ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Jesus nos orienta para a vida

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Com a vinda de Jesus, podemos com certeza ter a orientação para a vida. Hoje as pessoas procuram tantas ajudas de pessoas, mas muitas vezes esquecem que temos alguém que nos ama muito e nunca falta em nenhum momento. A nossa vida é escondida na verdadeira vida que Jesus nos deu na cruz. Quer ganhar a vida, precisamos da cruz que carregamos junto com Cristo.

O Papa Bento XVI, na Reza do Ângelus no Vaticano, no dia 26 de dezembro de 2009, disse. “A única coisa que dá sentido à vida dos homens, atualmente desorientados”, é Jesus Cristo, “cujo nascimento supôs uma nova civilização, a do amor, que não se rende perante o mal e a violência, e destrói as barreiras entre os homens”. Ainda nos lembra Bento XVI que “o caminho privilegiado para viver o Evangelho e testemunhar Deus é acolhendo aos pobres”.

O Sumo Pontífice ainda acrescentou que “Estevão (o primeiro mártir cristão), como seu Mestre, morreu perdoando seus perseguidores. Ao celebrar Santo Estevão, o Papa nos lembra que são muitos os crentes em todas as partes do mundo que sofrem por causa de sua fé. Jesus nos alerta que estamos no meio de lobos, mas somos enviados como ovelhas pelo seu poder. Muitos não querem estar com Deus e nem ouvi-Lo. Perseguem, maltratam e provocam violência.

Jesus nos orienta que haverá perseguição. Mas as nossas palavras de defesa vêm da força do Espírito Santo. Muitas vezes são pessoas muito próximas que vão nos entregar por causa do nome de Jesus. Mas Jesus nos conforta que não estamos sós. Ele voltará e assim fará a justiça (Cf. Mt 10, 17-22). Como estas reflexões do Papa e do Evangelista Mateus nos ajudam a compreender que a nossa vida só vale a pena e vai ter sentido se testemunharmos o Cristo diante dos homens no serviço desinteressado e na convivência harmoniosa.

O que nos enche de força e esperança, mesmo na hora de maior sofrimento, é a presença de Jesus em nós. Esta confirmação vem da voz de Estevão quando estava sendo martirizado num apedrejamento desumano. Então ele fala. “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito” (At 6, 59).

“Erant autem perseverantes in doctrina apostolorum et communicatione, in fractione panis et orationibus.”

“Eles eram assíduos ao ensinamento dos apóstolos e à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações.” (At 2, 42)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

São Judas faz ação solidária no dia do nascimento do Menino Deus

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Na tarde de 25 de dezembro de 2009, quando celebrávamos o nascimento do Menino Jesus, o Bairro São Judas Tadeu de Montes Claros promoveu um evento em comemoração à data com o apoio e o patrocínio da superintendente regional de Ensino Maria Salete de Souza Nether. O evento foi organizado pelos próprios moradores do Bairro. Salete doou brinquedos e cestas básicas. Havia aproximadamente 100 famílias nesta festa. A superintendente regional de Ensino conversou com as crianças e até cantou com elas, tratando-as como pessoas merecedoras.

Um dos organizadores do evento subiu no palanque e fez uma linda homenagem ao trabalho da superintendente regional de Ensino. Estavam presentes no evento representantes da Comunidade São Judas Tadeu e das pastorais da Criança e da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros. Salete, como todos sabem, cresceu trabalhando e estudando muito. Ela testemunhou um pouco de sua história para os presentes no evento. Foi aplaudida por todos os presentes ao cantar para as crianças uma linda música natalina.


A PASTORAL DA COMUNICAÇÃO ARQUIDIOCESANA NÃO SE RESPONSABILIZA POR MOTIVAÇÕES POLÍTICAS DE SEUS MISSIONÁRIOS NA PRODUÇÃO DE MATÉRIAS PARA ESTE BLOG (DIÁRIO VIRTUAL); DE ACORDO COM O PRÓPRIO MAICON TAVARES EM MENSAGENS NA REDE SOCIAL ORKUT, SALETE NETHER ALMEJA CANDIDATURA À DEPUTADA ESTADUAL OU FEDERAL NAS ELEIÇÕES DE 2010.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Chegada de Jesus anima humanidade

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

É Natal do Senhor Jesus, o Filho de Deus. O Papa Bento XVI exalta o verdadeiro sentido do Natal na audiência pública de quarta-feira, 23 de dezembro de 2009. O Santo Padre convida a todos nós a acolher, na sua existência, a alegria e a esperança que traz o Menino Jesus. A todos aqueles que se encontravam na Sala Paulo VI para a audiência geral, o Papa recordou São Francisco e a célebre sagrada representação de Greccio.

O Sumo Pontífice ainda nos lembrou que foi precisamente o pobrezinho de Assis, de fato, a oferecer uma “contribuição decisiva” à difusão do presépio, que coloca em evidência “o amor enorme de Deus, a sua humildade e a sua benignidade que, na Encarnação do Verbo, manifesta-se aos homens para ensinar um novo modo de viver e de amar”.

“No Natal, Deus verdadeiramente se tornou o Emanuel”, insistiu o Papa, “de quem não nos separa nenhuma barreira e nenhuma distância”, reforçou. Bento XVI nos exorta ainda que “Deus vem sem armas, sem a força, porque não pretende conquistar, por assim dizer, do exterior, mas pretende ser acolhido pelo homem na liberdade. Deus se faz Menino inerme para vencer a soberba, a violência, a ganância de possuir do homem”.

“Em Jesus, Deus assumiu essa condição pobre e desconcertante para nos vencer com o amor e nos conduzir à nossa verdadeira identidade”. Essas palavras do Papa nos fazem refletir como que Deus é: o seu poder se expressa no serviço, na doação, na simplicidade e no amor. A experiência que podemos fazer no Natal é acolhê-lo no coração e buscar na humanidade do Deus Menino a expressão do amor-doação.

O cristão é convidado a ser mensageiro e transparecer esse Cristo servidor em toda a humanidade, sobretudo nos lugares onde há falta de amor, de perdão, de reconciliação e de fraternidade. A Noite de Natal ecoa em todos os cantos... A paz brota no homem e na mulher e transforma este mundo em uma casa de irmãos.

“In principio erat Verbum, et Verbum erat apud Deum, et Deus erat Verbum.”

"No princípio, era o verbo, e o verbo estava voltado para Deus, e o Verbo era Deus." (Jo 1, 1)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Feliz Natal...

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

A todos e a todas que visitam o nosso Blog, desejamos um Feliz Natal... Que Deus esteja com todos nós nos iluminando e nos transformando... Que o Pai que está no Céu abençoe muito o nosso viver... Natal é tempo de alegria e de união... Por isso pedimos a intercessão de Maria sobre o nosso coração... Amém...

Maicon Deivison Pinto Tavares é missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros desde maio de 2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Valores...

Padre Joaquim Ferreira de Almeida

A paz, a justiça e a fraternidade são algo pelo qual primamos e todos as compartilham. Que o Natal seja oportuno para intensificar estes valores e que todos os corações possam ficar repletos de felicidade e alegria.

Feliz Natal...
e um esperançoso Ano Novo!


Padre Joaquim Ferreira de Almeida é o presidente do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Montes Claros

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Apenas um desejo...

Sônia Gomes de Oliveira
negasonia@gmail.com

Será derramado outra vez sobre nós um Espírito que vem do Alto. Então o Deserto se tornará um Jardim. Este será considerado um Bosque. No deserto habitará o Direito e a Justiça habitará no Jardim. O Fruto da Justiça será a Paz. De fato, o trabalho da Justiça resultará em tranquilidade e segurança permanentes. Meu Povo habitará em Lugar Pacífico, em residência segura, em habitação tranquila.

Feliz Natal!
Feliz Ano Novo!


Sônia Gomes de Oliveira é assistente social, cruzeirense, missionária da Equipe de Animação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Arquidiocese de Montes Claros, mentora da Escola de Formação de Fé e Política Arquidiocesana, articuladora da Assembleia Popular de Montes Claros (AP MOC) e uma das maiores incentivadoras para o desenvolvimento da Associação de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis de Montes Claros (Ascamoc).

domingo, 20 de dezembro de 2009

Natal é um grande presente de Deus

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

O Natal é um tempo da vida que renasce nas nossas relações, nos nossos projetos de vida, nas nossas experiências vividas. Nossa vida encontra beleza no Natal. A beleza que vemos nos enfeites das ruas, das nossas casas, nas lojas e nos nossos olhares... Tudo irradia alegria: são cartões trocados, os presentes comprados e as relações humanas restabelecidas. A razão disso tudo que fazemos e participamos é o grande presente que Deus dá para a humanidade: o Cristo. Ele vem fazer morada entre nós e assim dar sentido à nossa vida humana.

O Papa Bento XVI comentou neste domingo, 20 de dezembro de 2009, em sua mensagem antes da tradicional Oração Mariana do Ângelus, na Praça de São Pedro, em Roma, Itália, que “o Natal não é um conto para crianças”, mas “é a resposta de Deus ao drama de uma humanidade em busca da verdadeira paz”. “Infelizmente, na atualidade, [Belém] não representa a paz estável e conseguida, mas uma paz que se busca e se espera”, considerou ainda o Bento XVI.

Ele acrescentou que Deus “não se rende a esta circunstância e, por isso, também este ano, em Belém e em todo o mundo, se renovará o mistério do Natal”. O Pontífice explicou que o Natal “é profecia de paz para cada homem, compromete os cristãos a tomar consciência dos dramas humanos, frequentemente desconhecidos e escondidos, e dos conflitos do contexto no qual se vive”. Além disso, Bento XVI lembrou que o Natal tem que fazer com que os homens e as mulheres se transformem em “instrumentos e mensageiros da paz para levar amor onde há ódio, perdão onde há ofensa, alegria onde há tristeza e verdade onde há erro”.

Essas palavras do Papa nos dão força para que o Natal não seja um simples acontecimento, mas um Natal que se celebra a doação total de um Deus que se faz carne e é acolhido pela mãe que se dispõe a fazer plenamente a vontade do Senhor. Isto é, como ela mesmo diz. “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a vossa Palavra” (Lc 1, 38).

O Natal que nós celebraremos é o Natal do Senhor. É a festa da solidariedade, da partilha e do amor que irradia na vida da comunidade cristã e da “grande família humana”. Desse modo, Jesus nasce cada vez que o nosso coração se torna presépio para que ele possa crescer, viver e cultivar o verdadeiro amor entre todas as pessoas. A humanidade sempre renasce em Cristo.

"Dixit autem Maria: Ecce ancilla Domini; fiat mihi secundum verbum tuum."

"Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a vossa a tua Palavra." (Lc 1, 38)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A humildade e o serviço

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

No livro do Profeta Miquéias é mostrado que, de um uma cidade pequena e simples, lugar humilde, sairá o novo Rei de Israel. Ele será o novo pastor que cuidará, apascentará e fará com que os homens e as mulheres vivam em paz porque Ele é a Paz) (Cf. Mq 5, 1-4a). São Paulo nos exorta que Jesus, ao entrar no mundo, afirma que Deus não agrada mais com vitimas e nem com oferendas pelo pecado.

Agora, a verdadeira oferenda e sacrifício são o Corpo de Cristo. Jesus vem fazer a vontade do Pai. Pela obediência de Jesus nos é dada a graça e esta nos santifica. Cristo se oferece de uma só vez e nos traz a libertação (Cf. Hb 10, 5-10). Esta certeza nos anima a aderir a Cristo, pois Ele é o único que liberta e salva a humanidade e ainda nos faz pessoas com dignidade de Filhos de Deus.

Jesus tem duas naturezas em uma mesma Pessoa. Isto é, tem a divina, porque é Filho de Deus pela ação do Espírito Santo, e a humana, porque nasce da Virgem Maria. Para nós, cristãos, Maria é a Mãe de Deus e Nossa Mãe também por causa de Jesus. Ela nos dá um grande exemplo. Mesmo grávida do Salvador, vai à casa de Isabel que também espera nascer uma criança, João Batista, que mais tarde seria o precursor que prepararia o caminho do Senhor.

Maria se torna servidora. É a bendita entre todas as mulheres, pois, com o seu sim, deixa-se ser Mãe do Cristo (Cf. Lc 1, 39-45). O seu sim aproxima o céu da terra. Deus dá a paz e visita o seu povo. Em outros tempos, a arca e a lei eram os sinais da presença de Deus no mundo. Agora Maria é a nova arca que traz a presença salvadora do Senhor no meio do seu povo.

Deus nos chama hoje para seguir Jesus na simplicidade, no serviço e na humildade para que o mundo em que vivemos seja uma família onde todos tenham “Shallon”, isto é, a Verdadeira Paz que vem de Jesus Cristo. Feliz Natal!!!

“Dicit ei Iesus: Ego sum via et veritas et vita; nemo venit ad Patrem nisi per me.”

“Disse-lhes Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém chega ao Pai se não por Mim.” (Jo 14, 6)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Tempo de louvar

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Todo dia é dia de dar glórias ao Senhor Deus do Universo. Muitas cidades fazem festa por qualquer coisa e esquecem do objetivo maior dos festejos, que é o de “estar vivo”. Para muitos, a alegria não existe sem dinheiro, mas, pelo que podemos ver, não é o que, de fato, tem que ser. Ou seja, muitos têm grande alegria interior, mas escondida pela dor da repressão e da pobreza que parecem insuperáveis neste nosso mundo.

No dia 07 de setembro deste ano, as pastorais e os organismos de ação social da Arquidiocese de Montes Claros estiveram ali, na Avenida Deputado Esteves Rodrigues (Sanitária), em MOC, para o 15° Grito dos Excluídos, que, mais uma vez, foram mais marginalizados ainda. Os manifestantes foram impedidos de passar pela avenida e expressar, de maneira pacífica, sentimentos de dor e de tristeza pela atual situação de miséria da maioria da população brasileira.

O que podemos ver é mendigos para todo lado no centro das nossas cidades. Fico indignado de tal forma a ponto de pedir a você, autoridade pública, melhores condições de vida para este povo que tanto sofre, sem ter perspectiva de um dia ser alguém reconhecido pelo trabalho, até mesmo de catador de papelão. Gosto sempre de lembrar que juntos somos mais e, por isso, quero e peço a todos que rezem pelos pobres da nossa nação na certeza absoluta de que Jesus transformará tudo o que precisa ser inovado pelo amor e pela caridade.

A todos e a todas, o meu mais sincero abraço.


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista, missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros desde maio de 2009 e pretende fazer vestibular para Direito e, mais futuramente, para Jornalismo. É católico e pregador nato da Palavra de Deus.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Alegrai-vos: a libertação está próxima

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

No tempo de Sufonias, o país passava a pior miséria moral. Ele, como profeta, proclama sua mensagem e anuncia ao povo catástrofes das quais só escapará um pequeno resto. Mas também anuncia tempos melhores para Jerusalém. Deus estará presente, pois revogou a sentença contra ti e afastou os seus inimigos. Deus faz isso movido por amor e retoma a aliança a todo vapor. Quando Deus está presente, livra-nos da guerra e da destruição (Cf. Sf 3, 14-18a).

São Paulo nos chama a atenção dizendo. Alegrai-vos sempre no Senhor, eu repito alegrai-vos. Que a vossa bondade seja conhecida de todos os homens. O Senhor está próximo. Isso nos anima a construirmos um mundo melhor e que a gente não fique com preocupações, mas devemos entregar as necessidades a Deus. Confiemos n’Ele, pois Ele é fiel. Devemos suplicar, clamar e dar ação de graças a Ele. Isto quer dizer que devemos estar em comunhão com Ele e agradecer a sua presença que nos encoraja a fazermos boas obras. Isto traz paz à nossa vida (Cf. Fl 4, 4-7).

A conversão é uma necessidade para que a gente mude. Quem tiver muito, partilhe. Ofereça o que comer e o que beber a quem tem fome e sede. Deus nos dá em abundância. Devemos então procurar ser o caminho, a verdade e a vida. Não devemos explorar o outro nas nossas atividades humanas cotidianas. Assim João fala para nós hoje. Ele não era o Messias, mas O apontou para nós O seguirmos, porque Jesus nos batiza no Fogo do Espírito Santo (Cf. Lc 3, 10-18).

O Cristo nos purifica e nos faz criaturas novas; nos faz participantes do Reino de Deus, de um povo que O tem como luz que ilumina e faz o mundo mais irmão. Assim o nosso coração se alegra em Deus porque Ele não nos deixa só e nos faz ter esperança da libertação que está próxima. O Natal se torna grandioso quando nos tornamos pequenos nas mãos d’Aquele que é Tudo. A simplicidade, a fraternidade e a grandeza de Espírito nos fazem mais humanos e próximos dos irmãos e de Cristo.

Maria, auxilium christianorum, ora pro nobis!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Deus presente na nossa história

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Após o exílio, o povo de Israel confessou suas transgressões, pediu libertação e quis praticar a lei do Senhor. A falta da prática da lei por parte do povo de Deus teve como consequência o castigo. Mas, agora, abre-se a porta da esperança para a libertação e dias melhores. Vemos em Br 5,1-9 que Deus dá novamente a integridade ao povo, adornos e diademas na cabeça do homem da glória de Deus. Todos ficam jubilosos por Deus. Ele devolve a todos a dignidade. Os obstáculos são tirados, como aplainar montes e colinas, e deixar planos para a terra. Assim o povo segue com segurança sob a glória de Deus.

A todos, Deus irradia alegria para a luz de sua glória, manifestando misericórdia e justiça que vem d’Ele. Com esta reflexão, podemos, com certeza, dizer que é Deus quem tem o poder e a força de mudar as estruturas injustas que nos cercam. Ele nos conscientiza que, com Ele, podemos começar as transformações em nós e também na nossa sociedade. São Paulo nos exorta. “Tenho certeza de que aquele que começou em vós uma boa obra, há de levá-la à perfeição até o dia de Cristo Jesus”. E, em outro momento, Paulo diz que devemos discernir o que é melhor, e que fiquemos puros e sem defeito para o dia de Cristo (Cf. Fl 1, 4-6.8-11).

Isso quer dizer, para nós, que devemos procurar nos corrigir sempre, converter-nos a Deus, que é fonte de todo o bem, e, desse modo, vamos ser criaturas novas e cidadãos de uma nova sociedade que tem alicerce seguro na justiça, no bem comum, no amor e na partilha de irmãos. João Batista é a voz que clama no deserto. “Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas”. Tudo que é alto será aplainado, as montanhas e colinas serão rebaixadas e, desta maneira, as pessoas verão a salvação de Deus (Cf. Lc 3, 1-6).

Estas palavras nos enchem de grande alegria e esperança porque nós já podemos ver a salvação que vem de Cristo. Mas, para isso acontecer de modo pleno, é preciso que nós façamos a nossa parte, preparando e abrindo o caminho ao Senhor da vida. Isto é, traduzindo nas diversas ações que se fazem presente na Igreja através das suas pastorais que levam esperança e assistência aos mais necessitados, e na sociedade com suas ações que visam o bem comum. A história humana percebe que Deus está presente nela e que a libertação e a salvação vem do nosso Deus da vida.

Maria, auxilium christianorum, ora pro nobis!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A fé como requisito da graça

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

No Livro do Profeta Isaías é narrado que existirá um dia em que as pessoas cegas verão, os pobres humildes se alegrarão, os prepotentes, trapaceiros, os malfeitores, os que fazem ciladas aos juízes, enfim, todos que fazem outros pecarem, fracassarão. As obras do Senhor trarão alegria e honrarão o santo de Jacó, e todos temerão a Deus de Israel. A sabedoria e as boas palavras serão aprendidas (Cf. Is 29, 17-24).

Esta profecia já se concretizou com a vinda de Cristo e Ele deixou essa missão para nós que O seguimos. O mundo em que vivemos precisa ser transformado. As estruturas devem ser reformuladas nos valores evangélicos. Isso só pode acontecer se nós reconhecermos que somos pecadores e falhos, portanto, necessitados da graça de Deus para realizarmos boas obras, onde as pessoas possam ser libertadas de todas as cegueiras.

O Evangelho de Mateus narra dois cegos que pedem ajuda a Cristo, reconhecendo que Ele é Deus. Suplicam então. “Tem piedade de nós, filho de Davi” (Cf. Mt 9, 27-31). Desse modo, somos transformados e a conversão virá. É preciso ser perseverante no caminho do Discipulado de Cristo, na Escola de Maria, nossa querida mãe do céu. É preciso reconhecermos que somos pecadores, limitados em nossa capacidade e necessitados da ajuda de Deus para que haja mudança em nós e nos outros e, por isso, devemos dizer como os dois cegos. "Tem piedade de nós, filho de Davi".

A fé da pessoa é o requisito essencial para que Jesus realize a graça. Para isso, precisamos nos comprometer com a Igreja, sendo coerentes, participantes e humildes. Então, a confiança que nos fortalece ajuda a sermos irmãos solidários com todos, respeitando as diferenças na paciência e no amor. Jesus responde aos cegos. “Faça-se conforme a vossa fé”. Isso nos faz refletir que Deus age em nós por causa da nossa fé. Muitas maravilhas vão acontecer se fortalecermos a nossa fé em Cristo, sair do nosso egoísmo e ir ao encontro do outro.

Os talentos que nós temos vão servir para o bem comum. Quantas iniciativas podem ser feitas - e são feitas (Pastoral da Saúde, Associação de Apoio Proteção e Amparo à Criança da Arquidiocese de Montes Claros, Projeto de Desenvolvimento Rural e Urbano, Escola de Cidadania, dentre outros projetos sociais no Norte de Minas) -, em favor dos que mais precisam, como farmácias populares, serviços voluntários, assistências aos necessitados, etc.

Maria, auxilium christianorum, ora pro nobis!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A vida em base sólida

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Quando vemos por todo lado injustiça, desamor, ódio, corrupção, falta de ética e do bem comum, egoísmo, tudo isso nos entristece e nos faz desanimar, mas, quando refletimos a Palavra de Deus, que é rocha segura para os justos, a alegria nos contagia e faz com que o nosso espírito se fortaleça na luta do bem e da justiça para todos. Isso podemos confirmar no Livro do Profeta Isaías 26, 1-4 que, em um dos seus versículos, indica para abrirmos as portas para que entre um povo justo, cumpridor da Palavra, firme em seus propósitos. E tu lhe conservarás a paz, porque confia no Senhor. Esperai no Senhor por todos os tempos, porque o Senhor é a Rocha Eterna.

Confortados e animados com essas palavras, construiremos então um mundo onde a vida humana seja respeitada. Não podemos nos iludir com a vida fácil, de tirar vantagem em tudo e esquecer dos que mais sofrem neste mundo. O nosso coração deve buscar os valores cristãos que são o amor, a humildade, o perdão, a vida de comunidade e de irmãos na fé em Cristo que vem sempre nos encorajar para boas obras. Jesus nos exorta que devemos construir a nossa vida em bases seguras para que nada nos perturbe. Pelo contrário: que estas bases fortes sempre nos incentivem para transformar a realidade de desigualdade social que nos cerca.

Quem ouve a Palavra do Senhor, é prudente e a põe em prática, os alicerces da sua vida estão fundamentados em estruturas sólidas, que nada conseguem destruir. Agora se ficarmos enganados, não praticando a justiça, irradiando somente o erro e as desordens moral e ética, a vida não resistirá diante da verdade e a ruína será muito grande (Cf. Mt 7, 21.24-27). Portando, construiremos a nossa vida em base sólida, onde o Senhor é o Alicerce e a Rocha Firme.

Maria, auxilium christianorum, ora pro nobis!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

domingo, 6 de dezembro de 2009

Vem, Senhor Jesus!

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

O Advento é um tempo para o cristão preparar para a vinda do Senhor. A esperança de cada um de nós que seguimos o Senhor é que Ele virá pela segunda vez em poder e glória para a instauração definitiva do Reino de Deus. A justiça, a verdade, o bem e os direitos dos pobres serão respeitados. Este Reino foi inaugurado com Cristo na sua doação total na Cruz. Jesus deixou a Igreja para dar testemunho d’Ele e fazer acontecer o Reino de Deus entre nós.

O profeta Jr 33, 14-16 nos anima que Deus é fiel na sua promessa e que vai fazer valer a justiça e que, da casa de Davi, a lei e a justiça brotarão. Por causa disso, a salvação e a confiança nascerão no nosso coração, porque “O Senhor é nossa Justiça”. Deus inaugura em nossa vida o desejo e a vontade firme de sermos também portadores da Justiça de Deus num Reino de irmãos.

Em 1 Ts 3, 12, vemos que São Paulo invoca Deus sobre a comunidade. O amor então é abundante em todos. Que nos esforcemos na santidade cada vez mais para que, no dia da vinda do Senhor, possamos encontrar com Ele e com Todos Os Santos. Desse modo, a graça que vem do Senhor nos ajuda a sermos cidadãos novos no mundo de hoje. Onde existe injustiça sejamos implantadores da justiça, onde houver fome, que possamos dar alimentos aos famintos, onde houver desilusão que possamos levar ideais nobres a todos, onde houver violências que sejam impostas leis do bem comum e da defesa da vida para todos.

Em Lc 21, 25-28.34-36, Jesus diz aos discípulos e para nós que haverá sinais no universo, no céu e na terra. Muitos ficarão angustiados, mas, os que estão O seguindo, não precisam ter medo e sim se encher de alegria. Ele pede que ergamos a cabeça porque a nossa libertação está próxima. Para isso, precisamos estar vigilantes, longe de preocupações vãs, gulas e bebedeiras, e que fiquemos atentos e seguros na fé para podermos ficar de pé diante do Filho do Homem.

Maria, auxilium christianorum, ora pro nobis!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Dai vos vós mesmos o de comer

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Uma grande multidão foi até Jesus: doentes (aleijados e cegos), todos ouviam o que Jesus falava. O Cristo teve compaixão e curou-os. Assim o povo glorificava Deus de Israel. Já fazia três dias que as pessoas conviviam com o Mestre. Jesus não queria que elas fossem embora sem a garantia do alimento de cada dia. Ele indaga a seus discípulos. “O que temos para dar de alimento a este povo?”. O discípulo responde. “Sete pães e alguns peixinhos”. Com esses alimentos, abençoou-os e deu-os de comer à multidão, e ainda sobrou (Cf. Mt 15, 29-37).

Hoje Jesus fala para nós o que temos para dar ao povo faminto. E nós que o seguimos, percebemos que temos muitas coisas para dar. Mas há carências na saúde, na família, nas pastorais e nas nossas atitudes também. Isso é por causa do nosso egoísmo, do nosso consumismo. Somos supérfluos. Nestes tempos, quantas coisas não necessárias nós adquirimos para servir ao nosso ego e à nossa aparência?

Se, de fato, nós queremos ser discípulos-missionários de Cristo, precisamos ter atitudes do Mestre: ser solidário e ter compaixão para os que precisam, tomar iniciativa, não ficar apenas em discursos. Cada gesto, mesmo que seja pequenininho, pode fazer a diferença. Fazer mutirão da saúde, da construção, do saneamento básico, do alimento. Enfim, quando há partilha, há sobras e nunca perdas. Jesus nos exorta então. “Daí vos vós mesmos o de comer”.

Maria, auxilium christianorum, ora pro nobis!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Cânceres da vida

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

O câncer parece não ter cura mesmo. O câncer está ficando cada dia mais comum nesta sociedade contemporânea e, para se curar do câncer, pouco dinheiro e pouco poder aquisitivo não valem. É fácil encontrarmos por aí casos de morte por câncer, mas câncer em pessoas ricas é curado em poucos meses ou então prolongado o tempo de vida desses sortudos seres humanos.

Observamos na mídia o caso do vice-presidente da República, José Alencar Gomes da Silva, que, por sua vez, foi curado de vários tumores horríveis, enquanto, nas comunidades periféricas, as pessoas estão morrendo à míngua. Será que, se o nosso vice-presidente da República tivesse o acompanhamento do Sistema Único de Saúde, ele teria a mesma sorte de cura?

Eu conheço uma senhora de quase 60 anos que está com câncer e, a cada dia, este câncer alcança a generalização dos órgãos. Podemos notar, no entanto, que ela é uma mulher de muita fé. Tem pouco dinheiro. Será que ela tem chance de cura? Sim. Todos têm chance de se curar. Com dinheiro então tudo se realiza.

Temos que defender a bandeira contra a morte. O câncer é cruel, e nós que fizemos a evangélica opção pelos empobrecidos, temos mesmo é que lutar por uma saúde de qualidade e gratuita para todos, sem distinção de classes sociais. Pela carga tributária que cada brasileiro paga anualmente ao Estado, que dizia ser do bem estar social, o mínimo que deveria retornar a cada brasileiro é um atendimento decente em hospitais.

As divisões de vagas para ricos e para pobres nas instituições de saúde devem acabar. Trabalhador que é trabalhador se mistura com a diversidade étnica do nosso país. Vem chegando o Natal. São 2009 Anos da Natividade do Nosso Senhor Jesus Cristo. Convido você a rezar pelos cancerosos e cancerosas que sofrem sem condições de um tratamento digno. Deixo a minha mais sincera oração em favor dos cancerosos: Deus de todo o poder e misericórdia, peço-te que liberte o mundo de toda doença. Senhor... Peço-te o pão da vida, o pão da alegria, o pão das multidões a todos aqueles que, no dia de hoje, sofrem com a doença do câncer, que, a cada dia, chega a mais e mais pessoas. Misericórdia de nós, Senhor... Amém!


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista e missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros desde maio de 2009.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Homenagens

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

O que mais vemos ultimamente é políticos homenageando pessoas incrédulas e de pouca sensatez, mas pessoas ricas. Considero que, ao invés de ficar por aí gastando “fortunas” com homenagens a pessoas elitizadas, que dizem fazer trabalhos sociais, melhor seria se a politicagem de plantão homenageasse famílias oprimidas e carentes, dando a elas dignidade de vida. Quando falo dignidade de vida, não quero dizer “esmola” e sim acesso à saúde de qualidade, à educação, esporte, lazer, etc.

Não podemos mais ser corporativistas com esse tipo de situação. Se quisermos um país melhor, temos que parar de querer entrar na vida alheia, de dar palpites errados. Temos então que começar a lutar juntos com a população por um país justo e solidário. As nossas juventudes, que hoje são excluídas e taxadas de “bandoleiras”, devem ser umas das primeiras a defender a vida.

O futuro está nas mãos dos jovens. Juntos podemos realizar coisas extraordinárias, mesmo sendo pessoas simples. A todos e a todas, os meus votos de alegria eterna e paz interior, pois, a exterior, temos que conquistar no dente.


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista, missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros desde maio de 2009 e pretende fazer vestibular para Direito e, mais futuramente, para Jornalismo. É católico e pregador nato da Palavra de Deus.

domingo, 22 de novembro de 2009

O universo tem um único rei

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A liturgia da Igreja celebra a caminhada dos discípulos que seguem os passos do Rei que é Cristo. Ele é Rei do universo. Durante o ano litúrgico, revivemos e fizemos a memória sempre presente de Jesus, nosso verdadeiro Redentor e Salvador. O nosso mundo conhece vários reis, aqueles que têm a dominação e o poder, e que, muitas vezes, não estão a serviço do povo que sofre e está marginalizado na sociedade.

Na época do Profeta Daniel, o povo estava sofrendo a dominação de Antioco IV, que estava querendo impor a cultura e a religião grega à força. Em Dn 7, 2-14, em uma linguagem simbólica (apocalíptica), vemos que o profeta Daniel teve um visão de quatro animais que saiam do mar (símbolo do mal), mas que foram destruídos pelo poder de Deus e este dá o poder ao filho do homem que vai ter a Glória e o Reino.

Esta é uma profecia realizada plenamente em Jesus Cristo, que traz o Reino de Deus, mesmo com perseguições. Estas não terão fim tão cedo. Hoje, percebemos a realidade do Reino de Deus entre nós, como uma semente na terra. Não há vemos, mas ela brota vida, além de ser fermento na massa misturada, diversificada. Nós não a vemos nitidamente, mas fazemos crescê-la com o fervor da nossa fé.

Hoje, este Reino deve estar presente entre nós se formos realmente discípulos do Mestre, que nos exorta para fazermos acontecer a justiça, o amor, a partilha, o perdão e tornar este mundo mais irmão. Apocalipse 1, 5-8 nos dá a certeza de que Jesus é o Príncipe dos reis da Terra, que vem trazer definitivamente um Reino de Felicidade, de Vida e de Paz.

Durante a missão de Jesus na Terra, ele nunca pretendeu usurpar o poder que reinava. Os poderes reinantes, muitas vezes, espalhavam a injustiça, aumentavam a pobreza e não permitiam que o povo tivesse vida. Jesus não precisa desse poder efêmero que traz morte e dominação.

Quando Pilatos pergunta pra Jesus se Ele era Rei, então Jesus diz. "Eu sou Rei, mas o meu Reino não é desse mundo...". E ainda diz. "Para isso nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. E todo aquele que é da verdade, ouve a minha voz" (Cf. Jo 18, 33b-37).

O Reino Jesus então é a verdade, a vida, a santidade, a graça, a justiça e o amor. Jesus nos chama a sermos solidários e nos conclama a fazermos a nossa parte para a consolidação do seu Reino, que brota vida para todos. Somos cidadãos desse Reino que tanto desejamos e almejamos. Jesus é Rei do universo.

In corde Jesu et Mariae, per semper!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Valorização

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Diariamente, escutamos todas as classes profissionais reclamarem de falta de valorização de sua profissão. Acredito que todas as profissões têm um valor enorme para o nosso coração. Para que todas as profissões sejam valorizadas, temos, antes de tudo, que valorizar a profissão alheia. Não basta apenas reclamar e fazer o serviço mal feito acreditando que assim terá sua profissão valorizada. Temos, em todo momento, que respeitar a profissão do próximo para que ele se sinta satisfeito e passe a valorizar a nossa e, assim, todas as profissões existentes serão valorizadas de forma carinhosa.

Parece difícil valorizar as diversas profissões existentes, mas não é. Creio que o amor e a caridade vencem todos os obstáculos. Eu já tive momentos ruins, em que só maltratava as profissões alheias. Hoje admiro todas elas, dando um carinho todo especial. Ao contrário do nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do nosso prefeito Luiz Tadeu Leite. Esses dois dizem ser "o cara", todavia, parecem não saber a riqueza do amor e da caridade. Por isso, quero encerrar este artigo, deixando uma oração a eles.

Senhor Pai Eterno e Todo Poderoso, peço, por intermédio do nosso queridíssimo São José Operário, que o Senhor liberte o coração de todos os políticos deste país, em especial, o do nosso presidente Lula e do prefeito de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite. Amém! A todos e a todas, um forte e carinhoso abraço do amigo Maicon...


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista, missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros desde maio de 2009 e pretende fazer vestibular para Direito e, mais futuramente, para Jornalismo. É católico e pregador nato da Palavra de Deus.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Professores e estudantes, uni-vos!

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Acreditamos, muitas vezes, que os estudantes de hoje são verdadeiros monstros. É o que a mídia nos mostra. Quando nos deparamos com uma notícia de um aluno e um professor que tiveram um “incidente”, logo ficamos angustiados e desesperados a ponto de crermos que os estudantes jovens em formação são autores de barbaridades contra os seus professores. Será mesmo? Acredito que não.

Estudantes estão em fase de capacitação e, dentro de uma instituição de ensino séria, têm direitos a ser também respeitados. A Constituição da República Federativa do Brasil propõe e garante isso. Todo estudante tem que se sentir seguro e confortado dentro da instituição na qual estuda. O aluno está em fase de formação e os educadores já foram formados para lidar com toda esta diversidade de cultura, raça, religião, etc que encontramos dentro das escolas.

É muito triste ver na televisão notícias que contam que “Professor quebra braço de aluno” ou “Professora discrimina aluno”. Temos que lutar pelos direitos das nossas juventudes. Muitas pessoas criticam o Estatuto da Criança e do Adolescente, chamando-o até de “mal afamado Estatuto”, coisa que não é verdade. Se queremos, de fato, ver as juventudes ocuparem o seu lugar, temos que estar ao lado do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Todos os jovens possuem direitos a um tratamento humano e respeitoso. Se o jovem é respeitado, por consequência, respeitará todas as pessoas. Vamos juntos abraçar esta causa digna que é o Estatuto da Criança e do Adolescente. Você, que ainda não conhece a riqueza que é o conteúdo deste Estatuto, leia-o (mas leia-o mesmo), antes de julgá-lo de “mal afamado”.

Os professores merecem respeito e carinho sim, mas devem ter paciência e afabilidade com os seus alunos. Professor e aluno têm mesmo é que ser amigos. A todos, os meus votos de paz e amor. Abraço forte no coração das juventudes brasileiras, e no coração dos meus amigos professores também.


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista, missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros e deseja ser advogado e jornalista, ambos por formação e não por ambição. É pregador da Palavra de Deus e, em seus poucos momentos de folga, curte uma novelinha. É um ser apaixonado pelos estudos escolares.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Doação sem medida

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A liturgia nos ensina que a generosidade é a medida do amor. Quando o nosso coração se enche do amor de Deus, que é pura doação-amor, nós conseguimos sair do egoísmo e podemos partilhar com aquele que está à nossa mesa, em nosso convívio. Em 1 Rs 17, 10-16, temos o exemplo da viúva de Serepta, que hospeda e serve o profeta Elias, que estava com fome e sede. Esse lugar estava passando por grave seca e fome. Esta viúva tinha pouca farinha e azeite.

Este pouco quase não dava para ela e seu filho. Mesmo assim, ela serve com generosidade ao homem de Deus. Por causa disso, nada faltou naquela casa, porque o nosso Deus é o Deus da vida e aquele que adere a Ele não fica na penúria. Em Hb 9, 24-28, Deus nos exorta para voltarmos a Cristo, o sumo sacerdote, que se doa plenamente a todos nós, nos dando a salvação. No Evangelho de Mc 12, 38-44, vemos Jesus sentado perto da caixa de esmola no templo.

Ele observa as atitudes das pessoas que estavam colocando as esmolas naquela caixa e percebe que muitas davam, com opulência e arrogância, para se mostrar, para ser bem vistas, como ainda acontece nos dias de hoje. Contudo, nem tudo está perdido. Há muitos corações generosos que fazem de tudo para que o Reino de Deus seja caracterizado pela justiça, partilha e amor.

Jesus então nota e elogia a atitude da viúva que doa tudo o que tem naquele momento e o faz com grande generosidade e amor, em sua doce simplicidade. Por isso, o cristão é chamado a sair do egoísmo e colocar-se a serviço daqueles que não tem vez e nem voz.

Maria, auxilium christianorum, ora pro nobis!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

sábado, 7 de novembro de 2009

Pelas mãos do Senhor, temos o poder e a realeza

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Eis que se aproxima a volta do Senhor que trazes contigo o poder e a realeza. Deus tem se manifestado de formas maravilhosas em nossa vida. Hoje escutava músicas sacramentais melancólicas e, com isso, bateu-me uma tristeza a ponto de eu ter que imediatamente colocar uma música do amigo Zé Vicente para continuar a trabalhar sem lembrar de coisas ruins e desnecessárias.

Quero que vocês, meus abençoados leitores (será que tenho algum?), saibam que nós, da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros, estamos disponíveis a servir naquilo que é proveniente ao Evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo que vive e reina para sempre. Amém.

Muitas paróquias desta Igreja Particular já desenvolvem um trabalho de comunicação e, por isso, acredito piamente que o Evangelho chegará a muitas pessoas. Quero pedir a todos e a todas que rezem constantemente pelo nosso Arcebispo Metropolitano, Dom José Alberto Moura, para que ele tenha força para continuar a fazer o trabalho que faz com amor e carinho.

Peço também que rezem pelo Coordenador do Serviço de Animação Vocacional (SAV) da Arquidiocese, o nosso Padre Fernando José de Andrade, de 28 anos, que tem como missão ajudar centenas de jovens a discernir caminhos futuros de vida plena. Juntos podemos vencer as doenças espirituais, como o fanatismo.

Peço então a todos que rezem pelos nossos irmãos protestantes, que realizam trabalhos evangelizadores incríveis, de porta em porta, e colaboram para a consolidação da fé cristã de muitas pessoas humanas. Deixo a todos os meus mais sinceros votos de paz e amor.


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista, missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros e deseja ser advogado e jornalista, ambos por formação e não por ambição. É pregador da Palavra de Deus e, em seus poucos momentos de folga, curte uma novelinha.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Chega de maldade

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Estamos vivendo em um mundo que só se importa com o dinheiro e esquece o amor. Será que o nosso mundo está perdido? Acredito que sim. Muitas pessoas creem que o mundo é "assim mesmo", expressão de fácil pronúncia e que serve para encerrar qualquer discussão esclarecedora, seja ela a mais leve possível ou até aquela mais polêmica e que detesta questionamentos e quebras de tabus. Infelizmente, nós estamos vivendo em um tempo onde só nos deparamos com fanatismos e maldades. Estamos a cada dia nos enfraquecendo mais. As pessoas más estão tomando conta do mundo, fazendo o que querem e na hora que desejam e nada acontece.

Injustamente, a justiça só é feita hoje em dia com pobres, as pessoas de menor poder aquisitivo. Aproximadamente um ano atrás, estávamos escandalizados com o pai que jogou a filha da janela. O fato ficou mais conhecido midiaticamente como "Caso Isabela". Eu então me pergunto agora: será que, daqui a dois anos, ele e a sua mulher (madrasta da Isabela Nardoni), assassinos cruéis e confessos, estarão ainda presos e cumprindo pena por um crime tão bárbaro? Lógico que não.

Queridos e queridas... Aonde iremos nós? O que fazer para acabar com tanta maldade? Os políticos ("politiqueiros" seria o termo mais correto) talvez sejam os únicos seres que imediatamente podem fazer algo a mais. Mas não o fazem. Será que a única coisa que podemos fazer para resolver os milhares de problemas humanos existentes no mundo é rezar? Ou quem sabe votar no "zero, zero e confirma"?

Lembrem-se que, de acordo com a legislação eleitoral brasileira, se ocorrer o milagre de 50% dos votos mais um forem nulos, o processo eleitoral é cancelado e outro é convocado. No entanto, o caminho mais acertado seria a convocação de outra eleição no caso de vitória da "revolução silenciosa dos votos nulos"? Ou seria mais um argumento fortíssimo para os legisladores brasileiros pensarem melhor e reformarem o sistema eleitoral do país? Como estamos corrompidos pelo poder opressor, teremos coragem de, pelo menos, lutar e pressionar pelos nossos direitos e deveres?

Muitas pessoas comentam por aí que os nossos direitos e deveres estão por vir. Galera... Cair na real, e não no real, é essencial... Considero que estamos precisando mesmo é de uma "revolução silenciosa" para tentar acabar com tanta repressão coronelista que existe em nossa nação, constituída, em sua maioria, de gente trabalhadora e sofredora, Povo de Deus oprimido. Acorda Brasil!

"Quando se sonha só, é um simples sonho. Quando muitos sonham o mesmo sonho, é já a realidade."
Dom Helder Pessoa Camara (1909-1999)
www.domhelder100anos.org.br

Abração no coração de todos e todas...


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista, missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros e deseja ser advogado e jornalista, ambos por formação e não por ambição.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Tudo por amor

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Na vida, o que vale é o amor. Hoje rezava pela nossa Igreja e me coloquei a avaliar a caminhada de muitos irmãos "maldosos" que fazem parte de pastorais e muitas vezes em cargos de coordenação. Hoje o que vemos dentro da Igreja é pessoas se fazendo de boas e humildes para se beneficiarem de alguma forma e, com isso, não nos deixam ter paz. Eu procuro conhecer as pessoas humanas. Estas costumam gostar de fazer o inferno na vida de quem realmente quer servir ao próximo.

Irmãos e irmãs, hoje eu penso que nós, muitas vezes, reprimidos por essas pessoas, deixamo-nos nos levar pela tristeza e pelo desânimo e saímos de pastorais e até mesmo da Igreja que, em sua essência, não nos faz mal. Mais ou menos um mês atrás, estive no Bairro Operário-Cultural Morrinho, região central de Montes Claros, ajudando na distribuição de bananas-passa às famílias atendidas pela Pastoral da Criança.

Lá, vi que muitas pessoas apreciam bastante o trabalho de ação social da Pastoral da Criança. Porém, infelizmente, elas nutrem um certo "ódio" pela Igreja Católica. Segundo as famílias carentes do Morrinho, a Igreja tem "donos" e por isso elas não se sentem à vontade para se aproximarem em eventos católicos, talvez porque o padre deixa as mulheres "mandarem" na Igreja.

Venho então, através deste modesto diário virtual, pedir que, unidos à Virgem Maria, intercedamos pela nossa Igreja. Amados e amadas, desejo a todos vocês uma ótimo mês de novembro. Abraços fraternos...


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista, missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros e deseja ser advogado e jornalista.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Seção de jornal chama doação católica de esmola

por João Renato Diniz Pinto
diniz_pinto@hotmail.com

A edição de quarta-feira, 14 de outubro de 2009, do “Jornal de Notícias” (Editoria “Nacional/página 03) informa na Seção “Últimas Notícias” que “Igrejas Evangélicas arrecadam no Brasil 1 bilhão de reais, por mês (mais do que os 680 milhões de reais da Igreja Católica)”.

Na nota, recorta-se a realidade religiosa nacional e noticia-se o seguinte. “Pesquisa feita pelo Instituto Análise com mil pessoas em 70 cidades brasileiras mostra que as igrejas evangélicas no Brasil recolhem, por mês, um 1 bilhão e 32 milhões de reais. A Igreja Católica, que tem mais adeptos, arrecada menos: são 680 milhões e 545 mil reais em doações. Entre os evangélicos, a pesquisa mostra que as igrejas que mais recolhem são as pentecostais, como a Assembleia de Deus, e neopentecostais, como a Universal do Reino de Deus. O estudo revela que seus cofres engordam mensalmente com doações que chegam a quase 600 milhões de reais. Cada fiel doa em média 31 reais - mais que o dobro das esmolas que os católicos deixam nas suas paróquias (14 reais). A pesquisa mostra também que o número de católicos no Brasil continua em queda”.

Ao fazer uma análise mais crítica dessa informação, pode-se orientar o pensamento para o Programa “Bolsa-Família”, do Governo Federal, que tem a proposta de beneficiar famílias carentes com R$ 15 por filho na escola. Sem entrar no mérito se o Programa cumpre totalmente o seu trabalho, ao voltar os olhos para a nota do “Jornal de Notícias”, qualquer ser humano minimamente capacitado chegará à conclusão de que se os R$ 14 que cada católico oferece à sua paróquia são “esmolas”, os R$ 15 do “Bolsa-Família” também é uma “esmola”. Mas, em função da miserabilidade do Brasil, essas “esmolas”, com todos os seus problemas, ainda ajudam a desenvolver pequenas economias de milhares de municípios brasileiros. Essas mesmas “esmolas” colaboram para que o sistema financeiro não vá à lona. É a pessoa mais pobre que tem a ousadia (ou a necessidade de sobrevivência a faz ter essa coragem) de tomar empréstimos dos bancos dos aposentados e outros genéricos que se espalharam como um vírus por este país afora.

A nota do “Jornal de Notícias” conclui que o número de católicos prossegue declinante no Brasil. Em um universo de mil pessoas, em uma nação com quase 200 milhões de seres humanos miscigenados culturalmente, é muito forçoso fazer tal afirmação. O mais próximo da verdade é que os católicos são mais “desleixados” e livres para agir no decorrer da vida, enquanto que também se verifica no país um vertiginoso aumento no número de ateus e no ceticismo dos brasileiros quanto a um futuro melhor. Tudo em virtude do aumento da corrupção em todas as áreas humanas, sobretudo a política e a educação. Enquanto isso, a maioria das religiões só cumpre o seu papel de conforto espiritual, ao invés de denunciar as deformações do sistema capitalista que continua se reproduzindo livremente, seja na mais simples comunidade rural ou no mais desenvolvido centro urbano.


João Renato Diniz Pinto, 30 anos, é cozinheiro formado pela Faculdade de Ciências Humanas (FCH) do então Centro Universitário Fumec. Já sabe fazer café, chá e lavar vasilhas, enquanto torce para o Clube Atlético Mineiro ser Campeão Brasileiro de 2009 e para que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja a sua decisão que desobriga a formação plena do profissional de Jornalismo para o exercício desta atividade de comunicação.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

DNJ é comemorado com festa em MOC

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Na tarde do último domingo, 25 de outubro de 2009, aconteceu uma grande festa das juventudes montes-clarenses em comemoração ao Dia Nacional da Juventude (DNJ), no Ginásio Darcy Ribeiro. O evento foi organizado pelo Setor Juventude da Arquidiocese de Montes Claros. A festa foi marcada pela Celebração Eucarística presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Montes Claros, Dom José Alberto Moura, e concelebrada pelo então Coordenador Arquidiocesano do Setor Juventude, Padre Fernando Andrade, pelo Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de MOC, Frei Ari Piedade da Silva, pelo Vigário da Paróquia Nossa Senhora de Montes Claros e Beato José de Anchieta, Padre Luiz Arnaldo Sefrin, e pelo Diácono Gledson Eduardo de Miranda Assis.

O DNJ também teve o apoio do Serviço de Animação Vocacional (SAV) Arquidiocesano e do Centro Marista de Juventude (CMJ). A festa contou com a participação da cantora Bárbara Lopes e do cantor Jean Carlos Estradeiro, além da presença dos ministérios de Música “Pastoral Universitária” e “Herdeiros”. Estavam presentes ao evento aproximadamente 300 jovens, como os das Comunidades de Vida e Aliança e os do Priorado Nossa Senhora Aparecida e São Norberto de MOC, a exemplo de Erlândio Alves.

A Equipe Arquidiocesana do Setor Juventude e a Irmã Elizabeth Dias Almeida confirmaram a satisfação com o DNJ 2009 e acreditam que, no próximo ano, a festa terá um impulso incrível, a ponto de mobilizar multidões. O professor Glauber Santos, de 27 anos, crê que o novo coordenador do Setor Juventude, o Diácono Gledson, fará “um trabalho magnífico no organismo”. A festa se encerrou por volta das 23h, e com tranquilidade.


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista e missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Para superintendente regional de Ensino, mundo ainda está em crise

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

No último sábado, 24 de outubro de 2009, a Pastoral da Criança da Comunidade São Pedro e São Paulo da Paróquia Santa Rita de Cássia de Montes Claros comemorou o Dia das Crianças com um delicioso almoço. As famílias ficaram encantadas com o acolhimento dos agentes que trabalharam para que o evento acontecesse com sucesso. A superintendente regional de Ensino, Salete Nether, esteve presente no almoço e conversou com as famílias sobre o mundo pós-moderno no qual vivemos.

Ela observou a importância do trabalho desenvolvido pela Pastoral, uma vez que o mundo está em crise e as crianças atendidas pelo organismo de ação social precisam de um algo a mais, ou seja, de um amor solidário. “Olhando para estas centenas de crianças, coloco-me a imaginar como será o futuro delas daqui a 20 anos”, pensou Salete, que estava acompanhada da diretora educacional, Solange, que não se inquietou um só segundo, a ponto de “colocar a mão na massa” e ajudar a equipe na arrumação do ambiente após o almoço.

O coordenador da Pastoral da Criança Paroquial, Maicon Deivison Pinto Tavares, garantiu que esta festa se tornará tradicional no organismo, que está a cada dia mais animado no serviço social para levar dignidade de vida a muitas famílias. O evento se encerrou com muita paz e alegria. As famílias, ao se despedirem, agradeceram a Maicon Tavares pelo lindo trabalho realizado e a professora Salete pelas lindas palavras. As lideranças também louvaram a humildade e o carinho dispensado a elas.


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista e missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros.

sábado, 24 de outubro de 2009

Acolher é comunicar

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

Muitas vezes, em nossas caminhadas de Igreja, não nos sentimos felizes por falta de um acolhimento do próximo. Muitas pessoas deixam de ir à Igreja porque lá não encontram alguém comunicativo. E saem de lá reclamando que a "igreja não é acolhedora". Nós temos que viver cada dia como se fosse o último da nossa vida. Não podemos esperar o acolhimento do outro, mas podemos acolher o outro através de uma simples comunicação, ou seja, através de um "bom dia", "boa tarde", "boa noite" ou até mesmo desejar a "A Paz do Senhor" para aquela pessoa que está ao nosso lado.

Temos mesmo é que parar de esperar o outro. Nunca se sabe se esse outro espera o mesmo de nós. Eu, particularmente, não fico nada chateado com a arrogância do meu próximo. Não deixem de ir às celebrações eucarísticas por causa da "cara fechada" ou do "autoritarismo" do outro. Este deveria dar exemplo de boa conduta. Somos humanos e falhos. Acredito que a comunicação é a chave para o acolhimento. Desde 2006, participava da missa na minha paróquia todos os dias.

Pensava que rezar era ser Igreja e hoje, através de uma boa comunicação, sei e vivencio a verdadeira Igreja, inculturada socialmente e em seus mais diversos problemas. Por isso, muitas vezes, opto por ir em uma reunião de organização popular a ir em uma celebração eucarística. Essa é minha decisão e minha espiritualidade neste momento. Com certeza, para muitas pessoas, orar é essencial, o que concordo. Contudo, sugiro que o ser humano reze com a mente e o coração abertos. Concentrar-se apenas em orações pode fazer a alma humana perder o sentido de realidade.


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista e missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Ver...

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

O Evangelista Marcos mostra no seu Evangelho a caminhada de Jesus para Jerusalém. Nesse lugar, ele sofre, morre e ressuscita. Os discípulos de Jesus precisam ver e entender os acontecimentos que iam ocorrer com Jesus. Na estrada, um cego estava sentado e, ao ouvir o alvoroço, clama a Jesus dizendo: Filho de Davi! Tem piedade de mim! Então Jesus para, compadece com a cena e chama por ele. O cego joga o manto com moedas fora e vai ao encontro do Senhor.

Por causa de Jesus, o manto e o dinheiro que davam segurança à sua vida não eram mais preciosos. Então Jesus pergunta a ele o que está querendo. Imediatamente, o cego responde: Senhor, que eu veja! Jesus afirma: vai... a tua fé te curou. Assim, esse cego enxerga e também se deixa iluminar por Cristo e segue os seus caminhos e a sua filosofia de vida (Cf. Mc 10, 46-52).

Hoje, os nossos pecados ofuscam a nossa verdadeira visão do mundo. Eles não nos deixam ver as boas obras que existem no nosso meio e as outras que deixamos de fazer. Os nossos olhos se abrem quando cremos em Cristo, que é realmente o Nosso Senhor e Salvador. A sua cruz foi a demonstração maior do amor de Deus por nós. O sangue de Cristo derramado nos cura e nos faz ver. A graça é dada a todos e pela fé em Cristo somos salvos.

Assim reconhecemos que, a cada pecado que cometemos, crucificamos Jesus novamente. Com o nosso arrependimento, o coração de cada pessoa rejuvenesce na Cruz de Jesus. O cego do Evangelho, após a cura feita por Jesus, não fica parado. Ele aceita Jesus e segue os passos de Jesus, testemunhando-o que Cristo é verdadeiramente Deus. Seguindo Jesus, chegamos ao Pai no Espírito Santo que nos santifica.

O mundo se transforma, fica cristianizado na força da Palavra de Cristo, na partilha dos irmãos, na solidariedade dos povos e na vivência de comunidade em uma só alma e em um só coração. A luz sempre ilumina a humanidade na presença do Deus Amor-Doação.

In corde Jesu et Mariae, per semper!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sem medo da missão

por Eilane Carvalho da Silva

Todos nós nascemos já predestinados a seguir um caminho, a realizar uma missão. Durante a nossa vida surgem vários sinais que podem nos levar a compreender qual é a vocação a qual somos chamados. Temos então o dever de descobrir e assumir a nossa missão, lembrando que, seguindo-a, estaremos seguindo não qualquer pessoa, mas sim o próprio Jesus Cristo, modelo de vida e obediência para todos nós.

Então fica esta mensagem. Não tenham medo das dificuldades ou obstáculos que possam surgir no decorrer da nossa missão. Tenham sempre em mente a importância de que a missão é nossa. O nosso empenho será para a melhoria do ambiente social em que nos encontramos.


Eilane Carvalho da Silva, 20 anos, nasceu em Várzea do Poço, Bahia. Mas, uma grande parte da sua vida, ela morou em Manguinhas, também na Bahia. É aspirante da Congregação das Irmãs Mercedárias Missionárias do Brasil na Paróquia Senhor Bom Jesus de Juramento.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Mês Missionário

por Maicon Deivison Pinto Tavares

Eu estava sentindo saudades de conversar com vocês. Este blog tem como objetivo abrir espaço para todos falarem o que acham necessário para evitar o fim da história e por isso eu, como missionário da Pastoral da Comunicação Arquidiocesana, venho hoje convidar todos vocês, independentemente de religião, para rezar com muita fé neste mês missionário para que a libertação entre na casa de muitos, assim como entra na casa de Zaqueu. Como seres humanos, temos que procurar fazer a experiência contínua de amar o próximo, mesmo sendo esse próximo um pobre reprimido, pois sabemos que, antes de fazermos a nossa opção preferencial pelos pobres, o próprio Jesus a fez. Prova maior que a Santíssima Trindade ama os pobres.

E lembrar que a mãe de Jesus era mulher de um simples carpinteiro. Deus se manifesta nas coisas menores. Temos que tomar o seu exemplo e, assim como ele, amar, indo inteiramente em direção ao outro para somar forças e tentar, através de uma organização popular transformar, todo tipo de repressão e exclusão da pessoa humana, que tem por direito a vida plena.

Neste mês missionário, temos que refletir bem se estamos sendo verdadeiramente discípulos-missionários de Jesus Cristo, amando e respeitando as limitações do próximo e sempre procurando unir a ele na causa mais justa, que é a da melhoria de vida.


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista e missionário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros. O seu e-mail é maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br.

domingo, 4 de outubro de 2009

A família que Deus quer

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Ao lermos os primeiros capítulos do Livro do Gênesis que narram a criação do mundo, da natureza, da luz, da água, dos animais, dos peixes e répteis, enfim, de tudo o que foi criado por Deus e Ele disse que era bom todas as coisas, pensamos que, como tudo estava pronto, Deus cria o homem, mas como ele estava só, triste, então o Criador cria a mulher a partir do homem para que nenhum seja superior ao outro, tornando assim o homem e a mulher uma unidade.

Deus faz o homem e a mulher à sua imagem e semelhança e que eles fiquem em comunhão entre eles e com Deus. Assim o homem e a mulher se completam para se ajudarem e para se amarem. Então eles se tornam uma só carne (Cf. Gn 1-2, 18-24). Em Hb 2, 9-11, recordamos sempre do Amor de Deus pela humanidade. Jesus, vindo ao mundo, solidarizou-se com cada um de nós, homens e mulheres. Ele partilhou da nossa humanidade, sofreu, deixou-se morrer na cruz para nos ensinar que a verdadeira vida está no amor-doação até as últimas consequências.

Assim cada família constituída pelo sacramento do matrimônio, que é o selo de Deus na união entre masculino e feminino, deve testemunhar o amor-doação, assumindo toda a responsabilidade de compromisso, entrega e doação, como é o Amor de Deus pela humanidade. Quando Jesus é perguntado por alguns fariseus sobre o divórcio permitido pela Lei de Moisés, em certos casos, Ele responde: Moisés permitiu por causa da dureza do vosso coração, mas, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher.

E ainda disse: por isso o homem deixará seu pai e sua mãe, encontrará uma esposa e os dois serão uma só carne. Portanto, o que Deus une, o homem não separa. Com esse ensinamento, podemos concluir que o homem e a mulher fazem uma aliança de amor e mergulham no grande amor que é Deus (Cf. Mc 10, 2-9). Cada vez então que o casal se ama e se completa, os laços de união se tornam firmes e indissolúveis. Dessa maneira, a família é querida por Deus e firmada em Cristo.

Na família, os filhos são as bênçãos que Deus dá ao casal. Os pais devem cuidar deles, educá-los e também não deve esquecer de levá-los a Jesus, que quer abençoá-los sempre como o próprio Jesus pede: “Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais porque o Reino de Deus é dos que são como elas. Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhe as mãos” (Cf. Mc 10, 14-16).

Que a graça de Deus seja derramada a todos.


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

sábado, 3 de outubro de 2009

A Palavra de Deus é séria

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Devemos ter muito cuidado ao ler a Palavra de Deus, pois, por ignorância, podemos fazer interpretação errônea e causar sério dano a si e aos outros. Assim precisamos estudá-la de modo sério para fazer uma interpretação segura. São Pedro nos alerta que "nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação" (2 Pd 1, 21). Jesus ensinava muitas vezes através de parábolas para as pessoas e a outros seres humanos revelava os mistérios do Reino de Deus, isto é, aos seus apóstolos que seriam depois os primeiros responsáveis pela transmissão da mensagem genuína da Palavra de Deus (Cf. Mt 13, 10-13).

Desde os tempos mais remotos, os apóstolos eram pessoas apropriadas para transmitir a mensagem de Deus ao Povo e a esse cabia ouvir em assembleia. Podemos chamar essas pessoas autorizadas de Magistério. Moisés, Josué, profetas e outros que tinham a incumbência de levar a Palavra de Deus ao Povo, dando conhecer a vontade de Deus. O Povo de Deus ouvia e refletia no seu coração. Jesus, antes de ir para o Céu, deu uma ordem aos seu apóstolos para ensinar ao povo tudo o que Ele ensinou. E quem acreditasse nos ensinamentos transmitidos estavam batizados na Trindade Santa (Pai, Filho e Espírito Santo).

Hoje, nós temos os sucessores dos Apóstolos para ensinar o Povo. Esses são preparados na Teologia e na Graça de Deus para que a palavra ensinada não seja deturpada e nem manipulada, porque a verdade de Cristo que ouvimos nos liberta e salva. Então, a sã doutrina deve vir da Igreja, isto é, do Magistério, para não cairmos no erro de abandonarmos a verdadeira fé. Ela vem pelo ouvido, pelo olho, pela letra (Cf. 2 Cor 3, 6).

Cabe aos que crêem, que formam o Povo de Deus, ouvirem esta Palavra. Nós, o povo de Deus, devemos estar atentos a ouvir a Palavra de Deus por meio do Magistério e das pessoas que o Magistério autorizam para não nos enganarmos, como já exorta Provérbios 26, 9: "Assim, como o espinheiro está na mão do bêbado, está a parábola na boca dos ignorantes".

A Bíblia, Palavra de Deus, anima toda a humanidade. Portanto sejamos ouvintes da Palavra de Deus transmitida pela Igreja e praticantes das suas orientações. Desse maneira, o mundo e as estruturas da sociedade contemporânea podem ser transformadas pela força da harmonia e da paz, sem violência e sem divisão.

Que a Graça de Deus seja derramada a todos.


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Maria, mãe dos sacerdotes

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Estamos próximos da celebração da Festa da Nossa Padroeira do Brasil - Nossa Senhora Aparecida. Em toda parte do Brasil existe comunidade dedicada a Nossa Senhora Aparecida. Nós estamos no Ano Sacerdotal e Maria é a mãe dos sacerdotes. Sabemos que o grande Sacerdote é Cristo. Existe uma relação profundamente enraizada no mistério da Encarnação. Deus, amando muito o mundo, enviou o seu Filho Jesus para salvar o mundo.

Deus envia, contempla o mundo com os olhos humanos e pede licença a uma mulher que estava aberta à graça. Deus respeitou a liberdade do ser humano e precisou do sim de Maria. Quando Deus decidiu se tornar homem no seu Filho, ele precisava do "sim" de uma criatura livre. Deus não age contra a nossa liberdade. E sucede uma coisa verdadeiramente extraordinária: Deus se faz dependente da liberdade, do "sim" de uma criatura, espera este "sim".

São Bernardo de Claraval, em uma de suas homilias, explicou, de modo comovente, este momento decisivo da história universal, quando o céu, a terra e o próprio Deus esperam a palavra desta criatura - Papa Bento XVI em 12 de agosto de 2009. O verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1, 14-16).

Deus é fiel e cumpriu a promessa feita a Abraão. Deus enviou o seu filho amado (Mc 1, 11). Cremos e professamos que Jesus nasceu da Virgem Maria em um determinado tempo histórico. Pelo Espírito Santo, podemos professar que Jesus é o Senhor, Filho de Deus. E nós somos chamados a anunciar Cristo que deixou a Igreja pela fé de Pedro. Jesus Cristo foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria.

Com a encarnação, a vida de Jesus, o sacrifício do Cristo e o sacerdócio caminham juntos e Maria está presente nesse grande mistério. Maria fica de pé na crucificação de Jesus. Ela contempla a cena dolorosamente. Ela se doa também a Deus entregando o seu filho. Jesus olha sua mãe e entrega-a a João Evangelista, sinal de que todos somos chamados a ser filhos dela e discípulos de Jesus.

Com Maria, em particular, todos nos tornamos filhos seus. A partir do Evangelho de João, quando Maria é levada para a casa do Evangelista, ela então se torna mãe de todos nós por vontade do próprio Cristo. Maria tem uma predileção aos sacerdotes.

“Maria os prefere, de fato, por duas razões: porque eles são mais parecidos com Jesus, amor supremo de seu coração, e também porque, como Ele, estão envolvidos na missão de proclamar, testemunhar e dar Cristo ao mundo. Pela própria identificação e conformação sacramental a Jesus, Filho de Deus e Filho de Maria, cada sacerdote pode e deve sentir-se realmente filho amado desta suprema e humilde Mãe" - Papa Bento XVI em 12 de agosto de 2009.

O Santo Cura d'Ars dizia: "Jesus Cristo, depois de ter-nos dado tudo que podia dar, quer ainda tonar-nos herdeiros daquilo que ele tinha de mais precioso, sua Santa Mãe". Que cada pessoa tenha a firme convicção de que Maria, chamada no Brasil de a Mãe Aparecida, cuida de cada um de nós, em especial, também dos sacerdotes. Que sejamos então sempre firmes na fé na alegria, na tristeza, na dor e no sofrimento, porque, por Maria, estamos sempre com Jesus. Amém!

Nossa Senhora Aparecida: rogai por nós!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Seguir de perto Jesus é ir mais além...

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Certa vez, um jovem, chegando perto, ajoelhou-se diante de Jesus e lhe fez uma pergunta: Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna? (Cf. Mc 10, 17). Esta pergunta nós fazemos a Ele também em oração. Lá, no Evangelho de Marcos, Jesus responde ao jovem: Você me chama de Bom, pois só Deus é BOM (Cf. Mc 10, 18). Desta resposta de Jesus, podemos concluir que Jesus é reconhecido pelo jovem que Ele é Deus.

Então Jesus ainda pergunta se ele conhece os mandamentos de Deus e o jovem prontamente responde que sim. Desde criança, já os observa e os vive. O conhecimento dos mandamentos de Deus corresponde em obedecer e pô-los em prática. A observância deles traz vida para si e para os outros, porque vivencia o amor, a justiça, a partilha e o respeito.

Mas, para Jesus, é preciso um passo a mais, ir além, ser despojado e tonar-se servidor dos outros. Jesus o quer entre os doze e dá uma opção: vende tudo e dá aos pobres e depois vem e segue-me como os demais. Mas ele não quis, porque ele é apegado, porque é muito rico.

Quem segue mais de perto Jesus não precisa preocupar com o amanhã. Deus providenciará tudo. Isto pode ser verificado quando Pedro interpela Jesus dizendo: nós largamos tudo, família, irmãos, amigos, casa e lhe seguimos. É uma atitude natural, até para os dias de hoje, quando temos muitas coisas que aparentemente nos dão segurança e nos deixam paralisados para o serviço dos mais necessitados materialmente e espiritualmente.

Mas o que vai nos encorajar para o serviço do Evangelho e o que encorajou os apóstolos foi o que o Senhor Jesus afirmou: "Em verdade, eu vos digo... quem tiver deixado casas, irmãos irmãs, mãe, pai, filhos, campos por causa de mim e do Evangelho receberá cem vezes mais agora, durante esta vida - casa, irmãos, irmãs, mãe, filhos e campos com perseguições - e no futuro, a vida eterna” (Cf. Mc 10, 28-30).

Assim, podemos ser missionários do Senhor na certeza que Ele é fiel e está conosco sempre.

In corde Jesu et Mariae persemper!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

domingo, 27 de setembro de 2009

Deus não é monopólio de ninguém

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Diz o Evangelho em Mc 9, 38-41 que João, um dos apóstolos de Jesus, foi dizer a Ele que viu um homem expulsar demônios em nome d'Ele. Também disse a Jesus que o proibiu, pois ele não seguia os discípulos. Então Jesus disse: não proibais, pois ninguém faz milagre em meu nome para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós é a nosso favor, disse Jesus.

Ao ouvirmos esta passagem escrita por São Marcos da palavra que vem do Nosso Senhor, ela nos faz pensar um pouco. Nós não somos donos de Deus. Ele é para todos. Com a vinda de Cristo e através do poder do nome d'Ele, mudanças e maravilhas acontecem na vida das pessoas. O passo para acontecer isso é acreditar que Jesus é senhor para a Glória de Deus Pai.

O que fazer diante de tantas adversidades que há no mundo então? Jesus nos ensina que quem agir solidariamente com o próximo é de Cristo e não ficará sem recompensa no Reino dos Céus. O mundo precisa de verdadeiros discípulos missionários que tenham convicção da Palavra de Cristo que salva e dá vida plena.

Desse modo, o mundo não vai ser o mesmo porque seremos cristãos autênticos no serviço aos mais necessitados de ajuda material e espiritual.

In corde Jesu et Mariae persemper!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha, 52 anos, é engenheiro; tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O que dizem os outros de mim

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Jesus pergunta o que dizem os outros de Mim aos seus discípulos. Mas esta pergunta não é para saber o Ibope que Ele tem, mas é uma verificação se a sua mensagem salvadora e restauradora está sortindo efeito no homem e na mulher. Pois, a mensagem de Cristo é a novidade que transforma, muda, renova o ser humano por inteiro. Jesus quer saber também a opinião dos seus seguidores. Isto é, o que eles pensam d'Ele também.

Então Pedro faz uma profissão de fé dizendo que Ele é o Messias prometido. Então Jesus mostra como é o Messias, pois Ele vai sofrer muito e morrer na cruz, sinal de amor e doação à humanidade. Os discípulos não entendem isso e nem Pedro. Jesus o repreende e até pede que se afaste d'Ele, pois esta não é a vontade de Deus para Jesus (Cf. Mc).

Ele será obediente aos planos do Pai até o fim. É o servo sofredor profetizado por Isaías (Is 50, 5-9). Deus quer que cada um assuma sua cruz, renuncie a si mesmo e siga Jesus (Cf. Mc 8, 34-35). Renunciar significa não se apegar a uma vida fácil, presa excessivamente a bens materiais, sem compromisso com os mais fracos, com os sem vez e nem voz.

Seguir Jesus é praticar as obras sem nenhum interesse, desgastar-se pelo outro. Ter uma Fé que se torne visível nas boas obras (Cf. Tg 2, 14-18). Cada vez que o bem é feito é Deus sendo louvado e o mundo se tornando mais humano.


In corde Jesu et Mariae persemper!

No Coração de Jesus e Maria para sempre!

José Benedito Schumann Cunha é teólogo. Tem 52 anos. É engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Independentes em Cristo

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Para seguir Jesus, temos que ser livres e independentes e não presos às amarras que este mundo faz conosco. A verdade de Cristo nos liberta e salva (Cf. Jo 8, 32). Infelizmente, muitas vezes neste mundo somos cercados de hipocrisias, preconceitos, normas ultrapassadas, ritualismos, falta de compaixão e de solidariedade.

As pessoas procuram segurança em tantas coisas, trabalham para si, acumulam bens e dizem para si: agora posso ficar tranquila porque tenho muita coisa, salário bom, casa excelente e muitas propriedades. Para muitas pessoas, isso é segurança, mas Jesus já alerta que não adianta achar que isso dá estabilidade e segurança, pois, de uma hora para a outra, você irá para a eternidade (Cf. Lc 12, 13-21).

Qual lição que Jesus nos aponta? Jesus nos ensina que, para cada dia, bastam os problemas humanos (Cf. Mt 6, 34). Por isso, trabalhe pelo seu sustento, tenha o necessário para viver e ajude as outras pessoas que são menos favorecidas pela vida por causa da injustiça, traduzida pelo salário pequeno, pela falta de educação pública de qualidade e de moradia digna para todos, saneamento básico precário, saúde pública ineficiente, vida subumana. Buscai o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será acrescentado (Cf. Mt 6, 33).

Maria, auxilium christianorum, ora pro nobis!


José Benedito Schumann Cunha é teólogo. Tem 52 anos. É engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O discurso que vale

por Maicon Deivison Pinto Tavares
maicon_ptavares@hotmail.com
maiconmissionariodapascom@yahoo.com.br

“Vida em Primeiro Lugar: a Força da Transformação está na Organização Popular” - Foi lindo ver as Pastorais Sociais da Arquidiocese de Montes Claros unidas fazendo o 15º Grito dos Excluídos, 16ª edição em Montes Claros, Norte de Minas Gerais, Sudeste do Brasil. Com muita força, indignação e oração, as Pastorais Sociais Arquidiocesanas e demais movimentos populares caminharam e cantaram no dia Sete de Setembro deste 2009, “seguindo a canção”, enaltecendo que "somos todos iguais braços dados ou não", como ensina a bela música (1968) de Geraldo Vandré.

Mas, infelizmente, em toda a história do Grito dos Excluídos, na sexta maior cidade de Minas Gerais, nunca ocorreu uma tentativa de opressão tão grande por parte de policiais militares, civis, guardas municipais, estes últimos principalmente, a mando, é claro, do poder público municipal. Em 2008, as Pastorais Sociais também sofreram repressão parecida, o que é comum em eventos populares que objetivam ser um contraponto ao discurso oficial.

Os administradores dos bens públicos sempre se utilizam da maldade para agredir o Povo de Deus, que está nesta difícil estrada da vida. Acordou às 6h de uma segunda-feira chuvosa, feriado nacional, para celebrar ecumenicamente o que Jesus Cristo pregava há mais de dois mil anos - “Que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10, 10).

Este Povo de Deus, guerreiro, tentava “gritar por um mundo melhor”. Estavam presentes nesta manifestação o Arcebispo Metropolitano de Montes Claros, Dom José Alberto Moura, o Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Montes Claros, Frei Ari Piedade da Silva, o Vigário da Paróquia Nossa Senhora de Montes Claros e Beato José de Anchieta, Padre Luiz Arnaldo Sefrin, o Pároco da Paróquia Nossa Senhora Rosa Mística de MOC, Cônego Oswaldo Gonçalves Vieira, o Frei José Inácio Vieira (Frei Zezinho), além de outros sacerdotes, religiosos e religiosas, seminaristas, educadores e educadoras, psicólogos e psicólogas, assistentes sociais e muita gente de luta com vontade de fazer “um outro Brasil possível” através da organização e de uma efetiva participação popular.

No entanto, quem participou do Grito dos Excluídos deste ano e do Desfile da Independência em MOC, é observador e tem um mínimo de sensibilidade humana pôde perceber a profunda tristeza, misturada com indignação, no olhar de Sônia Gomes, moradora do Bairro Nossa Senhora de Fátima em MOC, assistente social, coordenadora e animadora das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) na Arquidiocese de Montes Claros, e liderança do Grito e das Assembleias Populares (APs).

Em todo momento, os manifestantes, que estiveram ali nas avenidas João Luiz de Almeida (a da Câmara Municipal) e Deputado Esteves Rodrigues (Sanitária), quiseram apenas pensar diferente do discurso oficial. No entanto, mesmo com a embromação das autoridades policiais, que prometiam dar passagem para os manifestantes e descumpriam o acordo, mais uma edição do Grito não terminou em pizza, como acontece nos conchavos do atual cenário político brasileiro.

Enfrentando uma forte corrente de segurança armada, de jipes que compunham um bloco do Desfile da Independência e de cavaleiros que marchavam com as bandeiras do Brasil, de Minas Gerais e do Município de Montes Claros, o tema nacional do 15º Grito dos Excluídos percorreu toda a Avenida Sanitária até chegar às proximidades da Pizzaria Papaula. Lá os manifestantes conscientizaram a população da ilegalidade do aumento da passagem do transporte coletivo urbano em MOC, da falta de assistência às poucas comunidades rurais do município, do péssimo planejamento urbano de bairros montes-clarenses, dentre outros reclames populares locais.

Com reduzido espaço na mídia grande, o Grito dos Excluídos é uma iniciativa das Pastorais Sociais e dos movimentos populares em denunciar o que angustia a alma humana, como a imensa desigualdade social que “teima” em permanecer em nosso país, apesar da ascensão da "nova classe média” surgida no Brasil e enfatizada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em seu discurso do último domingo, 06 de setembro de 2009, e que foi retransmitido em cadeia nacional de rádio e televisão. O Grito acontece desde 1995 no Brasil e sua primeira edição mobilizou 170 cidades do país. Em MOC, manifestantes organizaram ato em 1994 para pedir por melhores condições de vida no Major Prates, hoje um dos maiores bairros do município norte-mineiro.


Maicon Deivison Pinto Tavares é estudante secundarista, voluntário da Pastoral da Criança da Paróquia Santa Rita de Cássia de Montes Claros e missionário da Pastoral da Comunicação Arquidiocesana

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A quem iremos nós

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Muitos discípulos que seguiam Jesus acharam duro os ensinamentos do Mestre e, por causa disso, abandonaram-no. Então Jesus voltou aos Doze e perguntou: vocês também não querem ir embora? Então Pedro diz: "a quem iremos, Senhor? Só tu tens palavras de vida Eterna" (Cf. Jo 6, 60-69). Ao soar estas palavras de Pedro em nossos ouvidos, elas nos fazem refletir que, diante de Jesus Cristo, devemos tomar posição: ou sigamos Ele em tudo ou ficamos fora, alienados.

Percebe-se que o mundo hoje é cercado muitas vezes de poder, de tirar vantagens em tudo, de egoísmos, da ganância, da falta de compromisso ao bem comum, etc. Mas, mesmo com todos estes contra-valores, muitos seguem e vivem os verdadeiros ensinamentos de Jesus. Quantas pessoas doam a sua vida a serviço do outro e também servem ao Senhor com alegria? Muitas. Tenham certeza disso.

Devemos ter coragem de fazer como Josué: mesmo que vocês não queiram seguir Deus, "eu e nossa família serviremos ao Senhor" (Cf. Js 24, 1-2.2, 15-18). Hoje somos convidados a seguir Jesus com a Igreja, dirigida pelo nosso querido Papa Bento XVI, que é sucessor de Pedro. Este nos diz com segurança, com uma resposta sempre firme e nova à sã doutrina e nos faz respondermos sempre a quem iremos, se só Jesus tem palavra de vida eterna.

É isto que nos faz sermos Católicos convictos na Fé em Cristo transmitida por todos que conduzem o rebanho para a Casa do Senhor.

Maria, auxilium christianorum, ora pro nobis!


José Benedito Schumann Cunha é teólogo. Tem 52 anos. É engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A partilha é sinal de amor

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Deus, desde a eternidade, é puro amor. O Pai, o Filho e o Espírito Santo, três pessoas distintas num só Deus. Desde sempre, a Trindade é amor. Deus cria o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. Permite a eles uma comunhão Consigo. Mas eles não souberam vivenciar esta comunhão: desobedeceram a Ordem Divina e perderam a condição verdadeira da sua existência. Pecaram e diminuíram a sua dignidade de filhos de Deus.

Deus é Amor e quer salvar o ser humano, e assim partilha a História da Salvação com a humanidade. O Seu Amor é tão grande que envia um anjo e pede permissão a Maria. Esta mulher deixa o autor da vida fazer morada entre nós. Aí está um gesto de doação, de verdadeira partilha. O "Agir de Maria" e o "Agir de Cristo" se confundem porque são Gestos de Amor.

Jesus no ensina que a verdadeira partilha é ter um coração compassivo, generoso e doador de vida. A Vida se torna Plena em Cristo quando nos entregamos de modo total na Cruz. Pela cruz, chega-se à Luz da Ressurreição. Assim somos mais que vencedores, porque Cristo é tudo em todos.

Maria, auxilium christianorum, ora pro nobis!


José Benedito Schumann Cunha é teólogo. Tem 52 anos. É engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Experiência do silêncio

Willian Nunes da Silva
willian.nunesdasilva@yahoo.com.br

O silêncio de si mesmo é uma forma de voltar para si próprio. Escutar o seu próprio eu, escutar o seu coração. Analisar os seus pensamentos, as suas falhas, erros e acertos, decisões, sonhos e realidades.

É como se voltássemos lá trás no ventre de nossa mãe e vivêssemos tudo novamente até o dia de hoje, apenas no silêncio do pensamento. No início, a gente tenta fugir de si mesmo, impedir que as lembranças venham, principalmente aquelas que nos fizeram sofrer - as perdas, as ilusões, as doenças e muitas outras recordações tristes.

Aí então é que vem a dor, as lágrimas, o arrependimento, a tristeza e a “solidão”. Esta então, por sua vez, leva-nos para o fundo do poço, ao escuro, como se a luz não existisse. A gente acha que vai explodir, que esse relato de si próprio vai nos destruir.

Então procuramos evitar conversar para não magoar e nem sair magoado, falando o mínimo possível, apenas o necessário, e também (ouvir), sim ouvir... ouvir o que não nos convém, o que eu não quero, não preciso, não devo ouvir.

Aí a gente para e pensa em Deus, em Jesus Cristo e na Virgem Maria e em uma forma de encontrar consolo. A gente começa a associar o nosso sofrimento com o deles, de forma diferente, mas como um exemplo deixado por eles mesmos para nos dar forças.

Sentimos assim o coração aquecido e uma imensa vontade de abraçar as pessoas que amamos. A partir daí, quando parecia não haver mais luz e esperança, é como se o sol acabasse de nascer com os seus raios sobre um botão de rosa molhado do orvalho da noite pronto a desabrochar.

Aí vem a vontade de encontrar, sorrir, viver... viver intensamente na graça, no poder e no amor d’Aquele que tudo me deu... viver a vida... viver o amor à vida... viver a fé na vida... viver a esperança na vida... com a certeza de que tudo posso n’Aquele que me fortalece.


Willian Nunes da Silva nasceu em 21 de agosto de 1989, em São Paulo (SP). Veio para Montes Claros no final de 2003. É vocacionado premonstratense e ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística. Participa da Pastoral Litúrgica da Comunidade São Francisco de Assis (Bairro Novo Delfino) da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de MOC. Acompanha os trabalhos do Grupo de Oração “Aprimorando-se na Fé”.