu banquinho e sair de mansinho”. Enfim, vamos retirar estes dragões da política do patamar de [“]representantes[”] do povo, pois se eles fossem bons representantes, o Brasil estava em uma situação social um pouco melhor.

Então, gente, atenção! Não vamos nos deixar levar pelas aparências, pois elas podem ser as nossas maiores inimigas.


Maicon Deivison Pinto Tavares é missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros e coordenador da Pastoral da Criança da Paróquia Santa Rita de Cásssia de Montes Claros. De vez em quando, escreve em parceria com um “fantasminha camarada”.

A PASTORAL DA COMUNICAÇÃO ARQUIDIOCESANA NÃO SE RESPONSABILIZA POR MOTIVAÇÕES POLÍTICAS DE SEUS MISSIONÁRIOS NA PRODUÇÃO DE MATÉRIAS PARA ESTE BLOG (DIÁRIO VIRTUAL)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Evangelizar por todos os meios possíveis

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

O cristão é chamado a evangelizar este mundo e a não se conformar com ele. Pelo Batismo, recebemos o dom da fé em Cristo. Somos convocados para agir em conformidade aos valores cristãos. Jesus, vindo ao mundo, mostrou a cada um de nós, com sua a vida, a verdadeira face de Deus. Deus realmente está conosco, e o seu amor é infinito. Ele ama este mundo e tudo que criou. Nada passou despercebido por Deus. Tudo que foi criado é bom.

O mundo carece de boa informação, da boa nova que Jesus trouxe à humanidade e da experiência da bondade de Deus. A cada manhã, Deus já se manifesta a todos e nos dá a oportunidade de realizar obras para o bem comum das pessoas. Ele nos dá os braços e as pernas fortes para agirmos a favor dos que mais precisam. Seguir Jesus é ser seu discípulo. Hoje precisamos de evangelizadores que use todos os meios possíveis para divulgar a mensagem de Cristo. Os meios de comunicação devem estar a serviço da boa informação para que a Palavra de Cristo, como Caminho, Verdade e Vida, seja ouvida por todos.

São Paulo nos exorta na Carta aos Romanos (Cap. 10) que comunicar é a condição para que as pessoas creiam. No século XX, na década de 1970 e depois, surgiu o discurso na Igreja que destaca, através de um de seus documentos, a afirmação de que o sentido dado pela Igreja às comunicações também esclarece de modo extraordinário os meios de comunicação e o papel que eles devem desempenhar, segundo o plano providencial de Deus na promoção do desenvolvimento das pessoas e da sociedade humana.

A Igreja Católica diz que o primeiro areópago dos tempos modernos é o mundo das comunicações, que está unificando a humanidade, transformando-a, como se costuma dizer, em aldeia global (Cf. JOÃO PAULO II, Redemptor Missio. Encíclica sobre a validade permanente do mandato missionário, n. 37). Sabe-se que o fenômeno da comunicação social, dada a sua influência na sociedade como um todo, está sendo assumido pela Igreja. A Igreja já tem usado, com sabedoria, os meios de comunicação para transmitir a mensagem do Evangelho.

A compreensão mútua e a boa vontade recíproca desabrocham naturalmente na justiça, na paz, na benevolência, na ajuda mútua, no amor e finalmente na comunhão. É por isso que os meios de comunicação social constituem um dos mais válidos recursos de que o homem pode usar para fomentar o amor e ser fonte de união. A Igreja, através da mensagem do Papa para o 44º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que foi apresentada à imprensa na Festa de São Francisco de Sales, Padroeiro das Comunicações Sociais, no âmbito do Ano Sacerdotal, destaca “O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos meios a serviço da Palavra” (Cf. H2Onews - Newsletter 20/01/2010).

“Uma mensagem que há vários anos se interessa pela internet, seus usos e a presença da Igreja neste novo meio de comunicação, como destacou Jean-Francois Mayer, diretor do Instituto Religioscope, cuja sede e escritório se encontram em Friburgo, Suíça. Esse compromisso é de todos, desde o Vaticano até os leigos, passando pelos sacerdotes...”. “Da parte da Igreja Católica, sempre houve um interesse pelos diferentes meios de comunicação social e, por isso, a internet faz parte disso. O que se realizou no âmbito da Igreja Católica é também a publicação de vários documentos importantes que trataram de desenvolver uma reflexão sobre os usos da internet e a sua presença” (Cf. H2Onews - Newsletter 20/01/2010).

Por sua vez, a Igreja, como uma comunidade de fé, ao receber de Jesus a missão de levar a todos a Boa Nova, se vê desafiada a realizar uma comunicação da fé que seja libertadora e de uma mensagem que seja fonte de esperança salvadora utilizando-se também desses meios de comunicação.

“Quia si confitearis in ore tuo: Dominum Iesum! Et in corde tuo credideris quod Deus illum excitavit ex mortuis, salvus eris.” (Rm 10, 9)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Meios de comunicação, novas tecnologias, relações humanas e Campanha da Fraternidade Ecumênica

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

A cada dia que passa, estamos nos tornando mais e mais dependentes de aparelhos de celular, coisa que não é boa. Ao passar do tempo, todos gostam de trocar de celular, mas sabemos que essa não é uma boa alternativa para nós, pois só estamos contribuindo para um capitalismo cruel.

Vai chegar o dia em que ninguém mais vai encontrar presencialmente com alguém. Tudo será resolvido através de telefones celulares ou fixos, ou por e-mails. Acredito piamente que antigamente, quando não existia isso, as pessoas eram mais felizes. Existe caso de presos que vendem drogas por telefones de dentro dos presídios. É o sistema capitalista que contribui até para a organização do tráfico de drogas. Basta ter dinheiro. E isso o tráfico tem. E muito.

As pessoas podem argumentar que a tecnologia é boa. Mas, quando ela é viciante e estressante, o bom deve ser questionado. Temos que preparar as nossas almas muito bem nesta Quaresma, que começará no próximo dia 17, Quarta-Feira de Cinzas e Abertura Oficial da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2010. O tema da CF deste ano é “Economia e Vida” e vem nos alertar para uma imediata conversão de coração e de alma.

A todos e a todas, eu desejo muita paz do Emanuel. Que possamos pensar seriamente e sem hipocrisia no lema da CFE - “Você não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6, 24).


Maicon Deivison Pinto Tavares é missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros e coordenador da Pastoral da Criança da Paróquia Santa Rita de Cásssia de Montes Claros.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A alegria verdadeira vem de Deus para nós

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Depois das festas natalinas, entramos no Tempo Comum na liturgia da Igreja. Somos convidados durante este tempo litúrgico a reviver os principais Mistérios da Salvação. Com o edito de Ciro, que autoriza a volta do exílio dos judeus e a reconstrução de Jerusalém (538 ou 537 Antes de Cristo), o profeta Isaías vê nesses acontecimentos a cidade histórica da salvação envolvida pelo Amor de Deus.

Este amor, que Isaías descreve com termos inspirados em uma festa de casamento, é a coroa, o diadema, os ramos. Podemos confirmar isto quando o profeta Isaías diz: “as nações verão a tua justiça, todos os reis verão a tua glória; serás chamada com um nome novo, que a boca do Senhor há de designar. E serás uma coroa de glória na mão do Senhor, um diadema real nas mãos de Deus. Não mais te chamarão Abandonada, e tua terra não mais será chamada Deserta; teu nome será Minha Predileta e tua terra será Bem-Casada, pois o Senhor agradou-se de ti e tua terra será desposada” ( Is 62, 1-5).

Esta imagem de casamento apresentada pelo Profeta Isaías quer revelar para nós que, entre Deus e a humanidade, há uma união profunda e que o amor de Deus é inquebrantável e eterno. Deus não olha as falhas passadas do seu povo, mas faz a renovação de um novo pacto de amor, como em um casamento. Nisso reside a grande alegria de Deus, pois Deus nos ama sempre.

São Paulo nos fala que o amor de Deus continua a se manifestar no meio de nós, através dos dons e carismas de cada um, que são colocados a serviço do bem da comunidade. Isto é confirmado quando ele nos exorta dizendo que “há diversidades de dons, mas um mesmo é o Espírito. Há diversidades de ministérios, mas um mesmo Senhor. Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos” ( 1 Cor 12, 4-6). Estas palavras de São Paulo querem dizer para nós que os bens e serviços são sinais do amor de Deus para com todos.

O Evangelista São João narra as Bodas de Cana. Lá estavam Jesus, seus discípulos e sua Mãe na Festa. O vinho simboliza alegria e o amor entre o esposo e a esposa. Se faltar vinho é como se fracassasse toda a Festa. Maria percebe que estava a faltar o vinho. Ela vai até o seu Filho e diz a Ele o que estava ocorrendo. Jesus diz a ela que ainda não tinha chegado a sua hora, mas a mãe pede para que os empregados que fizessem tudo que Ele mandasse. Encheram as seis talhas de pedra e as levaram ao mestre-sala, conforme as orientações de Jesus. Então Jesus transformou a água em vinho de ótima qualidade (Cf. Jo 2, 1-11).

Este vinho é símbolo do verdadeiro amor e da alegria que Deus traz para cada pessoa. Bodas sem vinho, as talhas de pedra vazias, a mãe, o chefe de mesa, os serventes e Jesus... Cada um tem um sentido teológico para nós. Bodas sem vinho representa a situação do povo desiludido, insatisfeito e sobrecarregado por leis. O numero “6” evoca a imperfeição e o incompleto. A pedra nos lembra as tábuas da Lei do Sinai e os corações de pedra de que falava o Profeta Ezequiel, a purificação como ato necessário para aproximar de Deus.

A mãe que vai ao filho representa Israel fiel que esperava o Messias para transformar a realidade do Povo. O mestre-sala representa os dirigentes e as autoridades da época que eram apegados à letra da lei e não à do amor. Os serventes são todos os que colocam os seus dons a serviço e estão dispostos a fazer tudo o que Ele disser. E, finalmente, Jesus é Ele o Messias em que Israel fiel vai depositar sua esperança de ter nova vida e transformar a Lei na Lei do Amor.

Jesus é a perfeição. E é completa a obra de Salvação de Deus para nós na hora da sua entrega total na Cruz. Assim, Jesus nos revela Deus bondoso e quer que cada pessoa humana viva em comunidade de irmãos, pois Ele está sempre presente para não faltar o vinho do amor e da alegria na Festa do encontro de Deus com toda a humanidade.

“Hoc fecit initium signorum Iesus in Cana Galilaeae et manifestavit gloriam suam, et crediderunt in eum discipuli eius.” (Jo 2, 11)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Boas vindas

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Esta primeira semana de fevereiro foi muito especial para o Seminário Maior Imaculado Coração de Maria, que recebeu de volta das férias mais de 50 seminaristas. Eu quero dar as boas vindas a todos os seminaristas, sendo eles religiosos ou diocesanos. Que o nosso Bom Deus possa acolhê-los e motivá-los nesta caminhada missionária cristã. É na certeza de poder ajudar que peço a todos vocês que contem com a Pastoral da Comunicação neste ano para o que der e vier.

Encerro esta acolhida deixando uma breve oração. Senhor Deus de todo poder e misericórdia, peço-te que acolha no Vosso Coração todas as saudades e desânimos dos nossos seminaristas e dê forças a eles para continuar na caminhada e, seguindo o Seu Chamado, estarem sempre empolgados com o serviço pastoral. Amém!

A todos, o meu forte e fraterno abraço. E os meus parabéns para os diáconos provisórios (futuros sacerdotes) do Ano Centenário desta Igreja Particular Carlos Renato de Carvalho, Fábio Rodrigues Soares, Guaracy Júnior Trindade de Jesus e Paulo Roberto Marques. Aconteceu agora a pouco, nesta noite de sexta-feira, 05 de fevereiro de 2010, a Ordenação Diaconal desses seminaristas, na Catedral, pela imposição das mãos de Dom José Alberto Moura.


Maicon Deivison Pinto Tavares é missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros e coordenador da Pastoral da Criança da Paróquia Santa Rita de Cásssia de Montes Claros.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Os pobres partilham a vida

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Deus se solidariza com os mais necessitados e nos chama a sermos solidários aos que mais precisam. Se olharmos a História da Salvação, narrada nas páginas da Bíblia, na tradição da Igreja e na vida dos Santos, percebemos como os pobres são despojados de si e se lançam para a ajuda mútua aos mais sofredores. Podemos citar alguns exemplos: a viúva de Serepta. Ela tinha pouca farinha e azeite. Isto quase não era suficiente para ela e seu filho para fazer o pão. Mas, ao hospedar o homem de Deus, chamado Elias, teve que servi-lo primeiro. Mesmo assim, não faltou nada naquela casa (Cf. I Reis 17, 7-16).

Quando Jesus nasceu, os primeiros que acolheram a Boa notícia, dada pelos anjos, foram os pobres pastores e eles foram onde estava Jesus, Menino Deus, pobre em uma manjedoura (Cf. Lc 2, 8-20). Jesus é o Messias, justo e pobre que “anunciará a Paz a todas as nações e o seu domínio irá de mar a mar, do Rio Eufrates, até os confins da terra” (Cf. Zc 9, 9-10). Jesus elogia os pobres de espírito e diz que deles é o Reino de Deus. O sentido teológico desta expressão significa o despojamento, a abertura e a participação ativa na mensagem salvadora do Cristo Libertador.

Certa vez, Jesus, sentado no templo, próximo ao cofre das ofertas, percebeu a grandeza do coração da pobre viúva, que dá tudo o que ela tinha naquele momento, sem fazer nenhuma reserva (Cf. Mc 12, 41). São Francisco era homem rico e despoja-se de tudo para seguir os conselhos evangélicos, que são a obediência, a pobreza e a castidade. Tudo isso para poder ficar livre e poder servir os que mais precisam. Temos muitos outros Santos que souberam colocar os seus dons a serviço dos necessitados.

Eles deram a sua vida para que outros tivessem um pouco de vida. Hoje vemos quantas pessoas que se tornam “pobres”, entregam-se ao serviço voluntário para socorrer as vítimas de catástrofes, doenças mortais, etc. Todos se mobilizam e se dispõem a ajudar aqueles que estão carentes de saúde, moradia, educação e trabalho. Na catástrofe que houve no Haiti em janeiro, vimos muitas pessoas que se entregaram à causa de resgate de pessoas soterradas. Outras se solidarizaram através da oração e da ajuda material e humana. Quantas crianças foram adotadas.

A mídia anunciou que uma haitiana adotou oito filhos de vizinhos que morreram no terremoto. Ela sobreviveu e teve sua casa e família preservadas. Moradora de bairro pobre, ela já tem três filhos e um neto, e mora em um bairro que foi praticamente destruído pelos recentes terremotos no país caribenho. Ela teve sorte: sua casa resistiu e a família toda sobreviveu. Mesmo assim, na sua pobreza, se dispõe para ajudar de modo concreto aqueles que foram vítimas e tornaram-se órfãos.

Nesse fato, vemos a mão Deus tocando o coração humano. A solidariedade e a fraternidade se entrelaçam, tornando a vida valorizada. Cada pessoa deve procurar sair do seu egoísmo e colocar os seus dons a favor do outro. “Queremos, como discípulos, aprender de Jesus, estar com Ele e, a partir d’Ele, anunciar o seu reino que significa gerar novo modo de relacionamento, convocar a todos para uma maior atenção aos pobres, aos pequenos, aos sedentos e famintos de justiça e de dignidade”, diz Dom Geraldo M. Agnelo.

Ainda, Dom Geraldo M. Agnelo nos lembra dizendo que “escrevendo a Timóteo, Paulo relembra a importância da fidelidade à opção feita e exorta a combater o bom combate, ou seja, a levar adiante o Evangelho de Jesus Cristo que nos deixou ‘o testemunho da verdade’”. “A nova ordem social embasada na paz, que é fruto da justiça, virá sim como resultado da fraternidade, da solidariedade, da misericórdia, do amor a todos”, escrevia o Arcebispo de Salvador, Bahia, o Cardeal Dom Geraldo M. Agnelo em 04 de outubro de 2007.

“Pauper et sedens super asinum et super pullum filium asinae.” (Cf. Zc 9, 9)

“Ele é pobre, vem montado num jumento, num jumentinho, filho de uma jumenta.” (Cf. Zc 9, 9)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Volta às aulas

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Neste mês, sobretudo os estudantes do Ensino Médio voltam às suas rotinas de estudo. Neste ano é de suma importância que aconteça, em todas as escolas da rede pública e privada, capacitações, ou melhor, os educadores e as educadoras das instituições de ensino têm por obrigação conscientizar os alunos da importância do voto e da pesquisa de vida dos candidatos a cargos políticos nas Eleições de 2010.

Essa ação pode evitar que adolescentes e jovens não se tornem mais alguns “pelegos” da sociedade brasileira. Esta precisa urgentemente de transformação. Para isso, é necessária a sua politização. Não podemos deixar que corruptos enganem e comprem o voto e a confiança dos nossos jovens, que são o futuro desta nação tão “sucateada” por políticos desonestos que dizem querer o bem da educação, mas nunca levantaram e defenderam a bandeira dentro de seus respectivos ambientes de trabalho.

Temos que ser pessoas que fazem a diferença, mesmo essa diferença sendo nas coisas mais simples. Se cada um fizer sua parte, a educação vencerá. Esta educação é feita pela união de todos. Sempre gosto de enfatizar que juntos somos mais a favor do bem e da vida digna para todos.


Maicon Deivison Pinto Tavares é missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros e coordenador da Pastoral da Criança da Paróquia Santa Rita de Cásssia de Montes Claros.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A Lei de Deus é atualíssima

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A humanidade está organizada em sociedade e esta, para que viva em harmonia, precisa de regras, normas e leis. Se todos as seguissem, com certeza a nossa convivência seria harmoniosa e justa. Sabemos que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem. Deus deu tudo para que eles vivessem em paz e comunhão com o seu criador. Mas Deus fez apenas uma proibição, pois sabia que, quando eles a transgredissem, eles pecariam e morreriam. De fato, isto ocorreu (Cf. Gn 1-3).

Deus está sempre presente na história para salvar a criação. Em um determinado tempo histórico, tudo se descontrola - o pecado, as desordens morais e sociais se alastram. Então há o dilúvio. Uma família era fiel e foi convocada para salvar os casais de animais que existiam. Juntamente com eles, a Família de Noé também foi para uma arca. Choveu durante 40 dias e 40 noites. Tudo que era conhecido foi destruído e todos que estavam na barca foram salvos. Quando saíram da barca, Deus fez novamente uma aliança com toda a humanidade (Cf. Gn 6-10).

Mas, a soberba e auto-suficiência fizeram com que a humanidade se confundisse e causasse caos e separação (Cf. Gn 11, 1-8). Deus ama a sua criação e se dispôs a estar sempre com ela. Chama Abraão para formar o seu Povo e Ele seria o seu Deus. Deus fez uma aliança de amor e prosperidade com a humanidade (Cf. Gn 12). Com o decorrer do tempo, os homens e as mulheres vão esquecendo dos seus compromissos e quebram a Aliança com Deus. A consequência foi sofrimento e exílio no Egito, onde o Povo de Deus ficou escravo e a desolação foi completa.

Todos clamavam a Deus. Ele escutou o clamor do seu povo e enviou Moisés para ser o seu libertador. Deus fez muitos prodígios e o povo viu o poder de Deus na libertação do Egito. Para o Povo de Deus ficar junto, Deus dá a Lei a Moisés. Obedecendo-a, a humanidade encontra vida e pode viver em Paz. Deus entrega os mandamentos a Moisés no Monte Sinai. São eles: 1º) Amar a Deus sobre todas as coisas; 2°) Não tomar seu santo nome em vão; 3°) Lembre-se do dia de sábado para a santificação e de guardar o domingo para festas honrosas a Deus; 4°) Honrar pai e mãe; 5°) Não matar; 6°) Não pecar contra a castidade; 7°) Não roubar; 8°) Não levantar falso testemunho; 9°) Não desejar a mulher do próximo; e 10°) Não cobiçar as coisas alheias (Cf. Ex 20, 1-17).

São as leis que Deus nos deixou para saber se estamos seguindo a Sua Vontade e, desta forma, O estamos obedecendo. Se olharmos bem, estas leis são exigências do Amor para com Ele e com o próximo. Desta maneira, a humanidade pode encontrar a fraternidade, a justiça e a paz. Jesus observou e explicou a Lei. Jesus não veio tirar ou modificar os mandamentos, mas lhes dar sentido pleno. Prometeu também: “Quem praticar os mandamentos e os ensinar será considerado grande no Reino do Céu” (Mt 5, 17-20).

Estas são as leis de Deus que devem ser seguidas e ensinadas pelos Cristãos Católicos. Portanto, a Lei de Deus é atualíssima. Os três primeiros se referem aos deveres do homem para com Deus e podem ser resumidos em “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mt 22, 37). Os outros sete mandamentos se referem ao amor ao próximo. E foi resumido assim: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12, 31).

Que cada cristão possa estar sempre em comunhão com Deus e com os irmãos, formando uma família e que, no mundo, realize plenamente o Reino de Deus que Jesus inaugurou com a sua vinda e missão salvadora da humanidade. A terra e o céu se aproximam no amor de Deus infinito, radiando a paz duradoura entre nós.

Consummatio timoris Dei sapientia et sensus (Eclo 21, 13)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.