ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

quarta-feira, 22 de abril de 2020

A presença de Jesus está na partilha de bens e no amor aos irmãos


A presença de Jesus está na partilha de bens e no amor aos irmãos




Queridos irmãos e irmãs, nesse domingo vamos tomar consciência que Jesus está vivo quando nós partilhamos os bens, vivemos a solidariedade com os mais necessitado e ainda viver o verdadeiro amor a todos. Jesus está caminhando conosco em todos os momentos de nossa vida, nos ensinando nos acontecimentos e fatos da nossa realidade humana, mas muitas vezes não O reconhecemos por estarmos acostumado na correria e nas soluções meramente humanas sem sentido real da vontade de Deus para conosco.

Como encontrar Jesus? Se estivermos atentos aos sinais de Jesus que vem até nós, vamos encontrar nas mãos estendidas dos quem mais precisam de nossa ajuda. Essa pandemia tem nos mostrado que precisamos ser mais atentos as necessidade da saúde, da educação, e dá conforto aos sofridos desse mundo que muitas vezes são invisíveis os nossos olhos ou sentimentos do nosso mais íntimo do coração.

No livro dos Atos dos Apóstolos temos a comunidade cristã que é transformada pela ação do Espirito Santo. As paredes do cenáculo vão se incapazes de segurá-los e desse modo eles se preparam para dar testemunho do Cristo vivo entre nós.

Eles conseguem ecoar as suas vozes em todos os confins da terra. No dia de Pentecostes vamos ver Pedro pregando com coragem dobre Jesus que salva através de um preço grande que é morrendo na cruz após sofre muito e a sua ressurreição dá a todos a salvação. É o Kerigma, o primeiro anuncio da salvação do Cristo à humanidade toda. Se aceitarmos Jesus como Senhor e Salvador começa para todos o caminho que nos leva a salvação e a nossa certeza de chegar ao reino de Deus definitivo no céu. É uma grande catequese que nos ensina como a aderir a Jesus de modo pleno. (cf. At 2,14.22-33)

Na Primeira Carta de Pedro nos exorta que Jesus Cristo, vivo e ressuscitado está no nosso peio e permanece como uma certeza da nossa libertação de todo tipo de escravidão e pecado. (cf.1Pd 1,17-21)

O Evangelista Lucas nos mostra a caminhada de dois discípulos na estrada de Emaus, Eles estavam triste, decepcionados, frustrados e com medo, saiam da Jerusalém a onde foi o palco da maior tragédia humana, crucificaram e mataram Cristo.

Eles estavam sem esperança, pois achava que Cristo seria o Rei dos moldes de todos os outros reis, mas Jesus é O rei servidor que doa a vida para que todos tenham vida plena. Ao caminhar, um peregrino encontra com eles e começa a dialogar e ensinar as verdadeiras razões do após horrível acontecimentos a eles. Jesus responde e os ensina que tudo já estava escrito nas sagradas escrituras, mas que é preciso que se abra o coração para entender de modo seguro e tranquilo a vontade Deus. Ao chegar no lugar, Jesus dá demonstração que ia prosseguir, mas eles pedem a Ele: Fica conosco Senhor. Jesus aceita a entrar na casa e senta no meio deles a mesa, parte o pão. Então os olhos se abriram e o coração encheu da certeza que Ele era Jesus, mas a sua presença visível vai embora, pois não é mais necessário a presença física Dele porque a sua presença está na sua palavra e na partilha do encontro e do pão repartido. Tudo isso faz com que a sua presença esteja sempre entre nós. (cf. Lc 24,13-35)

Hoje, nós vemos Jesus na vida de família, na sociedade que zela por todos, na Igreja que torna a grande família de Deus e em todos os lugares que podemos ficar. Jesus ressuscitado está no meio de nós quando vivemos a fraternidade, o amor, o perdão, a solidariedade e o acolhimento de todos, principalmente os que mais precisam de nossas mãos que levantam os caídos e dão dignidade as pessoas,

Que esta liturgia nos ajude a dizer Fica conosco Jesus em todos os momentos de nossa vida, dando força, coragem e graça de sempre estar em comunhão e ajuda a todos os nossos Irmãos de caminhada. Que a comunidade seja de partilha e de amor para que as nossas mesas não faltem o Pão que alimenta e a Palavra que nos fazem caminhar com a fé sempre renovada.

Tudo por Jesus nada sem Maria!

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sábado, 18 de abril de 2020

A Comunidade Igreja, o lugar ideal para sermos cristão de verdade


A Comunidade Igreja, o lugar ideal para sermos cristão de verdade

Domingo da Misericórdia, a festa da alegria e do perdão de Deus ...


Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando nesse domingo, o 2º Domingo da Pascoa. Estamos vivendo a alegria da Pascoa, onde Jesus nos deu a vida por amor a toda humanidade. Nesse dia podemos celebrar o Domingo da Misericórdia, e sabemos que foi uma grande misericórdia que Deus aceito sofre, padecer e morre por nós na crus, mas a morte não teve poder nele, pois agora Ele vive.

A onde o cristão deve vier a alegria pascal? A resposta é simples, mas comprometedora. É na Igreja, a comunidade ideal onde os cristãos se encontram, se amar com amor ágape e podem experimentar o perdão e a reconciliação. A comunidade nasce da cruz e da ressurreição de Jesus.

Nós temos compromisso de testemunhar e viver a ressurreição nas atitudes e nos gestos sem ostentação e nem buscando tirar proveito de tantos irmãos que sofrem nesse mundo, principalmente agora com essa pandemia que deixa muitos as margens dos sistemas de saúde, social, religioso e econômico. Temos a Igreja templo, mas a nossa casa poder ser domus ecclesia. 

Não existe comunidade sem respeito e serviço aos irmãos. As primeiras comunidades cresceram porque viram no caminho que seguiam Cristo Ressuscitado, uma nova forma de ser família. Isso provocou nas pessoas admiração e desço de pertencer a comunidade Cristã.

Será que as nossas comunidade procuram espelhar nessas primeiras comunidades e será que estão seguindo esse ideal evangélico? É para todos nós questionar as nossas atitudes e modo de que são feitos os nossos serviços pastorais. Nós devemos ser a Igreja de saída e ir encontro daqueles que não tem vez e nem voz na sociedade tanto capitalista como a comunista. (cf. At 2,42-47)

Na Carta de São Pedro temos um pequeno hino que reconhece o poder de Deus pai que ressuscitou Jesus Cristo e isso faz com que todos nós reacende a luz da esperança da vida nova para todos. Nós ressurgimos em Cristo como novas criaturas que podem estar em comunhão com a Trindade e com todos os irmãos
(cf. 1Pd 1,3-9)

Como diz o salmista: "Porque eterna é a sua MISERICÓRDIA..." Por isso nesse domingo que foi decretado pelo nosso São João Paulo II como o Domingo da misericórdia e nós devemos ter misericórdia para os que erram e pecam para que eles possam encontra uma mão que os levam e os curam de todo tipos de males que assolam na vida de cada um deles. Toda comunidade tem que estar sintonizada em Cristo e nele vai encontrar a força de caminhar em diversas situações que as pessoas vivem.
Nesse tempo de pandemia muitos receios e medos despertam em nós, ate distanciamento entre pessoas que precisam de ajuda.

Vemos o cenário que João narra para nós: os apóstolos trancado, com medo. O evento da crucificação de Jesus foi um ato covarde dos poderosos da época que achavam que iam perder poder, mas Jesus veio para mostrar que é possível estar no mundo em comunidade de irmãs sem nenhuma exploração e vantagens dos serviços prestados.

Jesus dá paz total, dá o perdão e dá o envio que nos fazem fortes e corajosos para estar nesse mundo cheio de contradições, ganância e de poder. Assim eles conseguem abrir as portas tanto do coração como do local para evangelizar. Hoje estamos experimentado uma realidade de medo, de morte e muitas vezes de descaso aos que mais sofrem e estão na sociedade pedindo socorro e ajuda. (cf. Jo 20,19-31)

Queridos irmãos e irmãs, quem infundi em nós e’ Cristo, pois Ele é a razão da existência da comunidade Igreja. Jesus é a cabeça dele e nós somos os seus membros.

Que esta liturgia nos ajude a sermos mais misericordiosos, solidários e fraternos e que a partilha do pão seja para todos.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

domingo, 12 de abril de 2020

Jesus está vivo, a morte não tem mais seu poder Nele e nem em nós

 Jesus está vivo, a morte não tem mais seu poder Nele e nem em nós

Resucito Con Poder- Sangre y Agua - Musica Cristiana ...

Queridos irmãos e irmãs, ao deslumbrar o domingo após a Paixão de Jesus, Ele ressurge de modo vitorioso do sepulcro. Agora a pedra que selava a morte não está no seu lugar, pois foi rompido a barreira que separa a morte da vida.  A vida venceu-a morte. A luz ilumina da escuridão do sepulcro para Cristo que agora vive. O anjo alerta a todos, não devemos procurar o morto pois Ele esta vivo. Esta vida é para sempre e nós somos mergulhado nessa nova dimensão pelo Batismo.

A liturgia bíblica nos leva a essa nova realidade que Jesus traz ao mundo. Não se deve propagar e incentivar a morte através das armas, das guerras, dos abortos, da falta de aparelhamento na saúde que traz morte e dor a muitos. A saúde é prioritária, pois uma sociedade deve propagar a vida na sociedade civil, econômica e religiosa.

A primeira leitura nos mostra duas pessoas que são os pilares da Igreja nascente. Pedro e Paulo são os portadores da fé que são proclamadas com a vida e gestos deles. Temos ai o primeiro pagão que recebe a graça da fé em Cristo. Assim participa da vida trazida por Cristo ressuscitado. Jesus é a boa notícia para todos, e desse modo todos podem aderir plenamente a Cristo. É um convite, mas é preciso que creia Nele através da Palavra da Igreja, do testemunho dos cristãos e da atividade missionaria da Igreja no mundo.

Ainda vemos o Kerigma, o primeiro anuncio para que a pessoa conheça o mistério do Salvador. Sendo pecadores, Jesus assume na sua vida o nosso pecado e por ele aceita sofrer, padecer e morrer por amor total ao homem para resgatá-lo de modo definitivo para ter vida em abundância. Assim diz São Pedro:    "quem acredita nele, recebe, pelo seu nome, a remissão dos pecados".

Esta verdade deve ser acolhida por todos que querem aderir a Cristo na comunidade e ser sal e luz para transformar esse mundo através do amor, da fraternidade, da solidariedade e do serviço desinteressado aos irmãos que precisam de nossa ajuda independente de raça, credo ou posições políticas e sociais.  

A igreja nutre na fé em Jesus Ressuscitado e  da pregação apostólica sobre a obra redentora de Jesus.  . (cf. At 10,30a.37-43)

Na Carta de São Paulo aos Colossenses nos mostra a condição primordial da pertença a Cristo que é o Batismo. Nele nós entramos comunhão com Cristo. É preciso estar em sintonia com Cristo na Igreja, na família e na sociedade. Ele deve ser o centro da nossa vida e sempre buscar na autenticidade a razão do nosso viver. Se sabemos que Cristo é vitorioso, então devemos mostrar com nossos gestos e obras que estamos firmes na crena em Cristo que é motivo de nossa ação cristã e missionaria no mundo. (cf. Cl 3,1-4)

O evangelista São João nos mostra o episódio do cenário da Ressurreição de Jesus. Aqui mostra a atitude da comunidade que conviveu com Cristo diante do evento da Ressurreição de Jesus no alvorecer do primeiro dia da semana. Aqui vemos a mulher que chega ao tumulo, embora estava escuro ainda, pois era madrugada. O escuro quer nos dizer no sentido da morte que nos separa, a dor que machuca o nosso coração e saudade da vida que esteve presente na nossa vida e a do povo.

O que separava a morte de Cristo da vida era a pedra que lacrou o sepulcro depois do seu sepultamento. Mas ela está rolada e Ele não estava mais lá. Elas estavam confusas diante desse novo cenário, foram as pressas avisar Pedro e João. A morte conturbou a comunidade pois ainda não entenderam o mistério da Paixão, sofrimento e morte de Cristo, embora Jesus na sua última Palavra “tudo está consumado”, isto é, Jesus cumpriu a sua missão dada por Deus Pai e nessa obediência trouxe o selo que nos leva a vida quando Ele ressuscita. O sepulcro vazio é a certeza para a vitória da vida, a morte não foi capaz de reter Cristo. Ele está vivo.

Pedro corre junto com apostolo João. Aqui podemos perceber que ele é ainda um descente diante do fato da morte, mas quando João entra e vê lugar vazio e aos panos que estavam em Jesus morto no chão e na pedra onde Jesus foi colocado, então ele creu. Isso significa o sentido do homem novo que ressurge na pertença a Cristo. (cf. Jo 20,1-9)

A cruz e tudo que ocorreu na Jerusalém do poder estavam derrotados porque Ele não morre mais, pois está no corpo glorioso e está vivo realmente. A pascoa é a passagem da morte para a vida, da violência para concórdia, do ódio para o perdão, do egoísmo para o serviço, da indiferença para solidariedade, do rancor para o perdão e tudo que é seco para a vida nova. A comunidade deve espelhar na fé do Ressuscitado.

Estamos passando pela noite escura da pandemia, mas como sabemos que Deus não nos deixa sós, então Ele já está iluminando saídas para a cura desse mal que assolou o mudo inteiro e ainda vai nos impor mudanças para que façamos de nossa vida mais sintonizada com a vontade de Deus. Deus quer que que todos participam da vida sem restrições de ninguém. Todos tem Direito de viver essa Pascoa de alegria e esperança no amor a Deus e aos Irmãos.

Feliz Pascoa, Tudo por Jesus nada sem Maria!!!


Jose Benedito Schumann Cunha

O amor doado no serviço aos irmãos na celebração da Eucaristia


O amor doado no serviço aos irmãos na celebração da Eucaristia



Na quinta –feira tivemos início do Tríduo Pascal na qual revivemos e celebramos os mistérios principais da nossa fé católica. Desta vez foi diferente, tivemos que acompanhar via internet ou pelas mídias católicas.  Sabemos que toda missa é Memorial da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Na Quinta-Feira Santa, nós temos a Ceia da Despedida. Jesus nos dá o Pão da Vida, nos mostra o serviço aos irmãos no Lava-Pés e ainda celebramos a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio Ministerial. Graças a Deus nós acompanhamos esse início de tríduo pascal com fé e numa presença espiritual.

As leituras bíblicas nos mostram um Deus fiel a todos que O procuram e confiam Nele. O povo judeu, antes de sair do Exílio, no Egito, marca os portais com o sangue do cordeiro e faz uma refeição rápida com pão ázimo e come ervas amargas. Este acontecimento sempre foi celebrado pelo Povo de Deus até a Última Ceia, em que Jesus a celebrou com seus discípulos e inaugurou um novo tempo e uma nova aliança eterna. Nós, nesse tempo de pandemia devemos aprender despojar-se para podermos ir ao encontro de quem precisa de uma palavra de conforto, de amor e de esperança
E´ muito bom rever as palavra do nosso Papa Bento XVI, hoje emérito, para entendermos melhor o mistério que celebramos.

Assim ele nos diz:“O nosso hoje entra em contato com o hoje de Jesus na Ceia. Ele faz isto agora. Com a palavra “hoje”, a liturgia da Igreja quer induzir-nos a olhar com grande atenção interior para o mistério deste dia, para as palavras com que o mesmo se exprime. Procuremos, pois, escutar, de maneira nova, a narração da Instituição da Eucaristia, tal como a Igreja, com base na Escritura e contemplando o próprio Senhor que a formulou” (Cf. Homilia do Santo Papa Bento XVI na Quinta-Feira Santa, dia 09 de abril de 2009).

Em referência ainda o que el diz, podemos fazer uma síntese da importância da Igreja reunida, pastores e o seu rebanho, unido na palavra de Deus e na Eucaristia.

Hoje Jesus é o novo Cordeiro imolado, na cruz e alimentado na Ceia Eucarística. A Páscoa cristã é também a celebração da Libertação, da partilha, da preservação da vida, Memorial dos feitos de Deus à humanidade. A Eucaristia é perpetuada em todo tempo no Sacerdócio da Igreja. Na missa, não é uma narração autônoma e repetitiva, mas é a atualização da Instituição da Eucaristia por Jesus no cenáculo com seus discípulos, e que esse mistério do pão e do vinho se converta para nós no Corpo e Sangue de vosso amado Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. A Igreja orantes fixa o olhar nas mãos e nos olhos do Senhor. Quer, de certo modo, observá-Lo, quer perceber o gesto do seu rezar e do seu agir naquela hora singular, encontrar a figura de Jesus por assim dizer também através dos sentidos.

Com essas afirmações e ainda com as palavras do Papa emérito em 2009, fazem com que possamos refletir e interiorizar importância das celebrações eucarísticas que participamos. Nesse momento impar da nossa história cristã e mundial estamos privados do aconchego e da presença dos irmãos em comunidade.
“Ele tomou o pão em suas santas e adoráveis mãos…”. Olhamos para aquelas mãos com que Ele curou os homens; mãos com que abençoou as crianças; mãos que impôs sobre as pessoas; mãos que foram cravadas na Cruz e que para sempre conservarão os estigmas como sinais do seu amor pronto a morrer. Agora somos nós encarregados de fazer o que Ele fez: tomar nas mãos o pão para que, através da oração eucarística, seja transformado. Na Ordenação Sacerdotal, as nossas mãos foram ungidas para que se tornassem mãos de bênção. Peçamos ao Senhor que as nossas mãos sirvam cada vez mais para levar a salvação, levar a bênção, tornar presente a sua bondade (Cf. Homilia do Santo Papa Bento XVI na Quinta-Feira Santa, dia 09 de abril de 2009).

No seu Evangelho, São João refere-nos, mais amplamente do que os outros três evangelistas e com o seu estilo peculiar, os discursos de despedida de Jesus, que se apresentam quase como o seu testamento e a síntese do núcleo essencial da sua mensagem. No início destes discursos, aparece o Lava-Pés, no qual o serviço redentor de Jesus em favor da humanidade necessitada de purificação é resumido num gesto de humildade (Cf. Homilia do Santo Papa Bento XVI na Quinta-Feira Santa, dia 02 de abril de 2010).

O ato de lavar os pés dos apóstolos nos convida a sairmos do nosso comodismo e ir ao encontro de outros que precisa dos nos serviços de ajuda e saneamento da dor com práticas que chegam para atender necessidade de todos principalmente os que mais sofre e os que estão invisíveis aos nossos olhos devido a ganância e desprezo da sociedade consumista e materialista do nosso tempo.

Jesus, Mestre e Senhor, despoja do manto, pega uma bacia e põe a lavar os pés dos discípulos. Esse gesto é o sentido de entrega, de serviço e de amor aos irmãos. Assim, a cruz de Cristo tem sentido no amor extremo de Deus por nós. É um gesto simples e muito significativo, pois Jesus nos ensina a nos despojarmos do nosso egoísmo e autossuficiência e colocarmos a serviços do outro que necessita de nossa ajuda.

Esse gesto de Jesus que foi renovado e repetido por nós deve ser lembrado e vívido por todos que querem seguir Jesus. Devemos sair do nosso egoísmo, do nosso comodismo para servir os outros no amor despojado, sem querer privilégios ou tirar vantagens nos serviços prestados à Igreja, na comunidade ou na sociedade.

Que a partilha, o amor, o perdão, a solidariedade estejam no nosso meio, isto é, na Igreja, na Família e na Sociedade. Que a dor seja amenizada pela solidariedade de todos. 

O papa Francisco, na celebração da ceia do Senhor, mostrou a importância do sacerdócio e do sacerdotes que imolam a sua vida a for da Igreja e dos irmãos e ainda nos fez um alerta que devemos pensar nas nossas práticas de Igreja do Senhor: O Papa na sua homilia enfatizou três palavras que são três realidades no centro da Quinta-feira Santa: a Eucaristia, o serviço, a unção. O Senhor quer permanecer conosco, na Eucaristia, disse Francisco, e nós tornamo-nos o seu tabernáculo. Jesus, prosseguiu, chega a dizer que "se não comermos o seu corpo e não bebermos o seu sangue, não entraremos no Reino dos Céus". 

Mas para entrar no Reino dos Céus é necessária também a dimensão do serviço e Francisco continuou: Servir, sim, todos. Mas o Senhor, nessa troca de palavras que teve com Pedro, fá-lo compreender que para entrar no Reino dos Céus deve deixar que o Senhor nos sirva, que ele seja o Servo de Deus servo de nós. E isto é difícil de compreender.

Tudo por Jesus Nada sem Maria

Amém!

Jose Benedito Schumann Cunha

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Carta do Ayatollah iraniano ao Papa: unidos no serviço

Carta do Ayatollah iraniano ao Papa: unidos no serviço

Uma comunidade de religiões a serviço da humanidade: é a proposta do Ayatollah iraniano Alireza Arafi, em uma carta dirigida ao Papa Francisco. No texto, a realidade do Irã em tempo de pandemia e a resposta unida do governo e dos líderes religiosos
Cidade do Vaticano

O Ayatollah iraniano Alireza Arafi escreveu uma carta ao Papa Francisco em nome da grande comunidade acadêmica xiita para agradecer a solicitude mostrada para com os necessitados em tempo de emergência sanitária mundial. Reitor da Universidade de Qom, o Ayatollah propõe a “intensificação” da colaboração e a troca de experiências com as instituições católicas para “criar uma comunidade das religiões ao serviço da humanidade”.

A carta – segundo a agência Fides – destaca a “desventura” da difusão do coronavírus e os sofrimentos gerados em todo o mundo que chegaram a abalar os estudiosos e líderes religiosos, que invocam a misericórdia de Deus “pelos que perderam a própria vida e a cura dos que estão doentes”.



Os desastres, a coesão social e a empatia

“Segundo a lógica das religiões reveladas”, continua o texto, “os desastres naturais são fenômenos de alarme que colocam a humanidade à prova”, chamam a um aprofundamento da “própria origem” e “à possibilidade de ressurgir” na qual pode emergir também um fecundo espírito de empatia e dedicação. “Uma abordagem correta – explica o Ayatollah iraniano – deve evitar contraposições enganosas entre ciência e religião, e deve infundir, também nos grupos dirigentes, a solicitude para favorecer a coesão social”.

O papel dos chefes religiosos e teólogos – sublinha o alto expoente xiita – em circunstâncias semelhantes é o de “reforçar os fundamentos da própria fé, proteger a sociedade, promover a oração e as súplicas na presença de Deus”, para enfrentar juntos outras emergências contemporâneas entre as quais cita, “sanções desumanas, crises ambientais, guerra, terrorismo, e produção de instrumentos de destruição de massa”.

Maior colaboração e apoio inter-religioso

Por fim, em um país que é um dos mais atingidos pela pandemia, pelo número de vítimas, o Ayatollah não deixa de revelar as várias manifestações de solidariedade e de voluntariado que se manifestaram, unindo instituições governamentais e grupos religiosos e todos os esforços por parte de enfermeiros, médicos, estudantes, acadêmicos e muitos jovens, “guiados pelos guias supremos da Revolução Islâmica”. A última palavra é a proposta de uma disponibilidade acadêmica para intensificar o intercâmbio científico, cultural e as experiências de recíproco apoio, abrindo um novo capítulo de colaboração “de modo especial com as instituições católicas”, para formar uma “comunidade das religiões reveladas ao serviço da humanidade”.

O Papa cria um fundo para as áreas de missão afetadas pelo vírus

O Papa cria um fundo para as áreas de missão afetadas pelo vírus

Covid 19, controle de saúde na Nigéria

A contribuição inicial feita por Francisco é de 750 mil dólares. As Igrejas que podem, pede o Papa, contribuam através das Pontifícias Obras Missionárias. Tagle: uma rede para ajudar milhões de pessoas vulneráveis.

Alessandro De Carolis - Cidade do Vaticano

Fala-se pouco, mas depois da China, o Ocidente é o maior “viveiro”. Na realidade, os números falam de uma pandemia que vem se estendendo há algum tempo também nas regiões do hemisfério sul, especialmente na América Latina, mas também na África. Estas são áreas que para a Igreja são terras de missão, onde a escassez de meios junto com o coronavírus podem criar situações muito difíceis. Por isso, o Papa decidiu ajudar essas áreas, instituindo um fundo de emergência nas Pontifícias Obras Missionárias, com uma contribuição inicial de 750 mil dólares.

“O Santo Padre está chamando toda a vasta rede da Igreja para enfrentar os desafios que nos esperam”, comentou o cardeal Tagle, muito grato por essa decisão de Francisco. “Em sua tarefa de evangelização”, recorda o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, “a Igreja está muitas vezes na vanguarda das principais ameaças ao bem-estar humano. Somente na África, existem mais de 74 mil religiosas e mais de 46 mil sacerdotes que administram 7.274 hospitais e clínicas, 2.346 casas para idosos e pessoas vulneráveis, e educam mais de 19 milhões de crianças em 45.088 escolas primárias. Em muitas áreas rurais, são os únicos que dão assistência de saúde e educação”.

As entidades da Igreja que são capazes e desejam ajudar, está é a intenção do Papa, são solicitadas a contribuir com esse fundo por meio das Pontifícias Obras Missionárias de cada país, que são o canal oficial de apoio ao Papa para mais de 1.110 dioceses, especialmente na Ásia, África, Oceania e parte da Região Amazônica.

Segundo o presidente das Pontifícias Obras Missionárias, dom Giampietro Dal Toso, graças a essa rede é possível “demonstrar que ninguém está sozinho nesta crise”. As “instituições e os ministros da Igreja desempenham um papel vital. Esta é a intenção do Santo Padre na criação deste fundo. Enquanto muitos sofrem, nos lembramos e nos voltamos para aqueles que não têm ninguém para cuidar deles, demonstrando assim o amor de Deus Pai.”

Para aqueles que desejam contribuir, eis os dados: IT84F020080505075000102456047 (SWIFT UNCRITMMM) para Administração Pontifícias Obras Missionárias, indicando: Fundo Coronavírus.

fonte : https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-04/papa-francisco-cria-fundos-areas-missao-afetadas-coronavirus.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

domingo, 5 de abril de 2020

Papa: no drama da pandemia, pedir a graça de viver para servir

Papa: no drama da pandemia, pedir a graça de viver para servir


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"O drama que estamos atravessando impele-nos a levar a sério o que é sério, a não nos perdermos em coisas de pouco valor; a redescobrir que a vida não serve, se não se serve. Palavras do Papa Francisco na homilia da missa neste Domingo de Ramos, celebrada na Basílica de São Pedro.
Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

Em meio à pandemia, não só a Praça São Pedro vazia, mas também a Basílica Vaticana, onde o Papa Francisco presidiu à celebração eucarística neste Domingo de Ramos.

Com o Pontífice, o mestre das cerimônias litúrgicas, mons. Guido Marini, poucos diáconos, um único cardeal, alguns leigos e religiosas. Também o coral foi em número reduzido.

As oliveiras e os ramos perto do altar da Cátedra lembravam a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém.

Ouça e compartilhe
Na homilia, o convite do Papa foi para se deixar guiar pela Palavra de Deus na Semana Santa, que, quase como um refrão, mostra Jesus como servo: na Quinta-feira Santa, é o servo que lava os pés aos discípulos; na Sexta-feira Santa, é apresentado como o servo sofredor e vitorioso (cf. Is 52, 13); e já amanhã, Isaías profetiza: «Eis o meu servo que Eu amparo» (42, 1).

“Deus salvou-nos, servindo-nos. Geralmente pensamos que somos nós que servimos a Deus. Mas não; foi Ele que nos serviu gratuitamente, porque nos amou primeiro. É difícil amar, sem ser amado; e é ainda mais difícil servir, se não nos deixamos servir por Deus.”

Traição e abandono
O Senhor, explicou o Papa, nos serviu dando a sua vida por nós, a ponto de experimentar as situações mais dolorosas para quem ama: a traição e o abandono.

Jesus sofreu a traição do discípulo que O vendeu e do discípulo que O renegou, foi traído pela multidão, pela instituição religiosa e pela instituição política.

Quando sofremos traições, a vida parece deixar de ter sentido. Isso porque nascemos para ser amados e para amar.

“Olhemos dentro nós mesmos; se formos sinceros para conosco, veremos as nossas infidelidades. Tanta falsidade, hipocrisia e fingimento! Tantas boas intenções traídas! Tantas promessas quebradas! Tantos propósitos esmorecidos! O Senhor conhece melhor do que nós o nosso coração; sabe como somos fracos e inconstantes.”

O que Ele faz para nos servir é tomar sobre Si as nossas infidelidades, removendo as nossas traições. Assim, nós, em vez de desanimarmos com medo de não ser capazes, podemos levantar o olhar para o Crucificado e seguir em frente.

Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?
Sobre o abandono de Jesus, nada é mais impressionante do que as palavras pronunciadas por Ele na cruz: Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?

No abismo da solidão, pela primeira vez Jesus O designa pelo nome genérico de «Deus». Na realidade, explicou Francisco, trata-se das palavras de um Salmo (cf. 22, 2), que dizem como Jesus levou à oração inclusive a extrema desolação.

O porquê de tudo isto, mais uma vez encontramos na palavra serviço. Jesus morreu por nós, para nos servir. Lembremo-nos de que não estamos sós:

“Hoje, no drama da pandemia, perante tantas certezas que se desmoronam, diante de tantas expetativas traídas, no sentido de abandono que nos aperta o coração, Jesus diz a cada um: Coragem! Abra o coração ao meu amor.”

Estamos no mundo para amar a Ele e aos outros, disse ainda o Papa: “o resto passa, isto permanece. O drama que estamos atravessando impele-nos a levar a sério o que é sério, a não nos perdermos em coisas de pouco valor; a redescobrir que a vida não serve, se não se serve. Porque a vida mede-se pelo amor”.

Jovens: viver para servir
A exortação do Pontífice, nestes dias da Semana Santa, em casa, é permanecer diante do Crucificado. Diante de Deus, pedir a graça de viver para servir. “Procuremos contatar quem sofre, quem está sozinho e necessitado. Não pensemos só naquilo que nos falta, mas no bem que podemos fazer.”

A senda do serviço, concluiu Francisco, é o caminho vencedor, que nos salvou e salva a vida. E essas palavras foram dedicadas aos jovens, que hoje celebram a 35 Jornada Mundial da Juventude:

“Queridos amigos, olhem para os verdadeiros heróis que vêm à luz nestes dias: não são aqueles que têm fama, dinheiro e sucesso, mas aqueles que se oferecem para servir os outros. Sintam-se chamados a arriscar a vida. Porque a maior alegria é dizer sim ao amor, sem se nem mas... Como fez
Jesus por nós.”

https://youtu.be/Z3KCZ16velU

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Mais um ano deste blog! Parabéns!!!

Mais um ano deste blog! Parabéns!!!


Hoje este blog está fazendo 12 anos de existencia e ele tem contribuído muito com a divulgação da Palavra, das noticias e informações de vários movimentos sociais em vista da difusão de melhorias das condições de vida  do nosso Povo .

É um canal importante para não perder o caminho da historia e ainda ser o porta voz das pessoas e das iniciativas a favor da vida.

Que esse veiculo seja difundido e que haja mais colaboradores que possam somar as diversas iniciativas a favor da vida. A campanha da fraternidade nos chama para um civilização do amor. refletindo a importância de sermos bons samaritanos, principalmente nesse momento que o mundo e o Brasil vive devido a pandemia. se tomarmos as devidas precauções e cuidados vamos vencer essa luta contra o covid-19. Eu vi, tive compaixão e acolhi os que mais precisam de ajuda. Essa pandemia atingiu a todos. Que as sociedades capitalistas ou socialistas possam encontrar um ponto médio a favor da vida, promovendo, defendendo sem esquecer os que estão a margem da vida e na sociedade em que vivem.

As orações e as ajudas nesse momento são cruciais.  Que a presença da mãe, a nossa querida Nossa Senhora, mãe auxiliadora esteja do lado dos que mais sofrem e que não falte ajudas as pessoas mais vulneráveis da nossa sociedade.

Que possamos sempre recordar da oração do Papa no dia 27/03:

https://youtu.be/mnzTIGpYxdA

Parabéns e que possa sempre estar fazendo esse Serviço a todos.

Jose Benedito Schumann Cunha

Domingo de Ramos e da Paixão de Jesus: é a caminhada da nossa Redenção


Domingo de Ramos e da Paixão de Jesus: é a caminhada da nossa Redenção

The Triumphal Entry — Walter Rane

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o Domingo de Ramos e da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vamos fazer uma nova caminhada nessa semana que se inicia, fazendo a memória da última semana de Jesus na terra e se comprometer mais com a causa do Reino de Deus que Ele nos ensinou e que a Igreja nos alerta sempre para isso. A via crucis de Jesus nos faz pensar e refletir como que o poder, a ideologia política, econômica e religiosa tentam minar a verdadeira causa de Deus. Jesus veio para ensinar aos homens que todos são importantes e devem ser respeitados em seus direitos fundamentais da vida.

Hoje estamos vivendo uma pandemia que atingiu a todos e percebemos como que somos frágeis. Essa situação é para que possamos rever os conceitos e valores que devem ser valorizados em nossa vida e na nossa sociedade.

Na celebração desse domingo está dividido em duas partes importantes. A primeira é a entrada de Jesus em Jerusalém como Rei, mas um Rei diferente que vem montado em um burrinho e aclamado pelo povo, é um Rei que vem para servir e não desfrutar do poder como um usurpador. A segunda parte é a narrativa da Paixão de Jesus. Jesus sabia o que ia acontecer com Ele, mas permitiu isso por amor a humanidade e ainda nos libertar do mal que escraviza o homem no seu mundo particular e coletivo. O maior do mal do homem é o pecado e ele traz a morte que aniquila a realidade de vida.

Ainda presenciamos a ideologia do salve quem puder, esquece muitas vezes das pessoas que vivem como invisíveis da nossa sociedade tanto capitalista como a socialista. São pessoas vulneráveis que são esquecidas na margem da sociedade em que vivemos. Jesus se mostra corajoso, cheio de fé e de um compromisso que selam para sempre a sua missão na terra dado por Deus Pai: de salvar a humanidade e dar o direito à vida eterna novamente aqueles que creem em Jesus, Senhor da vida

A liturgia bíblica nos ajuda a compreender melhor esse mistério de um Deus que se dá vida por toda a humanidade.

No livro do profeta Isaias nos mostra o servo Javé. É o testemunho de quem crê no projeto de salvação e ainda se mostra a fidelidade ao projeto de libertação. As Leituras nos ajudam a viver o clima dos mistérios que celebramos: a figura do servo sofredor nos remete a Cristo. Aqui sabemos que Jesus é a Palavra de Deus encarnada para trazer a todos nós o projeto salvífíco do homem e que tem o objetivo de transformar o homem caído pelo pecado para o novo homem livre e com condição de estar em comunhão plena com Deus. (Is 50,4-7)

Na carta de São Paulo aos Filipenses temos esse hino criptológico. Esse hino tem para nós a verdadeira constatação que Jesus é o Filho de Deus que vem ao mundo em obediência a Deus Pai, e é por isso que Ele se esvaziou por completo da sua condição divina para ser o verdadeiro homem que vem mostrar que o caminho para chegar ao Reino de Deus definitivo passa pela cruz, pelo amor doação e pela solidariedade e fraternidade. A sua morte é a exaltação da vida, pois nela se torna o grito que vai permiti a Pascoa definitiva. Sabemos que a morte é vencida e que Jesus vai ressurgir glorioso e vitorioso devido a sua obediência como um servo sofredor que vem por um proposito maior que é o serviço da liberdade e da vida.

Se souber tirar a lição da cruz e da vida de Jesus vamos caminhar tranquilamente para a Pascoa Definitiva que começa aqui no mundo agora. (Fl 2,6-11)


O evangelista São Mateus nos introduz a clima espiritual que deve ser vivido na Semana Santa. Jesus passou fazendo o bem e sem pretensão de usurpação de poder. Foi ao encontro dos marginalizados do seu tempo que era explorado pelos grandes da época. Jesus veio implantar a justiça, o amor e o perdão entre todos. Os que estavam a margem do sistema foram acolhidos e a eles trouxe a oportunidade de ter voz e vez.

Hoje vemos que a nossa sociedade se distanciou desse ideal de Jesus que é vida em abundância par todos. Denunciou os ricos que exploram e os poderoso pela ganância do autoritarismo do eu posso e do eu mando. Essa forma nova de Jesus inaugurada no mundo, mostrou para nós que é possível todos viverem em comunidade, partilhado os bem de acordo com a necessidade de cada um e ainda nos envolver que para todos são dados talentos de acordo com a capacidade de dar fruto. É só comprometer com a vida. Infelizmente há ideologias que manipulam para a manutenção de poder que escraviza e deixa muitos a margem da vida, trazendo, dor, sofrimento e morte.

Nós somos envolvidos ao clima de alegria da entrada de Jesus a Jerusalém, mas que muitas vezes achamos que aderir a Jesus é só uma alegria do mundo que traz prazer, mas ela deve ser acompanhada de sacrifício e de doação pelo outro.

Enquanto que a narrativa da paixão nos mergulha num ambiente de dor ao estremo, da angustia, da ausência de pessoas que acompanharam Jesus e também da presença da mãe que não abandona e dos amigos fieis que ficam em todo momento que Jesus passa. (cf. Mt 26,14-27,66)

Que a lição Paixão de Jesus nos faça comprometer com a crucificação de muitos de nosso irmãos que morrem nos hospitais, na vida e do descaso dos nosso governantes que pensam em manter as regalias do poder pra que todos sejam favorecidos com o direito da vida.

Que esta liturgia nos faça  pessoas novas  que querem comprometer e seguir Jesus na dor, no sofrimento de nosso muitos irmãos e irmãs e que com eles possamos tirá-los da cruz da injustiça e do esquecimento para a vitória da vida que a Pascoa nos traz,

Boa semana santa para todos

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha