ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 28 de junho de 2015

"Cremos que Jesus pode curar?"



Papa no Angelus: "Cremos que Jesus pode curar?"



Texto completo. Neste domingo, Francisco destaca que quem estiver desesperado e extenuado, se confiar em Jesus e no seu amor pode recomeçar a viver

Por Redação

Cidade do Vaticano, 28 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

Apresentamos as palavras pronunciadas pelo Santo Padre Francisco antes de rezar a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de hoje apresenta a história da ressurreição de uma jovem de doze anos de idade, filha de um dos chefes da sinagoga, que cai aos pés de Jesus e lhe implora: "Minha filhinha está nas últimas; Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva" (Marcos 5,23). Nesta oração nós sentimos a preocupação de todos os pais pela vida e pelo bem de seus filhos. Mas também sentimos a grande fé que este homem tem em Jesus. E quando chega a notícia de que a menina está morta, Jesus diz: "Não temas, crê somente" (v 36). Nos dá coragem estas palavras de Jesus! Ele diz também a nós, tantas vezes: "Não temas, crê somente". Ao entrar em casa, o Senhor manda embora todas as pessoas que choram e gritam, se dirige à jovem morta e diz: "Menina, eu te digo: levanta-te!" (V. 41). No mesmo instante, a menina se levantou e começou a andar. Aqui se vê o poder absoluto de Jesus sobre a morte física, que para Ele é como um sono do qual se pode despertar.

Nesta narração, o Evangelista insere outro episódio: a cura de uma mulher que há doze anos sofria de perda de sangue. Por causa desta doença que, de acordo com a cultura da época, a tornava "impura", ela deveria evitar todo contato humano: pobrezinha, estava condenada a uma morte civil. Esta mulher anônima, em meio à multidão que segue Jesus, diz: "Se ao menos eu tocar suas roupas, serei salva" (v. 28). E assim acontece: a necessidade de ser libertada a impulsiona a ousar e a fé "rasga”, por assim dizer, de Jesus a cura. Quem crê "toca" em Jesus e obtém dele a graça que salva. A fé é isso: tocar Jesus e tirar-lhe a graça que salva. Nos salva, salva a nossa vida espiritual, nos salva de muitos problemas. Jesus percebe isso e, em meio à multidão, procura o rosto da mulher. Ela aproxima-se trêmula e Ele diz: "Minha filha, a tua fé te salvou" (v. 34). É a voz do Pai Celeste que fala em Jesus: "Filha, você não é amaldiçoada, você não é excluída, você é minha filha". E cada vez que Jesus vem a nós, quando vamos a Ele com fé, nós ouvimos do Pai: "Filho, você é meu filho, você é minha filha! Você está curado, você está curada. Eu perdoo tudo e todos. Eu curo tudo e todos".

Estes dois episódios - a cura e a ressurreição - têm um único centro: a fé. A mensagem é clara, e pode ser resumida em uma pergunta: cremos que Jesus pode curar e pode nos despertar da morte? Todo o Evangelho é escrito à luz desta fé: Jesus ressuscitou, ele venceu a morte, e por causa desta vitória também nós ressuscitaremos. Esta fé, que para os primeiros cristãos era segura, pode obscurecer-se e tornar-se incerta, a ponto de alguns confundirem ressurreição com reencarnação. A Palavra de Deus deste domingo nos convida a viver na certeza da ressurreição: Jesus é o Senhor, Jesus tem poder sobre o mal e sobre a morte, e quer nos levar para a casa do Pai, onde reina a vida. E lá nos encontraremos, todos nós que estamos aqui na Praça hoje, nos encontraremos na casa do Pai, na vida que Jesus nos dará.

A Ressurreição de Cristo age na história como princípio de renovação e de esperança. Quem estiver desesperado e extenuado, se confiar em Jesus e no seu amor pode recomeçar a viver. Começar uma nova vida, mudar de vida é uma forma de ressurgir, de ressuscitar. A fé é uma força de vida, dá plenitude à nossa humanidade; e quem crê em Cristo, deve ser reconhecido por promover a vida em qualquer situação, por possibilitar a todos, especialmente aos mais vulneráveis, o amor de Deus que liberta e salva.

Peçamos ao Senhor, por intercessão de Nossa Senhora, o dom de uma fé forte e corajosa, que nos impulsiona a ser difusores de esperança e de vida entre nossos irmãos.

(Depois do Angelus)

Queridos irmãos e irmãs,

Saúdo todos vocês, romanos e peregrinos!

Saúdo em particular os participantes da manifestação "Uma terra, uma família humana". Incentivo a colaboração entre pessoas de diferentes religiões e associações para a promoção de uma ecologia integral. Agradeço FOCSIV, OurVoices e outros organizadores e desejo um bom trabalho aos jovens de diferentes países que nestes dias debatem sobre o cuidado da casa comum.

Vejo tantas bandeiras bolivianas! Saúdo cordialmente aos grupos de bolivianos residentes na Itália, que trouxeram até aqui algumas imagens da Virgem mais representativas do seu país. Nossa Senhora de Urcupiña, Nossa Senhora de Copacabana, e tantas outras. Na próxima semana estarei com vocês na sua pátria. Que a Nossa Mãe do Céu os proteja. Saúdo também o grupo de jovens de Ibiza que se preparam para receber a Confirmação. Peço que rezem por mim.

Saúdo as mulheres escoteiras. Essas mulheres são tão corajosas, tão corajosas, e fazem tanto bem! São as mulheres escoteiras da Conferência Católica Internacional. Renovar-lhes o meu encorajamento. Merci beaucoup à vous!

Saúdo os fiéis de Novoli, o coral polifônico de Augusta, os jovens de algumas paróquias da diocese de Pádua que receberam a Confirmação; os "Avós de Sydney", associação de imigrantes idosos na Austrália que vieram aqui com os seus netos; as crianças de Chernobyl e as famílias de Este e Ospedaletto que os hospedam; os ciclistas e motociclistas de Cardito e amantes de carros antigos.

Desejo a todos um bom domingo e um bom almoço. Por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Até breve!

sábado, 27 de junho de 2015

“Não se pode fazer comunidade sem proximidade”

Homilia do Papa: “Não se pode fazer comunidade sem proximidade”

Nesta sexta-feira, o Santo Padre convida a um exame de consciência: “Eu sei aproximar-me?”. Tenho “coragem de tocar os marginalizados?”

Por Redação

Cidade do Vaticano, 26 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

Os cristãos devem se aproximar e estender a mão àqueles que a sociedade tende a excluir, como fez Jesus com os marginalizados de seu tempo. Isso faz da Igreja uma verdadeira comunidade. Afirmou o Papa Francisco em sua homilia na capela da casa Santa Marta, nesta sexta-feira.

O Papa recordou que Jesus foi o primeiro a sujar as mãos tocando os leprosos. Por isso, a Igreja ensina que "não se pode fazer comunidade sem proximidade". Esta manhã, o Papa centralizou sua homilia no protagonista Evangelho de hoje, o leproso que corajosamente se prostra diante de Jesus e diz: "Senhor, se queres, tens poder para purificar-me". Jesus o toca e o cura.

E o milagre acontece sob os olhos dos doutores da lei, para os quais, o leproso era um "impuro". “A lepra – explicou Francisco – era uma condenação perpétua” e “curar um leproso era tão difícil como ressuscitar um morto”. E, por isso, eram marginalizados. Jesus, ao invés, estende a mão ao excluído e demonstra o valor fundamental de uma palavra, “proximidade”.

“Não se pode fazer comunidade sem proximidade. Não se pode fazer a paz sem proximidade. Não se pode fazer o bem sem aproximar-se".  Jesus poderia simplesmente dizer: ‘Cura-te’. Mas não, ele se aproximou e o tocou. Além disso - acrescentou o Papa - "quando Jesus tocou o impuro, se tornou também ele impuro".

Este é o mistério de Cristo: "toma para si as nossas sujeiras, as nossas impuridades". Francisco destacou que Paulo explica isso muito bem: “‘Tendo a condição divina, não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente, mas se esvaziou a si mesmo. Depois, Paulo foi além: ‘Fez-se pecado. Jesus se faz pecado. Excluiu-se, tomou para si a nossa impuridade para aproximar-se de nós’”.

Francisco também falou sobre o convite que Jesus faz ao leproso curado: "Não diga nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta prescrita por Moisés".  E explicou que além da proximidade, para Jesus é fundamental também a inclusão.

"Tantas vezes penso que seja, não digo impossível, mas muito difícil fazer o bem sem sujar as mãos” - disse Francisco - . “E Jesus se sujou. Proximidade. E depois vai além. Ele disse: ‘Mostra-te aos sacerdotes e faz o que se deve fazer quando um leproso é curado. Quem estava excluído da vida social, Jesus inclui: inclui na Igreja, inclui na sociedade … ‘Vai, para que todas as coisas sejam como devem ser’. Jesus jamais marginaliza alguém, jamais. Marginaliza si mesmo, para incluir os marginalizados, para nos incluir, pecadores, marginalizados, com a sua vida”.

Francisco destacou o estupor que Jesus suscita com suas afirmações e seus gestos. "Quantas pessoas seguiram Jesus naquele momento" e "seguem Jesus na história porque ficam impressionadas com seu modo de falar”.

Ele também mencionou as pessoas que olham de longe e não entendem. “Quantas pessoas olham de longe, mas com o coração mau, para testar Jesus, para criticá-lo, para condená-lo... E quantas pessoas olham de longe porque não têm a coragem que ele teve de se aproximar, mas têm tanta vontade de fazê-lo!” – Exclamou Francisco-.

Jesus estendeu a mão a todos, fazendo-se um de nós, como nós, pecadores como nós, mas sem pecado, mas sujo dos nossos pecados. E esta é a proximidade cristã.

Ao concluir sua homilia, o Papa recordou que a proximidade é uma bela palavra, que convida a um exame de consciência: “Eu sei aproximar-me?”. Tenho “ânimo, força, coragem de tocar os marginalizados?”. Uma pergunta que diz respeito também “à Igreja, às paróquias, às comunidades, aos consagrados, aos bispos, aos padres, a todos”.

Rádio Vaticano/ Adaptado por Zenit

domingo, 21 de junho de 2015

Homilia do Papa: O amor de Deus nos renova e nos recria

Homilia do Papa: O amor de Deus nos renova e nos recria

Na missa celebrada em Turim, Francisco explica o amor que não desilude, reafirmando a proximidade, a paciência, a esperança de quem nunca desiste, mesmo diante da infidelidade humana

Por Redação

Roma, 21 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

“A salvação pode entrar no coração se nos abrirmos à verdade e reconhecermos os nossos erros, os nossos pecados; desta forma, fazemos uma bela experiência daquele que veio, não para os sãos, mas para os enfermos; não para os justos, mas para os pecadores.”

Foi o que disse o Papa Francisco durante a homilia pronunciada diante de uma multidão de pessoas que se aglomerava na Piazza Vittorio, em Turim, a maior praça da Europa.

Ele citou pelo menos três características do amor de Deus: é um amor fiel, que recria tudo, estável e seguro.

Um amor fiel que não desiste "mesmo diante da nossa infidelidade".

"Jesus - disse o Papa - permanece fiel, mesmo quando erramos e nos espera para nos perdoar: Ele é o rosto do Pai misericordioso”.

De acordo com o Papa reconhecer as próprias limitações, as próprias fraquezas “é a porta que abre ao perdão de Jesus, ao seu amor, que nos renova em profundidade e nos recria".

Mas como reconhecer os sinais de que fomos "renovados"?

O Papa Francisco explicou que os sinais são vistos quando somos capazes de reconhecer que “fomos despojados das vestes deterioradas e velhas dos rancores e das inimizades, para sermos revestidos da túnica limpa da mansidão, da benevolência, do serviço aos outros, da paz no coração, daquela própria dos filhos de Deus". 

A força do amor de Deus se revela quando chegamos ao ponto de dizer: "Eu não posso fazer mais".

O Papa alertou todos e especialmente os cristãos sobre o risco de “deixar-nos paralisar pelo medo do futuro, buscando a certeza em coisas que passam ou em modelos de uma sociedade obtusa, que tende mais a excluir, que incluir”.

“O Senhor vai ao encontro do homem e lhe oferece a rocha do seu amor, à qual cada um pode ancorar, na certeza de não sucumbir”.

Falando sobre a região de Turim e Piemonte, Francisco recordou que ali cresceram muitos santos e beatos, que acolheram o amor de Deus e o difundiram pelo mundo: "santos livres e obstinados!”

O Papa pediu ao Senhor que nos ajude a "sermos sempre conscientes deste amor ‘rochoso’, que nos torna capazes de não nos fechar, diante das dificuldades, mas de enfrentar a vida com coragem e encarar o futuro com esperança".

Por fim, o Santo Padre confiou todos, especialmente os irmãos e irmãs que fogem das guerras e das perseguições em busca de paz e liberdade, à Nossa Senhora Consoladora. “Que ela nos ajude a seguir o Senhor, a sermos fiéis, a deixar-nos renovar, a permanecermos firmes no amor”. 

Papa Francisco venera o Santo Sudário em Turim

Papa Francisco venera o Santo Sudário em Turim

Queridos irmãos e irmãs, estamos diante do Sudário onde ficou marcado a imagem de Jesus Cristo morto. Ali consta toda demostração da Paixão e sofrimento de Cristo. São marcas que nos revelam a verdadeira passagem de Jesus em nosso meio e ainda retrata o que foi o sofrimento de Jesus para redimir a humanidade toda. Isso nos fala muito, pois a nossa fé é em Cristo que sofre, morre e ressuscita por todos. A humanidade precisa entender de modo inequivoco que Deus é sempre a favor do homem e quer salvá-lo. Deus não é vingativo, mas misericordioso, assumiu as nossas dores, fragilidades e pecados para que possamos serlibertos pelo amor misericordioso, que é infinito, por nós. O amor é derramado de modo abundante a todos, pois é uma fonte inesgotavel mesmos quando usufruimos dela. (teologo Jose Benedito Schumann Cunha) 

O Papa visitou a Catedral de São João Batista e rezou por alguns minutos diante da imagem impressa no linho com todas as características da Paixão de Cristo

Por Redação

Roma, 21 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

Neste domingo pela manhã, o Papa Francisco rezou junto ao Santo Sudário em Turim, onde à  tarde prestará homenagem a Dom Bosco por ocasião do bicentenário de seu nascimento.

Após o encontro com o mundo do trabalho, o Santo Padre foi até a Catedral de Turim, São João Batista, onde o Santo Sudário está guardado. O Pontífice se dirigiu em profundo recolhimento ao altar principal onde rezou por alguns minutos em silêncio, com as luzes apagadas, diante da imagem impressa no linho com todas as características da Paixão de Cristo. Depois, ele rezou junto ao altar dedicado ao Beato Pier Giorgio Frassati.

O Papa estava acompanhado por algumas religiosas de clausura, padres das casas do clero da diocese de Turim, capítulo dos cônegos, membros da Comissão do Sudário, alguns parentes do jovem beato italiano, Cardeal Poletto, Bispos da Conferência Episcopal do Piemonte-Valle d'Aosta e a comitiva papal.

Em 2013, por ocasião da exposição extraordinária do Santo Sudário, o Santo Padre por meio de vídeo mensagem afirmou que o rosto desfigurado do Sudário se assemelha ao de muitos homens e mulheres "feridos por uma vida não respeitadora da sua dignidade, por guerras e violência que se abatem sobre os mais fracos", mas que convida à esperança.

Na ocasião, Francisco disse que o rosto tem os olhos fechados – de um defunto-, mas “misteriosamente, olha-nos e, no silêncio, fala-nos”.

“Como é possível que os fiéis queiram parar diante deste ícone de um homem flagelado e crucificado?", indagou o Papa. "Porque o homem do Sudário nos convida a contemplar Jesus de Nazaré", explicou.

A Igreja não se pronunciou oficialmente sobre a autenticidade do Sudário que, durante anos, foi submetido a testes científicos. Alguns estudos históricos e científicos afirmam que o Sudário é do tempo de Cristo, outros, tais como teste do carbono-14 concluiu que era da época medieval (1260-1390). Ainda hoje a ciência não explica a impressão do rosto e do corpo maltratado de um homem que sofreu os traumas físicos da crucificação. A imagem é mais clara através do negativo, efeito que foi descoberto pelo fotógrafo amador Secondo Pia.

fonte: www.zenit.org 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Os dados científicos da nova encíclica do Papa não são dados de fé, mas sim fruto de um sério estudo

Os dados científicos da nova encíclica do Papa não são dados de fé, mas sim fruto de um sério estudo

Em entrevista coletiva na sede da CNBB, Dom Sergio da Rocha, presidente da conferência dos bispos, responde a ZENIT sobre a nova encíclica do Papa Francisco. Bispos publicam nota sobre ideologia de gênero e Redução da Maioridade penal.
Por Thácio Siqueira
Brasília, 18 de Junho de 2015 (ZENIT.org)
Laudato si’, não é nem latim e nem italiano, mas, língua usada por São Francisco de Assis para compor o famoso Cântico das Criaturas, falou Dom Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, em coletiva de imprensa nessa tarde, logo após a primeira reunião do Consep com a nova presidência da conferência dos bispos.
No começo da coletiva, o vice-presidente, Dom Murilo Krieger, leu duas notas dos bispos que foram publicadas hoje. Uma referente à inclusão da ideologia de gênero nos Planos de Educação (leia aqui), na qual os bispos condenam o Estado "querer introduzir esta proposta de forma silenciosa nos Planos Municipais de Educação", sem promover discussão na sociedade civil, reafirmando, assim, o "papel insubstituível dos pais na educação de seus filhos"; e a segunda nota referente ao polêmico tema da Redução da Maioridade Penal (leia aqui), na qual os bispos se posicionam contra a redução da idade penal, e afirmam que o melhor caminho são "ações preventivas como educação de qualidade, em tempo integral; combate sistemático ao tráfico de drogas", entre outros.
No entanto, o grande tema que mais ocupou as perguntas dos jornalistas presentes nessa tarde, foi a recém lançada encíclica do Papa. Dom Sergio da Rocha tomou a palavra e explicou para os jornalistas os pontos principais da encíclica. 
Perguntado por ZENIT sobre se os dados científicos utilizados para elaborar a encíclica papal, com relação ao aquecimento global, de certa forma, não tinham sido dogmatizados pelo documento papal, cortando assim qualquer outra compreensão e interpretação de tais dados científicos, Dom Sergio respondeu que “Os dados científicos servem de apoio” ao documento, e “foram criteriosamente analisados e acolhidos”. Explicou também que “é bom ter presente que para que esta encíclica fosse publicada, elaborada, várias iniciativas foram realizadas, houve até encontros lá em Roma”, disse. “Dom Leonardo chegou até a participar de um desses encontros, onde grupos diversos, a pedido ou não do Santo Padre, procuraram refletir, procuraram conhecer melhor a realidade que está aí”.
Porém, segundo o prelado, “Fica claro que os dados científicos servem de base para uma análise mais aprofundada da realidade”. “Agora – esclareceu – nós sabemos muito bem que por mais que sejam seguros os dados científicos, sempre existem questionamentos, já que a ciência também tem, muitas vezes, não só dinamismo, mas tem também uma certa pluralidade na compreensão dos fenômenos”.
E continuou “Agora, aqui (nessa encíclica, ndr) eu tenho certeza que os dados que se utilizam são dados dos mais seguros possíveis”, garante. Todavia, “claro que não se pode excluir algum tipo de questionamento”. Até mesmo porque “por mais científica que fosse uma apresentação, de alguma maneira sempre há espaço para algum tipo de questionamento. De certa forma compreende-se, pela própria natureza do conhecimento científico, que não é algo dogmatizado”. E reitera que “O que há de dogma mesmo é aquilo que é dogma propriamente dito, aquilo que tem a ver com verdades da fé, com verdades que dizem respeito à Palavra de Deus”.
Por fim, o prelado, respondendo a ZENIT, convidou a acolher a nova encíclica com espírito de fé: “deve-se acolher também aquilo que se apresenta, uma vez que é fruto de um estudo criterioso, um estudo sério a respeito desses problemas ambientais. Ou seja, não é apenas opinião". Afirmou, então, que os dados científicos servem "de apoio para a compreensão da realidade porque, para se fazer uma análise ética ou teológica da realidade sempre é importante conhecê-la bem”, disse. E concluiu dizendo que “Eu diria que é uma contribuição, mas não é isso o principal para nós” e, mais uma vez, pediu que se acolha o documento pontifício “como encíclica, como ensinamento magisterial do Papa”, fazendo “isso sempre nessa perspectiva de fé, de luz da Palavra de Deus que está presente aqui na encíclica”, afirmou.
Outro jornalista presente perguntou ao prelado qual seria a maior novidade teológica da encíclica, ao que também Dom Sergio respondeu dizendo que “é uma revalorização da teologia da criação”, segundo o prelado “muito justa e muito necessária nos dias de hoje”. Recordou o livro do Gênesis, “Dois conceitos chaves – claro que não estão exclusivamente na encíclica, mas que aqui recebe um lugar todo especial", disse. "São aqueles dois verbos que se encontram no Gênesis, lá no relato da criação, que são os verbos ‘cultivar’ e guardar’”. E explicou que se trata da “ideia de que nós não somos senhores, nós somos administradores. Deus confiou aos cuidados do ser humano a administração de algo que não nos pertence. Deus é que é o Senhor, Ele que é o Criador, o Senhor da natureza”. Portanto, a nós ele confiou o cuidado da natureza, o cuidado da criação, o cuidado da casa comum”. “Esse – declarou Dom Sergio – é um dos pontos principais que pode não ser novidade absoluta, no sentido de nunca ter sido dito, mas em uma encíclica adquire um lugar bastante relevante, um espaço, praticamente uma chave de compreensão da espiritualidade ecológica ou da conversão ecológica que o Papa diz”.
fonte: www.zenit.org

Laudato si’: a primeira encíclica com dados científicos


Laudato si’: a primeira encíclica com dados científicos

O documento coloca a ciência e o progresso ao lado da fé e da ética. Os dados estão inteiramente de acordo com a melhor pesquisa atual

Por Sergio Mora

Roma, 18 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

O professor Hans Joachim Shcellnhuber, do Instituto Potsdam para o Impacto climático e investigação, tomou a palavra durante a apresentação da encíclica, “a primeira encíclica que tem um power point na na apresentação", disse.

Acrescentou que o documento papal é inteiramente único porque colocas duas vozes poderosas no mundo, de um lado a fé e de outro lado a ciência.

Às vezes se diz, indicou o cientista, que “o clima mudou sempre nas épocas, mas a mudança recente é muito diferente da dos milênios anteriores”; e mostrando alguns gráficos mostrou, por exemplo, a estabilidade dos últimos 11 mil anos, o que permitiu a agricultura, entre outras coisas.

Disse que as mudanças climáticas dependem dos três fatores, da órbita da Terra, às vezes diferente, em torno do Sol, as pequenas mudanças de grau no seu eixo, o que causa alterações. E depois, o efeito estufa.

Também mostrou um gráfico com o resumo de milhares de dados sobre os mares. Começou da revolução industrial na Inglaterra e na Europa, à qual se acrescenta Estados Unidos, a assim o resto dos países, chegando à China que em 20 anos coincide com o resto pelas emissões de carbono

Em seguida, mostrou a diferença de receitas e a relação de produção de carbono relacionado com a riqueza. Os pobres contaminam pouco, indicaram os gráficos, enquanto que o consumo dos países ricos muitíssimo mais. Concluiu que para o final deste século se espera um aquecimento de até 5-7 graus.

Tudo o que está na encíclica está de acordo com as provas científicas, disse o estudioso.

Foram apresentados também gráficos sobre a temperatura, que para o final do século se calcula um aquecimento que somente se registrou em milênios. E disse que o aquecimento global não será gradual, mas que será rápido e irreversível.

Tem-se o consenso de que a temperatura pode subir dois graus, recordou. E acrescentou: “Pensem na temperatura do corpo, e dois graus já é febre, cinco a mais e a pessoa está morta. Indicou que “afetará as selvas e perderemos as calotas polares". Considerou que estamos muito além do ponto de retorno.

O aumento de um metro no nível do mar, se continuar assim, produziria, por exemplo, os furacões. E enquanto 20 mil anos atrás tínhamos 4 graus a menos, no final deste século poderão ser 5 ou 7 a mais.

A encíclica traz duas grandes mensagens, concluiu o professor do Santa Fe Institute for Complex Systems Research dos EUA: um é o da razão e do progresso e outro o da ética, da fé e dos valores cristãos. Por isso ao Cântico das Criaturas é adicionado a parte científica.

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fonte: www.zenit.org

Uma encíclica contra o egoísmo


Uma encíclica contra o egoísmo

Breve coletânea de frases significativas da recém lançada encíclica do Papa Francisco: Louvado Seja. Um convite à leitura.

Por Thácio Siqueira

Brasília, 18 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

Uma encíclica contra o aborto:

"Em vez de resolver os problemas dos pobres e pensar num mundo diferente, alguns limitam-se a propor uma redução da natalidade". LS 50

"Uma vez que tudo está relacionado, também não é compatível a defesa da natureza com a justificação do aborto". LS, 120

"Além disso, é preocupante constatar que alguns movimentos ecologistas defendem a integridade do meio ambiente e, com razão, reclamam a imposição de determinados limites à pesquisa científica, mas não aplicam estes mesmos princípios à vida humana. Muitas vezes justifica- -se que se ultrapassem todos os limites, quando se faz experiências com embriões humanos vivos. Esquece-se que o valor inalienável do ser humano é independente do seu grau de desenvolvimento. Aliás, quando a técnica ignora os grandes princípios éticos, acaba por considerar legítima qualquer prática". LS, 136

Uma ecologia a favor da vida:

"Quando, na própria realidade, não se reconhece a importância dum pobre, dum embrião humano, duma pessoa com deficiência – só para dar alguns exemplos –, dificilmente se saberá escutar os gritos da própria natureza. Tudo está interligado". LS, 117

Uma encíclica contra a Ideologia de gênero:

Aprender a aceitar o próprio corpo, a cuidar dele e a respeitar os seus significados é essencial para uma verdadeira ecologia humana. Também é necessário ter apreço pelo próprio corpo na sua feminilidade ou masculinidade, para se poder reconhecer a si mesmo no encontro com o outro que é diferente. Assim, é possível aceitar com alegria o dom específico do outro ou da outra, obra de Deus criador, e enriquecer-se mutuamente. Portanto, não é salutar um comportamento que pretenda « cancelar a diferença sexual, porque já não sabe confrontar-se com ela» LS 155

O ser humano não é dominador absoluto da terra:

"A melhor maneira de colocar o ser humano no seu lugar e acabar com a sua pretensão de ser dominador absoluto da terra, é voltar a propor a figura de um Pai criador e único dono do mundo; caso contrário, o ser humano tenderá sempre a querer impor à realidade as suas próprias leis e interesses". LS 75

Ecologia Humana:

"É louvável a ecologia humana que os pobres conseguem desenvolver, no meio de tantas limitações. A sensação de sufocamento, produzida pelos aglomerados residenciais e pelos espaços com alta densidade populacional, é contrastada se se desenvolvem calorosas relações humanas de vizinhança, se se criam comunidades, se as limitações ambientais são compensadas na interioridade de cada pessoa que se sente inserida numa rede de comunhão e pertença". LS 148

Coerência ao defender os animais

"É evidente a incoerência de quem luta contra o tráfico de animais em risco de extinção, mas fica completamente indiferente perante o tráfico de pessoas, desinteressa-se dos pobres ou procura destruir outro ser humano de que não gosta". LS, 91

A dignidade do ser humano na criação de Deus:

"Não pode ser autêntico um sentimento de união íntima com os outros seres da natureza, se ao mesmo tempo não houver no coração ternura, compaixão e preocupação pelos seres humanos" LS 91

Maltratar os animais vai contra a dignidade humana:

"O coração é um só, e a própria miséria que leva a maltratar um animal não tarda a manifestar-se na relação com as outras pessoas". LS, 92

«o homem moderno não foi educado para o recto uso do poder»

"Tende-se a crer que «toda a aquisição de poder seja simplesmente progresso, aumento de segurança, de utilidade, de bem-estar, de força vital, de plenitude de valores»,83 como se a realidade, o bem e a verdade desabrochassem espontaneamente do próprio poder da tecnologia e da economia. A verdade é que «o homem moderno não foi educado para o recto uso do poder»". LS, 105

fonte: www.zenit.org

Da encíclica, uma exortação para sermos guardiões responsáveis da Terra

Da encíclica, uma exortação para sermos guardiões responsáveis da Terra

Documento pontifício publicado hoje consegue grande acolhimento na Itália



Por Redação

Vaticano, 18 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

Poucas horas depois do lançamento, já desfrutava de grande sucesso a encíclica do papa Francisco dedicada à criação e intitulada “Laudato Sì”. Entre as reações positivas, a do bispo de Assis, dom Domenico Sorrentino, que enfatiza o grande envolvimento da cidade-berço de São Francisco, o inspirador do título e dos conteúdos do documento papal.

“Temos a responsabilidade de testemunhar esta grande mensagem seguindo os passos de São Francisco. O papa deu indicações globais que nos permitem identificar o sentido da vida, o sentido da familiaridade, das relações e do bem comum. Se não tivermos este sentido global do mundo e da família, não progrediremos", declarou o bispo.

Dom Sorrentino publicará em breve o livro "Uma ecologia integral, o Cântico do Irmão Sol e a encíclica do papa Francisco sobre a proteção da criação". No texto, o bispo destaca que "a ecologia integral não pode ficar na ecologia das coisas: oikos é a casa, oikos é a vida, a de todos os seres vivos, a da pessoa humana em todas as fases, da concepção até a morte (...) A oikologia que emerge do Cântico e que o papa Francisco recomenda é uma ecologia de 360​​°, uma ecologia ambiental e humana, espiritual e cultural, econômica e social".

O frei Domenico Paoletti (OFM), da Pontifícia Faculdade de Teologia "São Boaventura" - Seraphicum, também manifesta a sua grande admiração pela “amplitude e profundidade da encíclica do papa argentino, que requer uma leitura cuidadosa para evitar a banalização e a sujeição a alguma moda ideológica”.

“O fato de ser um documento muito esperado”, observa Paoletti, “já é um sinal de uma humanidade em busca de luz e de significado em meio a uma crise da qual a destruição do meio ambiente é um sinal e um efeito”. Em particular, ele se concentra no conceito de "ecologia integral", que "significa ecologia total, completa (em oposição a parcial, da qual está cheia certa cultura ambientalista ideológica). Não se pode separar o ambiente do homem e o homem de Deus se, de fato, se quer compreender e viver uma verdadeira ecologia integral: a ecologia humana e a ecologia ambiental caminham juntas, com Deus, para a plenitude e para um abraço total-integral em Deus".

Dom Bruno Forte: "A encíclica 'Laudato Sì' é um presente e uma provocação para toda a humanidade"

Dom Bruno Forte: "A encíclica 'Laudato Sì' é um presente e uma provocação para toda a humanidade"

Um guia para interpretar o documento histórico do papa Francisco e compreender a sua riqueza



Por Redação

Vaticano, 18 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

Na introdução da nova encíclica do papa Francisco, “Laudato Sì”, publicada pela editora italiana La Scuola, o bispo teólogo dom Bruno Forte analisa o texto em detalhes a fim de destacar não só a parte que chama a atenção para a situação do planeta e para a defesa dos pobres do mundo, mas, acima de tudo, a fim de identificar a real "espiritualidade ecológica" de que Francisco de Assis é testemunha eloquente.

"A relevância e a precisão da análise inicial do texto, a força da denúncia inclusive política que ele propõe, o rigor das razões para as propostas apresentadas, tanto teológicas e espirituais quanto racionais, bem como as implicações existenciais sugeridas, fazem desta encíclica um presente e uma provocação para toda a humanidade, da qual me parece que ninguém poderá escapar moralmente", diz a introdução de dom Forte.

Depois do texto integral da encíclica, seguem-se linhas-guias para leitura com autores de diferentes especialidades, como as de Piero Stefani, biblista que escreve sobre "um desafio, problemático em relação à criação e ao Criador, que, a partir desta encíclica, a Igreja pode e deve encarar", e as do historiador Roberto Rusconi, que interpreta a retomada da mensagem de São Francisco pelo papa a fim de propor um relacionamento saudável com a criação, sem esquecer as reflexões de Teilhard de Chardin, também presentes em documentos recentes dos jesuítas.

Seguem-se dois filósofos. O primeiro é o incrédulo Salvatore Natoli, que lê na encíclica um convite à "conversão da mente e do coração" na atualização do louvor que São Francisco faz das criaturas. Para ele, a "laudatio" do Pobrezinho de Assis é a declinação coerente das bem-aventuranças evangélicas, junto com um olhar para o nexo entre riqueza-poder e fome-sede de justiça.

Depois, vem o filósofo católico Dario Antiseri, que, partindo da reflexão econômica franciscana, chega aos privilégios e às distorções denunciadas na encíclica como portadoras de desigualdade. As outras análises da encíclica presentes nessa edição são do educador Fulvio De Giorgi, do jornalista Giovanni Santambrogio e do italianista Piero Gibellini, que estabelece ligações entre a Laudato Sì e o cântico de São Francisco na "leitura" do papa Francisco.

Para o historiador e educador Fulvio De Giorgi, a perspectiva bergogliana é uma "interseção de duas abordagens: uma franciscana, certamente mais pronunciada e óbvia, mas também uma jesuíta-teilhardiana"; a síntese espiritual entre as duas abordagens "está em Cristo Eucaristia". Após a visão geral de Giovanni Santambrogio sobre o meio ambiente e a natureza nos textos dos papas recentes, muito valorizados por Bergoglio, juntamente com os documentos de muitas conferências episcopais, vem um surpreendente ensaio do italianista Piero Gibellini, que analisa o Cântico como "um aviso para se guardar o dom da criação" e, ao mesmo tempo, um baluarte contra as heresias do seu tempo, que condenavam a natureza; um Cântico nascido historicamente também para expressar a "necessidade de perdão e da cobiçada paz, necessária para salvar o mundo e a alma". Quase uma "ponte" entre a encíclica e o iminente Jubileu da Misericórdia.

Laudato si': uma visão geral da encíclica

Laudato si': uma visão geral da encíclica

O documento é um compêndio extraordinário da doutrina social da Igreja sobre os grandes desafios da humanidade

Por Ivan de Vargas

Roma, 18 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

A Santa Sé tem apresentado nesta quinta-feira a nova encíclica do Papa Francisco, intitulada "Laudato si', sobre o cuidado da casa comum”, e que lida com questões relacionadas à ecologia e ao pleno desenvolvimento do gênero humano. Olhando as suas 187 páginas, o texto tem uma introdução, seis capítulos e duas orações finais.

No documento, o Santo Padre propõe uma ecologia integral, que incorpore claramente as dimensões humanas e sociais, inseparavelmente vinculadas com a situação ambiental. Nesta perspectiva, o Pontífice convida a empreender um diálogo honesto em todos os níveis da vida social, facilitando processos de tomada de decisão transparentes. E lembra que nenhum projeto pode ser eficaz se não for animado por uma consciência formada e responsável, sugerindo princípios para crescer nesse sentido a nível educacional, espiritual, eclesial, político e teológico.

No início da encíclica, o Papa recorda o "Cântico das Criaturas" de São Francisco de Assis para fazer uma chamada urgente para um novo diálogo sobre como se está construindo o futuro do planeta. Necessita-se de talentos e do envolvimento de todos – afirma – para reparar os danos causados ​​pelo abuso humano na criação de Deus.

No primeiro capítulo, dedicado ao "O que está acontecendo à nossa casa", o Santo Padre aborda a poluição e as alterações climáticas; a questão da água; a perda da biodiversidade; a deterioração da qualidade de vida humana e a degradação social; desigualdade planetária; as reações fracas; e a diversidade de opiniões que existem sobre estas questões.

No segundo capítulo, intitulado "O Evangelho da criação", o Papa refere-se à luz que oferece a fé; a sabedoria das histórias bíblicas; o mistério do universo; a mensagem de cada criatura na harmonia de toda a criação; uma comunhão universal; o destino comum dos bens; e o olhar de Jesus.

No terceiro capítulo, que trata da "Raiz humana da crise ecológica", Francisco fala sobre a tecnologia: criatividade e poder; a globalização do paradigma tecnocrático; a crise e consequências do antropocentrismo moderno.

No quarto capítulo, que trata de "uma ecologia integral", o Papa reflete sobre a ecologia ambiental, económico e social; ecologia cultural; a ecologia da vida cotidiana; o princípio do bem comum; e a justiça entre as gerações.

No quinto capítulo, intitulado "Algumas linhas de orientação e ação", o Santo Padre propõe o diálogo sobre o meio ambiente na política internacional; o diálogo para novas políticas nacionais e locais; o diálogo e a transparência nas tomadas de decisões; a política e economia em diálogo para a plenitude humana; e as religiões no diálogo com as ciências.

No sexto capítulo, dedicado à "Educação e espiritualidade ecológica", o Pontífice convida a apostar em um outro estilo de vida; por uma educação para a aliança entre a humanidade e o meio ambiente; e por uma conversão ecológica. Outros temas são: a alegria e a paz, o amor civil e político, os sinais sacramentais e os descanso da celebração, a Trindade e a relação entre as criaturas, a Rainha de toda a criação e mais além do sol.

O texto conclui com duas orações, uma que é oferecida para ser compartilhada com todos os que creem em “um Deus criador onipotente”, e a outra proposta para aqueles que professam a fé em Jesus Cristo, que rima com refrão “Laudato Si’”, que abre e fecha a encíclica.

O documento aborda a questão ambiental a partir de uma abordagem pastoral, tendo em conta diferentes aspectos. Nessa linha, alguns de seus temas são: a estreita relação entre os pobres e a fragilidade do planeta; a convicção de que no mundo tudo está conectado; a crítica ao novo paradigma e às formas de poder que surgem a partir da tecnologia; o convite a procurar outras formas de compreensão da economia e do progresso; o valor real de cada criatura; o sentido humano da ecologia; a necessidade de debates abertos e honestos; a grave responsabilidade da política internacional e local; a cultura do descarte e a proposta de um novo estilo de vida.

Em sua esperada encíclica, o Papa Francisco também proclama que a destruição da natureza é um pecado mortal moderno, não sem consequências graves. Porque Deus perdoa sempre, os homens às vezes, mas a terra não perdoa nunca. Ainda assim, salienta que nem tudo está perdido, porque os seres humanos, capazes de degradar-se até o extremo, podem também superar-se, voltar a eleger o bem e regenerar-se.

Na verdade, o texto é um compêndio extraordinário da doutrina social da Igreja sobre os grandes desafios sócio-culturais, político-econômicos e religioso-antropológicos que a humanidade enfrenta hoje e no futuro.

Laudato si', a nova encíclica apresentada no Vaticano

Laudato si', a nova encíclica apresentada no Vaticano

Porta-voz Lombardi: "Um documento que tem sido muito esperado por todos”. Cardeal Turckson: "Temos de abordar o problema de forma integral"

Por Sergio Mora

Roma, 18 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

Nesta quinta-feira, no Vaticano, foi apresentada a nova encíclica do Papa Francisco, Laudato si’, “Um documento muito esperado”, indicou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, o Pe. Federico Lombardi. Acrescentou que "há um mês o Papa começou a preparar a encíclica. O último passo foi enviar aos bispos do mundo o texto da encíclica, acompanhado de uma nota manuscrita e traduzida em vários idiomas. Encabeçado pelo IHS o Papa indicou aos bispos: “No vínculo da caridade e da paz, na qual nós vivemos, te envio a minha carta Laudato si’”.

Em seguida, o Cardeal Peter Turckson, apresentou os palestrantes que estavam ali presentes e reiterou que a encíclica tem o nome do Cântico das Criaturas, Laudato sii".

Que tipo de mundo queremos transmitir aos que virão depois de nós. Qual é o propósito de nossa vida? Se não nos colocamos estas perguntas de fundo, nossas preocupações ecológicas dificilmente terão consequências significativas.

Ressaltou que o Papa indica a necessidade de "mudar de rota assumindo um compromisso com a defesa da casa comum". Reconhece que há mais preocupação no mundo sobre a degradação ambiental, e que "o ser humano é capaz de intervir positivamente, nem tudo está perdido".

O conceito de "ecologia integral", está no centro da encíclica, disse o cardeal, porque o Papa convida a interagir com Deus, com os outros seres humanos e com a criação.

"Não há duas crises separadas, a ambiental e a social, mas uma mesma crise sócio-ambiental" e a solução pede para se abordar o problema de forma integral, integrando os excluídos. A íntima relação entre os pobres e a fragilidade do planeta e que tudo está profundamente interligado.

E um convite para entender de outra forma a economia e o progresso. Isso requer debates sinceros e honestos, e uma rejeição da cultura do descarte e propor outro modelo de vida.

Os seis capítulos delineiam um percurso preciso, disse o cardeal, partindo dos melhores dados científicos disponíveis, de modo a dar uma base concreta para o que se segue. E, assim, foi listando as particularidades dos vários capítulos.

O que pretende o Papa com a encíclica Laudato Si’?

O que pretende o Papa com a encíclica Laudato Si’?

O próprio Papa explica as motivações do documento e por que pede para toda a sociedade uma mudança de mentalidade e de comportamento

Por Rocío Lancho García

Roma, 18 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

O Santo Padre Francisco fez um apelo urgente para o dialogo sobre como estamos construindo o futuro do planeta porque “precisamos de um debate que nos una a todos, porque o desafio ambiental, que vivemos, e as suas raízes humanas dizem respeito e têm impacto sobre todos nós". Da mesma forma, adverte que as "soluções concretas para a crise ambiental acabam, com frequência, frustrados não só pela recusa dos poderosos, mas também pelo desinteresse dos outros".

Esta é a chamada particular do Papa em sua encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado da casa comum, publicada nesta quinta-feira.

Na introdução do documento, ao explicar as motivações para escrevê-lo, Francisco afirma que “o urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar". Reforçando essa visão otimista, Francisco garante que: "O Criador não nos abandona, nunca recua no seu projeto de amor, nem Se arrepende de nos ter criado".

Também recorda que a humanidade “ainda tem a capacidade de colaborar para construir a nossa casa comum". E assim, o Santo Padre incentiva e agradece a todos os que estão trabalhando para garantir a proteção da casa que compartilhamos.

No entanto, o Papa sublinha que as atitudes que bloqueiam os caminhos de solução, mesmo entre os crentes, “vão da negação do problema à indiferença, à resignação acomodada ou à confiança cega nas soluções técnicas", diz ele.

Por outro lado, o Papa diz que os jovens estão exigindo de nós uma mudança e se perguntam: “como é possível pretender construir um futuro melhor sem pensar na crise do ambiente e nos sofrimentos dos excluídos". O Santo Padre expressa a sua esperança de que este documento ajude a reconhecer a grandeza, a urgência e a beleza do desafio temos diante de nós.

Também dá algumas indicações sobre a estrutura da encíclica. Em primeiro lugar, faz “uma breve resenha dos vários aspectos da atual crise ecológica", com o objetivo de “assumir os melhores frutos da pesquisa científica atualmente disponível, deixar-se tocar por ela em profundidade e dar uma base concreta ao percurso ético e espiritual”. A partir desse olhar, o papa retoma algumas razões decorrentes da tradição judaico-cristã "a fim de dar maior coerência ao nosso compromisso com o meio ambiente".

Em seguida, tenta chegar às raízes da situação atual para não olhar “só para os sintomas, mas também para as causas mais profundas”. À luz desta reflexão o Pontífice dar mais um passo, “verificando algumas das grandes linhas de diálogo e de ação que envolvem seja cada um de nós seja a política internacional".

Finalmente, ao mostrar-se convencido de que toda mudança precisa de motivações e de um caminho educativo, propõe “algumas linhas de maturação humana inspiradas no tesouro da experiência espiritual cristã”. De acordo com o Santo Padre, são necessárias propostas proposta de "diálogo e de ação que envolvam a todos nós e a política internacional" e que "nos ajudem a sair da espiral de autodestruição em que estamos mergulhando". Da mesma forma, diz que é imperativo que a construção de caminhos concretos não seja abordada de forma ideológica, superficial ou reducionista. O Papa indica que são urgentes acordos internacionais que sejam cumpridos, dada a fragilidade das autoridades locais para intervir de forma eficaz.

Para concluir esta apresentação da encíclica, o Santo Padre recorda algumas linhas mestras que atravessam todo o documento. Entre elas estão: a estreita relação entre os pobres e a fragilidade do planeta, a convicção de que tudo está conectado no mundo, a crítica ao novo paradigma e às formas de poder que derivam da tecnologia, o convite a buscar outros modos de compreender a economia e o progresso, o valor real de cada criatura, o sentido humano da ecologia, a necessidade de discussões francas e honestas, a grave responsabilidade da política internacional e local, a cultura do descarte e a proposta de um novo estilo de vida.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Bento XVI receberá doutorado Honoris Causa de duas universidades da Polônia

Bento XVI receberá doutorado Honoris Causa de duas universidades da Polônia

A cerimônia será realizada no próximo dia 3 de julho em Castel Gandolfo, onde o Papa Emérito vai passar um período de férias neste verão, a convite de Francisco

Por Redação

Roma, 15 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

Vai ser um verão agitado para Bento XVI: dois compromissos públicos vão interromper o “silêncio” em que há dois anos vive o Papa Emérito após a renúncia da Cátedra de Pedro.

Sexta-feira, 3 julho, em Castel Gandolfo, Ratzinger vai receber um doutorado Honoris Causa da Pontifícia Universidade João Paulo II e da Academia de Música de Cracóvia. A notícia foi confirmada pelo arcebispo da cidade, cardeal Stanislaw Dziwisz, e divulgada pelo site site especializado em informações vaticana, Il Sismografo.

O Papa Emérito – como divulgado – enviou uma carta ao Reitor da Universidade na qual diz aceitar a honra e de sentir-se honrado, especialmente tratando-se de um ateneu e de uma cidade tão intimamente ligadas ao seu caro amigo Wojtyla.

Por sua parte, o Senado da Academia de Música de Cracóvia – de acordo com o prof. Zdzislaw Łapiński – na resolução do 22 de Abril enviada a Bento XI explica a sua decisão indicando o Papa como um modelo de comportamento moral e civil acompanhado pelas dimensões religiosas e humanísticas profundas. Especialmente destaca-se o amor e a atenção de Joseph Ratzinger à música sacra e seu papel na liturgia.

O sismógrafo também informa que o Papa Bento provavelmente irá retornar às Vilas Pontifícia para um período de férias, a convite de Francisco. A notícia foi confirmada hoje pelo Padre Federico Lombardi, que informou que a residência do Papa Emérito será realizada em julho, mas ainda não há datas precisas.

No final de agosto, Bento XVI estará também presente na inauguração da Biblioteca que leva o seu nome, apoiada pela Fundação Ratzinger e mantida no Colégio Teutonico no Vaticano.

"Não ser motivo de escândalo"

Homilia do Papa: "Não ser motivo de escândalo"

Na homilia desta segunda-feira, Francisco indica que o cristão deve aprender a proteger o coração dos barulhos mundanos

Por Redação

Vaticano, 15 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

O cristão deve aprender a proteger seu coração das “paixões” e “barulhos mundanos”, estar atento em cada momento para acolher a graça de Deus. Foi o que disse o Papa Francisco nesta segunda-feira durante sua homilia na Missa celebrada na capela da Casa Santa Marta.

O Santo Padre recordou que "há um momento favorável" para receber o dom gratuito da graça de Deus, e o tempo é "agora". O cristão deve estar consciente e, portanto, deve estar com o coração preparado para acolher este dom, com o coração livre do "barulho mundano", que é também "o barulho do diabo", alertou Francisco.

O Papa inspirou-se nas duas leituras da liturgia de hoje. De São Paulo, explicou o convite a "não acolher em vão a graça de Deus" que se manifesta "agora". Isso significa que "em cada tempo o Senhor nos dá a graça", o "dom que é gratuito". Acolhamos isso, sem esquecer o que Paulo afirma: "Não ser motivo de escândalo a ninguém".

“É o escândalo do cristão que se diz cristão, que vai à igreja, vai à missa aos domingos, mas vive não como cristão, mas como mundano ou pagão. E quando uma pessoa é assim, provoca escândalo. Quantas vezes ouvimos nos nossos bairros, nas lojas: ‘Olha aquele ou aquela, todos os domingos na missa e depois faz isso, isso e isso …’. E as pessoas se escandalizam. Isto é o que Paulo diz: ‘Não acolher em vão.’. E como devemos acolher? Antes de tudo, é o ‘momento favorável, diz. Devemos estar atentos para entender o tempo de Deus, quando Deus passa por nosso coração”.

O cristão atinge o limiar desta atenção – explicou Francisco -, quando se coloca na condição de “proteger o coração”, “distanciando todo barulho que não vem do Senhor, afastando as coisas que nos tiram a paz”.

Um coração livre de paixões, aquelas de “olho por olho” que Jesus inverte a perspectiva para o “oferecer o outro lado da face” e caminhar dois quilômetros com quem obrigou você a caminhar um. "O coração é protegido pela humildade, pela mansidão, nunca pelas lutas e guerras". Não!

“’Evitamos dar qualquer motivo de escândalo para que o nosso ministério não seja criticado’, disse Paulo, mas pelo contrário, fale do ministério e do testemunho cristão para que não seja criticado”.

Preservar o coração para ser sempre de Deus, como diz São Paulo, “nas tribulações, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nas fatigas, nas vigílias e jejuns”.

- Mas essas coisas são feias, alguém poderia dizer.

- E eu tenho que proteger o meu coração para acolher a gratuidade e o dom de Deus?

- Sim!

- E como faço isso?

“Paulo diz: com a pureza, sabedoria, magnanimidade, benevolência e espírito de santidade. A humildade, a benevolência, e espírito de santidade. A humildade, a benevolência e a paciência que olha somente Deus e tem coração aberto ao Senhor que passa", concluiu Francisco

domingo, 14 de junho de 2015

A Biblioteca Romana Joseph Ratzinger vai tomando forma

A Biblioteca Romana Joseph Ratzinger vai tomando forma
Entrevista com o pe. Stefan Heid, diretor da biblioteca mantida pela Fundação Vaticana Joseph Ratzinger e situada no Colégio Teutônico

 

Por Luca Caruso
Vaticano, 12 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

"É uma bela iniciativa esta Biblioteca Romana Joseph Ratzinger-Bento XVI no Colégio Teutônico", disse o cardeal Reinhard Marx durante uma pausa em um encontro da Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice, realizada em maio passado no Vaticano. Com sua proverbial afabilidade, o cardeal continuou: "Nós, como Igreja alemã, e eu, como sucessor de Ratzinger na diocese de Munique, certamente não deixaremos faltar a nossa contribuição, tanto econômica quanto em ideias".

A biblioteca, dedicada à vida e ao pensamento de Ratzinger como estudioso e como papa, é mantida pela Fundação Vaticana cujo nome homenageia o papa emérito. Ela ficará localizada nas instalações do Colégio Teutônico e do Instituto Romano da Sociedade de Görres. "Estamos muito gratos ao Instituto Romano pela sua disponibilidade", destacou o cardeal.

Para saber mais sobre a Biblioteca Ratzinger, conversamos com o diretor do Instituto Romano da Sociedade de Görres, monsenhor Stefan Heid, que é a alma e o motor dessa iniciativa tão apreciada pelo papa emérito.
 


ZENIT: Monsenhor Heid, quantos livros tem a Biblioteca Ratzinger e como vai o processo da catalogação?

A biblioteca vai começar com cerca de mil títulos em vários idiomas e será um lugar aberto a todos os interessados ​​nas publicações de e sobre Joseph Ratzinger, para conhecer a sua vida e a sua teologia. Muitos volumes foram doados pelo próprio Bento XVI, outros pela Fundação Vaticana que tem o nome dele e que apoia esta iniciativa. Cerca de 600 títulos já foram catalogados e até outubro a catalogação estará completa. Aliás, eu gostaria de fazer um convite a todos os autores que tratam especificamente de Joseph Ratzinger para nos darem a honra de nos presentear as suas publicações!

ZENIT: Quando a biblioteca vai funcionar plenamente?

A biblioteca já está aberta ao público. Esta seção específica dedicada a Bento XVI ficará pronta em setembro. A abertura oficial está prevista para 18 de novembro, com um discurso do cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, sobre o tema "Da Bíblia à Biblioteca - Bento XVI e a Cultura da Palavra".

ZENIT: Quais são os horários de funcionamento da biblioteca?

Os livros podem ser consultados de segunda a quinta-feira, das 15h30 às 19h30. Para fazer a carteirinha, basta trazer duas fotografias. Eu gostaria de salientar que temos publicações em todas as línguas, mas, se faltarem volumes desejados pelos usuários, nós os compramos conforme os pedidos. Também estamos preparando o acesso on-line ao catálogo.

ZENIT: Os volumes podem ser emprestados aos leitores?

Os livros da biblioteca não são para emprestar, e sim para ser consultados no local. Mas há um digitalizador e uma copiadora disponíveis na biblioteca, além de wi-fi.

ZENIT: Há iniciativas já programadas envolvendo a biblioteca?

Por agora, estamos totalmente ocupados com a biblioteca em si e com a criação de mais e melhores ambientes, para facilitar a utilização do serviço. Estamos apenas começando...

O Papa fala a mil sacerdotes na catedral de Roma: "Não dispensem as pessoas do povo de Deus". "Misericórdia nas confissões, misericórdia".

O Papa fala a mil sacerdotes na catedral de Roma: "Não dispensem as pessoas do povo de Deus". "Misericórdia nas confissões, misericórdia".

 "Deixem o chicote", disse, que "o amor de Deus é mais forte do que qualquer terrorismo assassino". Dirigiu-se aos participantes do terceiro retiro internacional para sacerdotes

Por Redação

Roma, 12 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

O Papa Francisco reuniu-se nesta sexta-feira na Basílica de São João de Latrão, com mais de mil sacerdotes provenientes de 90 países dos 5 continentes, que começaram na quarta-feira, 10, o terceiro retiro mundial, que termina no domingo, 14.

Depois de quase uma hora de conversa com os sacerdotes na catedral de Roma, o Papa presidiu a Eucaristia e deu aos participantes o mandato missionário.

Falando em espanhol, e olhando para os presentes, o Papa disse: "Ver os bispos junto com os sacerdotes é a coisa mais bonita em uma igreja". E lembrou que é necessário que existam sacerdotes e bispos que estejam próximos do povo de Deus.

Explicou que "a coragem de Paulo de dizer coisas, a coragem dos apóstolos de discutir entre eles” salvou a Igreja primitiva. E ressaltou a importância de confrontar-se porque “onde não se discute a Igreja está morta. Somente nos cemitério não se discute”.

O Santo Padre também falou do "gênio feminino na Igreja" como “uma graça” porque “a Igreja é mulher, é ‘a’ Igreja e não ‘o’ Igreja, é a esposa de Cristo, e a mãe do santo povo de Deus”.

"O chamado ao sacerdócio ministerial – disse o Papa aos presentes – é, antes de mais nada, um chamado de amor, vossa resposta é uma resposta de amor”. Por isso é preciso cantar ao Senhor, até mesmo “quando tem tentações”, e quando “você briga com Ele ou quando lhe foi infiel” é necessário “ir a Ele” e dizer-lhe que está sofrendo, deixando correr as lágrimas. “Este será um momento de santidade”, disse.

Indicou que “quando um sacerdote está apaixonado por Jesus, dá pra perceber”, porque as pessoas reconhecem, “pelo contrário, quando você é um funcionário com horários fixos”.

E exortou aos presentes a "serem misericordiosos com as pessoas” e abrir-lhes o coração a Jesus “deixar-se amar por Jesus”. Entretanto, reconheceu que diante do tabernáculo você pode ficar dormido pelo cansaço acumulado. Se acontece, o Pai olha para o filho que dorme, disse, “não se preocupem, Jesus olha para vocês”. O tabernáculo pode parecer chato, não é a televisão, “mas aí está o amor”.

O Santo Padre se perguntou: Quem somos nós? Puritanos?, Por favor, uma Igreja sem Jesus e sem misericórdia, não! Não dispensem as pessoas do povo de Deus. E recordando que um sacerdote em Buenos Aires não queria batizar o filho de uma mãe solteira, indicou: “Quando isso acontece, o sacerdote tem o coração de um burocrata". E fez um apelo: "Misericórdia nas confissões, misericórdia".

Em suas palavras aos mais de mil sacerdotes presentes, lembrou os mártires cristãos de hoje, "homens e mulheres que morrem por Jesus", e que os assassinos "não se importam com a diferença entre os cristãos, porque sabem que são uma só coisa". O do sangue “é um ecumenismo que já existe", disse. E exortou-lhes a continuar no caminho do ecumenismo.

Concluída a sua reflexão, fizeram-lhe algumas perguntas por continentes. Sobre América Latina lembrou que a pobreza e a miséria são uma realidade concreta. Por isso falou do compromisso da Igreja em evangelizar e promover socialmente as pessoas, como Santo Toribio de Mogrovejo no Peru, tendo o cuidado para não cair em ideologias. Disse que os pastores devem realizar um serviço gratuito, sem servir nem ao poder nem ao dinheiro, sem apegar-se a estes elementos.

 Respondendo a perguntas da África, anunciou que em novembro deste ano espera fazer sua primeira visita ao continente, passando pela República Centro-Africano e Uganda, embora ainda não confirmado.

Concluída as respostas começou a missa solene, em cuja homilia Francisco lembrou que "as pessoas não acompanham as homilias que duram mais do que oito minutos”, que “não é uma conferência nem uma aula de catecismo”. E pediu aos presentes que as façam com uma linguagem que seja “positiva e não proibitiva”, na qual se fale do Reino de Deus, das Bem-aventuranças, do amor que transforma o coração. "Deixem o chicote", disse, que "o amor de Deus é mais forte do que qualquer terrorismo assassino".

Papa no Angelus: "A vitória do Senhor é certa"


Papa no Angelus: "A vitória do Senhor é certa"

Texto completo. Francisco explica as parábolas da semente que germina e cresce por si mesma e a do grão de mostarda; recorda também que na próxima quinta será lançada a Carta Encíclica sobre o cuidado da criação "dirigida a todos"
ANGELUS E REGINA CAELI
Papa no Angelus: "A vitória do Senhor é certa"

Texto completo. Francisco explica as parábolas da semente que germina e cresce por si mesma e a do grão de mostarda; recorda também que na próxima quinta será lançada a Carta Encíclica sobre o cuidado da criação "dirigida a todos"

Por Redação

Vaticano, 14 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

Apresentamos as palavras pronunciadas pelo Santo Padre Francisco antes de rezar a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O evangelho de hoje tem duas parábolas muito curtas: o da semente que germina e cresce por si mesma, e a do grão de mostarda (cf. Mc 4,26-34). Através destas imagens do mundo rural, Jesus apresenta a eficácia da Palavra de Deus e as exigências do seu Reino, mostrando as razões da nossa esperança e nosso compromisso na história.

Na primeira parábola, o foco é sobre o fato de que a semente lançada na terra cria raízes e cresce por si só, mesmo se o agricultor está dormindo ou vigiando. Ele confia na potência da própria semente e na fertilidade do solo. Na linguagem evangélica, a semente representa a Palavra de Deus, cuja fertilidade relembra essa parábola. Como a semente humilde cresce na terra, assim também a Palavra pelo poder de Deus no coração de quem a escuta. Deus confiou a sua Palavra à nossa terra, isto é, a cada um de nós com a nossa humanidade concreta. Podemos estar confiantes, porque a Palavra de Deus é palavra criadora, destinada a se tornar "o grão cheio na espiga" (v. 28). Esta Palavra, se acolhida, certamente produzirá frutos, pois o próprio Deus a faz germinar e amadurecer por meios que não podemos verificar e de uma forma que não sabemos (cf. v. 27). Tudo isso nos faz entender que é sempre Deus, é sempre Deus que faz crescer o Seu Reino – por isso rezamos que "venha o teu Reino" - é Ele que faz crescer, o homem é o seu humilde colaborador, que contempla e se alegra pela ação criadora divina e espera pacientemente pelos frutos.

A Palavra de Deus faz crescer, dá a vida. E aqui eu gostaria de lembrar mais uma vez a importância de ter o Evangelho, a Bíblia, à mão – um pequeno Evangelho na bolsa, no bolso - e alimentar-nos todos os dias da Palavra viva de Deus: ler todos os dias uma passagem do Evangelho, uma passagem da Bíblia. Nunca se esqueçam disso, por favor. Porque esta é a força que faz brotar em nós a vida do Reino de Deus.

A segunda parábola utiliza a imagem da semente de mostarda. Apesar de ser a menor de todas as sementes, é cheia de vida e cresce até se tornar "a maior de todas as plantas do jardim" (Mc 4,32). Assim é o Reino de Deus: uma realidade humanamente pequena e aparentemente insignificante. Para entrar e fazer parte é necessário ser pobre de coração; não confiar em suas próprias capacidades, mas no poder do amor de Deus; não agir de forma a ser importante aos olhos do mundo, mas precioso aos olhos de Deus, que prefere os simples e humildes. Quando vivemos assim, surge em nós a força de Cristo e transforma o que é pequeno e modesto em uma realidade que fermenta toda a massa do mundo e da história.

A partir dessas duas parábolas há um ensinamento importante: o Reino de Deus pede a nossa cooperação, mas é sobretudo iniciativa e dom do Senhor. A nossa débil obra, aparentemente pequena, dada a complexidade dos problemas do mundo, se inserida naquela de Deus, não tem medo das dificuldades. A vitória do Senhor é certa: o seu amor fará despontar e fará crescer cada semente de bem presente na terra. Isto abre-nos à confiança e à esperança, não obstante os dramas, as injustiças, os sofrimentos que encontramos. A semente do bem e da paz brota e se desenvolve, porque a faz maturar o amor misericordioso de Deus.

A Virgem Santíssima, que acolheu como "terra fecunda" a semente da divina Palavra, nos sustente nesta esperança que nunca desilude.

(Depois do Angelus)

Queridos irmãos e irmãs,

hoje ocorre o Dia Mundial de Doadores de Sangue, milhões de pessoas que contribuem, de modo silencioso, para ajudar os nossos irmãos em dificuldade. A todos os doadores manifesto o apreço e convido especialmente os jovens a seguirem o seu exemplo.

Saúdo todos vós, queridos romanos e peregrinos: grupos paroquiais, famílias e associações. Em particular, saúdo os fiéis de Debrecen (Hungria), de Malta, de Houston (Estados Unidos) e do Panamá, da Itália os fiéis de Altamura, Angri, Treviso e Osimo.

Um pensamento especial para a comunidade de católicos romenos que vivem em Roma e os jovens crismandos de Cerea.

Saúdo o grupo que recorda todas as pessoas desaparecidas e garanto a minha oração. Estou próximo de todos os trabalhadores que defendem solidariamente o direito ao trabalho, que é o direito à dignidade!

Como foi anunciado, será publicado na próxima quinta uma Carta Encíclica sobre o cuidado da criação. Convido-os a acompanharem este acontecimento com uma renovada atenção para a degradação ambiental, mas também para a recuperação, em seus próprios territórios. Esta encíclica é dirigida a todos: rezemos para que todos possam receber sua mensagem e crescer na responsabilidade para com a casa comum que Deus confiou a todos.

Desejo a todos um bom domingo. E por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Bom almoço e até breve!

domingo, 7 de junho de 2015

Papa no Angelus: A Eucaristia é escola de caridade e de solidariedade

Papa no Angelus: A Eucaristia é escola de caridade e de solidariedade

Texto completo. Francisco recorda a solenidade de Corpus Christi e elogia os esforços de reconciliação na Bósnia

Por Redação

Vaticano, 07 de Junho de 2015 (ZENIT.org)

Apresentamos as palavras pronunciadas pelo Santo Padre Francisco, antes de rezar a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!        

Celebra-se hoje em muitos países, incluindo a Itália, a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, ou, de acordo com a expressão latina mais conhecida, a solenidade de Corpus Christi.

O Evangelho apresenta o relato da instituição da Eucaristia, realizada por Jesus durante a Última Ceia, no Cenáculo em Jerusalém. Na véspera de sua morte redentora na cruz, Ele realizou o que tinha predito: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é minha carne para a salvação do mundo... Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele"(Jo 6,51-56). Jesus toma o pão em suas mãos e diz: "Tomai, isto é o meu corpo" (Mc 14,22). Com este gesto e com estas palavras, Ele atribui ao pão uma função que não a de simples alimento físico, mas torna a sua Pessoa presente em meio à comunidade dos fiéis.

A Última Ceia representa o cume da vida de Cristo. Não apenas a antecipação do seu sacrifício, que será realizado na cruz, mas também a síntese de uma existência ofertada pela salvação de toda a humanidade. Portanto, não basta afirmar que Jesus está na Eucaristia, devemos perceber nela a presença de uma vida doada, e participar dela. Quando pegamos e comemos aquele Pão, nós nos associamos à vida de Jesus, entramos em comunhão com Ele, nos comprometemos em realizar a comunhão entre nós, a transformar a nossa vida em dom, especialmente aos mais pobres.

A festa de hoje evoca esta mensagem de solidariedade e nos encoraja a acolher o convite à conversão e ao serviço, ao amor e ao perdão. Encoraja-nos a imitarmos, com a vida, aquilo que celebramos na liturgia. Cristo, que nos nutre com as espécies consagradas do pão e do vinho, é o mesmo que vem ao nosso encontro todos os dias; Ele está no pobre que estende a mão, está no sofredor que implora ajuda, está no irmão que pede a nossa disponibilidade e espera o nosso acolhimento; está na criança que ainda não sabe nada sobre Jesus, da salvação, que não tem fé. Está em todo ser humano, inclusive no menor e indefeso.

A Eucaristia, fonte de amor para a vida da Igreja, é escola de caridade e de solidariedade. Quem se alimenta do Pão de Cristo não pode ficar indiferente perante aqueles que não têm o pão de cada dia. E hoje, como sabemos, é um problema crescente.

Que a festa de Corpus Christi inspire e alimente sempre mais, em cada um de nós, o desejo e o compromisso por uma sociedade acolhedora e solidária. Confiemos este desejo ao coração da Virgem Maria, Mulher eucarística. Que ela suscite em todos a alegria de participar da Santa Missa, especialmente aos domingos, e a coragem alegre de testemunhar a caridade infinita de Cristo.

(Depois do Angelus)

Queridos irmãos e irmãs,

Eu leio ali: Bem-vindo de volta! Obrigado, porque ontem eu fui para Sarajevo, na Bósnia-Herzegovina, como peregrino de paz e de esperança. Sarajevo é uma cidade-símbolo. Durante séculos foi local de convivência entre povos e religiões, ao ponto de ser chamada "Jerusalém do Ocidente". Depois, se tornou símbolo da destruição e da guerra. Atualmente, está acontecendo um belo processo de reconciliação e principalmente por isso eu fui lá: para encorajar este caminho de convivência pacífica entre os diferentes povos; um caminho árduo, difícil, mas possível! E eles estão fazendo isso bem. Renovo a minha gratidão às autoridades e a todos os cidadãos pelo caloroso acolhimento. Agradeço a querida comunidade católica, à qual eu quis levar o carinho da Igreja e, em particular, agradeço a todos os fiéis: ortodoxos, muçulmanos, judeus e de outras minorias religiosas. Eu aprecio o compromisso de colaboração e solidariedade entre as pessoas que pertencem a diferentes religiões, exorto todos a levarem adiante a obra de reconstrução espiritual e moral da sociedade. Trabalhem juntos como verdadeiros irmãos. O Senhor abençoe Sarajevo e a Bósnia e Herzegovina.

Na próxima sexta-feira, solenidade do Sagrado Coração de Jesus, pensemos no amor de Jesus, em como nos amou; no seu coração está todo esse amor. Na próxima sexta-feira celebra-se também o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil. Muitas crianças no mundo não têm a liberdade para jogar, para ir à escola, e acabam sendo exploradas como mão de obra barata. Espero o compromisso solicito e constante da Comunidade internacional para promover o reconhecimento dos direitos das crianças.

Agora, eu saúdo a todos vós, queridos peregrinos da Itália e de outros países. Eu vejo as bandeiras de diversos países. Em particular, saúdo os fiéis de Madri, Brasília e Curitiba; de Chiavari, Catania e Gottolengo (Brescia). Desejo a todos um bom domingo. Por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Bom almoço e até logo!

sexta-feira, 5 de junho de 2015

No Corpus Christi: Papa recorda que as idolatrias do presente nos separam de Jesus na Eucaristia

No Corpus Christi: Papa recorda que as idolatrias do presente nos separam de Jesus na Eucaristia


VATICANO, 04 Jun. 15 / 04:03 pm (ACI).- Na solenidade do Corpo e Sangue do Senhor Jesus, o Corpus Christi, o Papa Francisco afirmou que a Eucaristia é o sacramento da união de Cristo com a humanidade, mas que esta união pode ser quebrada quando cedemos às idolatrias dos nossos tempos. Na sua homilia o Papa indicou que “o aparecer, o consumir, o ‘eu’ no centro de tudo” são as idolatrias modernas e as passam também pelo “competir, a arrogância como atitude vencedora, nunca admitindo ter errado ou ter necessidade”.

“Nós nos separamos quando não somos dóceis à Palavra do Senhor, quando não vivemos a fraternidade entre nós, quando competimos para ocupar os primeiros lugares, quando não encontramos a coragem de testemunhar a caridade, quando não somos capazes de oferecer esperança”, destacou o Santo Padre diante das centenas de presentes na missa celebrada na Basílica de São Pedro na tarde de hoje em Roma.

“O Cristo presente em meio a nós, no sinal do pão e do vinho, exige que a força do amor supere toda laceração e, ao mesmo tempo, torne-se comunhão com o pobre, apoio para o fraco, atenção fraterna aos cansados em carregar o peso da vida cotidiana”, disse.

“E o que significa hoje para nós “padecer-nos”, ou seja, diminuir a nossa dignidade cristã? Significa deixarmo-nos atingir pelas idolatrias do nosso tempo: o aparecer, o consumir, o eu no centro de tudo; mas também ser competitivos, a arrogância como comportamento vencedor, o não dever nunca admitir ter errado ou ter necessidades”.

“Tudo isto nos abate, nos torna cristãos medíocres, mornos, insípidos, pagãos”, asseverou.

Francisco continuou sua reflexão afirmando que “Jesus derramou o seu sangue como preço e como batismo, para que fôssemos purificados de todos os pecados”. Se bebermos dessa fonte, acrescentou, “o Sangue de Cristo nos libertará dos nossos pecados e nos restituirá a nossa dignidade”.

“Sem nosso mérito, com sincera humildade, poderemos levar aos nossos irmãos o amor de nosso Senhor e Salvador. Seremos os seus olhos que vão em busca de Zaqueu e de Madalena; seremos a sua mão que socorre os doentes no corpo e no espírito; seremos o seu coração que ama os necessitados de reconciliação e de compreensão”, pontuou.

“A Eucaristia atualiza a Aliança que nos santifica, nos purifica e nos une em comunhão admirável com Deus”, expressou o Santo Padre.

Ao início da procissão com o Santíssimo pelas ruas de Roma, o Papa lembrou também dos cristãos perseguidos e pediu: “Sintamo-nos em comunhão com tantos nossos irmãos e irmãs que não têm a liberdade de expressar a sua fé no Senhor Jesus. Sintamo-nos unidos a eles: cantemos com eles, louvemos com eles, adoremos com eles. E veneremos no nosso coração aqueles irmãos e irmãs aos quais foi pedido o sacrifício da vida pela fidelidade a Cristo: o seu sangue, unido ao do Senhor, seja penhor de paz e de reconciliação pelo mundo inteiro.

Falando ainda sobre a procissão pelas ruas de Roma e que ocorre em tantos lugares do mundo, o Papa afirmou: “Que esta possa exprimir o nosso reconhecimento por todo o caminho que Deus nos fez percorrer através do deserto das nossas pobrezas”.