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domingo, 30 de maio de 2021
Solenidade da Santíssima Trindade, uma comunidade de amor perfeita
sábado, 22 de maio de 2021
"Vem Espírito Santo" nos renovar
"Vem Espírito Santo" nos renovar
Queridos irmãos e irmãs em Cristo, vamos celebrar neste domingo, o Domingo de Pentecostes. Recordamos a vinda do Espírito Santo no Cenáculo, onde estava Maria e os apóstolos. Nesse lugar estavam juntos, reunidos em oração. O Espírito Santo veio em forma de línguas de fogo que iluminam as inteligências para as coisas do alto.
Desse modo, eles se enchem do Espírito Santo, têm coragem para proclamar sem medo que Jesus crucificado, aparente derrotado, ressuscitou e deixou a Igreja como sinal Dele no mundo. Nada pode perturbar ou destruir a Igreja porque ela é querida por Deus.
Pentecostes é uma festa antiga que os judeus tinham a tradição de comemorar após 50 dias após Páscoa, mas agora com a Páscoa do Senhor e depois dele está com os apóstolos durante 40 dias, foi para o céu e cumprindo a Promessa envia o Espírito Santo para autenticar todo Evangelho de Cristo vivido no meio deles e dar a força para que eles e todos fossemos testemunhas vivas de Cristo ressuscitado.
Antigamente o povo judeu agradecia aliança a as colheitas, pois sabia que tudo vem de Deus. É a teoria que acontece para mostrar que Deus é e está presente em todas as partes do mundo, pois este é um fato que não se pode negar e nem refutar. Tudo fala da presença de Deus entre nós.
No livro dos Atos dos apóstolos nos fala do Pentecostes cristão. É um acontecimento que faz a Igreja sair do medo para ação evangelizadora. Embora a narrativa seja um pouco diferente do antigo testamento, mas se completam. Estão todos reunidos, e a força do Espírito Santo se reparte e vai para todos. É o dom que vem para nos impulsionar para missão como foi para os apóstolos e agora é para todos nós.
Não podemos ser uma Igreja intimista e nem eufórica, mas uma Igreja que reparte os dons da vida na comunhão e na partilha. Devemos ser a Igreja corajosa que vai ao mundo e usa todas as formas para evangelização. A principal arma é a atitude acompanhada pela Fé na ação da Palavra de Deus que tudo faz no meio do povo, no povo de Deus. Se estamos unidos e tivermos o coração fraterno de comunidade, a linguagem é a mesma e todos entendem, porque a linguagem é a do amor que transcende todas as barreiras de raça, credo e política. (At 2,1-11)
Em Babel, a língua separa e trouxe confusão e desunião entre os povos, mas agora o Pentecostes cristão nos unem e nos faz irmãos uns dos outros com toda efusão do Espírito Santo que nos anima a sermos corajosos e conscientes cristãos no mundo tão dividido por guerras, por ideologias humanas e materialistas. A linguagem que nos une deve ser o amor que tudo pode, que compreende, que tudo partilha, que tudo é solidário, tudo perdoa e tudo constrói a civilização do amor. Assim a Igreja é a comunidade do amor.
João em 20,19-23 nos mostra que o Dom do Espírito Santo acontece no dia da Páscoa. O lugar da noite, do medo e desamparo foram removidos com a presença de Cristo quando sopra o Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos e eles se enchem de alegria pela presença de Jesus que traz a paz verdadeira e hoje o mundo carece dessa paz porque deixa Jesus na sala de visita e não o deixa ser participante ativo na família reunida. É na participação da mesa e nos encontros que encontramos a força do Espírito Santo que nos enche de amor, de compreensão mesmo na dor e no sofrimento humano que abala a toda humanidade.
Que as nossas casas permitem que Cristo entre na forma da Palavra de Deus, no convívio fraterno e na fração do pão. Não se pode ter Jesus ou querer vê-lo se não defendemos a vida em todas as suas fases e nem ficar omissos diante de tantas mortes que podem ser evitadas tanto na assistência sanitária como nas atitudes humanas a favor delas. Não pode ter e nem ser Igreja sem se comprometer com outro na vivência comunitária, na oração e na solidariedade do pão partido
Que esta liturgia nos inflame do Espírito Santo e que possamos ser missionários católicos ambulantes carismáticos em todas as partes do mundo que precisa de nossa presença e de nossa ajuda para que Jesus seja de fato alguém presente sempre na vida de todos.
Tudo por Jesus nada sem Maria
Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha
domingo, 9 de maio de 2021
Jesus nos pede: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”
Jesus nos pede: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”
Queridos irmãos e irmãs, a liturgia deste domingo nos convida a contemplar o amor de Deus manifestado de modo admirável na pessoa humana de todos os tempos. Deus se torna real em Jesus Cristo nos seus gestos e nas palavras que ele fez no dia a dia da sua vida pública. Sabemos que os discípulos foram as primeiras testemunhas e missionários dele no mundo. Pelo nosso batismo devemos ser o missionário da palavra e com gestos de amor.
No livro dos Atos dos Apóstolos, vemos a gratuidade da salvação de Deus, pois um pagão recebeu a Palavra de Pedro, aceitou, creu no nome de Jesus e pediu o Batismo, assim toda a família foi batizada. Deus quer entrar em cada coração humano, transformando a vida em algo extraordinário na simplicidade de uma flor e na beleza de um jardim florido (cf. At 10,25-26.34-35.44-48)
Na primeira carta de João nos afirma de modo pleno que Deus é amor e isso foi concretizado em Cristo. Durante toda a História da nossa salvação Deus esteve ao nosso lado, nos confortando e nos levantando nas quedas. Deus jamais abandonou seu povo sofrido e marginalizado no sistema político religioso e econômico social. O amor de Deus deve estar encarnado no coração do homem para ser o bálsamo que ajuda, consola e solidariza com rodos, principalmente com os, mas desvalidos de nossa sociedade. Infelizmente pelas nossas atitudes egoístas, moralistas e tradicionais, muitas vezes transmitimos um Deus diferente do que Ele é, e isso faz com que muitos não querem Deus desses tipos de religiosidade que mais atrapalham do que ajudam as pessoas. (cf. 1 Jo 4,7-10)
O evangelista João mostra Jesus orientado os seus discípulos para o caminho que devia percorrer no mundo para testemunhar que o amor de Deus é infinito no meio dos homens e a sua misericórdia se estendem a todos que o querem.
O contexto é a última ceia de Jesus como os apóstolos, aqui está o discurso da despedida de Jesus antes de ser preso, de ser maltratado e ser cruelmente morto na cruz. Jesus chama os discípulos de amigos, pois eles já sabem quem é Jesus e a sua realidade de autenticidade que se fez nos seus gestos e atitudes. Jesus não se mistura com os gananciosos e nem com os poderosos daquele tempo para tirar vantagens e dominar o povo. Hoje vemos que muitos usam da religião e da política para manipular e ter um povo sem iniciativa e passivo diante de tantas dificuldades, achando que tudo é normal e natural e ainda pior achando que nasceram para sofrer e se pobres sem solução.
Agora mais do que nunca precisamos de missionários autênticos que misture com o povo sendo um Cristo para dar palavra de esperança e lutar por melhorias, gritando aos telhados que a injustiça mata e destrói a humanidade toda.
Jesus nos pede para ser autênticos missionários sem placas de religião, mas sendo um bom samaritano em lugar a onde mais necessitam de nossa ajuda. O Papa Francisco nos pede para ser a Igreja de saída que leva Jesus vivo como Ele é para todos.
É Jesus que nos chama e nos envia e nos capacita para a missão, e deste modo acreditamos que Ele estará conosco para que a sua Palavra que tudo transforma esteja em todos os cantos da terra. (cf. Jo 15,9-17)
No Regina Coeli deste domingo Francisco reafirmou que “amar como o Senhor nos ama significa apreciar a pessoa que está ao nosso lado e respeitar sua liberdade, amá-la como ela é, não como queremos que fosse”. Ainda nosso Papa falou: “Estes caminhos enganosos de “amor” – continuou o Papa, nos afastam do amor do Senhor e nos levam a nos tornarmos cada vez mais egoístas, narcisistas e prepotentes.
“E a prepotência leva a uma degeneração do amor, a abusar dos outros, a fazer a pessoa amada sofrer. Penso no amor doentio que se transforma em violência - e em quantas mulheres são vítimas disso hoje em dia das violências. Isto não é amor”.
Amar como o Senhor nos ama – destacou Francisco - significa apreciar a pessoa que está ao nosso lado e respeitar sua liberdade, amá-la como ela é, não como queremos que fosse; como é, gratuitamente.” (Cf. https://www.vaticannews.va/pt/mundo/news/2021-05/papa-colocar-se-disposicao-dos-outros-amando-regina-coeli.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT)
“Em última análise, Jesus nos pede para permanecermos no seu amor, para habitar em seu amor, não em nossas ideias, não no culto de nós mesmos; quem habita no culto de si mesmo, habita no espelho...Sempre a olhar-se. Pede-nos para sair da pretensão de controlar e administrar os outros. Não controlar, mas servir. Mas abrir o coração aos outros, isto é amor, doar-se aos outros”.
Que esta liturgia nos ajude a sermos agentes do amor verdadeiro que está no nosso coração e que esse amor de Deus seja transborda como aroma e perfume que irradiam em todos os lugares que estivermos atuando. Deus abençoe a todos.
Tudo por Jesus nada sem Maria!!!
Jose B. Schumann Cunha